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Altas Habilidades e Superdotação UNIDADE 1

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HISTÓRIAS, LEIS E POLÍTICAS 
PÚBLICAS DO ATENDIMENTO 
EDUCACIONAL 
ESPECIALIZADO A ALUNOS 
COM ALTAS 
HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃ 
O 
Professor (a) : 
Me. Silvia Helena Altoé Brandão 
Esp. Ruth Cássia Schreiner 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer os registros históricos a respeito das pessoas com altas habilidades/ superdotação. 
• Compreender os dispositivos legais que amparam o atendimento especializado no Brasil. 
• Refletir a respeito das consequências do desconhecimento, mitos e preconceitos no que se refere a pessoa com altas habilidades/superdotação. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Breve análise histórica: o contexto mundial e brasileiro 
• A legislação e as políticas públicas educacionais na perspectiva das altas habilidades e superdotação 
• Mitos e preconceitos 
Introdução 
Neste estudo será possível analisarmos e refletirmos de maneira mais ampla sobre, alguns fatos históricos, leis e políticas públicas a respeito do Atendimento Educacional 
Especializado a alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), verificamos que não se trata de um assunto novo. Os relatos mais antigos de atenção às AH/SD remetem à 
Escola de Platão na Grécia Antiga. 
Ao longo da história da humanidade, o interesse e a valorização em relação às pessoas com AH/SD modificaram-se, a depender do momento histórico e da influência cultural 
vigente. As pessoas tidas como excepcionais, que se destacaram por suas habilidades extraordinárias, frequentemente foram observadas com curiosidade e dúvida pelos demais. 
Pautados em autores que muito contribuem com a temática aqui proposta, dentre eles Alencar e Fleith (2001), Campos (2003), Freeman e Guenther (2000), Virgolim (1997), Esteve 
(2004), bem como em leis da educação brasileira, se tornarão evidentes os fatos mundiais e nacionais que marcaram a história dos atendimentos às pessoas com AH/SD. 
O predomínio do desconhecimento marca a dificuldades dos trabalhos nessa área e origina mitos e preconceitos que precisam ser transformados, a partir de princípios científicos. 
Tais concepções errôneas a respeito das altas habilidades/superdotação caracterizam-se por representar um grande desafio no contexto educacional atual, uma vez que precisam 
ser desenvolvidas para o saber científico real sobre o tema de modo a possibilitar o desempenho mais assertivo por parte dos profissionais que trabalham com as pessoas que 
possuem AH/SD. 
Vamos seguir o percurso histórico que culminará com reflexões acerca de alguns mitos e preconceitos que precisam ser superados para que o que é visto na teoria seja de fato posto 
em prática em prol de melhorias significativas no que tange às AH/SD. 
Avançar 
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BREVE ANÁLISE HISTÓRICA: O CONTEXTO MUNDIAL 
E BRASILEIRO 
É importante iniciarmos nosso estudo a partir de uma bre contextualização conceitual e histórica relacionada às altas habilidades e superdotação a esse respeito, compreende-se 
segundo Landau (2002, p.36), que “a superdotação constitui um aspecto básico da personalidade da pessoa talentosa, que lhe propicia revelar seu talento num nível superior, de 
maior abrangência, tanto cultural quanto social”, sob tais considerações é possível salientar que a pessoa que tem por característica a superdotação é provedor de talentos e 
habilidades que o destacam em relação aos demais em determinados aspectos, além disso tem como característica da personalidade a busca constante por saberes e 
conhecimentos naquilo que é de seu interesse. 
Sobre as altas habilidades é possível identificar que, conforme as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 1995, p.13), 
[...] referem-se aos comportamentos observados e/ou relatados que confirmam a expressão de “traços consistentemente superiores” em relação a 
uma média (por exemplo: idade, produção, ou série escolar) em qualquer campo do saber ou do fazer. Deve-se entender por “traços” as formas 
consistentes, ou seja, aquelas que permanecem com frequência e duração no repertório dos comportamentos da pessoa, de forma a poderem ser 
registradas em épocas diferentes e situações semelhantes. 
• Qual o conceito de altas habilidades e superdotação? 
• Quando surgiu? 
• Como desenvolveu-se o trabalho com AH/SD? 
“Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser.” William Shakespeare 
Platão foi aluno de Sócrates. Tinham uma diferença de quarenta anos de idade. Aos vinte anos, Platão iniciou seus estudos, interessou-se pela 
dialética e tornou-se amante da sabedoria. Testemunhou toda a trajetória até o julgamento final de Sócrates seu mestre, condenado pela acusação 
de colaborar com a corrupção da mente dos jovens e não dar credibilidade aos Deuses. 
Novas ideias surgiam na época o que gerava a crítica de parte da população bem como a um posicionamento contrário à filosofia, Platão utilizava-se 
do diálogo como forma de resposta. Seus pensamentos deram origem à “Teoria das Ideias ou Teoria das Formas”. Platão passou a questionar as 
causas explicativas de caráter físico, mecânico e superficial, chamando atenção das pessoas para o que estaria no âmbito mais profundo, na essência 
dos fenômenos. Sua obra “O Banquete” (ou “O Simpósio”) foi escrita por volta de 380 a. c., sob a forma de diálogos pautados no discurso a respeito da 
natureza e do amor. 
Fonte: elaborado pela autora. 
Para conhecer um pouco mais sobre Platão leia o texto disponível em: < https://www.infoescola.com/filosofos/platao/ > 
Após uma breve análise conceitual a respeito do tema, cabe considerarmos seu processo histórico, assim, evidências indicam que o interesse a respeito das pessoas que 
apresentavam habilidades consideradas superiores a maioria, sempre esteve presente na história da humanidade e foi expresso de diversas maneiras. Alencar e Fleith (2001) 
apresentam alguns registros desde as civilizações clássicas na Idade Antiga. A cultura grega, nos primórdios da Civilização Ocidental, deu grande ênfase à inteligência superior, o 
que justifica o expressivo número de filósofos, matemáticos, astrônomos e estudiosos da natureza que contribuíram para o desenvolvimento das ciências na época. 
Sócrates, um dos maiores filósofo atenienses, foi condenado por se mostrar um homem questionador e inconformado com as verdades de seu tempo. 
Em sua Escola, Platão defendia a ideia de que as pessoas com inteligência superior deveriam ser identificadas na primeira infância e preparadas para serem líderes, chamando-as de 
“crianças de ouro”. 
A busca pela compressão do tema e o interesse por aprofundar o conhecimento a respeito das altas habilidades/superdotação não é algo novo, “nem no Brasil, nem no mundo [...]” 
(CUPERTINO, 2008, p.10), o fato é que embora tenha sido foco de pesquisas e observações, ficou em segundo plano por um considerável período de tempo. 
Assim, ao longo dos séculos foi possível perceber uma crescente preocupação com os indivíduos que de alguma maneira possuíam habilidades mais aguçadas, sobressaindo-se em 
relação aos demais. 
Percebe-se ao longo da história que desde a Grécia antiga, sobretudo na escola de Platão, já se levava em consideração a seleção dos mais hábeis. Assim, de uma forma breve é 
possível considerar, segundo Cupertino (2008, p.10) que, 
Já em Roma a educação superior era destinada apenas aos mais capazes. Na China, desde o século VII, consideravam que a criança talentosa não se 
desenvolvia sem educação apropriada [...] No Japão, a partir do século XVII, as crianças mais ricas recebiam educação especial. Hoje, embora todos 
tenham acesso à escola, a educação superior é atingida por mérito, e não é para todos. 
Vários são os fatosque abarcam a temática aqui proposta e que marcaram a história e a atenção para as AH/SD. Inicialmente com maiores registros na Europa, podemos identificar 
que o olhar para as altas habilidades e superdotação foi gradativo e partiu de uma concepção preconceituosa desses indivíduos, os testes de aptidão ao passo que ganhavam 
reconhecimento eram também rebatidos por movimentos que defendiam a igualdade e que por algum tempo ganharam força, no século XX. 
Outro grande nome a ser estudado nesse momento é Leonardo da Vinci, italiano, que viveu de meados do século XV e XVI, teve grande 
representatividade no período do Renascimento por meio de suas obras de artes, tendo destaque também como cientista, músico, arquiteto, 
matemático, botânico, engenheiro, anatomista, inventor e poeta. Suas pinturas de tamanho talento e destaque que possuiu são analisadas e 
admiradas até hoje assim como a utilização de elementos que desenvolveu e ainda hoje são utilizados na arte. 
Foi precursor da aviação, balística e estudos da ótica, tendo idealizado a primeira lente de contato. Várias obras como a Monalisa e a Santa Ceia 
consagraram o talento de Leonardo como pintor e artista. O desenho do Homem Vitruviano é considerado um ícone cultural com reconhecimento 
artístico e na medicina até os dias atuais. Projetou elementos que são utilizados e aplicados até hoje, como por exemplo, equipamentos com uso de 
roldanas e polias. Fonte: elaborado pela autora. 
Posterior as preocupações e interesse com o desenvolvimento da altas habilidades/ superdotação, na Europa, notáveis iniciativas são percebidas nos Estados Unidos, sobretudo no 
que dizia respeito a educação diferenciada e direcionada a esses alunos que possuíam AH/SD. Assim, é possível refletir sobre as altas habilidades/superdotação e o fato de que são 
percebidas a muito mais tempo do que imaginávamos, e que ao longo de todo esse processo passou por períodos de maior valorização bem como de diferenciação desses indivíduos 
como por exemplos através dos teste de inteligência desenvolvidos e várias outras características que marcaram sua história no contexto mundial. 
Mas toda a preocupação direcionada à educação e atenção das pessoas com AH/ SD, perdeu força com o advento do pensar sobre a igualdade de direito e também de acesso à 
educação e com isso instaurou-se um dilema. 
[...] dilema: como conciliar dois valores importantes, a equidade e a excelência. No Brasil sentimos alguns reflexos desse dilema, uma vez que, por 
motivos diferentes, também carregamos conosco, por muito tempo, o preconceito de que a Educação Especial dos talentosos é uma forma elitista de 
discriminação (CUPERTINO, 2008, p.12). 
Vejamos nesse momento os fatos históricos ocorridos no contexto brasileiro que possibilitaram o desenvolvimento do pensar sobre as altas habilidade e superdotação, bem como 
que orientam o atendimento educacional especializado. 
O primeiro fato histórico relacionado às AH/SD de que se tem registro no Brasil segundo contribuições de Alencar e Fleith (2001) e Delou (2001) data o ano de 1924, no qual 
percebeu-se as primeiras validações de testes de inteligência norte-americanos no Brasil, na cidade de Recife e no antigo Distrito Federal. 
Consoante Delou (2005), foi no ano de 1929 desenvolvido o primeiro documento, que vislumbrou o atendimento educacional direcionados aos ditos “supernormais”, sobretudo 
devido ao fato de ocorrer a Reforma do Ensino Primário, Profissional e Normal do Estado do Rio de Janeiro. 
Linha do tempo dos principais fatos históricos mundiais relacionados às altas habilidades/ superdotação 
Séculos XV e XVI – pessoas que se destacavam em suas habilidades eram tidas como bruxas. 
Ao longo do Renascimento – pessoas com habilidades acima ou abaixo do esperado eram consideradas deficientes, com problemas de instabilidade 
mental. 
1869 – publicação de “Hereditary Genius” do francês Galton, onde se defende a hereditariedade das habilidades mentais. 
1880 – utilização de testes psicométricos em pessoas com doenças mentais por J.M. Catell, nos Estados Unidos. 
1904 – Primeiros testes de inteligência desenvolvidos por Alfred Binet e Theodore Simon, na França. 
1911 – criação do Quociente Intelectual (QI), por William Stern na Alemanha. 
1916 – Lewis M. Terman, nos Estados Unidos, desenvolve estudos sobre as inteligências superiores e propõe a Escala Stanford-Ninet. 
1924 – Vygotski, na Russia, apresenta considerações sobre as influências do ambiente e o desenvolvimento humano. 
Década de 1940 - Leta Hollinghworth, dos Estados Unidos, defende a importância das escolas em educar as crianças que possuem inteligência 
superior. 
1957 – na Rússia, o lançamento do primeiro satélite artificial. 
1960 – desenvolvimento de estudos sobre os superdotados por Joseph S. Renzulli. 
1975 – primeira Conferência Mundial de Superdotação, em Israel. Fonte: adaptado de Brandão (online). 
A partir daí importantes livros relacionados a temática foram publicados no país, como o livro intitulado Educação dos supernormais, de Leoni Kaseff, publicado em 1931.Nessa 
mesma década outras obras foram lançadas posicionando-se a favor da implementação de salas especiais que na verdade nunca chegaram a vigorar. 
Outro marco no campo das altas habilidades e superdotação no Brasil está relacionado ao fato de que, em 1939, nos estatutos da Sociedade Pestalozzi do Brasi l, Helena Antipoff 
utiliza-se do termo supranormais, em contraposição aos infranormais ou deficientes e ainda, em 1945, a educadora citada instaura o primeiro atendimento na Sociedade Pestalozzi 
do Brasil à alunos com AH/SD, de colégios da zona sul, para estudar literatura, teatro e música no Rio de Janeiro. 
Ainda no ano de 1939, as Escalas Wescheler, caracterizadas por técnicas que visam avaliar a inteligência, para crianças (WISC) são oficialmente introduzidas no Brasil. 
Na cidade de São Paulo em 1950, Maria Julieta S. Ormastroni iniciou o concurso “Cientistas do Amanhã” e a “Feira de Ciências”, que ocorrem até os dias de hoje. 
Datas importantes no Brasil: 
1938 - Helena Antipoff chama a atenção, na Sociedade Pestalozzi, para os bem-dotados. 
1950 - Julieta Ormastroni cria o programa “Cientistas para o Futuro”. 
1966/1967 > Primeiros seminários sobre educação dos bem-dotados (Sociedade Pestalozzi). 
1967 - O MEC cria comissão para estabelecer critérios de identificação e de atendimento aos superdotados. 
1972 - Centro Educacional Objetivo – início do atendimento aos superdotados na rede privada. 
1973 - Criação da ADAV – Associação Milton Campos para Desenvolvimento e Assistência a Vocações de Bem-Dotados. 
1975 - Fundação José Carvalho – aulas de mineração, computação e administração para alunos de baixa renda. 
1975 - NAS – Núcleo de Apoio à Aprendizagem do Superdotado. 
1978 - ABSD – Associação Brasileira para Superdotados. 
1986 - Solange Wechsler cria o “Clube de Talentos”. 
1993 - CEDET/ASPAT – Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento em Lavras. 
1993 - Programas para superdotados na Universidade Federal Fluminense. 
2003 - Criação do ConBraSD – Conselho Brasileiro de Superdotação. 
2006 - Implantação das NAAH/S (Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/ Superdotação). 
Fonte: Cupertino (2008, online). 
A LEGISLAÇÃO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS 
EDUCACIONAIS 
Sobre os aspectos legais que regem as altas habilidades/supertodação, podemos perceber que seus marcos iniciais no país datam da segunda metade do século XX. Observa-se que 
o primeiro registro a nível federal que possui em seus artigos 8º e 9º, da Lei 4024/61 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) a educação voltada aos excepcionais, 
considerados nesse período aquelas pessoas com deficiência mental, os que apresentavam problemas de condutas e os que eram bem-dotados e talentosos. 
Foi por volta de 1967, no antigo Ministério da educação e cultura que ocorreu a primeira iniciativa de atender aos alunos com AH/SD. O objetivo principal nesse momento era 
debater e organizarsugestões no âmbito da identificação e o atendimento educacional, assim, foi criada a Comissão dos Minigênios, constituída por renomados educadores que se 
reuniram a fim de estruturar as bases do atendimento ao Superdotado no Brasil. Segundo Brandão (2007, p.22) “Esta Comissão contou com a presença do Prof. Gilson Amado, Dr. 
Humberto Grande e Prof. Batista da Costa, três educadores com notório saber, que assessoravam o Ministério na época”. 
Vale ressal que embora fatos significativos ocorreram, suas práticas não foram efetivadas pelo Ministério da Educação e Cultura até 1971, quando ocorreu o I Seminário Nacional 
sobre superdotado na Universidade de Brasília. Alencar (1993, p. 88) ressalta que os participantes do evento: 
[...] propuseram várias recomendações, a serem implementadas no país, chamando a atenção para a necessidade de um diagnóstico precoce do superdotado, de uma 
organização de programas especiais e de preparação de pessoal especializado para atender adequadamente às necessidades deste grupo. 
A partir de 1971, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de (Lei 5692/71) que contemplava o ensino de 1o e 2o grau, houve o estabelecimento de um sistema 
voltado à educação mais abrangente enfatizando atender à diferenças individuais dos alunos. Nesse lei é possível identificar que: 
Art. 9º Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os 
superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação. 
A década de 1970 foi um importante ano para o cenário educacional do país. Outro marco característico desse período foi o acordo entre o MEC e a United States Agency 
International for Development (MEC/USAID), que, desde 1964, previa assessorar de maneira técnica para o planejamento do ensino e treinamento de técnicos brasileiros nos 
Estados Unidos com foco em expandir e aperfeiçoar o quadro de docentes, bem como o fornecimento de recursos para o ensino médio e primário. tal acordo possibilitou de maneira 
positiva a educação nacional principalmente no atendimento a pessoas com necessidades especiais, pois isso já era uma prática efetiva nos Estados Unidos. 
Um dos grande nomes nacionais nesse período foi o da psicóloga e educadora Helena Antipoff que muito se dedicou à causa da educação dos mais dotados, ao desenvolver projetos 
educacionais bastante importantes. Suas contribuições foram tantas que influenciam muitas práticas e pesquisas até os dias atuais. 
Em 1973 foi criado pelo MEC o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), a fim de efetivar na prática o atendimento ao superdotado promovendo assim a expansão e 
melhorias ao atendimento aos excepcionais, por meio da assistência financeira e técnica direcionada às iniciativas em prol dos deficientes e dos superdotados. 
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi concebido o direito de acesso de todos a educação pública, sendo a oferta e manutenção um dever do Estado (BRASIL, 
1988). Em 1996, houve a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n º 9394/96, que em seu capítulo V, contempla a educação especial e compreende dentre 
outros, os alunos com altas habilidades e sua inclusão nas escolas (BRASIL, 1996). 
No PNE (Plano Nacional de Educação) de 2001, observa-se que “educação especial se destina às pessoas com necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de 
deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas habilidades, superdotação ou talentos” (Brasil, 2001, p. 55). Sob tais considerações consta na 
Resolução CNE/CEB nº 4 de 5 de outubro de 2009: 
Art. 4º Para fins destas Diretrizes, considera-se público-alvo do AEE: [...] III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial 
elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade. 
Verificaremos, sob o aspecto das AH/SD algumas outras leis surgiram para alterar e complementar a Lei de Diretrize e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), uma delas, a Lei 
12.796/13 que contempla além do atendimento educacional especializado gratuito, a ampliação do atendimento aos alunos com altas habilidades ou superdotação. Outra lei nesse 
sentido é a Lei 12.234/15, que dispõe “sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades ou 
superdotação”, assim promulga: 
“Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na educação 
superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado.” 
É importante pensar que para além das leis, diversos decretos foram sancionados em prol do atendimento educacional especializado, nas diversas áreas e que as mudanças mais 
evidentes são fruto das últimas décadas, ou seja, um passado muito recente se compararmos a toda a trajetória percorrida. 
Nesse sentido, compreende-se que o processo de reconhecimento, normatização e implementação não ocorreu ao acaso e muito menos de maneira rápidas, mas sim progressiva e 
gradual. Conforme as leis foram amparando a prática, tornou-se então possível expandir horizontes e atender efetivamente esses alunos, vale considerar que muitas foram as 
conquistas, mas igualmente muitas são as novas necessidades que surgem e precisam ser sanadas constantemente. 
Para você, o que é uma criança superdotada? 
Há diferenças entre crianças superdotadas e crianças com altas habilidades? 
MITOS E PRECONCEITOS 
Mitos, valores, preconceitos e concepções a respeito das expressões humanas são constituídos a partir da cultura e do ambiente social e histórico. 
As concepções erradas e distorcidas a respeito das pessoas com AH/SD estão presentes na sociedade e se manifestam na também escola. Identificá-las implica em colocar em 
evidência aspectos que diferenciam esses alunos dos demais e as impressões equivocadas surgem devido a várias opiniões, expressas de várias maneiras, revelando os mitos que 
envolvem as AH/SD. Na perspectiva da educação inclusiva, a escola precisa adaptar seus programas, orientando-se pelas necessidades especiais dos alunos para adequar os 
atendimentos de modo apropriado. Os mitos atrapalham, porque distorcem a concepção sobre a pessoa, e estão de acordo com opiniões advindas do senso comum. 
A diversidade de reações suscitadas pelas pessoas com altas habilidades/superdotação ao longo da história vai da admiração a inveja e desprezo, como nos mostra Virgolim (1997) 
ao apresentar os mitos e preconceitos em relação às mesmas. 
Autores como Alencar e Fleith (2001), Freeman e Guenter (2000) e Rech e Freitas (2006) também comentam a respeito de alguns mitos e ilustram concepções enganosas, sobre a 
pessoa com AH/SD. 
Exemplos são citados pelas autoras tais como: 
1. Os alunos com AH/SD são bem-sucedidos em todas as disciplinas escolares que envolvem, sobretudo, a linguagem e o raciocínio lógico. 
2. São consideradas pessoas que têm condições de alcançar sucesso em tudo, de modo individual e independente, sem ajuda, sem influência das condições do ambiente. 
Mas o que se observa, na realidade, é que a maioria apresenta melhores resultados em uma área do que em outra, assim, os educadores geralmente enfatizam a área de dificuldade, 
pressupondo que é melhor não enaltecer o aluno no que ele faz de bom. Nesse sentido, predomina a ênfase naquilo que a criança não sabe e as áreas de interesse e habilidades 
ficam em segundo plano. Esse discurso é transmitido ao aluno e à família, como mensagem de que o mesmo deve apresentar bom desempenho em todas as matérias escolares, 
independente dos seus interesses e habilidades. 
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ATIVIDADES 
1. No que diz respeito a preocupação com a temática das altas habilidades/superdotação ao longo da história, podemos perceber alguns fatos muito importantes. Leias as asserções 
a seguir e assinale a alternativa correta: 
Embora pareça um tema novo, as altas habilidades/superdotação já eram observadas e discutidas desde a Grécia antiga 
Porque 
Já se consideravam a inteligência como algo de grande valor, um exemplo desse fato é a escola de Platão que selecionava os mais hábeis. 
a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
b) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma proposição falsa. 
d) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira. 
e) As duas asserções são proposições falsas. 
2. Sobre os aspectos legais que regem as altas habilidades/supertodação, podemos perceber que seus marcos iniciais no país datam da segunda metade do século XX. Sobre as leis 
que regem as AH/SD, analise as afirmativas abaixo e considere V para as verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Na Lei 5692/71 visava o atendimento às diferenças e nela os superdotados deveriam receber tratamento especial. 
( ) A Constituição Federal de 1988 visava restringir o acesso à escolarização para uma minoria populacional. 
( ) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n º 9394/96 não contempla alunos com altas habilidades/superdotação. 
( ) A Lei 12.234/15, que dispõe sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento, na educação de alunos com altas habilidades ou superdotação. 
Assinale a alternativa correta: 
a) VVVV 
b) VFVF 
c) FFVV 
d) VFFV 
e) VFFF 
3. No que diz respeito ao conhecimento relacionado às altas habilidades/superdotação ainda hoje se percebe a existência de muitos mitos. Sobre os mitos e preconceitos 
relacionados, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que contempla características verdadeiras e condizentes com a realidade das AH/SD. 
I) Pessoas com altas habilidades/superdotação são gênios e sabem tudo. 
II) Pessoas com altas habilidades/superdotação não precisam frequentar a escola. 
III) Pessoas com altas habilidades/superdotação precisam de estímulos corretos para desenvolverem-se. 
IV) Pessoas com altas habilidades/superdotação frequentam a escola e são alunos de inclusão. 
É correto o que se afirma em: 
a) I e II, apenas. 
b) III e IV, apenas. 
c) I, II e IV apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Nesse momento, estudamos acerca dos fatos que marcaram a história do atendimento à pessoa com altas habilidades/superdotação, desde a Idade Antiga até os dias atuais bem 
como o caminho percorrido para se chegar as caraterísticas que hoje as representa. 
Os referidos conhecimentos nos forneceram a base do contexto histórico e social que influenciou o modo como as pessoas com altas habilidades/superdotação foram 
compreendidas e atendidas ao longo da história até os dias atuais. 
Foi possível refletir para além dos aspetos históricos o que tange as leis que asseguram o atendimento educacional especializado para os alunos com altas habilidades ou 
superdotação. Com foco nacional, observou-se que os grandes marcos e desenvolvimentos são recentes e que embora muitas conquistas tenham alcançado o caminho a percorrer 
ainda é longo e demanda muitos estudos e pesquisas a fim de adaptar-se às reais necessidades. Nesse sentido, as modificações e adaptações serão constantes, ao passo que novas 
necessidades surgem frequentemente. 
Considerou-se promover uma análise acerca de alguns dos principais mitos e preconceitos ainda existentes sobre as altas habilidades e superdotação e possibilitou verificar que 
tais informações auxiliam na concepção a respeito da importância do referido atendimento, no sentido de desmistificar que a pessoa com altas habilidades/superdotação já possui 
tantos atributos pessoais em destaque que não necessitaria de apoio especializado. Essa ideia, entre outras, compuseram as reflexões acerca dos mitos e preconceitos presentes na 
área de altas habilidades/superdotação. 
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Material Complementar 
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A jornalista Leda Nagle entrevista o poeta Carlos Drummond de Andrade 
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Na Web 
Einstein 
O homem mais inteligente da história. É assim que Einstein é conhecido pela maioria da população 
mundial. Albert Einstein foi uma das figuras mais proeminentes e influentes da era moderna. Como 
físico eminente, transformou radicalmente nosso entendimento do universo e sustentou abertamente 
opiniões com respeito aos temas políticos e sociais mais candentes de sua época. Einstein se tornou 
um símbolo da cultura universal. Einstein falou sobre mundos com quarta dimensão, curvatura de 
espaço-tempo dilatado, coisas do tipo. 
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Na Web 
Da confusão com o gênio 
A sinonímia entre AH/SD e o termo “gênio” é bastante comum, especialmente na grande imprensa, 
que costuma usar expressões como “pequeno gênio” ou criança-prodígio para nomear crianças com 
AH/SD. 
O gênio foi uma pessoa reconhecida pela sua grande contribuição para a Humanidade por toda uma 
cultura; é um criador por excelência. 
Fonte: Trecho extraído de: PÉREZ, S. G. P. B.; RODRIGUES, S. T. Pessoas com Altas Habilidades/ 
Superdotação: das confusões e outros entreveros. In. Revista Brasileira de Altas Habilidades/ 
Superdotação, v. 1, n. 1, jan./jun. 2013 p.10-20. Disponível em: 
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REFERÊNCIAS 
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______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRODE 1996 . Disponível em: . Acesso em:em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm > 12 mar./2017. 
______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos. LEI Nº 12.796, DE 4 DE ABRIL DE 2013. Disponível em: . Acesso em: 
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______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009. Disponível em: . Acesso em: 
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DELOU, M. C. C. Políticas públicas para a educação de superdotados no Brasil. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA, 57., 2005, 
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DELOU, M. C. C; BUENO, J. G. S. O que Vigotski pensava sobre genialidade. Revista da Faculdade de Educação da PUC. Campinas, n. 11, pp. 97-99, nov. 2001. 
DELOU, Cristina Maria Carvalho. Educação do Aluno com Altas Habilidades/Superdotação : Legislação e Políticas Educacionais para a Inclusão . In. Fleith, Denise de Souza (org). A 
construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: orientação a professores. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 
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Declaração de Salamanca . 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ salamanca.pdf . Acesso em 13 mar./2017. 
LANDAU, Erika. A coragem de ser superdotado. São Paulo: Arte & Ciência, 2002. 
VIRGOLIM, Angela M. Rodrigues. A inteligencia em seus aspectos cognitivos e não cognitivos na pessoa com altas habilidades/superdotação: uma visão histórica. In. VIRGOLIM, 
Angela M. Rodrigues; KONKIEWITZ, Elisabete Castelon (Orgs.). Altas Hsbilidades/superdotação, inteligencia e criatividade: uma visão multidiscilinar. Campinas, SP: Papirus, 2016. 
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APROFUNDANDO 
Como vimos, o pensar sobre as altas habilidades ou superdotação não é recente e data de períodos como a Grécia antiga, evidentemente várias foram as denominações atribuídas 
para essas pessoas que possuíam AH/SD, além do preconceito que sofreram, e muitas vezes ainda sofrem em função da falta de conhecimento e informação alheia. 
O fato é que muitas foram as visões e percepções fruto de estudos e análise diversos ao longo dos anos, bem como de grandes nomes que se destacam por desenvolver estudos na 
área e ainda os eventos direcionados às AH/SD que muito contribuíram para o pensar. Como as várias teorias de análise da inteligência, como a Teoria das Inteligências Múltiplas de 
Gardner, Teoria Triárquica da Inteligência proposta por Sternberg, os testes de QI, o Modelo dos Três Anéis, a inteligência sobre a ótica de Piaget e Vygotski. 
Segundo Virgolim (2016) o grande desafio está no trato e definição da inteligência, pois mais complexo do que medi-la é limitá-la a uma única definição que a compreenda em sua 
plenitude. 
Nesse sentido, 
Grandes progressos foram feitos na conceituação da inteligência ao longo dos anos. Esse campo evoluiu do ponto de vista psicométrico para incluir o 
processamento de informações, criatividade, o contexto cultural e um vasto leque de elementos constitutivos, como emoção, motivação e fatores de 
personalidade. No entanto, várias questões críticas sobre inteligência permanecem sem resposta. Em um campo em franco desenvolvimento, apenas 
um esforço comum e sustentado, bem como um compromisso de recursos científicos substanciais permitirão aos teóricos do campo encontrar as 
respostas adequadas [...] (VIRGOLIM, 2016, p.58). 
Com base no contexto histórico e as concepções fruto das teorias, estudos e pesquisas desenvolvidas, viu-se a necessidade de adaptar o processo educativo às necessidades das 
pessoas que possuem altas habilidades e superdotação, como forma de inclusão e para além disso, como um meio para se oferecer o atendimento educacional especializado tão 
necessário, na atualidade. 
Vejamos alguns marcos históricos no que tange a temática 
De acordo com Delou (2007) em 1990 na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, o Brasil comprometeu-se com a educação nacional no que diz respeito ao analfabetismo 
e a oferta da educação para todos, tal fato representou um grande progresso no pensar educativo nacional. 
Como um dos grandes marcos mundial do processo de inclusão educação especial temos a Declaração de Salamanca que ocorreu em 1994, na Espanha cidade de Salamanca. Ela foi 
desenvolvida na Conferência Mundial sobre Educação Especial que ocorria em Salamanca, foram vários dias de debates e diálogos em prol de uma educação mais igualitária, que 
atendesse a todos em suas individualidades, sobretudos aqueles que necessitavam de atendimento especializado. 
O documento defende a ideia de que todos possuem aptidões e necessidades individuais e singulares e que é função do sistema de ensino desenvolver estratégias que abarcam 
todas essas diferenças em prol do conhecimento e desenvolvimento dele, levando em conta a diversidade e possibilitando o trabalho inclusivo que bem desenvolvido torna-se 
benéfico a todos. 
Um dos itens da declaração (1994), contempla que “26. O currículo deveria ser adaptado às necessidades das crianças, e não viceversa. Escolas deveriam, portanto, prover 
oportunidades curriculares que sejam apropriadas a criança com habilidades e interesses diferentes”. Percebe-se com isso o crescente cuidado e preocupação em buscar oferecer 
de fato a educação para todos, inclusiva, igualitária e livre de preconceitos. 
Para o atendimento educacional no Brasil, observou-se a crescente necessidade de adaptar a educação voltada ao atendimento educacional especializado das pessoas/ alunos que 
dele necessitasse, um grande desafio para a educação, que obteve em 1996 amparo legal por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96). 
Mesmo com significativos progressos, muitas mudanças eram demandadas e estavam por vir. 
De acordo com Delou (2007, p.33) “para os alunos superdotados, são indicadas mudanças pedagógicas que ofereçam programas de enriquecimento escolar e de aprofundamento 
de estudos, cuja finalidade é de ajustar o ensino ao nível do desenvolvimento real dos alunos”. 
Outro importante acontecimento foi a resolução de 04 outubro de 2009, que instituiu as diretrizes operacionais voltadas ao Atendimento Educacional Especializado na Educação 
Básica, na modalidade da Educação Especial e ao ao abordar sobre as altas habilidades/superdotação,contempla: 
Art. 7º Os alunos com altas habilidades/ superdotação terão suas atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de escolas 
públicas de ensino regular em interface com os núcleos de atividades para altas habilidades/superdotação e com as instituições de ensino superior e 
institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da pesquisa, das artes e dos esportes. 
Sob tais aspectos percebe-se que muitos foram os desenvolvimentos direcionados ao atendimento dos alunos com AH/SD no Brasil, fruto de todo um processo histórico que 
culminou em tais mudanças e acarretará tantas outras que virão, devido a necessidade constante de adaptar-se às necessidades e oferecer cada vez mais qualidade no ensino para 
todos. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; BRANDÃO, Silvia Helena Altoé; SCHREINER, Ruth Cássia. 
Altas Habilidades e Superdotação. 
Silvia Helena Altoé Brandão; Ruth Cássia Schreiner 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
27 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Altas Habilidades. 2. Superdotação. 3. EaD. I. Título . 
CDD - 22 ed. 371 
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Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Diretoria de Design Educacional 
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AS ALTAS HABILIDADES/ 
SUPERDOTAÇÃO E O 
DESENVOLVIMENTO DAS 
FUNÇÕES PSICOLÓGICAS 
SUPERIORES 
Professor (a) : 
Me. Silvia Helena Altoé Brandão 
Esp. Ruth Cássia Schreiner 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer os princípios da Teoria Histórico-Cultural quanto ao desenvolvimento e aprendizagem de pessoas com altas habilidades/superdotação. 
• Compreender como se constituem e desenvolvem as funções psicológicas superiores. 
• Reconhecer a importância da mediação e da educação escolar para o desenvolvimento das funções complexas do pensamento. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Pressupostos teóricos. 
• A inteligência, aprendizagem e desenvolvimento. 
• As funções psicológicas superiores. 
Introdução 
No presente momento estudaremos sobre o desenvolvimento das funções psicológicas superiores no ser humano e suas peculiaridades quando se trata da pessoa com altas 
habilidades/superdotação. 
Para tal estudo, partiremos da análise da Teoria Histórico-Cultural que apresenta a premissa de que o desenvolvimento do ser humano é impulsionado pela aprendizagem e a 
aprendizagem por sua vez, é influenciada pelo contexto social, histórico e cultural que os indivíduos se encontram. Iniciaremos assim, da perspectiva de uma análise reflexiva dos 
pressupostos teóricos que norteiam as altas habilidades e superdotação para posteriormente, promovermos uma análise conceitual histórica e prática da inteligência, igualmente 
dos processos de aprendizagens e do desenvolvimento em detrimento da inteligência. 
Nesse pensar, verificamos que o desenvolvimento das funções psíquicas tal como atenção, percepção, memória, entre outras, parte das bases naturais para as bases culturais de um 
modo geral. Em pessoas com altas habilidades/superdotação, podemos observar uma possibilidade de rapidez e êxito em situações de aprendizagem de um novo conteúdo novo, 
facilidade da associação advinda de boa memória, assim como do raciocínio e da capacidade combinatória. 
A criatividade e a destreza no uso de instrumentos é fundamental para o processo de hominização, “[...] juntamente com o desenvolvimento específico dos métodos psicológicos 
internos e com a habilidade de organizar funcionalmente o próprio comportamento” (VYGOTSKI; LURIA, 1996, p. 183), compreendendo dessa forma, que a mente desenvolveu-se 
ao longo da história da existência humana. Na pessoa com altas habilidades/superdotação, essa capacidade torna-se favorecida por um potencial facilitador que estudaremos mais 
detalhadamente a seguir. 
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PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
A Teoria Histórico-Cultural foi elaborada por psicólogos soviéticos, e Lev Seminovich Vygotski (1896-1934) é o principal representante, que desenvolveu várias pesquisas com a 
colaboração de Alexander Romanovich Luria (1902-1977) e Alexis Leontiev (1903-1979), entre outros a partir de 1924 no Instituto de Psicologia de Moscou. Tais pesquisadores 
tinham por característica desse momento, a busca pelo entendimento da gênese dos processos psicológicos que deram origem ao comportamento consciente do homem, 
permitindo considerá-lo como um ser social e histórico. 
Para tal compreensão foram enfatizadas a relevância do fator cultural, das relações sociais e do modo de produção da vida, com seus códigos linguísticos e instrumentos físicos, 
como mediadores no processo de formação e desenvolvimento da mente humana, cujo referencial epistemológico é a filosofia marxista. 
Esses autores não desconsideram o biológico, mas afirmaram que a partir de certo momento da evolução da espécie começou a existir o trabalho, a história social, que passou a 
promover o desenvolvimento do ser humano. 
Leontiev (1978, p. 257) afirma que “as propriedades biologicamente herdadas do homem não determinam as suas aptidões psíquicas”, apenas lhe conferem as condições para a 
formação destas. O que fornece ao homem o que ele tem de verdadeiramente humano é, segundo esse autor, o mundo dos objetos e fenômenos que o rodeiam, criado pelo trabalho. 
Em suas palavras: 
O processo de apropriação do mundo dos objetos e dos fenômenos criados pelos homens no decurso do desenvolvimento histórico da sociedade é o 
processo durante o qual teve lugar a formação, no indivíduo, de faculdades e de funções especificamente humanas. [...] O processo de apropriação 
efetua- -se no desenvolvimento de relações reais do sujeito com o mundo. Relações que não dependem nem do sujeito nem da sua consciência, mas 
são determinadas pelas condições históricas concretas, sociais, nas quais ele vive e pela maneira como a sua vida se forma nestas condições 
(LEONTIEV, 1978, p. 257). 
Nessa teoria o método investigativo utilizado remete ao o materialismo histórico, que possui como objetivo a análise histórica dos fatos, suas causas, perspectivas e relação com a 
realidade, caracterizando-se como estudos relevantes para a psicologia como também a educação. 
Toda grande descoberta, invento ou qualquer manifestação de criação genial é preparada por todo o curso prévio do desenvolvimento, condicionada 
pelo nível cultural da época, suas necessidades e imposições. L. S. Vygotski 
Vale considerar, que o processo evolutivo em si diz muito a respeitoda realidade vivida, pois é frutos das necessidades percebidas e consequentemente adaptações, por isso é 
importante analisarmos o desenvolvimento histórico sofrido pelo homem. Leontiev (1978, p. 262) explica que “a hominização resultou da passagem à vida numa sociedade 
organizada na base do trabalho”, diferenciando a vida do homem da vida animal, isso implica pensarmos que a sociedade que vivemos difere-se da priminita ao passo que novas 
estruturas são estabelecidas para a organização e formação social. De acordo com Luria (1991, p. 73): 
Diferentemente do animal, cujo comportamento tem apenas duas fontes: 1) os programas hereditários de comportamento, subjacentes no genótipo 
e 2) os resultados da experiência individual, a atividade consciente do homem possui ainda uma terceira fonte: a grande maioria dos conhecimentos e 
habilidades do homem se forma por meio da assimilação da experiência de toda a humanidade, acumulada no processo da história social e 
transmissível no processo de aprendizagem. [...] A grande maioria de conhecimentos, habilidades e procedimentos do comportamento de que dispõe 
o homem não são o resultado de sua experiência própria, mas adquiridos pela assimilação da experiência histórico-social de gerações. Este traço 
diferencia radicalmente a atividade consciente do homem do comportamento animal. 
Nesse pensar, evidencia-se o fato de que somos fruto de um processo evolutivo e que transcende nossa singularidade, ao avançar para o contexto social, cultural e de mudanças e 
adaptações existentes. E que tais mudanças e adaptações somente são possíveis devido ao fato de que constantemente necessidades são percebidas e novas ações precisam ser 
tomadas modificando e desenvolvendo a sociedade como um todo. é assim, por meio da assimilação da cultura, das experiências e das transformações ao longo do processo 
histórico que vivemos que torna-se possível compreender melhor as mudanças bem como a necessidade delas ocorrerem em prol de melhorias significativas e contextualizadas às 
demandas percebidas. 
Há várias teorias que contemplam a inteligência, no entanto, uma das mais conhecidas é a teoria das inteligências propostas por Gardner, sendo elas: 
Linguística, musical, lógico-matemática, espacial, cenestésica, interpessoal intrapessoal. Para Alencar (2007, p. 20): "Segundo esta teoria, um alto 
nível de habilidade em uma inteligência não significa elevado nível em outra inteligência. Considera Gardner que os indivíduos diferem entre si tanto 
por razões genéticas como culturais nas distintas inteligências, devendo a escola promover oportunidades variadas para o desenvolvimento e 
expressão das diversas inteligências". 
Fica claro o fato de que à escola tem grande responsabilidade em estimular os alunos da maneira adequada, ou seja, de tal modo que possam 
efetivamente desenvolver-se nas várias áreas de conhecimento bem como da área de maior facilidade do educando. 
Fonte: Alencar (2007, p. 20). 
A INTELIGÊNCIA, APRENDIZAGEM E 
DESENVOLVIMENTO 
A inteligência em si, tem sido foco de estudos a bastante tempo tendo-se identificado como algo complexo de se conceituar, devido a sua amplitude e importância. Os primeiros 
registros sobre a inteligência são de períodos como o da Grécia antiga, nesse sentido para Virgolim (2016, p. 23) 
A ideia de que as pessoas variam grandemente na medida daquilo que chamamos inteligência é bastante antiga. Platão, Aristóteles, Descartes, Locke 
e Kant, por exemplo, estão entre os filósofos que deram grandes contribuições ao nosso entendimento do que é inteligência. 
É possível verificar que a inteligência para tais pesquisadores era considerada como algo essencial tidos como uma virtude, como fundamental para o desenvolvimento, embora por 
questões religiosas e sociais por muito tempo as pessoas mais hábeis e inteligentes eram vistas com preconceito pelos demais. 
Do que se tem registro os primeiros testes de inteligência ocorreram na China, ainda no século V, no entanto, 
[...] eles somente começaram ser sistematizados e aplicados cientificamente a França, no século XX. Curiosamente o que influenciou as primeiras 
pesquisas sobre o assunto foi o livro a origem das espécies, de Charles Darwin. A teoria de que o processo evolutivo decorria de uma seleção natural 
foi suficiente para que o cientista britânico Sir Francis Galton, primo de Darwin e um dos pioneiros da avaliação psicológica moderna, começasse a 
investigar a inteligência e as diferenças de habilidade mental dos indivíduos (SABATELLA, 2013, p. 47). 
Ainda segundo a autora (2013), em 1905 o francês Alfred Binet, desenvolveu o primeiro teste de inteligência, juntamente com Theodore Simon, elaboraram a escala Benet-Simon, 
os testes de inteligência desse período verificava principalmente a memória e o raciocínio numérico e verbal para a solução de problemas cotidianos. 
Em 1912 Wilhelm Stein, um psicólogo alemão elaborou o quociente de inteligência (QI) como forma de avaliar o nível de inteligência (mental) dos indivíduos em detrimento da 
idade cronológica, esse teste em 1916 foi revisto por Madison Terman que propôs a eliminação do valor decimal ao multiplicar o resultado por cem. Nos Estados Unidos o teste de 
Binet foi adaptado pela Universidade de Standford e passou a ser conhecido como Escala de Inteligência de Stanford-Binet. 
Pesquisadores como Vygotski e Piaget contribuíram significativamente para a concepção da inteligência, assim, segundo Virgolim, (2016, p.41) Piaget “[...] procurou explicar o 
desenvolvimento intelectual pelas mudanças no desenvolvimento do funcionamento cognitivo [...] Segundo ele, todo o desenvolvimento cognitivo depende tanto da contribuição 
genética quanto da qualidade do ambiente em que se desenvolve”. Já Vygotski “[...] acreditava que a aquisição do conhecimento (as habilidades necessárias para raciocinar, 
compreender e memorizar) é um processo que se dá pela experiência [...]” (VIRGOLIM, 2016, p.42). 
Para Vygotski e Luria (1996), os testes revelam o nível de desenvolvimento de funções mentais diferentes em áreas diferentes, tais como: memória, visão, audição, velocidade de 
movimentos, reflexos entre outros,de modo que o conhecimento que o indivíduo possui é reflexo de suas experiências com o ambiente que está inserido. 
Sobre os testes, de acordo com Vygotski (2004a), que avaliam a idade mental, vale considerar que preocupam-se tão somente com o nível de desenvolvimento real ou atual e não 
caracterizam o desenvolvimento mental como um todo. Acrescenta, ainda, que o que interessa mais na escola não é o que ela já sabe, mas o que é capaz de aprender e quais as 
possibilidades para que aprenda o que ainda não domina, sob orientação, com ajuda, por indicação, em colaboração. 
No que tange a aprendizagem, Vygotski (2004a, p. 476) afirma que “a aprendizagem da criança começa muito antes da aprendizagem escolar”, ao referir-se ao período anterior ao 
ingresso na instituição, que chama de pré-história escolar. Para o pesquisador, a criança já tem certa noção de quantidades muito antes de entrar em contato com a aritmética na 
escola, devido a suas experiências de vida. 
A maioria das crianças que chega à escola com inteligência elevada são aquelas que “cresceram em um ambiente com condições favoráveis” de desenvolvimento cultural 
(VYGOTSKI, 2004a, p. 514). Vygotski (2004), observou que a criança ingressa na escola com um nível alto de inteligência e que, em sua maioria, tende a reduzir nos primeiros quatro 
anos da escolarização. 
O decréscimo observado no rendimento da criança considerada com alto nível de inteligência ao chegar à escola deve-se, de acordo com o autor, as estratégias que os professores 
costumam adotar reduzindo o ritmo das atividades, pois os professores orientam as crianças de modo que todas sigam um mesmo ritmo de aprendizagem, quando na verdade cada 
uma possui suas particularidades. Para as crianças que possuem um aprendizado mais rápido, tal estratégia acaba sendo desmotivadora.Assim, a educação escolar possui um papel de extrema importância na promoção e incentivo ao desenvolvimento da criança com altas habilidades/superdotação. Entretanto, 
também pode influenciar de modo a paralisar ou impossibilitar avanços ao dar ênfase ao ritmo da maioria e não proporcionar situações enriquecedoras e desafiadoras. 
Nessa perspectiva, destaca a importância das relações histórico-sociais e da educação escolar, com sua função mediadora no processo ensino-aprendizagem, que pode a partir de 
suas práticas pedagógicas, contribuir para o desenvolvimento de potenciais superiores e a expressão de altas habilidades em seu contexto. 
Na elaboração dos construtos teóricos desenvolvidos pelos pesquisadores da Teoria Histórico Cultural, foram estabelecidas as bases da origem e do processo de formação do 
comportamento humano, a composição das principais habilidades e funções de sua estrutura psicológica e a formação dos processos psicológicos superiores, isto é, especificamente 
humanos, ao longo da vida e no decurso do desenvolvimento da sua espécie. 
As operações psicológicas internas vão tomando contornos mais definidos à medida que a execução de atos e o desenvolvimento da linguagem tornam-se mais eficientes, 
produtivos e organizadores das ações. Um exemplo disso seria, em vez de visualizar grandes quantidades, utiliza-se o sistema auxiliar de contagem, no lugar de memorizar muitas 
informações, passa a anotá-las por escrito, salvar em arquivos com determinados critérios de organização que facilitem a evocação (lembrança) quando necessário. A utilização de 
objetos, e estratégias auxiliares. Nas palavras de Vygotski, Luria e Leontiev (2001, p. 146): 
A escrita é uma dessas técnicas auxiliares usadas para fins psicológicos; a escrita constitui o uso funcional de linhas, pontos e outros signos para 
recordar e transmitir ideias e conceitos. Exemplos de escritas floreadas, enfeitadas, pictográficas mostram quão variados podem ser os itens 
arrolados como auxílios para a retenção e transmissão de ideias, conceitos e relações. 
Nesse sentido, qual seria a melhor maneira de verificar a adequação do desempenho? A resposta a esse questionamento é bastante ampla visto que a melhor forma de adequar-se é 
percebendo o que é habilidade, ou seja, aquilo que o aluno tem maior facilidade em compreender e sistematizar e o que não é, com base nessa análise os professores poderão 
nortear sua prática de tal modo que ofereça os estímulos adequados para que o aluno efetivamente se desenvolva, incluindo-se para tal fim métodos de ensino adaptados às 
necessidades desses alunos. 
E o contexto familiar pode ajudar? 
A família que tem condições econômicas e culturais e incentiva o desenvolvimento de suas crianças proporciona condições sociais e materiais 
mediadoras que possibilitam acesso a novas aprendizagens, assim, contribui sobremaneira para os avanços dos filhos. No entanto, a mesma criança 
chega à escola e a forma de acesso ao conhecimento se modifica, no contexto da instituição educacional, seu rendimento diminui a ponto de, em 
algumas situações, a criança se desinteressar pela escola. 
AS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES 
As funções psicológicas superiores se originam e se desenvolvem por meio das relações entre as pessoas e com os objetos, desde o início da vida, no processo de internalização de 
formas culturais de comportamento e convivência social. 
Estudaremos aspectos do desenvolvimento da atenção voluntária, percepção, memória, linguagem, pensamento, aquisição de conceitos científicos, criatividade e imaginação. As 
emoções, o ritmo de execução de atividades e a motivação também estarão presentes em nossas reflexões. 
Os processos de atenção voluntária, percepção e memorização, são mediados pela fala da criança e sua e interação (manipulação) com objetos físicos. Inicialmente surge o balbucio, 
sons diversificados são emitidos com intencionalidade, posteriormente observa-se a fala egocêntrica (em voz alta) e os recessos atencionais, perceptivos e de memorização são 
expressos na atividade prática. A fala egocêntrica cumpre sua função organizadora da ação e diminui gradativamente, ao longo do tempo. Isso acontece devido a internalização e 
configuração do pensamento verbal que passa a assegurar as ideias com planejamento, regulação e controle do comportamento. 
No que diz respeito à memória, o armazenamento e fixação de impressões e informações recebidas, tem como base a plasticidade do aparelho neuropsicológico do ser humano, 
tanto no aspecto quantitativo quanto qualitativo. Ao longo do desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta, ocorre a transição de formas naturais para formas culturais de 
memorização, isto é, formas artificiais, aprendidas. 
De acordo com Virgolim (2016, p.42), para Vygotski [...] a obtenção das funções mentais superiores está enraizada no uso de instrumentos físicos e simbólicos com os quais a criança 
entra em contato no curso do seu desenvolvimento e que ela aprende a dominar no processo de socialização”. No caso da criança com sinais de altas habilidades, já em tenra idade, 
observa-se a capacidade para imitar, dissociar, associar e combinar elementos com significados, de modo reprodutivo e até criativo. 
Essas crianças mostram-se atenciosas, observadoras e conseguem solucionar o conflito dos diversos estímulos, de modo a discernir as informações aprendidas com mais facilidade 
e rapidez. Os pais dessas crianças revelam, com frequência, preocupação e curiosidade com o desempenho precoce dos filhos e seguem em busca de apoio e orientação 
especializadas. 
Vários elementos podem contribuir para o bom desempenho da criança, como: ensino (não sistematizado) de conhecimentos formais, sentimentos de afeto e cumplicidade na 
interação pai e filha por exemplo, desempenho primoroso na qualidade de resposta da criança, observação, entre outros. 
Compreende-se que as operações psicológicas se definem na medida em que a execução das operações mentais torna-se mais eficaz, complexa e produtiva, pois os atos passam da 
manipulação de objetos do mundo exterior, para a utilização de funções psicológicas internas mais elaboradas e simbólicas. 
Para Vygotski e Luria (1996), a criança pequena começa a utilizar de modo funcional os objetos como ferramentas, e passam, gradativamente aos processos mediados de interação 
com os mesmos, por meio do uso de signos linguísticos. Os autores, relatam um experimento em que se verifica que o uso de estratégias de associação, como relação palavra-figura, 
eleva a capacidade de memorização. 
Vemos que a criança é bem sucedida ao usar as figuras como dispositivos auxiliares. Querendo lembrar de uma palavra, na maioria das vezes escolhe 
a figura que representa o tema que cai dentro da mesma categoria que a palavra dada (jantar-faca, roupa-escova, reunião-campainha). Além disso, 
constrói às vezes uma ligação extremamente artificial e complexa; de modo algum reproduz (mecanicamente) a experiência anterior, mas combina 
intencionalmente cada elemento. (Verdade combina com carta: como ninguém pode abri-la, pode-se escrever a verdade; cavalo combina com botas; 
etc.). Uma criança bem dotada mostra-se capaz de usar ativamente sua experiência anterior pondo em uso inúmeros métodos que aperfeiçoam seus 
processos psicológicos (VYGOTSKI; LURIA, 1996, p. 231-232). 
Já no adulto, a memória assume diferentes características com relação a sua variabilidade e dimensão, nas palavras de Luria (1991): 
Os alunos de nível superior ou o adulto, que fazem operações complexas de codificação lógica do material suscetível de memorização, executam um 
complexo trabalho intelectual e o processo de memória começa, assim, a aproximar-se do processo de pensamento discursivo (LURIA, 1991, p. 96). 
A redução de ligações diretas com os estímulos sensoriais percebidos faz com que o processo de memorização adquira novas, importantes e decisivas correlações com os processos 
de pensamento abstrato, raciocínio lógico,imaginação e criatividade. 
Sobre os aspectos relacionados ao pensamento e aquisição de conceitos científicos é importante considerarmos que a linguagem é o instrumento essencial para a sistematização e 
formulação do pensamento, visto que são as palavras que estruturam as ideias e tornam possíveis a transição do pensamento concreto (advindo comumente de situações 
cotidianas), para o pensamento racional abstrato (ou categorial, onde independe as características físicas e funcionais, tornando-o mais flexível), com dimensões cada vez mais 
complexas, graças à compreensão dos significados, associação e memorização. 
Os conceitos espontâneos são aprendidos de modo assistemático no cotidiano. O processo de escolarização promove a aprendizagem de conceitos científicos, por meio da 
interação da criança com o adulto que ensina. O aprendiz, ao apropriar-se conscientemente de determinados saberes, utiliza suas funções psicológicas superiores, abstrai, 
generaliza e organiza seu pensamento. 
De acordo com Luria (1990), os processos utilizados para realizar abstrações e generalizações são variáveis e refletem o acesso aos mediadores culturais e ao desenvolvimento 
socioeconômico. A transição para o estágio de formação de conceitos é produzida pela mudança gradual que ocorre em toda a esfera de atividade da criança quando entra na 
escola. 
Alunos com AH/SD possuem maior facilidade e análise prática os novos saberes científicos, de modo que seus interesses e curiosidades possibilitam acionar a cadeia de funções 
psíquicas superiores. Isso decorre do aprendizado de conteúdos científicos quando o aluno consegue expressar seu pensamento a respeito deles de modo generalizado, por meio da 
linguagem (oralmente ou por escrito) ou de outras formas como o desenho, por exemplo, expressando assim além da compreensão do conhecimento o seu pensamento criativo. 
A expressão de vocabulário amplo, comunicação expressiva correta de acordo com a norma culta da língua e produção escrita superior ao esperado também são aspectos 
verificados no desempenho da pessoa com altas habilidades/superdotação. Com frequência nos deparamos com alunos que revelam habilidades na produção literária, por meio da 
poesia, contos, poemas e elaboração de livros. Alguns trabalhos nas escolas derivam na confecção de livros ou outro tipo de material escrito, como o jornal, de modo a materializar e 
divulgar as produções dos alunos que se destacam nas habilidades de escrita. 
A criatividade tem grande representação e significado nesse processo, assim, mediante contribuições de Neves-Pereira (2007,p.15) “vamos pensar em criatividade como um 
recurso humano, como uma função psicológica que todos nós possuímos, desenvolvida em diferentes graus e dimensões, de acordo com a história de vida de cada um”, por isso a 
importância de promovê-la e estimulá-la. Sob tais aspectos “A criatividade tem sido apontada como um dos determinantes na personalidade dos indivíduos que se destacam em 
alguma área do saber humano” (VIRGOLIM, 2007, p.37). 
Na infância, a criatividade, está diretamente relacionada com a memória de fatos ou acontecimentos que tenham sentido e significado para a pessoa, ligada à realidade concreta, ou 
seja, a imaginação da criança diverge muito pouco da realidade. Já na adolescência a criatividade liga-se ao intelecto, pois sucede a brincadeira infantil, acrescida das necessidades e 
emoções que também estão na base desta função. 
Vale considerar que a criatividade pode ser considerada como um fruto da imaginação e que quando estimuladas elas podem ser desenvolvidas e aperfeiçoadas não somente na 
infância e na adolescência, mas, inclusive na vida adulta. Sob tais considerações e de acordo com Neves-Pereira (2017, p. 17): 
A atividade criativa, para Vygotsky, é originária da função da imaginação, é uma ação relacionada com a interpretação da realidade feita pelos 
sujeitos e depende, diretamente, das experiências do homem em contato com sua realidade cultural objetiva e subjetiva. A imaginação está ligada à 
emoção. Ela retira fragmentos da realidade e, por meio de novas significações destes fragmentos, devolve à cultura, em forma de um produto 
criativo, leituras renovadas desta mesma realidade. 
As emoções positivas e os afetos poderão assim constituir elementos imprescindíveis ao processo de desenvolvimento, uma vez que são capazes de promover transformações 
qualitativas nas aquisições aprendidas e na regulação do comportamento para a vida em sociedade. Já na infância as crianças exercitam e criam situações que envolvem prazer, 
regras, valores e organização aos moldes do mundo dos adultos. 
Nos indivíduos que apresentam altas habilidades/superdotação, é mais perceptível as características relacionadas a imaginação, criatividade e desenvolvimento cognitivo e 
intelectual. Tais fatores os levam a desenvolver melhor memória e capacidade de relacionar as causas e efeitos de determinados acontecimentos, além de desenvolverem maior 
concentração e motivação. 
O que diz respeito ao ritmo e tempo de execução para a realização de uma tarefa ou atividade, a pessoa com altas habilidades/superdotação pode ou não ser a mais rápida. Quando 
a rapidez está presente, fica mais fácil avaliar o desempenho superior, mas podemos encontrar situações nas quais há uma lentidão, mediante a necessidade de análise criteriosa e 
detalhada de aspectos necessário à solução de um problema, por exemplo. No que se refere à motivação, as pessoas com altas habilidades/superdotação demonstram com 
frequência, envolvimento com a tarefa, perseverança, capacidade de concentração por longo período de tempo e preferência por trabalhos nos quais possam exercer o senso de 
responsabilidade. 
Embora não seja uma regra, podemos observar algumas características que identificam sinais de altas habilidades/superdotação, são eles: 
• capacidade intelectual; 
• aprendizado de alguma matéria específica; 
• criatividade; 
• liderança; 
• artes; 
• esportes ou atividades psicomotoras. Características a depender da área de destaque 
• curiosidade; 
• envolvimento; 
• iniciativa persistência em interesses pessoais; 
• originalidade na forma de expressão oral e escrita; 
• respostas diferentes e ideias inusitadas; 
• destaque em artes, como música, dança, teatro, desenho e outras; 
• habilidade em propor soluções e flexibilidade de pensamento; 
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ATIVIDADES 
1. Como pressupostos teóricos das altas habilidades/superdotação podemos considerar a teoria histórico cultural que caracteriza-se pela busca pelo entendimento da gênese dos 
processos psicológicos que deram origem ao comportamento consciente do homem, permitindo considerá-lo como um ser social e histórico. Com base no excerto analise as 
afirmativas abaixo e assinale a alternativa que melhor representa o que foi enfatizado nessa teoria I) A relevância do fator cultural. 
II) A importância das relações sociais. 
III) O modo de produção da vida, com seus códigos linguísticos. 
IV) Somente o fator biológico. 
a) I e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) III e IV, apenas. 
d) I, II e III, apenas. 
e) II, III e IV, apenas. 
2. No que se refere a inteligência, aprendizagem e desenvolvimento humano no contexto das altas habilidades/ superdotação, leias as afirmativas abaixo considerando V para as 
verdadeiras e F para as falsas: 
( ) Em 1905 o francês Alfred Binet, desenvolveu o primeiro teste de inteligência, juntamente com Theodore Simon. 
( ) Os testes de inteligência do início do século XX, verificaram principalmente a memória e o raciocínio numérico e verbal. 
( ) Wilhelm Stein, um psicólogo alemão, elaborou o quociente de inteligência (QI) comoforma de avaliar o nível de inteligência. 
( ) O teste de QI desenvolvido por Wilhelm Stein, nunca foi revisto nem adaptado. 
Assinale a alternativa correta: 
a) VVVV 
b) VVFF 
c) VFVF 
d) FFFV 
e) VVVF 
3. As funções psicológicas superiores têm origem e se desenvolvem por meio das relações entre as pessoas e com os objetos, desde o início da vida. Com base no que foi estudado 
leia as asserções abaixo e assinale a alternativa correta: 
Sobre os aspectos relacionados ao pensamento e aquisição de conceitos científicos é importante considerarmos que a linguagem é o instrumento essencial para a sistematização e 
formulação do pensamento 
Porque 
As palavras que estruturam as ideias impossibilitam a transição do pensamento concreto para o pensamento racional abstrato. 
a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
b) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma proposição falsa. 
d) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira. 
e) As duas asserções são proposições falsas. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
O desenvolvimento das habilidades ou funções psicológicas superiores está vinculado ao contexto histórico cultural ao qual a pessoa está inserido. Entretanto, aprendemos que as 
manifestações de habilidades superiores revelam características diversificadas que precisam ser compreendidas. As crianças e adolescentes com altas habilidades/superdotação 
são beneficiadas com um ambiente escolar acolhedor, uma vez que os educadores se mostrem compreensivos e tranquilos para lidar com as expressões variadas. 
No primeiro momento do desenvolvimento cultural, para Vygotski e Luria (1996), a criança pequena começa a utilizar funcionalmente os objetos como ferramentas. A seguir, 
surgem processos mediados de comportamento, por meio do uso de signos (sons e palavras) como estímulos. As aquisições decorrentes da experiência cultural reconstroem as 
funções psicológicas básicas, estabelecendo novas conexões neurais e equipando a criança com novos recursos na via do desenvolvimento. 
Para os autores, a cultura funciona como um ampliador das potencialidades humanas, entretanto, cada sociedade possibilita o desenvolvimento e o acesso aos mediadores culturais 
de um modo específico a depender da sua organização. Assim, o desenvolvimento humano se processa de fora para dentro (internalização), devido à influência da cultura, por meio e 
a partir das interações e da aprendizagem. 
A riqueza e variedade de experiências vividas e os recursos socioculturais disponibilizados pelo meio ambiente geram força motriz para a imaginação criativa, por isso, a criação não 
se constitui como algo exclusivamente pessoal, subjetivo, que parte do nada e de repente aparece uma solução iluminada. 
O encaminhamento de práticas educacionais em programas e serviços de apoio especializado é importante, mas não suficiente. O trabalho efetivo deve ocorrer no processo ensino- 
aprendizagem em todas as instâncias da escola, em especial na sala de aula onde o foco é a aquisição de conceitos e conteúdos científicos. 
A oportunidade de reconhecer estes alunos e proporcionar um espaço com condições para desenvolver atividades que atendam às suas singularidades, com um professor que irá 
ensiná-los e acompanhá-los, indica uma educação que pratica a inclusão. 
A escola não pode mais ignorar estes alunos. É necessário identificá-los e oferecer-lhes possibilidades de acesso aos saberes e às tecnologias mais avançadas existentes na 
sociedade atual. 
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Material Complementar 
Leitura 
Nome do livro : Imaginação e criação na infância 
Autor: Lev S. Vigotski 
Editora: Ática 
Sinopse : Neste livro, Vigotski destaca a importância do trabalho pedagógico no sentido de criar 
condições e formas para que as crianças possam participar da cultura. Assim, salienta a capacidade da 
criança de conservar a experiência vivida e ao mesmo tempo transformá-la. Ao questionar os 
significados mais comuns do termo imaginação, ressalta as funções e as características da atividade 
criadora para a existência humana. Analisa as relações entre imaginação e realidade e mostra como a 
imaginação se apoia na experiência; como a experiência se apoia na imaginação; como a emoção afeta 
a imaginação e como a imaginação provoca emoções. Argumenta ainda que a imaginação, na 
qualidade de atividade humana afetada pela cultura, pela linguagem, vai sendo marcada pela forma 
racional de pensar, historicamente elaborada. Vigotski comenta sobre a escrita, o teatro, o desenho, a 
brincadeira das crianças. Apontando as complexas relações entre pensamento e linguagem, analisa as 
dificuldades da criação literária, da objetivação e explicitação da experiência. Problematiza a 
passagem da oralidade para a escrita; preocupa-se com a educação formal e o ensino da língua; 
discute a questão do interesse e das condições de produção de textos pelos alunos; comenta sobre as 
possibilidades e os sentidos da produção escrita e do trabalho de produção coletiva. 
Na Web 
FLEITH, Denise de Souza (Org.) A construção de práticas educacionais para alunos com altas 
habilidades/superdotação: volume 3: o aluno e a família. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria 
de Educação Especial, 2007. 
Acesse 
Tese de doutorado de sobre o processo de construção da identidade na pessoa com altas 
habilidades/superdotação adulta, de Susana Graciela Pérez Barrera Pérez, Porto Alegre, 2008. 
Acesse 
Avançar 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ftede2.pucrs.br%2Ftede2%2Fbitstream%2Ftede%2F3567%2F1%2F405524.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGZxp4Z1U4uM1aLagZSBUFkn8CV6Q
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REFERÊNCIAS 
ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. Indivíduos com Altas Habilidades/Superdotação: Clarificando Conceitos, Desfazendo Idéias Errôneas. In. FLEITH, Denise de Souza (org) A 
construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: volume 1: orientação a professores. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação 
Especial, 2007. p.13-24 
LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo . Lisboa: Livros Horizonte, 1978 
LURIA, A. R. Desenvolvimento cognitivo . São Paulo: Ícone, 1990. 
LURIA. A atividade consciente do homem e suas raízes histórico-sociais. In:______. Curso de psicologia geral. V. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991. pp. 71-84. 
NEVES-PEREIRA, Mônica Souza. Estratégias de Promoção da Criatividade. In. FLEITH, Denise de Souza (Org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas 
habilidades/superdotação: volume 2: atividades de estimulação de alunos. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007. p. 13-34. 
SABATELLA, Maria Lúcia Prado. Talento e superdotação:

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