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Teorias da Administração Caroline Almeida Departamento de Administração Setor de Ciências Sociais Aplicadas – SESA - Guarapuava Universidade Estadual do Centro-Oeste 2.018 E…. Finalmente a Teoria Geral da Administração! As Escolas do Pensamento Administrativo ESTRUTURAL RELACIONAL AMBIENTE INTERNO Teoria dos Sistemas Abertos e a Escola Sociotécnica Teoria da Contingência Escola Clássica 1. Adm. Científica 2. Teoria Administrativa 3.Burocracia Fonte: Adaptado de Motta e Vasconcelos, 2006. Org. formal, regras, normas, estrutura organizacional. Elementos visíveis, explícitos. Org. informal. Elementos comportamentais, subjetivos. Perspectiva Humanística: 1. Escola de Relações Humanas 2. Escola Comportamentalista ou Teorias sobre Motivação e Liderança Teoria das Organizações Cada uma das seis variáveis: Tarefas Estrutura Pessoas Ambiente Tecnologia Competitividade... Provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um passo no desenvolvimento da TGA... Idalberto Chiavenato Perspectiva Escolas ou Teorias Expoentes Suas Épocas PERSPECTIVA CLÁSSICA 1. Administração Científica Frederic Taylor Henry Ford EUA: 1.856 a 1.915 EUA 1.863 a 1.947 2. Teoria Administrativa Henri Fayol França: 1.841 a 1.925 3. Teoria da Burocracia Max Weber Alemanha: 1.864 a 1.920 PERSPECTIVA HUMANÍSTICA 1. Escola de Relações Humanas Elton Mayo EUA: 1.880 a 1.949 2. Escola Comportamentalista ou Teorias sobre Motivação e Liderança Abraham Maslow Frederick Herzberg Douglas McGregor EUA: 1.908 a 1.970 EUA: 1.923 a 2.000 EUA: 1.906 a 1.964 As Perspectivas & Escolas do Pensamento Administrativo Perspectiva Escolas ou Teorias Expoentes Suas Épocas PERSPECTIVA SISTÊMICA 1. Teoria Geral dos Sistemas ou Enfoque Sistêmico da Administração Ludwig von Bertalanffy West Churchman Aústria e EUA: 1.901 a 1.972 EUA: 1.913 a 2.004 2. Teoria da Contingência Tom Burns e GM Stalker Paul Lawrence e Jay Lorsch Inglaterra: 1.961 (obra principal) EUA: 1.969 (obra principal) As Perspectivas & Escolas do Pensamento Administrativo O Surgimento da TGA! Os Primórdios da Perspectiva Clássica da Administração A perspectiva clássica da Administração teve origem nas consequências da Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e se alastrou, rapidamente, por todo o mundo civilizado... Reinaldo Silva Uma breve incursão pela História: O Advento da Revolução Industrial… 1a. Revolução Industrial ou Revolução do Carvão e do Ferro (1.780 a 1.860) 2a. Revolução Industrial ou Revolução do Aço e da Eletricidade (1.860 a 1.914) Algumas transformações… Mecanização da indústria e da agricultura Aplicação da força motriz à indústria Desenvolvimento do sistema fabril em substituição ao sistema artesanal Espetacular desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações (estrada de ferro, telégrafo, telefone, motor, rádio, máquina de escrever, automóvel, submarino, avião etc.) Que cenário foi encontrado por Taylor, Ford, Fayol???? Crescimento desorganizado das empresas, e a necessidade de substituição do empirismo Necessidade de aumentar a competência das organizações, para enfrentamento da competição BREVE PAUSA.... Para Reflexão! Tempos Modernos! Após assistir ao filme “Tempos Modernos”, identifique: Cenário político, econômico e social de desenvolvimento do filme Locais de trabalho apresentados Condições de trabalho apresentadas Características do Trabalho em si – tarefas, autonomia, relação entre subordinados X chefia Forma de tratar o ser humano nas organizações Algumas cenas! O automóvel… o fim da Rev. Industrial Algumas cenas! Comparação do rebanho aos homens das fábricas… Algumas cenas! Comparação do rebanho aos homens das fábricas… Algumas cenas! O Trabalho nas fábricas. Algumas cenas! Trabalho simples e repetitivo. Ritmo ditado pela esteira. Afinal, qual era o item produzido??? Algumas cenas! Supervisão acirrada. O Ritmo de trabalho é ditado pelo capitalista Algumas cenas! Supervisão e controle acirrados. Algumas cenas! O Administrador pensa! Os operários executam… Algumas cenas! O Trabalhador ideal de Taylor… Algumas cenas! Todos os tempos ‘mortos’ devem ser eliminados A busca pela superação da concorrência e pela eficiência Algumas cenas! O Homem é parte da máquina. Algumas cenas! O Fechamento das fábricas após a crise de 29… Algumas cenas! Eclosão dos movimentos sindicais e grevistas… Algumas cenas! Movimento comunista. COMO ERA VISTO O SER HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES? O ser humano é um recurso de produção O homem é um apêndice da máquina, é visto como “mão-de-obra”, como um fornecedor de esforço físico O homem é vadio, irresponsável, negligente, assim é necessária supervisão acirrada! Grande pressão sindical! A PERSPECTIVA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Os sonhadores organizacionais imaginam sistemas funcionalmente tão perfeitos que o ser humano não precisa mais ser (moralmente) bom. (T.S. Eliot, 1981) As Escolas do Pensamento Administrativo ESTRUTURAL RELACIONAL AMBIENTE INTERNO Teoria dos Sistemas Abertos e a Escola Sociotécnica Teoria da Contingência Escola Clássica 1. Adm. Científica 2. Teoria Administrativa 3.Burocracia Escola de Relações Humanas Motivação e Liderança Fonte: Adaptado de Motta e Vasconcelos, 2006. Org. formal, regras, normas, estrutura organizacional. Elementos visíveis, explícitos. Org. informal. Elementos comportamentais, subjetivos. Taylor versus Fayol? FREDERIC TAYLOR Norte-Americano – Consultor Técnico Racionalização do trabalho – linha de produção HENRY FAYOL Francês – Administrador de Cúpula Princípios da “boa” adm. Tarefas dos executivos Teoria AdministrativaAdministração Científica Administração Científica! A preocupação original foi eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial! A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Conseqüência da Revolução Industrial Consiste no primeiro esforço para desenvolver uma teoria formal da Administração Foco: Estrutura formal e processos organizacionais Busca: Eficiência dos sistemas produtivos Expoente: Frederick Winslow Taylor, engenheiro, norte americano Frederick Winslow Taylor, Engo., EUA (1856-1915) Cada época produz uma forma de organização adequada ao seu próprio tempo. (Alvin Toffler) Taylor, suas idéias, seus estudos, seu legado... ‘Vadiagem Sistemática’ O operário produzia cerca de 1/3 do que poderia Medo do desemprego Culpa da gerência, que desconhecia processos e não padronizava a forma de trabalho... Estudos de tempos e movimentos no chão de fábrica A melhor maneira de executar uma tarefa O melhor homem para fazê-la Especializado naquela tarefa Supervisão e planejamento por parte da gerência Remuneração variável de acordo com produção A organização Racional do Trabalho 1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos Análise, divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa Movimentos inúteis deveriam ser eliminados Utilização do cronômetro para determinação do tempo médio de execução das tarefas Eliminação do desperdício Facilidade de treinamento e racionalidade na seleção Sobre os tempos e movimentos Estudos do casal Gilbreth (Frank & Lilian) Todo trabalho manual pode ser reduzido a movimentos elementares (Therblig) Therblig (anagrama de Gilbreth) Colocar parafusos: Pegar o parafuso Transportá-lo até a peça Posicionar o parafuso Pegar e transportar a chave de fenda Utilizar a chave de fenda e posicioná-la na situação anterior A organização Racional do Trabalho 2. Estudo da fadiga humana (casal Gilbreth) A fadiga é um redutor da eficiência Diminui produtividadee qualidade Perda de tempo Aumento da rotatividade Surgimento de doenças e acidentes Diminuição da capacidade de esforço Evitar movimentos inúteis na execução das tarefas Executar economicamente os movimentos úteis, do ponto de vista fisiológico A organização Racional do Trabalho 3. Condições ambientais de trabalho A eficiência é função também do bem-estar físico do trabalhador: Adequação de instrumentos e ferramentas Arranjo físico das máquinas e equipamentos Melhoria do ambiente físico (iluminação, ruídos, ventilação) A que isso se assemelha Ergonomia Ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e o seu ambiente de trabalho, procurando adaptar as condições de trabalho às características do ser humano resultando no princípio mais importante da ergonomia: adaptar o trabalho ao homem (Grandjean, 1980; Couto, 1995) A organização Racional do Trabalho 4. Divisão do trabalho e especialização do operário Cada operário passou a ser especializado na execução de uma única tarefa par ajustar-se aos padrões descritos às normas de desempenho definidas pelo método. 5. Desenho de cargos e de tarefas • Tarefas são atividades e Cargo é um conjunto de tarefas… • Desenhar um cargo é especificar as tarefas, os métodos e as relações com os demais cargos… Descrição de cargo TÍTULO SECRETÁRIA EXECUTIVA SUMÁRIO Responsável pelo gerenciamento da agenda de trabalho do executivo, controle de documentos e correspondências, atendimento a clientes internos e externos, organização de eventos e viagens e por prestar serviços em idiomas estrangeiros. RELAÇÕES 1. Reporta-se ao superintendente 2. Supervisiona equipe de auxiliares de secretaria, copeiros e motoristas 3. Relaciona-se com clientes internos (diretores e gerentes) e externos (agências de viagens, clientes e fornecedores, órgãos públicos etc.) QUALIFICA- ÇÕES 1. Graduação em Secretariado Executivo 2. Um ano de experiência prévia na função 3. Fluência oral e escrita em português, inglês e espanhol 4. Domínio de micro-informática 5. Boa aparência RESPONSA- BILIDADES / TAREFAS 1. Planejar, organizar, coordenar e controlar serviços de secretaria 2. Controlar agendas e reuniões 3. Recepcionar, triar e dar destino a correspondências internas e externas 4. Transcrever ditados, discursos, conferências, palestras e outras explanações 5. Elaborar textos profissionais especializados e documentos oficiais, inclusive em idioma estrangeiro A organização Racional do Trabalho 6. Separação entre pensar e fazer • Os administradores planejam e os operários executam 7. Incentivos salariais e prêmios por produção • Depois de todo o resto pensado, resta fazer com que o operário colabore com a empresa e trabalhe dentro dos padrões… • A remuneração deve ser baseada na produção de cada operário… quem produz pouco ganha pouco… quem produz mais, ganha mais! Projetos de Remuneração Variável! Comissão sobre vendas Plano de Participação em Resultados Bônus etc. Idéias Centrais do Movimento Item Descrição Foco Sistemas de trabalho. Eficiência dos processos produtivos. Método Científico Estudos de tempos e movimentos; seleção científica do trabalhador (o homem de primeira classe). Produtividade A produtividade é conseqüência de incentivos financeiros adequados, constante vigilância e treinamento (condições suficientes). Previsibilidade O comportamento do homem não varia muito. O homem é um ser econômico., interessado em maximizar seus rendimentos. Aspirações de ordem emocional e social não são consideradas. Administrador X Trabalhador Separação entre planejamento (pensar) e execução (fazer) das tarefas. O bom funcionário é aquele que aceita ordens, não toma iniciativa de ações. Resultados de Taylor... Experiência na Simonds Rolling Machine Company... Taylor estudou a melhor maneira de inspecionar bicicletas: Analisou os movimentos das melhores operadoras Treinou outras trabalhadoras Reduziu o horário de 10,5 para 8,5 horas / dia Introduziu períodos de descanso Instituiu incentivos monetários Despediu ou transferiu as trabalhadoras menos eficientes Conclusão: Diminuição do número de operadoras (de 120 para 35) Aumento dos salários entre 80% a 100% Aumentos de 200% ou mais na produtividade humana. Estudo de Caso – Taylorismo aplicado a Call Center Descreva cada um dos princípios da Administração Científica, apontando quais foram as proposições de Taylor e como cada uma dessas proposições é aplicada na Organização em questão. Aponte também benefícios e malefícios em cada um dos casos. Um exemplo de script TELEMARKETING ATIVO COBRANÇA 1 – Apresentação: cumprimento nome empresa. 2 – Contato: Perguntar o nome da pessoa que atendeu e pedir para falar com o cliente: - “Por gentileza com quem eu falo? Desejo falar com o Sr........ 3 – Motivo da ligação: - “Sr.... Consta em nossos arquivos sua parcela de nº ....vencida em .... Ou um cheque devolvido ou uma nota promissória pendente. 4 – Faça uma pausa e verifique os fatos: -“ O senhor confirma?” 5 - NUNCA: exponha a pessoa ao ridículo, faça acusações ou ameaça, explique a situação a outra pessoa. 6 – Valores: -“O presente valor pendente e taxas envolvidas é de R$........... 7 – Informe as possibilidades de negociação, seja solidário e sugira um plano. 8 – Fechamento: Com perguntas fechadas: -“O senhor poderá efetuar o pagamento hoje ou amanhã?” –“ O senhor prefere que reapresentemos o cheque ou o senhor deseja vir trocar?” 9 – Encerramento - Confirmação de dados: -“O senhor comparecerá no dia 15 a tarde para efetuar a troca do cheque?” 10 – Agradecimentos e cumprimento final 11 – Acompanhe o processo de negociação; dê retornos e atualize cadastros O FORDISMO Contribuição prática, da indústria para a teoria da administração 1915 – Linha de Montagem Ford descartou os cartões de instrução de Taylor (consumo mínimo de força de vontade e esforço mental) As inovações de Ford permitiram eliminar quase todos os movimentos desnecessários dos trabalhadores Princípios do Fordismo: Trabalho Dividido Trabalho Repetitivo Trabalho Contínuo Henry Ford, Empresário, EUA (1863-1947) Linha de Montagem da VW (São Carlos) Democratização do uso do automóvel Reduziu a velocidade de produção do automóvel Ampliou a produção anual Reduzir preços de venda Atendeu demanda do final do séc. XIX (Demanda > Oferta) Sistema eficiente, mas não favorecia a inovação e a adaptação ao mercado ASCENSÃO E QUEDA DO FORDISMO Rolls Royce, para poucos. Ford Modelo T, Preto. Os princípios de Ford Intensificação: consiste em reduzir o tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e matérias- primas e a rápida colocação do produto no mercado. Economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o estoque da matéria-prima em transformação, de tal forma que uma determinada quantidade de automóveis (a maior possível) já estivesse sendo vendida no mercado antes do pagamento das matérias-primas consumidas e dos salários dos empregados. Produtividade: consiste em aumentar a quantidade de produção por trabalhador na unidade de tempo mediante a especialização e a linha de montagem. Contribuições e Críticas à Administração Científica Trabalhador visto como máquina Alienação do trabalhador Motivação não é somente função de incentivos monetários As regras são seguidas somente em certa medida Ignora o ambiente externo Melhorou a produtividade e eficiência das fábricas Introduziu a análise científica no ambiente de trabalho Sistemas de gratificações e remuneração por desempenho Seleção científica (cargos) Sistemas de treinamentos Horários de descanso (jornadas) A administração como uma profissão, que pode ser ensinada CRÍTICASCONTRIBUIÇÕES Para refletirmos… A boa organização de uma empresa é condição indispensávelpara que todo o processo de racionalização do trabalho tenha bons resultados… As Escolas do Pensamento Administrativo ESTRUTURAL RELACIONAL AMBIENTE INTERNO Teoria dos Sistemas Abertos e a Escola Sociotécnica Teoria da Contingência Escola Clássica 1. Adm. Científica 2. Teoria Administrativa 3.Burocracia Fonte: Adaptado de Motta e Vasconcelos, 2006. Org. formal, regras, normas, estrutura organizacional. Elementos visíveis, explícitos. Org. informal. Elementos comportamentais, subjetivos. Perspectiva Humanística: 1. Escola de Relações Humanas 2. Escola Comportamentalista ou Teorias sobre Motivação e Liderança A respeito da organização... Organizar é tarefa do administrador (Fayol) Quanto mais dividido o trabalho em uma organização, mas eficiente será a empresa Quanto mais o agrupamento de tarefas em departamentos obedecer ao critério da semelhança de objetivos, mais eficiente será a empresa Um pequeno número de subordinados para cada chefe e alto grau de centralização das decisões, de forma que o controle possa ser cerrado e completo, tenderão a tornar as organizações mais eficientes O objetivo é organizar mais as tarefas do que os homens! Ao organizar o administrador não deverá levar em consideração problemas de ordem pessoal daqueles que vão ocupar a função. Deverá criar a estrutura ideal. A TEORIA ADMINISTRATIVA Henri Fayol, Alto Executivo, França (1841- 1925) Reforço da separação entre Planejamento & Execução Atividades da Empresa Técnicas (Operação) Comerciais Financeiras / Contábeis Segurança Administrativas (que eram função do Administrador) Funções do Administrador Planejar – previsão do futuro (plano) Organizar – mobilização de recursos Comandar – orientação a empregados Dirigir/Coordenar – unificação de esforços Controlar – verificação de conformidades As Atividades da Empresa, segundo Fayol 1. Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa. Função relacionada com a produção (atividade fim). 2. Comerciais: relacionadas com a compra, venda e troca de matéria- prima e produtos. 3. Financeiras: relacionadas com a captação e a gerência de capitais 4. Segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas de problemas, como roubo, inundações e obstáculos de ordem social, como greves e atentados. 5. Contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas 6. Administrativas: relacionadas com a integração das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam as demais funções da organização. A respeito do administrador... Segundo Fayol “um líder que seja um bom administrador, mas tecnicamente medíocre, é, geralmente, muito mais útil à empresa do que se ele fosse um técnico brilhante mas, um administrador medíocre”. Para Fayol, o sucesso organizacional depende mais das habilidades administrativas dos seus líderes do que das suas habilidades técnicas... Sobre a Obra de Fayol Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação, Fayol reuniu suas teorias na obra Administração Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 1916. A obra só foi traduzida para o inglês em 1949. Administração Industrial e Geral (1916) Uma pausa para a Leitura do Prefácio… E para o estudo dos Princípios de Administração de Fayol Os Princípios da Administração, por Fayol 1. Divisão do Trabalho - Foco e especialização, para aumentar a eficiência (HORIZONTAL – DEPARTAMENTALIZAÇAO & VERTICAL – HIERARQUIA) 2. Autoridade (dar ordens) e Responsabilidade (esperar obediência) – Responsabilidade é consequência da autoridade e implica o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas. 3. Disciplina - Esforço comum, de forma ordenada (e punições) 4. Unidade de Comando - Um gerente para cada subordinado 5. Unidade de Direção - Objetivo comum, direção comum 6. Subordinação do Interesse Individual ao Geral - Interesse pessoal subjugado aos da Organização 7. Remuneração do Pessoal - Pagamento justo aos esforços Publicados em 1916... Eles ainda têm utilidade prática! 8. Centralização - (Des)centralização dependia do empregado e do estilo gestão. Núcleo de comando centralizado. 9. Cadeia Escalar/Hierarquia - é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo, em função do princípio do comando. Deve ser valorizada. 10. Ordem - Um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar 11. Equidade - Todos deveriam ser tratados o mais igualmente possível 12. Estabilidade no Cargo - Retenção de trabalhadores produtivos (a rotatividade prejudica a eficiência) 13. Iniciativa - Encorajamento da iniciativa do empregado 14. Espírito de Equipe - Harmonia e boa vontade geral Os Princípios da Administração, por Fayol Publicados em 1916... Eles ainda têm utilidade prática! Desenvolveram trabalhos essencialmente complementares Prestaram grande contribuição ao moderno pensamento administrativo Taylor: ênfase nas tarefas (de baixo para cima) Fayol: ênfase nas estruturas organizacionais (de cima para baixo) Fayol teve contato com a obra de Taylor e posteriormente assumiu as semelhanças entre os trabalhos Taylor versus Fayol? Os pensamentos de Taylor e Fayol Maiores Lucros & Maiores Salários Unidade de comando Especiali -zação Divisão do Trabalho Unidade de Direção Obj. Principal da Org. - Tarefas Organiza -ção Formal Maior Eficiência Aumento da Produtivi -dade Incentivo Monetário Padrão de Produ- ção Supervi- são Cerrada Lei da Fadiga Seleção do Homem de 1ª. classe Det. do único modo certo Estudos de Tempos & Movi/os FAYOL TAYLOR Fonte: Motta & Vasconcelos, 2006. PARA REFLETIRMOS... Sobre a Escola Clássica e o Movimento da Administração Científica... “A divisão de competências proposta por Taylor – os administradores formulam a ‘melhor maneira’ de executar a tarefa e o operário apenas obedece e segue fielmente essas orientações – constituía uma proteção, no sentido de que, caso o operário executasse fielmente as instruções e algo saísse errado, a culpa era imputada ao administrador: cabia a ele aprimorar os sistemas de trabalho. Ao operário cabia ser um ‘braço eficiente’. [...] os operários não eram mais punidos como nos tempos das primeiras fábricas. Trata-se logicamente de uma proteção paternalista, baseada no conceito de que o operário era incapaz de pensar por si próprio; logo, se a curto prazo esse sistema o protegia de punições imediatas e arbitrárias, a médio e a longo prazos corria o risco de aliená-lo, bloqueando seu desenvolvimento, sua autonomia e seu aprendizado.” Fonte: Motta & Vasconcelos, 2006. Vídeos (Fayol X Taylor; Processo Administrativo) https://www.youtube.com/watch?v=vwLF NQfxak4 https://www.youtube.com/watch?v=qmk vul_ZWnk https://www.youtube.com/watch?v=vwLFNQfxak4 https://www.youtube.com/watch?v=qmkvul_ZWnk A TEORIA DA BUROCRACIA Maximilian Carl Emil Weber, Jurista, Sociólogo, Alemanha (1864-1920) Era sociólogo, formou-se em direito e passou a vida na Universidade, como professor Tinha sólida formação em história, literatura, psicologia, teologia, filosofia Preocupou-se com as estruturas de autoridade e poder nas organizações... Seu trabalho foi sistematizado e publicado após sua morte e não tinham reconhecimento nos EUA até 1940 Teoria da Burocracia – grande influência na Administração Pública As formas de Autoridade, segundo Weber CARISMÁTICA . Identificação Grupal . Líder . Qualidades Pessoais RACIONAL- LEGAL . Regras . Normas . Direitos e Deveres TRADICIONAL . Mitos . Costumes . Tradições PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO Fonte: Adaptado de Motta e Vasconcelos, 2006. Caráter personalista Sujeita a humores Não favorece investimentos LP Resistência a mudanças (tradição) Caráter personalista Sujeita a humores Não favorece investimentosLP Regras claras Normas Estabilidade Facilidade de replicação Consolidação da Burocracia Autoridade Racional-Legal como Base do Estado Moderno 2a. Metade Séc. XIX e Início Séc. XX Solução que busca evitar confrontos entre os indivíduos e abusos de poder Necessidade de estabilidade para os investimentos da Revolução Industrial Regras claras, para continuidade dos investimentos provinham da Autoridade Racional- Legal Forma de Organização Burocrática P o d e r & A u to ri d a d e Alto Baixo N ú m e ro d e E m p re g a d o s Poucos Muitos Leis e Regulamentos Divisão de tarefas feita de forma racional, baseada em regras, visando os objetivos da organização Direitos e Deveres Regras aplicadas a todos, de acordo com cargo ou função Autoridade Regras explícitas e prerrogativas de cada cargo definem o exercício da autoridade Características da Burocracia Recrutamento e Seleção De acordo com regras definidas; garantia de igualdade formal na contratação Remuneração A mesma para cargos e funções semelhantes Promoção Baseada em normas objetivas e não em favoritismos. Meritocracia. Impessoalidade Separação completa entre a função e características pessoais do indivíduo Vantagens da Burocracia BUROCRACIA Codificação Competência Técnica Igualdade de todos diante da lei Lógica Científica Metodologias Racionais Fonte: Adaptado de Motta e Vasconcelos, 2006. Sobre as vantagens da Burocracia 1. Racionalidade para o alcance dos objetivos organizacionais 2. Precisão na definição do cargo e na operação 3. Rapidez nas decisões, pois cada um já conhece o que deve ser feito 4. Univocidade de interpretação, pois há regulamentação 5. Uniformidade de rotinas e procedimentos que reduz erros, perda de tempo etc. 6. Continuidade da organização por meio da substituição do pessoal que é afastado, cujo critério é a competência técnica 7. Redução dos atritos entre o pessoal 8. Constância e confiabilidade 9. Benefícios para o pessoal pois o crescimento na carreira se dá por mérito Todos conhecem seus direitos e deveres, os limites de suas autoridades, e comportam-se de acordo com normas e regulamentos a fim de seja atingida a máxima EFICIÊNCIA possível. Disfunções e Críticas à Burocracia As regras podem tornar-se fins em si mesmas. Os regulamentos, de meios, passam a ser os fins Flexibilidade organizacional limitada e resistência à mudança (com estabilidade e repetição, a mudança é indesejável) A iniciativa pode ser sufocada. A superconformidade leva à rigidez de comportamento Tomada de decisão lenta Ignora a importância de pessoas e relacionamentos inter-pessoais Acúmulo de poder pode levar ao autoritarismo (ex. Exército) Tendência de ocultar os procedimentos administrativos dos estranhos Perda do foco no cliente e nos resultados Os burocratas se apegam aos regulamentos e à letra da lei, com prejuízos para o público que necessita do trabalho deles. (Blau & Scott) A Obra Atividade em Duplas – Resenha Crítica Agora que você conhece as contribuições de Taylor, Ford, Fayol e Max Weber para o campo da Administração, pede-se: Desenvolva uma resenha comparando, criticamente, as três escolas pertencentes à abordagem clássica da Administração (Adm. Científica, Fayolismo e Burocracia), apontando em sua comparação, no mínimo: i) principais características da escola; ii) ponto central (foco) da escola / teoria; iii) principais benefícios ou contribuições da escola à teoria das organizações e à moderna administração; iv) principais críticas / pontos falhos da escola; v) o que a escola tem em comum com as demais, englobadas na teoria clássica; o que tem de distinto; vi) um apanhado geral sobre as principais características da Abordagem Clássica. Comparação das Teorias Clássicas TAYLOR Administração Científica FAYOL Teoria Administrativa WEBER Burocracia Características Treinamento em Regras e Rotinas Melhor maneira de fazer Motivação Financeira Divisão do Trabalho Funções administrativas Divisão do Trabalho Hierarquia Autoridade Equidade Regras Impessoalidade Divisão do Trabalho Hierarquia Estrutura da autoridade Racionalidade Foco Empregado Administração e Org. Organização Benefícios Produtividade Eficiência Definição estrutura organizacional Papéis gerenciais Consistência Eficiência Inconvenientes Não consideração de necessidades sociais Ênfase excessiva no comportamento racional do administrador Rigidez Lentidão A ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA & A ORGANIZAÇÃO 1. Divisão do trabalho 2. Centralização das decisões 3. Impessoalidade nas decisões 4. Busca de estruturas e sistemas perfeitos A PERSPECTIVA HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO Não existe animal mais difícil de entender do que o homem. (Leonardo Salviati) Pouco a pouco, porém, os estudos organizacionais foram mostrando que o ser humano não é totalmente controlável e previsível e que, portanto, há sempre um certo grau de incerteza associado à gestão de pessoas. (Motta & Vasconcelos, 2006) As Escolas do Pensamento Administrativo ESTRUTURAL RELACIONAL AMBIENTE INTERNO Teoria dos Sistemas Abertos e a Escola Sociotécnica Teoria da Contingência Perspectiva Clássica: 1. Adm. Científica 2. Teoria Administrativa 3.Burocracia Perspectiva Humanística: 1. Escola de Relações Humanas 2. Escola Comportamentalista ou Teorias sobre Motivação e Liderança Fonte: Adaptado de Motta e Vasconcelos, 2006. Org. formal, regras, normas, estrutura organizacional. Elementos visíveis, explícitos. Org. informal. Elementos comportamentais, subjetivos. As figuras da Escola de Relações Humanas Mary Parker Follet Ênfase na união do grupo e no trabalho de equipe. Elton Mayo Experimento de Hawthorne. Produtividade é função da satisfação do trabalhador. Chester Barnard Objetivos organizacionais diferem dos individuais. Executivos devem criar meios de unir os dois. A ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS Elton Mayo, Psicólogo, Australiano, EUA - Harvard (1880-1949) Construída com base na Teoria Clássica da Administração, grande influência da Administração Científica Taylor – ênfase na tarefa Fayol – ênfase na estrutura organizacional Weber – ênfase na autoridade Mayo – ênfase nas pessoas Estudos que se propunham a entender as condições que melhorariam o desempenho dos empregados nas organizações Início – estudo de Administração Científica (Western Electric) Influência de condições físicas de trabalho na produtividade e eficiência de trabalhadores Contexto Social... 1.930 – Quebra da Bolsa de Nova Yorque Todas as verdades são contestadas... Buscam-se novas respostas... As idéias da Escola de Relações Humanas vêm trazer uma nova perspectiva aos estudiosos das organizações... Florence Owens Thompson, mãe de sete crianças, de 32 anos de idade, em Nipono, Califórnia, março de 1936, em busca de um emprego ou de ajuda social para sustentar sua família. Seu marido havia perdido seu emprego em 1931, e morrera no mesmo ano. Estudos da Escola de Relações Humanas Foram realizados quatro estudos importantes visando estabelecer a relação entre comportamento humano e resultados da produtividade no trabalho... 1a. Fase – Estudos de Iluminação 2a. Fase – Sala de Montagem de Relés 3a. Fase – Programas de Entrevistas 4a. Fase – Sala de Montagem de Terminais Fábrica da Western Eletric Co., no bairro de Hawthorne em Chicago, Illinois (EUA) Do ponto de vista científico, estudos estavam longe da perfeição, mas demonstraram a enorme complexidade do problema da eficiência na produção... 1a. FASE - Estudos de Hawthorne Relação entre iluminação e produtividade no trabalho Grupo teste versus grupo controle Alterações na iluminação – variação na produção, mas não em proporções constantes... Alto Baixo Resultado da produtividade com aumento da iluminação Resultadoda produtividade com redução da iluminação Alto Iluminação Produtividade Baixo Alto Iluminação Produtividade Que efeitos pausas para descanso e fadiga exercem sobre a produtividade? Seis perguntas básicas: Os trabalhadores se cansam realmente? São as pausas de descanso desejáveis? É desejável um dia de trabalho mais curto? Quais são as atitudes dos empregados em relação ao trabalho e à empresa? Qual é o efeito da mudança do tipo de equipamento de trabalho? Qual a razão da queda de produtividade no período da tarde? Sala de testes – grupo escolhido e retirado da produção normal Comportamento estudado Produção crescia, a despeito de intervalos ou horas de trabalho!!! Conclusão: condições sociais na sala de testes variavam! Clima amigável, atenção considerável da gerência! 2a. FASE - Estudos de Hawthorne Que efeitos o comportamento do supervisor exerce sobre a moral dos empregados? Entrevistas com 21.000 empregados... Opiniões a respeito: Condições de trabalho Supervisão Gostos e queixas Atitudes diante do trabalho... Resultados: os funcionários agrupavam-se informalmente para protegerem-se das ameaças da empresa... O grupo informal exercia controle sobre os funcionários, controlando inclusive padrões de produção! 3a. FASE - Estudos de Hawthorne Sala de Montagem de Terminais Grupos tinham a tarefa de enrolar bobinas para terminais de centrais telefônicas Estudar mais intensamente o mecanismo dos pequenos grupos Resultados: o grupo informal tinha opiniões próprias sobre o que deveria ser produzido, independentemente da administração! Ninguém deveria trabalhar demais ou de menos nem falar qualquer coisa que prejudicasse um companheiro de trabalho! Estudo interrompido pela Grande Depressão 4a. FASE - Estudos de Hawthorne Conclusões dos Estudos de Hawthorne Os empregados não eram motivados somente por fatores externos – havia fatores psicológicos que afetavam a produtividade Pausas no trabalho demonstraram bons resultados no que se refere à produtividade, mas não poderiam ser analisadas como elemento isolado O relacionamento social entre operários e a supervisão provocava condições de trabalho que favoreciam o aumento da produtividade Havia tendência de liderança em grupos mais sociáveis, o que significava maior cooperação do grupo para ultrapassar as dificuldades do trabalho A (in)satisfação com as tarefas realizadas afetava fortemente o resultado da produção Conclusões dos Estudos de Hawthorne Os grupos informais afetavam mais os resultados da produção que as diretrizes da administração O grupo exercia enorme poder sobre o indivíduo O volume de produção gerado por um operário não dependia da sua habilidade ou inteligência, mas da restrição do grupo ao qual pertencia Inovações e melhorias técnicas introduzidas pela administração da organização não eram bem vistas pelos operários, que achavam ser explorados nestas condições – produzindo mais pelo mesmo salário O Efeito Hawthorne A possibilidade de que os indivíduos destacados pelos experimentos simplesmente tenham melhorado seus desempenhos mais pela atenção recebida dos pesquisadores, do que por causa de alguns fatores específicos, foi denominada Efeito Hawthorne. Idéias Centrais do Movimento de Relações Humanas Item Descrição Homo Socialis O comportamento humano não pode ser reduzido a esquemas simples e mecaniscistas. O homem é condicionado pelo sistema social e por demandas de ordem biológica. Grupo Informal Conjunto de indivíduos suficientemente pequeno, de forma que possam comunicar-se entre si direta e frequentemente. Participação nas decisões A motivação é o que leva o indivíduo a trabalhar pelos objetivos da organização. O homem não deveria realizar tarefas cujos fins desconhecesse. Deveria participar das decisões relativas à sua tarefa. Críticas à Escola de Relações Humanas Elton Mayo foi contratado… Faltou rigor científico… Trabalhador feliz nem sempre é produtivo… Busca de um jeito de ‘embalar’ os funcionários a produzirem mais e reclamarem menos… Patrocínio & Outras Pró- Administr ação Relações Humanas versus Administração Científica Concepção da Organização Relação Administração / Empregado Sistemas Monetários Concepção Natureza Humana Resultados ENFOQUES PRESCRITIVOS ADM CIENT REL HUM ADM CIENT REL HUM ADM CIENT REL HUM ADM CIENT REL HUM ADM CIENT REL HUM O rg a n iz a çã o F o rm a l H o m o e co n o m ic u s H o m o s o ci a lis M á x im o s M á x im o s O rg a n iz a çã o I n fo rm a l In ce n ti v o m o n e tá ri o In ce n ti v o P si co ss o ci a l Id e n ti d a d e I n te re ss e Id e n ti d a d e I n te re ss e O ser humano continuaria a ser passível e controlável por meio de estímulos, um ser simples e previsível. Além dos estímulos econômicos, devem-se levar em conta os estímulos psicossociais e as relações entre grupos informais (...). Motta & Vasconcelos, 2006. ESCOLA COMPORTAMENTALISTA (Teorias sobre Motivação e Liderança) O trabalho não é para o homem apenas uma necessidade inevitável. É também o seu libertador em relação à natureza, seu criador como ser social e independente. (Motta & Vasconcelos, 2006) 1. Necessidades múltiplas e complexas 2. Desejo de auto-desenvolvimento e realização 3. Trabalho fornece sentido à sua existência 4. Autonomia de pensamento HOMO COMPLEXUS A MOTIVAÇÃO HUMANA... Estudos das razões pelas quais as pessoas se comportam de certo modo... Motivação: alguma força direcionada dentro do indivíduo, pela qual ele tente alcançar uma meta, a fim de preencher uma necessidade ou expectativa... Grau pelo qual um indivíduo quer e escolhe adotar determinado comportamento Assunto complexo! Motivus – o que movimenta, faz andar Motivo, motivação, mover, movimentar, motor – origem palavra latina motivus Motivação pró e contra os objetivos organizacionais Direção (objetivos), intensidade (magnitude) e permanência (duração) Energia ou força que movimenta, produz um comportamento Especificidade da motivação A MOTIVAÇÃO HUMANA... O QUE MOTIVA VOCÊ? Estudo da Motivação Muitas teorias buscam explicar o fenômeno da Motivação Humana! Estudo da Motivação À luz da Teoria Comportamental, as necessidades fornecem aos indivíduos os motivos para a ação! O comportamento humano é bastante complexo e a motivação é uma de suas determinantes, ou seja, o que motiva as pessoas são suas necessidades e estas podem ser hierarquizadas! Ciclo da Motivação Seqüência de eventos que se inicia com necessidades insatisfeitas e termina depois que o indivíduo analisa as conseqüências da tentativa de satisfação daquelas necessidades... Papel do Gestor: Influenciar o ciclo motivacional a fim de alcançar os objetivos organizacionais de forma eficiente e eficaz NECESSIDADES DESCRIÇÃO FISIOLÓGICAS Necessidades humanas de sobrevivência, como alimentação, repouso, sono, desejo sexual etc. SEGURANÇA Busca de proteção contra ameaças / privações, fuga do perigo (doenças, roubo, desemprego...) mantém as pessoas em relação de dependência com a empresa. SOCIAIS Participação em grupos, aceitação por parte dos companheiros, amizade, afeto, amor. ESTIMA Maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia – auto- apreciação, autoconfiança, status, prestígio, consideração. AUTO-REALIZAÇÃO As mais desenvolvidas, realização do potencial, auto- desenvolvimento contínuo (‘ser o melhor’). O Trabalho de Abraham Maslow O Trabalho de Abraham Maslow FUNÇÕES FISIÓLOGICAS SEGURANÇA SOCIAIS AUTO- ESTIMA AUTO- REALIZAÇÃO Condições Básicas Equip/os - remuneração Ex. Plano de saúde e benefícios Ex. Inserção em grupos Ex. Plano de Carreira/Status Ex. Aprendizagem Fonte: Motta & Vasconcelos, 2006. Pressupostos Motivos complexos Hierarquia de motivos Necessidadesatisfeita não motiva Ressalvas As necessidades humanas são mesmo hierarquizadas? Será uma necessidade ativada a cada tempo? Ex.: Mendigos O Trabalho de Abraham Maslow ‘A compreensão do comportamento das pessoas no trabalho está diretamente relacionada aos fatores identificados com o cargo e a fatores relacionados com o contexto em que o cargo está inserido.’ Herzberg e a Teoria dos Dois Fatores Extensão da hierarquia das Necessidades de Maslow Pesquisas que buscavam descrever o que provocava satisfação ou insatisfação no trabalho Na visão de Herzberg SATISFAÇÃO e INSATISFAÇÃO são dimensões independentes, pois são causadas por fatores diferentes Um indivíduo pode sentir nenhuma insatisfação e mesmo assim não estar satisfeito! Herzberg e a Teoria dos Dois Fatores Herzberg e a Teoria dos Dois Fatores Fatores Higiênicos Condição necessária, mas não suficiente para manter boa produtividade Atendem necessidades básicas dos indivíduos Exemplos: 1. Salários de mercado 2. Máquinas e equipamentos 3. Ambiente aceitável 4. Benefícios mínimos Fatores Motivacionais Dependem das características específicas do indivíduo ou grupo organizacional Fatores identitários de difícil generalização Necessidades ligadas à auto- realização e à auto-estima Carreira e treinamentos podem corresponder a essas necessidades Fatores motivacionais – enquanto mantidos retêm os indivíduos na organização Implicações Gerenciais & Contribuições Fatores higiênicos devem ser mantidos Paralelamente, o gestor deve garantir oportunidades de motivação de sua equipe Job enrichment ao contrário da especialização excessiva Oportunidades de crescimento, desenvolvimento, exercício da responsabilidade, realização Herzberg e a Teoria dos Dois Fatores Maslow & Herzberg FUNÇÕES FISIÓLOGICAS SEGURANÇA SOCIAIS AUTO- ESTIMA AUTO- REALIZAÇÃO Fatores de Higiene Fatores de Motivação Fonte: Motta & Vasconcelos, 2006. A Teoria da Expectativa Em essência, a teoria da expectativa sugere que a intensidade do esforço para a ação de uma pessoa está diretamente relacionada à sua expectativa em relação ao resultado decorrente dessa ação e da atratividade desse resultado por ela percebida. A motivação de uma pessoa para determinada ação está sujeita à probabilidade percebida de alcançar determinado resultado e do valor a ele atribuído. VALOR RESULTADO Qual é o valor da recompensa para a pessoa? ESFORÇO E DESEMPENHO Se você se esforçar conseguirá o desempenho necessário? A Teoria da Expectativa MOTIVAÇÃO =EXPECTATIVA VALOR BENEFÍCIOx Crença de que esforço produz resultado O resultado tem valor para o indivíduo O RESULTADO TEM VALOR? O melhor funcionário do mês A Teoria da Expectativa É possível alcançar os resultados? Metas desafiadoras e factíveis http://en.wikipedia.org/wiki/Image:McDonald%2527s_Corporate_Logo.svg A Teoria da Equidade Imagine, o que não é difícil, uma situação na qual dois empregados apresentam desempenhos diferentes e têm remunerações iguais; ou o caso mais grave, de alguém com alta capacitação profissional e desempenho “reconhecidamente” superior, que tem sua remuneração menor do que a de outro, recém-ingresso... É POSSÍVEL ESTAR MOTIVADO QUANDO AS PESSOAS SÃO TRATADAS DE FORMA DIFERENTE NA EMPRESA? A Teoria da Equidade A ideia central é a de que as pessoas tendem a fazer constantes comparações de sua relação entre remuneração e desempenho e a alcançada pelos colegas. As pessoas estão atentas às remunerações praticadas e aos esforços realizados no âmbito do grupo, e que as comparações daí potencialmente advindas são consideradas importantes e capazes de afetar o seu comportamento. A Teoria da Equidade O problema da falta de equidade... Alteração no esforço exercido Para que ser pontual? Alteração nos resultados percebidos Posso ser pontual, mas não me dedicarei tanto... Distorção na auto-percepção Trabalho mais do que devo... Escolhi a carreira errada... Distorção da percepção de outros O cargo dele não requer tantas qualificações quanto o meu... Escolha de outra referência Ele é melhor mesmo... Mas em compensação, eu sou muito melhor que... Abandono da situação Vou deixar a empresa... Vida e Obra – Resenha Individual Abraham Harold Maslow Frederick Herzberg Douglas McGregor • História de vida; formação; profissão; atuação e carreira • Principais obras • Principais contribuições à gestão organizacional Liderança nas Organizações O que nos vem à mente quando falamos de liderança? http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Bill_Clinton.jpg http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.v-brazil.com/imagens/getulio-vargas.jpg&imgrefurl=http://www.v-brazil.com/culture/historic-characters/getulio-vargas.html&h=382&w=308&sz=28&tbnid=AOWjO6ELY_VgIM:&tbnh=123&tbnw=99&prev=/images?q=fotos+get%25C3%25BAlio+vargas&um=1&start=1&sa=X&oi=images&ct=image&cd=1 http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sfgate.com/blogs/images/sfgate/techchron/2007/01/09/mn_macworld_caps104.jpg&imgrefurl=http://www.sfgate.com/cgi-bin/blogs/sfgate/author?blogid=19&auth=12&o=60&h=432&w=486&sz=30&tbnid=pV-f5WEfGndA0M:&tbnh=115&tbnw=129&prev=/images?q=fotos+steve+jobs&um=1&start=1&sa=X&oi=images&ct=image&cd=1 http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.tarekalihassan.org/Ghandi.jpg&imgrefurl=http://www.tarekalihassan.org/&h=1768&w=1320&sz=696&tbnid=OiCoUshu-ruhpM:&tbnh=150&tbnw=112&prev=/images?q=fotos+ghandi&um=1&start=1&sa=X&oi=images&ct=image&cd=1 http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.jesus-rueckkehr.info/images/padre.jpg&imgrefurl=http://www.jesus-rueckkehr.info/english.html&h=300&w=187&sz=12&tbnid=EbkGHHfidsAXhM:&tbnh=116&tbnw=72&prev=/images?q=fotos+padre+marcelo+rossi&um=1&start=3&sa=X&oi=images&ct=image&cd=3 LIDERANÇA... DE QUE SE TRATA? • Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. • Proximidade física ou temporal não é importante no processo. Um cientista pode ser influenciado por um colega de profissão que nunca viu, ou mesmo que viveu em outra época. Líderes religiosos são capazes de influenciar adeptos que estão muito distantes geograficamente ou temporalmente. • Liderança é a realização de metas por meio da direção de colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é líder. O LÍDER! Líder é o indivíduo que influencia as pessoas, de maneira que elas queiram atingir os resultados, com eficiência (Drucker). O líder é aquele que puxa as pessoas para si, trabalha seus talentos (como um maestro), comunica-se com eficácia (mão dupla da informação), ouve mais do que fala (Bennis). Um líder usa a sinergia de sua equipe para gerar resultados e criar novas situações para o aprendizado pessoal (dele) e de sua equipe (Bittencourt). Estilos diferentes de ‘Liderar’ Após assistir aos vídeos “O Diabo Veste Prada” e “Desafiando Gigantes”, prepare um relato a ser apresentado ao grupo, observando os seguintes pontos: Há diferenças entre os estilos de condução de equipe apresentados nos dois vídeos? Que diferenças são essas? Descreva as características de cada um dos ‘líderes’, o teor de suas críticas, o tipo de comunicação... Como é o clima no local de trabalho, em cada um dos vídeos? Explore as diferenças entre eles. Como é o comportamento das equipes mostradas em cada um dos vídeos? Observação: Ilustre o relato com passagens dos vídeos. McGregor e as Teorias X e Y TEORIA X As pessoas são indolentes e preguiçosas As pessoas tendem a evitar o trabalho As pessoas evitam responsabilidades para se sentirem seguras TEORIA Y As pessoas gostam do trabalho que exercem e são esforçadas e dedicadas As pessoas consideram o trabalho como algo natural a ser realizado As pessoaspodem se controlar e assumir responsabilidades As pessoas não têm iniciativa As pessoas são criativas e competentes X A conduta dos administradores é fortemente influenciada por suas suposições sobre o comportamento humano. (McGregor) TEORIA X TEORIA Y Centrada na produção Autocrática Centrada no empregado Democrática PAPEL GERENCIAL Supervisão próxima, comportamento diretivo Supervisão ampla, comportamento de apoio ENFOQUE PRINCIPAL Ênfase no controle, na coerção, na punição Ênfase no crescimento, na autonomia, na recompensa NATUREZA HUMANA As pessoas são preguiçosas, têm falta de ambição e motivação, precisam ser conduzidas. As pessoas gostam do trabalho, querem fazer o melhor, são motivadas pelo autodesenvolvimento McGregor e as Teorias X e Y McGregor, as Teorias X e Y & os Estilos de Liderança AUTOCRACIA Centralização do poder de decisão no chefe DEMOCRACIA Divisão do poder decisório entre chefe e grupo X TIRANIA Abuso de autoridade, excesso de poder DEMAGOGIA Busca de popularidade com os liderados LIDERANÇA AUTOCRÁTICA Fixa diretrizes sem participação do grupo Impõe as ordens para execução das tarefas É dominador e pessoal nas críticas e nos elogios UM LÍDER AUTOCRÁTICO O comportamento do grupo tende a ser tenso Há frustração e agressividade Não há espontaneidade nem iniciativa O trabalho só se desenvolve com a presença física do líder CONSEQUENTEMENTE... Estilo ‘DURÃO’ Autocráticos coercitivos Inflexibilidade no relacionamento com as equipes Voltado para números e pouco preocupado com pessoas LIDERANÇA AUTOCRÁTICA Suas variantes... Estilo ‘PAIZÃO’ Autocrático benevolente Tônica é o paternalismo, o protecionismo autoritário Falta de liberdade para a ação é compensada pela benevolência Rigidez ‘camuflada’, pouco flexível, com o foco nas pessoas, mas, sem lhes oferecer autonomia X LIDERANÇA DEMOCRÁTICA Debate com o grupos diretrizes e decisões, fazendo com que esboce providências e técnicas para atingir os objetivos Apóia o grupo, orientando e explicando É objetivo e limita-se aos fatos em suas avaliações e críticas UM LÍDER DEMOCRÁTICO O comportamento é de relacionamentos cordiais e formação de grupos de amizade entre os membros Líder e subordinados desenvolvem comunicação espontânea, franca, cordial O trabalho apresenta um ritmo seguro e suave, sem alterações, mesmo quando o líder se ausenta CONSEQUENTEMENTE... Liderança Situacional Não existe um melhor estilo de liderança! O líder deve comportar-se como um "camaleão", adaptando o seu estilo à situação... podendo assumir os mais diversos papéis que a situação exigir... Em alguns casos, ele é um chefe enérgico, até autoritário... Em outros casos, ele é brando e democrático... Em alguns momentos, ele delega; em outros, determina... Em determinadas situações, procura compartilhar... Em outras convencer... Em certos casos, mostra-se ativo, participativo... Em outros, desaparece por algum tempo, mostrando-se distante e ausente... Tudo irá depender das circunstâncias, que orientam o gerente na escolha do "estilo" a ser empregado... Contribuições e Críticas às Teorias de Motivação e Liderança Ignora fatores situacionais como ambiente e tecnologia da organização Importância da participação do trabalhador Importância da autonomia, desafio e do job enrichment Importância do desenvolvimento dos recursos humanos CRÍTICASCONTRIBUIÇÕES
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