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Teoria das Organizações

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06/02/2020
1
Teoria das Organizações
Anotações Complementares de Aula (Versão Beta)
Resumo elaborado pelo professor Hamilton de Souza Pinto, MSc. 
hamilton.adm@gmail.com 
https://www.facebook.com/groups/professorhamiltondesouzapinto/
https://sites.google.com/site/professorhamiltondesouzapinto
http://lattes.cnpq.br/2851693375512881
1
Apresentação do Plano de Ensino
2
“Não existem ventos favoráveis para o navegador que não sabe para 
onde vai...”
Lucius Aneus Séneca (4a.C. - 65d.C.)
06/02/2020
2
Professor Hamilton de Souza Pinto
Currículo resumido
 Mestre em Sistemas de Gestão – Ênfase em Sistema de Gestão pela Qualidade Total
(Universidade Federal Fluminense - Escola de Engenharia: Laboratório de
Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente);
 MBA em Gerenciamento Avançado de Finanças – Ênfase em Engenharia Econômica
e Financeira (Universidade Federal Fluminense - Escola de Engenharia: Laboratório
de Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente);
 MBA em Organizações e Estratégia – Ênfase em Arranjos Produtivos Locais e
Desenvolvimento Local Sustentável (Universidade Federal Fluminense - Escola de
Engenharia: Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente);
 Pós-graduação em Gestão Empresarial (Centro Universitário Metodista Bennett);
 Pós-graduação em Gestão Estratégica e Qualidade (Universidade Candido Mendes);
 Pós-graduação em Marketing (Universidade Candido Mendes);
 Bacharel em Administração (Centro Universitário Metodista Bennett);
 Bacharel em Ciências Contábeis (Universidade Estácio de Sá);
 Experiência na área empresarial como consultor, diretor, gerente, assessor e
assistente desde 1982.
 Experiência na área acadêmica como professor e coordenador de cursos de
graduação e pós-graduação desde 2001.
3
Contextualização 
 A disciplina Teoria das Organizações permite ao aluno uma
visão abrangente da evolução do pensamento
administrativo desde os seus primórdios até os dias atuais –
incluindo as tendências – e como esse pensamento pode
auxiliar o administrador a fundamentar o seu processo
decisório na dinâmica organizacional contemporânea.
 Desta forma, o aluno será capaz de identificar, analisar e
avaliar os diferentes conceitos teóricos das principais
escolas do pensamento administrativo e compreender como
cada escola pode contribuir de diferentes formas para
diferentes situações da dinâmica organizacional
contemporânea.
4
06/02/2020
3
Ementa 
 Os primórdios do Pensamento Administrativo. A
perspectiva introdutória do Pensamento Administrativo. A
perspectiva moderna do Pensamento Administrativo. A
perspectiva contemporânea do Pensamento
Administrativo. As tendências do Pensamento
Administrativo.
5
Objetivo geral 
 Identificar a evolução do Pensamento Administrativo e 
compreender como as ideias centrais das principais escolas 
desse pensamento podem ser aplicadas à prática das 
organizações contemporâneas.
6
06/02/2020
4
Objetivos específicos
 Identificar as principais perspectivas do pensamento
administrativo e suas respectivas escolas, na perspectiva de
uma visão sistêmica e integradora;
 Analisar a evolução temporal do pensamento administrativo
e compreender como as propostas de cada escola
contribuíram para a dinâmica organizacional em suas
respectivas épocas;
 Desenvolver uma compreensão analítica e, ao mesmo
tempo, crítica da evolução do pensamento administrativo;
 Compreender como a visão sistêmica e integradora das
diferentes abordagens do pensamento administrativo e de
suas respectivas escolas pode contribuir em diferentes
situações da dinâmica organizacional contemporânea;
7
 Compreender que as diversas problemáticas do fenômeno
administrativo atual podem ser melhor diagnosticadas
quando o administrador fundamenta e pratica diferentes
parâmetros de diferentes escolas do pensamento
administrativo ao mesmo tempo.
8
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5
Conteúdo programático
Unidade 1 – Os primórdios do Pensamento Administrativo
1.1. Antecedentes históricos da Administração como ciência
1.2. As principais influências a o Pensamento Administrativo
1.3. A Revolução Industrial e a revolução do Pensamento
Administrativo
1.4. O pensamento dos economistas liberais e os primeiros grandes
empreendedores
9
Unidade 2 – A perspectiva introdutória do Pensamento
Administrativo
2.1. Surge a proposta da Administração como uma nova ciência: Taylor
e a Administração Científica
2.2. A busca da racionalidade: Weber e o Modelo Burocrático
2.3. A proposta de uma abordagem universal para a Administração:
Fayol e a Teoria Clássica da Administração
2.4. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração: a
Teoria das Relações Humanas
2.5. O todo é muito mais do que a soma das partes: a Teoria
Estruturalista
10
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6
Unidade 3 – A perspectiva moderna do Pensamento
Administrativo
3.1. A integração interna e a adaptação externa: a Teoria dos Sistemas
3.2. As organizações perceberam a necessidade de se adaptar às
mudanças, que se tornavam cada vez mais rápidas e intensas: a Teoria
Neoclássica
3.3. Entendendo o comportamento individual das pessoas no trabalho:
a Teoria Comportamental da Administração
3.4. Desenvolvendo o potencial das pessoas no trabalho e criando uma
cultura organizacional: a Teoria do Desenvolvimento Organizacional
3.5. A estrutura organizacional depende das características do
ambiente externo: a Teoria da Contingência
11
Unidade 4 – A perspectiva contemporânea do Pensamento
Administrativo
4.1. O que acontece em uma determinada área científica logo impacta
as demais: o paradoxo das ciências
4.2. Tudo muda, tudo evolui continuamente, nada é certo e tudo é
relativo: o Darwinismo organizacional, a Teoria dos Quanta, a Teoria
do Caos, a Teoria da Complexidade, o Princípio da Incerteza e a Teoria
da Relatividade
4.3. As inovações tecnológicas e os desafios da Nova Economia: a
Quinta Onda e a Era da Informação
4.4. Foco no negócio e o alcance de elevados padrões organizacionais:
a Excelência Empresarial, qualidade e melhoria contínua
4.5. Reconstrução total da organização: a Reengenharia
4.6. As melhores práticas do mercado: Benchmarking
12
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7
Unidade 5 – As tendências do Pensamento Administrativo
5.1. A nova lógica das Organizações: infoestrutura, negócios
sustentáveis e Governança Corporativa
5.2. O novo capital: o capital intelectual e a Gestão do Conhecimento
5.3. A virtualização dos negócios, o compartilhamento e o foco nas
atividades centrais do negócio: a Gestão por Projetos, as Organizações
Virtuais e as Organizações Modulares
5.4. O pensamento sistêmico: a Quinta Disciplina
5.5. Ampliando o conceito de Administração: a importância do
empreendedorismo
13
Procedimentos de avaliação do aluno
 O aluno será avaliado, oficialmente, em três etapas: AV1,
AV2 e AV3. Sendo AV2 e AV3 unificadas.
 As AV2 e AV3 serão elaboradas com base em todo o
conteúdo programático das disciplinas.
 Para aprovação nas disciplinas, o aluno deverá:
 Obter notas iguais ou superiores a quatro em, pelo menos,
duas das três avaliações;
 Atingir média aritmética igual ou superior a seis, sendo
consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as
três etapas de avaliação;
 Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
14
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8
Bibliografia indicada
15
Introdução à Teoria Geral da 
Administração
Idalberto Chiavenato
8ª edição (2011)
Editora Elsevier
Leitura complementar indicada
16
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9
Sites indicados para pesquisas
 www.cra-rj.org.br
 www.cfa.org.br
 www.administradores.com.br
 www.hsm.com.br
 www.valoreconomico.com.br
 www.facebook.com/groups/professorhamiltondesouzapinto/
17
18
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10
Módulo 1
Introdução à Teoria das Organizações
19
Fundamentos conceituais da administração 
 O termo “administração” tem origem no termo em latim
“Administratione”. Tem como sinônimo o termo “gestão”.
Em inglês, corresponde ao termo “management”.
 Administração, ou gestão, ou, ainda, management, é um
pensamento harmônico e sinérgico que tem como objetivopesquisar, analisar e avaliar viabilidades de negócios;
definir objetivos e metas, formular estratégias para atingir
esses objetivos e as suas respectivas metas; elaborar
planos estratégicos, táticos e operacionais, implementar
estes planos através da organização da infraestrutura e das
pessoas em suas respectivas funções; e controlar os
recursos e as ações mensurando os resultados.
20
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11
 Administração é uma filosofia de
negócios focada no governo e na
regência de empreendimentos públicos
e privados.
 Administração é um conjunto de
fundamentos, normas e funções que
têm por fim ordenar a estrutura e o
funcionamento de uma organização
(empreendimento privado ou público).
 Administração é um processo dinâmico
e contínuo que visa manter uma
organização como um conjunto
apropriadamente integrado ao seu
ambiente operacional e aos seus
recursos.
21
 Administração é a ciência das decisões – é
a ciência que cria e desenvolve
conhecimentos científicos que permitem
decidir com o objetivo de gerar e gerir
resultados (financeiros, estruturais,
materiais e sociais) para
empreendimentos.
 Administração é a estruturação de um
pensamento estratégico para a
consecução de objetivos estruturais,
financeiros e sociais.
 Administração realiza objetivos
organizacionais através das pessoas para
obter os melhores resultados tanto para
as organizações quanto para as pessoas.
22
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12
A importância da administração
 Estamos vivendo uma era de mudanças, transformações,
incertezas e perplexidade. Portanto, a administração
tornou-se o condicionante estratégico para a organização
ver o que ninguém viu, projetar novos negócios, criar
soluções para os negócios existentes, entender e atender
clientes, estabelecer produtividade e lucratividade, reduzir
custos, otimizar processos, ser uma organização
competitiva, estabelecer vantagem competitiva, agregar
valor à sociedade e ser perene.
 Investir em conhecimento e estudar a dinâmica da
Administração como ciência social aplicada e praticá-la de
forma profissional tornou-se um fator crítico para o sucesso
das organizações.
23
Conceito teórico de administração
 Administração é um processo que consiste na coordenação
do trabalho dos membros da organização e de alocação dos
recursos organizacionais para alcançar os objetivos
estabelecidos de forma eficaz e eficiente (Sobral e Peci,
2013).
 Quatro elementos podem ser destacados nessa definição:
 Processo;
 Coordenação;
 Eficácia; e
 Eficiência.
24
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13
Processo
 Processo é um modo sistemático de fazer algo. A
administração é um processo na medida em que consiste
em um conjunto de atividades e tarefas relacionadas a fim
de atingir um objetivo comum.
 Administração é um processo disciplinado, ou seja, é uma
forma sistemática (ordenada, rígida e contínua) de realizar
as coisas através das pessoas.
 As etapas do processo de administração se fundamentam
em quatro funções: Planejamento, organização, direção e
controle.
25
 O administrador busca recursos na sociedade e os
transforma em valor agregado através do processo de
administração para produzir resultados para a organização
e para a própria sociedade onde está inserida.
26
Planejamento
DireçãoControle
Recursos
ResultadosS
o
ci
ed
ad
e
Organização
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14
 O processo de administração tem as seguintes
características:
 Iterativo: é uma sequência disciplinada de etapas que devem
ser seguidas rigidamente em sua sequência (planejamento,
organização, direção e controle).
 Interativo: cada função do processo interage com as demais,
influenciando-as e sendo por elas influenciada.
 Sistêmico: não pode ser analisado por cada uma de suas partes
isoladamente, mas pela sua totalidade e globalidade. Para se
entender cada uma das funções é necessário conhecer todas as
demais. Nenhuma delas pode ser administrada sem uma
estreita vinculação com as outras.
 Cíclico e repetitivo: é permanente e contínuo e, à medida que
se completa, começa novamente com o objetivo de melhorar e
de se aperfeiçoar continuamente e gerar conhecimento e
inovação.
27
Coordenação
 A coordenação dos recursos organizacionais promove a
sinergia das partes independentes para que funcionem
como um todo harmônico, procurando alcançar a coerência
entre os objetivos, as pessoas, os recursos e os processos
organizacionais.
 As partes independentes constituem diferentes áreas
funcionais que se complementam entre si para criar sinergia
organizacional.
 Cada área funcional representa diferentes focos de atuação
e diferentes processos que precisam ser coordenados como
partes integrantes de um todo harmônico.
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15
29
Administração de 
Operações 
(produção industrial e/ou 
prestação de serviços)
Administração 
Financeira
Administração de 
Recursos Humanos 
(Gestão de Pessoas)
Administração de 
Marketing
Áreas funcionais da administração
Eficácia 
 A eficácia é a capacidade de realizar
as atividades da organização de
modo a alcançar os objetivos
estabelecidos.
 A eficácia implica escolher os
objetivos certos e conseguir atingi-
los, e sua principal preocupação é
com os fins.
 A eficácia assume importância
decisiva no conceito de
administração, já que é a chave para
o sucesso de uma organização.
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16
 Eficácia é fazer o que deve ser feito. Focaliza os objetivos e
as suas respectivas metas (o que fazer). Preocupa-se em
formular estratégias para alcançar os respectivos objetivos
com resultados positivos para a organização e para as
pessoas.
31
Eficiência 
 A eficiência é a capacidade de realização das atividades da
organização, minimizando a utilização dos recursos, ou
seja, é a capacidade de desempenhar corretamente as
tarefas.
 A eficiência é uma medida da relação entre resultados
alcançados e os recursos consumidos. Quanto maior a
produtividade da organização, mais eficiente ela será.
 A eficiência tem como sua principal preocupação os meios,
isto é, com o uso econômico dos recursos organizacionais.
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 Eficiência é fazer corretamente como deve ser feito.
Focaliza os meios, as técnicas e as operações (como fazer).
Preocupa-se em cumprir os regulamentos internos,
enfatizar métodos e procedimentos, aprender, ser pontual
no trabalho, reduzir custos, otimizar tempo e aumentar a
produtividade.
33
34
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18
 Antes de focalizar a
eficiência dos processos, é
necessário definir com
eficácia os objetivos certos.
 Apesar das diferenças entre
os conceitos, eles estão
correlacionados. Sem
eficácia a eficiência é inútil,
pois a organização não
consegue realizar o seu
propósito.
 Uma administração de
sucesso consiste em obter
simultaneamente eficácia e
eficiência na utilização de
recursos organizacionais. 35
Complementando os critérios de eficácia e de 
eficiência...
 A Administração, para atingir os seus objetivos, demanda o
entendimento de critérios organizacionais relacionados à
eficácia e eficiência.
 Porém, os critérios relacionados com eficácia e eficiência
devem ser complementados com critérios também
relevantes. São eles: efetividade, relevância e excelência.
Efetividade 
 Efetividade é o que se manifesta por um efeito real, por um
resultado verdadeiro e positivo. É construir e manter uma
realidade. Efetividade envolve empreender negócios, ou
seja, assumir riscos e fazer algo acontecer aqui e agora.
Efetividade considera ações centradas em aspectos éticos e
de responsabilidade socioambiental.
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Relevância
 Relevância é um critério de desempenho filosófico e
antropológico medido em termos de significância, de valor,
de importância e de pertinência dos atos e fatos do
processo de administrar organizações. A relevância valoriza
as consequências das decisões dos administradores na
qualidade de vida dos administrados.
Excelência
 Excelência é a conjunção estratégica e harmônica de
eficácia, eficiência, efetividade e relevância ao mesmo
tempo.
 A excelência é o tema central focalizado pelo contexto
contemporâneoda Administração.
37
Administração: ciência, arte, tecnologia e profissão.
Administração como ciência
 Administração é uma ciência social aplicada (conhecimento
cujo objeto de estudo são os diferentes aspectos da
sociedade humana) que se caracteriza por um conteúdo
teórico (conjunto sistemático de ideias e conhecimentos),
prático (verificação concreta do seu funcionamento) e
aplicado (diversos meios de atuação sobre um mesmo
fenômeno com vistas a um mesmo objetivo).
 O conceito de administração como ciência surgiu como
consequência da consolidação do capitalismo e, ao mesmo
tempo, do processo de modernização das sociedades
ocidentais – o conceito de capitalismo representou para as
sociedades ocidentais um novo modelo de produção e
organização do trabalho.
38
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20
 Foi com a Revolução Industrial que se consolidaram as
condições para o estudo científico da administração como
uma nova disciplina, com fronteiras distintas de outras
disciplinas.
 Portanto, administração é a ciência das decisões –
administrar é decidir o que, por que, como, onde, quando,
quanto (quantidade e custo) e quem deve fazer.
39
Administração como arte
 Arte é conseguir um
determinado resultado por
meio da aplicação de
habilidades e competências
pessoais.
 A administração é uma arte
no sentido de pessoas
usarem de suas habilidades e
competências tanto para
perceberem um contexto,
quanto para interpretá-lo e
aplicá-lo a situações
presentes ou futuras.
40
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21
Administração como tecnologia
 Tecnologia é o estudo
sistemático sobre técnicas,
processos, métodos, meios e
instrumentos de um ou mais
ofícios ou domínios da
atividade humana.
 A administração utiliza
técnicas, modelos, práticas,
ferramentas conceituais
baseadas em teorias
científicas que tornam o
trabalho do administrador
mais eficaz.
41
Administração como profissão
 O primeiro curso de
administração surgiu nos
Estados Unidos da América,
em 1881, na Wharton School,
enquanto no Brasil a
Fundação Getúlio Vargas (São
Paulo) foi a pioneira nesse
curso, em 1938.
 No Brasil, a profissão só foi
criada pela Lei nº 4.769, de 9
de setembro de 1965 e
regulamentada pelo Decreto
nº 61.934, de 24 de fevereiro
de 1966.
42
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22
 A exemplo de outras
profissões liberais, a profissão
de administrador é
regulamentada por lei e
somente profissionais
devidamente formados e
registrados podem exercer a
profissão.
 A fiscalização da profissão é
exercida pelo Conselho
Federal de Administração
(www.cfa.org.br) e por seus
respectivos Conselhos
Regionais (www.cra-
rj.org.br).
43
O símbolo da profissão e seu significado
 O quadro como ponto de partida: uma forma
básica, pura, onde o processo de tensão de linhas
e recíproco. Sendo assim, os limites verticais e
horizontais entram em processo recíproco de
tensão. Indica que a profissão tem certos limites
em seus objetivos, além de encaminhar diferentes
aspectos de uma questão para um objetivo
comum.
 O quadrado é a regularidade. Possui sentido
estático quando apoiado em seu lado, mas possui
um sentido dinâmico quando apoiado em seu
vértice (a posição escolhida).
 As flechas laterais indicam um caminho, uma
meta a partir de uma premissa e de um princípio
de ação (o centro).
 As flechas centrais se dirigem para um objetivo
comum, baseado na regularidade.
44
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23
Administração no Brasil
 A administração é uma prática universal, mas existem
diferenças de modelos e de estilos de administração de
negócios em diferentes países.
 No entanto, as características distintivas das culturas
nacionais condicionam o modelo de administração adotado
em cada um dos diferentes países.
 O estilo brasileiro de administração cultua o personalismo,
concentra o poder, estabelece o formalismo, desenvolve
uma postura de expectador, tem aversão ao conflito, cultua
a lealdade às pessoas (principalmente os amigos e os
familiares), estabelece o paternalismo, envolve flexibilidade
(incluindo o “jeitinho brasileiro” de flexibilizar) e permite a
impunidade.
 Precisamos mudar essa situação. Temos um longo e árduo
caminho pela frente. 45
O perfil da dinâmica empresarial brasileira
 O ambiente organizacional brasileiro é muito peculiar e
apresenta diversos obstáculos à criação e à sustentabilidade
dos negócios, dentre os quais se destacam:
 Elevada carga tributária;
 Elevados custos de financiamento;
 Burocracia ineficaz;
 Reduzidos níveis de produtividade e de qualidade;
 Reduzidos níveis de educação e de formação técnica;
 Reduzidos níveis de infraestrutura (rodovias, portos,
habitação, saneamento, saúde, energia...);
 Elevados níveis de violência;
 Elevados níveis de corrupção;
 Governos incompetentes, despreparados, corruptos e,
principalmente, sem noção de nação. 46
06/02/2020
24
Administração contemporânea
 A administração contemporânea se fundamenta na criação,
entrega e sustentabilidade de valor.
 Mas afinal, o que é valor? No contexto organizacional, valor
é um conjunto de características de desempenho e de
atributos que uma organização cria na forma de produtos
e/ou serviços e que pelos quais os clientes-alvo estão
dispostos a pagar.
 A capacidade de criar valor é essencial para a
competitividade de uma organização e é o âmago do
sucesso da administração.
47
 A administração orientada para o valor se concentra em
criar e sustentar valor superior para os clientes-alvo e para
a sociedade como um todo, como uma forma de alcançar os
objetivos estratégicos da própria organização.
 Criar e sustentar valor exige empreendedorismo, inovação,
estratégia orientada pelo e para o mercado-alvo da
organização, ética e responsabilidade socioambiental
(consideração da sociedade, da economia e do meio
ambiente ao mesmo tempo).
48
06/02/2020
25
Os desafios da administração contemporânea
 As constantes mudanças no ambiente de negócios
alteraram profundamente o contexto da administração;
 O conhecimento e as ideias substituíram os ativos físicos;
 A globalização ampliou os mercados, mas também
aumentou a concorrência. Os clientes tornaram-se mais
exigentes. Novas tecnologias surgem a cada instante e
tornam-se obsoletas a um ritmo cada vez mais rápido;
 As sociedades passaram a exigir um comprometimento das
organizações em relação à responsabilidade socioambiental
e ética.
49
A administração no século XXI
 As organizações e as pessoas iniciaram o Século XXI e o
motivo de preocupação não é apenas o fato de haver
mudanças, mas sim a sua velocidade acelerada.
 As organizações e as pessoas nem sempre percebem que o
seu ambiente de negócios está sempre mudando.
 As tecnologias, as forças competitivas do mercado e
exigências dos clientes estão em processo contínuo e
acelerado de mudança.
 O modelo de administração dos negócios do ano anterior
pode ser o caminho mais certo para o fracasso nesse ano.
 Neste início de Século XXI a organização que não investir
em um processo contínuo de mudança vai desaparecer.
50
06/02/2020
26
 O ritmo da mudança se tornou tão rápido que a capacidade
de mudar se tornou, agora, uma vantagem competitiva
para as organizações e para os administradores.
 A capacidade de mudar e, consequentemente, inovar,
requer da Administração no Século XXI a capacidade de
perceber, captar, analisar, avaliar, decidir, executar e
aprender sobre as tendências e os avanços que afetam e
podem vir a afetar as organizações, a estrutura da
concorrência em seu setor econômico, os seus clientes e os
seus fornecedores.
51
52
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27
Módulo 02
Os Primórdios da Administração
53
 A história da administração como
ciência é recente. No decorrer da
história da humanidade, a
administração se desenvolveu com
uma lentidão impressionante.
Somente a partir do início do século
XX é que ela surgiu e apresentou
um desenvolvimento de notável
pujança e inovação.
 Até o final do século XIX a
sociedade era completamente
diferente. As organizações eram
poucas e pequenas: predominavam
as pequenas oficinas, artesãos
independentes, pequenasescolas,
profissionais autônomos. 54
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28
 Atualmente, a sociedade é pluralista de organizações na
qual a maior parte das obrigações sociais (como a
produção de bens ou serviços) é confiada às essas
organizações (indústrias, comércio varejista,
universidades, escolas, hospitais, comunicações, serviços
públicos etc.).
55
Evolução histórica da administração
56
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29
57
Anos Autores Eventos
4000
a.C.
Egípcios Necessidade de planejar, organizar e
controlar.
2600
a.C.
Egípcios Descentralização na organização.
2000
a.C.
Egípcios Necessidade de ordens escritas. Uso de
consultoria/assessoria.
1800
a.C.
Hamurabi
(Babilônia)
Uso e controle escrito e testemunhal.
Estabelecimento do salário mínimo.
1491
a.C.
Hebreus Conceito de organização e princípio
escalar.
58
600
a.C.
Nabucodonosor
(Babilônia)
Controle de produção e incentivos
salariais.
500
a.C.
Mencius (China) Necessidade de sistemas e padrões.
400
a.C.
Sócrates (Grécia)
Ciro (Pérsia)
Platão (Grécia)
Enunciado da universalidade da
Administração. Necessidade de relações
humanas, estudo de movimentos,
arranjo físico e manuseio de materiais.
Princípio da especialização.
175
a.C.
Cato (Roma) Descrição de funções
284 Dioclécio (Roma) Delegação de autoridade.
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59
1436 Arsenal de Veneza Contabilidade de custos, balanços
contábeis e controle de inventários.
1525 Maquiavel (Itália) Princípio do consenso na organização,
enunciado das qualidades de liderança e
táticas políticas.
1767 James Stuart
(Inglaterra)
Teoria da fonte de autoridade, impacto
da automação, diferenciação entre
gerentes e operários, especialização.
1776 Adam Smith
(Inglaterra)
Princípio de especialização dos
operários, conceito de controle.
60
1799 Eli Whitney (Estados
Unidos da América)
Método científico, contabilidade de
custos e controle de qualidade.
1800 Mathew Boulton
(Inglaterra)
Procedimentos padronizados de
operações, especificações, métodos de
trabalho, planejamento, incentivo
salarial, tempos padrões, gratificação
natalina e auditoria.
1810 Robert Owen
(Inglaterra)
Práticas de pessoal, treinamento dos
operários, planos de casas para
operários.
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61
1832 Charles Babbage
(Inglaterra)
Ênfase na abordagem científica para a
administração, divisão do trabalho,
estudos dos tempos e movimentos,
contabilidade de custos, efeito das cores
na eficiência do operário.
1856 Daniel C. McCallum
(Estados Unidos da
América)
Uso do organograma para a estrutura
organizacional, administração
sistemática em ferrovias.
1886 Henry Metcalfe
(Estados Unidos da
América)
Arte e ciência da Administração
62
1903 Administração Científica
1909 Teoria da Burocracia
1916 Teoria Clássica
1932 Teoria das relações Humanas
1947 Teoria Estruturalista
1951 Teoria dos Sistemas
1953 Abordagem Sociotécnica
1954 Teoria Neoclássica
1957 Teoria Comportamental
1962 Desenvolvimento organizacional
1972 Teoria da Contingência
1990 Novas Abordagens
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Principais influências à formação do pensamento da 
administração como ciência
63
As influências dos filósofos clássicos
64
Sócrates (470 a.C. a
399 a.C.), filósofo
grego.
Administração como uma habilidade pessoal
separada do conhecimento técnico e da
experiência.
Platão (429 a.C. a
347 a.C.), filósofo
grego, discípulo de
Sócrates.
Analisou os problemas políticos e sociais
decorrentes do desenvolvimento social e cultural
do povo grego. Em sua obra, A República, expõe
a forma democrática de governo e de
Administração dos negócios públicos.
Aristóteles (384 a.C.
a 322 a.C.), filósofo
grego, discípulo de
Platão.
Deu o impulso inicial à Filosofia, Cosmologia,
Nosologia (estudo das doenças), Metafísica,
Lógica e Ciências Naturais, abrindo as
perspectivas do conhecimento humano.
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As influências dos filósofos da era moderna
65
Thomas Hobbes
(1588 a 1679),
filósofo político
inglês.
Defendeu o governo absoluto em função de sua
visão pessimista da humanidade. Na ausência do
governo, os indivíduos tendem a viver em guerra
permanente e conflito interminável para
obtenção de meios de subsistências.
Jean-Jacques
Rousseau (1712 a
1778)
Desenvolveu a teoria do Contrato Social: o Estado
surge de um acordo de vontades. Contrato Social
é um acordo entre os membros de uma sociedade
pelo qual reconhecem a autoridade igual sobre
todos de um regime político, governante ou de
um conjunto de regras.
As influências da Igreja Católica
 Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou sua
organização com uma hierarquia de autoridade, um estado-
maior e a coordenação funcional para assegurar integração.
 A estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo
para as organizações que, ávidas de experiências bem-
sucedidas, passaram a incorporar os princípios e as normas
administrativas utilizados pela Igreja Católica.
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As influências das organizações militares
 O princípio da unidade de comando, pelo qual cada
subordinado só pode ter um superior, é o núcleo das
organizações militares. A escala hierárquica – ou seja, os
escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade
e responsabilidade – é um aspecto típico da organização
militar utilizado em outras organizações.
 Outra contribuição da organização militar é o princípio de
direção, que preceitua que todo soldado deve saber
perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve
fazer.
67
As influências das ciências
68
Francis Bacon (1561 a
1626), filósofo e
estadista inglês.
Fundador da Lógica Moderna baseada no método
experimental e indutivo, mostra a preocupação
prática de se separar experimentalmente o que é
essencial do que é acidental ou acessório. Bacon
antecipou-se ao princípio da prevalência sobre o
acessório.
René Descartes (1596
a 1650), filósofo,
matemático e físico
francês.
Fundador da Filosofia moderna. Criou as
coordenadas cartesianas e deu impulso à
Matemática e à Geometria da época. Na Filosofia,
celebrizou-se pelo livro “O discurso do método”, no
qual descreve seu método filosófico denominado
Método Cartesiano.
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69
Galileu Galilei (1564-
1642), físico,
matemático e
astrônomo italiano.
Partiu da observação de fatos isolados para
estabelecer leis capazes de prever acontecimentos
futuros.
Isaac Newton (1643-
1727), cientista inglês.
Estabeleceu métodos baseados em racionalismo,
exatidão, causalidade e mecanicismo. Trouxe forte
tendência ao determinismo matemático e à
exatidão na administração enquanto ciência.
As influências da Revolução Industrial
 Com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736
a 1819) e sua aplicação à produção, surgiu uma nova
concepção de trabalho que modificou completamente a
estrutura social e comercial da época, provocando
profundas e rápidas mudanças de ordem econômica,
política e social que, em um lapso de um século, foram
maiores do que as mudanças ocorridas em todo o milênio
anterior. É a chamada Revolução Industrial, que se iniciou
na Inglaterra e que pode ser dividida em duas épocas
distintas:
 1780 a 1860: Primeira Revolução Industrial – a
revolução do carvão e do ferro.
 1860 a 1914: Segunda Revolução Industrial – a
revolução do aço e da eletricidade.
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 A primeira Revolução Industrial passou por quatro fases:
 Primeira fase: Mecanização da indústria e da agricultura
(invenção da máquina de fiar e do tear).
 Segunda fase: A aplicação da força motriz à indústria
(invenção da máquina a vapor).
 Terceira fase: O desenvolvimento do sistema fabril (o
artesão e sua pequena oficina desapareceram para ceder
lugar ao operário e às fábricas e usinas baseadas na
divisão do trabalho).
 Quarta fase: Aceleramento dos transportes e das
comunicações (navegação a vapor em 1807, locomotiva
a vapor em 1825, telégrafo elétrico em 1835, correio em
1840, telefone em 1876).
71
 A partir de 1860, a Revolução Industrial entrou em sua
segunda fase: a SegundaRevolução Industrial, foi
provocada por três fatos importantes:
 O aparecimento do processo de fabricação do aço (1856);
 O aperfeiçoamento do dínamo (1873);
 A invenção do motor de combustão interna (1873).
 As características da Segunda Revolução Industrial foram
as seguintes:
 Substituição do ferro pelo aço;
 Substituição do vapor pela eletricidade;
 O uso dos derivados de petróleo como fonte de energia;
 Desenvolvimento da maquinaria automática e da
especialização do trabalhador;
 Crescente domínio da indústria pela ciência;
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 Transformações radicais nos transportes e nas comunicações;
 Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista;
 Expansão da industrialização desde a Europa até o extremo
Oriente.
 A organização e a empresa moderna nasceram com a
Revolução Industrial.
73
As influências dos economistas liberais
 A partir do século XVII
desenvolveu-se uma variedade de
teorias econômicas centradas na
explicação dos fenômenos
empresariais (microeconômicos) e
baseadas em dados empíricos, ou
seja, na experiência cotidiana.
 As ideias básicas dos economistas
clássicos liberais constituem os
germes iniciais do pensamento
administrativo atuais. Adam Smith
(1723 a 1790) foi o fundador da
economia clássica, cuja ideia central
é a competição.
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As influências dos primeiros empreendedores
 As influências dos primeiros empreendedores foram
fundamentais para a criação das condições básicas para o
surgimento da teoria da administração.
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Estudo de caso
A Função Social do Administrador
Stephen Kanitz
(Blog Stephen Kanitz. Disponível em: http://blog.kanitz.com.br/funcao-2/)
A maioria dos nossos intelectuais ainda acredita que o mundo é
controlado por “empresários”, pelos “donos do poder”, por uma
“classe dominante” preocupada exclusivamente em maximizar lucros
e com seus próprios interesses.
É um insulto à inteligência de seus leitores, alunos e à de todos
os administradores formados deste país em particular desconhecer a
revolução bem-sucedida que se concretizou no século XX no mundo
inteiro.
Fruto dessa revolução, conseguimos a derrota definitiva dos
empresários, o grande sonho de Karl Marx.
Essa revolução foi exaustivamente relatada nos livros do jornalista e
administrador austríaco Peter Drucker, que infelizmente a maioria
dos intelectuais da América Latina jamais se interessou em ler.
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Uma revolução que infelizmente ainda está em processo no Brasil, e
ainda pode ser sabotada pelos mesmos intelectuais.
Ao longo do século XX, os empresários do mundo inteiro foram sendo
lentamente substituídos por um grupo de revolucionários que, sem
derramamento de sangue, tomaram o poder das empresas.
Refiro-me a um novo protagonista da história, os administradores
profissionais, pessoas especialmente treinadas para conciliar os
interesses conflitantes entre clientes, fornecedores, acionistas,
trabalhadores, ecologistas, ONGs e governo.
O acionista majoritário, o famoso “empresário”, deixou de ser o todo-
poderoso, aquele gestor que administrava sua empresa em causa
própria e de sua família, à custa dos demais. O chamado Stockholder.
77
O novo tipo de empresa que administradores criaram é a empresa de
“capital aberto” com milhares de acionistas que oferecem sua
poupança como “capital social” para a sociedade.
Essas empresas, listadas em bolsa, não têm dono, no sentido típico da
palavra. O administrador socialmente responsável não tem
o Stockholder como meta, mas sim o Stakeholder, todos os que têm
interesse na perpetuação sustentável da empresa. Trabalhador,
cliente, fornecedor e o acionista, nesta ordem.
Esses revolucionários humanizaram as empresas, tornando-as
socialmente responsáveis, valorizaram fornecedores, clientes e
trabalhadores.
O objetivo da empresa passou a ser servir à sociedade em geral, e
não servir aos interesses de uma única família ou do Estado, a todo
custo.
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Administradores não são de direita nem de esquerda, não defendem
exclusivamente capitalistas ou somente os trabalhadores em
detrimento dos demais Stakeholders.
A preocupação é sempre defender o todo. Ao contrário do que
acreditam os acadêmicos e os intelectuais, os administradores não
maximizam lucros.
Eles habilmente deixam os acionistas “satisfeitos”, com a famosa
fórmula de “dividendos mínimos”, sistemáticos e crescentes, que
aprendemos no primeiro ano da faculdade de administração.
Clientes, governo, trabalhadores, acionistas e fornecedores, porém,
têm interesses conflitantes, que precisam ser adequadamente
resolvidos por um mediador, que é a função política e moderna do
administrador. O administrador como político.
Quando um desses grupos domina os demais, cessam a cooperação e
o crescimento da empresa.
79
Foi o que ocorreu com as estatais dominadas pelo Estado, com a
Varig, dominada pelos funcionários, e com muitas empresas
familiares comandadas pelo grupo majoritário.
Aí, uma das partes da equação sempre controlará a empresa
pensando em seu próprio interesse, em detrimento das demais.
A função do administrador é justamente manter esses grupos
heterogêneos nos seus devidos lugares.
Um administrador de empresa é antes de tudo um hábil político, um
líder, um mediador e conciliador de conflitos.
Ele sabe conciliar como ninguém as forças difusas e conflitantes que
garantem o sucesso de uma empresa. São políticos que entendem de
administração, ao contrário do que temos por aí.
Em vez de torcer para que o próximo Congresso tenha deputados que
possam eventualmente entender de administração, vamos eleger
administradores que já entendam de política.
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Questões do caso
1. Administração é a ciência das decisões. Decisões orientadas pela e
para a sociedade como um todo. Como a administração pode
representar uma evolução para a sociedade?
2. Qual o papel do empresário na sociedade? Como ele se diferencia
do administrador? Como os dois podem obter sinergia?
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Módulo 03
Abordagem Clássica da Administração
Escola da Administração Científica
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Abordagem clássica da administração
 No despontar do século XX
o mundo consolidou a Era
Industrial. Os países que
rapidamente se
industrializaram logo se
transformaram em países
de primeiro mundo. Neles
a indústria conquistou o
espaço econômico e
financeiro da época e as
fábricas não paravam de
crescer. Esse crescimento
gerou um dilema: como
administrar essa
complexidade?
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 Atentos e atuantes a essa nova era, dois
engenheiros desenvolveram os primeiros
trabalhos a respeito da administração como
uma nova ciência.
 Um era americano, Frederick Winslow
Taylor, e iniciou a chamada Escola da
Administração Científica, preocupada em
aumentar a eficiência da indústria por meio
da racionalização do trabalho do operário.
 O outro era francês, Henri Fayol, e
desenvolveu a chamada Teoria Clássica da
Administração, preocupada em aumentar a
eficiência da empresa por meio de sua
organização e da aplicação de princípios
gerais da administração em bases
científicas. 85
 Muito embora ambos não tenham se comunicado entre si e
tenham partido de pontos de vista diferentes e mesmo
opostos, o certo é que suas ideias constituem as bases da
chamada Abordagem Clássica da Administração, cujos
postulados dominaram as quatro primeiras décadas do
Século XX no panorama administrativo das organizações.
 Em função dessas duas correntes, a Abordagem Clássica da
Administração é desdobrada em duas orientações diferentes
e, até certo ponto, opostas entre si, mas que se
complementam com relativa coerência.
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As origens da Abordagem Clássica da Administração
 As origens da Abordagem Clássica da Administração
remontam as consequências geradas pela Revolução
Industrial e podem ser resumidas em dois fatores
genéricos:
 O crescimento acelerado e desorganizado das empresas,
ocasionando uma gradativa complexidade em sua
administração e exigindo uma abordagem científica e
mais apurada que substituísse o empirismo e a
improvisaçãoaté então dominantes.
 A necessidade de aumentar a eficiência e a competência
das organizações, no sentido de obter o melhor
rendimento possível dos recursos e fazer face à
concorrência e a competição que se intensificaram entre
as empresas.
87
A Escola da Administração Científica
 A Escola da Administração Científica foi a primeira escola do
pensamento administrativo. Surgiu nos Estados Unidos da
América em 1903, no despontar do século XX.
 Também recebeu outras denominações: Escola Mecanicista,
Escola Tradicionalista e Escola Americana.
 A Escola da Administração Científica recebeu este nome por
causa da tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos
problemas da Administração.
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 A Escola da Administração Científica teve como origens as
consequências geradas pelo avanço da Revolução
Industrial, quando surgiu a mecanização, a automação, o
aumento do número de pessoas na realização do trabalho, a
produção e o consumo em massa e o aumento de capital.
 O crescimento acelerado das empresas, porém
desorganizado, despertou a necessidade das mesmas
aumentarem a sua eficiência e a sua competitividade.
89
Ideias centrais
 A Escola da Administração Científica focalizava a
racionalização do trabalho operário, a padronização dos
métodos e dos processos e o estabelecimento de princípios
básicos de organização racional do trabalho.
 A ênfase da Escola da Administração Científica estava nas
tarefas realizadas pelos operários em suas funções para que
a organização fosse eficiente.
 O objetivo básico da Escola da Administração Científica foi
incrementar a produtividade do trabalhador por meio da
análise científica sistemática do trabalho para atingir “uma
maneira melhor” (um padrão) de realizar tal trabalho para
assegurar o máximo de prosperidade para o empregador
conjugada com a máxima prosperidade para os
empregados.
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A importância da Escola da Administração Científica para as
organizações da sua época
 Promoveu uma “revolução mental” nas organizações;
 Administração passou a ser vista como uma ciência e não
mais como um estado de arte;
 As organizações substituíram a improvisação e o empirismo
por métodos científicos;
 Estabeleceu a organização racional do trabalho;
 Estabeleceu a racionalização e especialização do trabalho
do operário;
 Padronizou os meios produtivos;
 Simplificou os métodos e dos processos de trabalho;
 Aumentou a eficiência da produção;
91
 Implementou a produção em massa de produtos;
 Estabeleceu a produção de um maior número de um
determinado produto (economia de escala) com a maior
garantia de qualidade e com o menor custo possível;
 Implementou a intensificação (aumento da velocidade
rotatória do capital circulante), a economicidade (redução
ao mínimo do estoque de matérias-primas) e a
produtividade (aumento da capacidade de produção do
homem no mesmo período de tempo);
 Despertou para a necessidade de melhores salários e para a
redução custos unitários de produção;
 Implementou o sistema de salário incentivado – “tarefa-
bônus”;
92
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 Propôs a redução das horas diárias de trabalho e a
implementou o descanso semanal remunerado;
 Propôs a jornada de trabalho diária de oito horas, quando
na época variava de dez a doze horas;
 Despertou a necessidade de uma estruturação geral da
empresa.
93
Principal autor
Frederick Winslow Taylor (1856 a 1915)
 Taylor nasceu na Filadélfia, Estados
Unidos da América, em 1856, e faleceu em
1915. Sua família tinha princípios rígidos e
a sua educação foi fundamentada em
disciplina, devoção ao trabalho e
poupança.
 Aos 18 anos, apesar de ter sido aprovado
nos exames para ingresso na Universidade
de Harvard no curso de Direito, Taylor
resolveu iniciar a sua vida profissional
como operário numa pequena metalúrgica
da Filadélfia. Permaneceu por quatro anos
nesta empresa. 94
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 Em 1878, Taylor foi para a Midvale Steel Company. Nesta
empresa, foi promovido de operário a capataz e,
posteriormente, a contramestre e depois a chefe de oficina e,
finalmente, em 1884, a engenheiro chefe, depois de ter se
formado pelo Stevens Institute of Technology (New Jersey) em
1883.
 Iniciou as suas experiências e os seus estudos ainda como
operário e depois generalizou as suas conclusões para a
fundamentação do que seria a primeira escola da
Administração.
 Em 1893 mudou-se para Nova Iorque para trabalhar como
consultor de engenharia.
 Em 1900, Taylor começou a revelar ao público suas teorias
sobre a Administração científica.
 Taylor registrou cerca de cinquenta patentes de invenções
sobre máquinas, ferramentas e processos de trabalho. 95
A obra de Taylor
 Em 1903, com a publicação do livro “Shop Management”
(Administração de oficinas), que tratava exclusivamente de
técnicas de racionalização do trabalho do operário por meio
do “Estudo dos Tempos e Movimentos” (“Motion-time
Study”), Taylor propôs:
 O objetivo da Administração era pagar melhores salários e
reduzir custos unitários de produção;
 A Administração deveria aplicar métodos científicos de
pesquisa e experimentos para formular “princípios” e
estabelecer processos padronizados que permitissem o
controle das operações fabris;
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 Os empregados deveriam ser
cientificamente selecionados
e recrutados em seus postos e
com condições adequadas de
trabalho para que as normas
pudessem ser cumpridas;
 Os empregados deveriam ser
cientificamente treinados
para aperfeiçoar suas
aptidões e executar uma
tarefa para que a produção
normal seja cumprida;
 A Administração precisava
criar uma atmosfera de
cooperação entre os
trabalhadores. 97
 Em 1911, com a publicação do livro “Principles of Scientific
Management” (Princípios da Administração Científica),
Taylor concluiu que as empresas de sua época padeciam de
três males:
 Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a
produção em torno de um terço do que seria normal para
evitar a redução de salários;
 Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho
e do tempo necessário para sua realização;
 Falta de padronização de técnicas e métodos de
trabalho.
 Para sanar esses três problemas, Taylor afirmou que a
Administração deveria substituir a improvisação e o
empirismo pela ciência e pela organização racional do
trabalho. 98
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Administração como ciência
 Fundamentação do trabalho através de métodos conduzidos
com rigor científico;
 Segundo Taylor, a administração, como ciência, se realizava
através de um processo fundamentado em quatro etapas:
 Planejamento: as empresas deveriam substituir a improvisação pela
ciência, através do planejamento do método de trabalho.
 Preparo: as organizações deveriam selecionar cientificamente os
trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los
para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. As
organizações deveriam também preparar também máquinas e
equipamentos através do arranjo físico e disposição racional das
ferramentas e materiais.
 Controle: as organizações deveriam controlar o trabalho para se
certificar de que este está sendo executado de acordo com os métodos
estabelecidos e segundo o plano previsto.
 Execução: as organizações deveriam distribuir distintamente
atribuições e responsabilidades para disciplinar a execução do
trabalho.
99
Organização racional do trabalho
 Estudo dos tempos e movimentos: necessidade de estudo
dos tempos e dos movimentos na execução do trabalho
para buscar o melhor processo para executar o próprio
trabalho no menor espaço de tempo possível.
 Estudo da fadiga humana: racionalização dos movimentos
na execução do trabalho para eliminar os que produzem
fadiga e os que não estão diretamente relacionados com a
tarefa executada pelo trabalhador.
 Divisão do trabalho e especialização do operário: limitação
de cada operário à execução de uma única operação ou
tarefa, de maneira contínua e repetitiva com o objetivo de
aumentar a especialização e, consequentemente, a suaeficiência.
100
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 Desenho de cargos e de tarefas: cargos e tarefas
simplificados e desenhados pela gerência para uma
execução automatizada por parte do trabalhador, que
deveria ficar restrito a uma tarefa específica.
 Incentivos salariais e prêmios de produção: o operário que
obtivesse produção acima da quantidade fixada receberia
uma bonificação em dinheiro além do seu salário normal.
 O homem sob a ótica do conceito de “homo economicus”
(homem econômico): toda e qualquer pessoa é influenciada
exclusivamente por recompensas econômicas, ou seja, o
homem procura trabalho não porque gosta dele, mas como
um meio de ganhar a vida por meio do salário que o
trabalho proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo
medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver.
101
 Condições ambientais de trabalho: a eficiência não depende
somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas
também de um conjunto de condições de trabalho
(instrumentos, ferramentas, equipamentos, arranjo físico
das máquinas e dos equipamentos, ambiente físico: ruído,
ventilação, iluminação e conforto no trabalho) que
garantem o bem-estar físico do trabalhador e diminuem a
sua fadiga.
 Padronização de métodos, processos, máquinas e
equipamentos: uniformização dos métodos de execução (o
“modo de fazer” dos operários) e das máquinas e
equipamentos com o objetivo de implantar a melhoria da
qualidade e o aumento da quantidade produzida dos
produtos.
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 Supervisão funcional: a especialização do operário deve ser
acompanhada da especialização do supervisor e não de uma
centralização da autoridade, ou seja, a existência de
diversos supervisores, cada qual especializado em
determinada área e que tem autoridade funcional (relativa
somente a sua especialidade) sobre os mesmos
subordinados.
103
Destaque
Henry Ford
 Ford (1863 a 1947) foi,
provavelmente, o mais
conhecido de todos os
precursores da Escola da
Administração Científica.
 Ford iniciou a sua vida
profissional como
mecânico.
 Projetou um modelo de
automóvel e em 1899
fundou a sua primeira
fábrica de automóveis,
que logo depois foi
fechada.
104
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 Sem desanimar, em 1903 fundou a Ford Motor Co. com
a ideia de popularizar o automóvel, que era um produto
artesanal e destinado a milionários.
 Ford não era engenheiro, nem economista e nem
psicólogo – Ford era um empresário com visão
empreendedora.
105
 Entre 1905 e 1910 Ford promoveu a grande inovação do
século XX: a produção em massa de automóveis. Sua
ideia de produzir e vender carros com preços populares e
assistência técnica garantida revolucionou a estratégia
comercial na sua época.
 Ford não inventou o automóvel nem a linha de
montagem – Ford inovou produzindo o maior número de
automóveis com a maior garantia de qualidade e pelo
menor custo possível.
 Com esta inovação, Ford mudou a maneira de viver da
humanidade na época e a sua “invenção” impactou a
sociedade muito mais do que muitas invenções do
passado da humanidade.
106
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54
 Em 1913, a Ford Motor Co. já produzia 800 automóveis
por dia. Em 1914, repartiu com seus empregados parte
do controle acionário e dos lucros da empresa.
Estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia e
jornada de trabalho diária de oito horas, quando na
época variava de dez a doze horas. Em 1926, já tinha 88
oito fábricas e empregava 150.000 pessoas e produzia 2
milhões de automóveis por ano.
 Ford utilizou um sistema de concentração vertical,
produzindo desde a matéria prima até o produto final
acabado, além de um sistema de concentração
horizontal, vendendo seus automóveis através de uma
rede de concessionárias próprias.
 Segundo Ford, a condição-chave da produção em massa
era a simplicidade.
107
Críticas à Escola da Administração Científica
 Mecanicismo: restrição às tarefas e aos fatores diretamente
relacionados com o cargo e com a função do operário. Deu-
se pouca atenção ao elemento humano e concebeu-se a
organização como “um arranjo rígido e estático de peças”;
 O que importava era a eficiência e nem sempre a eficácia;
 Procurava sempre o desempenho máximo, não o ótimo.
 Superespecialização do operário: intensificou e especializou
cada vez mais o trabalho do operário, que acabou tornando
desnecessária sua qualificação.
 Os operários, ao deixarem a empresa, tinham poucas
chances de conseguir outro emprego, pois só sabiam
executar uma tarefa.
108
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 Considerou apenas a fadiga muscular e fisiológica,
desprezou os fatores psicológicos (stress).
 Viu o homem apenas motivado a trabalhar pelo medo da
fome e pela necessidade de dinheiro para viver (homo
economicus).
 Viu as empresas como um sistema fechado, não considerou
o ambiente de negócios, as necessidades e desejos dos
clientes, a integração com fornecedores, o movimento
estratégico dos concorrentes, etc.
109
Estudo de caso
McDonald’s mostra cozinha e 
bastidores em nova campanha
Com bom humor, marca mostra 
bastidores de lanchonete no Brasil
Revista Exame, 21 de julho de 2017
Quando você faz o seu pedido no
balcão de algum
restaurante McDonald’s, sempre dá
para espiar um pouco da intensa
movimentação na cozinha logo
atrás.
Se já bateu aquela curiosidade de
ver como funciona tudo ali, dois
caminhos: participar do
programa Portas Abertas, que
permite a visita a qualquer
consumidor; ou assistir ao novo
vídeo do McDonald’s. 110
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A nova campanha comemora a marca de
um milhão de visitas às cozinhas em 2017
no Brasil. O número, conquistado no
primeiro semestre, já é quase o número
registrado em 2016, 1,2 milhão.
O vídeo traz o youtuber Phellyx, famoso
pelo bom humor. Ele mesmo já foi
funcionário do McDonald’s.
Phellyx conta alguma das regras da
cozinha e como tudo é preparado. Há uma
visita também ao freezer e ao drive-thru.
Com a campanha, a marca espera atrair
dois milhões de brasileiros ao todo até o
fim do ano.
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Questões do caso
1. Em 1903, Taylor, em seu livro “Administração de Oficinas”,
apresentou uma proposta de racionalização do trabalho operário.
Taylor destacou a necessidade de aplicação dos métodos da
ciência aos problemas da administração. Como podemos associar a
proposta de Taylor com o modelo de negócios do McDonald’s?
2. A proposta de Taylor provocou uma revolução no pensamento
administrativo e no mundo industrial em sua época. Como o
modelo de negócios do McDonald’s revolucionou a indústria de
refeições no mundo? Será que o modelo de negócios do
McDonald’s influenciou o surgimento de um novo modelo de
negócios para a indústria de refeições – modelo esse adotado por
todos os players de mercado (Bob’s, Burguer King, Subway) que
entraram nessa indústria incentivados pelas práticas de negócios
do McDonald’s e o copiaram para seus negócios?
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"Não é o empregador que paga os 
salários: é o cliente."
Frederick Taylor
Módulo 04
Abordagem Clássica da Administração
Teoria Clássica da Administração
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A Teoria Clássica da Administração
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Origens
 A Teoria Clássica da Administração foi a segunda escola do
pensamento da administração como ciência. Surgiu na
França em 1916 e espalhou-se rapidamente por toda a
Europa.
 Também recebeu outras denominações: Escola
Normativista, Tradicionalista, Europeia, Anatomista
(estrutura) e Fisiologista (funcionamento).
 A Teoria Clássica da Administração, assim como a Escola da
Administração Científica, teve as suas origens nas
consequências geradas pelo avanço da Revolução
Industrial, porém, com as particularidades do contexto
europeu.
Ideias centrais
 A Teoria Clássica da Administração se caracterizou por seu
enfoque prescritivo e normativo. Prescreveu os elementos
da Administração (as funções do administrador) e os
“princípios gerais” (estruturação, padronização, normas,
comportamentos, aspectos disciplinares, visão) que todo
administrador deveria adotar em sua atividade.
 A ênfase da Teoria Clássica da Administração estava na
estrutura que a organização deveria ter paraser eficiente.
Com essa nova ênfase, essa escola do pensamento da
administração como ciência inaugurou uma abordagem
produtiva com visão focada na estrutura (anatomia) e na
parte funcional (fisiologista) da organização que
rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta
proposta pela Escola da Administração Científica.
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 A Teoria Clássica da Administração partiu de uma
abordagem sintética, global e universal para a empresa.
 Segundo essa escola, o ser humano é um ser fundamentado
em razões econômicas, racionais, conscientes e que, ao
tomar uma decisão, conhece todas as alternativas que
podem levar a atingir seus objetivos.
 A Teoria Clássica da Administração também defendeu a
Administração como ciência, mas uma ciência que deveria
se basear em leis ou em “princípios” (atualmente, o termo
mais próprio seria “fundamentos”, ou seja, “bases”, já que o
termo “princípios” denota uma verdade absoluta – fato que
não existe em Administração – em Administração tudo é
relativo, tudo depende do momento e da situação).
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Os “princípios” gerais da Administração
1. Divisão do trabalho: formação de grupos e especialização
dos indivíduos em suas tarefas para aumentar a eficiência
do trabalho.
2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de
dar ordens e o poder de esperar obediência. A
responsabilidade é uma consequência natural da
autoridade e significa o dever de prestar contas. Ambas
devem estar equilibradas entre si.
3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia,
comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.
4. Unidade de comando: cada empregado deve receber
ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade
única.
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5. Unidade de direção: uma direção e um plano para cada
conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo. A
organização deveria se mover com um objetivo comum e
harmônico para a mesma direção.
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os
interesses de uma pessoa ou de um grupo não poderiam
prevalecer sobre os interesses da organização como um
todo.
7. Remuneração pessoal: o pagamento deve ser justo e
deveria recompensar o bom desempenho. As recompensas
não-financeiras também deveriam ser utilizadas.
8. Centralização: concentração da autoridade no topo da
hierarquia da organização.
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9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão
mais alto ao mais baixo em função do princípio do comando.
10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
É a ordem material e humana.
11. Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do
pessoal.
12. Estabilidade do pessoal: a rotatividade do pessoal é
prejudicial para a eficiência da organização. A retenção dos
trabalhadores mais produtivos deveria ser uma prioridade
da Administração.
13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar
pessoalmente o seu sucesso. O administrador deveria
despertar no trabalhador a sua iniciativa.
14. Espírito de equipe: a harmonia e a união entre as pessoas
são grandes forças para a organização.
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A importância da Teoria Clássica da Administração para as
organizações da sua época
 Representou progresso e refinamento acentuado na forma
de pensar a empresa conforme foi proposto anteriormente
pela Escola da Administração Científica;
 Conscientizou que toda e qualquer organização necessitava
ser administrada profissionalmente, independente de ser
pública ou privada, de ser industrial ou prestadora de
serviços;
 Esclareceu a importância das empresas se estruturarem e
operarem como um sistema formal e organizado através de
uma estrutura hierárquica linear, configuração de
departamentos funcionais e divisão do trabalho;
 Normatizou e disciplinou comportamentos humanos;
121
 Padronizou processos, máquinas, equipamentos, tarefas e
materiais;
 Tornou relevante a visão e a ação dos administradores no
processo produtivo e no sucesso da empresa – os
administradores deveriam ter formação específica e serem
profissionais em seu trabalho.
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Principal autor
Jules Henri Fayol (1841 a 1925)
 Fayol nasceu em Constantinopla
(atual Istambul, Turquia), em
1841, e faleceu em Paris em 1925.
Sua família era de origem francesa
(o que lhe conferiu a
nacionalidade francesa). O seu
padrão de renda era burguês. Foi
educado no Liceu de Lion, na
França.
123
 Em 1860, Fayol graduou-se engenheiro de minas pela
Escola Nacional de Minas em Saint Étienne.
 Logo após a sua formatura, Fayol iniciou sua carreira
profissional na Commentry-Fourchambault Company, onde
trabalhou toda a sua vida profissional.
 De 1860 a 1866 trabalhou como engenheiro, fazendo
notáveis avanços na técnica de combate aos incêndios
subterrâneos que ocorriam na companhia que trabalhava.
Seu trabalho foi recompensado com a promoção a gerente
da empresa aos 25 anos. Seis anos mais tarde, com 31 anos,
foi promovido à gerente de um grupo de minas.
 Em 1888, a empresa estava em dificuldades e Fayol foi
nomeado diretor-geral.
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 Logo após assumir a direção-geral da empresa, Fayol iniciou
a revitalização da empresa. Fechou a fundição de
Fourchambault e centralizou a produção em Montluçon para
ganhar economia de escala.
 Fayol, em sua administração, adquiriu novos depósitos de
carvão em Bressac, Decazeville e Jondreville e fundou uma
nova empresa denominada Comambault. Conseguiu
recuperar a empresa da crise.
 Foi a partir da nova empresa que Fayol desenvolveu a sua
proposta teórica sobre Administração.
125
A obra de Fayol
 Certamente, Fayol foi o mais influente teórico da
abordagem clássica da Administração. Ele identificou a
Administração como um elemento básico de todo e
qualquer empreendimento humano.
 Fayol, assim como Taylor, buscava eficiência nas empresas
por meio da utilização de método científico.
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 Em 1916, Fayol publicou o
livro “Administração geral e
industrial”. Sua obra
fundamentou que uma
empresa para ser eficiente
deveria se estruturar através
de um processo
administrativo e se dividir em
funções básicas que
representariam áreas
funcionais da organização.
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 Enquanto Taylor, nos Estados
Unidos da América, buscou o
aumento da eficiência no nível
operacional, Fayol, na França,
fundamentou na sua teoria que
o aumento da eficiência só seria
possível com um melhor arranjo
dos diferentes setores da
organização e das relações
existentes entre eles,
enfatizando principalmente o
estudo da anatomia (estrutura)
e da fisiologia (funcionamento)
da organização como um todo.
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A harmonia e a união
do pessoas de uma
empresa são grande
fonte de vitalidade para
ela. É necessário, pois,
realizar esforços para
estabelecê-la.
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 Segundo Fayol, o processo administrativo era
fundamentado em cinco etapas iterativas e interativas,
respectivamente: previsão, organização, comando,
coordenação e controle. Vejamos a seguir cada etapa:
 Previsão: visualização e avaliação do futuro para traçar o
programa de ação que fosse o mais promissor para a
organização a partir do gerenciamento de um capital
inicial que a mantivesse em sua atividade-fim.
 Organização: mobilização dos recursos humanos e
materiais para transformar o plano em ação.
 Comando: direção e orientação das pessoas na execução
do trabalho com o objetivo de fazer a organização
funcionar como um todo e alcançar o máximo retorno de
todos os funcionários no interesse dos aspectos globais.
129
 Coordenação: união, harmonização e ligação de todos os
atos e de todos os esforços coletivos. Estabelece a
harmonia entre todas as atividades do negócio,
facilitando seu trabalho e o seu sucesso. Sincroniza
coisas e ações em suas proporções certas e adapta os
meios aos fins.
 Controle: verificação das ocorrências para a certificação
se as coisas estavam ocorrendo em conformidade com o
plano adotado e se as pessoas estavam cumprindo as
ordens dadas. O objetivo era identificar as falhas de
operação no sentido de retificá-los e evitar as
reincidências.130
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 Além do processo administrativo, Fayol defendeu que a
empresa deveria se estruturar em seis áreas funcionais
básicas:
 Funções técnicas: funções relacionadas com a produção
de bens ou serviços da organização. Segundo Fayol, a
função técnica nem sempre era a mais importante de
todas.
 Funções comerciais: funções relacionadas com a compra,
venda e permutação. Segundo Fayol, saber comprar e
vender era tão importante quanto fabricar bem.
 Funções financeiras: funções relacionadas com a procura
e gerência de capitais. Segundo Fayol, as finanças de
uma organização estavam envolvidas em todas as ações
da empresa, no pagamento de salários, na compra de
matéria-prima e na realização de melhorias.
131
 Funções de segurança: funções relacionadas com a
proteção e preservação de bens e de pessoas. Segundo
Fayol, era importante proteger os bens e as pessoas
contra roubo, incêndio, evitar greves, atentados.
 Funções contábeis: funções relacionadas com
inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
Segundo Fayol, era importante organizar e fiscalizar o
setor financeiro.
 Funções administrativas: funções relacionadas com a
integração de cúpula das outras cinco funções. Segundo
Fayol, as funções administrativas se realizavam através
da previsão, da organização, do comando, da
coordenação e do controle e tinham que formular o
programa de ação geral da organização, de constituir o
seu corpo social, de coordenar os esforços e de
harmonizar os atos. 132
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Críticas à Teoria Clássica da Administração
 Abordagem simplificada da organização: a empresa era
apenas um simples mecanismo em termos lógicos, formais,
rígidos e abstratos – não considerava o seu conteúdo
psicológico e social com a devida importância.
 Racionalismo e utilitarismo extremado na concepção da
Administração.
 Viu as empresas como um sistema fechado, não considerou
o ambiente de negócios, as necessidades e desejos dos
clientes, a integração com fornecedores, o movimento
estratégico dos concorrentes, etc.
133
 Mecanicismo: o homem era visto como mais um elemento
da máquina.
 Viu o homem apenas motivado a trabalhar pela necessidade
de dinheiro para viver (homo economicus).
 Excesso de centralização e de normas.
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Estudo de caso
Certificado de governança ajudará Petrobras em todos os
aspectos, diz Parente
Petrobras obteve certificação no Programa Destaque em Governança
de Estatais.
Site g1.globo.com, 08/08/2017.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou nesta
terça-feira (08/08/2017) que a estatal recebeu a certificação
no Programa Destaque em Governança de Estatais, concedida
pela B3 (antiga BM&FBovespa).
"Estamos fazendo um trabalho de aperfeiçoamento com os
objetivos de termos a melhor governança possível e evitar que
problemas do passado se repitam e ter no âmbito de prêmios
ou reconhecimentos públicos essa governança reconhecida é
muito bom", disse Parente, durante evento em São Paulo.
135
Segundo Parente, a Petrobras foi a primeira empresa pública
que deu entrada na B3 e recebeu reconhecimento no programa
de destaque, juntamente com o Banco do Brasil, o que "é
muito relevante para a empresa".
Questionado se esse certificado pode ajudar em termos
financeiros a estatal, Parente disse que ajudará em todos os
aspectos. "Sem dúvida nenhuma uma empresa que tenha uma
governança reconhecida por sinais públicos isso certamente
ajuda em todos os aspectos", afirmou.
Reestruturação pós Lava Jato
A Petrobras teve seu nome envolvido na Operação Lava Jato.
As investigações apontaram que os diretores da empresa
cobraram propina de empreiteiras para fechar contratos com a
estatal.
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Após o escândalo, a Petrobras mudou sua diretoria e vem
implementando uma série de ações de compliance para
convencer seus investidores de que atua de acordo com boas
práticas de governança.
* (o termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que
significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um
comando ou um pedido, ou seja, estar em “compliance” é estar em
conformidade com leis e regulamentos externos e internos)
A empresa é alvo de processos de investidores estrangeiros
que se dizem lesados pelas práticas de corrupção adotadas
pela empresa no passado.
Segundo comunicado enviado pela Petrobras ao mercado, a
estatal atendeu a todas as medidas obrigatórias do programa.
137
Entre as medidas citadas por Parente estão veto
de membros do governo e líderes sindicais no
Conselho de Administração e processo
transparente na contratação de gerentes. Outra
medida destacada por Parente foi a implantação
de um canal independente de denúncias com
garantia de anonimato.
"A certificação é mais um passo importante no
compromisso da Petrobras com a contínua
melhoria de sua governança corporativa, bem
como seu alinhamento às melhores práticas do
mercado", informou a estatal no comunicado.
A companhia se comprometeu ao longo dos
próximos anos a ter práticas de transparência na
governança e adotar todas as demais medidas do
programa até 2020. 138
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Questões do caso
1. A ênfase da Teoria Clássica da Administração estava na estrutura
que a organização deveria ter para ser eficiente. Como podemos
associar a proposta da Teoria Clássica da Administração com o
novo modelo de negócios adotado pela Petrobras?
2. Fayol identificou a administração como um elemento básico de
todo e qualquer empreendimento humano. A Petrobras, empresa
estatal e monopolizadora da prospecção, extração e produção de
petróleo no Brasil, passou por recentes problemas derivados de
intervenção do governo na gestão da empresa – o que representou
um desastre em termos de administração do negócio,
principalmente pela alocação política de gestores não
profissionalizados, não comprometidos e envolvidos com
corrupção. Como o novo modelo de negócios da Petrobras pode
ser associado aos fundamentos da teoria Clássica da
Administração? Comente comparando a ênfase na estrutura com a
necessidade de uma empresa cumprir regras de governança
corporativa.
139
3. Fayol fundamentou na sua teoria que o aumento da eficiência só
seria possível com um melhor arranjo dos diferentes setores da
organização e das relações existentes entre eles, enfatizando
principalmente o estudo da anatomia (estrutura) e da fisiologia
(funcionamento) da organização como um todo. Correlacione essa
ideia de Fayol com o novo modelo de negócios da Petrobras.
Identifique como os conceitos de anatomia e a fisiologia podem
ajudar a Petrobras renascer.
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Administrar é prever, organizar, 
comandar, coordenar e controlar.
Henri Fayol
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Módulo 05
Abordagem Humanística da Administração
Teoria das Relações Humanas e suas decorrências
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A Teoria das Relações Humanas
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 Com a Abordagem Humanística, a Teoria da Administração
passou por uma revolução conceitual: a transferência da
ênfase antes nas tarefas (pela Administração Científica) e na
estrutura organizacional (pela Teoria Clássica) para a ênfase
nas pessoas que trabalhavam ou que participavam nas
organizações.
 A Abordagem Humanística faz com que a preocupação com a
máquina, com o método de trabalho, com a organização formal
e com os princípios da administração (aspectos técnicos)
cedam prioridade para a preocupação com as pessoas e com os
grupos sociais (aspectos sociológicos e psicológicos).
 A Abordagem Humanística ocorre com a proposta da Teoria das
Relações Humanas, nos Estados Unidos da América, a partir da
década de 1930. Ela surgiu graças ao desenvolvimento das
ciências sociais, principalmente da psicologia e, em particular,
da psicologia do trabalho.
Origens
 A Teoria das Relações Humanas surgiu em 1927 nos Estados
Unidos da América, como consequência das conclusões da
“Experiência de Hawthorne”, desenvolvida por George Elton
Mayo e outros colaboradores importantes.
 A Teoria das Relações Humanas também recebeu outra
denominação: “Behaviorista” (do termo “behaviour”, que
traduzindo do inglêscorresponde ao termo
“comportamento”).
 Esta escola do pensamento da administração como ciência
surgiu graças ao desenvolvimento das ciências sociais,
notadamente da Psicologia e, em particular, da Psicologia
aplicada ao trabalho.
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Ideias centrais
 A então ênfase fundamentada na “tarefa” proposta pela
Escola da Administração Científica e a ênfase fundamentada
na “estrutura organizacional” proposta pela Escola Clássica
da Administração foram transferidas para a ênfase nas
“pessoas”.
 Inicialmente, se preocupou em analisar o trabalho para
adaptar o homem ao trabalho. Posteriormente, se
preocupou em adaptar o trabalho ao trabalhador.
 Corrigir a tendência de desumanizar o trabalho com a
aplicação de métodos científicos e precisos, que os
trabalhadores e os sindicatos passaram a ver como um meio
sofisticado de exploração a favor dos interesses patronais.
145
 Desenvolver uma “nova filosofia organizacional”, uma
civilização industrial, na qual a tecnologia e o método de
trabalho deveriam ser as preocupações básicas do
administrador.
 Enfatizar a complexidade do comportamento humano e
alertar que o homem era condicionado pelo seu meio.
 Fundamentar a ideia de que as pessoas têm necessidade de
segurança, afeto, prestígio, aprovação e auto realização, e
que elas são motivadas principalmente pelo
reconhecimento do seu trabalho e pela sua participação
relevante nas atividades de um determinado grupo.
 Classificar o trabalho como uma atividade tipicamente
grupal e que o operário não reagia como indivíduo isolado,
mas como um membro de um grupo social. Portanto, o ser
humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de
ser reconhecido, de receber adequada comunicação. 146
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 A tarefa básica da Administração é formar uma elite
intelectual capaz de entender e de comunicar através de
uma gerência democrática, persuasiva e cordial com todas
as pessoas participantes do sistema organizacional.
 Alertar que a Administração não se limita apenas a
processos, mas que as pessoas deveriam ser lideradas no
seu trabalho. A liderança deveria ser democrática: todas as
diretrizes deveriam ser debatidas em grupo e a participação
das pessoas, independente de hierarquia funcional, deveria
ser total.
 A organização para ser eficiente deveria ser humanizada.
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A importância da Teoria das Relações Humanas para as
organizações da sua época
 Com a Teoria das Relações Humanas, o pensamento
administrativo passou por uma “revolução conceitual”. A
preocupação com a máquina, com o método de trabalho, com a
organização formal e com os “princípios” da Administração
cedeu prioridade para a preocupação com as pessoas e com os
grupos sociais.
 Uma nova linguagem passou a dominar o vocabulário
organizacional: liderança, comunicação, motivação,
organização informal e dinâmica de grupo.
 Mostrou que o homem estava sendo “esmagado” pelo
desenvolvimento da industrialização.
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 Os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, divisão do
trabalho, estruturação por áreas funcionais e “princípios
gerais” de Administração passaram a ser contestados.
 O método e a máquina perderam a primazia para a dinâmica de
grupo.
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150
Principal autor
George Elton Mayo
 Mayo nasceu em Adelaide,
Austrália, em 1880, e faleceu em
1949.
 Mayo era graduado em Lógica,
Filosofia e Medicina.
 Nos Estados Unidos da América,
Mayo trabalhou para várias
instituições, inclusive na Escola de
Administração de Negócios da
Universidade de Harvard, onde
produziu as suas principais obras.
Um trabalhador feliz 
é um trabalhador 
produtivo. 
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 Enquanto outros estudiosos da ciência da Administração
abordaram técnicas empregadas em produção e
estruturação dos empreendimentos, Mayo realçou os
aspectos sociológicos da Administração.
A experiência de Hawthorne
A primeira fase da experiência de Hawthorne
 Em 1927, na fábrica da Western Eletric Company, Mayo
coordenou uma experiência com o objetivo inicial de
estudar a relação entre a intensidade de iluminação e a
eficiência dos operários, tendo a produtividade como
medida para a avaliação.
 Também foi estudada a fadiga, o nível de acidentes, o
turnover (rotação, rodízio) no trabalho e o efeito das
condições de trabalho sobre a produtividade com o objetivo
de verificar o rendimento dos operários.
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 Foram selecionados dois grupos de operários que faziam o
mesmo trabalho e em condições idênticas. Um grupo – o
experimental – trabalhou com intensidade da luz variável e outro
– o grupo de controle – com intensidade da luz de constante.
 Os observadores não encontraram correlação direta entre ambas
as variáveis, mas verificaram a existência de um “fator
psicológico”: os operários aumentavam ou diminuíam a
produção de acordo com o aumento ou diminuição da
intensidade de luz.
 Comprovou-se este fator quando foi feita uma troca por
lâmpadas de mesma potência, fazendo os operários acreditar
que também tivesse havido mudança na intensidade de luz. A
produção variava de acordo com a luminosidade com a qual os
operários acreditavam estar trabalhando.
 Concluiu-se que o fator psicológico prevaleceu sobre o
fisiológico.
153
154
A segunda fase da experiência de Hawthorne
 Ainda em 1927, a partir das descobertas dos estudos de
iluminação, a experiência passou a verificar a influência de
fatores como mudanças nas condições de trabalho, tais
como: redução de horário, período de descanso e lanche e
seus impactos na produtividade.
 Foram selecionados dois grupos de operários que faziam o
mesmo trabalho e em condições idênticas. Um grupo – o
experimental – era composto de seis moças e foi separado
numa sala especial, retirado da linha de montagem regular,
de modo que os comportamentos pudessem ser
sistematicamente estudados. Foi destacado um novo
supervisor para esse grupo. O outro grupo – o grupo de
controle – composto pelo restante do departamento,
manteve as mesmas condições de trabalho que mantinham
anteriormente.
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 Ao final dessa fase, os pesquisadores concluíram que as
moças do grupo experimental gostavam mais do trabalho
naquela nova situação porque a supervisão era mais
branda, o que permitiu um trabalho com menos ansiedade e
com mais liberdade. Além disso, o ambiente era mais
amistoso devido elas não terem medo do supervisor, o que
aumentava a satisfação com o trabalho.
155
A terceira fase da experiência de Hawthorne
 Entre 1928 e 1930, foram entrevistados 21.126 funcionários do
total de 40.000 que trabalhavam na fábrica da Western Eletric
Company. Buscou-se verificar as relações humanas no trabalho
por meio de um programa de entrevistas para conhecer as
atitudes e os sentimentos dos funcionários sobre o trabalho.
 O programa de entrevistas permitia que os funcionários
opinassem livremente, sem que o assunto fosse dirigido pelo
entrevistador ou que fosse seguido algum roteiro previamente
estabelecido. O programa revelou a existência de uma
organização informal dos funcionários, em que existiam lealdade
e liderança de certos funcionários em relação ao grupo. Quando
um determinado funcionário dividia a sua lealdade entre o grupo
e a empresa gerava conflito, tensão, inquietação e
descontentamento.
 Para estudar esse fenômeno, desenvolveram a quarta fase da
experiência. 156
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A quarta fase da experiência de Hawthorne
 Em 1931, assim como na segunda fase, foi separado em uma sala
especial um grupo que foi observado e entrevistado regularmente
com o objetivo de estudar a relação entre organização informal dos
funcionários e a organização formal da empresa.
 Foram selecionados 14 funcionários para uma experiência. Foram
todos colocados numa sala separada dos demais da linha de
montagem.
 Observando os funcionários, logo ficou evidente que qualquer que
fosse a determinação da alta Administração, o grupo tinha a sua
própria opinião sobre as quantidades que deveria produzir. O
princípio fundamental do grupo era que ninguém deveria trabalhar

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