Buscar

Atribuições do Enfermeiro no Programa da Hanseníase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- ESCON - 
ESCOLA DE CURSOS ONLINE 
CNPJ: 11.362.429/0001-45 
Av. Antônio Junqueira de Souza, 260 - Centro 
São Lourenço - MG - CEP: 37470-000 
 
 
 
 
 
MATERIAL DO CURSO 
 
HANSENÍASE 
 
 
 
APOSTILA 
 
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA DA 
HANSENÍASE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA DA HANSENÍASE 
 
 Avaliar o estado de saúde da pessoa por meio da consulta de 
enfermagem. 
 Identificar os principais fatores ambientais que possam proporcionar 
riscos de adoecimento do indivíduo. 
 Realizar a busca ativa dos casos, ou seja, identificar na comunidade as 
pessoas que tenham sinais e sintomas da doença para que sejam investigadas 
e tratadas caso tenham o diagnóstico confirmado. 
 Realizar busca aos faltosos do programa. 
 Gerenciar as ações de assistência de enfermagem. 
 Fazer previsão e requisição de medicamentos do programa. 
 Realizar a coleta de material para exame laboratorial. 
 Aplicar técnicas simples de prevenção de incapacidades. 
 Aplicar o tratamento. 
 Identificar e encaminhar os pacientes com reações aos medicamentos. 
 Solicitar exames para confirmação do diagnóstico. 
 Prescrever os medicamentos conforme as normas e protocolos 
estabelecidos. 
 
TRATAMENTO POLIQUIMIOTERÁPICO – PQT 
 
O tratamento específico da hanseníase, recomendado pela Organização 
Mundial de Saúde - OMS e preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil é a 
poliquimioterapia – PQT, uma associação de Rifampicina, Dapsona e 
Clofazimina, na apresentação de blíster. Essa associação diminui a resistência 
medicamentosa do bacilo que ocorre, com frequên-cia, quando se utiliza 
apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença. É administrada 
através de esquema padrão, de acordo com a classificação operacional do 
doente: PB e MB. 
A informação sobre a classificação operacional do doente é fundamental para 
se selecionar o esquema de tratamento adequado ao seu caso. Para crianças 
com hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema padrão é ajustada de 
acordo com a idade e peso. Já no caso de pessoas com intolerância a um dos 
 
 
medicamentos do esquema padrão, são indicados esquemas substitutivos. A 
alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizado 
pelo esquema terapêutico, dentro do prazo recomendado. O tratamento da 
hanseníase é ambulatorial, utilizando os esquemas terapêuticos padroniza-dos. 
O tratamento é eminentemente ambulatorial e está disponível em unidades 
públicas de saúde. A PQT mata o bacilo e evita a evolução da doença, levando 
à cura. O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas, rompendo a 
cadeia epidemiológica de transmissão da doença. Dessa forma, a transmissão 
da doença é interrompida logo no início do tratamento, que quando realizado 
de forma completa e correta, garante a cura da doença. 
 
ESQUEMAS TERAPÊUTICOS 
 
Os esquemas terapêuticos deverão ser utilizados de acordo com a 
classificação operacional. 
Esquemas terapêuticos utilizados para Paucibacilar: 6 cartelas 
Adulto 
Rifampicina (RFM): dose mensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com 
administração supervisionada. 
Dapsona (DDS): dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 
100mg autoadministrada. 
Criança 
Rifampicina (RFM): dose mensal de 450mg (01 cápsula de 150mg e 01 cápsula 
de 300mg) com administração supervisionada. 
Dapsona (DDS): dose mensal de 50mg supervisionada e dose diária de 50mg 
autoadministrada. 
Duração: 06 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada. 
 
 
 
Critério de alta: o tratamento estará concluído com seis (06) doses 
supervisionadas em até 09 meses. Na 6ª dose, os pacientes deverão ser 
submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do 
grau de incapacidade física e receber alta por cura. 
 
ESQUEMAS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS PARA MULTIBACILAR: 12 
CARTELAS 
 
Adulto 
Rifampicina (RFM): dose mensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com 
administração supervisionada. 
Dapsona (DDS): dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária de 
100mg autoadministrada. 
Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300mg (03 cápsulas de 100mg) com 
administração supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada. 
Criança 
Rifampicina (RFM): dose mensal de 450mg (01 cápsula de 150mg e 01 cápsula 
de 300mg) com administração supervisionada. 
Dapsona (DDS): dose mensal de 50mg supervisionada e uma dose diária de 
50mg autoadministrada. 
Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150mg (03 cápsulas de 50mg) com 
administração supervisionada e uma dose de 50mg autoadministrada em dias 
alternados. 
Duração: 12 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada. 
Critério de alta: o tratamento estará concluído com doze (12) doses 
supervisionadas em até 18 meses. Na 12ª dose, os pacientes deverão ser 
submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do 
grau de incapacidade física e receber alta por cura. 
 
 
 
Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, 
com presença de lesões ativas da doença, no final do tratamento preconizado 
de 12 doses (cartelas) deverão ser encaminhados para avaliação em serviço 
de referência (municipal, regional, estadual ou nacional) para verificar a 
conduta mais adequada para o caso. 
 
Notas: 
 
a) A gravidez e o aleitamento não contraindicam o tratamento PQT padrão 
b) Em mulheres na idade reprodutiva, deve-se atentar ao fato que a rifampicina 
pode interagir com anticoncepcionais orais, diminuindo a sua ação. 
c) Em crianças ou adultos com peso inferior a 30kg, ajustar a dose de acordo 
com o peso conforme quadro a seguir: 
Esquemas terapêuticos utilizados para crianças ou adultos com peso inferior a 
30kg. 
 
 
 
d) Nos casos de hanseníase neural pura, o tratamento com PQT dependerá da 
classificação (PB ou MB), conforme avaliação do centro de referência; além 
disso, faz-se o tratamento adequado do dano neural. 
e) Os pacientes deverão ser orientados para retorno imediato à unidade de 
saúde, em caso de aparecimento de lesões de pele e/ou de dores nos trajetos 
 
 
dos nervos periféricos e/ou piora da função sensitiva e/ou motora, mesmo após 
a alta por cura. 
f) Quando disponíveis, os exames laboratoriais complementares como 
hemograma, TGO, TGP e creatinina poderão ser solicitados no início do 
tratamento para acompanhamento dos pacientes. A análise dos resultados 
desses exames não deverá retardar o início da PQT, exceto nos casos em que 
a avaliação clínica sugerir doenças que contra indiquem o início do tratamento. 
 
ESQUEMAS TERAPÊUTICOS SUBSTITUTIVOS 
 
A substituição do esquema padrão por esquemas substitutivos deverá 
acontecer, quando necessária, sob orientação de serviços de saúde de 
referência (municipal, regional e/ou estadual). 
 
RECIDIVA 
 
É considerado um caso de recidiva aquele que completar com êxito o 
tratamento PQT e que, depois, venha, eventualmente, desenvolver novos 
sinais e sintomas da doença.Os casos de recidiva em hanseníase são raros em 
pacientes tratados regularmente, com os esquemas poliquimioterápicos 
preconizado. Geralmente, ocorrem em período superior a 5 anos após a cura, 
sendo seu tratamento realizado nos serviços de referência (municipal, regional, 
estadual ou nacional). 
Nos paucibacilares, muitas vezes é difícil distinguir a recidiva da reação 
reversa. No entanto, é fundamental que se faça a identificação correta da 
recidiva. Quando se confirmar uma recidiva, após exame clínico e 
baciloscópico, a classificação do doente deve ser criteriosamente reexamina-da 
para que se possa reiniciar o tratamento PQT adequado. 
Nos multibacilares, a recidiva pode manifestar-se como uma exacerbação 
clínica das lesões existentes e com o aparecimento de lesões novas. Quando 
se confirmar a recidiva, o tratamento PQT deve ser reiniciado.CRITÉRIOS CLÍNICOS PARA A SUSPEIÇÃO DE RECIDIVA 
 
O diagnóstico diferencial entre reação e recidiva deverá ser baseado na 
associação de exames clínico e laboratoriais, especialmente, a baciloscopia, 
nos casos MB. Os casos que não responde-rem ao tratamento proposto para 
os estados reacionais deverão ser encaminhados a unidades de referência 
para confirmação de recidiva. 
Os critérios clínicos, para o diagnóstico de recidiva, segundo a classificação 
operacional são: 
Paucibacilares (PB) – paciente que, após alta por cura, apresentar dor no 
trajeto de nervos, novas áreas com alterações de sensibilidade, lesões novas 
e/ou exacerbação de lesões ante-riores, que não respondem ao tratamento 
com corticosteróide, por pelo menos 90 dias; pacientes com surtos reacionais 
tardios, em geral, cinco anos após a alta. 
Multibacilares (MB) – paciente que, após alta por cura, apresentar: lesões 
cutâneas e/ou exacerbação de lesões antigas; novas alterações neurológicas, 
que não respondem ao trata-mento com talidomida e/ou corticosteróide nas 
doses e prazos recomendados; baciloscopia positiva; ou quadro clínico 
compatível com pacientes virgens de tratamento; pacientes com surtos 
reacionais tardios, em geral, cinco anos após a alta; aumento do índice 
baciloscópico em 2+, em qualquer sítio de coleta, comparando-se com um 
exame anterior do paciente após-alta da PQT (se houver) sendo os dois 
coletados na ausência de estado reacional ativo. 
Apesar da eficácia comprovada dos esquemas PQT, a vigilância da resistência 
medi-camentosa deve ser iniciada. Para tanto, as unidades de referência 
devem encaminhar coleta de material de casos de recidiva confirmada em 
multibacilares, com recidiva confirmada aos centros nacionais de referência 
que realizam essa vigilância. 
 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE INCAPACIDADES FÍSICAS 
 
A principal forma de prevenir a instalação de deficiências e incapacidades 
físicas é o diagnós-tico precoce. A prevenção de deficiências (temporárias) e 
 
 
incapacidades (permanentes) não deve ser dissociada do tratamento PQT. As 
ações de prevenção de incapacidades e deficiências fazem parte da rotina dos 
serviços de saúde e recomendadas para todos os pacientes. 
 
A avaliação neurológica deve ser realizada: 
 
 No início do tratamento; 
 A cada 3 meses durante o tratamento, se não houver queixas; 
 Sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, 
fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas; 
 No controle periódico de pacientes em uso de corticóides, em estados 
reacionais e neurites; 
 Na alta do tratamento; 
 No acompanhamento pós-operatório de descompressão neural, com 15, 
45, 90 e 180 dias. 
 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS 
 
A Hanseníase está fortemente relacionada à condições econômicas, sociais e 
ambientais desfavoráveis, exibe distribuição heterogênea no país, com 
elevadas concentrações nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e registro 
de casos novos em todas as Unidades Federadas. Sua alta endemicidade 
compromete a interrupção da cadeia de transmissão. Além disso, soma-se a 
estes fatores a dificuldade de acesso à rede de serviços de saúde pelas 
populações mais vulneráveis, tornando-se imprescindível a incorporação de 
ações estratégicas que visam garantir o atendimento integral e minimizar o 
sofrimento das pessoas acometidas pela doença. 
O Boletim Mundial Epidemiológico sobre a doença, publicado em setembro de 
2017 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informa que 143 países e 
territórios reportaram casos da doença em 2016. Do total de 214.783 casos 
novos informados, o Brasil ocupou a segunda posição com 25.218 (11,7%) e a 
Índia, com 135.485 (63%) do total de casos novos. 
 
 
 
Em 2016, o país registrou 25.218 casos novos de hanseníase, perfazendo uma 
taxa de detecção geral de 12,23 por 100.00 habitantes (alta edemicidade). Do 
total de casos novos registrados, 1.696 (6,72%) foram diagnosticados em 
menores de 15 anos, sinalizando focos de infecção ativos e transmissão 
recente. 
A taxa de grau 2 de incapacidade física estima a transcendência da doença e 
sinaliza a condição de acesso e de diagnóstico precoce da doença. Em 2016 
essa incapacidade ocorreu em 1.736 casos novos. 
Entre os indicadores operacionais, a investigação de contatos é uma ação de 
vigilância epidemiológica essencial ao diagnóstico precoce e a interrupção da 
cadeia de transmissão da doença. Em 2016 o percentual de examinados 
dentre os contatos domiciliares dos casos novos registrados nos anos das 
coortes, foi de 77,6%, considerado regular. O percentual de cura de casos 
novos de hanseníase nos anos das coortes revela a capacidade dos serviços 
de saúde de acompanhar os pacientes ao longo do tratamento. O resultado 
desse indicador em 2016 foi 81,8%, considerado regular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto: 
ESCON - Escola de Cursos Online 
Proibida a reprodução total ou parcial sem permissão expressa da ESCON. (Lei 9.610/98)

Continue navegando