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ISS Ibet Módulo 1

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Módulo Incidência e Crédito Tributário
SEMINÁRIO VI – ISS
Questões
1.	Construa a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do ISS.
R= A RMIT do ISS é constituída pelos seguintes critérios: 1 Espacial – Município onde houve a prestação do serviço; 2 Temporal – Momento em que houve o fato gerador, prestação do serviço; 3 Material – Prestação de serviços estipulados no rol taxativo anexo à Lei Complementar n. 116/2003; 4 Critério quantitativo – base de cálculo e alíquota, sendo a primeira o valor do serviço prestado e a segunda, a alíquota estipulada pelo código municipal, respeitando o máximo de 5% e mínimo de 2%; 5 Pessoal – Sujeito ativo e passivo, sendo município e o prestador do serviço, respectivamente. 
2.	Há um conceito constitucional de “prestação de serviço tributável por meio do Imposto sobre Serviços”? Para fins de definição da materialidade tributável por meio do ISS, é possível afirmar que o constituinte adotou os conceitos de “contrato de prestação de serviço” e de “obrigação de fazer” do Direito Civil (em oposição ao conceito de “obrigação de dar”)? Ou seria necessário afirmar que essa dicotomia está superada e o que deve ser adotado para a definição dessa materialidade é o chamado “conceito econômico de serviços”? Vide o voto do Ministro Relator Celso de Mello no julgamento do RE 446.003 AgR/PR, a Súmula Vinculante n.º 31 do STF e a ementa do RE 651.703/PR.
R= Sim! A partir da edição da SV 31 STF, a suprema corte explanou o entendimento da nomenclatura “prestação de serviço tributável por meio do ISSQN”, entendendo que os serviços tributáveis advém de uma obrigação de fazer”.
3. Com relação à lista de serviços anexa à Lei Complementar n. 116/03, pergunta-se:
	a) Qual é o seu papel na definição da materialidade tributável por meio do ISS? Essa lista é taxativa, exemplificativa ou extensiva?
R= Para o STF, a lista anexa à LC nº 116/03 tem caráter taxativo. Porém, a suprema corte admitiu que, nos casos de serviços congêneres, pode-se haver uma interpretação extensiva. Sendo assim chega-se a conclusão de que a lista em si não tem função estritamente taxativa, pois permite interpretação quanto aos serviços entendidos como congêneres ao que consta na lista anexa à LC.
	b) Lei Municipal pode prever a cobrança de ISS sobre prestação de serviço que não conste nessa lista?
R= Conforme o entendimento do STF a respeito da possibilidade de extensão à serviços congêneres, há possibilidade de Lei Municipal estipular a incidência de ISS sobre serviços que não constem na lista anexa à LC nº 116/03. Porém, tais serviços devem ser congêneres aos que consta na supracitada lista.
	c) A Lei Complementar n.º 157/2016 ampliou a competência tributária dos Municípios ao incluir novas atividades na lista? É constitucional a inclusão de novas atividades? Os Municípios são obrigados a alterar suas leis municipais para poder tributar essas novas atividades ou é possível iniciar essa tributação com fundamento direto na nova lista da LC n.º 116/2003? Justifique (vide anexos I, II e III).
R= a LC 157/2016 ampliou a competência tributária dos Municípios em razão da ampliação dos serviços tributáveis por ISS. É constitucional por respeitar a necessidade de Lei Complementar. Os Municípios devem alterar suas leis para poder tributar os serviços, em razão de deterem a competência do tributo.
4.	Analise os fatos jurídicos seguintes, identificando e fundamentando quais são passíveis de incidência do ISS: (i) serviços notariais (vide anexo IV e V); (ii) restaurantes (vide anexo VI); (iii) disponibilização de quarto ou apartamento próprio para aluguel por temporada em site especializado em turismo; ; (iv) estudo, análise e avaliação realizadas por instituições financeiras para abertura e concessão de crédito; (v) franquia ou franchising; (vi) locação de bem móvel com operador (vide anexo VII); (vii) participação em programa de fidelidade que oferece descontos na aquisição de ingressos para shows; ; e (viii) carga e descarga realizada diretamente pelo transportador em caso de transporte interestadual e intermunicipal (anexo VIII); (ix) disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet (tais como Netfix e Spotify); (x) cessão de andaimes, palcos, coberturas e estruturas de uso temporário. 
R= Os serviços acima passíveis de ISS são: 1 – O entendimento pacificado pelo STF é de que os cartórios, por visarem lucro em sua atividade, não se beneficiam de imunidade recíproca; 3 – Em que pese a existência da Súmula Vinculante nº 31 do STF, há o entendimento jurisprudencial de que as locações por temporada, como é o caso informado no exemplo, são passíveis de ISS; 4 – Cabe ISS ao serviço citado, realizado por instituições financeiras, por ser serviço estipulado na lista anexa à LC 116/03; 5 – Franquia cabe ISS em razão da lista anexa à LC 116/03; 6 – No caso específico da locação de bem móvel com operador, há incidência de ISS; 9 – Cabe o ISS nos serviços de streaming onde só se disponibiliza o acesso ao conteúdo, mas não se detém o conteúdo das plataformas; 10 – Cabe o ISS nos aluguéis dos itens informados, conforme a LC 116/03.
5.	A prestação de serviços cumulada com o fornecimento de produtos está sujeita ao ISS, ao ICMS ou a ambos? Pode o fisco segregar as operações para fins de incidência tributária? Qual a base de cálculo do ISS nesses casos? (Vide anexo IX, X, XI, XII).
R= Deverá ser verificado cada caso, a depender do da finalidade do serviço/produto. Caso o serviço esteja classificado nas LCs que determinam os serviços específicos e seus congêneres, deve ser incidido o ISSQN, inclusive englobando na base de cáculo o valor do produto incluso no serviço. Não pode o fisco segregar as operações. A base de cálculo do ISS é o valor do serviço, acrescido do valor de produtos que podem estar englobados neste serviço prestado.
6.	Tendo em vista a previsão do art. 12 do Decreto-lei n. 406/68 e do art. 3º da Lei Complementar n. 116/03, bem como a jurisprudência do STJ, pergunta-se:
	a) Onde é devido ISS: (i) no local do estabelecimento prestador; ou (ii) no local da efetiva prestação do serviço? Vide anexo XIII, XIV).
R= Segundo precedente do STJ, o ISSQN é devido no estabelecimento prestador.
	b) Que é estabelecimento para fins de ISS? Há algum requisito formal? Se um prestador de serviço (pessoa jurídica), sediada em Município X, aloca alguns poucos funcionários em uma pequena sala, situada um Município Y, sem qualquer inscrição perante órgãos públicos, pode o Município Y considerar que há estabelecimento prestador para fins de exigência de ISS? E se esses funcionários atuarem, por dois anos, dentro da sede de um cliente específico, situado no Município Y, o estabelecimento em tal Município ficaria configurado? 
R= O estabelecimento para fins do ISSQN é o local onde o prestador de serviço possui seu acúmulo de bens que possibilitem o desempenho do serviço em questão, podendo ser filial ou sede. Pode o município considerar que há estabelecimento, mesmo que a falta de inscrição vá ensejar certo problema na cobrança do ISSQN. No caso do serviço prestado no estabelecimento sede do cliente, não deve ser considerado como estabelecimento do prestador de serviço.
7.	Prevê o §1º do art.1º da LC 116/03 que (vide anexos XV e XVI): “§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País”. Considere o seguinte caso:
	Uma empresa de arquitetura, domiciliada na França, é contratada por um empresário brasileiro, residente no Rio de Janeiro, para realizar o projeto de sua nova casa, em Angra dos Reis. 
	Pergunta-se: Há importação de serviço? Em caso positivo, para qual Município será devido o ISS? Justifique e fundamente sua resposta.
R= Sim! Seguindo o disposto no art. 3º da LC 116/03, é possível que o imposto devido seja cobrado no local do tomador para serviços que sejam provenientes do exterior do país.	
8.	Qual é a base de cálculo do ISS? O que pode ser considerado como “preço do serviço”? Apenasos materiais fornecidos pelo prestador de serviço de construção civil podem ser deduzidos da base de cálculo ou qualquer outro valor que não corresponda à remuneração pela prestação do serviço também pode ser deduzido? Justifique suas respostas.
R= Conforme disciplina o art. 7º da LC 116/03, a base de cálculo é o preço do serviço, entendo-se como este o valor cobrado pela sua prestação. Porém, nem todo valor recebido a título de preço do serviço deve ser tributado, uma vez que determinadas parcelas, não só no caso da construçao civil, acabam por não ingressar como valor do serviço, mas sim, como apenas pagamento de insumos e produtos necessários à realização deste serviço. Tais parcelas de valores devem ser excluídas da base de cálculo do ISSQN se comprovadas como apenas pagamento de custos.

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