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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PONCHE VERDE NOME: _____________________________ TURMA: ______ PROFESSORA: JOICE LOPES AULA REMOTA/ENSINO RELIGIOSO EU E OS OUTROS NOVO TEMPO No novo tempo, apesar dos castigos Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer No novo tempo, apesar dos perigos Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver Pra que nossa esperança seja mais que vingança Seja sempre um caminho que se deixa de herança No novo tempo, apesar dos castigos De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer No novo tempo, apesar dos perigos “[...] O que você sabe de fato, sobre o que se passa na mente de outra pessoa? A única coisa que você observa com clareza são os corpos dos outros seres vivos, incluindo as pessoas. Você vê o que eles fazem, ouve o que dizem e os outros sons que produzem, e observa o modo como respondem ao ambiente que os cerca, que tipo de coisas os atrai e os repele, o que comem, e assim por diante. Você pode também abrir o corpo de outros seres vivos e examiná- los por dentro, talvez até comparar a anatomia deles com a sua. Mas nada disso lhe dará acesso direto às experiências, pensamentos e sentimentos que eles têm. A única experiência que você pode ter, na verdade, é a sua própria: se acredita que existe alguma vida espiritual nas outras pessoas, essa crença baseia-se na sua observação do comportamento e da constituição física delas. Citemos um exemplo simples: quando você e um amigo estão tomando sorvete de chocolate, como saber se o sorvete tem o mesmo sabor para ele que tem para você? Você pode provar o sorvete dele, mas, se tiver o mesmo gosto que o seu, isso significa apenas que para você o sabor é o mesmo: não quer dizer que experimentou o sabor que tem para ele. Ao que parece, não há como comparar diretamente as duas experiências de sabor”. Thomas Nagel. Uma Breve Introdução à Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007. De todos os pecados, de todos os enganos, estamos marcados Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver No novo tempo, apesar dos castigos Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer No novo tempo, apesar dos perigos A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver Ivan Lins Quando se trata de contentamento, o texto anterior serve para mostrar que cada ser humano tem a sua maneira de perceber e de sentir os fatos e os fenômenos que lhe afeta. O contentamento, como virtude, deveria ser um sentimento que se compartilha com todas as pessoas. No entanto, muitas dessas pessoas sequer sabem reconhecer uma manifestação espontânea de contentamento. Se alguém está contente, um motivo deve existir. E você? O que te proporciona contentamento? A manifestação de contentamento das pessoas incomoda você? Já observou alguma situação em que a sua manifestação de contentamento incomodou alguém? Por que será que certas coisas acontecem? Na ausência de melhores respostas para esse dilema do cotidiano, vamos analisar este fragmento de texto. Podemos, portanto, chegar à conclusão de que nenhum ser humano tem condições de julgar outro pelas aparências. O contentamento aparente pode ser bom ou ruim. O que se esconde por detrás de um sorriso, pode ser dor disfarçada de contentamento. “O único exemplo da correlação entre mente, comportamento, anatomia e ocorrências físicas que você já observou diretamente é você mesmo. Mesmo que as outras pessoas e os animais não tivessem nem uma única experiência, nenhuma vida mental interior, mas fossem apenas máquinas biológicas sofisticadas, ainda assim teriam para você exatamente a mesma aparência. Então, como você sabe que os seres à sua volta não são todos robôs destituídos de mente? Você jamais viu o interior da mente deles – nem poderia -, e o comportamento físico que apresentam poderiam ser produzidos por causas meramente físicas. Talvez seus parentes e seus vizinhos, seu gato e seu cachorro não tenham nenhuma experiência interna. E, se não têm, você não terá como saber. Você nem sequer pode recorrer ao modo como se comportam, nem ao que eles dizem, pois isso seria admitir que neles, como em você, o comportamento externo está ligado à experiência interna; e é precisamente isso que você não sabe”. Thomas Nagel. Uma breve Introdução à Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.