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INTENSIVO II – Direito Tributário – Eduardo Sabbag – 27.07.2012 - Anotado por Karina Yagi INTENSIVO II Disciplina: Direito Tributário Prof. Eduardo Sabbag Data: 27.07.2012 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA Índice 1. Anotações de aula 2. Simulados 1. ANOTAÇÕES DE AULA Aula 01 Estudo do CTN: Leitura importante: A partir do art. 96, alguns artigos relevantes na 1º centena. Estudos importantes: Decorrar os artigos: "1. Fenômeno da Incidência Tributária: Pastas no site: linha do tempo e mega simulado. FENÔMENO DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA: A relação jurídico-tributária se desenrola por meio de uma sucessão lógica e cronológica de acontecimen- tos. O ponto de partida será a chamada “hipótese de incidência”, que indica uma situação vocacionada à deflagrar o fenômeno da incidência tributária. Este será exigível no âmbito da cobrança administrativa, que, frustrada, deflagrará a sucessiva cobrança judicial do tributo. O que era exigível será transformado em algo exeqüível no âmbito do exercício da pretensão executória estatal, à luz de uma execução fiscal proposta. Com efeito, a HI localiza-se no plano da abstração (dos valores jurídicos), sendo dotada de hipoteticidade e tributabilidade. Vale dizer que o Legislador escolhe situações vocacionadas à incidência do tributo, que são revestidas de tributabilidade Ex. auferir renda; circular mercadorias; transmitir bens; entre outros. Observe que o fenômeno vem pre- visto em um verbo no infinitivo, além de demonstrar situações que se abrem ao fenômeno tributário, uma vez indicadoras de signos presuntivos de riqueza do contribuinte. Note que HI não deflagra concretamente o dever de pagar, mas apenas o prevê como um mode- lo/”standart”/arquétipo legal. INTENSIVO II – Direito Tributário – Eduardo Sabbag – 27.07.2012 - Anotado por Karina Yagi Quando se materializa aquilo que se previu, no plano da lógica, não teríamos mais uma hipótese. Nessa medida, o “mundo dos valores” cede passo ao “mundo da realidade”, ou seja, o plano abstrato é substitu- ído pelo plano concreto ou fático. Note que a hipoteticidade prévia dá lugar a uma faticidade conseqüente. No momento em que um fato se adapte À Hipótese Tributária, algumas conseqüências surgirão: 1. Este fato, recortado do plano fenomênico passa a ser chamado de “fato gerador” (fato imponível, fato jurígeno ou fato jurídico tributário). Ocorre o famoso fenômeno da subsunção tributária. Trata-se daquele encontro do fato com a hipótese, único responsável pelo nascimento da obrigação tributária. Nessa medida, a OT surge com o FG, ou seja, a partir da subsunção tributária. Assim, o FG pressupõe a HI, mas pode haver HI sem ter FG. Infelizmente, o legislador do CTN não utiliza a expressão “Fato Gerador”, muitas vezes, com a precisão lingüística supramencionada. Assim, onde se lê fato gerador, será possível ler hipótese de incidência. Ex. 1: Art. 4º do CTN: a natureza jurídica do tributo é legalmente determinada, o legislador poderia ser definido de HI. Ex. 2: Art. 97, III do CTN: a definição do fato gerador, sendo legal e abstrata, quer indicar a própria hipó- tese de incidência. Ex. 3: art. 118 do CTN: se um dispositivo segundo o qual a definição legal do FG (com maior rigor, da HI) será interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos e dos efeitos dos fatos. Daí se tributar a renda proveniente do ilícito (jogo do bicho, lemocínio) à luz da máxima latina “pecunia no ollet”, segundo a qual prevalecerá no fenômeno da incidência a interpretação economicamente objeti- va do FG. Vale dizer que a capacidade tributária passiva é plena (art. 126 caput), desconsiderando-se quaisquer aspectos externos à HI e, verdadeiramente, típicos do mundo dos fatos: ilicitude do ato, incapacidade civil, irregularidade na constituição formal da PJ, etc. No plano doutrinário, o FG é extratificado em vários aspectos: a) Aspecto material: a situação abstratamente legal que pode deflagrar o fenômeno da incidência tributá- ria. b) Aspecto temporal: é o momento em que o FG considera-se realizado. É extremamente irrelevante para a aplicação do princípio da irretroatividade tributária, art. 150, §3 A Constituição Federal, segundo o qual a lei tributária detendo vigência prospectiva, deverá ser anterior aos fatos geradores aos quais ela se re- fere. Em outras palavras, conhecendo o momento do FG será conhecida a lei a ser utilizada. c) Aspecto espacial: refere-se ao local a que se considera ocorrido o FG. Tal aspecto é extremamente re- levante para se determinar qual será a entidade política detentora do poder de exigir o tributo, à luz das normas de competência tributária. Ex. paga-se IPTU para um município, e não para outro, quando se mostram limítrofes, pela forma demarcadora do aspecto espacial do FG. d) Aspecto pessoal: o aspecto pessoal se liga aos entes credor e devedor da obrigação tributária, respec- tivamente, o sujeito ativo e o sujeito passivo. e) Aspecto quantitativo: trata-se do aspecto dimensional do FG, capaz de fornecer o “quantum debeatur”, ou seja, o quanto se deve pagar. É fácil perceber que este aspecto depende de dois elementos que con- frontados no plano aritmético indicarão o tributo devido: alíquota e base de cálculo.Lembre-se de que ambas dependem de lei, embora se possa lidar com a mitigação da legalidade nos casos de tributos ex- trafiscais (art. 153, §1º Constituição Federal). INTENSIVO II – Direito Tributário – Eduardo Sabbag – 27.07.2012 - Anotado por Karina Yagi 3. Fato Gerador complexivo ou periódico: No plano da classificação dos fatos geradores, a doutrina tem recomendado a seguinte divisão: Fato gerador instantâneo (ou simples): a sua realização ocorre em um determinado momento de tempo, iniciando-se e completando-se em um só instante. Ex. ICMS, IPI, II, IE, etc. Fato gerador continuado (ou contínuo): é aquele cuja realização leva um período para se completar, ou seja não se dá em uma unidade determinada de tempo, mas se protrai em certo espaço de tempo. Daí haver a necessidade de se fazer um corte temporal “para estabilizar o aspecto temporal. Ex: IPTU, IPVA. O FG complexivo também ocorre ao longo de um espaço de tempo, entretanto ele irá aperfeiçoar-se com a consideração globalmente agregada de “n” fatos isolados durante aquele período. “F1 + F2 + F3 = FG”. Ex: Imposto sobre a renda. Contribuições: Tributo federal, estadual ou municipal: Entretanto, a regra é a existência de contribuições federais. COSIP � tributo municipal. Competências: municípios e DF. Contribuição previdenciária que incide sobre a remuneração dos servidores públicos não federais. Art. 149, §1º da CF. Estados, DF, Municípios. Qual é a lei instituidora? Lei Complementar: para a Contribuição Social Previdenciária Residual. Art. 149, §4º. Parafiscalidade: Delegação de capacidade tributária ativa por um ente que detêm competência tributária. Contribuição Profissional: O tributo será sempre federal, existem 2 bons exemplos de contribuições profissionais no Brasil: a) Anuidades pagas pelos profissionais aos respectivos conselhos de fiscalização. b) Contribuições Sindicais: É um tributo federal, tratado na CLT e correspondendo a um determinado valor que deve ser pago pelo empregador. Ela não pode ser confundida com a Contribuição Federativa, uma vez que esta não é tributo. Art. 8º, IV, (parte final) da CF. 2. SIMULADOS 2.1. Prova: FGV - 2011 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual; O objeto da obrigação tributária se traduz em uma prestação, de cunho patrimonial ou não, devida pelo contribuinte ou responsável. Em relação à obrigação tributária, é correto dizer que INTENSIVO II – Direito Tributário – Eduardo Sabbag – 27.07.2012 - Anotado por Karina Yagi a) a obrigação tributária de conteúdo patrimonial é chamada de obrigação principal, ao passo que aaces- sória se caracteriza pela prestação de conteúdo não patrimonial, consubstanciada em obrigações de fazer e não fazer. Entretanto, a não observância da obrigação acessória tem o condão de convertê-la em princi- pal relativamente à penalidade pecuniária. b) a obrigação tributária principal, representada por uma obrigação de dar, surge no momento do lança- mento do tributo que, por sua vez, constitui o crédito tributário. Esta obrigação decorre de legislação tri- butária específica e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. c) a obrigação tributária, seja ela principal ou acessória, é sempre uma obrigação de cunho patrimonial quando se refere a uma obrigação de fazer ou não fazer. d) de modo análogo à obrigação civil, a obrigação tributária acessória decorre da obrigação principal. Nesse diapasão, também pode se dizer que, extinta a obrigação principal, extinta está a obrigação aces- sória, mas a extinção da obrigação acessória não implica, necessariamente, a extinção da obrigação prin- cipal. e) a obrigação acessória, caracterizada por obrigações de fazer e não fazer tais como emitir notas fiscais, manter a escrituração dos livros em dia, entregar as declarações de acordo com as instruções do fisco, não impedir o livre acesso da fiscalização à empresa, etc., decorre de legislação tributária específica, no interesse exclusivo de arrecadação dos tributos. 2.2. (Vunesp, para a Outorga de Delegações de Notas e de Registros do Estado de São Paulo (5° Concur- so/ Provimento – TJ/SP), em 24-08-2009: “O nascimento da obrigação tributária dá-se com a ocorrência do fato gerador previsto em lei”. ( ) Correto ( ) Incorreto 2.3. [FCC, para os cargos de Analista Superior II (Advogado) da Infraero, em junho de 2009, e Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, em agosto de 2009] “Salvo disposição de lei em contrário, con- sidera-se ocorrido o fato gerador e existentes seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o mo- mento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que nor- malmente lhe são próprios”. ( ) Correto ( ) Incorreto INTENSIVO II – Direito Tributário – Eduardo Sabbag – 27.07.2012 - Anotado por Karina Yagi Gabarito: 2.1. A 2.2. Correto 2.3. Correto
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