Buscar

DIREITO TRIBUTÁRIO 1° bimestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO
PROFESSOR: TIAGO DALSENTER
1° BIMESTRE 
05 DE AGOSTO
TEORIA DA NORMA JURÍDICA TRIBUTÁRIA 
1. TEXTO DO DIREITO POSITIVO X NORMA JURÍDICA
- Paulo Barros de Carvalho
O texto do direito positivo é o direito positivo, diz parte da doutrina é que “são as marcas de tinta no papel”, é a hermenêutica (conhecido como suporte físico).
A norma jurídica é a significação de um significado extraído de um texto do direito positivo (a norma jurídica é o seu sentido).
Assim a norma jurídica não nasce pronta e acabada ela decorre de um processo hermenêutico.
Tanto o texto de direito positivo como a norma jurídica estão direcionadas as relações intersubjetivas.
Como o texto do direito positivo é o suporte físico e a norma jurídica é o seu sentido precisamos saber o que é enunciado, proposição e juízo.
· Enunciado ou Preceito: é uma estrutura de palavras que respeita regras gramaticais de um determinado idioma. O texto do direito positivo estará disposto no enunciado.
· Proposição: ideia ou significado extraído do enunciado (conteúdo) é apenas assim considerada porque é preposição.
· Enunciados prescritivos: são aqueles que prescrevem comportamentos
· Proposições prescritivos
Quando estamos falando de enunciado e preposição: deve ser pensando que o juízo é uma proposição composta de sujeito e predicado.
O direito busca no meio social aquilo que for relevante e precisa de uma regulamentação, por exemplo: imunidade tributária para livros físicos, jornais e periódicos, na década de 1980. Mas logo em 1990 teve o CD-ROOM que nessa situação teve a interpretação estendida.
Por exemplo: UBER, passamos a ter a existência de uma plataforma multilateral, não mais bilateral como ocorria nos TAXIS. Da mesma maneira, ocorre na compra de passagens aéreas.
No caso da NETFLIX, SPOTFY deve-se analisar qual a maneira correta de atribuir impostos.
2. NORMA FUNDAMENTAL 
No atual contexto temos que o que é serviço já foi definido pelo STF: o esforço humano e intelectual voltado a terceiro mediante a contraprestação. Assim como mercadoria: que é bem móvel ou corpóreo sujeito a mercancia.
3. DIREITO POSITIVO X CIÊNCIA DO DIREITO 
Tanto o direito positivo como a ciência do direito devem ser entendidas como um sistema. 
Para entender a ideia de sistema é bom pensar na pirâmide de Kelsen:
			Constituição Federal
“Para trafegar nesta área tem 
Que ter como base a CF” –
Geraldo Ataliba
Assim eu consigo extrair boa parte daquilo que é necessário da Constituição Federal. Por exemplo: o artigo 163 da CF – “impostos são competência da União”, assim quando a constituição fala que ‘compete instituir sobre operações de exportação’, ela já está estabelecendo quem é o SUJEITO ATIVO, trazendo a materialidade deste tributo, e também quem podem ser seus SUJEITOS PASSIVOS ‘aquele que realiza a exportação’, bem como consigo estabelecer a base de cálculo.
O mesmo raciocínio funciona para o ICMS – que compete a Estado e ao Distrito Federal instituir impostos sobre operações, mercadorias (...), nesta situação eu já consigo descobrir a materialidade (critério material), bem como descobrir o sujeito ativo e os passivos. 
Por conta disso, é necessário ter a noção de SISTEMA, porque na base temos regras e normas que são direcionadas especificamente ao sujeito.
Por exemplo: o João tem direito a uma isenção, ou seja, apenas ele naquele caso concreto preenche os requisitos para ter a isenção que está regulamentada na lei tal.
O que eu consigo ver nessa estrutura? Que no topo eu tenho normas gerais e abstratas, e na base eu tenho normas individuais e concretas. Mesmo aquelas que estão no topo elas se referem ao comportamento, mas de maneira indireta. E na base, tem normas que se referem de maneira direta ao comportamento.
Com base nisso, sabemos que estamos diante de um SISTEMA tanto no direito positivo, quanto em relação a ciência do direito.
Assim especificamente, DIREITO POSITIVO: é um conjunto de enunciados prescritivos (eles se apresentam em uma linguagem prescritiva), e conjunto buscar normatizar relações intersubjetivas e comportamentos em um determinado espaço de tempo e em um lugar.
CIENCIA DO DIREITO: busca descrever o direito positivo. Cabe ao cientista do direito se debruçar perante o direito positivo e descrevê-lo.
	
	DIREITO POSITIVO 
	CIÊNCIA DO DIREITO 
	LOGICA 
	DEONTICA “DEVER SER”
	ALITICA, APÔNTICA
	VALORES
	VALIDADE/ NÃO VALIDADE[footnoteRef:1] [1: Isso permite que ocorra contradições, o poder legislativo é quem cria e por ser heterogênico (não tem rigor científico).] 
	VERDADE/ FALSIDADE[footnoteRef:2] [2: Não se admite contradições, quando o cientista chega em uma verdade é uma verdade, e o mesmo para a falsidade.] 
	PLANO SEMÂNTICO
	CONDUTA
	DESCRIÇÃO DO OBJETO (DRTO POSITIVO)
	LINGUAGEM 
	PRESCRITIVA
	DESCRITIVA[footnoteRef:3] [3: Essa linguagem descritiva não é mera descrição ou relato. A linguagem descritiva realizada pela ciência do direito busca explicar o direito. Quando é utilizada a linguagem descritiva ela busca revelar ao direito o que então era uma linguagem prescritiva.] 
4. NORMA COMPLEXA: 
4.1. HANS KELSEN 
A norma é complexa no sentido de que ela apresenta uma estrutura dúplice. Ou seja, “Se ocorrer o fato R, então deve ser ter uma consequência”.
Na Teoria Pura do Direito o Kelsen pega o contexto de que quando ele falou da existência de uma norma primaria e uma norma secundaria, ele usou que existiriam normas autônomas (são aquelas que possuem sanção) e não autônomas (são desprovidas de sanção e dependem de uma norma autônoma). 
Neste contexto ele chegou na conclusão que o que vale seria a norma secundaria, porque a norma primaria para ele na teoria pura do direito é aquela que faz a sanção. E a norma secundaria é aquela que estabelecia o comportamento, de modo que eu via que se o sujeito cumpriu ou não a norma secundaria, se ele descumpriu teria a aplicação da norma primária (que estabelece a sanção).
Na teoria geral das normas, sugere que Kelsen inverteu essa preposição em que a norma primaria estabeleceria o comportamento e a norma secundaria estabelece a sanção. Dessa maneira, primeiro eu observaria se o comportamento foi cumprido ou não, se não foi teria a aplicação da norma secundaria.
Isso se alinha ao entendimento de Luiz Carlos, que a norma primaria estabelece o comportamento (endonorma) e a norma secundaria (perinorma). 
Houve ou não a inversão do pensamento de Kelsen? A doutrina majoritária diz que SIM. O que vamos utilizar é que a norma primaria estabelece o comportamento e a secundaria e que estabelece a sanção.
Há uma parcela da doutrina Marcos Bernardo de Mello, Fabio Ulhoa Coelho – eles argumentam da seguinte maneira, que como foi uma obra publicada após a morte de Kelsen não tem como assegurar, e além disso os mesmos conceitos utilizados no início da obra não poderiam chegar a um resultado diverso.
4.2. LOURIVALDO VILANOVA/ PAULO BARROS DE CARVALHO – eles vão na mesma linha de pensamento da doutrina majoritária.
4.3. GERALDO ATALIBA 
A posição dele continua demonstrando que a norma é complexa. Só que ao invés de falar que as normas são distintas. Ele diz que temos uma única norma que se estende em três:
1. Hipótese de incidência
2. Descrição do comportamento
3. Consequência jurídica do descumprimento.
HIPOTESE MANDAMENTO SANÇÃO “PREMIATIVA”, não pode pensar que apenas no caráter negativo.
09 DE AGOSTO
5. ESTRUTRA LÓGICA DAS NORMAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS 
- Processo de Desformalização 
“Se não C, deve ser S”
A norma primária e a norma secundaria possuem a mesma estrutura.
Assim se verificado os elementos da hipótese eu terei uma consequência.
Tanto a norma primaria quanto a norma secundaria possuem uma hipótese e uma consequência, que são ligadas por um “dever ser”.
HIPOTESE/ IMPLICANTE/ ANTECEDENTE/PROTÁSE: na hipótese é a descrição abstrata de um fato de ocorrência concreta possível, descrição abstrata de um fato. A hipótese é chamada de seletora de propriedades (aquelas escolhidas pela constituição federal para incidência – art. 155, 156). A hipótese não se reduz apenasao fato, mas quando ocorreu, a situação em que ocorreu. 
CONSEQUENTE/ IMPLICADO/ ESTATUIÇÃO/ PRECEITO/APÓDOSE: é a consequência jurídica decorrente da implicação (direito e deveres). São elementos que estabelecem quais são os direitos e quais são os deveres. 
Em síntese, na consequência jurídica eu tenho a instauração de uma relação jurídica de natureza tributária, compostas por sujeitos e objetos. 
Como isso funciona em matéria tributária, eu tenho sujeitos ATIVO e sujeito PASSIVO.
O sujeito ativo está disposto no artigo 119 do CNT – seria a competência tributária, com o direito subjetivo de exigir o cumprimento da prestação sobre o objeto que é o tributo.
O sujeito passivo tem o dever jurídico de pagar o tributo, de cumprimento da obrigação.
Então, no consequente normativo eu tenho elementos que definem os direitos e os deveres da relação jurídica tributária.
“dever ser” – apenas se justifica se tiver a hipótese e a consequência (sicategoria).
Esse dever ser é conhecido como conectivo deontico – que estabelece o elo entre hipótese e consequência.
Esse dever ser é o operador deontico inter proposicional é neutro, a única função é o estabelecimento da união (sendo apenas um ato de autoridade).
No entanto, dentro do consequente normativo há outro dever ser, que é o DEVER SER INTRA PROPOSICIONAL – exige três modais deonticos:
	a) modal conectivo: estabelece conexões.
	b) modal permissivo: estabelece permissões.
	c) modal obrigatório: estabelece obrigações, que é o mais comum no direito tributário.
6. ESPECIES DE NORMAS JURÍDICAS: destinado a regular condutas intersubjetivas, podendo estabelecer duas: 
A. NORMAS DE CONDUTA/ COMPORTAMENTO E NORMAS DE ESTRUTURA
A diferença existente entre elas é a regulação. Na norma de conduta a regulação será de maneira direta, e refere-se diretamente ao comportamento com o objetivo atingir o comportamento (nesse caso é quando eu verifico os modais, obrigatórios, conectivos, permissivos).
As normas de estrutura se referem ao comportamento de maneira direta, com finalidade de criação de enunciados prescritivos. Por meio dessas normas de estruturas, nos temos o procedimento pelo quais as normas devem ser criadas, transformadas e retiradas do sistema, estabelecendo limites e condições.
Em síntese a norma de estrutura ela diz como se faz as normas.
B. NORMAS GERAIS E NORMAS INDIVIDUAIS: critério a legalidade
A norma geral ela direcionada a uma gama de sujeitos numericamente indeterminado, as normas individuais eu tenho um grupo de indivíduos.
C. NORMAS ABSTRATAS E NORMAS CONCRETAS 
As normas abstratas e concretas, a distinção é a forma de descrição do fato se dá. 
Quando ele está reproduzido de forma abstrata não há qualquer menção as circunstâncias de fato e espaço, tanto que pode ser reproduzida. A norma concreta quando há uma delimitação do fato por circunstâncias concretas de espaço e de tempo.
Para Celso Antônio Bandeira de Melo, seria os casos em que é descrita para ocorrência de apenas uma única vez.
Por exemplo: imposto de renda, para aqueles que auferem renda de um determinado montante anual, é uma norma geral que atinge todos. E para norma concretas são os casos de isenções.
7. ATUAÇÃO DINÂMICA DA NORMA JURÍDICA (A INCIDÊNCIA DA NORMA)
Em que momento se dá a INCIDÊNCIA? Quando um fato verificado no mundo social, ele se amolda de forma suficiente nas situações abstratas. Isso é a subsunção do fato a norma, que desencadeará a incidência.
Divergências: a primeira e a linha do professor é que a incidência se dá de maneira automática infalível, ou seja, verificado que o fato está perfeitamente enquadrado na descrição normativa, haverá a incidência. A incidência é incondicional.
O Paulo Barros de Carvalho – o fato é verificado no ambiente social, mas para ter a incidência é necessário ter o relato em linguagem competente. Vejam que ele coloca a linguagem como uma condição para que o fato ocorra.
RESPEITABILIDADE – quando eu falo de respeitabilidade, é que houve a incidência, e a incidência da norma pode ser respeitada ou não (observada pelo seu destinatário ou não). Não interesse se vai ser respeitada ou não, a incidência já ocorreu.
Na mesma maneira, a APLICAÇÃO disso não interfere na incidência. Pois eu tenho um momento da subsunção do fato a norma.
Para Paulo Barros de Carvalho é necessário fazer a distinção entre evento (ocorrência no mundo social) e apenas passa ter relevância para o mundo jurídico quando ele é relatado e revertido em linguagem competente (lançamento).
12 DE AGOSTO
8. ACEPÇÕES DA NORMA JURIDICA TRIBUTÁRIA 
	1. Norma Jurídica tributária em sentido estrito: seria aquela que define a incidência fiscal.
	2. Norma Jurídica tributária em sentido amplo: possibilidade de alteratividade do tributo é reconhecida como de sentido amplo.
Assim, a regra matriz de incidência tributária poderá ser enquadrada no sentido estrito, pois ele se refere a incidência tributária.
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
1. CONCEITO
	Em linhas gerais a regra matriz de incidência tributária ela define a incidência fiscal, fala sobre a incidência do tributo.
A regra matriz traz elementos básicos que permitem verificar se haverá ou não a incidência, sem isso não tem como saber o conceito.
A doutrina afirma que a regra matriz é a unidade mínima e irredutível de manifestação do deontico (verifica-se que os seus elementos são os mínimos), com base neles eu consigo verificar a postura do estado espera do sujeito.
Conceito de Paulo de Barros de Carvalho:
2. CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DA REGRA DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
· Critério material: tanto bens corpóreos, como aqueles classificados como incorpóreos.
· Critério temporal: sobre o momento da incidência.
· Critério espacial: onde que o comportamento tem que ser executado, e o local da incidência (ponto de eficácia da norma).
Por exemplo: automóveis que são licenciados em Santa Catarina por possuírem uma taxa menor.
No imposto de importação qual seria o critério material? Importar algo/ produtos estrangeiros. O critério espacial é o território nacional e o critério temporal é quando tem o desembaraço aduaneiro na alfandega (pouco importa o dia que embarcou o produto no navio, ou até mesmo o dia que entrou nas águas brasileiras).
A incidência se dá em um momento específico e há situações em que eu tenho um local específico para ocorrer a incidência.
Súmula 166 do STJ: “Não constituiu fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte”.
Houve a incidência, dai eu vou para o consequente normativo (instauração de uma relação jurídica tributária que possui sujeito e objeto). Dessa maneira eu tenho:
· Critério pessoal que irá definir quem é o sujeito ativo e o sujeito passivo. E como o objeto é um tributo, temos que calcular, e como é realizado isso? Através do critério quantitativo.
· Critério quantitativo, que é composto por base de cálculo e alíquota.
São esses os elementos mínimos que permitem verificar a incidência, são eles irredutíveis, com a retirada de qualquer um dos critérios eu não consigo saber qual o comportamento, comprometendo a relação tributária.
Por exemplo: 
Incidência do IPTU: 
· Critério material: ser proprietário de imóvel urbano.
· Critério temporal: de igual maneira que o IPVA, sendo o primeiro dia do exercício (devendo verificar que a pessoa é proprietária do imóvel).
· Critério espacial: perímetro urbano do município de Curitiba (que será definido pelo direito administrativo).
· Sujeito ativo: município de Curitiba.
· Sujeito passivo: proprietário do imóvel.
· Base de cálculo: valor venal do imóvel.
· Alíquota: de 20%.
3. POSICIONAMENTOS DIVERGENTES QUANTO AOS COMPONENTES: ao contrário do que se viu anteriormente, os demais eles colocam mais elementos como necessários. 
A. SASHA CALMON NAVARRI COELHO
Na incidência:
· Aspecto material:
· Aspecto temporal:
· Aspecto espacial:
· Aspecto pessoal: esse envolve as qualificações do sujeito envolvido no fato descrito no aspecto material. Como sendo as características do sujeito que realiza o fato. Nãoprecisaria deste elemento, porque todo o fato é praticado ou por uma pessoa jurídica ou uma pessoa física.
No consequente:
· Aspecto subjetivo: ele vai definir o sujeito ativo e passivo (da relação jurídica tributária).
· Aspecto quantitativo: base de cálculo e alíquota.
· Critérios de adição e subtração para a base de cálculo: seria o caso em que a lei dizer que tem uma alíquota geral e temos que realizar os ajustes de acordo com os gastos das pessoas.
· Elementos que identifiquem, Como? Onde? Quando? Pagar o tributo.
Essa foge da ideia de unidade mínima. Primeiro porque eu tenho um aspecto pessoal e subjetivo (que não são iguais).
B. MARÇAL JUSTEN FILHO 
Na incidência:
· Critério material 
· Critério temporal
· Critério espacial 
· Critério pessoal: contemplaria que deve reunir o sujeito que esteja reunido no fato.
No consequente:
· Determinações subjetivas: são aquelas relacionadas ao sujeito ativo e passivo. 
· Determinações objetivas: são aquelas que se referem ao objeto (base de cálculo e alíquota). Nessas também estão os elementos quantitativas, espacial e temporal.
C. GERALDO ATALIBA 
Na incidência:
· Aspecto material: está atrelada a base de cálculo. Observou que é necessário analisar o comportamento previsto na hipótese para definir a base de cálculo, pois a base de cálculo está para direcionar o comportamento (medir as reais proporções do comportamento). Por exemplo: taxa de iluminação pública.
· Aspecto temporal
· Aspecto espacial
· Aspecto pessoal: são apenas sujeitos ativo e sujeito passivo.
No consequente:
· Alíquota
D. ALFREDO AUGUSTO BECKER
Na incidência:
· Base de cálculo
· Todos os demais elementos que participam na incidência ele chamou de ‘elementos adjetivos’ – espaço e tempo. Então, elementos relacionados a espaço e tempo ele colocou tudo como adjetivo e o que importa mesmo é a base de cálculo 
No consequente:
· Tendo a incidência há a instauração da relação jurídica tributária.
16 DE AGOSTO
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
1. EXPRESSÃO “FATO GERADOR”
Pode pensar em fato gerador como a descrição do fato, bem como o fato ocorrido.
Onde eu encontro que o fato gerador é de descrição abstrata? No artigo 114 do CTN.
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
· Fato gerador como situação definida em lei.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
· Nesse caso o CTN considera fato gerador aquele ocorrido.
Até mesmo o CTN realiza a confusão sobre o que seria o fato gerador.
2. BUSCA DE UMA LOCUÇÃO ADEQUADA 
A. ALFREDO AUGUSTO BECKER
· Descrição abstrata do fato: hipótese de incidência, que acaba sendo uma expressão ‘bastante correta’.
· Fato: hipótese de incidência realizada (o problema é que se eu falar sobre hipótese ela não poderia ser realizada, tornando-se contraditório). Não sendo correta.
B. GERALDO ATALIBA 
· Descrição do fato: hipótese de incidência 
· Fato: fato imponível. Essa expressão é criticada porque se é um fato imponível, ele será imposto, ‘poderá ocorrer’. Não sendo a melhor forma.
C. PAULO DE BARROS DE CARVALHO
· Descrição do fato: hipótese tributária.
· Fato: fato jurídico tributário. São expressões isentas de crítica.
D. JOSÉ ROBERTO VIEIRA 
· Descrição abstrata do fato: hipótese de incidência tributária.
· Fato: fato jurídico tributário.
HIPOTESE ------------------------------------------------------------------- CONSEQUENTE
Critério material, temporal, espacial	 critério pessoal e critério quantitativo
OS CRITÉRIOS DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 
1. CRITÉRIO MATERIAL:
· Comportamento praticado por pessoa física ou pessoa jurídica que tenha repercussão econômica.
· O critério material é reconhecido como ‘núcleo da hipótese’, para a doutrina majoritária.
	O critério material é formado por um:
VERBO + COMPLEMENTO
AUFERIR + RENDA
SER 	+ PROPRIETARIO DE BEM IMOVEL URBANO 
SER + PROPRIETARIO DE VEICULO AUTOMOTOR 
O critério material do ICMS: compete aos estados e ao distrito federal instituir impostos sobre: operações de circulação de mercadoria e prestação de serviços de transporte interestadual e de comunicação.
O ICMS mercadoria: REALIZAR + OPERAÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS (o que vai desencadear o tributo é a circulação jurídica de mercadoria).
Critério material do IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO: REALIZAR + OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO (a doutrina entende ser esse critério material). Assim o conceito correto seria da INCORPORAÇÃO DO BEM NO MERCADO INTERNO.
	IMPORTANTE! Eu não posso reduzir a importação como a entrada do produto no país (pois os carros de Fórmula 1 não se sujeitam a II e o produto entra no país por um curto período). Assim a importação deve ser entendida como +/- Nacionalizar.
Critério material do imposto de exportação: REALIZAR + OPERAÇÕES DE EXPORTAÇÃO, mas a ideia é a retirada dos bens de circulação do mercado nacional.
O verbo do critério material ou ele representa um estado do SER, ou ele representa uma AÇÃO.
2. CRITÉRIO ESPACIAL:
O local/ lugar que deve ocorrer a ação para verificar a incidência.
De acordo com o grau de elaboração dessas coordenadas de espaço na legislação, podemos encontrar as seguintes:
	a. Coordenadas de espaço determinadas: fazem menção a um local determinado, e dentro deste local determinado que vamos verificar a incidência. Por exemplo: o imposto de importação, que tem como critério espacial uma repartição alfandegaria, estar dentro de uma e observar um critério temporal.
	b. Coordenadas de espaço especificas: são aquelas que fazem menção a regiões e áreas especificas, de modo que o fato será considerado ocorrido se observado dentro dos limites geográficos. Por exemplo: IPTU, ITR. 
	c. Coordenadas de espaço genéricas: esse caso é o campo de validade territorial da norma, até onde a norma irá alcançar. Por exemplo: IPI.
3. CRITÉRIO TEMPORAL:
Apresenta um grupo de indicações que fornecem elementos suficientes para identificar o momento exato da incidência. Sendo o momento que o fato descrito na hipótese, desencadeia a incidência.
Por exemplo: IR, o momento da incidência seria 31 de dezembro. Ou seja, não importa o momento em que eu recebi o dinheiro/acréscimo patrimonial.
O critério temporal do IPTU/IPVA: 1 de janeiro de cada ano. Ressalta no ano de 2015 foi aumentada a alíquota e para que seja respeitada a anterioridade nonagesimal, foi para 31 de janeiro.
Critério temporal de ICMS/IPI: quando tem a emissão da nota fiscal, a transferência de titularidade.
Critério temporal do II: se ocorre em uma repartição alfandegaria será o momento em que eu realizar o desembaraço aduaneiro.
Critério temporal do ITBI: o critério material é a transmissão de bem imóvel a título oneroso, o critério espacial estar localizado em um município. O artigo 1.245 do Código Civil, apenas tem a efetiva transmissão do imóvel com o registro do imóvel. Mas o critério temporal do ITBI é o pagamento antes do registro, ou seja, antes de realizar o fato gerador. E se não for realizado o pagamento antes eles não registram.
	IMPORTANTE! A legislação comete um equívoco. Pois o CTN no artigo 19 – ele trata o critério temporal como o fato gerador do tributo, está errado! Porque fato gerador seria o contexto geral, o critério temporal o momento em que terá a incidência. Ocorre também nos artigos 23 do CTN, 46, II do CTN.
4. CRITÉRIOS À CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS GERADORES EM FUNÇÃO DO MOMENTO DA SUA OCORRÊNCIA 
É uma critica a classificação dos fatos geradores em função do momento da sua ocorrência:
	a. Fatos geradores instantâneos: seria aquela situação que se esgota e se esgota em uma unidade de tempo, dando a origem daquela ocorrência uma obrigação nova. Seriam exemplo: IPI, ICMS, II.
	b. Fatos geradores continuados: aqueles que configuram situações duradouras que se desdobram no tempo (intervalos maiores ou menores de tempo). Seriam exemplos: IPTU, IPVA
	c. Fatos geradores complexivos/integral: são aqueles cujo processos de formação ele decorre de unidades sucessivas de tempo, em que diversos fatoressão integrados para dar origem a um fato final.
Ou seja, ao longo do tempo eu verifico alguns fatores e esses fatores, e esses fatores reunidos me dão o resultado. Por exemplo: Imposto de Renda.
	A crítica vai no sentido que o único fato gerador que existe é o instantâneo e o continuado e o complexivo não existe. Pois eu tenho que observar todos os critérios devidamente preenchidos de modo se faltar alguns deles, ou se um deles não for observado não haverá a incidência de maneira instantânea.
	Observa-se no caso do IPVA, o critério material é ser proprietário de veiculo automotor, o meu carro foi emplacado no Paraná, então eu sei identificar o critério espacial, o critério temporal é se eu verificar todos os elementos eu tenho de maneira a incidência no dia 1 de janeiro, recaindo de maneira instantânea.
19 DE AGOSTO 
FATO GERADOR SEGUNDO AS PRESCRIÇÕES DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (CTN)
O artigo 114 e 115 falam sobre o momento de ocorrência da chamada obrigação principal e da obrigação acessória.
Tanto a obrigação principal quanto a obrigação acessória são espécies de obrigações tributárias, estando disposta no próprio caput do artigo 113 do CTN.
	a. obrigação principal: é aquele que se relaciona com o pagamento do tributo e a penalidade pecuniária. Se estamos diante de uma situação em que eu tenho o pagamento do tributo, o cumprimento de uma obrigação principal, bem como, se estou diante da necessidade do pagamento de uma penalidade pecuniária (multa) é uma obrigação principal, conforme o CTN. 
Ou seja, a crítica vai no sentido que eu estou colocando dentro de uma obrigação tributária, algo que não tem natureza tributária.	
	b. obrigação acessória: é aquela que se relaciona com a principal. Ela não tem relação ao pagamento de um tributo ou multa. Tem como finalidade determinar a prática ou abstenção de um ato, fala-se de obrigações positivas (aquelas que determinam uma ação) e negativas (determinam uma abstenção). Por exemplo: a emissão de nota fiscal, associada a prática de um ato ou abstenção.
A. ARTIGO 114 DO CTN: para ter uma obrigação principal ter o alinhamento entre o comportamento verificado no ambiente social e a situação de subsunção do fato a norma.
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida[footnoteRef:4] em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. [4: Para fins de recolhimento do tributo e incidência eu tenho que observar o princípio da legalidade, esse que vai determinar se haverá ou não a incidência e posteriormente a obrigação que estará sujeito o tributo.] 
Art. 133. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
O §1° diz expressamente que o fato gerador da obrigação principal envolve o pagamento do tributo e da penalidade pecuniária.
A obrigação principal é de cunho patrimonial, significa dizer que ela tem conteúdo econômico (valor da multa, valor do tributo). 
B. ARTIGO 115 DO CTN: a obrigação acessória é uma relação jurídica destituída de cunho patrimonial, ela não tem conteúdo econômico. Podendo até fazer menção a valores, mas por si só não! Como os casos de prestar informações ao fisco, fornecer informações.
Quando tem um dever sobre a obrigação de tolerar/colaborar a fiscalização, é uma prática de abstenção, isso está disposto no artigo 1° ou 3° da lei de processo administrativo federal.
Art. 113. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Tem uma a necessidade de uma previsão da lei para o cumprimento das obrigações acessórias.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
C. ARTIGO 116 DO CTN: quando se considera ocorrido o fato gerador? Quando estamos diante de uma situação de fato e jurídica.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário[footnoteRef:5], considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: [5: SALVO, é porque a lei pode antecipar a ocorrência do fato gerador, bem como postergar a sua ocorrência (estamos falando de diferimento). Por exemplo: ICMS diferido, no caso venda de madeira, que a legislação determina que o ICMS diferido, até o momento em que está dentro do estado do paraná eu posso verificar a ocorrência do fato gerador, quando sai do estado, considera-se ocorrido o fato gerador.] 
I - Tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - Tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável[footnoteRef:6]. [6: A situação jurídica exige a observância de institutos que estão fora do direito tributário, o conhecimento de institutos do direito aplicável (no caso do usufruto). Por exemplo: caso a doação ocorra de maneira simples, o fato gerador é quando ocorre a transmissão. Outro exemplo: ITBI.] 
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Aqueles atos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária.
	a. Elisão fiscal: adoção de mecanismos lícitos, para ter uma melhor performance tributária.
	b. evasão fiscal: é a utilização de meios ilícitos para atingir este fim.
Para termos um PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO o primeiro requisito é necessário evitarmos a realização de negócios jurídicos em curtos espaços de tempo. Assim como, o segundo requisito é os aspectos formais e materiais devem estar lincados (a realidade deve estar revestida de formalidade). O terceiro requisito é que os valores praticados na operação devem refletir o valor de mercado. O quarto requisito, deve-se demonstrar a existência do proposito negocial (demonstrar que a operação é boa para o meu negócio, não apenas pagar menos tributo).
Muito embora, o quarto requisito a doutrina entende não deve ser observado porque foi trazido para o nosso direito. E a tendência é de não observância desse requisito.
Assim o artigo 118 do CTN, define a tributação sobre a atividade ilícita:
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - Da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - Dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
23 DE AGOSTO 
O CONSEQUENTE DA NORMA 
1. RELAÇÃO JURIDICA 
O tributo tem o sujeito ativo e o sujeito passivo (contribuinte, responsável tributário), a relação jurídica tributária é irreflexiva (no sentido de que o sujeito ativo não pode exigir o cumprimento da prestação de si mesmo, e nem ter uma obrigação diante de si mesmo apenas de terceiro). Também assimétrica, porque de um lado há um direito e no outro um dever.
Sob o ponto de vista do seu objeto: temos relações jurídicas de cunho obrigacional e não obrigacional.
	a. cunho obrigacional: aquela que tem cunho patrimonial, verifico patrimonialidade.
	b. cunho não obrigacional: não patrimonial, não há teor econômico. Como é o caso de emissão de nota fiscal.
2. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E DEVERES INSTRUMENTAIS OU FORMAIS 
Dentro da teoria geral do direito: tem que entender obrigação como vínculo instaurado por meio da imputação normativa entre o sujeito ativo (credor) e o sujeito passivo (devedor) e tem como objeto o cumprimento de uma prestação de cunho patrimonial. 
Senão há a substância patrimonial, não tenho o cunho obrigacional.Paulo Barros de Carvalho: é o vínculo abstrato que surge pela imputação normativa, e consonante o qual uma pessoa, chamada de sujeito ativo, credor ou pretensor, tem o direito subjetivo de exigir de outro, denominada sujeito passivo o devedor, o cumprimento de uma prestação de cunho patrimonial.
Para ser obrigação tem que observar a substância patrimonial, e o que confere a substância patrimonial? uma prestação pecuniária. 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E DEVERES INSTRUMENTAIS/FORMAIS – assim a obrigação tributária tem como objeto o tributo, não poderia enquadrar a multa (porque multa não é tributo). Multa muito embora represente uma obrigação pecuniária, não teria o enquadramento como tributo, seria algo diverso.
Obrigação acessória poderia ser chamada de obrigação? Não, apenas um dever, porque não tem relação patrimonial (não está de acordo com o conceito apresentado).
Acessoriedade: eu poderia falar sobre dever acessório? Isso pressupõe a existência de algo que é principal. Há situações que eu verifico a existência de uma obrigação acessória sem ter a principal, por conta disso a acessoriedade não pode ser utilizada para definir o dever instrumental.
Não há mais que se falar em obrigação acessória ou assessoriedade, e sim, em dever instrumental ou formal: porque os deveres eles servem de instrumento para que o estado promova a sua atividade tributária, para controle e fiscalização.
“DEVERES DE CONTORNO” – muito embora respeite a ideia de não ter substância patrimonial, quando ele fala que é um dever de conforto isso cai por terra. A lógica é, se eu falo de deveres de contorno teríamos algo a contornar, se há algo a ser contornado estou retornando a ideia de principal e acessório
3. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NO CTN 
Artigo 113. Obrigação principal e acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
A obrigação principal é definida em lei. Que envolve o pagamento de tributo e penalidade pecuniária.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Deveres instrumentais é trazido por meio de lei, se não há lei instituindo a obrigação acessória, não é obrigado a cumpri-la. 
Assim, as obrigações acessórias referem-se a um fazer ou não fazer.
O descumprimento de uma obrigação acessória leva o pagamento de multa que será uma prestação pecuniária.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
	A obrigação acessória será convertida em obrigação principal no caso de seu descumprimento.
4. CRITÉRIOS DO CONSEQUENTE NORMATIVO 
A. CRITÉRIO PESSOAL
São critérios que me permitem definir que são os sujeitos da relação jurídica tributária. Verificando o sujeito que tem uma obrigação e o que tem um direito.
Quando falamos de norma padrão de incidência o polo ativo vai ser ocupado pelo Estado, em sentido amplo (119 do CTN): que o sujeito ativo é aquele titular para exigir tributos, 
O artigo 221 do CTN: o sujeito passivo é aquele que tem o dever de pagar o tributo, podem ser o contribuinte e o responsável.
O conceito de sujeitos pode ser extraído da constituição federal? Sim, a partir da outorga das faixas da competência (titular para exigência de tributos). O que pode ter outras pessoas jurídicas de direito pública, não apenas o Estado.
Paulo Barros de Carvalho – fala que poderia ter outras pessoas de direito privado, que não haveria impedimento algum.
Se eu sei qual é o fato que desencadeia a incidência eu sei qual é o sujeito passivo, por exemplo: II aquele que realiza importação, IR aquele que aufere renda, IPVA aquele que possui veículo automotor.
No ITBI – o adquirente é o sujeito passivo.
26 DE AGOSTO
B. CRITÉRIO QUANTITATIVO – ARTIGO 142 CTN
O critério quantitativo é composto pela base de cálculo e alíquota.
Assim, sobre a base de cálculo eu aplico a alíquota e temos o valor a título de tributo.
O critério quantitativo serve para definir o valor do crédito tributário, o que será a título de tributo.
B.1. BASE DE CÁLCULO 
	- FUNÇÕES:
São três funções:
a. Mensuradora: mencionar o fato descrito na hipótese “medir as reais proporções do fato descrito na hipótese”. 
Por exemplo: eu poderia considerar a base de cálculo sobre o IPTU, seria o valor venal (que corresponde a base de cálculo).
b. Objetiva: a base de cálculo é conjugada à alíquota, e se chega ao valor devido a título de tributo.
c. Comparativa: por meio da função comparativa a base de cálculo se propõe a realizar uma comparação entre o critério material e base de cálculo eleita.
Por exemplo: a Taxa de Iluminação Pública, serviço público não é específico e divisível, e outro problema é a base de cálculo eleita (artigo 145, §2° CF).
Por meio da função comparativa a base de cálculo pode:
	a. confirmar
	b. afirmar
	c. infirmar: incompatibilidade do critério material com a base de cálculo, “isso não é uma taxa é um imposto”.
	- BASES NORMATIVAS E “FÁTICAS”:
A base normativa: aquele utilizada em linguagem ampla e abstrata, como “valor venal do imóvel, valor venal do veículo, a renda, valor aduaneiro”. Não tem nada especificado.
As bases de cálculo fáticas: são aquelas no plano concreto, eu tenho uma individualização, uma quantia liquida e certa, “o valor venal do imóvel é de 300 mil reais”, estou falando de um caso fático.
	- A EXPRESSÃO “BASE DE CÁLCULO”:
Possui a intenção de observar que existem outras expressões para base de cálculo, tais como: base impunível, pressuposto valorativo do tributo, matéria tributária.
O Geraldo Ataliba questionava a expressão base de cálculo por uma razão bem simples, como poderia falar em base de cálculo se eu possuo tributos fixos, o valor já é previsível.
Para Paulo Barros de Carvalho: acredita que até mesmo os tributos fixos são possíveis de verificar uma base de cálculo, com o custo que do Estado que está sendo rateado com os prestadores de serviços.
Mas realmente as taxas em alguns casos podem ser controversas.
	- BASE DE CÁLCULO E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: a tributação deve ser realizada com base na capacidade do contribuinte em suportar o ônus tributário.
Há uma corrente que defende que a tributação apenas respeita a capacidade contributiva, se ela se der da maneira correta. Pois se eu amplio a minha base de cálculo com elementos que não são próprios da base de cálculo eu tenho o aumento indevido do tributo. Exemplo: ICMS para base de cálculo de PIS/COFINS.
Será respeitada a capacidade contributiva quando a base de cálculo está correta, pois quando eu coloco elementos estranhos a ela.
Por exemplo: imposto de renda que incide sobre a renda, não pode ser colocada a indenização recebida (não representa aumento/acréscimo patrimonial).
No entanto, não pode dizer que não pode aumentar a base de cálculo, pois no caso do IPTU conforme o aumento do valor venal tem-se o aumento da base de cálculo.
No imposto de renda, pode ser falado que ele ofende ao princípio da capacidade contributiva, visto que, com o não reajuste da tabela progressiva do imposto aos longos dos anos o meu poder aquisitivo é reduzido pela inflação, se o reajuste está abaixo da inflação, eu irei pagar mais tributo.
1. ALÍQUOTA:
a) ALÍQUOTA AD VALOREM: é um porcentual que se aplica sobre a base.
b) ALÍQUOTA ESPECÍFICA: representada por um valor monetário fixo. Por exemplo: taxa para emissão do passaporte.
SUJEIÇÃO PASSIVA
1. SUJEITO PASSIVO: da relação tributária. 
2. SOLIDARIEDADE NO CAMPO TRIBUTÁRIO:
Artigo 124 e 125 do CTN – solidariedade tributária.
A sua conceituação de solidariedade, pode estar disposta no artigo 264 do CC – pressupõe a pluralidade de credores ou deveres na mesma obrigação, cada devedor responsável pelo total da obrigação e os credores têm direito a integra da obrigação.
Poderia trazer este raciocínio para o direto tributário? Sob a ótica dos sujeitos da obrigação,posso verificar uma pluralidade de devedores? Sim. Neste contexto a solidariedade passiva é verificada, a solidariedade ativa é também verificada no direito tributário? Não há solidariedade ativa, a competência tributária é indelegável, o que pode ser delegada é a capacidade tributária ativa (quando a União estabelece ao Estado o dever de tributar, a União ‘sai’ de cena).
3. CLASSIFICAÇÃO
30 DE AGOSTO
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
1. CONCEITO
A título de exemplo da aula passada, as pessoas proprietárias de um bem imóvel, ao que diz respeito ao IPTU elas seriam responsáveis ou contribuintes? Contribuinte, todas as pessoas têm interesse comum no imóvel, muito embora não exista uma lei especifica que traga a solidariedade delas, o simples fato de serem proprietárias, as tornam contribuintes.
Assim o interesse comum torna como contribuintes, quando não há interesse comum são considerados responsáveis.
Por exemplo: eu tenho uma empresa prestadora de serviço é comum a lei determinar que o tomador tem que realizar o ISS, sendo responsáveis solidariamente. Sendo o prestador que realiza o fato gerador o contribuinte, o tomador de serviço é o responsável.
Artigo 124 – sujeição passiva – inciso I “interesse comum” – direta com o fato gerador, na qualidade de contribuinte.
Artigo 124, inciso II – indireta, na qualidade de responsáveis.
2. SOLIDARIEDADE NO CAMPO DO DIREITO TRIBUTÁRIO
O CTN que determina que havendo interesse comum, eu tenho a solidariedade. O responsável é por meio de lei específica.
PROVA! Quando falamos de contribuinte e responsável, a sujeição passiva direta é do contribuinte e a indireta é o responsável. O artigo 124, inciso I porque são contribuintes e o artigo 124, inciso II são de maneira indireta.
3. CLASSIFICAÇÃO
4. BENEFÍCIO DE ORDEM – ART.124, § ÚNICO DO CTN
A solidariedade não comporta o benefício de ordem – que são situações que o credor tem que observar uma ordem para satisfazer o seu crédito. Por exemplo: primeiro cobre dele, depois irá atrás do responsável.
No entanto, na solidariedade não há benefício de ordem, ou seja, vamos considerar que eu faço um parcelamento da dívida (constituiu uma hipótese de interrupção do prazo prescricional), deixando de pagar o prazo prescricional interrompe (retorna ao início).
5. EFEITOS 
Por exemplo: artigo 125 do CTN são três os efeitos:
5.1 PAGAMENTO: inciso I – o pagamento realizado por um dos codevedores exonera todos (afasta o dever de pagar de todos).
5.2 ISENÇÃO E REMISSÃO: inciso II – a isenção ou remissão concedida ela pode exonerar todos os obrigados (p. exemplo: o município de Curitiba, que os imóveis que são superem 100 mil reais estão desobrigados de pagar o tributo), salvo se essa isenção se a isenção ou remissão for concedida para um dos seus devedores, de modo que o salvo remanescente será cobrado dos demais (p. exemplo: pessoas com mais 65 anos e com doenças incuráveis serão isentas de pagar IPTU).
Sendo uma isenção subjetiva – vinculada as características do sujeito.
5.3 INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO: inciso III – a interrupção da prescrição em favor de um ou mais dos coobrigados, prejudica ou favorece os demais obrigados. Por exemplo: o IPTU é de 1 mil reais, no entanto, A, B, C pagaram 2 mil reais, sendo que pagaram duas vezes.
Se eu paguei a maior, o contribuinte pode pedir a restituição do valor excedente na Prefeitura, o pedido é negado.
	- PREJUDICIAL AO FISCO E BENEFICA AO DEVEDOR:
Se o pedido administrativo é negado eles poderiam ajuizar uma ação anulatória para o pedido que foi negado a restituição (169 do CTN), prescreve em dois anos. Dessa maneira, próximo do prazo de 2 anos e apenas B ajuizou a ação ocorre a interrupção do prazo de prescrição, neste caso os demais também se beneficiam disso. Mesmo que B tenha entrado em apenas o seu nome.
	- PREJUDICAL AO DEVEDOR E BENEFICA AO FISCO:
Agora, A, B, C são três caloteiros e não realizam o pagamento do IPTU, neste caso o fisco pode realizar uma execução fiscal. O fisco pode demorar qual tempo para realizar a execução fiscal? Não, em síntese tem o prazo de 5 anos para realizar a execução fiscal (podendo ter a suspensão e pode variar). 
Um deles próximo ao prazo de 5 anos, em que o fisco poderia realizar a execução, essa pessoa faz um parcelamento da dívida (174, §único, IV) e uma hipótese de interrupção do prazo prescricional, será retomado do início. 
Neste caso a interrupção do prazo, contraria aos devedores favorece ao fisco, e isso se estende aos demais.
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA
1. HIPÓTESES:
Artigo 126 do CTN.
A condição que obriga o sujeito a realizar o pagamento do tributo, e cumprir obrigações tributarias (principal e acessória), ou melhor o dever instrumentaria.
2. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA: é a condição que obriga o contribuinte a cumprir obrigações tributárias.
3. QUEM? A partir do nascimento com vida já determina a capacidade passiva para o direito tributário.
ARTIGO 126, CTN: A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA INDEPENDE:
A. CAPACIDADE CIVIL: o incapaz tem capacidade tributária passiva? Sim, porque se praticado o fato gerador tem que cumprir a obrigação tributária. (INCISO I)
B. MEDIDAS DE PROVAÇÃO OU LIMITAÇÃO DO EXERCICIO OU ATIVIDADES (INCISO II):
Por exemplo: o caso que o bacharel em direito que não tem inscrição da OAB mas exerce a profissão, terá que pagar com os tributos ele realiza o fato gerador e independe da sua capacidade e da legalidade dos seus atos. Da mesma maneira, ocorre com o médico que exerce a profissão de maneira ilegal, não afasta a capacidade tributária passiva.
Até mesmo o preso, terá que pagar.
C. CONSTITUIÇÃO CIVIL (INCISO III):
Por exemplo: o sujeito não tem empresa constituída, mas apenas realiza a venda de mercadoria, não tem PJ constituída o fato não emitir nota não afasta a capacidade tributária passiva.
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
· ARTIGO 127 DO CTN
O domicílio tributário refere-se ao local em que o fisco irá te encontrar, definindo-se o domicílio tributário é com base nele que será estabelecido a relação entre o fisco e o contribuinte. 
· REGRA: ELEIÇÃO: a escolha do domicílio tributário em que o sujeito ou não faz a escolha ou não é possível realizar essa escolha, assim o artigo 127 traz mecanismos para identificar o domicílio tributário.
· NA FALTA: 	I – PESSOAS NATURAIS: de acordo com as pessoas naturais o local da residência, se for desconhecido quando a pessoa exerce as suas atividades. Sendo aquele que não elegeu o domicílio tributário este será aplicado.
		II – PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO SEDE/ ESTABELECIMENTO: a regra é que a PJ que a sede é eleita como domicílio tributário. Há fatos geradores que deslocam o domicílio tributário para o de cada estabelecimento.
		III – DIREITO PÚBLICO REPARTIÇÃO: quando falo de PJ de direito público pode ser considerada como domicílio tributário. 
§1° - O LUGAR DA SITUAÇÃO DOS BENS, ATOS OU FATOS QUE DÃO ORIGEM HÁ OBRIGAÇÃO.
§2° - PODE SER NEGADO O DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO EM CASO SE NOTE PREJUIZO A FISCALIZAÇAO DO FISCO, NESTE CASO SERÁ APLICADO A HIPOTESE DO § ANTERIOR.
06 DE SETEMBRO
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1. DIFERENÇA ENTRE CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL – ARTIGO 128 CTN
1.1 SUJEIÇÃO PASSIVA DIRETA: trata-se do contribuinte, que tem relação direta com o fato gerador.
1.2 SUJEIÇÃO PASSIVA INDIRETA: é o responsável.
2. CLASSIFICAÇÃO 
RESPONSABILIDADE 		 POR SUBSTITUIÇÃO: desde a ocorrência do fato gerador, verifica-se a figurado o responsável (substituto) que irá pagar o tributo em nome do substituído. Por exemplo: ICMS.
 (
D
) (
C
) (
B
) (
A
)		
		
**substituição tributária para trás – aquela que o sujeito no final na cadeia contributiva é devido ao que foi realizado nas cadeias anteriores. A título de exemplo: empresa que atua no ramo de alimentos e adquire insumos (aves) embalados para consumo.
** substituição tributária para frente – como por exemplo uma montadora de veículos, que é mais fácil verificar a tributação no início do que no final da cadeia em cada concessionária. O mesmo exemplo da Ambev, em que é melhor realizar a tributação no início do que realizara fiscalização nas empresas.
 (
B
) (
D
) (
C
) (
A
)
							
No entanto, a substituição para frente tem um problema em que temos uma fixação de quanto seria o valor (o fato gerador antes da ocorrência do fato), mas pode ocorrer que eu vendo por um valor muito maior do que devido ou menor ao que era devido.
Poderia suscitar uma ilegalidade da substituição para frente? Artigo 150, §7° da Constituição Federal – menciona sobre o fato gerador presumido. A constitucionalidade é questionável porque fere clausula pétrea (o direito fundamental que seja respeitada a sua capacidade contributiva).
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
			 POR TRANSFERÊNCIA: a relação entre o Estado e o Contribuinte, mas por alguma razão tem a transferência da responsabilidade para o responsável. O primeiro exemplo é da morte (primeiro estado contribuinte, depois sai o contribuinte e entra o responsável).
					- DOS SUCESSORES
					- DOS TERCEIROS 
2.1 RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO: originaria, ou seja, originalmente é posto no polo passivo o responsável.
2.2 RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA: derivada, em que se instaura com o contribuinte e depois é realizada a transferência.
3. HIPÓTESES – ARTIGO 130, CTN 
 Artigo 130 a 135 do CTN
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Esses são passiveis de transferência da responsabilidade, mas posso isentar a minha responsabilidade se comprovar por meio de certidão que não tinha conhecimento:
	- IMPOSTOS: PROPRIEDADE/ DOMINIO ÚTIL/ POSSE
	- TAXA DE SERVIÇO
	- CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Quando é realizada a compra por hasta pública não posso pagar nenhum tipo de imposto, taxa de serviço ou contribuição de melhoria, quem deverá pagar é o antigo proprietário.
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
	I – BENS ADQUIRIDOS/ REMIDOS ADQUIRENTE
I - O adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto Lei nº 28, de 1966)
	II – HERDEIROS E CONJUGES MEEIROS: como funciona entre o período de abertura da sucessão até a partilha – o inventariante, o sujeito que presta contas ou espólio (conjunto de bens).
II - O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
	TRIBUTOS
	CONTRIBUINTE
	RESPONSÁVEL
	TIPO
	CTN
	DEVIDOS ATÉ A MORTE
	DE CUJOS
	ESPÓLIO 
	PESSOAL 
	ARTIGO 131, III, CTN
	DEVIDOS ATÉ A MORTE E NÃO PAGOS ATÉ A PARTILHA (Descobertos após sentença de partilha)
	DE CUJOS
	CÔNJUGE MEEIRO E HERDEIROS 
	PESSOAL 
	ARTIGO 131, II, CTN
	DEVIDOS APÓS A MORTE E NÃO PAGOS ATÉ A PARTILHA (descobertos após a partilha)
	ESPOLIO 
	CÔNJUGE MEEIRO E HERDEIROS
	PESSOAL
	ARTIGO 131, II, CTN
	DEVIDOS APÓS A MORTE (Descobertos antes da partilha)
	ESPOLIO 
	INVENTARIANTE 
	SOLIDÁRIA
	ARTIGO 134, IV, CTN
	III - ESPÓLIO
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
09 DE SETEMBRO
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUCESSÃO EMPRESARIAL
1. ARTIGO 132, CTN: 
- FUSÃO 228, LSA
A junção entre duas empresas, para a criação de uma outra empresa. Sob o ponto de vista tributário, se A tinha dívidas tributarias e B também tinha dívidas tributárias, isso será imputado à nova empresa C.
 (
 
B
) (
 C
) (
 
A
)
		+ =
- INCORPORAÇÃO 227, LSA
Quando uma empresa incorpora a outra. Responde pelas dívidas tributarias na qualidade de contribuinte.
 (
 
B
) (
 
B
) (
 
A
)
				
	 ----		
- TRANSFORMAÇÃO 220, LSA
Sendo A uma sociedade limitada e seja transformada em uma sociedade limitada. Nos termos do artigo 132 seria responsável tributária, porém por ser alterado a qualidade da empresa seria considerado contribuinte (essa é uma discussão).
 (
 S/A
) (
 ltda
)
 ---------
Mudança do gênero da empresa.
- CISÃO:
Empresa A deve 90 mil reais e tem as empresas B, C e D. Serão responsáveis de maneira solidaria.
 (
 B
)
 (
 C
) (
 
A
)
 (
 D
)
 
- SUCESSÃO EMPRESARIAL NA EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA:
Quando uma empresa tem dívidas tributárias a pessoa jurídica não consegue ser dissolvida. 
2. ARTIGO 133, CTN 
A aquisição de fundo de comercio ou estabelecimento comercial.
- INTEGRAL (INCISO I): trata-se da responsabilidade integral do adquirente.
- SUBSIDIÁRIA (INCISO II): difere da hipótese prevista no inciso I. É uma responsabilidade subsidiaria, partindo do pressuposto que continua gerar quantia suficiente para gerar quantia suficiente e suportar a imposição tributária.
O continuo desenvolvimento da atividade. Na impossibilidade de se realizar a cobrança do sucessor, cobra do sucedido.
§1° - HIPOTESE DE ALIENAÇÃO JUDICIAL: essa responsabilidade integral/ subsidiaria não se verifica. 
- INAPLICABILIDADE NO CASO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
	* Regra
	* Exceções: §2° do artigo 133 do CTN.
13 DE SETEMBRO
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
1.1 ARTIGO 134, CTN (ATUAÇÃO REGULAR)
A responsabilidade decorre de lei e o responsável tem um vínculo indireto com o fato gerador; O vínculo entre o responsável e o contribuinte decorre de um dever legal ou contatual.
134: age de maneira regular lícita
Tipo de responsabilidade: solidária. Contribuinte e responsável respondem pelo todo sem o benefício de ordem.
Parte da doutrina diz que estaríamos diante de uma responsabilidade subsidiária, mas CTN diz solidária.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
	A. IMPOSSIBILIDADE DE CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
	B. AÇÃO OU INDEVIDA OMISSÃO IMPUTÁVEL AO RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
Imobiliária, px.  responsabilidade decorrente de um contrato. 
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício.
•	Deveriam exigir o comprovante, caso não tenha exigida atrai para si a responsabilidade.
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
· 1.2 ARTIGO 135, CTN (ATUAÇÃO IRREGULAR): Excesso de poder, Infração à lei ou Estatuto.
	- PESSOAL: neste é necessário a comprovação de dolo por parte dos agentes econômicos, e este será responsabilizado de maneira pessoal.
	- EXCESSO DE PODERES OU INFRAÇÃO À LEI, CONTRATO SOCIAL OU ESTATUTO: + desde que comprovado o dolo.
	- SÚMULA 430 STJ: o mero inadimplemento de tributos, isso por si só não conduz a responsabilidade dos sócios. 
	- SÚMULA 435 STJ (dissolução irregular de uma sociedade): quando ocorre a dissolução irregular da sociedade será distribuído a pessoa física.
- CDA (CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA): com a ocorrência do fato gerador, que pode contemplar o sócio (como codevedor) ou posso verificar certidõesque não contemplam o sócio.
Se ela existe, sabe-se que ao mesmo teve garantido o direito de defesa na esfera administrativa. Se não foi oportunizada a defesa na esfera administrativa, observa-se a possibilidade de nulidade da execução.
Atualmente as CDA já colocam o nome do sócio, mas isso não quer dizer que tiveram oportunidade de realizar a defesa na esfera administrativa.
Existe uma discussão na doutrina se seria uma espécie de desconsideração da personalidade jurídica do codigo civil (art.50), e outra parte da doutrina diz que não, pois a desconsideração da personalidade jurídica por desvio da personalidade e confusão patrimonial. Diferenciando-se do artigo 135 do CTN.
16 DE SETEMBRO
 
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
1. ARTIGO 136 DO CTN
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
	- RESPONSABILIDADE OBJETIVA: independentemente de culpa e dolo. Terá responsabilidade o sujeito que pratica a infração.
A responsabilidade é objetiva, mas a lei pode estabelecer outras formas de responsabilidade, por exemplo: a mera falta de pagamento do tributo (a infração de pagamento de tributo com atrasado), não interessa a intenção do sujeito.
· Lei 9.430/96, artigo 44, §1° – na prática de qualquer ato com fim de enganar o fisco, a multa de 75% passa para 150%, muito embora a responsabilidade seja objetiva se comprovado que tinha essa intenção. Podendo ser majorada para 225%.
2. ARTIGO 137 DO CTN
	- RESPONSABILIDADE PESSOAL: o responsável pela infração será direcionado a sua pessoa, não tem a transferência.
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - Quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
II - Quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
3. ARTIGO 138 DO CTN – DENÚNCIA ESPONTÂNEA: em caso de falta de pagamento de tributo (obrigação principal) o sujeito pode excluir a denúncia espontânea (antes de realizar qualquer procedimento fiscal) e realizar o pagamento respectivo.
Basicamente, incentivar o que atrasou o pagamento a ser realizar o pagamento.
	- “ARREPENDIMENTO EFICAZ” / “DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA”.
	- § ÚNICO
	- PARCELAMENTO? A denúncia espontânea não pode ser realizada de maneira parcelada. Pode ser que lei estabeleça de maneira contrária. Os parcelamentos tributários, definem-se através de planos e estabelecem benefícios, se propondo a pagar o tributo (crédito tributário) o desconto é maior.-
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
	- TRIBUTOS SUJEITOS AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO? (SÚMULA 360/STJ): 
Os tributos sujeitos ao lançamento por homologação (artigo 150, caput, §4° do CTN) – aquele que o próprio sujeito promove a apuração e realiza o pagamento ANTECIPADO. Feito o pagamento, é dado um prazo para a análise, e se estiver de acordo é realizada a homologação. Por exemplo: o Imposto de Renda.
Súmula 360 do STJ - O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.
A consulta fiscal – em caso de dúvidas quanto ao tributo.
2
Luiza Martins

Continue navegando