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Redação - Crise no Sistema Prisional Brasileiro

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Esther Perinni Lopes – Medicina UVV XXVIII
Tema: Crise no sistema prisional brasileiro
Nota: 920
A obra literária "Presos Que Menstruam", escrita pela jornalista Nana Queiroz, retrata a realidade do sistema penitenciário brasileiro ao discorrer sobre agressões e condições básicas precárias. Apesar da Constituição Federal de 1988 garantir a todos os indivíduos o direito à segurança, alimentação, educação e ao bem-estar social, o livro de Queiroz exibe exatamente o oposto.
Em primeiro lugar, é imprescindível salientar que a população carcerária do Brasil é a terceira maior do mundo, de acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Outrossim, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) ressalta que, em uma cela de 20 metros quadrados, são mantidas 50 pessoas. Nesse sentido, se torna indubitável e notório que tais situações interferem nos direitos do cidadão, garantidos na Constituição. Então, essa superlotação dos presídios tem como eminente razão o elevado índice de prisões provisórias, ou seja, indivíduos que ainda aguardam o julgamento de seus atos. Cerca de 44% da população penitenciária é provisória.
Sob essa ótica, ganha particular relevância a terceira lei postulada pelo físico Isaac Newton, que "para toda ação, existe uma reação". Dessa maneira, o déficit de vagas nos presídios tem como consequência a inconstância das necessidades básicas dos carcerários. Com isso, muitos não possuem local adequado para descansar, como também não há alimento o suficiente para todos. Além disso, muitas mulheres são submetidas a agressões, não recebem absorventes, sequer atendimento médico, situações estas evidenciadas no livro "Presos Que Menstruam". Por conseguinte, esses fatores agem como empecilhos no processo de reinserção desses indivíduos na sociedade civil, ferindo as assegurações constadas na Carta Magna. Pois, como disse o educador Allan Kardec, "a justiça consiste no respeito aos direitos de cada um".
Desse modo, compete ao Governo Federal, juntamente com os Ministérios da Justiça e da Segurança Pública, a realização de políticas relacionadas à asseguração dos direitos da população carcerária. Isso seria feito por meio de visitas profissionais com o objetivo de garantir os direitos de cada carcerário, de modo que esse profissional seja capaz de fazer pedidos como o aumento de verbas direcionadas à alimentação ou estruturação do local, como também conversar com os indivíduos ali mantidos, garantindo o bem-estar dos mesmos. Tudo isso com o fito de promover um ambiente penitenciário mais agradável, e, assim, realizando uma efetiva reinserção dos presos na sociedade civil. Afinal, como disse o filósofo Platão, "o importante não é viver, mas viver bem".

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