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Processos Constuitivos - parte 3

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Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
- 56 -
 
TEMA 6 – Sistemas Prediais 
 
Sistemas prediais são sistemas físicos integrados a um edifício, que têm por 
finalidade dar suporte às atividades dos usuários, suprindo-os com os insumos 
prediais necessários e propiciando os serviços requeridos. 
Têm-se os seguintes sistemas prediais: suprimento de energia elétrica, gás 
combustível, água, esgoto, águas pluviais, segurança e proteção contra 
incêndio, segurança patrimonial, condicionamento de ar, transporte 
mecanizado (elevadores, escadas rolantes), comunicação interna, 
telecomunicação e automação, entre outros. 
A denominação de "sistemas" deve substituir a definição usual de "instalações 
prediais" considerando a necessidade de enfocar sistematicamente essa área 
do conhecimento. 
 
INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO 
 As instalações de esgoto podem ser divididas em esgoto primário e 
secundário. 
Chama-se esgoto primário a canalização na qual tem acesso os gases 
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. Dessa 
forma, pode-se concluir que o esgoto secundário deve ser lançado ao primário 
uma vez que a saída do prédio é única. 
Se esse lançamento fosse feito diretamente, haveria retorno de gases e mau 
cheiro. Por estas razões, pode-se concluir que um dos aspectos fundamentais 
para o projeto das instalações de esgoto é a correta ventilação das instalações. 
O retorno do mau cheiro pelos aparelhos é evitado pelo fecho hídrico existente 
nas bacias sanitárias, no ralo sifonado (como indica o nome), pela caixa de 
gordura e pela caixa sifonada. (fig. 75/76) 
 
 
Figura 75 - Detalhe do ralo sifonado Figura 76 - Detalhe da bacia sanitária 
 
 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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Pode-se fazer o seguinte resumo dos despejos existentes em um prédio: 
 
L AVAT Ó R I O
B I D E T
C H U V E I R O
B A N H E I R O
R A L O
S I F O N A D O
B A C I A S A N IÁ R I A T U B O D E Q U E D A C A I X A D E
IN S P E Ç Ã O
P I A D E C O Z I N H A
M Á Q U I N A D E L AVA R L O U Ç A
T U B O D E
G O R D U R A
C A I X A D E
G O R D U R A
T A N Q U E
M Á Q U I N A D E L AVA R R O U PA
T U B O
S E C U N D Á R IO
C A I X A
S I F O N A D A
 
 
As alturas de tomada dos pontos de esgoto residencial, podem ser as 
seguintes (medidas considerando o piso acabado): 
 → máquina de lavar roupa: 70/80cm 
 → mictório com sifão externo: 37cm (fig. 77) 
→ tanque: 40cm (fig. 78) 
Figura 77 - Detalhe do mictório 
 
Figura 78 - Detalhe do tanque 
REDE 
COLETORA
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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 → lavatório: 50cm (fig. 79) 
 → pia de cozinha: 60cm (fig. 80) 
 
 
 
Figura 79 - Detalhe do lavatório 
 
 
 
 
Figura 80 - Detalhe da pia de 
cozinha 
 
 → máquina de lavar louça: 70cm (se for sob bancada, deve-se verificar). 
 → bidê: no chão, distante aproximadamente 30 centímetros da parede. 
(fig 81) 
 
 
Figura 81 - Detalhe do bidê 
 
 
Figura 82 - Detalhe do esgotamento 
da banheira 
 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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 → banheira: possui dois esgotamentos, um pelo ladrão e outro pela 
válvula de fundo sendo única a ligação com o ralo sifonado. (fig. 82) 
 
Será executada uma única ligação de instalação predial para o coletor público 
de esgoto sanitário, e uma única ligação para a galeria de águas pluviais. 
 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 
O abastecimento de água nos prédios é feito a partir do distribuidor público por 
meio de um ramal predial que compreende: 
• ramal predial propriamente dito ou ramal externo - é o trecho do 
encanamento compreendido entre o distribuidor público de água e a 
instalação predial caracterizada pelo aparelho medidor ou limitador de 
descarga; 
• alimentador predial ou ramal interno de alimentação - é o trecho do 
encanamento que se estende a partir do medidor ou limitador de consumo, 
isto é, do ramal predial até a primeira derivação ou até a válvula de flutuador 
(torneira de bóia). 
O sistema de abastecimento predial de água pode ser classificado da seguinte 
forma: 
 
direto 
Sem bombeamento 
Com bombeamento 
 
Por gravidade 
Sistema indireto RS 
Sistema indireto com bombeamento 
Sistema indireto RI-RS 
 
 
 
Sistema de 
abastecimento 
 
 
 
indireto 
Hidropneumático
Sem bombeamento 
Com bombeamento 
Hidropneumático 
SISTEMA DIRETO 
No sistema direto, as peças de utilização do edifício estão ligadas diretamente 
aos elementos que constituem o abastecimento, ou seja, a instalação é a 
própria rede de distribuição. Conforme as condições de pressão e vazão da 
rede pública, tendo em vista as solicitações do sistema predial, o sistema direto 
pode ser com ou sem bombeamento: 
 SISTEMA DIRETO SEM BOMBEAMENTO - Neste caso, é o sistema de 
abastecimento que deve oferecer condições de vazão e pressão e 
continuidade suficientes para o esperado desempenho da instalação. 
 SISTEMA DIRETO COM BOMBEAMENTO – Neste caso à rede de 
distribuição é acoplado um sistema de bombeamento direto. A água é 
recalcada diretamente do sistema de abastecimento até as peças de 
utilização. Esta tipologia de sistema é empregada quando a rede pública 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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não oferece água com pressão suficiente para que a mesma seja elevada 
aos pavimentos superiores do prédio. 
SISTEMA INDIRETO 
O sistema indireto é aquele onde através de um conjunto de suprimento e 
reserva, o sistema de abastecimento alimenta as colunas de distribuição. 
Quanto à pressurização, o sistema indireto de água fria pode ser por gravidade 
ou pneumático. 
 
 
 
direto sem bombeamento direto com bombeamento 
 
 
indireto com bombeamento indireto RS indireto RI-RS 
 
 
hidropneumático hidropneumático hidropneumático 
sem bombeamento com bombeamento 
Figura 83 - Sistemas de abastecimento de água. 
 
SISTEMA INDIRETO POR GRAVIDADE 
Neste tipo de sistema cabe a um reservatório elevado a função de alimentar as 
colunas de distribuição. Este reservatório é alimentado diretamente pelo 
sistema de abastecimento, com ou sem bombeamento, ou por um reservatório 
inferior com bombeamento. Desta forma, configuram-se três tipos de sistemas 
indiretos por gravidade, quais sejam, o sistema indireto RS, o sistema indireto 
com bombeamento e o sistema indireto RI-RS 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
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 SISTEMA INDIRETO RS - É composto por um alimentador predial equipado 
com válvula e bóia, um reservatório superior e as colunas de distribuição. 
Quando há consumo de água no prédio, ocorre uma diminuição no nível de 
água do reservatório causando uma abertura total ou parcial da válvula de 
bóia. Tal abertura implica um reabastecimento do reservatório superior, 
proporcionado pela rede de abastecimento através do alimentador predial 
 SISTEMA INDIRETO COM BOMBEAMENTO – Neste caso, tem-se um 
alimentador predial equipado com válvula de bóia,. A instalação elevatória, 
o reservatório superior e as colunas de distribuição. Esta solução é adotada 
quando não forem oferecidas, pelo sistema de abastecimento, condições 
hidráulicas suficientes para elevação da água ao reservatório superior. 
 SISTEMA INDIRETO RI-RS – Este sistema é composto pelo alimentador 
predial com válvula de bóia, reservatório inferior, instalação elevatória, 
reservatório superior e colunas de distribuição. O início do ciclo de 
funcionamento desse sistema ocorre quando o reservatório superior estiver 
no nível máximo e a instalação elevatória desligada. O reservatório superior 
possui uma chave elétrica de nível, a qual aciona a instalaçãoelevatória 
num nível mínimo e desliga a mesma num nível máximo. Desta forma, 
havendo consumo de água, o nível da mesma no reservatório superior 
desce até atingir o nível onde dá-se o acionamento automático das bombas 
de recalque que são desligadas quando a água volta a atingir o nível 
máximo. Paralelamente, quando do acionamento da instalação elevatória, a 
válvula de bóia do alimentador predial abre-se parcial ou totalmente, e o 
reservatório inferior passa a ser alimentado pela rede de abastecimento. 
Vale lembrar que o reservatório inferior também é dotado de uma chave 
elétrica de nível que impede o acionamento da instalação elevatória quando 
ele estiver vazio. 
SISTEMA INDIRETO HIDROPNEUMÁTICO 
Neste sistema o escoamento da rede de distribuição é pressurizado através de 
um tanque de pressão contendo ar e água. O sistema indireto hidropneumático 
pode ser sem ou com bombeamento, ou ainda com bombeamento e 
reservatório inferior (usualmente conhecido como sistema hidropneumático). 
 SISTEMA INDIRETO HIDROPNEUMÁTICO SEM BOMBEAMENTO – Este 
sistema compõe-se de um alimentador predial, um tanque de pressão e as 
colunas de distribuição. A pressurização do tanque é através do sistema de 
abastecimento. 
 SISTEMA INDIRETO HIDROPNEUMÁTICO COM BOMBEAMENTO – A 
composição deste sistema é a seguinte: alimentador predial, instalação 
elevatória, tanque de pressão e colunas de distribuição. O tanque é 
pressurizado através da instalação elevatória. 
 SISTEMA HIDROPNEUMÁTICO (BOMBEAMENTO+RI) – Este sistema 
compõe-se do alimentador predial com válvula de bóia, um reservatório 
inferior, uma instalação elevatória e um tanque de pressão. Quando o 
tanque de pressão estiver sob pressão máxima e o sistema de recalque 
desligado, a água no reservatório deve estar no nível máximo e o sistema 
apresenta condições de iniciar seu ciclo. Desta forma, quando há consumo 
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de água, o nível no reservatório começa a diminuir progressivamente. O 
colchão de ar expande-se e a pressão no interior do tanque diminui até 
atingir uma pressão mínima. Nessa situação, o pressostato aciona o 
sistema de recalque, elevando, simultaneamente, o nível d’água e a 
pressão no interior do tanque aos respectivos valores máximos. À pressão 
máxima, o pressostato desliga o sistema de recalque propiciando o início de 
um novo ciclo. O reservatório inferior comporta-se de forma idêntica ao do 
sistema RI-RS 
O sistema normalmente utilizado na cidade do Rio de Janeiro é o indireto com 
reservatório superior e inferior (RI-RS). Com esse sistema, a trajetória que a 
água percorre até chegar ao usuário, pode ser assim resumida: 
DISTRIBUIDOR PÚBLICO REGISTRO DE DERIVAÇÃO PESCOÇO DE 
GANSO REGISTRO DE PASSEIO HIDRÔMETRO TORNEIRA DE 
BÓIA CAIXA PIEZOMÉTRICA CISTERNA VÁLVULA DE PÉ COM 
CRIVO TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO BOMBAS D’ÁGUA TUBULAÇÃO 
DE RECALQUE RESERVATÓRIOS SUPERIORES BARRILETES 
COLUNAS RAMAIS SUBRAMAIS USUÁRIO 
O registro de derivação fica junto ao distribuidor público e dele parte o ramal 
predial externo. 
Nas ligações de chumbo, cobre ou PVC, à saída do registro de derivação , dá-
se uma curvatura ao tubo ou utiliza-se uma peça pronta chamada pescoço de 
ganso. Essa peça evita que o ramal se rompa, mesmo com a trepidação 
devida ao tráfego e à acomodação do terreno, o que poderia ocorrer se o tubo 
estivesse esticado. 
O registro de passeio, também conhecido como registro de fecho, permite 
que o Serviço de Águas da municipalidade possa efetuar o corte no 
fornecimento de água para o edifício. Existe uma caixa de passeio com tampa 
que permite o acesso a ele 
O ramal externo termina no hidrômetro, destinado a medir o consumo predial. 
Devem ficar numa caixa ou nicho, de alvenaria ou concreto, de modo a permitir 
a fácil remoção e leitura. Na caixa onde este é colocado existe também um 
registro de pressão ou de gaveta do ramal externo e um registro de pressão ou 
de gaveta do ramal interno podendo ser exigido, ainda, um filtro antes do 
hidrômetro provido de tala para realização da limpeza. Todo o material do 
ramal externo, inclusive o hidrômetro, é fornecido pelo órgão competente. Os 
hidrômetros podem ser: 
• volumétricos - que se baseiam na medida do número de vezes que uma 
câmara de volume conhecido se enche e se esvazia. Indicado para 
instalações de pequenas vazões; 
• taquimétricos - que se baseiam na medida da velocidade do fluxo de água 
através de uma seção de área conhecida. 
O uso da caixa piezométrica corresponde a uma tentativa do órgão público de 
proporcionar uma distribuição com pressão igual para todos os consumidores. 
No caso de ramais para atendimento de grandes consumidores ela é 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
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normalmente dispensada. A NBR-5626 determina que, “quando o reservatório 
for construído abaixo do nível do meio-fio, seja instalada uma coluna 
piezométrica do ramal predial, em forma de sifão, dotado de dispositivo quebra-
vácuo, até 2,50m, no mínimo, acima da cota do meio fio”, a fim de evitar a 
contaminação do distribuidor público com água do reservatório eventualmente 
infectada, caso de forme vácuo na rede pública. No caso de utilização da caixa 
propriamente dita, ela tem um volume variando entre 200l a 300l e devem ser 
instaladas a 3m em relação ao meio-fio. 
O tipo de aquecimento bem como o sistema de descarga das bacias 
sanitárias definem o projeto de instalações de água. Utilizando-se válvulas de 
descarga, é aconselhável ter uma coluna de água especial para alimentar as 
bacias, sendo que esta "recomendação" se torna obrigatória caso a mesma 
coluna que alimente as bacias forneça água para aquecedores individuais à 
gás. A adoção das bacias sanitárias com caixa de descarga facilita o projeto 
de instalações, eliminando os problemas aqui ilustrados. 
A tubulação de PVC é utilizada para água fria e de cobre ou ferro galvanizado 
para água quente sendo esta revestida com algum material isolante (lã de 
vidro, por exemplo) para que não haja perda de energia ou mesmo trincas nas 
paredes devido à dilatação e retração térmica. É interessante observar que 
em alguns países europeus de clima frio, desenvolveu-se um sistema de 
aquecimento ambiental utilizando tubulações flexíveis de plástico especial 
(polietileno reticulado) embutidas no contrapiso, para a condução de água 
quente em ciclo fechado, aprimorando, assim, o conforto térmico do ambiente 
a partir do calor proveniente do piso. 
A tubulação não deve ser aprofundada em demasia dentro do rasgo ou 
cavidade, para que, na colocação do registro, não venha o eixo do mesmo ficar 
com o comprimento insuficiente para a colocação da canopla e do volante. 
As tubulações aparentes deverão ser convenientemente fixadas por 
braçadeiras, tirantes ou outro dispositivo que lhes garanta perfeita estabilidade 
não permitindo vibrações. As tubulações deverão ter suas extremidades 
vedadas com peças especiais (bujões) a serem removidos na ligação final dos 
aparelhos sanitários. As provas de pressão interna devem ser verificadas e 
especificadas nas suas respectivas normas. Elas deverão ser feitas antes do 
revestimento da alvenaria. 
As alturas de utilização dos pontos de tomada d'água podem ser as seguintes 
(medidas considerando o piso acabado): 
 → lavatórios: 60cm 
 → mictório: 50cm 
 → bacia sanitária (com válvula): 28cm 
 → válvula de descarga: 100cm 
 → filtro: 180cm 
 → torneira do tanque: 120cm 
 → chuveiro: + 220cm 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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CUIDADOS NA EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 
De maneira geral, podem-se listar os seguintes cuidados na execução das 
instalações hidrossanitárias: 
• Inspecionar os materiais ao chegarem na obra. 
• Exigir o fechamento das extremidadesdos canos, com plugs e nunca 
com papel ou madeira, a fim de evitar a entrada de corpos 
estranhos. 
• Controlar as colunas quanto ao embutimento nas alvenarias ou 
em espaços destinados para tal fim, proibindo-se sua inclusão na 
estrutura de concreto armado. 
• As passagens necessárias na estrutura de concreto armado devem ser 
previstas nos projetos de fôrmas. 
• Verificar as juntas de todas as tubulações segundo as especificações. 
• Testar as tubulações com pressões adequadas antes do revestimento. 
• Verificar o isolamento térmico das tubulações de água quente. 
• Fazer revisão e regulagem geral de válvulas de descarga, registros e 
boilers, antes da entrega da obra. 
• As ligações de bombas de recalque devem ser feitas com mangotes e 
suportes de borracha para evitar problemas decorrentes das vibrações. 
• Atentar para os devidos caimentos nas instalações de águas pluviais e 
esgoto. 
• Chumbar todos os ramais de ventilação às suas respectivas 
colunas, nunca deixando-os apenas apoiados. 
• Nas saídas das ventilações no telhado, usar sempre um chapé 
adequado ou duas curvas de 90o a fim de não permitir a entrada de 
água de chuva. 
 Os fundos das valas para tubulações enterradas deverão ser bem 
apoiados antes do assentamento. A colocação de tubos de ponta e bolsa será 
feito de jusante para montante, com as bolsas voltadas para o ponto mais 
alto. As tubulações devem passar a distâncias convenientes de qualquer 
fundação a fim de prevenir a ação de eventuais recalques. 
O projeto e a execução de reservatórios de água deverão atender aos seguintes 
requisitos de ordem sanitária: 
 1) assegurar perfeita estanqueidade; 
 2) utilizar materiais que não venham a prejudicar a potabilidade da água; 
 3) permitir inspeção e reparos, através de aberturas dotadas de bordas 
salientes e tampas herméticas. As bordas, no caso de reservatórios 
subterrâneos, terão altura mínima de 0,15m; 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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 4) possuir extravasor, descarregando visivelmente em área livre, dotado 
de dispositivo que impeça a penetração no reservatório de elementos que 
possam poluir a água; 
 5) é vedado a passagem de canalização de esgoto sanitário e pluvial pela 
cobertura ou interior de reservatórios. 
Figura 84 - Altura dos pontos de utilização dos aparelhos e peças 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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Figura 85 - Instalação da bacia sanitária com caixa de descarga 
 
Figura 86 - Detalhe da instalação da válvula de descarga 
 
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
Até bem pouco tempo atrás, o material mais utilizado em tubulações elétricas 
era o ferro galvanizado. O objetivo da galvanização era o de retardar o 
aparecimento de ferrugem. Atualmente o eletroduto de PVC rígido (composto 
Apostila para a disciplina: Processos Construtivos III 
organização: prof. Mônica Santos Salgado 
 
 
 
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especial de polivinila) é uma solução que une durabilidade, segurança, 
facilidade de transporte e de execução. 
 ELEMENTOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA: 
 TUBULAÇÃO: Chamadas eletrodutos ou conduções servem para 
proteger os condutores contra umidade, choques mecânicos e elementos 
químicos agressivos. 
 CAIXA DE PASSAGEM: São as caixas usadas para interruptores, 
tomadas ou mesmo para facilitar o manuseio da enfiação. As caixas que 
formam pontos de luz no teto são sextavadas com fundo removível para 
facilitar sua instalação que é feita antes da concretagem. 
 FIAÇÃO: Os fios são responsáveis pela condução da energia desde a 
fonte até o ponto de utilização. As emendas necessárias devem ser feitas no 
interior das caixas de passagem. 
 CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO: Onde se localizam os disjuntores que 
protegem e controlam os diversos circuitos internos. 
 APARELHOS: Nome dado às tomadas, disjuntores, interruptores, etc. 
EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
A execução das instalações elétricas embutidas, considerando uma obra 
convencional, divide-se em quatro etapas: 
 1a. antes da concretagem 
Nesta etapa, o engenheiro construtor deve fiscalizar o local de todas 
as caixas de passagem, dos pontos de luz nas fôrmas, assim 
como verificar se elas estão protegidas contra a penetração de nata 
de cimento que pode obstruir a entrada dos eletrodutos nas caixas. 
Em seguida, conferir a locação das descidas na alvenaria e a 
passagem nas vigas. Primeiramente, a equipe de carpinteiros 
prepara a fôrma da laje, depois os eletricistas colocam a malha de 
conduítes com as respectivas caixas para lâmpadas. Os 
armadores colocam a ferragem com o cuidado para não amarrar 
os conduítes ou mangueiras. 
 2a. na descida nas alvenarias 
Compreende a marcação, rasgo e colocação dos conduítes e caixas. 
 3a. após o revestimento das paredes, tetos e pisos 
Há que se verificar se os eletrodutos estão livres de sujeiras 
decorrentes do chapisco ou emboço para começar a enfiação da 
tubulação. 
 4a. após a última pintura 
 Instalação dos aparelhos (interruptores e tomadas) 
De maneira geral, podem-se listar os seguintes cuidados na execução das 
instalações elétricas: 
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• Proteger os eletrodutos aparentes ou os que ficarem sobre os tetos 
de gesso assim como as caixas de luz. 
• Nunca deixar que os eletrodutos fiquem aflorados na alvenaria pois, 
não ficando integralmente dentro da argamassa do revestimento, é 
certo o aparecimento de trincas. 
• Especial cuidado deverá merecer a execução das entradas de energia 
quanto à seção dos cabos, estanqueidade do manilhamento, feitura das 
caixas de passagem, quadros, postes, braçadeiras, etc. 
• Examinar a instalação dos aparelhos elétricos particularmente quanto à 
existência de ligação terra para chuveiro, torneiras, aquecedores, etc. 
• Inspecionar os materiais ao chegarem na obra observando a 
qualidade e peso dos conduítes e caixas. 
• Acompanhar a execução dos serviços observando se as caixas dos 
pontos de luz estão localizadas conforme projeto. 
• Exigir vedação das caixas e conduítes a fim de evitar a entrada 
de corpos estranhos. 
• Nas emendas dos eletrodutos ter o cuidado de eliminar as rebarbas 
que possam prejudicar a enfiação. 
• As ligações dos eletrodutos às caixas de derivação deverão ser feitas 
por meio de arruelas e buchas galvanizadas ou de alumínio, 
rosqueadas e fortemente apertadas. 
• Antes da concretagem os eletrodutos deverão estar perfeitamente 
fixados às fôrmas e devidamente obturados a fim de evitar a 
penetração de nata de cimento. Tal precaução deverá também ser 
tomada quando da execução de qualquer serviço que possa 
ocasionar a obstrução da tubulação. 
• A enfiação só será procedida quando a construção estiver protegida 
da chuva. 
• As caixas embutidas nas paredes deverão facear o revestimento da 
alvenaria. 
Para que as prumadas desçam pelo interior do edifício deve-se prever vazios 
em cada pavimento de preferência no hall comum (shafts). 
 
INSTALAÇÕES DE GÁS: 
As instalações de gás se dividem nas seguintes tubulações: 
- ramal externo 
Trecho da tubulação responsável pela ligação entre a rede geral e o 
medidor predial, que vai desde a rede propriamente até o muro do terreno. 
- ramal interno 
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Trecho da tubulação responsável pela ligação entre a rede geral e o medidor 
geral, que vai do muro do terreno até o medidor. 
- ramificação primária 
Tubulação que liga o medidor coletivo aos medidores individuais. 
- ramificação secundária 
Tubulação que liga os medidores individuais ao ponto de gás. 
Ascaixas de proteção ou cabine dos medidores individuais poderão ser 
colocadas no pavimento térreo em locais de servidão comum, podendo ser 
agrupados ou não, ou ainda no interior das respectivas economias. 
Nas paredes onde forem embutidas as prumadas e os trechos verticais dos 
aparelhos de utilização, não é permitido o uso de tijolos vazados a uma 
distância de 20cm para cada lado (usar tijolos maciços). 
Para o Rio de Janeiro, nas ruas onde ainda não existir redes de gás, é 
obrigatória a construção do ramal interno, para edificações multifamiliares ou 
mistas com mais de cinco unidades residenciais, o qual ficará interrompido a 
uma distância de 0,50 metros para fora do limite da propriedade, 
adequadamente vedada nessa extremidade, obrigando-se, ainda, a caixa de 
proteção dos medidores. 
Os projetos, as obras e os serviços de instalação de gás no Rio de Janeiro, só 
poderão ser executados por instaladores inscritos na CEG - Companhia 
Estadual de Gás - onde a CEG já tenha rede de gás, e inscritos nas 
respectivas Prefeituras quando executadas nos demais Municípios. 
A área total das aberturas para ventilação das caixas de proteção ou cabines, 
será de, no mínimo, um décimo (1/10) da área da planta baixa do 
compartimento. Vale ressaltar que no interior das caixas de proteção ou 
cabines não poderá existir hidrômetro nem qualquer dispositivo capaz de 
produzir centelha, chama ou calor. Ademais, não será permitida a colocação de 
qualquer outro aparelho, equipamento ou dispositivo elétrico, além do 
necessário à iluminação, que deverá ser à prova de explosão. 
As instalações só serão aprovadas depois de submetidas pelos instaladores à 
prova de estanqueidade mediante emprego do ar comprimido ou gás inerte 
com pressão de 1000 mm.c.a. No caso de instalações embutidas, essa prova 
deverá ser feita antes da execução do revestimento. 
Todo o aquecedor de água deverá utilizar chaminé (fig. 87) destinada a 
conduzir os produtos da combustão para o ar livre ou para o prisma de 
ventilação. 
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Figura 87 - Detalhe da chaminé dos aquecedores individuais a gás. 
 
TRANSPORTE MECANIZADO - ELEVADORES 
São instalações de longa vida (25 a 40 anos), devendo ser projetados de 
maneira a atender às necessidades crescentes. São elementos da instalação 
de elevadores: 
CAIXA DE CORRIDA 
Deve ser construída de material incombustível, os pilares devem ser 
distribuídos nas paredes laterais e dos fundos deixando a parte frontal livre 
para a fixação dos marcos e da botoeira de chamada. Não é permitida a 
colocação de qualquer outra tubulação no interior das caixas além da 
necessária para a própria instalação do elevador, procurando-se evitar 
tubulações no interior das paredes da caixa. 
CASA DE MÁQUINAS 
Contém o motor e os aparelhos de manobra do elevador. Exige-se paredes 
incombustíveis, isolamento térmico, pé-direito de 2,10m, extintor de incêndio 
junto à porta de acesso, escada incombustível e fixa. Se possível, isolamento 
acústico nas paredes. 
CASA DE POLIAS 
Local destinado às polias superiores, quando as máquinas não estiverem 
colocadas na parte superior do conjunto. Deve ter piso incombustível, 
iluminação artificial, pé-direito mínimo de 1,30m e espado mínimo de 30cm de 
altura sobre as polias de guia. 
POÇO 
É o local onde se move a cabine e também onde se encontra o contrapeso. 
Não deve haver nada que reduza suas medidas e a impermeabilização 
deve ser de qualidade. Suas paredes devem ser de material não inflamável ou 
refratário. 
CABINE 
A altura interna mínima deve ser de 2,0m. 
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SERVIÇOS QUE DEVEM SER EXECUTADOS PELA CONSTRUTORA: 
 
o construção e acabamento da casa de máquinas, do poço e da caixa do 
elevador, atendendo às exigências da NB 30 e as indicações do 
fabricante 
 
o execução de pontos de apoio para fixação das guias do carro e do 
contrapeso e trabalhos de alvenaria exigidos pelo fabricante 
 
o fornecimento de energia elétrica provisória e suficiente para os trabalhos 
de montagem do elevador e posteriormente, ligação de luz e força 
definitivas na casa de máquinas 
 
o instalação, na casa de máquinas, de chave trifásica com os fusíveis para 
o elevador, de uma tomada de terra ligada à chave de força do elevador, 
de um extintor de incêndio próprio para equipamentos elétricos e tantas 
tomadas de 600w quantas forem necessárias. 
 
o permitir a instalação da cabine, não fechando algumas paredes, ou 
retirando tapumes, preparando caminhos e rampas, etc. 
. 
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TEMA 7 - Esquadrias 
 
Os caixilhos que estruturam as esquadrias podem ser de madeira, aço, ferro, 
alumínio e PVC. Dependendo da ferragem adotada pode-se ter portas de abrir, 
correr, tipo vai-vém, basculante para cima (tipo porta de garagem), com eixo 
central (tipo roleta de ônibus), várias folhas de abrir com dobras ou mesmo de 
correr (sanfona). 
Assim como as portas, as janelas podem assumir vários tipos de aberturas em 
função das ferragens: abrir, correr, guilhotina, basculante, pivotante. Além 
disso, pode-se combinar panos opacos e transparentes para obter diferentes 
combinações do vento e iluminação. 
Para que se possa especificar o tipo de janela mais adequado de acordo 
com cada ambiente, é necessário conhecer as vantagens e desvantagens 
que cada modelo pode oferecer. 
JANELAS DE CORRER: 
Podem executar esse movimento no sentido horizontal ou vertical (tipo 
guilhotina) . As janelas de correr horizontais podem ser constituídas de uma 
ou mais folhas. Essas têm como vantagens: 
• ventilação regulada conforme a abertura das folhas; 
• as suas folhas não se movimento sob a ação dos ventos (não se 
fecham); 
• são de simples operacionalização; 
• possibilitam a utilização de folhas de grandes dimensões; 
• não se projetam para áreas internas ou externas (possibilitando a 
colocação de grades, persianas e cortinas); 
• exigem pouca manutenção. 
As desvantagens desse tipo de janela são: 
• quando abertas, não liberam a totalidade do vão (normalmente 50% 
deste); 
• apresenta dificuldades de limpeza na parte externa; 
• exige vedações nos batentes (a fim de evitar infiltrações indesejáveis de 
ar ou água). 
As janelas de correr verticais (tipo guilhotina) são constituídas por uma ou 
mais folhas e movimentadas no sentido vertical. Apresentam as mesmas 
vantagens das janelas de correr horizontais podendo-se acrescentar que 
estas permitem a ventilação higiênica (ou de inverno), que se faz quando 
da passagem da ventilação somente pela parte superior da janela. 
Como desvantagens, pode-se citar as mesmas das janelas de correr 
horizontais, além da manutenção mais freqüente pela presença dos cabos e 
contrapesos utilizados para o balanceamento e funcionamento. No caso da 
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regulagem através de borboletas, acrescenta-se a desvantagem da 
impossibilidade de regular adequadamente a quantidade de passagem da 
ventilação. 
JANELAS DE ABRIR: 
Possuem eixo vertical de abertura e são formadas por uma ou mais folhas 
(superfícies que podem ser móveis ou fixas), podendo abrir-se para dentro ou 
para fora da edificação (fig.88). 
Entre as vantagens de uso da das janelas de abrir, pode-se citar: 
• abertura completa do vão; 
• facilidade de limpeza e manutenção; 
• permite a colocação de grades ou telas exteriores, quando se abre 
para dentro, e internas quando se abre para fora. 
As desvantagens são: 
• não é possível regular a ventilação; 
• ocupa espaço interno se as folhas abrirem para dentro;• não podem permanecer abertas quando ocorrem chuvas oblíquas em 
relação ao plano da fachada em que se encontram inseridas, se não 
houver algum tipo de proteção. 
 
Figura 88 - Janelas de abrir 
 
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JANELAS PIVOTANTES: 
Podem ser horizontais ou verticais (fig. 89). As janelas pivotantes horizontais 
podem ter uma ou mais folhas (tipo basculante). Este tipo de janela terá um 
desempenho do ponto de vista da ventilação, tanto maior quanto maior for seu 
ângulo de abertura. 
Figura 89 - Janela pivotante horizontal e vertical 
 
De acordo com o sistema de comando e abertura desse tipo de janela, é 
possível dirigir o fluxo de ar que entra pela referida abertura. A janela 
pivotante é apontada por diversos autores como a de melhor desempenho no 
direcionamento dos movimentos do ar, assim como da velocidade de entrada 
dos fluxos de ar no interior dos ambientes. 
As vantagens são: 
• permitir ventilação constante na totalidade do vão, mesmo em dias 
chuvosos; 
• ocupar pouco espaço ao abrir ou fechar; 
• facilidade de limpeza; 
• possibilita a entrada do ar frio e saída do ar quente no mesmo vão. 
Como desvantagem dessa tipologia de janela aponta-se a impossibilidade 
de observar o exterior debruçando-se sobre ela. 
As janelas pivotantes verticais podem ser encontradas em uma ou mais folhas 
e possuem as mesmas características das pivotantes horizontais. Permitem 
a passagem da ventilação em praticamente toda a extensão do vão quando 
seus elementos formam 90o com o plano da fachada em que se encontram 
inseridas. Esta tipologia de janela possibilita, também, controlar o fluxo de ar 
e sua direção, através dos sistemas de comando do referido modelo. 
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Apresentam-se como vantagens na utilização da janela pivotante vertical: 
• permitir ventilação constante, mesmo nos dias de chuva; 
• abertura em qualquer ângulo, o que possibilita o controle da ventilação; 
• fácil limpeza; 
• ocupa pouco espaço, tanto interna quanto externamente ao movimentar-
se. 
A desvantagem é a mesma da pivotante horizontal. 
Pode-se ainda incluir na categoria das janelas pivotantes verticais, as janelas 
tipo "camarão", que possuem pivô vertical e sanfonam suas folhas umas 
sobre as outras, num deslizamento dos seus eixos verticais. A vantagem 
desse tipo de janela, consiste em permitir a passagem da ventilação na 
totalidade de seu vão, possibilitando regular a ventilação. (fig. 90) 
Entre as desvantagens, pode-se citar: 
• dificuldade na limpeza; 
• quando se abre para o exterior, gera a impossibilidade de colocar 
grades; 
• quando se abre para o interior, impossibilita a colocação de persianas. 
 
Figura 90- Janela tipo "camarão" 
 
JANELAS MAXIM-AR: 
Podem ser incluídas na categoria de janelas pivotantes horizontais, uma vez 
que também possuem eixo horizontal. Estas, porém, deslizam verticalmente, 
possuem só uma folha e possibilitam a separação dos fluxos de ar quente e 
frio (fig 91). 
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Figura 91 - Janela tipo maxim-ar 
 
As vantagens da janela maxim-ar são: 
• possibilitar ventilação das partes inferiores, mesmo nos dias chuvosos; 
• não ocupar espaço interno; 
• facilidade de limpeza devido à distância que a separa do vão superior. 
Como desvantagens, citam-se: 
• liberação parcial do vão para ventilação; 
• não permite o uso de grades ou telas externas. 
A janela de folha fixa serve tão somente para possibilitar a iluminação e a visão 
do exterior (fig.92). 
Os tipos citados podem ser combinados de forma adequada no mesmo vão, 
para atender aos requisitos técnicos do projeto. As folhas das janelas 
podem, ainda, ser: totalmente em madeira; em venezianas de madeira, 
alumínio ou PVC; vidro com caixilhos de madeira, alumínio, aço ou PVC ou 
outras combinações. 
Além disso, as novas exigências do mercado da construção civil vêm 
incentivando o aparecimento de novas janelas no mercado. Entre elas 
destaca-se a janela acústica. O que se pretende é um tipo de vedação que, 
mesmo quando fechada (para impedir a passagem do vão), consiga promover 
a ventilação do ambiente. Nesse caso, o que vem ocorrendo é a utilização da 
janela projetada para permanecer fechada nos momentos em que há 
incômodo do ruído exterior. 
 
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Figura 92 - Janela de folha fixa 
 
Vale lembrar que as janelas comuns terão desempenho acústico tanto melhor, 
quanto mais perfeitos forem seus encaixes e melhor seja a sua 
estanqueidade ao ar. Assim sendo, janelas comuns de vidro com 3mm, 
guarnecidas com bandeiras em venezianas e tratamento acústico terão 
desempenho próximo ao das janelas acústicas. 
 
MADEIRA 
Para as portas executadas em carpintaria, podemos distinguir os seguintes 
elementos constituintes: 
 - contra-batente (optativo) 
 - batente 
 
 
 
marco
caixão ou caixotão
aduela
 
 - folha 
lisa
almofadada
calha mexicana outras ( )
 
 - guarnição (alisar) 
 
 
O contra-batente, e quando não existir esse e for somente o batente, deverá 
ser colocado antes do revestimento da parede; irá portanto sofrer o impacto 
dos carrinhos de transporte de material, assim como a provável queima 
com a argamassa do revestimento. Para sua proteção, utiliza-se uma ou duas 
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demãos de óleo de linhaça puro que protegerá não só da queima da cal como 
de qualquer empenamento. 
Nas obras ou nos depósitos dos fabricantes, os caixilhos de madeira prontos 
devem ser estocados na vertical sobre o piso nivelado, em ambientes 
protegidos das intempéries, sem fontes de calor próximas, em pilhas isoladas 
do solo. 
 Deve-se evitar guardar os caixilhos junto com outros materiais de construção 
que possam prejudicar o acabamento final da madeira, tais como: óleos, 
cimento, cal, tinta entre outros. 
Os caixilhos de madeira são normalmente chumbados às alvenarias com 
grapas ou pregos, ou fixados em contrabatentes anteriormente chumbados, 
com parafusos auto-atarrachantes. Para a fixação dos quadros nos vãos, 
devem ser tomados cuidados de modo a não envergar qualquer dos lados 
pela colocação de cunhas que devem ser postas o mais próximo possível dos 
cantos do caixilho. 
Em caixilhos de vãos maiores, que não contem com montantes 
intermediários, recomenda-se a colocação, já na indústria, de um travamento 
no centro do vão que deverá ser retirado somente depois da instalação 
completada. 
Recentemente, vêm sendo realizadas instalações utilizando outra forma de 
fixação dos caixilhos, com a injeção de espuma de poliuretano nos vãos entre 
os quadros e as alvenarias. Embora a técnica ainda seja pouco conhecida, 
pode se tornar uma opção para as obras mais sofisticadas. De qualquer forma, 
as travas só devem ser retiradas depois que a instalação estiver 
completa, inclusive com o preenchimento e cura das argamassas nos vãos. 
 
METAL 
No trabalho executado em serralharia, os elementos que interessam para a 
fabricação de esquadrias são os perfis de chapa dobrada em ferro, alumínio 
ou aço (comum e zincado). Esse último vale citar os batentes da Eucatex@ 
(batentaço envolvente e outros). Os métodos de montagem são o 
aparafusamento, a rebitagem e a solda. 
A fixação das esquadrias metálicas pode ser feita com grampos de ferro em 
cauda de andorinha, ou grapas, chumbados na alvenaria com argamassa 
de cimento e areia, posicionadas para acomodar exatamente entre as 
fiadas, espaçados cerca de 60cmsendo 2 o número mínimo de grampos em 
cada lado. Os grampos são fixados à esquadria propriamente dita por meio de 
parafusos. 
AÇO 
O aço é um material construtivo essencialmente constituído de ferro e 
carbono e diminutas quantidades de outros elementos sempre presentes 
como manganês, fósforo, silício e enxofre. Outros elementos podem ser 
adicionados para obter determinadas características. A adição de cobre, por 
exemplo, concede características de maior resistência do composto à 
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corrosão. Em esquadrias, o aço utilizado pode ser revestido ainda por uma 
camada microscópica de zinco, que também aumenta sua resistência à 
corrosão. 
As esquadrias com acabamento em primer, normalmente não são 
embaladas, nem para a armazenagem, tampouco para o transporte. 
Usualmente são empilhadas umas sobre as outras ou colocadas em pallets e 
armazenadas nas prateleiras dos depósitos. 
No transporte devem ser empilhadas umas sobre as outras com proteção 
de cantoneiras de chapas forradas com carpetes entre uma peça e outra nos 
quatro cantos do caixilho, para evitar o descascamento do primer pelo atrito 
aço x aço. 
Os caixilhos de aço com pintura definitiva devem ser entregues embalados 
envoltos em lençóis de plástico ou acondicionados em caixas de papelão 
antes do armazenamento e transporte. 
Essas embalagens protetoras só devem ser retiradas depois do término da 
obra, evitando-se danificar a pintura com rebocos, natas de cimento e tintas. 
Quando os caixilhos de aço chegam à obra, seja qual for o tipo do 
acabamento, deve-se evitar o seu armazenamento em locais onde estejam 
tintas, ácidos, "tinners" ou em ambientes úmidos, sujeito à goteiras ou ainda ao 
relento, exposto às chuvas e poeira. As principais verificações a serem feitas 
na obra dizem respeito às especificações definidas tanto em relação às 
medidas, quanto ao tipo, quantidade e eventuais defeitos de fabricação. 
Durante a colocação do caixilho, o vão de assentamento deve estar 
rigorosamente esquadrejado sendo indicado o uso de gabaritos de aço. Os 
apoios e cunhas devem ser colocados nas duas extremidades superiores e 
inferiores das guias - nunca no meio delas. No assentamento, deve-se evitar 
socar a argamassa em demasia, o que poderia provocar o arqueamento no 
centro do vão e o consequente emperramento das folhas móveis. A fixação dos 
caixilhos de aço é normalmente feita através do uso de buchas e parafusos. 
ALUMÍNIO 
O processo de produção inicia-se com a extração da bauxita - com 
aparência semelhante ao barro. Após um processamento que inclui carvão, 
óleo, solda e cal, tem-se a alumina que, após o processo de eletrólise, reduz-
se ao alumínio. Após um processo de desgaseificação, o metal líquido segue 
para os diferentes processos que darão formato final aos tarugos, lingotes e 
vergalhões. 
O acabamento pode ser anodizado ou com pintura eletrostática. O objetivo 
da anodização é melhorar a estática das peças tratadas e protegê-las da 
corrosão ou de qualquer outro ataque exterior. 
A pintura eletrostática é o processo mais conhecido e largamente utilizado na 
decoração e proteção do alumínio. A aplicação da tinta eletrostática, líquida ou 
em pó, é feita automaticamente em cabines especialmente projetadas, através 
de equipamentos especiais. Ambas as pinturas apresentam tipos de tintas com 
características específicas para cada finalidade de utilização, com várias cores. 
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Os caixilhos devem ser protegidos com papel crepom e armazenados em lugar 
seco e ventilado até o momento do seu envio para a obra. Seu 
armazenamento pode ser na posição vertical, limitando-se à altura de 1,50m, 
intercalado por calços e na posição horizontal, devendo-se fixar as duas 
extremidades do lote. O empilhamento horizontal ou vertical deve ser isolado 
do chão através de calços. 
A instalação das esquadrias de alumínio obedece às seguintes etapas de 
colocação: 
- colocação de contramarcos: Deve-se deixar o vão bruto com 5cm a 
mais em cada lado. O contramarco já com seus acessórios será 
chumbado respeitando-se os pontos de acabamento previamente 
determinados. 
- colocação das esquadrias: Após a limpeza dos contramarcos, os 
caixilhos são fixados através de parafusos de aço tratado e vedante de 
calafetação. 
- arremates: Correspondem aos acabamentos entre caixilho e 
alvenaria na parte interna. São normalmente fixados por encaixe e 
pressão. 
 
PVC 
O Policloreto de Vinila ou PVC é um polímero orgânico, conseguido a partir da 
agregação do Monômero Cloreto de Vinila. A obtenção de perfis para 
esquadrias é feita através do processo de extrusão. Aditivos diversos, 
pigmentos, acrilatos e outros produtos, tornam o PVC um material que pode 
ser modificado de acordo com a caraterística desejada quanto à resistência 
à impactos, temperatura, estabilidade de cor e outros parâmetros que garantes 
a durabilidade dos componentes. 
Os caixilhos de PVC são normalmente entregues embalados. Alguns 
fabricantes preferem envolvê-los por caixas de compensados ou filmes 
plásticos. Como o produto não sofre a agressão de outros materiais de 
construção, os cuidados em relação à embalagem são apenas para evitar 
riscos que danifiquem a superfície. 
Nas obras, a recepção dos produtos deve atentar exatamente para esse 
detalhe, de modo a garantir a integridade superficial, transportando as 
esquadrias e empilhando-as com cuidado. Deve-se estocar na horizontal em 
local plano e seco, admitindo-se o empilhamento máximo de 15 unidades, 
sem vidros. 
A posição ideal de empilhamento prevê, em cada caixilho empilhado, um 
deslocamento de 45o em relação ao colocado abaixo. 
O único alerta que os fabricantes fazem em relação ao calor do sol se refere à 
cobertura dos produtos por lonas plásticas pretas. Estas podem concentrar 
calor, aquecendo os perfis a temperaturas superiores às permitidas, 
provocando deformações irreversíveis nos caixilhos. Por isso, eles devem 
ser abrigados à sombra, em locais ventilados e secos. 
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Dentro da obra, os caixilhos devem ser movimentados com cuidado, evitando-
se batidas, riscos ou qualquer outro acidente provocado pelo fluxo normal da 
obra. 
Os caixilhos de PVC, de maneira geral, permitem três formas de instalação: 
chumbamento direto à alvenaria com grapas; fixação em parafusos em vãos 
acabados; instalação com contramarcos (geralmente de alumínio). 
O chumbamento com grapas obedece às seguintes etapas: 
• Posicionar as peças no vão de alvenaria com auxílio de caixões e 
cunhas para nivelamento e prumo. 
• Executar o acabamento externo, utilizando-se do perfil guia para 
argamassa como referência de nível do acabamento externo no vão. 
• Executar o acabamento interno. 
• Evitar a abrasão dos perfis e procurar não sujar demais a janela com 
argamassa. O material não mancha com cimento e cal, mas o excesso 
de resíduos pode entupir as drenagens e prejudicar o 
funcionamento dos acessórios. 
• Usar silicone na impermeabilização dos cantos do contramarco e 
garantir a estanqueidade entre o marco e o contramarco utilizando-se 
vedação apropriada. 
A fixação com parafusos, segue o roteiro abaixo: 
• Verificar a regularidade do vão acabado 
• As folgas laterais não devem exceder 3mm. 
• Com o auxílio de calços, posicionar o caixilho no vão. 
• Executar o aparafusamento em número adequado ao tamanho da 
janela, seguindo os mesmos critérios adotados na fixação por grapas. 
Os parafusos não devem entrar em contato com a água e é necessário 
prever a colocação normal de buchas para acolher os parafusos. Os 
mesmos deverãoatravessar o perfil, colocando-se uma tampa na 
furação externa para evitar infiltrações. 
• Após a instalação, fazer um cordão de silicone em todo o perímetro 
(interno e externo) do contato janela/alvenaria. 
Cuidados na instalação com contramarcos: 
• Colocação dos contramarcos no vão da alvenaria conforme técnica 
usual (indicada pelos fabricantes). 
• Distribuição das folgas que não devem exceder a 2/3mm. O número de 
grapas recomendado deve seguir a mesma orientação das outras 
técnicas de fixação anteriormente descritas. 
• Vedar a junta perimétrica com silicone e colocar os arremates. 
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VIDROS 
O vidro é uma substância inorgânica obtida por fusão, que se encontra em uma 
condição contínua e análoga ao estado líquido desta substância mas que, 
devido a uma variação reversível da viscosidade durante o esfriamento, possui 
consistência tão elevada que pode ser considerado rígido para todos os fins 
práticos. 
O vidro não apresenta cristais, fibras ou grãos, permanecendo em estado 
líquido porém com uma alta viscosidade (aderência) que o torna sólido para 
efeito de cálculos. 
Para fabricar o vidro é preciso fundir três elementos básicos: 
• um vitrificante, a sílica, introduzida sobre a forma de areia; 
• um fundente, soda ou potassa, em forma de sulfato ou carbonato 
(em baixa temperatura na fusão da sílica); 
• um estabilizante, cal em forma de carbonato (atribui ao vidro uma 
resistência maior aos ataques da água). 
Quando o vidro é submetido à flexão, uma de suas faces sofre tração e outra, 
compressão. A resistência à tração é da ordem de 400kgf/cm2 para o vidro 
polido recozido, e 1200 a 2000kgf/cm2 para o vidro temperado. A resistência à 
compressão é muito elevada, da ordem de 10000kgf/cm2. 
TIPOS E RESTRIÇÕES DE USO 
Os vidros podem ser classificados de acordo com o quadro: 
 
VIDROS
TIPO
FORMA
TRANSPARÊNCIA
ACABAMENTO DA
SUPERFÍCIE
COLORAÇÃO
COLOCAÇÃO
recozido
segurança temperado
segurança laminado
segurança aramado
termo absorvente
compostosplano
curvo
perfilado
ondulado
transparente
translúcido
opaco liso
polido
impresso
fosco
espelhado
gravado
esmaltado
termo-refletor
incolor
colorido
caixilhos
autoportante
misto 
 
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VIDRO RECOZIDO: 
É o tipo mais simples de vidro, obtido pelo processo de estiragem mecânica. 
Pelas suas características, esse tipo de vidro pode ser recortado ou lapidado 
após a fabricação. 
A utilização do vidro recozido, assim como os outros tipos de vidro, obedece 
aos critérios constantes na norma NBR-7199 (ou NB-226), onde destacam-se 
as seguintes recomendações: 
• pode ser utilizado em fachadas do pavimento térreo à altura de 0,10m 
acima do piso; 
• nos andares acima do térreo, somente pode ser utilizado em cota 
superior a 1,10m da cota do piso do respectivo pavimento; 
• em clarabóias, balaustradas, parapeito e sacadas, o vidro recozido só 
pode ser usado se colocados os devidos dispositivos de segurança. 
 
VIDRO DE SEGURANÇA TEMPERADO: 
O tratamento térmico da têmpera é um processo de aquecimento gradativo que 
atinge os 700oC, seguido de brusco resfriamento. Isso provoca no vidro 
tensões internas de tração e compressão que resultam em um aumento 
significativo na sua resistência. Devido a essa característica, o vidro temperado 
não aceita recortes após a sua fabricação. Chama-se "vidro de segurança" 
porque ao se partir, fragmenta-se em pedaços pouco cortantes. 
Basicamente o vidro temperado é utilizado nos locais onde é possível a 
utilização do vidro recozido, além daqueles onde exige-se a utilização de 
vidros de segurança, como: 
• separações de terraços pois em caso de pânico, a sua quebra não cria 
barreira física; 
• portas internas e externas; 
• vitrines; 
• entrada de edifícios; 
• mobiliário (tampo de mesas, portas de armários, etc.) 
 
VIDRO DE SEGURANÇA LAMINADO: 
É composto por dois ou mais vidros simples (recozidos ou temperados) 
colados pela intercalação de filme de butiral polivinil, material plástico, 
escolhido em razão das suas qualidades marcantes de resistência, aderência 
ao vidro e elasticidade. 
A aderência butiral-vidro dá-se pelo tratamento térmico sob pressão para 
produzir uma placa de vidro transparente e de cor permanente. Em caso de 
quebra, o butiral constitui um anteparo no qual os fragmentos continuam 
colados, assegurando uma proteção até a substituição da peça. 
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Os campos de utilização do vidro laminado são: 
 1) ANTIACIDENTES, permanecendo no local em caso de quebra, 
retendo as partículas fragmentadas. 
 - vigias; 
 - átrios de imóveis; 
 - vitrines de lojas; 
 - forros falsos; 
 - grandes envidraçamentos; 
 - guarda-corpos, envidraçamento rente ao chão, 
parapeitos, caixilhos de solo a teto e paredes externas. 
 2) ANTIVANDALISMO, frustrando ataques rápidos ao retardar a 
passagem de pessoas ou objetos no caso de tentativas de roubo. 
 3) ANTIROUBO, resistindo a arrombamentos, dependendo do tipo de 
butiral utilizado. A escolha pode recair em um vidro com três ou mais lâminas, 
segundo o valor dos objetos a proteger, tais como: 
 - vitrines de lojas de alto luxo; 
 - relojoarias, joalherias, ourivessarias; 
 - casa de armas; 
 - lojas de peles; 
 - loja de antiguidades. 
 4) ANTIBALA, protegendo pessoas de agressões a mão armada. As 
camadas múltiplas de vidro e butiral polivinil absorvem o impacto do projétil, 
permitindo a visão total do exterior. Esse tipo de vidro é recomendado para: 
 - caminhões e carros-forte blindados; 
 - guichês de bancos; 
 - postos de gasolina; 
 - cadeias; 
 - casas de câmbio; 
 - lojas de bebidas; 
 - cabines de pedágio; 
 - qualquer local onde armas de fogo ou objetos atirados 
possam atingir o material do envidradamento. 
 5) PROTEÇÃO CONTRA PERIGO DE EXPLOSÃO, quando se 
deseja em caso de explosão, que os fragmentos não sejam projetados. 
Para a correta especificação do vidro laminado, recomenda-se que os 
fornecedores sejam consultados, e apresentem os resultados dos ensaios que 
comprovem a resistência das chapas ao objetivo desejado. 
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VIDRO DE SEGURANÇA ARAMADO: 
É um vidro impresso translúcido incolor ou colorido, no qual é incorporada 
uma tela metálica de malha quadrada com 12,5 ou 25mm de lado. Esta tela 
metálica tem como função segurar os estilhaços de vidro no eventual 
rompimento da chapa. 
Pelo fato de ser um vidro translúcido, a transmissão de luz se dá de maneira 
difusa, portanto, este tipo de vidro não possui a transparência necessária às 
vitrines, por exemplo. 
Este tipo de vidro é utilizado em: 
 - caixas de escada; 
 - cobertura de pergulados; 
 - fechamento de clarabóias; 
 - sacadas/peitoris; 
 - coberturas; 
 - lanternins. 
 
VIDRO TERMOABSORVENTE: 
Estes tipos de vidro, devido a sua coloração mais escura, absorve maior parte 
da energia solar incidente se comparado a um vidro comum. Entretanto, 
apresenta a desvantagem de reduzir o nível de iluminamento interno. 
 
VIDRO TERMOREFLETOR: 
É fabricado tendo somente como suporte o cristal incolor recozido e de perfeita 
planimetria. Uma de suas faces recebe uma camada de óxidos metálicos que 
garante um índice de reflexão superior aos vidros comuns. 
O vidro antélio é um cristal refletivo. Sua camada refletiva faz com que a 
visão do lado mais iluminado em direção ao menos iluminado seja diretamente 
proporcional à quantidade de luz incidente. Assim, durante o dia, a visão é 
maior da parte interna para a externa e à noite a situação se inverte.O antélio pode ser cortado, lapidado, temperado, esmaltado, incorporado ao 
vidro laminado ou em envidraçamentos isolantes. 
A especificação do antélio, seja para responder às necessidades de 
proteção solar ou efeito estático, deve ser precedida de um exame cuidadoso 
dos coeficientes técnicos inerentes ao produto, em relação aos fatores 
ambientais e de projeto. 
VIDRO COMPOSTO: 
Neste grupo, destaca-se o vidro termo-acústico que é um duplo vidro isolante, 
composto de duas chapas de vidro separadas por uma camada de ar 
desidratado, constituindo-se em um conjunto hermeticamente selado sem risco 
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de embaçamento interno, tendo elevadas propriedades de isolamento térmico 
e acústico. 
É fabricado com dois vidros (comuns, laminados e/ou temperados, coloridos ou 
incolores) de espessura indêntica ou não, ou ainda com um vidro termorefletor 
do lado externo, sendo o segundo vidro, incolor. Sua espessura total é obtida 
pela soma das espessuras dos dois vidros componentes, acrescida da 
espessura da camada de ar de 9mm, constante. 
 
INSTALAÇÃO E CUIDADOS NA OBRA 
As chapas de vidro devem ser armazenadas, empilhadas, apoiadas em 
material que não lhes danifique os bordos com uma inclinação em torno de 
6% em relação à vertical. O armazenamento deve ser feito em local adequado, 
ao abrigo de umidade e de contatos que possam danificar ou deteriorar suas 
superfícies. As condições do local devem ser tais que evitem condensação de 
umidade nas superfícies das chapas. 
Nos caixilhos de aço, a fixação dos vidros é feita por massa, nos casos de 
janelas dotadas de quadros de vidro com divisão; e por meio de baguetes 
quando não apresentam divisões. Há ainda a possibilidade de fixar os vidros 
através de guarnições de neoprene. 
Nos caixilhos de alumínio, os vidros podem ser instalados com ou sem 
baguetes, utilizando-se gaxetas de borracha, massa de vidro ou silicone. 
Para obter uma instalação satisfatória, utilizam-se calços apropriados entre o 
quadro e a lâmina de vidro, com dureza e formas variadas. Desta maneira, 
evita-se o contato direto entre o alumínio e o vidro, evitando quebras e 
transmissão de vibrações às lâminas. Mesmo no sentido transversal, o vidro 
deve ser posicionado de maneira que não haja contato com as superfícies 
metálicas. 
Nas situações em que a calafetação do vidro é efetuada por meio de 
guarnições, estas devem manter o vidro no centro do canal, isolando-o do 
alumínio. Quando a calafetação é realizada por mástiques ou massa, torna-se 
necessário o uso de calços de modo a posicionar corretamente o vidro e 
evitar tensões locais no próprio calafetador, o que provocaria trincas e a 
consequente infiltração da água. 
O perigo das infiltrações de água é menor quando as guarnições, 
especialmente a externa, possuem boa elasticidade e um desenho adequado 
para se manter sempre com uma pressão contra o vidro, mesmo sob a ação 
do vento. 
Em caixilhos de madeira, os vidros podem ser fixados com massa ou 
baguetes. Mesmo utilizando baguetes, os fabricantes recomendam a 
colocação de massa entre estes e o vidro para evitar tensões desnecessárias. 
Nos caixilhos de PVC, recomenda-se a utilização de vidros com 4mm de 
espessura, instalados com duas gaxetas. Existe, também, a possibilidade de se 
trabalhar com vidros de 6mm. A colocação e remoção são feitas através de 
baguetes removíveis. 
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FERRAGENS 
Pode-se afirmar que a maioria dos defeitos encontrados no funcionamento de 
caixilhos se deve à escolha inadequada dos acessórios. Estes podem ser 
compostos por materiais como o alumínio extrudado, alumínio fundido, latão, 
aço inox, zamak, chumbaloy, náilon, poliacetal e aço 1020. 
O aço inox é utilizado como lingüetas de fechos, contrafechos, parafusos, 
arruelas, sempre que se exigir resistência maior aos agentes agressivos. No 
caso de se utilizar materiais zincados, brancos ou pretos, os fabricantes os 
submetem a ensaios de durabilidade de modo a comprovar seus níveis de 
resistência. 
O náilon é utilizado em peças que entram em atrito com o alumínio e o aço, 
como as roldanas, bicos de fechos, freios de braços e detalhes estéticos. 
 
Figura 93 - Detalhe da roseta 
 
Entre as diferentes modalidades de acessório, pode-se citar: fecho de 
acionamento interno, tipo concha (janelas de correr); fechos de acionamento 
externo, por rotação; fechos para duas folhas; roldanas para deslizamento; 
fechos-haste (maxim-ar); fechos de alavanca (maxim-ar); braços de reversão 
(maxim-ar); fecho cremona (janelas de abrir, tipo camarão e pivotantes); fecho 
tipo unha (janelas de abrir, tipo camarão e pivotantes); dobradiças e pivôs. 
As dobradiças podem ser: simples (com rodízio, sem rodízio e corta-fogo), 
palmela (para projetar a folha da janela longe da alvenaria), invisível (muito 
utilizada em portas de armários de bancada), vai-vém, com chumbadores e 
tipo piano. 
Sobre as fechaduras, vale destacar a especificação de fechaduras de cilindo 
fig.95) para portas de segurança (entrada, saída, etc), a tipo gorges para as 
portas internas à edificação (quartos, cozinhas) e as tranquetas para os 
banheiros residenciais. As tarjetas são utilizadas nas portas divisórias de 
cabines sanitárias em banheiros públicos, podendo ter a inscrição livre-
ocupado ou não. 
De maneira geral, as fechaduras podem ser classificadas como de embutir 
(cilindro, tipo gorges, tranqueta, de correr) ou de sobrepor (portões). 
 
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Figura 94 - Fechaduras de cilindro 
 
Figura 95 - Quando a maçaneta de bola não deve ser usada 
 
 
Figura 96 - Nomenclatura e medidas 
As maçanetas de bola não devem ser usadas nas 
fechaduras que tenham distância de broca "A" 
inferior a 50mm para evitar que o portal atinja a mão, 
ferindo-a, como mostra a figura acima. 
 
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MÉTODO DE EXECUÇÃO - INSTALAÇÃO DE CONTRAMARCOS DE 
ALUMÍNIO 
 
RESUMO DOS ITENS DE INSPEÇÃO: 
Condições para o início da execução dos serviços 
• Verificar se a alvenaria está concluída e fixada com folga de 5 cm junto à 
contraverga e de 3 cm junto às demais faces dos vãos, para a colocação 
dos contramarcos; 
• Averiguar se os fios de prumo da fachada estão posicionados; 
• Conferir se as taliscas dos revestimentos das paredes estão posicionadas, 
indi1cando a espessura dos revestimentos em cada cômodo; 
• Observar se os pontos de nível, em relação ao piso acabado, estão 
indicados junto aos vãos de janelas. 
 
FIGURA 97 - Posicionamento provisório do contramarco no vão, com detalhe 
da colocação de cunhas de madeira e da fixação provisória com arame 
recozido 
 
Chumbamento dos contramarcos 
• Verificar o nível da travessa inferior em relação à referência indicada na 
alvenaria junto ao vão, através de nível alemão ou nível a laser, com 
tolerância de ± 3 mm; 
• Conferir o nivelamento das travessas com um nível de bolha - a bolha deve 
encontrar-se entre linhas; 
• Checar o prumo dos montantes, com uma régua de alumínio com nível de 
bolha acoplado, lembrando que a bolha deve situar-se entre linhas; 
• Observar o esquadro do conjunto usando um esquadro de alumínio; 
• Avaliar a retidão dos perfis por meio de uma régua de alumínio que deve 
ficar colada aos montantes e às travessas; 
• Averiguar o número de grapas posicionadas no contramarco, conforme o 
gráfico da Figura 4 do PES 12, atentando para as condições de soldagem e 
chumbamento das grapas. 
 
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Alinhamento dos contramarcos• Verificar o alinhamento dos contramarcos em relação às taliscas dos 
revestimentos internos, considerando a folga necessária para a aplicação 
do revestimento final. Conferir com régua de alumínio e trena metálica, 
admitindo uma tolerância de ± 3 mm; 
 
FIGURA 98 - Verificação do alinhamento interno do contramarco 
 
 
• Checar o alinhamento lateral dos contramarcos em relação ao fio de prumo 
da fachada, utilizando esquadro e trena metálica e admitindo uma tolerância 
de ± 3 mm. 
 
Acabamento dos contramarcos 
• Analisar o contramarco chumbado, verificando se todos os espaços entre os 
perfis e o substrato foram preenchidos com argamassa e se não foram 
deixadas rebarbas. 
 
FIGURA 99 - Verificação do prumo 
 
FIGURA 100 - Fixação definitiva do 
contramarco por meio de solda 
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FIGURA 101 - Chumbamento do contramarco 
 
Instalação de caixilhos 
• Verificar o seu funcionamento normal, defeitos de superfície dos perfis 
anodizados provenientes da instalação e aspecto geral de limpeza e 
acabamento. 
Aplicação de selantes 
• Verificar o preparo da base e a proteção da lateral das juntas com fita 
crepe; 
• Observar o uso adequado de limitadores de espessura e o total 
preenchimento da junta com mastique; 
• Assegurar o acabamento final que deve ser limpo e frisado quando assim 
especificado em projeto 
 
MÉTODO DE EXECUÇÃO – FIXAÇÃO DE BATENTES E PORTAS 
RESUMO DOS ITENS DE INSPEÇÃO: 
Condições para início da execução dos serviços 
• Verificar se as paredes estão com alvenaria concluída (com prumo e 
esquadro conferidos) e com as taliscas para o revestimento posicionadas; 
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• Os vãos devem estar prontos para o recebimento dos batentes, isto é, com 
faces planas e aprumadas e folga de 10 mm a 15 mm de cada lado; 
• Checar se o contrapiso está pronto ou se as taliscas estão posicionadas; 
• Observar o posicionamento dos blocos preenchidos com argamassa no 
caso de fixação com parafusos, e o chapiscamento caso a fixação ocorra 
com espuma de poliuretano. 
 
Preparação dos batentes 
• Verificar as dimensões das peças, isto é, o vão interno (altura e largura) e o 
comprimento das ombreiras e da travessa, admitindo desvio máximo de 3 
mm; 
• Averiguar o esquadro do batente, o alinhamento das ombreiras (não devem 
estar empenadas) e a correta fixação dos travamentos; 
• No caso de batentes que serão fixados por parafusos, medir a altura dos 
furos dos batentes e comparar com a posição dos blocos de alvenaria 
preenchidos com argamassa, observando ainda a profundidade do furo 
deixado para a cavilha. 
 
FIGURA 102 - Batente montado e travado 
 
 
FIGURA 103 - Batente furado nas alturas pré-determinadas, pronto 
para ser instalado 
 
 
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Colocação dos batentes (posicionamento) 
• Verificar nível, prumo e alinhamento do batente com a parede, bem como a 
planeza da alvenaria no vão; 
• Checar a presença de folgas muito superiores a 15 mm de cada lado. Elas 
devem ser minoradas com a aplicação de argamassa 1:3 em volume, 
principalmente no caso de assentamento com espuma de poliuretano. 
 
FIGURA 104 - Batente fixado provisoriamente na alvenaria por meio de 
cunhas 
 
 
Fixação dos batentes 
• Por parafusos: verificar se os parafusos realmente atingiram os blocos 
preenchidos com argamassa e se não estão frouxos. Em caso de 
acabamento encerado, observar também se as cavilhas não ficaram 
“enterradas”. 
 
FIGURA 105 - Detalhe da 
colocação da cavilha 
 
FIGURA 106 - Fixação do batente por 
meio de espuma de poliuretano 
 
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• Com espuma de poliuretano: verificar, imediatamente antes da fixação, a 
perfeita limpeza da área onde será aplicada a espuma (livre de poeira ou 
gordura e ligeiramente umedecida). Depois, averiguar a abrangência da 
camada de espuma (aproximadamente 25 cm) e a remoção dos excessos. 
 
FIGURA 107 - Colocação do “conjunto porta pronta” 
 
 
Proteção dos batentes 
• Verificar se não foi retirado o sarrafo de travamento situado junto aos pés 
das ombreiras; 
• Checar o correto posicionamento da proteção lateral em madeira 
compensada, de largura exatamente igual à da face da ombreira. 
 
Portas, guarnições e ferragens 
• Verificar se as portas não balançam quando fechadas, se ficam abertas em 
qualquer posição (não fecham, nem abrem sozinhas), se estão bem 
alinhadas em relação ao batente e se não estão lascadas ou com rebarbas 
provenientes da serra; 
• Observar se as fechaduras não estão com defeito de colocação (a porta 
deve ser trancada com facilidade); 
• Conferir se as guarnições estão com a requadração perfeita; 
• Averiguar se não há marcas de martelo próximas aos pregos, que não 
devem estar salientes. 
 
 
 
 
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TEMA 8 – Responsabilidades das empresas de construção 
 
• Empresa - organismo social 
 
• Empreendimento - conjunto de atividades e operações (a idéia se realiza) 
⇒ Funções de estruturação do empreendimento: 
♦ planejamento 
♦ execução 
♦ controle 
♦ Planejamento - Tomada de decisão antecipada que implica em 
um sistema de decisões e ocorre dentro de um contexto dinâmico. 
Sistemática dos procedimentos na etapa do planejamento: 
◊ levantamento das mecessidades (o quê) 
◊ hierarquização das necessidades (em que ordem) 
◊ equacionamento da interdependência entre os diversos 
fatores e metas (objetivos) 
◊ estabelecimento das alternativas possíveis (como) 
◊ determinação da melhor alternativa considerando o 
momento da tomada de decisão 
◊ controle dos resultados 
◊ reformulação 
♦ No planejamento do empreendimento em construção civil, o 
instrumento que possibilita a efetivação do mesmo é o PROJETO. 
♦ Os principais objetivos do planejamento são: 
◊ dar forma aos elementos previstos 
◊ bem distribuir os recursos 
◊ preparar diretrizes e procedimentos 
◊ impedir a improvisação 
◊ proporcionar uma visão global 
♦ Execução - Fase que torna realidade o empreendimento. 
♦ Controle - Estabelece o mecanismo de feedback do sistema. 
Divide-se em controle técnico, administrativo e econômico. 
 
◊ Controle técnico: 
∗ de materiais: envolve os ensaios tecnológicos e a 
obediência à especificação. 
∗ de procedimentos: envolve o controle durante a 
concretagem, na colocação fos revestimentos ou na 
impermeabilização (teste dágua) bem como todos os 
demais procedimentos de execução; 
∗ o teste dos equipamentos. 
 
◊ Controle administrativo: realiza-se através da aplicação de 
diferentes formulários de obra. 
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◊ Controle financeiro: na fase de planejamento da construção 
o Plano de Operação prevê algumas formas de controle 
financeiro. Entre elas pode-se citar: 
∗ controle do orçamento (quanto vai custar tudo) 
∗ controle do programa de recursos (de quanto a firma 
dispõe) 
∗ controle do programa de prazos (quando a firma 
receberá mais recursos) 
∗ controle do programa de desembolso (quanto e quando 
a firma tem que efetuar pagamentos) 
 
EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação administrativa 
Início de Obra 
• Devem ser executados os seguintes procedimentos: 
1. cadastramento do 
2. Abrir o caixa pequena da obra. 
3. Providenciar a aprovação da obra no município e demais concessionárias. 
4. Providenciar a matricula do INSS, se necessário 
5. Deve ser solicitado ao responsável pelo canteiro o planejamento de obra 
para projeção de receitas e despesas6. Abrir as seguintes pastas, sempre nesta sequência: 
6.1 - Documentos Administrativos 
6.2 - Documentos Técnicos 
6.3 - Protocolos 
6.4 - Propostas Recusadas 
6.5 - Atas de Reunião 
Funcionamento de uma empresa que implantou um Programa da Qualidade
com base nas normas da série ISO 9000 
Marketing/
comercial
Processos 
administrativos
Compras/
orçamento projeto obras Assistência
técnica
Departamento
de pessoal
Procedimento
Operacional
Procedimento
Operacional Procedimento
Operacional
Procedimento
Operacional
Procedimento
Operacional
Procedimento
Operacional
Procedimento
Operacional
formulários formulários
formulários
formulários
formulários
Normas 
de contrato
EIM
Seleção e 
qualificação de 
fornecedores
Normas 
de contrato
Seleção e 
qualificação de 
projetistas
PES
PIS
FVS
Seleção e 
qualificação de 
fornecedores e
prestadores de
serviços
Check-list
de entrega
de obra
Termos de
recebimento 
e vistoria
Manual do 
Usuário
jornal
Mala direta
Concursos
internos
Coordenação geral
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6.6 - Relatório Financeiros 
6.7 - Planejamento Físico-Financeiro 
PS - As pastas devem ficar arquivadas por obra 
 
• As Notas Fiscais devem ser arquivadas 
• As etiquetas além de identificarem o conteúdo deverão indicar a data de 
destruição dos documentos ou o seu destino após o término da obra. 
• Deve ser elaborado um Calendário de Renovação de Licença de obra. 
• Todos os setores devem ser informados do início da obra. 
Protocolos 
• Qualquer documento enviado a Clientes e Fornecedores deve ser 
protocolado 
• Os protocolos para envio aos clientes devem ser emitidos em 2 (duas) vias. 
A primeira via deve permanecer com o cliente e a segunda deve ser 
assinada pelo cliente, carimbada e arquivada na pasta "Protocolo" 
• Os protocolos devem ser elaborados com base nos documentos emitidos e 
conferidos individualmente. 
 
Notas Fiscais 
• Quando a obra for por administração cópias das notas fiscais devem ser 
arquivadas na caixa de NF da respectiva obra. 
• Nas obras por empreitada as cópias das notas fiscais devem ser enviadas 
para a contabilidade depois de lançadas no Contas a Pagar 
• As notas fiscais originais somente devem ser enviadas para a contabilidade 
para emissão de cheques 
 
Relatórios 
OBRAS POR ADMINISTRAÇÃO 
• devem ter Relatórios de Cobrança da Obra elaborados de acordo com 
contrato. 
• Os Relatórios de Cobrança devem ser revisados e conferidos com o Eng. 
Supervisor da obra antes de serem enviados para o Dep. de Contabilidade 
executar a cobrança 
OBRAS POR EMPREITADA 
• No caso de obras por empreitada global ou projeto, o controle administrativo 
é feito mensalmente com a posição do saldo contratual 
• Ainda no caso de obras por empreitada global ou projeto, mensalmente deve 
ser feito um relatório com todos os recebimentos, pagamentos e impostos 
pagos. 
 
Ao final de qualquer obra deve ser emitido Relatório de Recebimentos / 
Pagamentos e Avaliação 
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SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
• NR 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção - 
Esta norma estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento 
e organização, que objetivam a implementação de medidasde controle e 
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio 
ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Entre os itens que 
constam desta norma, destacam-se: 
1.1. Comunicação prévia 
 
1.2. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção PCMAT 
1.2.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT 
nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, 
contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos 
complementares de segurança.. 
1.2.1.1.O PCMAT deve contemplar as exigências contidas 
na NR9 - Programa de Prevenção e Riscos 
Ambientais 
1.2.1.2.O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à 
disposição do órgão regional do Ministério do 
Trabalho - Mtb 
1.2.2. O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional 
legalmente habilitado na área de segurança do trabalho 
1.2.3. A implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de 
responsabilidade do empregador ou condomínio 
1.2.4. Documentos que integram o PCMAT: 
1.2.4.1.memorial sobre condições e meio-ambiente de 
trabalho nas atividades e operações, levando-se em 
consideração riscos de acidentes e de doenças do 
trabalho e suas respectivas medidas preventivas; 
1.2.4.2.projeto de execução das proteções coletivas em 
conformidade com as etapas de execução da obra 
1.2.4.3.especificação técnica das proteções coletivas e 
individuais a serem utilizadas 
1.2.4.4.cronograma de implantação das medidas 
preventivas definidas no PCMAT 
1.2.4.5.layout inicial do canteiro de obras, contemplando, 
inclusive, previsão de dimensionamento das áreas 
de vivência 
1.2.4.6.programa educativo contemplando a temática de 
prevenção de acidentes e doenças no trabalho, com 
sua carga horária 
 
1.3. ÁREAS DE VIVÊNCIA 
1.3.1. Os canteiros de obras devem dispor de: 
♦ instalações sanitárias - deve ser constituída de lavatório, vaso 
sanitário e mictório na proporção de 1 conjunto para cada grupo 
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de 20 trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro na 
proporção de 1 para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração. A 
norma apresenta recomendações diversas quanto à higiene e 
manutenção desses espaços, tais como: 
◊ serem mantidas em perfeito estado de conservação e 
higiene 
◊ terem portas de acesso que impeçam o devassamento e 
serem construídas de modo a manter o resguardo 
conveniente 
◊ terem paredes de material resistente e lavável, podendo ser 
de madeira 
◊ terem pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento 
antiderrapante 
◊ não se ligarem diretamente com os locais destinados às 
refeições 
◊ serem independentes para homens e mulheres quando 
houver necessidade 
◊ terem ventilação e iluminação adequadas 
◊ terem as instalações elétricas devidamente protegidas 
◊ terem pé-direito mínimo de 2,50m ou respeitando o Código 
de Obras do Município 
◊ estarem situadas em locais de fácil e seguro acesso, não 
sendo permitido um deslocamento superior a 150m do posto 
de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 
♦ vestiários: A norma apresenta recomendações diversas quanto à 
higiene e manutenção desses espaços, tais como: 
◊ ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
◊ ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material 
equivalente 
◊ ter cobertura que proteja contra as intempéries 
◊ ter área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso 
◊ ter iluminação natural ou artificial 
◊ ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo 
com cadeado 
◊ ter pé-direito mínimo de 2,5m, ou respeitando o que 
determina o Código de Obras 
◊ ser mantido em perfeito estado de conservação, higiene e 
limpeza 
◊ ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, 
com largura mínima de 30cm. 
♦ alojamento: entre as determinações da norma, destacam-se a 
proibição do triliche e a exigência de armários e do fornecimento 
de roupas de cama. A norma apresenta recomendações diversas 
quanto à higiene e manutenção desses espaços, tais como: 
◊ ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
◊ ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material 
equivalente 
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◊ ter cobertura que proteja contra as intempéries 
◊ ter área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso 
◊ ter iluminação natural ou artificial 
◊ ter área mínima de 3,0m2 por módulo cama/armário, 
incluindo a área de circulação

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