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Revista ATOS: Salvação em Cristo

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ATOS
outubro / novembro / dezembro 2001
volume 16 / número 4
edIÇÃo PortuGuÊS
SALVAÇÃO
PARE! Antes de você ler esta revista, por favor, olhe para a etiqueta de endereços de seu envelope.
No topo esquerdo de sua etiqueta está o seu número de Atos.
Por favor, escreva esse número aqui.
 pppppp
No topo direito de sua etiqueta, depois 
da palavra “EXPIR”, está sua data de 
vencimento da assinatura da Revista 
Atos. (month/year).
Por favor, escreva essa 
data aqui:
__________ / __________
 mês ano 
Você deverá dar esta informação cada vez que escrever ao World MAP, ou quando preencher
seu Formulário de Renovação ou solicitação do livro O Cajado do Pastor.
2 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
edIÇÃo PortuGuÊS
volume 16 / número 4
 ATOS
Índice
SALVAÇÃO
1. NOSSA NECESSIDADE 
 DE SALVAÇÃO .................................. 4
2. O DOM DE DEUS – 
 A SALVAÇÃO ................................... 11
3. FEITO LIVRE ATRAVÉS
 DA SALVAÇÃO ................................ 16
4. ENVIADO PARA
 SALVAÇÃO ....................................... 26
Arrependa-se! ........................................... 28
Definições .................................................. 32
Como Conduzir Alguém a Cristo ........... 35
Diretor Responsável ..................... Ralph Mahoney
Diretores ........................... Frank & Wendy Parrish
Diretores Administrativos
 África ................................. Loreen Newington
 Índia ................................................. Bill Scott
 Internacional ............................. Gayla Dease
Artes Gráficas .... Dennis McLain & Vander Santos
Tradutor Vander Santos
Revisora Rita Leite
Leitora de Provas ....................... Maura Ocampos
Impressao Gráfica ................. Editora Betânia S/C
VISÃO E MISSÃO
Como um ministério ao Corpo de Cristo, o 
World MAP existe para:
1. Fornecer aos lideres de igrejas nos paí-
ses da Ásia, África e América Latino um 
treinamento pratico que os torne eficazes 
ministros do Evangelho.
2. Compartilhar com os crentes das na-coes 
ocidentais as vitórias e as tribulações de 
obreiros de igrejas nacionais, a fim de 
que a Igreja: Ore mais fervorosamente e 
de mais sacrificialmente para abençoar 
e desenvolver a obra dos que servem nas 
linhas de frente do evangelismo.
 ATOS, no original, (ISSN 0744-1789) e pu-
blicada a cada três meses pelo “World MAP”, 
1419 N. San Fernando Blvd., Burbank, CA 
91504, EUA. Toda correspondência deve ser 
dirigida para o endereço acima ou para Caixa 
Postal 5053,31611-970 Venda Nova, MG, Brasil/
P.O. Box 4142, Manilha, Filipinas/P.O. Box 492, 
White River 1240, Transvaal, África do Sul/ Post 
Bag 459, 18, Khader Nawazkhan Road, Madras 
600.006, Índia.
 SR. AGENTE POSTAL: Favor enviar as mu-
danças de endereço para “World MAP”, Caixa 
Postal 5053,31611 -970 Venda Nova, MG, Brasil.
 Todas as passagens das Escrituras serão 
da Bíblia Sagrada, traduzida em português por 
João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do 
Brasil – 1981, a menos que outra fonte seja indi-
cada.
SALVAÇÃO
A Luz do evangelho
“O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos
que viviam na região e sombra da morte
resplandeceu-lhes a luz” (Mt 4:16).
“... de graça recebestes...”
 Sim, querido amigo, como o evangelista nos assegura, uma luz res-
plandeceu neste mundo mergulhado em trevas por causa do pecado. E a 
“luz do evangelho” (2 Co 4:4) – o glorioso Evangelho da Salvação em 
Cristo Jesus, que e a “verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a 
todo homem” (Jo 1:9).
 Esta Salvação e o dom gratuito de Deus – para você, para mim, e 
para qualquer um, em qualquer lugar do mundo, que aceitar esse dom. 
Esta determinado que todos os que jazem nas trevas do pecado e na 
“sombra da morte” – que e a penalidade pelo pecado – podem ter “a 
luz da vida” (Jo 8:12) e a “vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” 
(Rm 6:23).
“... de graça dai” (Mt 10:8).
 Para serem salvos, eles têm que crer em Cristo. Mas antes disso eles 
precisam entender que carecem da salvação; que estão perdidos em 
seus pecados, condenados a uma eternidade no inferno, se Cristonãose 
tornar, para eles, o seu Salvador pessoal. Eles devem ser informados 
de que Deus lhes oferece salvação em Cristo e têm de saber o que esta 
salvação fará por eles. Finalmente, eles devem ser encorajados – e trei-
nados – a falar a outros sobre a salvação.
 Você, querido líder de igreja, recebeu este presente inestimável que 
e a salvação. Oramos com fervor para que este assunto abordado na 
Revista de ATOS faça com que se lembre do que a salvação em Cristo 
fez por você, e o inspire – e o prepare – para fazer aos outros o que 
alguém fez por você, quando ainda “jazia em trevas”. Nossa oração e 
no sentido de que você compartilhe as Boas Novas de salvação com 
aqueles quenãoouviram sobre isto, desempenhando, assim, o vital pa-
pel de fazer resplandecer “a luz do evangelho” em todo o mundo.
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 3 
 Você sabe o quanto somos pre-
ciosos para Deus?
 Somos tão preciosos que nosso 
Pai divino planejou nossa salvação 
antes mesmo de criar os céus e a 
terra!
 Deus nos “escolheu... antes da 
fundação do mundo” (Ef 1:4).
 Ele escreveu nosso nome no 
Livro da Vida desde a fundação do 
mundo (Ap 17:8).
 O Cordeiro de Deus, Jesus Cris-
to, foi “morto” (em outras palavras, 
Introdução
o PLAno de deuS PArA A SALvAÇÃo
FeIto AnteS dA FundAÇÃo do mundo
A LUZ RAIOU!
através dos profetas e anjos. E os 
profetas e anjos desejaram saber o 
que você já sabe, se estudou diligen-
temente o que a Bíblia diz sobre o 
plano de salvação de Deus:
 “Foi a respeito desta salvação 
que os profetas indagaram e inqui-
riram, os quais profetizaram acerca 
da graça a vós outros destinada, 
investigando, atentamente, qual a 
ocasião ou quais as circunstâncias 
oportunas, indicadas pelo Espírito 
de Cristo, que neles estava, ao dar 
de antemão testemunho sobre os so-
frimentos referentes a Cristo e sobre 
as glórias que os seguiriam.
 “A eles foi revelado que, não 
para si mesmos, mas para vós ou-
tros, ministravam as coisas que, 
agora, vos foram anunciadas 
por aqueles que, pelo Espíri-
to Santo enviado do céu, vos 
pregaram o evangelho, coi-
sas essas que anjos anelam 
perscrutar” (1 Pe 1:10-12 
– veja também Efésios 3:8-
10). Você deveria desejar 
conhecer mais sobre o que 
as Escrituras revelam a res-
peito do plano de salvação 
que Deus lhe reservou...
...E PARA TODOS QUE 
VIESSEM A CRER
 Mas como eles crerão se não 
ouviram? E como ouvirão sem um 
pregador para lhes falar que eles 
também são tão preciosos para 
Deus que o Senhor planejou a salva-
ção deles? (Veja Romanos 10:14.)
 Este é o lugar onde você se encai-
xa no plano de salvação elaborado 
por Deus: você é o pregador. Mul-
tidões aindanãotêm ouvido as Boas 
Novas de Salvação em Cristo Jesus. 
Cabe a você falar-lhes, prepará-los 
e inspirá-los a contar a outros (veja 
2 Timóteo 2:2).
 É verdade, querido amigo. Você 
e tão precioso para Deus que “antes 
da fundação do mundo” Ele o “cha-
mou com santa vocação” (2 Tm 
1:9), a fim de revelar o Seu plano 
de salvação àqueles que aindanãoo 
ouviram. Assim, a luz do Evangelho 
resplandecerá sobre um mundo que 
jaz nas trevas do pecado. ■
Deus planejou a Sua morte sacrifi-
cial como pagamento pelos nossos 
pecados) “desde a fundação do 
mundo” (Ap 13:8).
 Antes mesmo que Deus dissesse, 
“Haja luz” (Gn 1:3), Ele planejou o 
dia em que a luz do Evangelho res-
plandeceria em nosso coração.
RESERVADO PARA VOCÊ...
 Você é tão precioso para Deus 
que Ele lhe revelou, nas paginas da 
Bíblia, o que não revelou comple-
tamente aos profetas do Velho Tes-
tamento ou ate mesmo aos anjos.
 Deus revelou parcialmente o seu 
plano de salvação à humanidade 
4 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
SALVAÇÃO
CAPÍTULO 1
noSSA neCeSSIdAde de SALvAÇÃo
●	 DEUS	PERMITE	O	LIVRE-
ArbÍtrIo
●	 SATANÁS	ESCOLHEU	SE	
rebeLAr
●	 ADÃO	ESCOLHEU	PECAR
●	 NÓS	HERDAMOS	O	
PeCAdo de AdÃo
●	 A	PENALIDADE	PELO	
PeCAdoÉ A morte
deuS PermIte o 
LIVRE-ARBÍTRIO
Amar Deve Ser Uma Escolha
 Era o desejo do Pai que o homem 
O amasse, honrasse e obedecesse em 
todas as coisas. Deus queria que o ho-
mem buscasse a Sua vontade e Seu 
propósito para a sua vida. O Pai de-
sejava que o homem confiasse nEle e 
compartilhasse do Seu grande amor, 
sabedoria e poder. Ele almejava que 
o homem recebesse e retribuísse 
Seu amor – assim como o Pai e o Fi-
lho amam um ao outro (João 17:23). 
Deus criou o homem com este propó-
sito – compartilhar e desfrutar amor, 
graça, sabedoria, beleza e glória.
 Contudo o amor, por sua própria 
natureza, deve ser dado livremente.
nãopode ser forçado.nãopodemos 
fazer com que alguém ame a outro, 
nem forçar uma pessoa a isso.
 O mesmo se aplica a prestar hon-
ra, respeito e adoração. Adoração 
tem a ver com “valor”. Nós ama-
mos, honramos e respeitamos o que 
nos é de grande valor ou “preço”.
 Isso significa que esse amor re-
quer uma livre escolha. Adoração 
também demanda uma livre escolha. 
Nós escolhemos amar e adorar o que 
nos sentimos ser de grande valor.
Escolha Envolve Risco
 Deus é soberano. Ele tem total 
liberdade para escolher os seus 
desejos e realizá-los. Ele sempre 
escolhe o que é certo, bom e 
santo. Ele escolheu criar o 
homem à sua própria ima-
gem para que este pudesse 
conhecer e experimentar o 
Seu amor e, assim, retri-
buí-lo a Deus.
 Isso significa dar ao 
homem livre-arbítrio. 
Com o poder de amar 
veio o direito de esco-
lher. Por causa de seu 
livre-arbítrio, o homem 
poderia escolher amar, 
adorar e honrar a Deus.
 Quando Deus criou o 
homem, deu-lhe a liber-
dade de escolha. Contudo, isso im-
plicava em grande risco. Significa-
va que o homem poderia escolher o 
bem ou o mal – o certo ou o errado. 
Ele poderia escolher o que quises-
se! Ele escolheria baseado no que 
pensasse ser bom, verdadeiro e vá-
lido.
 Nossa vida é centrada em nossos 
valores. Amamos, honramos e 
respeitamos tudo que sentimos 
ser de valor para nós. A ques-
tãonão é “se” vamos adorar, 
mas “o que” vamos adorar. 
E todo mundo – até certo 
ponto, de uma forma ou 
outra – adora!
 Deus criou o homem 
para O adorar. Ao ado-
rar a Deus o homem ex-
pressaria seu amor, fé e 
obediência.nãouma ser-
vidão humilhante, mas 
uma obediência repleta 
de alegria e confiança, 
crendo no amor de Deus 
Nós somos livres para escolher o caminho que vamos
seguir: aceitar a Jesus... ou não aceitar a Jesus.
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 5 
e seu desejo de fazer o melhor para 
nós.
 É verdade que nós servimos, obe-
decemos, e nos tornamos semelhan-
tes àquele a quem adoramos. O que 
nós adoramos determinara nosso 
caráter e nossa conduta – nossas ati-
tudes e nossas ações. Isto e verdade 
tanto negativa (Sl 115:4-8; Is 44:9-
20) como positivamente (2 Co 3:18).
 Não admira que Jesus tenha dito: 
“buscai, pois, em primeiro lugar, o 
seu reino (de Deus)”; pois ao fazer-
mos isto, tudo se encaixara em seu 
devido lugar (veja Mateus 6:33).
 Deus permitiu ao homem fazer 
sua escolha de adoração obediente, 
colocando duas arvores especiais no 
Jardim do Éden. Uma foi chamada 
de “árvore da vida” (Gn 3:22). A 
outra árvore foi chamada de “árvore 
de morte”. A esta Deus denominou 
“árvore do conhecimento do bem e 
do mal” (Gn 2:17). O homem foi 
advertido de que não poderia comer 
daquela árvore. Ele não deveria fixar 
padrões de bem e mal – certo e erra-
do – para a sua vida independente-
mente da sabedoria de Deus: “Há 
caminho que ao homem parece di-
reito, mas ao cabo da em caminhos 
de morte” (Pv 14:12).
SATANÁS	ESCOLHEU													
Se rebeLAr
Expulso do Céu
 Satanás, em forma de uma gra-
ciosa serpente, entra em cena. Ele e 
astuto nos caminhos do mal e há um 
mau propósito em seu coração. De 
onde ele veio? Por que ele se encon-
tra ali? O que estará buscando e o que 
pretende fazer? Voltemos novamente 
as Escrituras e vejamos as respostas.
 Às vezes a Bíblia usa exemplos 
terrenos e pessoas para nos ensinar a 
respeito das coisas divinas e espiri-
tuais. O profeta Ezequiel nos fala de 
um certo rei de Tiro que era muito 
mau. Em Ezequiel 28:11-19, o julga-
mento de Deus e dirigido ao Rei de 
Tiro. Porém, há muitos estudiosos 
da Bíblia que vêem nesta passagem 
(e em Isaías 14:12-15) uma descri-
ção da queda de Satanás. Essa foi 
uma visão defendida por vários Pais 
da Igreja do 4.o século D.C. Uma 
leitura cuidadosa dessa passagem 
de Ezequiel revela várias descrições 
extremas, difíceis de se atribuir ao 
Rei de Tiro (veja especial-mente 
Ezequiel 28:13-15).
 “Tu és o sinete da perfeição, 
cheio de sabedoria e formosura. 
Estavas no Éden, jardim de Deus; 
de todas as pedras preciosas te co-
brias: o sárdio, o topázio, o diaman-
te, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, 
o carbúnculo e a esmeralda; de ouro 
se te fizeram os engastes e os orna-
mentos; no dia em que foste criado, 
foram eles preparados.
 “Tu eras querubim da guarda 
ungido, e te estabeleci; permanecias 
no monte santo de Deus, no brilho 
das pedras andavas. Perfeito eras 
nos teus caminhos, desde o dia em 
que foste criado até que se achou 
iniqüidade em ti.
 “Na multiplicação do teu comér-
cio, se encheu o teu interior de vio-
lência, e pecaste; pelo que te lan-
çarei, profanado, fora do monte de 
Deus e te farei perecer, ó querubim 
da guarda, em meio ao brilho das pe-
dras.
 “Elevou-se o teu coração por 
causa da tua formosura, corrom-
peste a tua sabedoria por causa do 
teu resplendor; lancei-te por terra, 
diante dos reis te pus, para que te 
contemplem.
 “Pela multidão das tuas iniqüida-
des, pela injustiça do teu comercio, 
profanaste os teus santuários; eu, 
pois, fiz sair do meio de ti um fogo, 
que te consumiu, e te reduzi a cinzas 
sobre a terra, aos olhos de todos os 
que te contemplam” (Ez 28:12-18).
 O mesmo tipo de quadro e pin-
tado pelo profeta Isaías. Com pala-
vras fortes, ele revela o mau caráter 
do malvado rei da Babilônia. Nova-
mente, estes versos tem uma dupla 
aplicação. Neles o profeta nos mos-
tra a imagem maligna de Satanás.
 “Como caíste do céu, ó estrela 
da manhã, filho da alva! Como foste 
lançado por terra, tu que debilitavas 
as nações! Tu dizias no teu coração: 
Eu subirei ao céu; acima das estre-
las de Deus exaltarei o meu trono e 
no monte da congregação me assen-
tarei, nas extremidades do Norte; 
subirei acima das mais altas nuvens 
e serei semelhante ao Altíssimo. 
Contudo, serás precipitado para o 
reino dos mortos, no mais profundo 
do abismo” (Is 14:12-15).
 Cinco vezes Satanás contrapõe a 
“vontade de Deus” a “sua vontade”. 
Cinco vezes Satanás declara a pró-
pria vontade em oposição a vonta-
de de Deus (v.13-14). Podemos ver 
claramente o orgulho de Satanás e 
sua rebelião contra Deus. Satanás 
desejou (e ainda deseja) substituir 
a lei soberana de Deus pela sua lei. 
Ele também quer agir independen-
temente do Deus Altíssimo. Satanás 
convida, tenta, intimida e engana os 
homens, induzindo-os a cometer o 
pecado da auto-exaltação e da in-
dependência egoísta. Parece que 
Satanás, antes de sua queda – bem 
como todos os outros seres angeli-
cais – foi criado originalmente com 
a capacidade para amar, honrar, ado-
rar e servir a Deus. Como dissemos, 
criar os seres com liberdade de esco-
lha implicava em grande risco. Há o 
perigo de rebelião.
 Os resultados dessas escolhas er-
radas podem ser trágicos. A rejeição 
do amor de Deus, da verdade e da 
bondade divinas implica colher os 
resultados do ódio, do erro e da mal-
dade. Rejeitar um e escolher o outro. 
E como quando lançamos uma mo-
eda – um lado ou o outro fica para 
cima. Lamentavelmente Satanás fez 
a escolha errada!
 Em Ezequiel e Isaías as Escritu-
ras parecem mostrar que Satanás foi 
criado por Deus com um propósito 
elevado e nobre. Ele era perfeito em 
beleza e sabedoria. Recebera grande 
poder e autoridade.
 Os querubins no Livro de Apo-
calipse são relacionados a adorarão 
divina. É possível que Satanás, por 
um tempo,não só governou as hostes 
celestiais como “querubim da guar-
da ungido” (Ez 28:14)– o que indica 
um alto posto com autoridade e res-
ponsabilidade. Ele também os con-
duziu na adoração a Deus. Ezequiel 
28:13 parece indicar isso, quando se 
refere a instrumento musical incluído 
na criação de Lúcifer (Satanás) – de 
acordo com a versão Revista e Cor-
rigida. Muitos vêem isto como apoio 
6 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
à idéia de que um dos deveres de Lú-
cifer era conduzir as hostes celestiais 
em adoração do Supremo. Ele tinha 
o dever e a responsabilidade de guar-
dar o santo testamento e a palavra de 
Deus e honrar ao Senhor de todas as 
formas. Parece que ele era o “supe-
rintendente” das hostes celestiais.
O Orgulho de Satanás
 Por causa de sua beleza e de sua 
posição, o orgulho entrou no cora-
ção de Satanás (Ez 28:15,17). Pau-
lo, ao listar as qualificações de um 
bispo, adverte sobre orgulho, e usa 
Satanás como exemplo:
 “...não seja neófito, para não su-
ceder que se ensoberbeça e incorra 
na condenação do diabo” (1 Tm 
3:2-6).
 O céu e santo e perfeito. Logo, 
o pecado de Satanás só poderia ter 
surgido do seu próprio coração. O 
orgulho e o desejo de possuir poder 
precipitaram a sua queda. Ele achou 
mais prazer na própria beleza do que 
na glória de Deus. Ele se exaltou aos 
próprios olhos e buscou a honra e o 
poder que só pertencem a Deus.
 Satanás quis a adoração do céu e 
a autoridade do trono de Deus. Ele 
estava disposto a se rebelar contra 
o Deus Altíssimo para adquirir isto. 
Lamentavelmente, um grande nu-
mero das hostes angelicais uniu-se a 
Satanás em sua rebelião (veja 2 Pe-
dro 2:4; Judas 6).
 Talvez alguém desejasse saber 
por que Satanás e suas hostes pen-
saram que poderiam ter sucesso na 
rebelião contra Deus. A Bíblia afir-
ma até mesmo que ele era “cheio de 
sabedoria” (Ez 28:12).
 Contudo, como vimos, há uma 
“cegueira” e um auto-engano no or-
gulho. Quando centramos tudo em 
nós mesmos, fica difícil “ver” além 
de nós. É engano crer que algo está 
certo quando está errado – que algo 
é bom quando de fato é mau!
 Com o orgulho vem o engano. 
Satanás estava verdadeiramente en-
ganado. Ele era muito inteligente 
para tentar algo que fosse claramen-
te condenado ao fracasso. Mas ele 
realmente pensou que ganharia!
 Aquele que facilmente engana 
outros esta sujeito a ser enganado. 
Ele estará muito seguro de que es-
tá certo e parece ser muito sincero. 
Certeza e sinceridade não são sinais 
confiáveis de que alguém esteja cer-
to. É possível ser totalmente sincero 
mas verdadeiramente errado!
O Auto-Engano de Satanás
 Pode ter havido várias razões 
pelas quais Satanás e suas hostes 
acreditassem que poderiam ganhar. 
Ninguém nunca tinha desobedecido 
a Deus antes. O poder de Deus bem 
como Sua autoridade nunca tinham 
sido testados. Os resultados de uma 
rebelião nunca tinham sido vistos. A 
morte era desconhecida. Além disso, 
essa foi a primeira vez que os pode-
res do bem e do mal entraram em 
conflito um com o outro. A batalha 
das eras estava a ponto de começar!
 Ao contrário de Deus, Satanás 
não era “onisciente” – conhecedor 
de todas as coisas. Como um ser 
criado, toda informação que ele ti-
nha era a palavra de Deus. Ele não 
sabia realmente o quanto poderia ser 
poderoso ou importante.
 Com o orgulho vem o engano. E 
com o engano vem a dúvida. Satanás 
duvidou da palavra de Deus, e, como 
resultado, decidiu desobedecê-la.
 Os elos da cadeia do mal po-
diam ser vistos agora claramente: 
ORGULHO – AUTO-ENGANO – 
REBELIÃO – DESOBEDIÊNCIA. 
O ultimo elo era desconhecido e im-
previsto – o elo da MORTE!
 Satanás também pode ter pen-
sado que tinha achado uma fraque-
za no plano divino. Uma avaliação 
bíblica parece mostrar que Deus 
escolheu alcançar seu propósito na 
criação através de criaturas com 
Foi o orgulho de Satanás
que o fez ser expulso
do Céu!
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 7 
livre-arbítrio. Os anjos, e depois o 
homem, foram feitos com liberdade 
de escolha.
 Como foi dito antes, isso impli-
cava grande risco. Havia o perigo 
de escolhas erradas e os resultados 
que se seguiriam. Deus previu aque-
la possibilidade, mas descansou em 
seu conhecimento de que no fim:
O BEM superaria o MAL
O AMOR superaria o ÓDIO
A LUZ superaria as TREVAS
A VERDADE superaria a MENTIRA
O DIREITO superaria o ERRO
O Ciúme de Satanás
 Além disso, as nobres qualidades 
do caráter de Deus seriam expressas 
por aqueles que escolhessem amar, 
honrar e obedecer a Ele.
 No céu isso seria alcançado pelos 
anjos que escolhessem permanecer 
leais ao seu Criador.
 Na terra isto ocorreria através de 
uma família real de filhos e filhas 
amados. O “Primogênito” daquela 
família seria o próprio Senhor Jesus.
 É possível que Satanás tenha ti-
do ciúmes do amor, da honra e da 
adoração que as hostes celestiais 
prestavam a Deus. A rebelião de Sa-
tanás era uma tentativa de tomar o 
lugar de Deus e receber a adoração 
que pertencia a Ele. O diabo ofere-
ceu a Jesus os rei-nos deste mundo 
– numa tentativa para conseguir que 
Jesus o adorasse no deserto (veja 
Lucas 4:5-8). Este incidente mostra 
que o diabo deseja a adoração que só 
a Deus pertence.
 Opondo-se a Deus, Satanás ali-
nhou as fileiras de batalha para o 
conflito de longas eras entre o bem 
e o mal.
 As Escrituras mostram que Sata-
nás não alcançou vitória no céu. Ele 
e suas hostes de anjos caídos foram 
expulsos. Contudo, mais tarde, eles 
tentariam ganhar na terra – no Jar-
dim do Éden – o que perderam no 
céu.
ADÃO	ESCOLHEU	PECAR
Satanás Entra no Mundo
 Como já vimos, há um grande an-
seio no coração de nosso Pai celes-
tial. E o desejo de estabelecer uma 
família através da qual o caráter, a 
autoridade e o poder de Seu Filho 
possam ser revelados. Por isso, Deus 
fez o primeiro homem e a primeira 
mulher e lhes disse que fossem os 
mordomos, os guardiões da terra – e 
a enchessem, formando uma família 
de filhos amorosos que fossem leais 
a Ele.
 E a essa terra e aquela família, 
então, que Satanás vem agora. A ba-
talha que começou no céu alcança 
agora a nova criação de Deus. Sata-
nás busca roubar da primeira família 
terrestre a herança que lhes foi dada, 
tentando-os para que cometessem o 
mesmo pecado que causou a queda 
dele das alturas celestiais - orgulho e 
rebelião!
 Ele se aproxima deles na forma 
de uma sagaz e linda serpente. Ele 
não pode dominá-los, pois Deus lhes 
dera autoridade sobre todas as cria-
turas da terra. Ele tem apenas um 
modo de enredá-los para o seu ma-
léfico propósito – o engano! Agora 
nós podemos entender por que Jesus 
chamou Satanás de “pai da menti-
ra” (veja João 8:44).
 O apóstolo Paulo refere-se a es-
se engano em sua segunda carta a 
Igreja de Corinto. Atentemos para 
suas palavras de advertência: “Mas 
receio que, assim como a serpente 
enganou a Eva com a sua astúcia, 
assim também seja corrompida a 
vossa mente e se aparte da simpli-
cidade e pureza devidas a Cristo” (2 
Co 11:3).
 Sim, Satanás usou mentiras e 
confusão para enganar e confundir o 
entendimento deles quanta aos man-
damentos simples de Deus. Você se 
recorda de que Deus lhes tinha dito 
que não comessem daquela árvore. 
Veja-mos novamente as palavras de 
advertência de Deus: “... De toda ar-
vore do jardim comerás livremente, 
mas da arvore do conhecimento do 
bem e do mal não comerás; porque, 
no dia em que dela comeres, certa-
mente morrereis” (Gn 2:16,17).
Satanás Engana Eva
 Satanás, agora, começa a formar 
seus laços de maldade: orgulho – 
engano – dúvida – desobediência 
– morte. Vamos estudar cada elo da 
cadeia conforme e apresentado no 
próprio registro bíblico:
 “Mas a serpente, mais sagaz que 
todos os animais selváticos que o 
SENHOR Deus tinha feito, disse a 
mulher: E assim que Deus disse: não 
comereis de toda árvore do jardim?
 “Respondeu-lhe a mulher: Do 
fruto das árvores do jardim pode-
mos comer, mas do fruto da árvore 
que está no meio do jardim, disse 
Deus: Dele não comereis, nem toca-
reis nele, para que não morrais.
 “Então, a serpente disse a mu-
lher: E certo que não morrereis. 
Porque Deus sabe que no dia em 
quedele comerdes se vos abrirão os 
olhos e, como Deus, sereis conhece-
dores do bem e do mal (Gn 3:1-5).
 Satanás lhes falou que o fruto da 
arvore do conhecimento do bem e 
do mal não era algo que eles deviam 
temer, mas, sim, verdadeiramente 
desejar. Ele lhes afirmou que, em 
vez de morrer como Deus tinha dito, 
eles realmente começariam a viver. 
Na realidade, de acordo com Sata-
nás, eles se tornariam como Deus, 
e poderiam decidir o que era bom 
e mal – certo e errado – para eles. 
Eles não precisariam de Deus para 
dirigir a vida deles. Eles se conhe-
ceriam, governariam a si mesmos, e 
poderiam se tomar os melhores – tu-
do por eles mesmos. Então o reino, 
o poder e a gloria seriam deles so-
mente! Se Deus realmente os amas-
se, Ele mesmo lhes teria dito isso.
 E fácil ver como Satanás primei-
ramente lançou as sementes do or-
gulho e do desejo egoísta. Então ele 
os induziu a duvidar de Deus. Ele 
conseguiu que eles duvidassem da 
Palavra de Deus, do amor de Deus, e 
de Seu poder e autoridade. A duvida 
os conduziu a desobediência – e a 
desobediência, a morte!
O que Adão Perdeu
 “Vendo a mulher que a árvore 
era boa para se comer, agradável 
aos olhos e árvore desejável para 
dar entendimento, tomou-lhe do fru-
to e comeu e deu também ao marido, 
e ele comeu” (Gn 3:6).
 Lamentavelmente, a mentira fun-
8 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
cionou. Quando a mulher aceitou o 
engano, acreditando nas mentiras de 
Satanás, ela desobedeceu. Então fi-
cou sujeita ao julgamento que Deus 
havia prometido. Embora Adão não 
tenha sido enganado, ele escolheu 
pecar, submetendo-se, assim, a lei 
de Satanás. Deus havia criado o ho-
mem originalmente para ser mor-
domo sobre a terra, para governa-la 
e cuidar dela. Mas como o homem 
desobedeceu a Deus, sujeitando-se 
as mentiras de Satanás, tudo isso foi 
mudado. A partir de então o domínio 
do homem foi entregue a Serpente 
(Apocalipse 12:9 mostra que o ten-
tador no Jardim era Satanás em for-
ma de serpente). O governo de nosso 
mundo, originalmente delegado ao 
homem, caiu nas mãos de Satanás.
 Satanás foi rápido em tomar o cetro 
– o bastão real para reinar – nas pró-
prias mãos. Satanás assumiu a autori-
dade que tinha sido dada ao homem. 
Este colocou-se debaixo da autoridade 
do reino das trevas e da morte.
 Era como se uma tragédia infinita 
tivesse começado. For causa de seu 
pecado e de sua desobediência, o ho-
mem perdeu muitas coisas:
1. Ele perdeu sua comunhão co-
mo um filho amado.
2. Ele perdeu a cobertura divina 
e a autoridade outorgada por 
Deus.
3. Ele perdeu a beleza da imagem 
de Deus em sua vida.
4. Ele perdeu seu lugar no piano 
de Deus.
5. Ele perdeu a própria vida – es-
pírito, alma e corpo.
NÓS	HERDAMOS	O						
PeCAdo de AdÃo
Por que Nós Pecamos?
 Então, o primeiro problema que 
temos de resolver para que possa-
mos ser salvos, e a questão do peca-
do. É nosso pecado que nos separa 
da santa vontade de Deus e de seu 
propósito para nossa vida. Se qui-
sermos compreender a grandeza de 
nossa salvação temos de entender 
por que somos pecadores e por 
que pecamos.
 Isso levanta duas questões im-
portantes:
1. Nos somos pecadores porque peca-
mos?
2. Ou, nos pecamos porque somos pe-
cadores?
 
 Os teólogos e estudiosos da Bí-
blia tem debatido estas questões 
durante séculos. No entanto uma 
questão tão importante deveria ser 
respondida claramente na Bíblia.
O Pecado Entrou no Mundo 
por um Homem
 Encontramos a chave para en-
tender a relação entre pecado e 
pecador em Romanos, capitulo 5. 
Paulo fala sobre a origem do pe-
cado e como isso afeta cada um de 
nos. Observemos suas palavras em 
Romanos 5:12: “Portanto, assim 
como por um só homem entrou o 
pecado no mundo, e pelo pecado, 
a morte, assim também a morte 
passou a todos os homens, porque 
todos pecaram.” A palavra “mun-
do” e a mesma usada em João 3:16: 
“Por que Deus amou ao mundo...” 
Vem do termo grego original kos-
mos, e se refere a raça humana. 
Paulo esta dizendo que, como cabe-
ça da raça humana, Adão, ao pecar, 
contaminou todo o gênero huma-
no. A conseqüência dessa terrível 
contaminação através do pecado foi 
a morte espiritual e física.
 Paulo explica esta verdade da 
seguinte forma. No período entre 
Adão e Moisés ninguém foi julgado 
culpado pelos próprios pecados, pois 
a lei não tinha ainda sido instituída. 
No entanto, eles morreram. Portan-
to, essa morte não pode ser atribuída 
diretamente aos pecados deles, pois 
não havia nenhuma lei para estabe-
lecer essa sentença.
 Assim, Paulo argumenta, a mor-
te nesse período deveria ter sido 
creditada ao pecado de Adão. Está-
vamos “em Adão” quando ele deso-
bedeceu a Deus. Então, nos sofre-
mos a penalidade daquele pecado 
porque nos somos os membros da 
raça adâmica (os descendentes de 
Adão) (Sl 51:5).
 Aqui temos os fatos nas próprias 
palavras de Paulo: “Porque até ao 
regime da lei havia pecado no mun-
do, mas o pecado não é levado em 
conta quando não há lei. Entretanto, 
reinou a morte desde Adão ate Moi-
sés, mesmo sobre aqueles que não 
pecaram a semelhança da trans-
gressão de Adão... pela ofensa de 
um e por meio de um só, reinou a 
morte... pela desobediência de um 
só homem, muitos se tornaram pe-
cadores” (Rm 5:13,14,17, 19).
Em Adão, Todos Pecam; 
Em Adão, Todos Morrem.
 A verdade é clara; nos todos nas-
cemos pecadores por causa do pe-
cado de Adão. Independentemente 
de qualquer ato de pecado de nossa 
par-te, nos somos herdeiros do peca-
do de Adão – e de sua natureza peca-
minosa.
 Mesmo que nunca tivéssemos 
pecado, ainda assim seríamos pe-
cadores. Pela ofensa de um, o juizo 
veio sobre todos. “...a morte veio 
por um homem... em Adão, todos 
morrem” (1 Co 15:21,22).
 Em Adão todos nós pecamos; 
em Adão todos nos morremos. Es-
se conceito ou idéia de estar “em 
Adão” e uma verdade importante 
que temos de entender. Como vere-
mos, o mesmo raciocínio se aplica a 
nossa condição de estar “em Cristo”, 
e será uma das verdades que nos aju-
dara a entender muito melhor nossa 
grande salvação.
“Em Adão – em Cristo”: 
Um Exemplo da Natureza
 Esta idéia de estar “em outro” 
pode ser vista também em um exem-
plo da natureza. Tentando produzir 
arroz de melhor qualidade, cientis-
tas agrícolas expõem sementes de 
arroz a altos raios de energia. Es-
sa radiação pode mudar a estrutura 
genética da semente. Essa radiação 
de alta-energia, muda a natureza 
da semente de arroz. A forma co-
mo o arroz, a partir dessa semente, 
vai crescer e sobreviver e alterada. 
A maioria das mudanças feitas por 
radiação de genes (material he-
reditário) e prejudicial. Contudo, 
algumas vezes, essas alterações 
promovem melhoria. As mudanças 
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 9 
provocadas pela radiação só podem 
ser conhecidas após o plantio da se-
mente – e vendo o resultado obtido 
na ocasião da colheita.
 Uma semente produzira um cau-
le com muitas sementes. Cada uma 
dessas sementes levara consigo as 
mudanças genéticas – quer sejam 
para melhor ou pior. Isto se aplicara 
a todas as produções de arroz que se 
seguirão.
 Como as sementes são plantadas 
e replantadas, após alguns anos ha-
verá uma grande colheita de arroz. 
Cada planta, conseqüentemente, terá 
as mesmas características e qualida-
des que foram “fixadas” quando a 
primeira semente sofreu a radiação.
 Se as mudanças genéticas fo-
ram para melhor, de onde a grande 
colheita de arroz de alta qualidade 
teria vindo? Daquela primeira se-
mente! Muitos alqueires do melhor 
arroz estavam todos “em uma se-
mente”.
 O mesmo se aplica se a mudança 
genética tivesse sido para pior. Na-
quela semente ruim estariam muitos 
alqueires de arroz de baixa qualida-
de. Os resultados da radiação seriam 
passados a todas as produções se-
guintes.
 Nenhuma radiação adicional e 
necessária para que os resultados 
prejudiciais produzidos na primeira 
semente continuem. A natureza do 
arroz foi mudada para todas as futu-
ras produções!
Na Carne de Adão
 Agora podemos entender melhoro que Paulo quis dizer ao afirmar 
que “em Adão” todos fomos feitos 
pecadores. Quando Adão pecou, 
estava-mos em sua carne (corpo). A 
semente de humanidade da qual vie-
mos estava potencialmente em Adão 
desde o começo. O que nos aconte-
ceu então quando Adão pecou? Nos 
nos tornamos pecadores! “Por uma 
só ofensa, veto o juizo sobre todos” 
(Rm 5:18).
 Davi estava bastante ciente desta 
verdade. Ele expressou esse concei-
to claramente em um de seus sal-
mos: “Eu nasci na iniqüidade, e em 
pecado me concebeu minha mãe” 
(Sl 51:5). Davi está reconhecendo 
que ele nasceu pecador. Ele foi feito 
pecador – como todo ser humano – 
em Adão. Ele sabia que precisava de 
um coração limpo e um espírito no-
vo, não só por causa dos seus peca-
dos, mas também pela sua natureza 
pecaminosa inata.
 Nós nascemos pecadores por-
que estávamos em Adão. Pecamos 
porque temos uma natureza peca-
minosa. Isto evidencia-se muito 
cedo na vida. Nós, que somos pais, 
vemos isso em nossos filhos. Nós 
não tive-mos de ensiná-los a pe-
car; eles simplesmente receberam 
isso de nós. Eles aprenderam rapi-
damente como fazer a sua própria 
vontade e a sua própria maneira. 
Sempre que a sua vontade foi frus-
trada, sua pequena natureza peca-
minosa se manifestava ruidosa e 
forte. Aquela atitude pecaminosa 
parecia crescer mais rapidamente 
que eles!
 Por que isso era assim? Porque 
todos nos saímos à semelhança de 
nosso antepassado, Adão. “Quando 
ele pecou, muitos foram feitos pe-
cadores.” Nós estávamos todos em 
Adão desde o principio.
Nascidos pecadores
 Todos nos nascemos pecadores. 
Mas também e verdade que somos 
pecadores porque pecamos. Temos 
provado isso através de nossos mui-
tos e repetidos atos de pecado. Paulo 
nos fala claramente que “não há jus-
to, nem um sequer... todos pecaram 
Assim como uma 
árvore tem muitos 
ramos mas todos eles 
vêm de uma só raiz, 
todas as pessoas vêm 
de uma única semente: 
Adão.
10 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
e carecem da gloria de Deus” (Rm 
3:10,23).
 Então, se alguém nos perguntar: 
“Nós pecamos porque somos peca-
dores?”, teríamos de dizer: “Sim”. 
Se nos perguntassem também: “Nos 
somos pecadores porque pecamos?”, 
a resposta seria novamente: “Sim”. 
Ambas são verdadeiras. Não é um 
ou outro. Nós nascemos pecadores, 
e todos têm provado isso através de 
seus numerosos pecados. Logo, nos 
temos sido julgados pecadores em 
ambos os casos – por nosso antepas-
sado pecador (Adão) e por nossas 
ações pecaminosas. São dois lados 
da mesma moeda.
 Todos somos “nascidos pecado-
res”. Porém, muitas pessoas reli-
giosas continuam sem enxergar sua 
necessidade de salvação. Elas não se 
consideram pecadoras.
 Vivem bem e honestamente. Fre-
qüentam uma igreja ou vão regular-
mente a um templo pagão, e con-
tribuem financeiramente com esses 
trabalhos. Pagam suas contas, não 
bebem e nem falam palavrão. Procu-
ram cumprir os Dez Mandamentos, 
e acreditam que, fazendo isso, irão 
para o céu – por seus próprios atos 
de justiça.
 Estão cometendo um trágico er-
ro, porque estão equivocados! So-
mos todos pecadores – duplamente 
pecadores – pela nossa herança de 
nascença e através de nossos atos. E 
um fato da história – e da vida. Não 
podemos fazer nada a esse respeito. 
Por mais boas obras que façamos, 
não mudaremos nossa natureza pe-
caminosa nem cancelaremos a pe-
nalidade pelos nossos pecados.
 As Escrituras afirmam que por 
melhor que façamos “todas as nossas 
justiças, (são) como trapo da imun-
dícia” (Is 64:6). Nós não podemos 
esperar cobrir nosso pecado com 
nossas “boas obras”. Paulo declara 
em Gálatas 2:16 que “por obras da 
lei, ninguém será, justificado.” Mes-
mo se fôssemos perfeitos em nossa 
obediência a toda a lei de Deus, isso 
não seria suficiente para nos salvar!
 Diante da brilhante luz da santi-
dade de Deus, nos somos vistos ape-
nas como os pecadores que somos. 
Nossa esperança não pode estar nun-
ca em nossa bondade – somente na 
graça de Deus. Nós só receberemos 
a cura de Deus quando nos cons-
cientizarmos de que estamos “doen-
tes até a morte” por causa do pecado 
de Adão, e dos nossos próprios!
A PenALIdAde PeLo 
PeCAdo e A morte
“O salário do pecado...”
 Vimos que a condição de peca-
do e “universal”. Por isso queremos 
dizer todo mundo, em todo lugar 
e um pecador! Além disso, a pena-
lidade pelo pecado também e uni-
versal. Todo mundo e sentenciado 
a morrer por causa do próprio pe-
cado. “Todos pecaram... o salário 
[penalidade] do pecado e a morte” 
(Rm 3:23; 6:23).
 A Bíblia diz que todo ser humano 
esta debaixo da sentença de morte. 
Sem exceção, todos estão separados 
da graça de Deus. Desde o começo, 
a penalidade pelo pecado tem sido a 
mesma. Deus advertiu Adão e Eva 
clara e firmemente que a desobedi-
ência significava morte.
 “Mas da árvore do conhecimento 
do bem e do mal não comerás; por-
que, no dia em que dela comeres, 
certamente morreras” (Gn 2:17).
 Mais adiante, o profeta Ezequiel 
declara a pena de morte para o pe-
cado, usando as seguintes palavras – 
simples, mas muito fortes: “A alma 
que pecar, essa morrerá.” (Ez 18:4, 
20). Nada poderia ser mais verda-
deiro. O salário, ou o resultado, do 
pecado e a morte. Por natureza e 
por nossos atos somos pecadores. 
Nos escolhemos ir pelo nosso cami-
nho em vez de andar no caminho de 
Deus. “Todos nós andávamos des-
garrados como ovelhas; cada um se 
desviava pelo caminho” (Is 53:6). 
Qual e o resultado de fazermos a 
nossa própria vontade e andarmos 
no nosso próprio caminho? “Há ca-
minho que ao homem parece direi-
to, mas ao cabo da em caminhos de 
morte” (Pv 14:12).
Um Destino Sombrio
 O caminho do homem e uma rua 
sem saída! Realmente não pode ser 
outra coisa. Jesus disse: “Eu sou o 
caminho, e a verdade, e a vida; nin-
guém vem ao Pai senão por mim” 
(Jo 14:6).
 A vontade do Pai e o caminho 
para a vida estão centralizados em 
Seu Filho. Qualquer outro caminho 
conduz a morte. Quando escolhe-
mos desobedecer a Deus e andar em 
nosso próprio caminho, seguimos 
em uma única direção – queda e des-
truição.
 O pecado pode ser definido co-
mo a oposição pessoal a vontade e 
ao caminho de Deus. A desobedi-
ência, por sua própria natureza, so-
mente pode nos levar a morte. Essa 
e a razão por que todos os pecadores 
estão conde-nados a morrer. Inten-
cionalmente temos escolhido o ca-
minho errado. Essa atitude teve ini-
cio “em Adão”, quando ele escolheu 
desobedecer a Deus. Não só fomos 
vítimas daquela escolha, como tam-
bém desenvolvemos aquela escolha 
por nossos próprios atos de desobe-
diência. Separados de Deus e da sua 
graça, estamos sem esperança neste 
mundo. A morte é o nosso destino!
Nossa Única Saída
 Há apenas um modo pelo qual 
podemos escapar deste destine: Al-
guém sem pecado deve pagar a pe-
nalidade do pecado por nós. Deus 
já fez isto – enviando o Seu único 
Filho Jesus, gerado pelo Pai, para le-
var sobre Si toda a culpa de nossos 
pecados e, na cruz, morrer em nos-
so lugar.
Uma Esperança Brilhante
 Todo pecador vive sem Deus e 
sem esperança neste mundo. E re-
almente uma noite de escuridão e 
desespero. Mas no final deste escuro 
túnel resplandece a brilhante luz do 
amor de Deus. Como a Bíblia nos 
diz: “onde abundou o pecado, supe-
rabundou a graça”
 Nós podemos ser gratos porque 
há uma segunda parte no versículo 
que declara que “o salário do pe-
cado e a morte...” Essa parte e uma 
mensagem de esperança e amor: “... 
mas o dom gratuito de Deus e a vida 
eterna em Cristo Jesus, nosso Se-
nhor” (Rm 6:23). ■
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 11 
SALVAÇÃO
CAPÍTULO 2
o dom de deuS – A SALvAÇÃo
●	 UM	DOM	GRATUITO
●	 UM	DOM	QUE	DEVEMOS	
ACeItAr
●	 UM	DOM	QUE	DEUS	
PAGou Por ComPLeto!
um dom GrAtuIto
O que é um Dom?
 O Evangelho de João, em uma 
passagem muito conhecida, fala 
sobre esse grande dom do amor de 
Deus: “Porque Deus amou ao mun-
do de tal maneira que deu o seu Fi-
lho unigênito, para que todo o que 
nele crê não pereça, mas tenha a 
vida eterna” (Jo 3:16).
 A definição jurídica da palavra 
dom requer três partesindispensá-
veis. Esses elementos são os seguin-
tes:
1. Alguém tem de oferecer algo
2. Alguém tem de aceitar algo
3. O que aceita algo não paga por isto
 Um dom e algo oferecido gratui-
tamente e aceito sem qualquer idéia 
de pagamento.
Nós Não Merecemos Esse Dom
 Um dom e algo que e oferecido 
gratuitamente, não pode haver ne-
nhum pagamento senão o “dom” se 
torna uma “aquisição” – algo que foi 
comprado. O dom de Deus – a sal-
vação – foi dado gratuitamente. Ele 
não nos oferece algo que temos de 
comprar – Ele nos oferece um dom.
 O apóstolo Paulo nos lembra 
que “todos pecaram e carecem da 
glória de Deus” (Rm 3:23). Mas no 
verso seguinte ele nos dá as Boas 
Novas de que todos que aceitam a 
salvação dada por Deus estão “justi-
ficados gratuitamente, por sua gra-
ça, mediante a redenção que há em 
Cristo Jesus” (Rm 3:24).
 Algumas pessoas não entendem 
totalmente que o dom da salvação 
foi gratuitamente dado por Deus. 
Por isso, eles tentam transformar es-
se dom em uma aquisição, buscando 
alcançar o favor de Deus pelos pró-
prios meios.
 No Sudeste da Ásia há um grupo 
de pessoas que levam seus esforços 
a um trágico extremo. Eles são cha-
mados “flagelistas”. Na Sexta-Feira 
Santa, antes da Páscoa, eles chico-
teiam as próprias costas ate sangrar. 
Alguns vão tão longe que crucificam 
a si mesmos.
 Por que as pessoas fazem essas 
coisas terríveis em nome do cristia-
nismo? E porque não entendem que 
a salvação é um dom. A vida eterna 
e um dom de Deus.
 Não há nada que possamos fa-
zer ou realizar por nossos próprios 
meios para merecermos o favor de 
Deus. Nos somos salvos pela graça, 
não através de “obras” – senão po-
deríamos nos vangloriar de nossos 
esforços (Ef 2:8,9).
 Nossa salvação foi “paga inte-
gralmente” no Calvário. Ao morrer 
naquela cruz, Jesus disse, “está con-
sumado”. Nossa fé, então, repousa 
totalmente na obra de Cristo, consu-
mada na cruz.
 Aquelas pessoas no Sudeste da 
Ásia são sinceras, porém, ignoran-
tes. Não sabem ou não entendem a 
grandeza da salvação de Deus. Es-
tão buscando a salvação, mas fazem 
isso através de seus próprios meios. 
Elas real-mente são muito zelosas, 
mas zelo e sinceridade não nos sal-
varão. Nos podemos ser sinceros e, 
ao mesmo tempo, estarmos errados.
 Paulo refere-se a tal zelo religio-
so em sua carta aos romanos: “Por-
que lhes dou testemunho de que eles 
tem zelo por Deus, porem não com 
entendimento.
 “Porquanto, desconhecendo a 
justiça de Deus e procurando esta-
belecer a sua própria, não se sujei-
taram a que vem de Deus.
 “Porque o fim da lei e Cristo, pa-
ra justiça de todo aquele que crê” 
(Rm 10:2-4).
 O que podemos concluir disso? 
Tais pessoas são sinceras? Sim. Ze-
losas? Sim. Estão erradas? Sim. Per-
didas? Sim – por ignorância!
 Não podemos ser justificados 
diante de Deus pelos nossos pró-
prios esforços ou obras. Esse não e o 
caminho de Deus para a vida eterna. 
A salvação e um dom, não uma aqui-
sição. Não podemos adquiri-la, por 
mais que nos esforcemos. A obra da 
salvação já foi consumada por Cris-
to na cruz. Nossa parte é receber o 
dom que nos foi dado gratuitamente. 
Não há nenhum outro modo.
 Muitos aceitaram a Cristo como 
Salvador e receberam a vida eterna. 
Contudo, há aqueles que pensam 
que de qualquer maneira eles tem de 
acrescentar algo ao trabalho de Cris-
to consumado na cruz. Eles não se 
ferem fisicamente, mas se castigam 
freqüentemente de outros modos. 
12 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
Eles trabalham duro, para conquistar 
a aprovação de Deus. Contudo nun-
ca se sentem totalmente aceitos. Eles 
estão constantemente se esforçando 
para alcançar maiores metas, mas 
sempre falham. Então se castigam se-
veramente com sentimentos de culpa 
e de condenação. São sinceros? Sim. 
Zelosos? Sim. Estão errados? Sim. 
Perdidos? Sim. Eles não perderam a 
salvação, mas ficaram sem a alegria 
da salvação – por ignorância!
UM	DOM	QUE	DEVEMOS	
ACeItAr
Qualquer um Pode Aceitar 
Esse Dom?
 Deus fez Sua oferta quando deu 
Seu Filho. Porém, a oferta de Deus 
não e “legalmente” um dom enquan-
to não for aceita. Ele “veio para o 
que era seu, e os seus não o recebe-
ram” (Jo 1:11).
 Os judeus que viviam no tempo 
de Jesus não O aceitaram, por isso 
não receberam o benefício e a bên-
ção da oferta de Deus. “Mas, a todos 
quantos o receberam, deu-lhes o po-
der de serem feitos filhos de Deus” 
(Jo 1:12).
 Certa vez Billy Graham, o grande 
evangelista, chocou muitas pessoas 
ao dizer: “Um dos grandes mistérios 
da redenção e este: Enquanto muitos 
homens maus irão para o céu, muitos 
homens bons irão para o inferno!”
 Por que muitos homens maus 
irão para o céu? Porque eles aceita-
ram o dom de Deus, a vida eterna. 
Você se lembra do ladrão que foi 
crucificado próximo a Jesus? Em 
seu momento de agonia ele disse: 
“Lembra-te de mim quando vieres 
no teu reino”. A resposta de Jesus 
foi imediata: “Em verdade te digo 
que hoje estarás comigo no paraí-
so” (Lc 23:39-43).
 Aquela simples oração do ladrão 
estava cheia de fé. Ela continha to-
dos os elementos de fé para salva-
ção. Quais são esses elementos?
1. Ele creu que Jesus era o Rei (Se-
nhor).
2. Ele creu que o Rei teria um Rei-
no.
3. Ele pediu para ser incluído na-
quele Reino.
 Jesus respondeu: “Hoje estarás 
comigo no paraíso” (Lc 23:43). Je-
sus aceitou o ladrão porque este creu 
nEle como Salvador e Rei.
 Por que muitos homens bons irão 
para inferno? Porque eles recusaram 
o dom de Deus e confiaram em suas 
“boas obras”.
 Jesus declarou a mesma verdade 
aos fariseus – que eram muito reli-
giosos, mas estavam perdidos: “Em 
verdade vos digo que publicanos e 
meretrizes vos precedem no reino de 
Deus” (Mt 21:31).
 Por que tais pecadores entrariam 
no Reino e os fariseus ficariam de fo-
ra? Os fariseus eram homens muito 
religiosos que iam ao Templo, ora-
vam e davam dízimos. Eles tinham 
dias de jejum e dias de banquete, e 
guardavam o sábado.
 Por que os fariseus iriam para o 
inferno, e as meretrizes para o céu? 
Porque elas aceitaram o dom de Deus, 
e os fariseus, não. Em vez disso, eles 
buscavam assegurar a própria salva-
ção através de seus atos de justiça. O 
Caminho Divino para a vida eterna 
lhes foi apresentado, mas eles esco-
lheram seguir o próprio caminho.
 Romanos 10:3 diz: “sujeitaram 
a (justiça) que vem de Deus”. Isto 
significa aceitar o dom da salvação 
de Deus, que ocorre apenas median-
te a fé em Cristo Jesus. Para muitos 
de nos e difícil “submeter-nos” a 
qualquer coisa. Algo dentro de nos 
se rebela contra qualquer tipo de au-
toridade – até mesmo a de um Deus 
sábio e amoroso.
UM	DOM	QUE	DEUS	PAGOU	
Por ComPLeto!
Nosso Criador – o Redentor
 Há uma linda história no Velho 
Testamento que exemplifica clara-
A salvação é um dom. Nós temos de aceitar esse dom para que 
possamos receber as bênçãos advindas dele.
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 13 
mente o amoroso coração paterno de 
Deus. Nessa passagem, Deus se reve-
la não só como um Pai-Criador, mas 
também como um Pai-Redentor.
 O profeta Isaías teve esta revela-
ção dupla do caráter de Deus: “Mas 
agora, assim diz o SENHOR, que te 
criou, ó Jacó, e que reformou, ó Is-
rael: Não temas, porque eu te remi; 
chamei-te pelo teu nome, tu és meu” 
(Is 43:1).
 O Deus que cria, também resga-
ta. Resgatar o homem e trazê-lo de 
volta ao propósito divino de formar 
uma família custou ao Pai a vida do 
Seu único Filho. Sua vida foi entre-
gue – como cordeiro sacrificial – pa-
ra nos comprar de volta – nos resga-
tar.
Abraão e Isaque: 
Um Quadro Profético do 
Amor Redentor
 “Depois dessas coisas, pôs Deus 
Abraão a prova e lhe disse: Abraão! 
Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
 “Acrescentou Deus: Toma teu fi-
lho, teu único filho, Isaque, a quem 
amas, e vai-te a terra de Moriá; ofe-
rece-o ali em holocausto, sobre um 
dos montes, que eu te mostrarei.
 “Levantou-se, pois, Abraão de 
madrugada e, tendo preparado o 
seu jumento, tomou consigo dois 
dos seus servos e a Isaque, seu filho; 
rachou lenhapara o holocausto e 
foi para o lugar que Deus lhe havia 
indicado.
 “Ao terceiro dia, erguendo Abra-
ão os olhos, viu o lugar de longe.
 “Então, disse a seus servos: Es-
perai aqui, com o jumento; eu e o 
rapaz iremos até lá e, havendo ado-
rado, voltaremos para junto de vós.
 “Tomou Abraão a lenha do holo-
causto e a colocou sobre Isaque, seu 
filho; ele, porém, levava nas mãos o 
fogo e o cutelo. Assim, caminhavam 
ambos juntos.
 “Quando Isaque disse a Abraão, 
seu pai: Meu pai! Respondeu Abra-
ão: Eis-me aqui, meu filho! Pergun-
tou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, 
mas onde esta o cordeiro para o ho-
locausto?” (Gn 22:1-7).
 A esta altura de nossa história, 
poderíamos desejar saber por que 
Deus pediria a um homem que ma-
tasse seu único filho. O nascimento 
de Isaque (que significa “riso”) tinha 
sido um milagre, pois Abraão e Sara, 
há muito tempo, haviam passado da 
idade de gerar filhos.
 Porém, Deus havia prometido um 
filho a Abraão, e cumpriu Sua pro-
messa. Abraão esperou vinte e cin-
co anos pelo cumprimento daquela 
promessa, e ficou cheio de júbilo 
quando Isaque nasceu. Agora, Deus 
ordenava-lhe que matasse o seu úni-
co filho. Será que Ele realmente exi-
giria tal coisa, e nesse caso, por que? 
Deus tinha um propósito ao registrar 
esse acontecimento: revelar uma 
verdade importante. Essa história e 
um quadro profético do piano divino 
de redenção. Deus quer que enten-
damos claramente os papéis que o 
Pai e o Filho desempenham na ob-
tenção de nossa salvação.
Isaque – o Filho
 Nós sabemos que Isaque, como 
filho obediente, e um tipo (figura 
profética) do Senhor Jesus. A ma-
deira que seria usada no sacrifício 
foi posta sobre os ombros de Isa-
que, quando eles subiram o monte. 
Dois mil anos depois, o único Filho 
de Deus levaria uma cruz de madei-
ra em seus ombros ao escalar outro 
monte – o Calvário!
 Esse acontecimento na vida de 
Abraão e Isaque ocorreu nas colinas 
de Moriá. Foi nessas colinas, que 
se localizam fora de Jerusalém, que 
Cristo, o único Filho de Deus, foi sa-
crificado como nosso substituto.
 Às vezes nós negligenciamos 
o fato de que Abraão é um tipo de 
Deus, o Pai. Não podemos imaginar 
a dor que Abraão deveria estar sen-
tindo no coração quando tomou em 
suas mãos a faca e o fogo. Deus lhe 
prometera que, através de Isaque, 
sua descendência seria numerosa co-
mo as estrelas no céu. Como poderia 
tal promessa se cumprir se Isaque 
deveria morrer – a menos que hou-
vesse esperança de uma ressurrei-
ção! (Hb 11:17-19).
Os Firmes Passos de 
Fé e Obediência
 Sentimos um toque de ternura 
nessa história quando lemos: “e se-
guiam ambos juntos”. Lado a lado, 
eles caminhavam em silêncio; um 
pai amoroso com seu filho, e um fi-
lho amoroso com seu pai.
 O pai Abraão caminhava com 
passos firmes de fé e obediência, 
mas havia uma grande dor em seu 
coração. Essa dor só era suavizada 
pela esperança que ele tinha na pro-
messa de Deus. Finalmente o silên-
cio foi quebrado por uma pergunta 
de Isaque: “Onde está o cordeiro?”
 A resposta de Abraão revela 
uma linda figura profética do gran-
de amor redentor de Deus: “Res-
pondeu Abraão: Deus proverá para 
si, meu filho, o cordeiro para o ho-
locausto; e seguiam ambos juntos” 
(Gn 22:8).
 A palavra “juntos” aparece pela 
segunda vez nessa passagem e vem 
carregada de significado. Ela fala do 
amor de um para com o outro; e tam-
bém mostra a fé e a obediência deles 
a Deus.
 Abraão deve ter falado a Isaque 
sobre a vontade de Deus que ele fos-
se morto – e da promessa divina so-
bre a sua vida. Ambos estavam dis-
postos a se submeterem a Palavra do 
Senhor. Isaque era um jovem forte 
e facilmente poderia ter resistido ao 
seu pai que era ancião.
 Que revelação profética do amor 
de Deus nos temos aqui: um pai dis-
posto a sacrificar o seu filho amado, 
e um filho pronto a submeter-se ao 
sacrifício. Nós só podemos assistir 
em assombroso silêncio.
 Nós conhecemos o fim desta his-
tória, e claro. Na última hora Deus 
proveu um sacrifício: um carneiro 
que estava preso em um arbusto pró-
ximo. A vida de Isaque foi poupa-
da, e Deus renovou Sua promessa a 
Abraão. Da descendência de Isaque 
nasceram pessoas que estavam des-
tinadas a abençoar todas as nações 
da terra.
Deus Providenciou um 
Cordeiro Para Nós
 Dois mil anos depois essa mes-
ma história se repetiu. Só que dessa 
vez não ocorreu um salvamento de 
ultima hora para Aquele que subme-
teu Sua vida ao sacrifício. Nos esta-
mos falando do Filho de Deus, que 
14 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
Se deu como o “Cordeiro de Deus”. 
Abraão e Isaque são uma maravilho-
sa tipificação da relação Pai-Filho na 
Divindade.
 Quando uma palavra, ou concei-
to importante, aparece pela primei-
ra vez nas Escrituras, estabelece-se 
um padrão para seu uso futuro. A 
colocação na qual aquela palavra e 
encontrada carrega, então, um signi-
ficado muito especial.
 Pensando nisso, é interessan-
te constatar que a palavra “amor” 
ocorre primeiro em referenda ao 
amor de um pai por um filho. Mais 
especificamente, o amor de Abraão 
por Isaque. “Toma teu filho, teu úni-
co filho, Isaque, a quem amas” 
(Gn 22:2).
 O palavra “amor” no No-
vo Testamento ocorre pri-
meiramente nos evangelhos 
sinóticos nesta frase notável: 
“Este e o meu Filho amado, 
em quem me comprazo” (Mt 
3:17; Mc 1:11; Lc 3:22). Se 
Abraão amava o seu único 
filho, quanto maior e o amor 
de Deus pelo Seu único Fi-
lho!
 O Evangelho de João e o 
evangelho do amor de Deus, 
Quando lemos a primeira re-
ferenda ao grande amor de 
Deus neste livro especial, fi-
camos maravilhados e somos 
movidos a uma atitude de hu-
mildade:
 “Porque Deus amou ao 
mundo de tal maneira que 
deu o seu Filho unigênito, 
para que todo o que nele crê 
não pereça, mas tenha a vida 
eterna” (Jo 3:l6).
 Sim, o Pai sempre amou 
Seu Filho – desde toda a eter-
nidade passada Ele O amou 
(Jo 17:24). De fato, quão in-
tensamente eles amaram Um 
ao Outro. Mas nos também 
somos incluídos nesse amor. 
Jesus nos fala que o Pai nos 
ama da mesma forma que 
ama o Seu Próprio Filho (Jo 
17:23).
 É quase impossível com-
preendermos isso, mas o 
Pai e o Filho planejaram em 
amor a nossa redenção antes mes-
mo que o mundo fosse criado. Eles 
“caminharam juntos” nesse amor – 
por você e por mim. Mais que isso, 
eles “executaram isso juntos” na 
cruz.
O Terrível Preço
 Muitos de nós temos a falsa idéia 
de que, por incrível que pareça, o 
Pai estava separado do Próprio Fi-
lho durante aquela hora horrível na 
qual Ele foi “abandonado”. Isso é 
verdadeiro, pois um Deus Santo não 
pode contemplar o pecado. E Cris-
to levou sobre Si, nosso pecado na 
cruz. “Aquele que não conheceu pe-
cado, ele o fez pecado por nós; para 
que, nele, fôssemos feitos justiça de 
Deus” (2 Co 5:21).
 Contudo isso não significa que 
o Pai sentisse menos dor que o Fi-
lho em Sua agonia na cruz. Quando 
o Filho de Deus, imaculado, puro e 
sem pecado, tomou sobre Si o nos-
so pecado, algo temível aconteceu. 
Pela primeira vez em toda a eterni-
dade, Sua comunhão com o Pai foi 
quebrada!
 O pecado separa. A morte espiri-
tual e a separação de Deus. Como o 
“Filho do Homem” (um titulo pro-
fético de Jesus – Mt 8:20; 17:12,22, 
etc.) Jesus pagou por completo a 
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 15 
penalidade pelo nosso pecado. E Ele 
o fez, sozinho, em uma cruz.
 Mas o Pai, assim como o Filho, 
sentia toda a dor daquela penalida-
de. Quando a comunhão e quebrada, 
ambas as partes participam da dor 
terrível que essa separação causa. 
Eles caminharam juntos na estrada 
da dor – ate o fim. Da mesma manei-
ra que o coração de Abraão foi afli-
gido pelo possível sacrifício do seu 
filho Isaque, assim também o cora-
ção de Deus foi afligido pelo sacri-
fício do Seu único Filho pelo nosso 
pecado.
 Ao escrever aos coríntios, Paulo 
consegue mostrar o significado dessa 
terrível – contudo maravilhosa – ver-
dade: “Deus [o Pai] estava em Cristo 
reconciliando consigo o mundo, não 
imputando aos homens as suas trans-
gressões,”(2 Co 5:19). Esta é uma 
parte do mistério da Trindade Santa. 
Jesus disse, “eu estou no Pai e... o 
Pai, em mim” (Jo 14:10,11).
 Quando Jesus nasceu da virgem 
Maria, Mateus diz que “ele será cha-
mado pelo nome de Emanuel (que 
quer dizer: Deus conosco).” (Mt 
1.23.) João Batista, ao ver Jesus, de-
clarou: “Eis o Cordeiro de Deus, que 
lira o pecado do mundo!” (Jo 1:29).
 Abraão disse a Isaque: “Deus 
proverá para si, meu filho, o cordei-
ro para o holocausto” (Gn 22:8). 
Essas palavras proféticas apresen-
tam um lindo quadro do amor pes-
soal de Deus por nos. Deus proverá 
um Cordeiro sacrificial pelo nosso 
pecado. Ele assumiu a responsabili-
dade de prover os meios necessários 
pelos quais poderíamos ser salvos.
O Dom Gratuito da Vida Eterna
 Um Deus santo e justo declarou: 
“A alma que pecar, essa morrera” 
(Ez 18:4). Desta forma, o Juiz da to-
da a terra sentenciou toda a raça hu-
mana a morte. Esta era a única coisa 
que a justiça poderia fazer.
 Contudo, o poderoso Criador do 
universo e o Juiz de todos os ho-
mens, e um Pai-Redentor também. 
Ele olha com amor e misericórdia 
para um mundo pecador e toma a 
mais maravilhosa – embora terrível 
– decisão: “Eu morrerei no lugar de-
les. Para que eles possam viver, Eu 
pagarei a penalidade que a justiça 
exige. Eu os amo demais!”
 E foi isso que Deus fez. Ele es-
tava em Cristo Jesus reconciliando 
consigo o mundo. Em Seu Filho 
Ele recolheu toda a raça humana – e 
morreu em uma cruz. Agora a pas-
sagem da carta de Paulo aos roma-
nos ganha muito mais vida e signi-
ficado: “Pois assim como, por uma 
só ofensa, veio o juizo sobre todos 
os homens para condenação, assim 
também, por um só ato de justiça, 
veio a graça sobre todos os homens, 
para a justificação que da vida.
 “Porque, como, pela desobedi-
ência de um só homem, muitos se 
tornaram pecadores, assim também, 
por meio da obediência de um só, 
muitos se tornarão justos. Sobre-
veio a lei para que avultasse a ofen-
sa; mas onde abundou o pecado, 
superabundou a graça, a fim de que, 
como o pecado reinou pela morte, 
assim também reinasse a graça pela 
justiça para a vida eterna, median-
te Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 
5:18-21). Nesta passagem, Paulo re-
sume o piano de Deus de retenção 
e salvação. Nos temos duas cabeças 
representativas: Adão, representan-
do toda a raça humana; e Cristo, 
representando todas as pessoas que 
creriam nEle para salvação (veja 
também 1 Coríntios 15:22). Isso sig-
nifica que estamos representados em 
Adão através do nascimento natural, 
mas em Cristo, pela fé.
 Quando Adão, deliberadamente, 
desobedeceu a ordem especifica de 
Deus (veja Gênesis 2:17; 3:6,17), 
ele pecou. Através de Adão, o pe-
cado entrou no mundo e, com ele, a 
sentença de morte. Assim, o pecado 
e a morte passaram a todo o gênero 
humano porque todos pecaram (Rm 
5:12). Desesperadamente, o homem 
morreria nesta vida e para toda a 
eternidade, a menos que alguém 
viesse para salvá-lo!
 Deus fez isso em Cristo, quando 
o “Cordeiro de Deus”, sem pecado, 
pagou pelos pecados de toda a hu-
manidade, sacrificando-Se na cruz 
(Rm 5:6-11).
 Em Adão, por nosso nascimento 
humano natural, nos somos conde-
nados a morrer como pecadores. 
Mas, por causa da obra remidora de 
Cristo na cruz, podemos ser justifica-
dos e viver, se estivermos nEle pela 
fé (Rm 5:18,19). Em outras palavras, 
nos precisamos “nascer de novo” 
em uma nova “família” para que pos-
samos ter a experiência de um nasci-
mento espiritual (Jo 3:1 -6).
AGORA é o Dia da Salvação
 Para que os homens sejam salvos 
eles tem de vir pessoalmente a Cris-
to para receber dele a salvação. Nós 
já vimos anteriormente que um pre-
sente não e um presente ate que seja 
aceito.
 Romanos 5:17 diz que temos de 
“receber” pessoalmente o gracioso 
dom da vida de Deus em Cristo Jesus. 
Se não o recebermos, ele não nos fa-
rá nenhum bem. A oferta já foi feita, 
mas deve ser aceita. Só aqueles que 
recebem o Senhor Jesus como seu 
Salvador desfrutarão da vida eterna.
 “Eis, AGORA, o tempo sobre-
mo-do oportuno, eis, AGORA, o dia 
da salvação” (2 Co 6:2).
 Deus nos chama hoje para fazer-
mos uma única coisa: Receber o 
Filho dEle como Salvador. Nada 
mais realmente importa.
 Carlos Wesley escreveu o mara-
vilhoso hino, “Nada em minha mão 
eu trago, somente a Tua cruz eu me 
apego”. E ele disse tudo.
 Andrew Murray falou a mesma 
coisa da seguinte forma: “Todo ser 
humano deveria colocar seus peca-
dos em uma pilha, e todas as suas 
boas obras em outra. E então, deveria 
deixar ambos para juntar-se a Jesus”!
 “Porque o salário do pecado e a 
morte, mas o dom gratuito de Deus e 
a vida eterna em Cristo Jesus, nos-
so Senhor” (Rm 6:23). “Veio para o 
que era seu, e os seus não o recebe-
ram. Mas, a todos quantos o recebe-
ram, deu-lhes o poder de serem fei-
tos filhos de Deus” (Jo 1:11,12).
“Está Consumado”!
 Nós não merecemos esse dom 
precioso de vida eterna – mas não 
precisamos merecer. Isso não nos 
custa nada. Quando Jesus disse na 
cruz “esta consumado”, o preço de 
nossa salvação havia sido pago – por 
completo! ■
16 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
SALVAÇÃO
CAPÍTULO 3
FeIto LIvre AtrAvÉS dA SALvAÇÃo
●	 ATRAVÉS	DE	UMA	NOVA	
ALIAnÇA
●	 LIVRE	DO	LEGALISMO
●	 LIVRE	DA	CONDENAÇÃO
●	 LIVRE	PARA	SE	TORNAR	
Como CrISto
●	 LIVRE	PARA	“ANDAR	NA	
Luz”
AtrAvÉS de umA novA 
ALIAnÇA
Alianças bíblicas
 Uma aliança é um acordo em 
que duas partes juram cumprir 
certas promessas ou condições.
 Uma aliança “condicional” e 
uma promessa feita por uma parte, e 
que só será honrada se a outra parte 
cumprir certas condições. “Eu farei 
isto, se você fizer isso”.
 Uma aliança “incondicional” e 
uma promessa sem condições. “Eu 
farei isto, não importa o que você 
faca, ou deixe de fazer”.
 As Escrituras mostram varias 
alianças muito interessantes e im-
portantes entre Deus e o homem:
1. Edênica ........................... Entre
Deus e o Gênero Humano
2. Adâmica ......................... Entre
Deus e Adão
3. Noélica ............................ Entre
Deus e Noé
4. Abraâmica ..................... Entre
Deus e Abraão
5. Mosaica (velho) ............. Entre
Deus e Israel
6. Davídica ......................... Entre
Deus e Davi
7. Novo Testamento ........... Entre
Deus e a Igreja
 A palavra “testamento” significa 
“aliança”. A Bíblia e dividida em 
Velho e Novo “Testamentos”.
 Num sentido mais especifico, 
o “Velho Testamento” se refere a 
Aliança Mosaica, que era baseada 
na lei de Deus. O “Novo Testamen-
to” refere-se a uma aliança nova e 
melhor, que e baseada na graça de 
Deus. Agora estudaremos estas duas 
alianças com mais detalhes.
A Nova Aliança Substitui a Velha
 Para entender a salvação, e ne-
cessário saber a diferença entre a ve-
lha e a nova aliança. Como um raio 
na escuridão, o contraste e muito 
grande. O escritor da carta aos he-
breus explica isto da seguinte ma-
neira: “Agora, com efeito, obteve 
Jesus ministério tanto mais excelen-
te, quanta e ele também Mediador 
de superior aliança instituída com 
base em superiores promessas.
 “Porque, se aquela primeira 
aliança tivesse sido sem defeito, de 
maneira alguma estaria sendo bus-
cado lugar para uma segunda. E, 
de fato, repreendendo-os, diz: Eis 
ai vem dias, diz o Senhor, e firmarei 
nova aliança com a casa de Israel 
e com a casa de Judá, não segundo 
a aliança que fiz com seus pais, no 
dia em que os tomei pela mão, pa-
ra os conduzir ate fora da terra do 
Egito; pois eles não continuaram 
na minha aliança, e eu não atentei 
para eles, diz o Senhor.
 “Porque esta é a aliança que 
firmarei com a casa de Israel, de-
pois daqueles dias, diz o Senhor: 
na sua mente imprimirei as minhas 
leis, também sobre o seu coração as 
inscreverei; e eu serei o seu Deus, e 
eles serão o meu povo...
 “Pois, para com as suas iniqüi-
dades, usarei de misericórdia e dos 
seus pecados jamais me lembrarei.
 “Quando ele diz Nova, torna an-
tiquada a primeira. Ora, aquilo que 
se torna antiquado e envelhecido es-
ta prestes a desaparecer” (Hb 8:6-
10, 12,13).A Nova Aliança: 
Baseada no Amor, não na Lei
 Deus escreveu as leis e os man-
damentos da velha aliança em duas 
tábuas de pedra. A lei era santa; mas 
fria, difícil e pesada para suportar. 
Ela estava sempre lá–no exterior de 
cada pessoa – fazendo exigências 
que o “homem interior” não podia 
cumprir.
 A nova aliança, ao contrário, e 
uma obra do Espírito de Deus que 
escreve a Sua vontade em nossos 
corações e mentes.
 Além disso, a vontade de Deus se 
resume na lei real do amor: “Ama-
ras, pois, o Senhor, teu Deus, de to-
do o teu coração, de toda a tua alma, 
de todo o teu entendimento e de toda 
a tua força... Amaras o teu próximo 
como a ti mesmo” (Mc 12:30,31).
 A motivação da nova aliançã e o 
amor. Jesus simplesmente disse: “Se 
me amais, guardareis os meus man-
damentos” (Jo 14:15). “Nos ama-
mos porque ele nos amou primeiro” 
(1 Jo 4:19).
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 17 
Essencial Para se Obter um 
Novo Coração
 Um dos salmos de Davi revela 
claramente as diferenças entre a ve-
lha e a nova aliança. Ele o escreveu 
depois de adulterar com Bate-Seba.
 Quando Davi de fato entendeu a 
grande dor que seu pecado causara 
ao coração de Deus, ele se arrepen-
deu com profunda tristeza. Com o 
coração angustiado ele clamou a 
Deus por misericórdia e perdão.
 A oração de Davi, então, assu-
miu um aspecto profético que e bom 
observarmos. Ele revela a base da 
salvação do homem, que um dia se-
ria garantida pela morte de Cristo 
na cruz, e escrita uma nova aliança. 
Prestemos atenção a estas belas pa-
lavras:
 “Compadece-te de mim, ó Deus,
segundo a tua benignidade; e, se-
gundo a multidão das tuas miseri-
córdias, apaga as minhas trans-
gressões. Lava-me completamente 
da minha iniqüidade e purifica-me 
do meu pecado.
 “Pois eu conheço as minhas 
transgressões, e o meu pecado esta 
sempre diante de mim. Pequei con-
tra ti, contra ti somente, e fiz o que 
e mal perante os teus olhos, de ma-
neira que serás tido por justo no teu 
falar e puro no teu julgar.
 “Eu nasci na iniqüidade, e em 
pecado me concebeu minha mãe. 
Eis que te comprazes na verdade 
no intimo... Cria em mim, ó Deus, 
um coração puro e renova dentro 
em mim um espírito inabalável.” (Sl 
51:1-6,10).
 A revelação profética que Davi 
recebeu dizia respeito a nova obra 
que Deus queria fazer em sua vida. 
Uma outra versão da Bíblia apresen-
ta o texto deste modo: “Cria em mim 
um coração novo.”
 Davi entendeu claramente que a 
lei de Deus era boa; mas seu cora-
ção, mau. Ele não podia estabelecer 
uma coexistência pacifica entre os 
dois. O apóstolo Paulo, sabendo 
que em seu próprio coração havia 
este problema, clamou: “Desventu-
rado homem que sou! Quem me li-
vrara do corpo desta morte?” (Rm 
7:24.)
Nossa Luta Contra o Pecado
 Temos de concordar que Davi e 
Paulo não eram os únicos a enfren-
tar esse problema. Todo mundo tem 
de lidar com a presença, o poder e o 
hábito do pecado na própria vida.
 Além disso, nós nunca encontra-
mos alivio nas “tábuas de pedra” da 
Lei. Verdadeiramente, a Lei e san-
ta, justa e boa (Rm 7: 12), contudo 
nosso coração e pecaminoso e infiel, 
como bem nos mostram as nossas 
próprias experiências pessoais!
 A boa lei de Deus condena – mas 
não pode ajudar – o mau coração do 
homem. Por isso, como Davi, todos 
nos podemos clamar a Deus para 
que faca uma obra profunda em nos-
so interior: “Cria em mim, ó Deus, 
um novo e puro coração...”
Jeremias Olha Além da 
Velha Aliança
 Uns quatrocentos anos depois de 
Davi, o profeta Jeremias abordou o 
mesmo tema. Ele claramente pre-
viu a nova aliança como uma obra 
interior da graça de Deus. Ele tra-
çou claramente uma linha definida 
de contraste entre a velha e a nova 
aliança.
 Prestemos bastante atenção as 
palavras dele. Perceberemos que 
elas são as mesmas citadas no oitavo 
capitulo de Hebreus. Vamos rever 
aqui o registro original: “Eis ai vem 
dias, diz o SENHOR, em que firmarei 
nova aliança com a casa de Israel e 
com a casa de Judá. Não conforme a 
aliança que fiz com seus pais, no dia 
em que os tomei pela mão, para os 
tirar da terra do Egito; porquanto 
eles anularam a minha aliança, não 
obstante eu os haver desposado, diz 
o SENHOR.
Davi, quando caiu em pecado, clamou a Deus para que criasse 
nele um coração novo. Ele sabia que se se 
arrependesse, Deus faria o resto.
18 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
 “Porque esta e a aliança que fir-
marei com a casa de Israel, depois 
daqueles dias, diz o SENHOR: Na 
mente, lhes imprimirei as minhas 
leis, também no coração lhas ins-
creverei; eu serei o seu Deus, e eles 
serão o meu povo” (Jr 31:31-33; ve-
ja também Ezequiel 36:26,27).
A Velha Aliança: 
Escrita em Tábuas de Pedra
 Jeremias diz que quando Deus, 
pelo seu grandioso poder, trouxe seu 
povo da terra do Egito para o monte 
Sinai, Ele fez uma aliança com eles 
(Êxodo, capítulos 18-32).
 Deus prometeu fazer deles um 
reino de sacerdotes, uma nação san-
ta, e um povo especial – se eles guar-
dassem as Suas leis e obedecessem a 
Sua voz.
 Ele escreveu Sua lei em tábuas 
de pedra e as deu a Moisés. A impor-
tância dessa aliança foi demonstrada 
por uma prodigiosa exibição de fo-
go, fumaça, trovão e um terremoto.
 Os israelitas ficaram grandemen-
te impressionados – mas apenas por 
pouco tempo. Antes que Moisés des-
cesse do monte, eles já haviam in-
fringido a lei de Deus. Eles fizeram 
ídolos de ouro, como os que viram 
no Egito, e estavam dançando ao re-
dor deles e adorando-os.
 Quando Moisés viu o que eles 
estavam fazendo, lançou as tábuas 
de pedra ao chão – quebrando-as. As 
tabu-as quebradas aos pés dos israe-
litas constituíam uma clara figura da 
lei quebrada em seus corações.
A Arca da Aliança
 Moisés retornou ao topo do mon-
te, e Deus lhe deu outras tábuas de 
pedra nas quais estavam escritos os 
seus mandamentos. Uma vez mais, 
Moisés trouxe a lei ate o povo.
 Deus, então, designou um lugar 
seguro onde as tábuas de pedra da 
Lei seriam guardadas. Este lugar foi 
denominado “Área da Aliança”. Es-
sa área ficava na parte do Taberná-
culo conhecida como o “Santo dos 
Santos”.
 A Arca da Aliança era uma linda 
tipificação ou figura do Senhor Jesus 
Cristo. Ele era o Guardião perfeito 
da Lei. Ele nunca falhou. A lei de 
Deus era sempre a alegria e delícia 
do Seu coração. “Agrada-me fazer 
a tua vontade, ó Deus meu; dentro 
do meu coração, está a tua lei” (Sl 
40:8).
 Durante séculos a Lei tinha es-
tado gravada em pedra. Agora, pela 
primeira vez, a Lei estava no cora-
ção de um homem – o Homem Cris-
to Jesus. Ele era o Escolhido através 
de Quem a nova aliança viria.
 A Arca da Aliança era o lugar de 
habitação de Deus entre os Seus es-
colhidos, os israelitas. Jesus Cristo, 
contudo, se tornou a Área viva da 
presença de Deus entre as pessoas 
de todo o mundo.
O Fracasso da Velha Aliança
 A lei da velha aliança não tornou 
os homens santos. Ela era uma lista 
de faça isto e não faça aquilo: “Vo-
cê fará isto; você não fará aquilo!”
 Os homens deveriam ler a Lei, e 
então cumprir suas ordenanças. Pau-
lo, porem, deixa muito claro que essa 
e uma tarefa impossível (veja Gála-
tas Capítulos 2-4). Nenhum homem 
consegue cumprir a Lei, não importa 
com quanto empenho ele o tente.
 O propósito da Lei não é nos fa-
zer santos, mas revelar-nos o quanto 
somos pecaminosos. A Lei mostra-
nos claramente que não podemos 
nos salvar a nos mesmos – não im-
porta o que façamos. A Lei foi dada 
para nos conduzir ao nosso Salva-
dor: “De maneira que a lei nos ser-
viu de aio para nos conduzir a Cris-
to, a fim de que fôssemos justificados 
por fé” (Gl 3:24).
 Não, nos não podemos ser justifi-
cados diante de Deus pelo que faze-
mos; somente pelo que cremos. A 
justificação vem pela fé, não através 
de obras! (veja Romanos 3:21-26).
 A Lei da velha aliança era uma 
“manifestação externa” – uma pala-
vra que vem de fora – dizendo-nos o 
que Deus deixara em testamento e o 
que Ele queria.
 Porém, a Lei não pode dar-nos 
opoder para cumprirmos as orde-
nanças. A Lei nos dissera o que 
devia-mos realizar, mas não nos 
deu nenhum poder para fazê-lo. Ela 
mostrou-nos o quanto somos fracos 
e pecadores, mas não nos proveu de 
nenhum talento para cumprirmos 
suas ordenanças.
 O Novo Testamento e diferente. 
Na nova aliança, Deus diz ao Seu 
povo: “Eu farei por vocês o que vo-
cês não podem fazer por si mesmos. 
Eu tomarei esta, que tem sido exter-
na, e a escreverei em seu interior – 
em seus corações.
 “Vocês já não vão mais considerar 
a manifestação exterior da Lei, e to-
mar o seu fardo pesado em suas mãos. 
Eu imprimirei isto em seu ‘interior’, 
e os levarei a cumprir fielmente a Mi-
nha vontade e a andar nos Meus ca-
minhos. Minha Lei, agora, governará 
e capacitara seu ser interior, em vez 
de fazer cobranças vindas de fora.
 “Além disso, Minha nova alian-
ça não impõe nenhuma condição. A 
única coisa que você precisa fazer e 
crer nela e recebe-la. E Meu presen-
te de graça e amor para você.”
Necessidade de um Espírito Novo
 Como Deus consegue manter 
uma promessa tão maravilhosa? De 
que maneira Ele pode remover a Lei 
das inanimadas tábuas de pedra e 
escrevê-las no coração e na mente 
do homem?
 Temos de voltar ao profeta Eze-
quiel para achar nossa resposta. E 
importante que o façamos, pois sem 
considerarmos a revelação de Eze-
quiel, a nova aliança será apenas 
uma teoria, e nunca uma realidade 
em nossa vida.
 Davi pediu a Deus que lhe desse 
não apenas um coração limpo, mas 
que renovasse dentro dele um es-
pírito reto. Observemos o teor da 
profecia de Ezequiel:
 “Dar-vos-ei coração novo e po-
rei dentro de vos espírito novo; tira-
rei de vos o coração de pedra e vos 
darei coração de carne.
 “Porei dentro de vós o meu Es-
pírito e farei que andeis nos meus 
estatutos, guardeis os meus juizos e 
os observeis” (Ez 36:26,27).
A Nova Aliança Ratificada
 Para que uma aliança tenha efei-
to, primeiramente, deve ser ratifi-
cada, ou estabelecida. Somente a 
morte de Cristo poderia ratificar (es-
tabelecer) a nova aliança.
outubro / novembro / dezembro 2001 AtoS / 19 
 Na queda do homem, a lei do pe-
cado e da morte entrou em vigor.
 A conseqüência disso para to-
do o gênero humano teria sido uma 
tragédia infinita não fosse a graça 
de Deus. Essa graça foi revelada na 
cruz de Cristo no Calvário. Só Ele 
poderia se-lar definitivamente a nos-
sa salvação através da nova aliança 
de Deus.
 Meditemos um pouco sobre isso. 
Quando um homem faz um testa-
mento, registrando sua ultima von-
tade, as leis da maioria das nações 
determinam que este testamento só 
pode ser executado quando esse ho-
mem morrer.
 Deus também estabeleceu a Sua 
vontade em forma de um novo tes-
tamento ou aliança. Isto não poderia 
ser posto em vigor ate que Aquele 
que o escrevera tivesse morrido.
 Por isso Deus, o Filho, veio a esta 
Terra como o Filho do homem. Ele 
veio morrer para que a nova aliança 
– a Sua vontade e Seu testamento – 
tivesse efeito.
O Espírito Santo: 
O Executor da Nova Aliança
 Quando morre o homem que de-
clarou sua vontade, escrevendo seu 
testamento, e necessário que alguém 
tome as medidas relacionadas ao 
testamento. Alguém tem de executar 
(ou cumprir) essas providencias.
 A pessoa nomeada para fazer 
isto e chamada “testamenteiro” – 
porque ele executa (ou determina) 
as medidas para o cumprimento da 
vontade do falecido.
 Cristo não só morreu, mas Ele 
subiu novamente e ascendeu a mão 
direita do Pai. Ao fazer isso, Ele po-
deria se tornar, no céu, “o executor” 
da Sua vontade, do Seu Testamento. 
Ele poderia estabelecer assim, legal-
mente, as providências para a exe-
cução do próprio testamento, da Sua 
(nova) aliança.
 Uma vez que o novo testamento 
foi estabelecido no céu, era neces-
sário executá-lo ou colocá-lo em vi-
gor – aqui na Terra. Por isso, do céu, 
Deus enviou o Seu Espírito Santo no 
dia do Pentecostes.
 O Espírito de Deus e o divino 
“Executor” da vontade e do testa-
mento de Cristo. Ele e Aquele que 
executa a nova aliança com suas bên-
çãos e benefícios. “Porei dentro de 
vós o meu Espírito e farei que andeis 
nos meus estatutos, guardeis os meus 
juízos e os observeis” (Ez 36:27).
 O papel do Espírito Santo de exe-
cutor da nova aliança e confirmado 
pelas palavras do próprio Cristo.
 Logo antes de Sua crucificação, 
Jesus tentou preparar os Seus dis-
cípulos para a Sua partida. Ele iria 
deixa-los, e eles ficariam por conta 
própria. Contudo, Ele lhes prometeu 
que não os deixaria órfãos; Ele envia-
ria Alguém para ocupar o Seu lugar:
 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos 
dará outro Consolador, a fim de que 
esteja para sempre convosco, o Es-
pírito da verdade, que o mundo não 
pode receber, porque não no vê, nem 
o conhece; vos o conheceis, porque 
ele habita convosco e estará em 
vos” (Jo 14: 16,17).
 A palavra grega para “consola-
dor” é parakletos. Ela tem um sig-
nificado muito mais amplo do que 
“aquele que conforta ou consola”. 
Esta palavra vem da combinação 
de duas palavras gregas: para, que 
significa “ao lado de”, e kaleo, cujo 
sentido e “chamar”. Juntas essas pa-
lavras querem dizer “chamado para 
o lado da pessoa”. Esta palavra, pa-
rakletos, significa muitas coisas no 
Novo Testamento. E traduzida como 
“intercessor”, “consolador”, “aju-
dante”, “defensor”, “conselheiro”. 
Ela conceituava um advogado que 
representa um dos lados num tribu-
nal. Vemos esse sentido em 1 João 
2:1: “Se, todavia, alguém pecar, te-
mos Advogado junto ao Pai, Jesus 
Cristo, o Justo”.
 Um “advogado” é um conselhei-
ro legal ou um defensor. Ele pleiteia 
a causa de seu cliente perante um tri-
bunal de justiça. O advogado fica ao 
O Espírito Santo 
flui de Deus 
para nós.
20 / AtoS outubro / novembro / dezembro 2001
lado do seu cliente, para aconselha-
lo e defender seus interesses. E de-
ver do advogado providenciar para 
que seu cliente tenha acesso a todos 
os benefícios da lei.
 Para fazer vigorar o Seu testa-
mento – a nova aliança – Deus, o 
Pai, designou dois Advogados para 
nos. (Isso deveria nos dar uma me-
dida de “conforto”!) Um deles esta a 
mão direita do Pai. Como já vimos, 
Ele e o próprio Senhor Jesus. Desta 
forma, se nos pecamos, temos um 
“Advogado” no céu para pleitear 
nossa causa – e Ele nunca perdeu ne-
nhum caso. Também e muito impor-
tante nos lembrarmos de que Deus, 
o Pai, Juiz de tudo, esta totalmente 
ao nosso lado! Deus e por nós (Rm 
8:31-39). Mas Ele também tem que 
satisfazer sua perfeita justiça, exi-
gindo um pagamento pelo pecado. 
Ele fez isso quando “não poupou o 
seu próprio Filho, antes, por todos 
nos o entregou” (Rm 8:32).
 A justiça exigiu que o Juiz de to-
da a Terra julgasse o pecado; e a sen-
tença foi a morte. Ou seja, o homem 
errou e a justiça puniu.
 Mas Deus, que e totalmente jus-
to, e também perfeitamente miseri-
cordioso. A perfeita justiça requer 
pagamento pelo pecado, contudo a 
perfeita misericórdia fez pelo ho-
mem o que este não pode fazer por si 
mesmo. “Mas Deus, sendo rico em 
misericórdia, por causa do grande 
amor com que nos amou, e estando 
nos mortos em nossos delitos, nos 
deu vida juntamente com Cristo, – 
pela graça sois salvos, e juntamente 
com ele, nos ressuscitou, e nos fez 
assentar nos lugares celestiais em 
Cristo Jesus; para mostrar, nos sé-
culos vindouros, a suprema rique-
za da sua graça, em bondade para 
conosco, em Cristo Jesus. Porque 
pela graça sois salvos, mediante a 
fé; e isto não vem de vós; é dom de 
Deus; não de obras, para que nin-
guém se glorie. Pois somos feitura 
dele, criados em Cristo Jesus para 
boas obras, as quais Deus de ante-
mão preparou para que andássemos 
nelas” (Ef 2:4-10). Louvado seja 
Deus pelo Seu grande amor!
 Nós também temos um Advoga-
do aqui na Terra. E o Espírito Santo 
– nosso divino Conselheiro e Advo-
gado. Foi isso que Jesus disse quan-
do afirmou que o Pai nos enviaria 
outro Parakletos. A seguir, vamos 
meditar na obra do Espírito Santo 
em nosso coração e em nosso viver 
diário.
O Espírito Santo:

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