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A hora da estrela

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O último trabalho de Clarice Lispector, a hora da estrela, em 1977, tem 
a palavra como elemento motivador e empreendedor do ato de viver. A 
obra apresenta as narrativas de Rodrigo S. M. sobre a personagem 
Macabéa, ser ausente de tudo, até mesmo de vida e sentido. Macabéa 
é a síntese do vazio existencial. Não sabe quem são os pais, não sabe o 
que é vaidade, não tem inteligência. Sonha ser estrela de cinema. Um 
dia conhece Olímpico, migrante nordestino ambicioso, esperto, contudo, 
ignorante. Glória, companheira de trabalho de Macabéa, "rouba-lhe" o 
namorado. Macabéa vai a uma cartomante, e as cartas lhe dizem que 
será feliz, rica e que encontrará um alemão, Hans, que lhe cobrirá de 
joias e lhe dará amor pleno. Contudo, ao sair da cartomante e 
atravessar a rua, é atropelada por um carro, uma Mercedes Benz (cujo 
símbolo é uma estrela), dirigido por um alemão, que vai embora sem 
socorrê-la. Agonizante, no meio-fio, ela se enche de glória: era, afinal, o 
centro das atenções, uma estrela olhada e admirada por todos. A Hora 
da estrela é uma obra epifânica, ou seja, nela há um instante de 
revelação súbita. A epifania é uma característica marcante das obras 
de Clarice Lispector.

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