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Questão 1/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o trecho a seguir: “A comunidade tornar-se-á um corpo vivo não através de ato de fé escrito, mas através de um desenvolvimento orgânico ativo. (…) Essa tendência consiste em organizar o governo em torno de fins e necessidades específicas, e de acordo com a condição do seu tempo e espaço, em lugar da organização tradicional baseada numa divisão constitucional que determina as jurisdições de direitos e poderes. (…) A abordagem funcional (…) ajudaria ao crescimento de um trabalho positivo e construtivo, de hábitos e interesses comuns, tornando as linhas de fronteira insignificantes, ao lhes sobrepor um crescimento natural de atividades comuns e agências administrativas comuns.” Fonte: MITRANY, David – A Working Peace System. Londres: National Peace Council, 1946, pp. 14-35, citado em MORGENTHAU, Hans – Politics among Nations (1948), p. 413. Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que expõe, corretamente, como seria alcançado um sistema de paz para a teoria funcionalista? Nota: 0.0 A A partir da dissociação da segurança internacional e da cooperação funcional. B A partir de uma perspectiva realista de que há uma assimetria de poder entre os Estados. C A partir de uma perspectiva funcionalista de que há uma assimetria de poder entre os Estados. D A partir da cooperação entre os Estados até que não fossem mais necessárias as organizações internacionais. E A partir de um processo de aprendizado coletivo entre Estados e administrado pela cooperação técnica entre eles. Para a teoria funcionalista, a cooperação seria a chave para enfrentar os problemas relacionados aos conflitos violentos e suas origens (HERZ; HOFFMANN, 2004). Sua contribuição normativa está na tese de que um processo de aprendizado coletivo entre Estados e administrado pela cooperação técnica seria fundamental para a criação de um sistema de paz (HERZ; HOFFMANN, 2004). Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 2. Tema 2 “O papel das organizações na cooperação internacional”. Questão 2/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto abaixo: “Tentando conciliar os interesses de países em desenvolvimento (Grupo de Cairns, entre outros) com aqueles dos países desenvolvidos (EUA, os da UE e Japão), ocorre em Doha, no Catar, a quarta reunião ministerial da OMC. É importante lembrar que os trabalhos político-diplomáticos em Doha, em novembro de 2001, ocorreram em uma conjuntura em que os traumas dos ataques terroristas aos EUA estavam muito presentes, e a economia mundial não andava muito bem, existindo grande incerteza acerca do seu desempenho futuro. Destarte, o mundo pressionava pela emissão de sinais positivos pela OMC, tendo em vista que um novo fracasso nas negociações em Doha poderia trazer mais trevas ao cenário mundial, já bastante negativo”. Fonte: OLIVEIRA, Ivan Tiago Machado. A ordem econômico-comercial internacional: uma análise da evolução do sistema multilateral de comércio e da participação da diplomacia econômica brasileira no cenário mundial. Contexto Internacional, v. 29, n. 2, p. 217-272, Página da citação: 260. 2007 Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, duas críticas que são frequentemente direcionadas à atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC): Nota: 10.0 A Falta de transparência com a sociedade civil em relação ao processo decisório da OMC; e a dificuldade em lidar com os impasses nas negociações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Você acertou! Apesar da OMC trazer essas inovações que contribuem na ampliação do papel da organização perante o regime de comércio, também se faz necessário salientar algumas críticas direcionadas à atuação da OMC no sistema internacional. Duas principais críticas são direcionadas à OMC. A primeira crítica está ligada à relação da organização com demais Organizações Não Governamentais (ONGs). Algumas ONGs, principalmente àquelas que advogam de modo contrário aos efeitos da globalização, alegam que há pouca transparência entre a OMC e sociedade civil. Ainda, se argumenta que a agenda liberalizante da organização contribui com a desigualdade econômica mundial. As ONGs não podem participar dos processos de negociação da OMC. Contudo, devido aos seus protestos, elas obtiveram acesso às plenárias das Conferências Ministeriais (HERZ; HOFFMANN, 2004). A segunda crítica é direcionada ao modo que a OMC enfrenta seus impasses nas rodadas de negociações. A polarização entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é o principal causador desse impasse. Um exemplo é a criação do grupo G-21, liderado pelo Brasil, e que tem como objetivo pleitear o fim dos subsídios agrícolas nos países desenvolvidos (HERZ; HOFFMANN, 2004). A Rodada de Seattle, em novembro de 1999, marcou um importante impasse nas negociações devido aos embates de interesses entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os Estados- membros não conseguiram lançar as negociações devido a esses pontos de discordâncias (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: A OMC e a Liberalização do Comércio Internacional; Tema 4: O Papel dos Países em Desenvolvimento e das Coalizões na OMC. B Favorecimento por parte da OMC a países subdesenvolvidos por meio da criação de subsídios; e o aumento exponencial das tarifas sobre os empréstimos destinados a países desenvolvidos. C Travamento das negociações das tarifas alfandegárias por questões ideológicas; e má distribuição das cadeiras com direito a veto nas Conferências Ministeriais entre países pobres e ricos. D Permissividade com as políticas cambial e comercial chinesas; e concessão de empréstimos aos países do continente africano sem a necessidade de comprovação dos investimentos que serão realizados. E Processo decisório demorado em decorrência da necessidade de revisão de todos os pontos da negociação; e concessão de privilégios aos países do Leste Asiático. Questão 3/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto abaixo: Com a definição do “paradigma” neo-realista por Kenneth Waltz, no início da década de 1970, os estudiosos do campo das Relações Internacionais começaram a questionar que apesar do sistema internacional carecer de autoridade central, os Estados pareciam estar imiscuídos em uma rede institucional em um sentido mais amplo, em regras implícitas e explícitas que contribuíam para a modificação do comportamento estatal e eventualmente para a convergência com o comportamento dos demais. Em outras palavras, “A análise de regimes tentou preencher esta lacuna pela definição de um foco que não era tão amplo quanto o sistema internacional, ou tão estreito quanto o estudo das organizações internacionais” ( HAGGARD, 1987). Fonte: BARROS-PLATIAU, Ana Flávia; VARELLA, Marcelo Dias and SCHLEICHER, Rafael T.. Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate. Rev. bras. polít. int. [online]. 2004, vol.47, n.2, pp.100-130. Disponívem em:: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 73292004000200004&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 110. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, no que consiste um regime internacional: Nota: 10.0 A Os Regimes Internacionais podem ser definidos como um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios por meio dos quais os interesses dos atores convergem em uma dada área. Você acertou! Ao compreender que uma série de princípios comunsgerem o multilateralismo e a relação dos Estados dentro de uma organização internacional, é possível relacionar tais princípios com o conceito de regimes internacionais. O desenvolvimento de tratados e instituições multilaterais formam arranjos que lidam com problemas complexos que podem ser resultado dos âmbitos políticos, econômicos ou sociais. Esses arranjos dão origem aos regimes internacionais, podendo ser definidos como “um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios em torno dos quais as expectativas dos atores convergem em uma área temática” (KRASNER, 1982, p. 1). O regime de comércio, como já citado, o regime monetário e o regime de navegação nos mares são exemplos de regimes formados a partir de arranjos internacionais que guiam cada uma dessas práticas Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves. B Os Regimes Internacionais podem ser compreendidos como o processo de criação de instâncias internacionais de discussão sobre o melhor funcionamento das Organizações Internacionais. C Os Regimes Internacionais podem ser definidos como a reunião de Estados nacionais que possuem condições materiais de delimitar como a política internacional irá funcionar. D Os Regimes Internacionais são compreendidos como o agrupamento de atores da sociedade civil em fóruns internacionais de discussão sobre os limites do poder e da ação estatal. E Os Regimes Internacionais podem ser definidos como o aglomerado de normas jurídicas responsáveis por regular e gerir a política internacional. Questão 4/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto abaixo: “Poucas vezes o futuro pareceu tão incerto. Portanto, refletir sobre a promoção da estabilidade das relações internacionais tornou-se particularmente relevante. Há bem pouco tempo, para a recorrente menção à “crise do multilateralismo”, associada à falta de eficiência, rapidez e racionalidade das organizações internacionais, colocaram-se como alternativa as virtudes que a ação unilateral de uma grande potência poderia prover”. Fonte: SANTOS, Norma Breda dos. Ensaios sobre o multilateralismo: reflexões de um diplomata e acadêmico. Estud. av. [online]. 2009, vol.23, n.66, pp.335-341. Disponível em:: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 40142009000200024&lng=en&nrm=iso. Página da citação: 335. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, três elementos que estão associados à prática do multilateralismo: Nota: 0.0 A Os acordos nacionais, a solidariedade e a cultura única. B A obrigatoriedade, a resiliência nacional e a distribuição de renda. C A interdependência, as relações de confiança e unilateralidade. D Os tratados internacionais, a economia política e paz internacional. E Os princípios norteadores, a indivisibilidade e a reciprocidade A prática que rege as organizações internacionais é o multilateralismo (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Esse conceito pode ser definido como “a coordenação de relações entre três ou mais Estados de acordo com um conjunto de princípios” (HERZ; HOFFMANN, 2004, p. 10). Para compreender melhor a natureza do multilateralismo, destacam-se três elementos que estão atrelados à sua prática. Esses são: 1) princípios norteadores; 2) a indivisibilidade; e 3) a reciprocidade (HERZ; HOFFMANN, 2004). Os princípios norteadores são as regras, ou os fundamentos, que guiam a coordenação entre os Estados que participam de um acordo ou instituição multilateral. Por exemplo, o regime do comércio multilateral é norteado pelo princípio da nação mais favorecida o qual define que as nações terão o mesmo tratamento perante as tarifas comerciais. O segundo elemento que rege a prática do multilateralismo é a indivisibilidade. Isso indica que o que foi acordado entre as nações parte de um acordo multilateral será cumprido por todas. Por fim, o terceiro elemento é definido pela reciprocidade a qual pode ser entendida pela ideia de trocas mútuas entre os Estados (HERZ; HOFFMANN, 2004). O multilateralismo pode ser praticado de forma ad hoc ou permanente. Os arranjos ad hoc são acordos ou tratados temporários. Já o multilateralismo permanente é o cerne das organizações internacionais. Diferentemente dos arranjos ad hoc, as OIs possuem uma sede fixa e são formalizadas por um acordo que as dá origem (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves. Questão 5/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto abaixo: “O governo brasileiro tem definido a busca por uma reforma do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) [...] como um dos principais pontos de sua agenda de política externa há pelo menos vinte anos (VARGAS, 2008). O principal argumento apresentado é o de que o fim da Guerra Fria – e da bipolaridade que a sustentava – teria ocasionado uma http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142009000200024&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142009000200024&lng=en&nrm=iso dispersão do poder mundial, com novos focos de poder e de influência, que necessitam verem- se refletidos na configuração do órgão responsável pela paz e segurança internacionais”. Fonte: MENDES, Flávio Pedroso. O Brasil e a reforma do Conselho de Segurança: uma análise realista. Contexto int. [online]. 2015, vol.37, n.1, pp.113-142. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 85292015000100113&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 113. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais objetivos do Estado brasileiro ao pleitear reformas nas instituições das Nações Unidas: Nota: 0.0 A O Brasil tem como objetivo coordenar o Departamento de Operações de Peacekeeping das Nações Unidas. B O Brasil objetiva ter poder de decisão dentro do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. C O Brasil tem como objetivo alcançar o direito de indicar o Secretário Geral das Nações Unidas. D O Brasil objetiva conseguir uma vaga como membro permanente do Conselho de Segurança. As Nações Unidas, na década de 1990, já contavam com 150 Estados-membros. Comparando com os 15 membros que formam o Conselho de Segurança, o Conselho conta com menos de 10% de representação de todos os membros (ONUKI; AGOPYAN, 202 internacional pós-Guerra Fria foi muito diferente daquela no pós-Segunda Guerra, quando os membros permanentes do Conselho de Segurança foram escolhidos, o que resultou no debate do aumento de membros permanentes no Conselho de Segurança. Algumas das potências que argumentam que deveriam ser parte dos membros permanentes do Conselho são a Alemanha e o Japão (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Ambos os países saíram como perdedores da Segunda Guerra Mundial, sendo também importantes esferas de influência durante a Guerra Fria. O crescente desenvolvimento econômico desses Estados e suas atuações no sistema internacional são utilizados como justificativas para entrarem como membros permanentes. O Brasil e a Índia também são países que criticam a atual formação do Conselho de Segurança e que também buscam pleitear por sua entrada como membros permanentes. Além das questões dos membros, o poder de veto também é tema de debates entre os Estados-membros. Entre as discussões existentes, está a sugestão de limitar o poder de veto em temáticas pré-determinadas com intuito de evitar a paralização do Conselho (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Regimes e Organizações Internacionais coma profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 5: O Debate sobre as Reformas das Nações Unidas. E O Brasil tem como objetivo conseguir a autorização para a produção de armas nucleares Questão 6/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o trecho a seguir: “[...] Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada no pós-Segunda Guerra Mundial com o intuito de garantir que os devastadores conflitos, como o que havia acabado de terminar, voltassem a ocorrer. Em seu art. 1, a Carta da ONU já estabelece como propósito central a manutenção da paz e da segurança internacionais: 1. Manter a paz e a segurança internacionais e para esse fim: tomar medidas coletivas eficazes para prevenir e afastar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão, ou outra qualquer rutura [ruptura] da paz e chegar, por meios pacíficos, e em conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajustamento ou solução das controvérsias ou situações internacionais que possam levar a uma perturbação da paz; […] (ONU, 2009, p. 5)” Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021. Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente a caracterização correta do novo paradigma de segurança: Nota: 0.0 A A segurança deixa de ser coletiva para ser de Estado. B A segurança deixa de ser de Estado para ser individualizada. C A segurança deixa de ser destinada aos Estados e não se torna mais pauta. D A segurança deixa de ser destinada aos Estados para ser destinada, também, à coletividade humana. Após a Guerra Fria, o entendimento internacional sobre conflitos armados se modificou. As dimensões internas do conflito passaram a ser uma variável importante para buscar sua resolução. Isso se materializou nas mudanças das operações de paz das Nações Unidas. Assim, a perspectiva de segurança também foi modificada. Durante a Guerra Fria, a segurança se destinava aos Estados. A partir da mudança do entendimento internacional sobre o conflito, ela passou a permear outras dimensões. Nos estudos de segurança, Barry Buzan foi um dos percursores em associar a segurança não somente aos Estados, mas também à coletividade humana (Onuki; Agopyan, 2020). Nesse novo paradigma da segurança, problemáticas como a pobreza, as mudanças climáticas, desenvolvimento e os direitos humanos passaram a ser discutidas. Dessa forma, a segurança deixa de ser entendida apenas pela ótica estatal e da integridade territorial, passando a abranger também a garantia da segurança humana (Onuki; Agopyan, 2020). É diante desse cenário que as atividades das operações de paz são expandidas e a questão das intervenções humanitárias ganha espaço no debate sobre política internacional. Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 3 “Segurança na ONU: a responsabilidade de proteger”. E A segurança deixa de ser destinada aos Estados e a segurança deixa de existir como problema. Questão 7/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto a seguir: “Atualmente, as Nações Unidas já têm mecanismos de associação de organizações não governamentais (ONGs) a seus órgãos ou a suas agências. Os processos se dão diretamente com cada órgão ou agência, não havendo um instrumento unificador, uma das sugestões do próprio Relatório Cardoso – que ainda indica que o processo deveria estar sob a gestão da Assembleia Geral, pouco envolvida com a participação da sociedade civil, ficando esta mais concentrada no escopo do Ecosoc.” Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021. Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da Aula 3 de Regimes e Organizações Internacionais, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta a respeito das características da Assembleia Geral da ONU: I. É formada por todos os membros que integram as Nações Unidas. II. Todos os Estados-membros possuem o direito ao voto nas eleições realizadas pela Assembleia Geral. III. Funciona como uma arena de discussões sobre diversos aspectos da política internacional, mas não há eleições. IV. A Assembleia Geral coloca recomendações sobre questões referentes à segurança internacional e à paz, à aprovação do orçamento, da admissão de outros membros, etc. Nota: 10.0 A Apenas a afirmação I está correta. B Apenas a afirmação II está correta. C Apenas a afirmação III está correta. D As afirmações I, II e IV estão corretas. Você acertou! A Assembleia Geral é formada pelo 193 membros que integram as Nações Unidas. Esse órgão é considerado o mais representativo da organização porque todos Estados-membros possuem o direito ao voto nas eleições realizadas pela Assembleia Geral (ONUKI; AGOPYAN, 2020). A Assembleia Geral funciona como um arena de discussões sobre diversos aspectos da política internacional. Ela também pode funcionar como um corpo legislativo da ONU porque a aprovação de resoluções pela Assembleia serve como uma base normativa para o Direito Internacional (HERZ; HOFFMANN, 2004). Entre as principais funções da Assembleia Geral estão as recomendações sobre questões referentes à segurança internacional e à paz; a aprovação do orçamento das Nações Unidas; a aprovação da admissão de novos membros na organização e as eleições dos membros não-permamentes do Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 1 “O sistema de segurança coletiva pós-2ª Guerra Mundial: a criação da ONU”. E Apenas as afirmações I, II e III estão corretas. Questão 8/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto a seguir: “As Organizações Internacionais (OIs) são um fenômeno disseminado, sobretudo no século XX, como decorrência do advento da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo Herz e Hoffmann (2004, p. 9), as OIs – que podem ser divididas em intergovenamentais e não governamentais – ‘são a forma mais institucionalizada de realizar a cooperação internacional’. Contudo, apesar de se tratar de um fenômeno recente, é preciso relembrar que a demanda por uma cooperação mais organizada já é antiga nas relações internacionais”. Fonte: ONUKI, Janina; AGOPYAN, Kelly Komatsu. Organizacoes e Regimes Internacionais. Editora Intersaberes: Curitiba. 2021, pag. 29, adaptado. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que indica, corretamente, três exemplos de iniciativas de cooperação internacionais anteriores ao estabelecimento do Estado Nacional: Nota: 0.0 A Liga Europeia, A Détente e Partilha da África B Paz de Westfalia, Acordo das Rosas e Liga do Ouro. C Liga do Peloponeso, Liga de Delos e Liga Hanseática. De acordo com os conteúdos estudados no livro Organizações e Regimes Internacionais, antes mesmo do estabelecimento do conceito de Estado Nacional, é possível observar a ocorrência de inciativas de cooperação internacional. Nesses casos, o principal elemento motivador da cooperação seriam as trocas comerciais ou a proteção militar. Como exemplos podemos citar a Liga do Peloponeso, na Grécia Antiga, liderada por Esparta para a proteção de suas cidades-membros; a Liga de Delos, uma liga militar liderada por Atenas (século V a. C) para a defesa de cidades gregas; e a Liga Hanseática, formada por cidades mercantis alemãs (dos séculos XII a XVIII). Referência: ONUKI, Janina; AGOPYAN, Kelly Komatsu. Organizacoes e Regimes Internacionais. Editora Intersaberes: Curitiba. 2021, pag. 29, adaptado. D Tratado de Tordesilhas, Acordo de Viena e Liga Alemã E Liga do Nilo, Tratado de Maastricht e Pacto de Não Agressão Germano-SoviéticoQuestão 9/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto abaixo: “Conforme já abordamos, a Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada no pós-Segunda Guerra Mundial com o intuito de garantir que os devastadores conflitos, como o que havia acabado de terminar, voltassem a ocorrer. Em seu art. 1, a Carta da ONU já estabelece como propósito central a manutenção da paz e da segurança internacionais: 1. Manter a paz e a segurança internacionais e para esse fim: tomar medidas coletivas eficazes para prevenir e afastar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão, ou outra qualquer rutura [ruptura] da paz e chegar, por meios pacíficos, e em conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajustamento ou solução das controvérsias ou situações internacionais que possam levar a uma perturbação da paz; […] (ONU, 2009, p. 5).” Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021. Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 3 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de segurança coletiva: Nota: 10.0 A Um sistema baseado em cooperação entre atores sociais. B Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais ricos. C Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais pobres. D Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais ricos para evitar a cooperação entre eles. E Um sistema baseado na ideia da criação de um mecanismo internacional que conjugue compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até suprimir, a agressão de um Estado contra o outro. Você acertou! Além da segurança coletiva, outras formas de cooperação nesse âmbito se dão pela formação de alianças e mecanismos de resolução de conflitos violentos, como a mediação e arbitragem, por exemplo. Diferentemente de tais mecanismos, o objetivo da segurança coletiva não é acessar a causa das guerras e conflitos violentos para solucioná-los, mas evitar que o uso da força seja empreendido (HERZ; HOFFMANN, 2004). Ou seja, um mecanismo que funcionasse a priori do desencadeamento de um conflito violento. Nesse sentido, a segurança coletiva pode ser definida como um sistema que é “baseado na ideia da criação de um mecanismo internacional que conjuga compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até suprimir, a agressão de um Estado contra o outro” (HERZ; HOFFMANN, 2004, p. 75). Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 1 “O sistema de segurança coletiva pós-2ª Guerra Mundial: a criação da ONU”. Questão 10/10 - Regimes e Organizações Internacionais Leia o texto abaixo: “No âmbito da OMC, as cláusulas compensatórias para países em desenvolvimento foram reduzidas, mesmo havendo mais membros do sul global em comparação ao GATT. Em um contexto de fim da Guerra Fria e expansão do liberalismo, o entendimento da OMC era de que o mero desenvolvimento comercial seria suficiente para reduzir os níveis de desigualdade econômica nas relações Norte-Sul (MANE, 2005) ”. Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 4: O Papel dos Países em Desenvolvimento nas Coalizões na OMC. Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que indica, corretamente, dois assuntos nos quais os interesses dos países em desenvolvimento tendem a convergir no âmbito das negociações da OMB: Nota: 0.0 A Segurança humana e pacificação de conflitos. B Política espacial e política nuclear. C Saúde Pública e Agricultura. Para que os países em desenvolvimento pudessem negociar com mais eficácia, foram realizadas coalizões dentro do âmbito da OMC. Um exemplo paradigmático de um caso de sucesso que uma coalização teve a seu favor foi a negociação sobre os regulamentos da propriedade intelectual no âmbito da saúde pública. Nessa negociação, os países em desenvolvimento obtiveram sucesso ao tratar da quebra de patentes dos medicamentos usados para o tratamento do HIV. Assim, devido a essa negociação, houve uma garantia de que as quebras de patentes não resultariam em uma punição comercial nos casos de saúde pública (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Além da questão da saúde pública, a agricultura também é um tema que converge com os interesses dos países em desenvolvimentos e são confrontados pelos países do norte global. O Acordo de Agricultura da OMC foi negociado durante e Rodada do Uruguai (1986-1994) o qual conta com medidas que auxiliam os produtores agrícolas e trata de questões sobre o acesso aos mercados internacionais. O acordo também trata das barreiras tarifárias existentes sob os produtos agrícolas, com o intuito de diminuir a regulamentação e os subsídios agrícolas (ONUKI; AGOPYAN, 2020). O problema da questão do subsídio agrícola se dá devido à distorção que ele pode causar no comércio internacional. Por exemplo, um Estado pode dar subsídios ao seu setor agrícola e baratear de forma artificial suas commodities. Assim, cria uma vantagem competitiva no mercado internacional. Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves. D Proteção de populações nativas e preservação ambiental. E Minimalismo urbano e desenvolvimento ecológico.
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