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Hiperprolactinemia

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Hiperprolactinemia
É o excesso do hormônio hipotalâmico prolactina, o qual é
inibido pela dopamina.
Possui três funções principais: induzir e manter a lactação;
inibir a reprodução (suprime GnRH e gonadotrofinas); inibição
do impulso sexual. 
Acomete cerca de 0,4% da população geral, sendo mais
comum em mulheres, as quais geralmente vêm
encaminhadas para investigação de oligomenorreia. 
Fisiológica - gestação (aumenta com o decorrer dos meses),
lactação (sucção do bebê estimula). Geralmente mantém a
prolactina em níveis abaixo de 50 ng/ml. 
Sempre excluir gravidez nesses casos. 
Farmacológica - antipsicóticos e antidepressivos. É uma
causa que vem aumentando, em consonância com o
aumento das doenças psiquiátricas. 
Três principais fármacos: haloperidol, risperidona e
metoclopramida (plasil). 
Patológica - a principal causa são os adenomas produtores
de prolactina e usualmente elevam a prolactina em níveis
acima de 100 ng/ml. 
O microadenoma (< 10 mm) é o mais comum, sendo mais
prevalente em mulheres entre os 20-40 anos. Já os
macroadenomas (> 10 mm), não possuem preferência por
sexo. 
É um tumor benigno e de progressão lenta. 
Mulheres: oligo/amenorreia, galactorreia, infertilidade,
dispareunia e diminuição da libido. 
Homens: impotência, perda de libido, infertilidade, com ou
sem galactorreia e/ou ginecomastia. 
Pode ocorrer osteopenia/osteoporose; hemianopsia
bitemporal (compressão do nervo óptico em
macroadenomas); cefaleia; redução de massa muscular. 
Quadro clínico + dosagem de prolactina + exclusão de
outras causas de aumento + RNM de hipófise com
contraste. 
Sempre excluir gravidez (dosagem de beta-Hcg) e
indagar sobre o uso de fármacos. 
Efeito gancho: macroprolactinoma em exame de imagem com
níveis séricos baixos na dosagem. Isso acontece porque o
nível sanguíneo pode ser muito alto a ponto de saturar as
ligações da dosagem laboratorial, gerando um falso-negativo.
Pedir dosagem de prolactina diluída. 
Macroprolactinemia: dosagem de prolactina elevada no
sangue, porém paciente sem sintomas. Isso acontece pois
uma forma da prolactina pode se ligar à imunoglobulinas do
soro, porém é uma forma biologicamente inativa e mais
densa. Para isso, devemos solicitar dosagem de prolactina
com precipitado de polietilenoglicol. 
ETIOLOGIA:
Prolactinomas
Manifestações clínicas:
Diagnóstico:
Armadilhas diagnósticas:
Em casos de microadenoma assintomático não é necessário
tratar devido ao curso benigno do tumor. 
Em macroadenomas o tratamento sempre será feito, tendo
como primeira linha o uso de agonistas dopaminérgicos. 
Pode ser feita cirurgia transesfenoidal em
macroadenomas com complicações (apoplexia, efeitos
compressivos e risco de herniação) e crescimento do
tumor. Também, pode ser indicada a radioterapia para
tumores resistentes ao tratamento e quando a cirurgia
não obteve os resultados esperados. 
Tratamento:
Entre os fármacos que são usados podemos citar a
carbegolina (0,5-1 mg, 2-3 x na semana) como a primeira
escolha, demonstrando bastante eficácia e poucos efeitos
adversos. Pode ser usada também a bromocriptina (2,5 mg, 2-
3 x ao dia ou 7 mg, 1 x ao dia), ela é menos utilizada pois
apresenta mais efeitos colaterais.