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Aula-Mercado Monetario

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Prévia do material em texto

Elaborado por: Tomás Hale 1 
 
MOEDA 
Conceito 
Moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as transacções, isto é, para pagar pelos bens e 
serviços e para quitar obrigações, ou seja, de acordo com esta definição, qualquer coisa pode ser moeda, 
desde que aceita como forma de pagamento. Ela é considerada o instrumento básico para que se possa 
operar no mercado. 
A Origem e Evolução da Moeda 
A origem e a evolução da moeda podem ser seccionadas em seis fases distintas: 
 Era de escambo ou troca directa de mercadorias; 
 Era da mercadoria moeda; 
 Era da moeda metálica; 
 Era da moeda papel; 
 Era da moeda fiduciária ou papel-moeda; e 
 Era da moeda bancária ou moeda escritural. 
 
 Era de escambo ou troca directa de mercadorias; 
A troca directa ou escambo, caracteriza-se pela troca de bens por outros bens. É um sistema ineficiente, 
porque exige coincidências de vontades para que a troca possa ser efectuada. As dificuldades da troca 
directa foram superadas pelo emprego de moeda, um meio de aceitação geral. 
Esse sistema, entretanto, apresentava algumas dificuldades. Samuelson (1975) nos oferece um bom 
exemplo a respeito dessas questões. Imaginem um indivíduo que tenha maçãs e queira castanhas. Seria 
uma coincidência fora do comum encontrar outro indivíduo que tivesse desejos exactamente oposto, ansioso 
por vender castanhas e comprar maçãs. Ainda que aconteça o fora do comum, não há garantias de que a 
vontade das duas partes, no que se refere às quantidades e aos termos de troca exactos, coincida. Da 
mesma forma, a menos que um alfaiate faminto encontre um fazendeiro nu que tenha alimentos e o desejo 
de ter um par de calças, nenhum dos dois poderá fazer negócio. 
 
Elaborado por: Tomás Hale 2 
 
 Era da mercadoria moeda 
A mercadoria-moeda podia ser guardada e usada posteriormente quando se tornava necessário adquirir 
novos bens e serviços. Nessa segunda fase, as trocas ficaram mais fáceis se ser realizadas, porque as 
vendas podiam ser feitas independentemente de o comprador ter um bem que interessasse ao vendedor e 
vice-versa. 
Nessa fase, algumas mercadorias circulavam mais frequentemente do que outras, por sua maior aceitação: 
sal, gado, arroz, peles, metais como ferro, cobre, bronze, prata, ouro, etc. De modo geral, para que uma 
mercadoria possa ser utilizada como moeda, ela deve ter várias qualidades, que são basicamente as 
seguintes: 
 Durabilidade; 
 Divisibilidade; 
 Homogeneidade; 
 Facilidade de manuseio e transporte 
Apesar de a mercadoria-moeda ter facilitado um pouco a vida dos indivíduos, muitas dificuldades ainda 
persistiam, ressaltando a necessidade de se encontrar uma forma mais simples que facilitasse as trocas. 
 Era da moeda metálica 
De maneira geral, os metais foram as mercadorias cujas características intrínsecas mais se aproximavam 
do que se exigem dos instrumentos monetários. Inicialmente, os metais empregados foram o cobre, o bronze 
e o ferro. Com o passar do tempo, entretanto, esses metais foram deixados de lado, pois não serviam como 
reserva de valor. A existência de grandes reservas desses metais, associada à descoberta de novas jazidas 
fez com que tais metais perdessem gradativamente seu valor. 
Assim, esses metais foram pouco a pouco substituídos pelos metais nobres, como o ouro e a prata. O ouro 
e a prata, por sua durabilidade, imunidade à corrosão e grande valor passaram a ser aceitos por todos como 
moeda. Como o ouro e a prata eram metais relativamente escassos e a descoberta de novas jazidas não 
afectava os volumes de metal que se encontrava em circulação, o valor dessas moedas mantiveram-se 
estáveis ao longo do tempo. 
Apesar das vantagens apresentadas, existia, à época, um inconveniente: o transporte a longas distâncias, 
em função do peso das moedas, seu elevado valor e dos riscos de assalto a que estavam sujeitos os 
Elaborado por: Tomás Hale 3 
 
comerciantes durante suas viagens. Para contornar esse problema, especialmente após o século XIV, com 
o crescimento dos fluxos comerciais na Europa, iniciou-se a difusão de um instrumento monetário mais 
flexível: a moeda-papel 
 Era da moeda papel 
A moeda-papel veio eliminar as dificuldades que os comerciantes enfrentavam em suas viagens, facilitando 
suas operações comerciais e de crédito. Ao invés de partirem carregando a moeda metálica, levavam 
apenas um pedaço de papel denominado “certificado de depósito”, que era emitido por instituições 
conhecidas como “Casas de Custódia”, e onde os negociantes depositavam as suas moedas, ou quaisquer 
outros valores aceitos, sob garantia. No seu destino, os comerciantes recorriam às casas de custódia locais, 
onde trocavam os certificados de depósitos por moedas metálicas. O seu uso acabou se generalizando de 
tal forma que os comerciantes passaram a transferir os direitos dos certificados de depósito directamente 
aos comerciantes locais, fazendo com que esses certificados tomassem o lugar das moedas metálicas. 
Estava assim criada a nova moeda, 100% lastreada e com a garantia de plena conversibilidade, a qualquer 
momento, pelo seu detentor, e que se tornou, ao longo do tempo, no meio preferencial de troca e de reserva 
de valor. Com o passar do tempo, as Casas de Custódia, começaram a perceber que os detentores desses 
certificados não faziam a reconversão, todos ao mesmo tempo. Além disso, enquanto alguns faziam a troca 
de moeda-papel pelo metal, outros faziam novos depósitos em ouro e prata, o que levava às novas 
emissões. 
Assim é que, gradativamente, as Casas de Custódia passaram a emitir certificados de depósito sem lastro 
em metal, dando origem à moeda fiduciária ou papel-moeda. 
 Era da moeda fiduciária ou papel-moeda 
A emissão de papel-moeda por particulares, entretanto, acabou por conduzir esse sistema à ruína. Devido 
a isso, o Estado foi levado a assumir o mecanismo de emissões, passando a controlá-lo. Paulatinamente, 
passou-se à emissão de notas inconversíveis. Hoje, a maioria dos sistemas são fiduciários, apresentando 
as seguintes características: 
 Inexistência de lastro-ouro; 
 Inconversibilidade absoluta; e 
 Monopólio estatal das emissões. 
Elaborado por: Tomás Hale 4 
 
Com a evolução do sistema bancário, desenvolveu-se uma outra modalidade de moeda: a moeda bancária 
ou escritural. 
 Era da moeda bancária ou moeda escritural. 
A moeda bancária é representada pelos depósitos à vista e a curto prazo dos bancos, que passam a 
movimentar esses recursos por cheques ou ordens de pagamento. Ela é chamada escritural uma vez que 
diz respeito aos lançamentos (débito e crédito) realizados nas contas correntes dos bancos. 
As funções da moeda 
A moeda desempenha três funções a saber: 
1) Instrumento ou meio de troca é a função mais importante que a moeda exerce. Desde os primórdios 
dos tempos, as mais variadas formas de moeda vêm desempenhando esta função, mesmo quando as 
moedas eram as próprias mercadorias utilizadas no escambo. 
2) Medida de valor, por meio do qual os preços dos demais produtos ficam convertidos, consiste em 
determinar o preço de cada bem na economia. Todos os bens e serviços de uma economia assumem 
a forma de preço, que é expresso em uma unidade monetária comum 
3) Reserva de valor diz respeito à moeda como activo que pode ser escolhido para armazenar riqueza ou 
mesmo criar poupança. A moeda torna-se em um elemento de entesouramento, de estoque de riqueza, 
quando é retirado de circulação. 
Características da moeda 
Para que a moeda possa desempenhar suas funções básicas, ela deve possuir um conjunto de 
características que são: 
 Indestrutibilidade e inalterabilidade; 
 Homogeneidade; 
 Divisibilidade; 
 Transferibilidade; 
 Facilidade de manuseio e transporte. 
 
 
 
Elaborado por: Tomás Hale 5 
 
a) Indestrutibilidade 
A moeda deve resistir às inúmeras relações de troca a que estiver sujeita, exigindo-se, portanto, que elaseja impressa com material de excelente qualidade, para que não perca suas características nem se possa 
alterá-las. Se o papel utilizado para sua impressão não for de celulose pura, certamente após algumas 
centenas de operações a cédula estará deteriorada. As técnicas modernas de impressão do papel-moeda, 
além de darem maior resistência às cédulas, visam protege- las contra falsificações. 
b) Homogeneidade 
Diferentes unidades monetárias, mas que possuam o mesmo valor de compra, devem ser rigorosamente 
iguais. 
c) Divisibilidade 
A moeda-padrão ou moeda principal de uma economia deve possuir múltiplos e submúltiplos, chamadas 
moedas subsidiárias, para permitir a realização de todos os tipos de transacções comerciais. 
d) Transferibilidade 
A moeda deve circular na economia sem nenhuma dificuldade, facilitando o processo de troca. A razão 
principal para essa característica é o curso legal imposto pelo Estado, que permite e garante o papel-moeda 
em circulação. 
e) Facilidade de manuseio e transporte 
O papel-moeda de uma economia deve ser impresso de forma a facilitar o seu uso e o seu transporte, para 
evitar que a sua utilização seja dificultada e que, consequentemente, ela seja descartada. 
 
 
Instrumento de política monetária 
Para que as Autoridades Monetárias possam executar a Política Monetária, elas se utilizam de alguns 
instrumentos para influenciar a oferta de moeda e regular a taxa de juros. Essas Autoridades Monetárias 
não têm condições de interferir, directamente, no cotidiano dos agentes económicos, como por exemplo, 
para aumentar ou para reduzir o nível de consumo. Dessa forma, através da acção sobre as reservas 
Elaborado por: Tomás Hale 6 
 
bancárias e das taxas de juros, indirectamente induzem o público a alterar o perfil de seus gastos. Os 
principais instrumentos da política monetária são: 
 Controlo directo da quantidade de dinheiro em circulação; 
 Operações no mercado aberto; 
 Fixação da taxa de reservas (Reservas obrigatórias ou compulsório); 
Controle do dinheiro em circulação 
Este instrumento se relaciona directamente com a questão da emissão do dinheiro e sua circulação por 
intermédio das Autoridades Monetárias. Normalmente a emissão de moeda se destina ao financiamento de 
déficits orçamentários do governo, para concessão de empréstimos de liquidez às instituições bancárias e 
para a realização de operações de compra e venda de moeda estrangeira. 
Operações no mercado aberto 
As operações no mercado aberto consistem na compra e venda de títulos públicos por parte do Banco 
Central, objectivando regular os fluxos gerais de liquidez da economia. Quando há excesso de oferta 
monetária o Banco Central (Banco de Moçambique) realiza operações de venda de Títulos Públicos, 
reduzindo, dessa forma, a quantidade de dinheiro em poder do público e dos bancos, contraindo-se, 
portanto, os meios de pagamento. Caso a oferta monetária seja insuficiente (em poucas quantidades), o 
Banco Central (Banco de Moçambique) realiza operações de compra dos Títulos Públicos. Ao comprar 
títulos, ele injecta dinheiro no sistema provocando, então, uma expansão dos meios de pagamento. 
Fixação da taxa de reserva (ou compulsório) 
Este é outro instrumento utilizado pelas Autoridades Monetárias para controlar a oferta de dinheiro, actuando 
directamente sobre os bancos. Essas reservas, conhecidas como depósitos compulsórios, são mantidas 
pelas instituições bancárias junto ao Banco Central (Banco de Moçambique), em uma proporção dos 
depósitos a vista mantidos pelos bancos. Esse instrumento actua directamente sobre o nível de reservas 
dos bancos comerciais sendo, portanto, bastante eficiente, já que mudanças nessa variável influem no 
multiplicador bancário com reflexos directos no nível de expansão ou contracção dos meios de pagamento. 
 
 
Elaborado por: Tomás Hale 7 
 
EXERCÍCIOS 
1. Quando você se dirige ao Supermercado Shoprite, compara os preços dos produtos semelhantes e 
depois dirige-se ao caixa para efectuar o pagamento daqueles que escolheu, está utilizar, 
respectivamente, as seguintes funções da moeda: 
a) Reserva de valor e instrumento de troca; 
b) Instrumento de troca e unidade de valor; 
c) Unidade de valor e instrumento de troca; 
d) Instrumento de troca e unidade de valor; 
 
2. Quando na economia existe insuficiência de moeda e o Banco de Moçambique decide injectar fundos 
por meio de mercado aberto, pode efectuar através de: 
a) Compra títulos públicos 
b) Realização de reservas obrigatórias 
c) Venda títulos ao público 
d) Injecção manual 
 
3. Ao invés de partirem carregando a moeda metálica, levavam apenas um pedaço de papel denominado 
“certificado de depósito”. Esta frase esta relacionado com a seguinte fase de moeda: 
a) Moeda metálica 
b) Moeda-papel 
c) Papel- moeda 
d) Moeda bancaria ou escritural 
 
4. O Paulo manteve um rendimento numa conta para uso futuro, depois de um tempo ele retirou 450.000,00 
e dirigiu-se um condomínio para efectuar a compra de uma casa e primeiramente, verificou as casas e 
os preços de cada e de seguida escolheu uma e efectua o respectivo a imobiliária. Nesta frase, estão 
patente respectivamente as seguintes funções de moeda: 
a) Medida de valor, reserva de valor e instrumento de troca; 
b) Instrumento de troca, medida de valor e reserva de valor; 
c) Reserva de valor, medida de valor e instrumento de troca; 
Elaborado por: Tomás Hale 8 
 
d) Medida de valor, instrumento de troca e reserva de valor; 
 
5. Das alternativas abaixo, indique com F as Falsas e com V as Verdadeiras: 
a) As taxas de natalidade e mortalidade num país é um dos indicadores de crescimento e crescimento 
económico; 
b) Numa economia a moeda não pode ser guardada para uso futuro; 
c) Um país tem desenvolvimento económico quando possui uma taxa de desemprego maior; 
d) A moeda numa economia deve facilitar o seu uso e transporte; 
e) A moeda deve possuir unidades monetárias mas que possuam o mesmo valor de compra; 
f) A moeda deve circular na economia sem nenhuma dificuldade, facilitando o processo de troca. 
g) As moedas escriturais são aquelas emitidas pelos bancos comerciais;

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