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Resumo testudines

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Finalizar primeiro os répteis com os testudines (cágado e jabuti)
Trachemys scripta elegans (chamada Tigre dágua ou Tigre dágua de orelha vermelha), exótica, norte americana, foi introduzida pelo mercado pet. Como acabava crescendo demais, as pessoas não esperavam por isso e passaram a abandonar em vida livre e ela passou a estabelecer bem por aqui e se reproduzir e a competir com as espécies nativas. 
Trachemys dorbigni (Tigre dágua brasileira) – nosso cágado brasileiro, ocorre mais na região sul do Brasil.
Chelonoidis carbonaria (Jabuti piranga), sendo o jabuti mais comum no atendimento clínico.
Chelonoidis denticulata (Jabuti tinga), mais amarelado. Não é tão comum de ser visto, geralmente fica maior que o Jabuti piranga, ambos são originários da região amazônica (não hibernam, pois o inverno de sua região natural é de cerca de 25° C).
Possuem bico córneo consistido de maxila e pré-maxila, queratinizada e mandíbula igualmente queratinizada (podem causar ferimentos graves em nossas mãos ou em predadores).
Glândulas salivares são bem desenvolvidas (facilita o processo de umidificação dos alimentos).
Herbívoros: não processam a comida na boca, realizam pequena mastigação e o alimento segue para o esôfago. O trato gastrointestinal dos herbívoros é maior do que os dos carnívoros e é expandido para permitir a colonização bacteriana. 
A decomposição simbionte de tecido vegetal ocorre no ceco e no cólon (o trânsito gastrointestinal de um jabuti, leva em torno de 18 dias).
A temperatura afeta diretamente vários aspectos metabólicos. O jabuti, ao comer, não necessariamente está se nutrindo, pode ingerir o alimento mas não o digerir corretamente, e dessa forma, não aproveita os nutrientes. Precisa da temperatura ideal para receber a nutrição.
Apreensão, digestão e absorção de nutrientes.
Livre acesso a água, jabutis devem ter acesso a grandes tanques de água, pois utilizam as bexigas urinárias (colocando a cloaca na água) para absorção e troca eletrolítica. Importante banhos por imersão em água morna. 
Ao receber um jabuti enfermo para atendimento, a primeira coisa que fazemos é colocar em 
água aquecida, porque isso vai tanto ajudar a estabilizar a temperatura corporal desse animal para receber os fármacos e estabelecer o tratamento clínico quanto em sua hidratação. Alguns animais chegam em estado crítico, com metabolismo extremamente baixo e após o banho de imersão, já saem imediatamente melhores, por elevar seu metabolismo.
Dimorfismo sexual
Espécies terrestres, plastrão é côncavo e da fêmea é reto (em animais normo nutridos, pois em desnutridos, pode ter deformidades no casco e dificultar o processo de dimorfismo).
Espécies aquáticas, o plastrão é reto em ambos, mas a distância da cauda ao plastrão é menor em machos e maior em fêmeas. Machos também costumam ter caudas maiores, e fêmeas, menores. Os machos normalmente tem as unhas compridas e as fêmeas, curtas.
Machos normalmente tem o pênis bem desenvolvido. 
Vias de colheita e aplicação
- Jugular (não é muito tranquilo, ao fazer o garrote o animal resiste e isso estressa o animal, porém é fácil canular, pois é uma veia de fácil visualização e acesso. Em pacientes muito desidratados que precisem colocar acesso, muitas vezes terá de ser feito uma “dissecação”/ incisão da pele da região (fazer anestesia local previamente, claro), para conseguir visualizar, acessar a jugular e dar alguns pontos);
- veia subcarapacial (mirar a agulha sobre a cabeça e em direção ao teto da carapaça, num ângulo de cerca de 45° - problema em coleta a partir de vasos que não vemos: répteis tem vasos linfáticos bem desenvolvidos, que acompanham os vasos sanguíneos, a sua amostra de sangue muitas vezes pode ser contaminada com linfa (líquido transparente que sai na punção), que altera os parâmetros, principalmente do hematócrito, reduzindo-o bastante e deixando o sangue mais ralo.); 
- veia braquial (não tão simples de acessar. Na latero lateral do braço);
- veia coccígea dorsal (em tigre d’água é mais fácil acessar do que jabuti, pois estes últimos mechem bastante a cauda – o que dificulta o acesso);
- Intramuscular (fazer sempre nos membros torácicos, nunca nos pélvicos, por conta do sistema porta renal que está ali);
- Oral (não é fácil acesso oral nesses animais, principalmente em tigre d’água, geralmente temos de sondar para dar medicação, alimentação forçada. Ele não abre a boca pra receber esses insumos. Em casos mais graves, temos de fazer esofagostomia (passar sonda do esôfago 
até o estômago. Para sondar via oral, podemos usar abridor de boca de metal ou mesmo um palito de sorvete para tentar abrir a boca, então colocamos uma seringa cortada para passar a sonda dentro, e assim esse pedaço de seringa serve tanto para manter a boca do animal aberta como para evitar que ele corte e engula a sonda – ao retirar a sonda, tiramos a seringa também).
- Intracelomática (procurar fazer mais próximo aos “cantos”, cuidado para não atingir órgãos);
- Subcutânea;
- Intraóssea.
Instalações
Variam de um indivíduo para outro. Para jabutis principalmente usamos um terrário com bastante terra, laguinho raso para ele entrar e se hidratar, lâmpada de aquecimento, lâmpada de UVB. Não colocar pedregulhos e substratos pequenos, pois eles podem ingerir e ter corpo estranho. Alguns quelônios podem engolir pedras para auxiliar na digestão, mas jabutis não tem essa comprovação. Geralmente nesses casos, encontramos na radiografia. Cuidado com as plantas escolhidas para o recinto, podemos plantar couve e almeirão, assim vai crescendo e eles se alimentam, mas observe se não está colocando plantas tóxicas.
Colocar uma toca para se esconderem quando quiserem.
Tigres d’água são semiterrestres/ semiaquáticos, ele nada, então precisa mesmo de um lago maior. Os aquaterrários podem ser colocados fora ou dentro de casa com lâmpadas de UVB, etc. para aquecimento, pois eles precisam da luz solar. Tem um termostato que pode ser colocado na água e regular a temperatura. Alguns tigres d’água são bem agressivos, e podem quebrar o vidro do termostato e morrer eletrocutados pela corrente elétrica que passa dentro desse aparelho. Importante ressaltar que esses animais não dormem na água, e precisam de acesso a terra (podem se afogar se reduzirem muito o metabolismo e não terem como sair da água). Algumas vezes o quadro é reversível, outras não.
Nutrição
Jabutis: 70 a 85% de vegetais e legumes (couve, escarola, rúcula, agrião, espinafre, salsa, folhas de beterraba e de cenoura, repolho, brotos diversos, abóbora, cenoura, beterraba, vagem, batata doce, etc), flores (rosa, hibisco, flor de Ypê amarelo), 10-20% de frutas (banana, maça, uva, pera, melão, melancia, amora, pêssego, nectarina, tomate, abacate e frutas regionais), 5-10% de proteína animal (carnes magras de bovinos, frango, roedores de laboratório, ovo cozido, sardinha ou ração gato ou cão).

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