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ENADE InformatIvo 2019 #eumandobem curso de InvestIgação Forense e PerícIa crImInal INFORMATIVO ENADE curso de InvestIgação Forense e PerícIa crImInal 2 SUMÁRIO 1 | DIFERENÇAS DE ATUAÇÃO ENTRE A POLÍCIA E A PERÍCIA 2 | DATILOSCOPIA O trabalho das duas instituições é igualmente importante, mas cada uma tem seus próprios procedimentos, características e metodologias. Investigação policial Perícia criminal (investigação técnica) Focada na prova circunstancial, recolhida por meio de depoimentos de vítimas, testemunhas e suspeitos. Focada na prova material, advinda da análise de vestígios recolhidos nos locais de crime e objetos relacionados. Utiliza exames científicos para analisar DNA, assinaturas, resíduos químicos, impressões digitais, armas de fogo, registros em computadores, marcas de solado etc. Adota uma tese ou linha investigativa. Normalmente segue um ou mais suspeitos e parte para produzir provas que corroborem tal linha investigativa. Executa exames científicos que podem confirmar ou derrubar linhas investigativas. Conduz o inquérito policial, processo inquisitório em que o contraditório e a ampla defesa não precisam ser respeitados. Produz o laudo pericial, que reúne todos os exames do caso. Permanece até a finalização do julgamento, sob o direito da ampla defesa e do contraditório. A Polícia sofre uma pressão, da sociedade, para “resolver” o crime, o que significa que alguém deve ser acusado. Tem a missão de materializar o delito e apontar a autoria com base em exames científicos. Seus exames podem inocentar ou confirmar a culpa do acusado. Junto com a Polícia Militar, fecha o ciclo policial da segurança pública. Seu trabalho se encerra com a finalização do inquérito policial, enviado ao Ministério Público. Fica à disposição para realizar novos exames e responder questionamentos do Ministério Público, do Judiciário, da Defensoria Pública e da defesa do acusado, para poder garantir que todos os direitos de ampla defesa dos suspeitos foram respeitados. Recruta profissionais com perfil operacional. Recruta profissionais com perfil científico. Disponível em: <http://bit.ly/2GnN2IO>. Acesso em: 05 de abr. de 2019. INFORMATIVO ENADE curso de InvestIgação Forense e PerícIa crImInal 3 1 | DIFERENÇAS DE ATUAÇÃO ENTRE A POLÍCIA E A PERÍCIA Trata da identificação e exame das impressões digitais. Divide-se em datiloscopia civil, responsável pela identificação de pessoas para fins civis, como expedição de documentos, por exemplo; e datiloscopia criminal, que identifica pessoas indiciadas em inquéritos, acusadas em processos ou em crimes. Atualmente, as impressões digitais são os métodos papiloscópicos mais utilizados no meio policial. Estima-se, de acordo com o entendimento de Ricardo Bina em seu livro Medicina Legal, que a probabilidade de uma impressão digital ser idêntica a outra é de 1 em 17.000.000 milhões de pessoas. 2 | DATILOSCOPIA Tendo em vista que os desenhos da crista papilar se formam na derme, a simples remoção da epiderme não descaracteriza o desenho formado na ponta dos dedos, em alguns casos poderá apenas dificultar a colheita para confronto. No caso de cadáveres, a impressão digital dura até a fase coliquativa, ou seja, quando a derme passa a ser destruída pela putrefação do corpo. INFORMATIVO ENADE curso de InvestIgação Forense e PerícIa crImInal 4 Somente torna-se impossível a percepção dos desenhos das polpas dos dedos no caso de queimaduras de 3º grau, onde há total destruição de tecidos internos e mais profundos, não havendo qualquer possibilidade de identificação datiloscópica. Mesmo no caso de gêmeos univitelinos o desenho formado na polpa dos dedos é diferente. Trata-se da única forma de individualização precisa de gêmeos idênticos. Sistema de Vucetich No Brasil, a datiloscopia emprega o sistema de Vucetich, sistema que classifica as impressões datiloscópicas em quatro tipos: 1) Arco: datilograma geralmente adético, for- mado por linhas que atravessam o campo digital apresentando em sua trajetória formas mais ou menos paralelas abauladas ou alte- rações caracteristicas; 2) Presilha interna: é o datilograma com um delta à direita do observador, apresentando linhas que, partindo da esquerda, curvam-se e volta ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas; INFORMATIVO ENADE curso de InvestIgação Forense e PerícIa crImInal 5 3) Presilha externa: é o datilograma com um delta à esquerda do observador, apresen- tando linhas que, partindo da direita, curvam-se e volta ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. 4) Verticilo: é o datilograma com um delta à direita e outro à esquerda do observador, tendo pelo menos uma linha livre e curva à frente de cada delta. Cada uma das classificações acima apresenta uma subespécie, baseada em um ângulo com forma piramidal oriunda da bifurcação de uma linha simples ou pela brusca divergência de duas linhas paralelas. Tal ângulo é denominado na medicinal legal como “delta”. Ao examinar uma impressão digital, observam-se linhas pretas, que correspondem às cristas papilares e linhas brancas, que correspondem aos sulcos. Tais linhas desenvolvem-se paralelamente, criando, assim, a impressão digital, com desenhos imutáveis, que nascem com o indivíduo. O sistema criado por Vucetich é o utilizado até hoje. A cada tipo de impressão digital são atribuídos números e uma letra. É a partir daí que se compõe a fórmula datiloscópica, conhecida como “Sistema Datiloscópico de Vucetich”. No arquivamento de Vucetich são utilizados os dez dedos das mãos da pessoa para classificação e arquivamento. Todas as impressões são coletadas e distribuídas em uma ficha específica que contem a sequência polegar, indicador, médio, anular e mínimo. Disponível em: <http://bit.ly/2IrNaJN>. Acesso em: 05 de abr. de 2019. INFORMATIVO ENADE curso de InvestIgação Forense e PerícIa crImInal 6
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