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SISTEMAS DE SAÚDE DO MUNDO Cuba: possui um sistema de saúde universal, gratuito e acessível, e isso atrelado a um alto desenvolvimento educacional da população e alta cobertura vacinal fez com que Cuba conseguisse se livrar de doenças como sarampo, rubéola, febre amarela, e controlar a incidência de meningite, pneumonia e leptospirose. As políticas de saude cubana dão especial atenção à prevenção, aos cuidados primários e possuem uma grande interação e participação da comunidade. Cuba atingiu a taxa de mortalidade infantil de 4 mortes a cada 1000 nascimentos e a expectativa de vida fica próxima a 80 anos. Canadá: o sistema de saúde canadense é descentralizado, universal e público. Chamado de Medical Care, todos contribuem com o mesmo valor, independente da renda, emprego, ou doença pré existente, e, por isso, todos tem acesso a saúde de maneira igualitária. Os impostos dos cidadãos canadenses são recolhidos e repassados de acordo com cada província. A expectativa de vida do Canadá é de 83 anos, a mortalidade infantil é bastante reduzida e todos os indicadores de saúde canadense situam-se acima da média de países da Organização Economica de Cooperação e Desenvolvimento O pouco plano privado existente só da cobertura ao que o Medical Care não cobre, que são tratamentos odontológicos em adultos e cirurgias cosméticas. Argentina – O sistema de saúde argentino é conhecido por sua segmentação, fragmentação, baixa eficiência e equidade, ele é dividido em 3 subsetores: -Público: extremamente descentralizado, visto que cada comuna (como os estados brasileiros) possui o seu ministério da saúde, então eles possuem total autonomia para decidir como e onde direcionar os recursos que são financiados pelas fontes fiscais federais, estaduais e municipais, essa descentralização dificulta possíveis negociações nacionais ou internacionais. -Privado: atua via medicina pré paga ou por terceirização através das obras sociais e os planos de saúde são caríssimos. - Obras sociais: são financiadas por contribuições sociais realizadas por trabalhadores e empresas e cobre boa parte do atendimento Os serviços de saúde pública não se equiparam ao recomendado pela OMS e os planos de saúde estão cada vez mais caro. Mais da metade da população argentina recorre ao sistema de saúde público. Em 2004 foi executado o Plano Nascer para diminuir as taxas de mortalidade infantil e materna, e funcionou como um seguro público provincial que fortaleceu a APS. A expectativa de vida na argentina é de 76 anos e a taxa de mortalidade é de 9 mortes a cada 1000 nascimentos França – possui um sistema de saúde obrigatório e universal, que abrange toda a população, é um regime de quase gratuidade com 3 principios: medicina SISTEMAS DE SAÚDE NO MUNDO liberal, pluralismo e solidariedade. Os serviços de saúde são financiados pelos impostos e contribuições dos empregadores e empregados, o que configura um seguro público chamado de Segurité Socialité que tem como função amparar todos os cidadãos, os usuários recebem o cartão de seguridade social que cobre uma porcentagem dos gastos com a saúde e há uma coparticipação do usuário, pessoas muito doentes ou com custo muito elevado pode negociar essa participação. A atenção a saúde é garantida mediante clínicas privadas e hospitais públicos e privados, que podem ser lucrativos ou filantrópicos. Atualmente há uma discussão sobre a redução de gastos públicos com a saude, com a proposta de redistribuir a responsabilidade dessa área com o setor privado. A expectativa de vida francesa chega aos 82 anos e a mortalidade infantil é de 3 mortes a cada 1000 nascimentos Inglaterra: conta com o NHS (national health service), que é o sistema de saúde público equivalente ao SUS, é considerada uma das maiores estruturas de saúde pública do mundo. O NHS da direito ao atendimento gratuito a residentes legais, refugiados, estudantes, pessoas com permissão de trabalho e que vivem em asilos. Eles contam com o General Practicioner uma espécie de clínico geral ou médico da família e caso necessário ele encaminha para um especialista. Os planos de saúde são tão caros como no Brasil porém a maioria das pessoas fazem uso do NHS. A expectativa de vida na Inglaterra é de 80 anos e a taxa de mortalidade infantil é de 4 mortes por mil nascimentos. Chile: O sistema de saúde publico é unitário e centralizado, e é caracterizado por apresentar dualidade na modalidade de afiliação à proteção, com possibilidade de escolha pelos trabalhadores formais entre contribuir para seguros privados (Isapres) ou para o seguro público (Fonasa), o qual tem maior aderência pela população, por meio de contribuições sociais obrigatórios de 7% de seus salários. Os beneficiários do sistema público, filiados ao Fonasa, podem eleger duas modalidades de atendimento: Modalidade Institucional prestada pelos estabelecimentos públicos; e Modalidade de Livre Eleição, com acesso direto a estabelecimentos privados conveniados ao Fonasa, mediante copagamento. O país chega a 6 mortes por mil nascimentos e expectativa de vida de quase 80 anos Estados Unidos: O EUA não possui um sistema de saúde público, nem universal, possui os piores indicadores no quesito eficiência, equidade e resultados. O governo estadunidense é o que mais gasta com a saúde, mesmo assim não possui um sistema de qualidade, possui alguns planos como o Medical Care (cobre pessoas maiores de 65 anos) Medicaid (cobre pessoas com baixa renda ) e o programa do governo cobre Veteranos das Forças Armadas, mas aqueles que não possuem nenhuma cobertura de saúde recebem atendimento gratuito apenas na emergência. Os planos de saúde privado são caros e dominam boa parte do mercado, quase 40% dos investimentos de saúde do país são de iniciativa privada. A expectativa de vida no EUA é de 80 anos e chega a 5 mortes a cada mil nascimentos.
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