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RAS / Sistema de saúde ao redor do mundo - Estudo auto dirigido

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@Ryumiluuv / 1-Conhecer os principais tipos de sistemas de saúde do mundo
Modelo Universalista: Este modelo é caracterizado por financiamento público com recursos dos impostos e acesso universal aos serviços que são prestados por fornecedores públicos; a maior parte do financiamento e gestão é por conta do Estado. 
Modelo do Seguro Social: O conceito de seguro social implica num seguro no qual a participação é obrigatória. É o que ocorre com o sistema desenvolvido na Alemanha. O financiamento é por aporte e contribuições dos empresários e trabalhadores. Por definição, só cobrem os contribuintes e seu grupo familiar, embora ultimamente exista uma tendência de universalização de cobertura. 
Modelo de Seguros Privados: Este modelo tem uma organização tipicamente fragmentada, descentralizada e com escassa regulação pública, tendência que está sendo mudada. A situação que mais se aproxima neste modelo é a dos Estados Unidos, onde há mais de 1.500 seguros privados. Em comparação com os outros modelos, este limita a ação do estado a uma escassa regulação. 
Modelo Assistencialista: De forma inversa ao modelo Universalista a saúde não é um direito do povo, mas sim uma obrigação dos cidadãos. O Estado só daria assistência às pessoas incapazes de assumir a responsabilidade individual de cuidar da saúde. As ações seriam direcionadas às pessoas mais vulneráveis e carentes. 
Modelos ao redor do mundo
Na Inglaterra: É universal e igualitário com atuação preventiva e curativa. Equivalente ao SUS do Brasil. Os recursos são arrecadados pelo sistema de impostos nacional, mas os serviços na Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales são administrados separadamente No país não existem caixas independentes a serem escolhidas livremente pelos cidadãos. Para o paciente, os resultados são sensivelmente piores que em outros países europeus: no Reino Unido, espera‐se, via de regra, cerca de 18 meses por uma cirurgia. Por isso, o país envia pacientes até mesmo para a França ou Alemanha para tratamento. 
Na Alemanha: Ter um plano de saúde na Alemanha é obrigatório para os cidadãos que dispõem de renda até um determinado teto estipulado pelo governo. Cada um dos planos públicos de saúde oferece ao assegurado um nível de cobertura específico, mas que acaba se assemelhando, considerando que todos são obrigados a respeitar o catálogo de "coberturas obrigatórias" determinado pelo governo. Os custos dos planos são divididos igualmente entre o empregador e empregado. Em geral, o cidadão pode escolher livremente os médicos e os hospitais que procura. Aqueles que têm uma renda acima do limite estipulado pelo governo ‐ podem optar por um plano de saúde privado. 
Na França: O sistema de saúde francês foi considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o melhor do mundo. O Estado exerce um papel central, ao controlar as relações entre as diversas instituições financeiras, os médicos e os pacientes. Desde 1996, o Parlamento decide sobre o montante de verbas a ser destinado às seguradoras públicas de saúde, às quais estão ligados mais de 60% dos franceses. O restante da população possui planos de saúde especiais, com diferentes tabelas de custos e coberturas. Na França, há liberdade total de escolha para o paciente. Quem fica doente, pode decidir se procura um clínico geral ou se vai direto a um especialista. Alguns gastos por parte do assegurado, como o pagamento adicional pelos medicamentos, são muito altos: em muitos casos, o paciente arca com até 70% destes custos. Por outro lado, as contribuições para o plano público de saúde são pagas praticamente pelo empregador. Os empregados são obrigados a destinar apenas 0,75% de seus salários às seguradoras. 
Na Holanda: Nos Países Baixos, os pacientes são obrigados ‐ exceto em casos de emergência ‐ a procurar um "médico de família", que pode ser escolhido livremente. Este clínico geral é quem decide se há necessidade de tratamento com algum especialista ou se o paciente deverá ser enviado a um hospital. A escolha do especialista ou da clínica pode ficar então a cargo do paciente. Apenas seis por cento do contingente de doentes são enviados a um especialista. Os "médicos de família" são geralmente muito bem qualificados, sendo obrigados pelo Estado a absolverem com frequência cursos de aperfeiçoamento. 
Na Suíça: O número de médicos por cidadão é no país o mais alto do mundo (perfazendo um total de 14 mil profissionais). A qualidade dos serviços é apontada como uma das melhores do mundo. Desde 1996, todo cidadão que vive na Suíça é obrigado a ter um plano de saúde, que pode ser escolhido livremente entre as mais de cem seguradoras do país. Estas respeitam uma legislação relativamente liberal ‐ se comparada a outros países europeus ‐ e são fiscalizadas por um departamento federal. Aos cidadãos são oferecidos diversos tipos de planos de saúde, entre eles alguns modelos que incluem um sistema de bônus. Os prêmios dependem, no caso, da renda do paciente. Todo cidadão suíço é obrigado a pagar do próprio bolso parte dos custos de suas visitas ao médico. 
Na Espanha: No Sistema Nacional de Saúde da Espanha a estrutura e os serviços públicos fazem parte de um sistema coordenado, o financiamento é misto, por meio de recursos do Estado, das Comunidades Autônomas, das corporações locais e do Sistema de Seguridade Social. A principal característica é a universalização da atenção: todos os cidadãos e estrangeiros legalmente residentes na Espanha têm o direito à proteção da saúde e à assistência com cobertura total da população, independentemente de sua situação econômica e da contribuição para a seguridade social. Assistência farmacêutica – cobertura apenas quando a prescrição é feita pelos médicos do Sistema, sendo gratuita para pensionistas e seus beneficiários, portadores de deficiência, acidentados do trabalho, internados no Sistema e soropositivos. 
1) Estudar acerca da Rede de Atenção a Saúde e sua importância para a Atenção Primaria de Saúde.
São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado." Portaria de Consolidação nº 03, de 28 de setembro de 2017.
Tem como proposta lidar com projetos e processos complexos de gestão e atenção à saúde, onde há interação de diferentes agentes e onde se manifesta uma crescente demanda por ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde e por participação da sociedade civil organizada. As redes temáticas acordadas de forma tripartite 
As RAS são sistematizadas para responder a condições específicas de saúde, por meio de um ciclo completo de atendimentos (PORTER e TEISBERG, 2007), que implica a continuidade e a integralidade da atenção à saúde nos diferentes níveis Atenção Primária, Secundária e Terciária;
Devem ter foco na população, de forma integral, por meio de serviço contínuo de cuidados que visem prioritariamente à promoção da saúde.
São Redes Temáticas de Atenção à Saúde:
► Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil - Rede Cegonha: Rede Materno-Infantil Visa garantir o fluxo adequado para o atendimento ao planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal, parto e nascimento, puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a assistência e enfrentar a mortalidade materna, infantil e fetal. Está vinculada ao programa federal denominado Rede Cegonha, ao programa estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e a outros financiamentos estaduais como: Ambulatório de Gestante de Alto Risco (AGAR), Ambulatório de Egressos de UTI neonatal, incentivo estadual para atendimento de alto risco e casa da gestante, entre outros.
► Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE):Tem a finalidade de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência de forma ágil e oportuna. A Rede está organizada em dois componentes: o pré-hospitalar (móvel e fixo) e o hospitalar. As diretrizes da RUE estão definidas na Portaria GM/MS no 1.600/2011.► Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: Rede de Atenção às Pessoas com Condições Crônicas vem sendo pensada a partir de diferentes tecnologias, estruturadas em serviços territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços Assistenciais em Oncologia, Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade.
► Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência:A Saúde da Pessoa com Deficiência (SPD) no SUS busca proporcionar atenção integral à saúde dessa população, desde a APS até a reabilitação, incluindo o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, quando necessário. O objetivo é proteger a saúde e reabilitar as pessoas com deficiência em relação a suas capacidades funcionais (física, auditiva, intelectual e visual). A criação da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (Portaria MS/SAS no 1.060/2002) oportunizou a implantação das Redes Estaduais de Assistência à Pessoa com Deficiência, em especial às ações de reabilitação, através de legislações específicas para habilitação de Serviços de Modalidade Única, ou seja, habilitados para atender apenas uma área de deficiência: auditiva, física, intelectual ou visual.
 
Rede de Atenção Psicossocial: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), criada pela Portaria GM/MS no 3.088/2011, tem o objetivo de acolher e acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas no âmbito do SUS. 
Contexto histórico: 
 A origem das Redes de Atenção à Saúde (RAS) data da década de 1920, mais especificamente no Reino Unido, quando foi e laborado o Relatório Dawson, como resultado de um grande debate de mudanças no sistema de proteção social daquele país após a I Guerra Mundial. Neste documento consta a primeira proposta de organização de sistemas regionalizados de saúde, cujos serviços de saúde deveriam acontecer por intermédio de uma organização ampliada que atendesse às necessidades da população de forma eficaz. Além disso, esses serviços deveriam ser acessíveis a toda população e oferecer cuidados preventivos e curativos. A discussão sobre a reestruturação dos sistemas de saúde segundo a lógica de RAS tem outros marcos mais atuais decorrentes da reunião de Alma -Ata, realizada em 1978. O estímulo à organização de redes integradas de atenção à saúde nos sistemas municipais e estaduais de saúde, como forma de garantir a integralidade, universalidade e equidade da atenção à saúde da população brasileira.

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