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Espiritualidade e Psicologia

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6
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
CURSO DE PSICOLOGIA
Maria De Jesus Barros Nali
Luiz Felipe Aureliano
Suellen 
Melânia Tchiquelembele Neto 
Angélica Sampaio Silvano
AFETIVIDADE E SUAS ALTERAÇÕES
CRICIÚMA
2015
Maria De Jesus Barros Nali
Luiz Felipe Aureliano
Suellen 
Melânia Tchiquelembele Neto 
Angélica Sampaio Silvano
AFETIVIDADE E SUAS ALTERAÇÕES
Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, referente a disciplina de Psicopatologia I
Prof. Joao Luiz Brunel
CRICIÚMA
2015
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	TEMA ESPIRITUALIDADE	4
2	DESENVOLVIMENTO	5
2.1	O QUE É ESPIRITUALIDADE	5
2.2	SURGIMENTO	6
2.2.1	Origem do conceito espiritualidade	6
3	PSICOLOGIA E ESPIRITUALIDADE	6
3.1	CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA	6
3.2	CONGRESSO DE PSICOLOGIA-UNIFIL	7
4	SAÚDE MENTAL E ESPIRITUALIDADE/RELIGIOSIDADE	9
4.1	A VISÃO DE PSICÓLOGOS	9
4.2	ESPIRITUALIDADE, RELIGIOSIDADE E PSICOTERAPIA	11
5	COnCLUSÃO	12
6	REFERÊNCIAS	12
INTRODUÇÃO
TEMA ESPIRITUALIDADE
No presente texto será abordado, de forma superficial, visto a extensão do assunto, o tema espiritualidade.
Em um contexto geral será apresentado o que é espiritualidade e os diversos sentidos que a palavra ganhou dentro e fora da religiosidade. Em um primeiro momento o texto explana dois conceitos de espiritualidade sendo eles: O que é, Surgimento. O último de uma forma bem sintética.
Em seguida um terceiro conceito surge com diferentes formas, porém convergentes ao mesmo pondo ao saber da psicologia. Unindo esses pontos com a sociedade que temos hoje regida por diferentes religiões e crenças que no entanto tem por base a mesma essência, a espiritualidade.
E por final será explanado e colocado o assunto em formas mais tangíveis analisando do ponto de vista homeostático, de como a espiritualidade e a religiosidade influencia no meio e na saúde individual e social. 
DESENVOLVIMENTO
O QUE É ESPIRITUALIDADE
Antes de entendermos a espiritualidade é necessário que observemos as palavras que são derivadas dela, como espiritual e espírito. Levando em consideração e que a palavra espírito em sua etimologia significa sopro de vida ou respirar. Então desmistificando um conceito importante e polêmico uma pergunta surge: o homem tem um espírito?
Com ela um leque de posições se abre, contudo uma afirmação imprescindível aparece, e não podemos deixar de lado a afirmação inquestionável de que o homem possui uma “espiritualidade”. Esse termo pode ser definido como um sistema de crenças que enfoca elementos intangíveis, que transmite vitalidade e significado a eventos da vida. Esse pensamento épico surge dos questionamentos pessoais em relação à existência, significado e o propósito da vida ou do viver.
Exemplo: O nascimento de uma criança, a mãe vai encarar com uma carga emocional, o pai uma carga sentimental, a enfermeira como um milagre o médico como uma nova vida. E neste conjunto todos os envolvidos no evento encaram de uma maneira, porém todos dão um sentido ao evento acontecendo, é isso que chamamos de espiritualidade dar um sentido as coisas ou as vivências.
A espiritualidade não necessariamente depende de uma religião, em contra partida a religião tem por essência a espiritualidade. Religiosidade é sistemática, ou seja, uma organização de doutrinas delimitada por um parâmetro de crença(s) e compartilhada por um grupo que se destaca através de características comportamentais, sociais e de valores específicos. A espiritualidade vai além disso, transcende todas as questões definitivas e se torna assistemática permitindo a concepção de que há mais na vida do se pode de fato compreendermos. É uma busca pela transcendência de algo superior seja uma ou figura divina, uma divindade, que nessa questão cada religião vê de uma forma o que é divido e qual figura torna-se de fato divindade, e ou uma força superior, que no campo da filosofia Nietzsche traz o super-homem ou além do homem que nada mais é do que essa transcendência de si próprio.
SURGIMENTO
Origem do conceito espiritualidade
Estima-se que as primeiras manifestações de uma preocupação com eventos cotidianos vem da era pré-história ou paleolítica datando cerca de 60.000 anos com o grupo de humanos antes dos homo sapiens, com o homem de neandertal que era nômade.
Começou com a preocupação em um corpo sem vida, ou o simples ato de enterrar os seus mortos. Sendo assim a preocupação com elementos do dia a dia começou a ser percebida no ser humano.
PSICOLOGIA E ESPIRITUALIDADE
A espiritualidade inserida na psicologia ganha várias roupagens e conceitos diferentes. E podemos acompanhar tais mudanças visto que por ser um assunto tanto dos primórdios mais do que nunca se mostra contemporâneo do pondo de vista da psicologia pelo simples fato de estar sempre em mudança e ganhando cada vez mais volume em várias áreas humanas. 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
O Conselho Federal de Psicologia brasileira ciência e profissão na questão espiritualidade e religiosidade prevê apenas a manifestação do Artigo 5° da Constituição Federal: a laicidade do estado e à liberdade religiosa.
O conselho entende como conceito petrificado a laicidade, conferindo nosso sistema estar entre os maiores do planeta e com isso, contribuindo para a resolução de vários problemas da sociedade contemporânea.
Contudo até chegarmos nesse patamar passamos por um período de amparo de uma religião, que influenciou certos dogmas religiosos na política do estado (exemplo: o aborto que é proibido em nosso país hoje).
Em 1988 junto com a república veio também a laicidade, que o termo sugere sem religião, em nada traduz nossa realidade, muito pelo contrário ressalta a diversidade de expressões religiosas. Portanto o Conselho Federal de Psicologia reconhece e pauta-se por essa máxima que temos, ao realizar suas orientações, fiscalização e regulamentações da profissão.
Visto que muitos fundamentos e práticas orientam de forma significativa das ações humanas, como pode ser observado através da busca do fundamento sagrado da vida, daquilo que confere sentido à existência é, entretanto, de ordem espiritual. Desta forma, compreende-se que as religiões se encontram na espiritualidade. Contudo, essa busca do sentido último da existência, não se reduz simplesmente à religião.
É reconhecido pelo conselho a importância dessas três dimensões religião/religiosidade e espiritualidade para constituição da subjetividade humana.
Um ponto muito interessante que o conselho tem em vista, são todas as movimentações e mudanças nesse contexto, observando atentamente e buscando compreender como a religião se utiliza da Psicologia. Levando em consideração que não será permitido pelo conselho psicologia qualquer forma discriminatória, imposição de dogmas religiosos, desigualdade social e à pobreza, e qualquer recorte feito dos direitos constitucionais.
CONGRESSO DE PSICOLOGIA-UNIFIL
Neste texto pretendo abordar três tópicos relacionados com a espiritualidade: alguns aspectos semânticos do termo “espiritualidade”, algumas relações entre espiritualidade e religião, e a imbricação recíproca da psicologia e da espiritualidade.
“Espiritualidade” é um termo abstrato, derivado do adjetivo “espiritual”. Apesar da origem claramente latina, esse adjetivo não existia no latim clássico. Foi forjado pelo latim da Igreja. A origem eclesiástica da palavra sugere imediatamente uma referência ao Espírito Santo. Segundo estudos históricos, esse foi o primeiro sentido da palavra “espiritual”, mas também da busca de Deus nas várias religiões.
Um segundo sentido de “espírito”, em substituição ao primeiro, foi o atribuído à palavra pelos filósofos iluministas, no século XVIII: o espírito a que se referiam com esse termo é o espírito humano, isto é, a razão, característica universalmente compartilhada pelos seres humanos, que os iguala a todos. “Espiritual” e “espiritualidade” passaram a designar o racional e a vida guiada pela razão.
Um terceiro sentido, mais recente, surgiu com a psicologia humanista, porvolta de 1960, que conferiu ao termo “espiritual” a denotação da auto realização, que envolve o empenho no aperfeiçoamento do potencial humano (Rican, 2003). Esse é o sentido corrente de espiritualidade nos dias de hoje, que faz abstração da orientação religiosa, a ponto de permitir que se fale de “espiritualidade ateia” (Solomon, 2003). Tal sentido é predominante nos Estados Unidos, onde veio a coincidir com a geração dos “seekers”, mas encontra certa hesitação na Europa. No entanto, devido à influência da cultura norte-americana, inclusive acadêmica, a acepção do termo tem-se difundido um pouco por toda parte, ao menos no Ocidente.
No sentido contemporâneo, espiritualidade tem sido muitas vezes definida, sobretudo nos Estados Unidos, por oposição a religião, ou religiosidade. Por religião veio a entender-se a instituição, a autoridade, a comunidade, os dogmas, os ritos litúrgicos, a ética dos mandamentos, com as correspondentes atitudes de obediência, aceitação, participação coletiva, comportamento moral e culpa.
Por espiritualidade veio a entender-se o indivíduo, a criatividade, a experiência pessoal principalmente afetiva, os grupos de livre escolha, as celebrações espontâneas e a inserção ecológica, com os sentimentos de liberdade, autenticidade, conexão.
A definição por oposição desembocou na conhecida expressão no ambiente norte-americano: “não sou religioso; sou espiritual” (Pargament, 1999).
No Brasil, não parece estabelecido o contraste entre espiritualidade e religião, exceto em parte dos estratos intelectualizados, muito por conta, provavelmente, da literatura norte-americana, em especial na Psicologia. VassilisSaroglou, diretor do Centro de Psicologia da Religião da Universidade Católica de Louvain-la-Neuve, observa.
Lucy Bregman, da Universidade Temple. Bregman (2001) sustenta, teórica e empiricamente, que a psicologia tem recursos próprios, não opostos aos recursos religiosos mas independentes deles, para lidar com a preparação para a morte e com o luto dos sobreviventes. Para ela, a psicologia tem espiritualidade, porque a morte desvela para quem parte e para quem fica dimensões do self e do universo,
Concluindo, a Psicologia, como ciência, acolhe igualmente a religião e a espiritualidade como objeto de seu estudo. Há, naturalmente, alguma diferença de epistemologia nessa acolhida: no caso da religião, ela se abstém da afirmação ou negação do transcendente; no caso da espiritualidade não cabe esse cuidado, ao menos no sentido que hoje se dá, nos meios acadêmicos, e na linguagem comum, a “espiritualidade”.
SAÚDE MENTAL E ESPIRITUALIDADE/RELIGIOSIDADE
De acordo com documento da Associação Mundial de Psiquiatria, a falta da espiritualidade ou uma visão distorcida dela pode piorar quadros depressivos e aumentar o risco de transtornos mentais. A Associação Mundial de Psiquiatria fez uma pesquisa com 3,000(três mil) pessoas e as que tinham religião e espiritualidade em suas vidas tinham menos stress, menos depressão, e assim elas tinham menos vontade de suicídio. 
4.1	A VISÃO DE PSICÓLOGOS
O contexto sociocultural da pós-modernidade coloca o ser humano diante de uma crise de identidade. Apesar do alto grau de independência e domínio, possibilitado pela ciência e a técnica, os indivíduos vivem numa situação de desamparo e ansiedade existencial. (Giddens 2002)
Nos últimos tempos, a psicologia tem se voltado ao estudo da espiritualidade/religiosidade e sua relação com a saúde mental, o bem estar psicológico e a integração bio-psico-socio-espiritual do ser humano. Segundo Lancetti e Amarante (2006), pode-se identificar a saúde mental como uma "mente saudável". Esta mente saudável seria o movimento contínuo do sujeito em busca de um bem estar, de modos de vida que o sustentem diante das adversidades do cotidiano e que o ajudem num processo de mudança e produção da subjetividade e não como mera ausência de doenças. Essa visão está próxima da noção de "qualidade de vida", seguindo a perspectiva de Minayo, Hartz e Buss (2000) e abrindo, assim, espaço para se pensar também o papel da espiritualidade na saúde mental. Em 1988, a Organização Mundial de Saúde (OMS), incluiu a dimensão espiritual no conceito multidimensional de saúde, remetendo a questões como significado e sentido da vida, e não se limitando a qualquer tipo específico de crença ou prática religiosa. Para ela, a espiritualidade é o conjunto de todas as emoções e convicções de natureza não material, com a suposição de que há mais no viver do que pode ser percebido ou plenamente compreendido (Volcan, Sousa, Mari, & Lessa, 2003).
A influência da religiosidade sobre a saúde mental é um fenômeno resultante de vários fatores como: estilo de vida, suporte social, um sistema de crenças, práticas religiosas, formas de expressar estresse, direção e orientação espiritual (Moreira-Almeida, Lotufo Neto, &Koenig, 2006). Stroppa e Moreira-Almeida (2008) demonstram que muitos estudos apontam, em seus resultados, que maiores níveis de envolvimento religioso estão associados positivamente a indicadores de bem-estar psicológico, como satisfação com a vida, afeto positivo e moral elevado, felicidade, melhor saúde física e mental.
Lukoff (2003) mostra que muitas pesquisas revelam boas correlações entre saúde e espiritualidade. Portanto, existe a necessidade de incluir a espiritualidade como um recurso de saúde e a inclusão desta temática já na formação acadêmica, provocando reflexão e questionamento sobre a dimensão espiritual do ser humano.
Saúde mental é o equilíbrio entre todas as dimensões da vida e a capacidade de se abrir às mudanças e às novas experiências que a vida proporciona. A espiritualidade/religiosidade exerce uma função fundamental para a harmonia e o equilíbrio entre as dimensões do ser humano. (OLIVEIRA, Márcia Regina de; JUNGES, José Roque, 2012)
No que se refere à saúde mental e sua relação com a espiritualidade/religiosidade, foi evidenciado que a experiência do sujeito e a forma como ele a sente e a interpreta é de suma importância para manter ou desenvolver comportamentos saudáveis ou desordenados, tanto no que se refere à espiritualidade/religiosidade como em outras dimensões da vida. (OLIVEIRA, Márcia Regina de; JUNGES, José Roque, 2012)
Apesar do crescente número de pesquisas que se dedicam a investigar a relação positiva entre saúde mental e espiritualidade/religiosidade, essa relação não encontra um lugar de relevância na formação do psicólogo. Os dados demonstram a importância de que a espiritualidade/religiosidade do usuário seja reconhecida e valorizada pelos profissionais como um recurso que favorece a sua saúde mental. Por isso, torna-se relevante criar espaços de discussão e esclarecimento sobre os conceitos de espiritualidade/religiosidade e sua relação com a saúde mental também no âmbito universitário, realizando pesquisas sobre as interfaces entre essas duas realidades humanas e estudando estratégias quanto a sua presença na clínica. (OLIVEIRA, Márcia Regina de; JUNGES, José Roque, 2012)
4.2	ESPIRITUALIDADE, RELIGIOSIDADE E PSICOTERAPIA
O bem-estar espiritual é uma dimensão do estado de saúde, junto às dimensões corporais, psíquicas e sociais (World Health Organization, 1998). 
Por considerar as experiências místicas e meditativas como processos mensuráveis e quantificáveis, com base nas evidências acumuladas na literatura e na prática médica, a Organização Mundial da Saúde, por meio do grupo de Qualidade de Vida, incluiu em seu instrumento genérico de avaliação de qualidade de vida o domínio Religiosidade, Espiritualidade e Crenças Pessoais com 100 itens. Esse instrumento colaborou com outros estudos que identificaram correlações importantes ao conhecimento dos profissionais da saúde. Myers (2000) investigou a relação entre o estado de felicidade e a prática religiosa em 34 mil participantes e evidenciou uma correlação positiva entre essas variáveis. Mueller et al. (2001) revisou estudos publicados e metanálises que examinavam a associação entre envolvimento religioso/espiritualidade e saúde física, mental e qualidadede vida. A maioria dos estudos mostrou que envolvimento religioso e espiritualidade estão associados com melhores índices de saúde, incluindo maior longevidade, habilidades de manejo e qualidade de vida, assim como menor ansiedade, depressão e suicídio.
Faz-se necessário o reconhecimento da espiritualidade como componente essencial da personalidade e da saúde por parte dos profissionais; esclarecer os conceitos de religiosidade e espiritualidade com os profissionais; incluir a espiritualidade como recurso de saúde na formação dos novos profissionais; adaptar e validar escalas de espiritualidade/religiosidade à realidade brasileira e treinamento específico para a área clínica. Esforços para acrescentar ao currículo das escolas médicas e psicológicas a discussão da religião e espiritualidade estão em andamento (Graves et al., 2002). A discussão com os alunos sobre as diferenças de conceitos, as pesquisas sobre o tema, a compreensão dos processos saudáveis e nocivos do uso de práticas religiosas e espirituais contribuem para melhor qualidade de atendimento às necessidades dos clientes, diminuindo preconceito, informando e formando melhores profissionais. De maneira similar à exploração de toda a dimensão pessoal da experiência humana, a integração das dimensões espirituais e religiosas dos clientes em seus tratamentos requer profissionalismo ético, alta qualidade de conhecimento e habilidades para alinhar as informações coletadas sobre as crenças e valores à eficácia terapêutica.
CONCLUSÃO
Concluímos que as discussões e valores atribuídos ao assunto são de vasto conhecimento e implica muito mais do que apenas a ressalva de pontos interessantes pois o enquadramento se torna subjetivo.
 Contudo, levando em consideração o momento em que o mundo se encontra, a relação espiritualidade e religiosidade tem de ser abordada com cautela e de certa forma é preocupante, pois em um assunto tão aberto a divergência de opiniões, muitas vezes há um descordo nos pontos de vista e isso pode ser entendido como ameaça, levando a muito mais que um debate racional e sério, indo aos extremos. 
 A psicologia apenas garante o estado laico e reforça que tudo faz parte de um ponto de vista e somos todos iguais apesar das nossas diferenças. Então a tolerância e o respeito em um estado tão diversificado é imprescindível para uma visão mais clara do contexto social que nos encontramos.
REFERÊNCIAS
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PERES, Júlio Fernando Prieto. Et al. / Rev. Psiq. Clín. 34, supl. 1; 136-145, 2007. <Http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34s1/a17v34s1.pdf> Acesso: 23 Nov. 2015
APÊNDICES E ANEXOS
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