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Módulo 06 - Fundos de Investimentos

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FUNDOS DE
INVESTIMENTOS
3
FUNDOS DE
INVESTIMENTOS
FUNDOS DE INVESTIMENTO
CONCEITO
Um fundo de investimento pode ser comparado a um condomínio, pois reúne recursos de um 
conjunto de investidores, que podem ser PF e/ou PJ, com o objetivo de obter ganhos financeiros 
a partir da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários. Os fundos permitem 
a todos os tipos de investidores terem acesso a melhores condições de mercado, contar 
com uma gestão profissional dos recursos e ter em muitas vezes um custo inferior que gerir 
a carteira por conta própria. Além disso tornam possível a diversificação dos investimentos, 
através da aplicação em suas diferentes classes de ativos, visando a diminuição do risco e o 
aumento potencial de retorno. Há também os Fundos de Investimentos em Cotas (FIC), que são 
fundos que investem em cotas de outros fundos, aumentando ainda mais sua diversificação.
Atualmente os fundos funcionam sob a autorização da Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM), órgão responsável por sua regulação e fiscalização, buscando a proteção do investidor. 
A instrução CVM nº. 555, de 17/12/14, e suas alterações regem os fundos de investimentos. 
Vale ressaltar também que os recursos dos fundos não se misturam aos da instituição 
administradora, ou seja, os recursos alocados em fundos de uma instituição não podem servir 
como funding para concessão de operações de crédito.
TIPOS DE FUNDOS: ABERTOS E FECHADOS
Os fundos podes ser constituídos sob as seguintes formas:
 • Fundo Aberto: Os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer momento.
 • Fundo Fechado: As cotas somente poderão ser resgatadas após o término do prazo de 
duração do fundo previsto em seu regulamento ou em sua liquidação.
A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência, exceto nos casos de:
I. decisão judicial ou arbitral; 
II. operações de cessão fiduciária;
III. execução de garantia; 
IV. sucessão universal; 
V. dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial ou escritura pública que 
disponha sobre a partilha de bens; e 
VI. transferência de administração ou portabilidade de planos de previdência.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
4
Quando se trata de fundo fechado e seus direitos de subscrição, podem ser transferidos, 
mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, ou por 
negociação em mercado organizado (bolsa ou balcão) onde as cotas do fundo sejam admitidas 
à negociação.
FUNDOS RESTRITOS E EXCLUSIVOS 
Os Fundos de Investimento Restritos recebem investimentos de um grupo restrito de cotistas, 
normalmente empresas do mesmo grupo econômico ou membros de uma mesma família. Esse 
grupo restrito possui objetivos em comum na aplicação de seus recursos. Em muitos casos os 
fundos restritos também são caracterizados como fundos exclusivos.
Fundo Exclusivo é um fundo de investimento destinado a investidores profissionais, 
constituídos para receber aplicações exclusivamente de um único cotista. Nos Fundos 
Exclusivos, o prospecto e a marcação a mercado são facultativos e na emissão e no resgate 
de cotas do fundo exclusivo, poderá ser utilizado o valor de cota de fechamento ou abertura, 
conforme o regulamento. Esta regra não se aplica caso o fundo exclusivo tenha como cotista 
outro fundo de investimento que não esteja autorizado a escolher o tipo de cota a ser utilizado. 
Também não se aplicam os limites de concentração por emissor e por modalidade de ativo 
estabelecidos na ICVM 555 aos fundos destinados a estes investidores. 
INVESTIDORES QUALIFICADOS
Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador, tem mais condições 
do que o investidor comum de entender o mercado financeiro. A vantagem de se tornar um 
Investidor Qualificado é a possibilidade de ingressar em alguns fundos considerados fundos 
restritos.
São considerados INVESTIDORES QUALIFICADOS:
1. Investidores Profissionais.
2. Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 
1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado 
mediante termo próprio;
3. As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica 
ou possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes 
autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores 
mobiliários, em relação a seus recursos próprios.
INVESTIDORES PROFISSIONAIS
Investidores Profissionais são os únicos que podem constituir Fundos Exclusivos.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:
1. Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a 
R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor 
qualificado mediante termo próprio;
2. Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capitalização.
3. Fundos de Investimento;
4. Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
5. Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM em 
relação a seus recursos próprios.
FUNDOS DESTINADOS A INVESTIDORES QUALIFICADOS
Os fundos para investidores qualificados têm várias regras diferenciadas em razão de serem 
destinados a investidores com maior grau de entendimento das regras de mercado. A ICVM 
555, estabelece, por exemplo, que os fundos destinados a investidores qualificados ficam 
dispensados até mesmo da elaboração de lâmina.
O fundo destinado exclusivamente a investidores qualificados, desde que previsto em seu 
regulamento, pode: 
I. admitir a utilização de ativos financeiros na integralização e resgate de cotas, com o 
estabelecimento de critérios detalhados e precisos para adoção desses procedimentos;
II. dispensar, na distribuição de cotas de fundos fechados, a elaboração de prospecto e a 
publicação de anúncio de início e de encerramento de distribuição; 
III. cobrar taxas de administração e de performance, conforme estabelecido em seu 
regulamento; 
IV. estabelecer prazos para conversão de cota e para pagamento dos resgates diferentes 
daqueles previstos nesta Instrução; 
V. prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se de qualquer outra forma, em nome do fundo, 
relativamente a operações direta ou indiretamente relacionadas à carteira do fundo, sendo 
necessária a concordância de cotistas representando, no mínimo, dois terços das cotas emitidas 
pelo fundo.
FUNDOS DESTINDOS A INVESTIDORES PROFISSIONAIS
Os fundos destinados exclusivamente a investidores profissionais também apresentam regras 
diferenciadas.
Podem ser admitidos como cotistas de um fundo para investidores profissionais: 
I. os empregados ou sócios das instituições administradoras ou gestoras deste fundo ou 
empresas a ela ligadas, desde que expressamente autorizados pelo diretor responsável da 
instituição perante a CVM; e 
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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II. investidores relacionados a investidor profissional por vínculo familiar ou vínculo societário 
familiar, desde que no mínimo 90% das cotas do fundo em que se pretenda ingressar sejam 
detidas por tais investidores.
Esses fundos podem, desde que previsto em seu regulamento, utilizar-se das faculdades 
descritas acima para investidores qualificados e, ainda, das seguintes: 
I. não observância das limitações de modalidades de ativo financeiro e os limites de 
concentração por emissor; e 
II. aplicação de forma ilimitada no exterior, desde que incluam em sua denominação o sufixo 
“Investimento no Exterior”; 
III. não observância das responsabilidades dos administradores sobre a divulgação das 
informações periódicas (Art. 56 ICVM 555); e 
IV. aplicação dos seus recursos em qualquer fundo de investimento registrado na CVM.
TIPOS DE GESTÃO: DISCRICIONÁRIA E NÃO DISCRICIONÁRIA
A gestão de uma carteira de investimentos, ou seja, escolha de quais ativos comprar ou vender,pode ser feita de duas maneiras:
 • Gestão Discricionária: Onde o cliente decide apenas qual percentual será alocado 
nos diversos ativos dos mercados financeiros, seus padrões de risco e delega para o 
administrador a gestão da carteira, por meio de uma política de investimentos pré-
estabelecida. É conhecida também como Carteira Administrada.
 • Gestão Não-Discricionária: Esse tipo de gestão é mais indicada para os clientes que 
preferem tomar suas próprias decisões de investimento e que priorizam as informações 
e o suporte de uma estrutura composta por profissionais especializados no mercado 
financeiro.
FUNDOS ATIVOS E PASSIVOS
Fundo Ativo
O fundo ativo é o que escolhe uma gestão ativa para os investimentos, ou seja, que empregam 
estratégias ativas para superar o benchmark a médio e longo prazo, aproveitando-se de 
ineficiências do mercado em relação a preços de diversos ativos. O objetivo desse tipo de fundo 
é gerar alfa (diferença entre o retorno obtido pelo fundo e o retorno do índice de referência). 
Fundos ativos possuem tendência de se deslocar da performance do indicador de referência 
(maior possibilidade de volatilidade ou tracking error).
Fundo Passivo
A carteira desse tipo de fundo é referenciada a um benchmark. O objetivo desse tipo de fundo 
é acompanhar o comportamento de um indicador de referência. A carteira desses fundos 
acaba sendo muito parecida com a composição do índice escolhido, quando isso é possível.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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Algumas estratégias para manter aderência a um determinado benchmark: 
 • Compra dos mesmos ativos, nas mesmas proporções do indicador de referência
 • Utilização de derivativos 
 • Compra de papéis que representam ativos para simulação do índice
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS COTISTAS
As cotas de um fundo conferem direitos e obrigações iguais a todos cotistas, independentemente 
do valor investido e da quantidade de cotas. Todos têm os mesmos direitos e deveres enquanto 
cotistas de fundos de investimento.
Embora não exista uma distinção entre classes de cotistas nos fundos regulamentados pela 
instrução CVM 555, há exceções para outros tipos de fundos. Um exemplo são os fundos de 
investimento em direitos creditórios (FIDCs). Nesses casos as cotas podem ser classificadas 
em sênior ou subordinada. A cota de classe subordinada é aquela que se subordina à cota da 
classe sênior para efeito de amortização ou resgate. Dessa forma, o cotista que detém cotas da 
classe subordinada receberá o pagamento pelo resgate ou amortização de suas cotas, somente 
depois que o cotista de classe sênior já tiver recebido.
Principais direitos dos cotistas: 
 • Participar e votar na Assembleia Geral de Cotistas. 
 • Receber a remuneração proporcionada pelo fundo nos termos do respectivo regulamento; 
Uma das principais obrigações dos cotistas é a responsabilidade por eventual patrimônio 
líquido negativo do fundo, ou seja, eles assumem o prejuízo do fundo, tendo inclusive que 
aportar recursos nesse caso. 
O administrador e o gestor, serão responsáveis perante os cotistas pela inobservância da política 
de investimento ou dos limites de concentração previstos em regulamento. A responsabilidade 
solidária do administrador e dos seus contratados, por prejuízos decorrentes de atos e 
omissões na administração de um fundo de investimento, está regulamentada na ICVM 555. 
Trata-se de relevante proteção aos investidores que confiaram seus recursos a empresas de 
gestão de recursos de terceiros.
RESPONSABILIDADES DOS PRESTADORES 
DE SERVIÇOS DO FUNDO
Existem cinco funções principais que podem ser segregadas no que diz respeito aos prestadores 
de serviço nos fundos de investimento: administrador, gestor, custodiante, distribuidor e 
auditor independente. Eventualmente algumas funções podem ser exercidas por uma mesma 
instituição, com exceção do auditor independente.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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Administrador
A administração do fundo compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou 
indiretamente ao funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo 
próprio administrador ou por terceiros por ele contratados em nome do fundo. É o responsável 
legal pela constituição do fundo e prestação de informações à CVM. O administrador tem 
poderes para representar e administrar o fundo nos termos do Regulamento.
Gestor
Os gestores são profissionais especializados que acompanham o mercado e possuem como 
principal responsabilidade definir os melhores ativos para compra ou venda, assim como o 
momento mais adequado para tal. Importante lembrar que a seleção dos papéis e alocação, 
ocorrem de acordo com a política de investimento do fundo. A gestão profissional deve ser 
desempenhada por pessoa natural ou jurídica credenciada como administradora de carteira de 
valores mobiliários pela CVM.
Obrigações do Administrador e do Gestor 
I. diligenciar para que sejam mantidos, às suas expensas, atualizados e em perfeita ordem:
a. o registro de cotistas;
b. o livro de atas das assembleias gerais;
c. o livro ou lista de presença de cotistas;
d. os pareceres do auditor independente;
e. os registros contábeis referentes às operações e ao patrimônio do fundo; e
f. a documentação relativa às operações do fundo. 
II. solicitar, se for o caso, a admissão à negociação das cotas de fundo fechado em mercado 
organizado; 
III. pagar a multa cominatória, nos termos da legislação vigente, por cada dia de atraso no 
cumprimento dos prazos previstos nesta Instrução; 
IV. elaborar e divulgar as informações sobre o fundo;
V. manter atualizada junto à CVM a lista de prestadores de serviços contratados pelo fundo, 
bem como as demais informações cadastrais;
VI. custear as despesas com elaboração e distribuição do material de divulgação do fundo, 
inclusive da lâmina, se houver;
VII. manter serviço de atendimento ao cotista, responsável pelo esclarecimento de dúvidas e 
pelo recebimento de reclamações, conforme definido no regulamento do fundo;
VIII. observar as disposições constantes do regulamento;
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IX. cumprir as deliberações da assembleia geral; e
X. fiscalizar os serviços prestados por terceiros contratados pelo fundo. 
O administrador também pode contratar, em nome do fundo, com terceiros devidamente 
habilitados e autorizados, os seguintes serviços para o fundo, além do serviço obrigatório de 
auditoria independente:
 • A gestão da carteira do fundo; 
 • A consultoria de investimentos; 
 • As atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários; 
 • A distribuição de cotas; 
 • A escrituração da emissão e resgate de cotas;
 • Custódia de ativos financeiros; 
 • Classificação de risco por agência de classificação de risco de crédito; e
 • Formador de mercado.
O administrador e o gestor devem, em conjunto, adotar políticas, procedimentos e controles 
internos necessários para que a liquidez da carteira do fundo (exceto fundos fechados) seja 
compatível com:
 • o cumprimento das obrigações do fundo. 
 • os prazos previstos no regulamento para pagamento dos pedidos de resgate; e
Caso o fundo invista em cotas de outros fundos de investimento, o administrador e o gestor, 
devem, em conjunto e diligentemente avaliar a liquidez do fundo investido, considerando, no 
mínimo: 
 • o volume investido;
 • as regras de pagamento de resgate do fundo investido; e
 • os sistemas e ferramentas de gestão de liquidez utilizados pelo administrador e gestor do 
fundo investido.
Normas de Conduta
A Instrução da CVM 555, em seu artigo 92, estabelece as seguintes Normas de Conduta 
aplicáveis aos administradores e gestores:
I. exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo, empregando 
o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma dispensar à administração 
de seus próprios negócios, atuando com lealdade em relação aos interesses dos cotistas e do 
fundo, evitando práticas que possamferir a relação fiduciária com eles mantida, e respondendo 
por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua administração 
ou gestão;
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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II. exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos decorrentes do patrimônio 
e das atividades do fundo, ressalvado o que dispuser a política relativa ao exercício de direito 
de voto do fundo; e
III. empregar, na defesa dos direitos do cotista, a diligência exigida pelas circunstâncias, 
praticando todos os atos necessários para assegurá-los, e adotando as medidas judiciais 
cabíveis.
Ressalvada a remuneração que lhes é devida na qualidade de prestadores de serviços do fundo, 
o administrador e o gestor devem transferir ao fundo qualquer benefício ou vantagem que 
possam alcançar em decorrência de sua condição.
Também é vedado ao administrador, ao gestor e ao consultor o recebimento de qualquer 
remuneração, benefício ou vantagem, direta ou indiretamente por meio de partes relacionadas, 
que potencialmente prejudique a independência na tomada de decisão de investimento pelo 
fundo, exceto nos seguintes casos:
 • investimentos realizados por fundo de investimento em cotas de fundo de investimento 
que invista mais de 95% de seu patrimônio em um único fundo de investimento; ou
 • fundos de investimento exclusivamente destinados a investidores profissionais, desde que 
a totalidade dos cotistas assine termo de ciência.
É vedado ao administrador e ao gestor, no que aplicável, praticar os seguintes atos em nome 
do fundo: 
 • receber depósito em conta corrente; 
 • contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade autorizada pela CVM;
 • prestar fiança, aval, aceite ou se coobrigar sob qualquer outra forma, exceto se o fundo 
for destinado exclusivamente a investidores qualificados, previsto em seus regulamentos e 
haja concordância de, no mínimo, dois terços das cotas emitidas pelo fundo; 
 • vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de cotas subscritas;
 • prometer rendimento predeterminado aos cotistas;
 • realizar operações com ações fora de mercado organizado, ressalvadas as hipóteses de 
distribuições públicas, de exercício de direito de preferência e de conversão de debêntures 
em ações, exercício de bônus de subscrição, negociação de ações vinculadas a acordo de 
acionistas e nos casos em que a CVM tenha concedido prévia e expressa autorização; 
 • utilizar recursos do fundo para pagamento de seguro contra perdas financeiras de cotistas; 
e
 • praticar qualquer ato de liberalidade.
Os fundos de investimento podem utilizar seus ativos para prestação de garantias de operações 
próprias, bem como emprestar e tomar ativos financeiros em empréstimo, desde que tais 
operações de empréstimo sejam cursadas exclusivamente por meio de serviço autorizado pelo 
Banco Central do Brasil ou pela CVM.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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Substituição do Administrador e do Gestor
Segundo o art. 93 da ICVM 555, o administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser 
substituídos nas hipóteses de:
I. descredenciamento para o exercício da atividade de administração de carteiras de valores 
mobiliários, por decisão da CVM;
II. renúncia; ou
III. destituição, por deliberação da assembleia geral. 
Nas hipóteses de renúncia ou descredenciamento, fica o administrador obrigado a convocar 
imediatamente assembleia geral para eleger seu substituto, a se realizar no prazo de até 15 
dias, sendo também facultado aos cotistas que detenham ao menos 5% das cotas emitidas, em 
qualquer caso, ou à CVM, nos casos de descredenciamento, a convocação da assembleia geral.
No caso de renúncia, o administrador deve permanecer no exercício de suas funções até sua 
efetiva substituição, que deve ocorrer no prazo máximo de 30 dias, sob pena de liquidação 
do fundo pelo administrador. Já no caso de descredenciamento, a CVM deve nomear 
administrador temporário até a eleição de nova administração.
Custodiante
O custodiante é uma pessoa jurídica credenciada na CVM para o exercício da atividade de 
prestador de serviço de custódia fungível (custódia na qual os valores mobiliários depositados 
podem não ser os mesmos quando de sua saída, embora sejam das mesmas espécies, 
quantidade e qualidade). É responsável pelo registro, liquidação e exercício dos direitos e 
obrigações dos ativos que compõem a carteira.
Serviços compreendidos na atividade de custódia: 
 • guarda dos ativos;
 • liquidação física e financeira dos ativos;
 • liquidação financeira de derivativos, contratos de permutas de fluxos financeiros (swaps) e 
operações a termo
 • administração e informação de proventos associados a esses ativos
Distribuidor
O distribuidor é a instituição financeira que vende as cotas dos fundos de investimentos. 
Os principais distribuidores de fundos de investimento são os bancos de varejo, corretoras 
e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, bancos de atacado e até mesmo o próprio 
administrador. A distribuição de cotas de um fundo aberto independe de prévio registro na 
CVM e será realizada por instituições intermediárias integrantes do sistema de distribuição de 
valores mobiliários. Já a distribuição de cotas de fundo fechado não destinadas a investidores 
qualificados depende de prévio registro na CVM e só pode ser feita por instituições integrantes 
do sistema de distribuição de valores mobiliários.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
12
Auditor Independente
O auditor independente é perito (contador) que presta serviços de auditoria independente 
e que exerce atividade no âmbito do mercado de valores mobiliários, por isso está sujeito ao 
registro na CVM. Podendo ser pessoa física ou jurídica, sociedade profissional, constituída sob 
a forma de sociedade limitada. 
A CVM mantém cadastro dos responsáveis técnicos autorizados a emitir e assinar o parecer do 
auditor, em nome de cada empresa, no âmbito do mercado de valores mobiliários. A auditoria 
independente é o exame analítico da escrituração contábil de uma empresa, realizada de 
forma independente, sem nenhum vínculo com a empresa. Esta avaliação busca dar maior 
credibilidade às informações divulgadas, bem como maior segurança aos cotistas. 
Documentos elaborados pelo auditor: 
 • Relatório de auditoria sobre as demonstrações financeiras examinadas, opinando sobre 
sua adequação aos princípios fundamentais de contabilidade;
 • Relatório atestando o cumprimento de normas operacionais estabelecidas em lei e 
dispositivos regulamentares, evidenciando as irregularidades encontradas. Seu relatório 
se baseia nos registros contábeis e operacionais, em documentos de terceiros (bancos e 
fornecedores) e em normas e procedimentos de controle interno da empresa. Desta forma, 
o auditor independente é imprescindível à credibilidade do mercado, representando um 
instrumento de proteção para o investidor, na medida em que sua função é zelar pela 
confiabilidade das demonstrações financeiras dos fundos de investimento.
OBJETIVO DO FUNDO E POLÍTICA DE INVESTIMENTO
Cada fundo possui seu próprio objetivo que estabelece basicamente seu perfil de risco 
e retorno, direcionado assim a um público-alvo, com perfil adequado para este tipo de 
investimento. Este objetivo, que é determinado pela instituição financeira administradora do 
fundo, é balizado pela determinação de uma política de investimentos.
A política de investimentos define os parâmetros de atuação do gestor pela determinação de 
regras e referências para a composição e alocação de uma carteira, procurando facilitar a busca 
pelo objetivo estabelecido para o fundo. 
A legislação classifica os fundos e estabelece limites e orientação para alocação, conforme a 
composição do seu patrimônio:
 • renda fixa
 • multimercado
 • ações
 • cambial
Embora existam parâmetros pré-estabelecidos, é importante lembrar que o talento e habilidade 
do gestor atribuem o diferencial e o atrativo de cada fundo, definindo sua personalidadee 
impactando no seu resultado. O objetivo e a política de investimentos são essenciais para 
transparência e escolha adequada dos fundos pelo investidor. Na denominação do fundo não 
podem ser acrescidos termos ou expressões que induzam interpretação indevida quanto a seus 
objetivos, sua política de investimento, ou seu público-alvo.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA VENDA E DISTRIBUIÇÃO
A correta divulgação de informações é considerada essencial no processo de distribuição e 
eventual prestações de contas do que ocorre no fundo. Regulamentadas pela CVM, o 
Regulamento, o Prospecto, a Lâmina de Informações Essenciais e o Termo de Adesão e Ciência 
de Risco estão entre os principais documentos que devem ser analisados pelo investidor. A 
política de divulgação deverá ser idêntica para todos os cotistas, consultores de investimento, 
agências classificadoras e demais interessados, sendo certo que a alteração da política de 
divulgação deverá ser divulgada como fato relevante.
REGULAMENTO: é um dos documentos mais importantes do fundo de investimento, é nele que 
estão estabelecidas as regras básicas de funcionamento do fundo. 
Ele deve, obrigatoriamente, dispor sobre: 
 • Qualificação do administrador do fundo e do custodiante com informação sobre os seus 
registros perante a CVM; 
 • Quando for o caso, referência à qualificação do gestor da carteira do fundo com informação 
sobre os seus registros perante a CVM; 
 • Espécie do fundo (aberto ou fechado); 
 • Prazo de duração (determinado ou indeterminado); 
 • Política de investimento, de forma a caracterizar a classe do fundo. 
Essa política deverá ter informações sobre:
 • percentual máximo de aplicação em ativos financeiros de emissão do administrador, 
gestor ou de empresa a eles ligada, observados os demais limites expressos na ICVM 
555;
 • percentual máximo de aplicação em cotas de fundos de investimento administradas 
pelo administrador, gestor ou empresa a eles ligada;
 • percentual máximo de aplicação de ativos financeiros de um mesmo emissor, 
observados os demais limites expressos na Instrução CVM 555;
 • a possibilidade, se for o caso, de o fundo realizar operações em valor superior ao seu 
patrimônio, com a indicação de seus níveis de alavancagem. 
 • Taxa de administração, fixa e expressa em percentual anual do patrimônio líquido (base 
252 dias); 
 • Taxas de performance, de ingresso e de saída (observadas disposições sobre a cobrança da 
taxa de performance constantes da Instrução CVM 555); 
 • Taxa máxima de custódia, expressa em percentual anual do patrimônio líquido do fundo;
 • Demais despesas do fundo; 
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 • Condições para a aplicação e o resgate de cotas, inclusive quando se tratar de fundos 
com cota de abertura;
 • Distribuição de resultados, compreendendo os prazos e condições de pagamento; 
 • Público-alvo; 
 • Intervalo para a atualização do valor da cota, quando for o caso;
 • Exercício social do fundo; 
 • Identificação dos riscos assumidos pelo fundo; e
 • A forma de comunicação que será utilizada pelo administrador (física ou eletrônica).
PROSPECTO: é o documento que apresenta as informações relativas à política de investimento 
do fundo e aos riscos envolvidos, bem como os principais direitos e responsabilidades dos 
cotistas e do administrador. 
Deve estar atualizado e à disposição dos investidores potenciais durante o período de 
distribuição, nos locais em que esta for realizada, em número suficiente de exemplares. Com 
a ICVM 555, ele ficou dispensado para os Fundos nela regulamentados, porém, ainda é 
mandatório nos demais fundos como FIDC e FII. 
LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS: deve ser elaborada pelo administrador de fundo 
aberto que não seja destinado exclusivamente a investidores qualificados. Nela deve conter 
algumas informações básicas:
Público-alvo: descrição do público-alvo e as restrições de investimento.
Objetivos do fundo: descrição resumida dos objetivos do fundo. É importante que o investidor 
tenha um entendimento da natureza e dos riscos envolvidos no investimento.
Condições de investimento: descrição dos investimentos mínimos iniciais, investimentos 
adicionais, resgates, horário para aplicação e resgate, valor mínimo para permanência, prazo de 
carência, conversão de cotas, pagamento dos resgates, taxas de administração, taxa de entrada, 
taxa de saída, taxa de performance e taxa total de despesas.
Composição da carteira: descrição do patrimônio líquido do fundo (%) e as espécies de ativos 
em que ele concentra seus investimentos.
Risco: nota de classificação dada pelo administrador dos fundos, numa escala de 1 a 5, de 
acordo com o risco envolvido na estratégia de investimento de cada um deles.
Histórico de rentabilidade ou Simulação de desempenho: 
 • Histórico de rentabilidade para todos os fundos, exceto os estruturados.
 • Inserção das seguintes informações: “A rentabilidade obtida no passado não representa 
garantia de resultados futuros.”
 • Rentabilidade acumulada nos últimos 5 anos: ano, rentabilidade (líquida de despesas, mas 
não de impostos), variação percentual do índice de referência (quando houver).
 • Em fundos que possuem índice de referência: incluir a contribuição em relação ao índice de 
referência (rentabilidade do fundo – rentabilidade do índice de referência)
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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Exemplo comparativo: comparação de custos e benefícios de investimentos em fundos como 
rentabilidade, período de resgates, dedução de imposto de renda, custos com taxa de ingresso, 
taxa de saída, performance individual e despesas.
Política de distribuição: descrição resumida da política de distribuição, que deve abranger:
 • descrição da forma de remuneração dos distribuidores;
 • se o principal distribuidor oferta, para o público-alvo do fundo, preponderantemente 
fundos geridos por um único gestor, ou por gestores ligados a um mesmo grupo econômico; 
e
 • qualquer informação que indique a existência de conflito de interesses no esforço de venda.
Simulação de despesas: comparação de despesas em períodos mais longos de investimento 
entre diversos fundos.
Serviço de atendimento ao cotista: 
 • Telefone.
 • Página na rede mundial de computadores.
 • Reclamações: endereço eletrônico e demais canais disponíveis.
Supervisão e fiscalização: 
 • Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
 • Serviço de Atendimento ao Cidadão – www.cvm.gov.br.
TERMO DE ADESÃO E CIÊNCIA DE RISCO: é o documento onde o investidor atesta formalmente 
que concorda e está ciente dos riscos do fundo. Deve ser assinado pelo investidor cotista, 
ao subscrever cotas de um fundo de investimento, ciente da política de investimento, da 
possibilidade de ocorrência de patrimônio negativo, de sua responsabilidade por aportes 
adicionais de recursos, das taxas de administração, do risco do investimento e de que tenha 
tido acesso ao inteiro teor do regulamento e lâmina.
PRESTAÇÃO DE CONTAS AOS COTISTAS
Divulgação de Cotas e Rentabilidade
Todo material de divulgação do fundo deve:
 • Ser consistente com o regulamento e com a lâmina, se houver.
 • Ser elaborado em linguagem serena e moderada, advertindo seus leitores para os riscos do 
investimento.
 • Ser identificado como material de divulgação.
 • Mencionar a existência da lâmina, quando houver, bem como os endereços na internet nos 
quais tais documentos podem ser obtidos.
 • Ser apresentado em conjunto com a lâmina, se houver.
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 • Conter informações sobre supervisão e fiscalização do fundo, se a lâmina não for 
obrigatória.
 • Atender aos requisitos sobre informações estabelecidos na instrução ICVM 555.
A divulgação de informação sobre os resultados do fundo pode ser feita por qualquer meio, 
após um período de carência de seis meses a partir da data da primeira emissão de cotas. Toda 
informação divulgada por qualquer meio, na qual seja incluídareferência à rentabilidade do 
fundo, deve obrigatoriamente: 
 • mencionar a data do início de seu funcionamento; 
 • contemplar, adicionalmente à informação divulgada, a rentabilidade mensal e a 
rentabilidade acumulada nos últimos 12 meses, não sendo obrigatória, neste caso, a 
discriminação mês a mês, ou no período decorrido desde a sua constituição, se inferior;
 • ser acompanhada do valor do patrimônio líquido médio mensal dos últimos 12 meses 
ou desde a sua constituição, se mais recente; 
 • divulgar a taxa de administração e a taxa de performance, se houver, expressa no 
regulamento vigente nos últimos 12 meses ou desde sua constituição, se mais recente;
 • destacar o público-alvo do fundo e as restrições quanto à captação, de forma a ressaltar 
eventual impossibilidade, permanente ou temporária, de acesso ao fundo por parte de 
investidores em geral.
Balancetes e Demonstrações Contábeis
Conforme o art. 59 da Instrução CVM 555, o administrador deve remeter, através do Sistema 
de Envio de Documentos, disponível na página da CVM na internet, os seguintes documentos, 
conforme modelos disponíveis na referida página:
I. informe diário, no prazo de 1 dia útil;
II. mensalmente, até 10 dias após o encerramento do mês a que se referirem: 
a. balancete; 
b. demonstrativo da composição e diversificação de carteira; 
c. perfil mensal; e 
d. lâmina de informações essenciais, se houver; 
III. revogado.
IV. anualmente, no prazo de 90 dias contado a partir do encerramento do exercício a que se 
referirem, as demonstrações contábeis acompanhadas do parecer do auditor independente. 
V. formulário padronizado com as informações básicas do fundo, sempre que houver alteração 
do regulamento, na data do início da vigência das alterações deliberadas em assembleia.
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Assembleias Gerais: competência, convocação e deliberações
Compete privativamente à assembleia geral de cotistas decidir sobre: 
 • as demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador; 
 • a substituição do administrador, gestor ou custodiante do fundo; 
 • a fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo; 
 • o aumento da taxa de administração, da taxa de performance ou das taxas máximas de 
custódia; 
 • a alteração da política de investimento do fundo; 
 • a emissão de novas cotas, no fundo fechado; 
 • a amortização e o resgate compulsório de cotas, caso não estejam previstos no regulamento; 
e
 • a alteração do regulamento, ressalvo se a alteração:
 • decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a normas legais ou 
regulamentares, exigências expressas da CVM, de entidade administradora de 
mercados organizados onde as cotas do fundo sejam admitidas à negociação, ou de 
entidade autorreguladora, nos termos da legislação aplicável e de convênio com a 
CVM;
 • for necessária em virtude da atualização dos dados cadastrais do administrador ou dos 
prestadores de serviços do fundo; e
 • envolver redução das taxas de administração, de custódia ou de performance (deve ser 
imediatamente comunicada aos cotistas).
A convocação da assembleia geral deve ser encaminhada a cada cotista e disponibilizada 
nas páginas do administrador e do distribuidor na internet, deve ser feita com 10 dias de 
antecedência, no mínimo, da data de sua realização e deve constar, obrigatoriamente, dia, 
hora e local em que será realizada. A assembleia geral se instala com a presença de qualquer 
número de cotistas.
As deliberações da assembleia geral serão tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota 
1 voto. O regulamento poderá estabelecer também quórum qualificado para as deliberações. 
Não podem votar nas assembleias gerais, a não ser que sejam os únicos cotistas do fundo: 
 • Seu administrador e seu gestor; 
 • Os sócios, diretores e funcionários do administrador ou do gestor; 
 • Empresas ligadas ao administrador ou gestor, seus sócios, diretores, funcionários; e 
 • Os prestadores de serviços do fundo, seus sócios, diretores e funcionários.
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Esta vedação não se aplica quando:
 • Os únicos cotistas forem, no momento de seu ingresso no fundo, as pessoas mencionadas 
anteriormente; ou
 • Houver aquiescência expressa da maioria dos demais cotistas presentes à assembleia, 
manifestada na própria assembleia, ou em instrumento de procuração que se refira 
especificamente à assembleia em que se dará a permissão de voto.
Composição e Diversificação da Carteira
O patrimônio do fundo deve se manter aplicado em títulos e valores mobiliários, ativos 
financeiros e modalidades operacionais disponíveis no mercado financeiro e de capitais, nos 
termos estabelecidos em seu regulamento. Caso o fundo possua posições ou operações em 
curso que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação, o demonstrativo da composição 
da carteira pode omitir sua identificação e quantidade, registrando somente o valor e a 
percentagem sobre o total da carteira. 
As operações omitidas devem ser divulgadas no prazo máximo de:
 • 30 dias – 30 dias, improrrogáveis, nos fundos da classe Renda Fixa Curto Prazo, Referenciado 
e Simples.
 • 90 dias – Nos demais casos, 90 dias após o encerramento do mês, podendo ser prorrogado 
uma única vez, em caráter excepcional, e com base em solicitação fundamentada submetida 
à aprovação da CVM, até o prazo máximo de 180 dias.
Disclaimers e Avisos Obrigatórios
O administrador do fundo é responsável por:
 • calcular e divulgar o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto: 
 • diariamente; ou
 • para fundos que não ofereçam liquidez diária a seus cotistas, em periodicidade 
compatível com a liquidez do fundo, desde que expressamente previsto em seu 
regulamento;
 • disponibilizar aos cotistas, mensalmente ou no período previsto no regulamento para 
cálculo e divulgação da cota, extrato de conta contendo:
 • nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
 • nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
 • nome do cotista;
 • saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao 
longo do mês;
 • rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia 
útil do mês de referência do extrato;
 • data de emissão do extrato da conta; e
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 • o telefone, o correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço de 
atendimento ao cotista, conforme definido no regulamento do fundo. 
 • disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à composição da carteira, à 
periodicidade, prazo e teor das informações, de forma equânime entre todos os cotistas; 
 • disponibilizar aos cotistas dos fundos não destinados exclusivamente a investidores 
qualificados a demonstração de desempenho do fundo até o último dia útil de fevereiro de 
cada ano; e
 • divulgar, em lugar de destaque na sua página na internet e sem proteção de senha, a 
demonstração de desempenho do fundo relativo:
 • aos 12 meses findos em 31 de dezembro, até o último dia útil de fevereiro de cada ano; 
e
 • aos 12 meses findos em 30 de junho, até o último dia útil de agosto de cada ano.
Atos ou Fatos Relevantes
O administrador é obrigado a divulgar imediatamente a todos os cotistas na forma prevista 
no regulamento do fundo e por meio do Sistema de Envio de Documentos disponível na 
página da CVM, e para a entidade administradora de mercado organizado onde as cotas 
estejam admitidas à negociação, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao 
funcionamento do fundo ou aos ativos financeiros integrantes de sua carteira. Considera-se 
relevante qualquer ato ou fato que possa influir de modo considerável no valor das cotas ou na 
decisão dos investidores de adquirir, alienar ou manter tais cotas.
Qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo ou aos 
ativos financeiros integrantes de sua carteira deve ser:
 • divulgadopor meio do Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM; e 
 • mantido nas páginas na rede mundial de computadores do administrador e do distribuidor 
do respectivo fundo. 
Fatores que Afetam o Valor das Cotas
Marcação a Mercado
O patrimônio líquido do fundo e o valor da cota do fundo aberto devem ser calculados e 
divulgados diariamente, ou, para fundos que não ofereçam liquidez diária a seus cotistas, em 
periodicidade compatível com a liquidez do fundo, desde que expressamente previsto em seu 
regulamento. A Marcação a Mercado tem como objetivo garantir que os ativos integrantes 
das carteiras dos fundos sejam valorizados a preços de mercado, na periodicidade adequada 
e de acordo com as melhores metodologias e práticas de mercado. Além disso, ela evita a 
transferência de riqueza entre cotistas.
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Assim, os fundos abertos com resgates diários devem ter seus ativos valorizados dia a dia, 
através do conceito de Marcação a Mercado – MaM, estando proibida a chamada Marcação na 
Curva.
Podem deixar de marcar a mercado os fundos em que os cotistas tenham intenção em 
preservar volume de aplicações compatíveis com a manutenção dos ativos até o vencimento, 
desde que sejam observadas, cumulativamente, as seguintes condições:
 • fundo destinado a um único investidor (Fundos Exclusivos), a investidores pertencentes 
ao mesmo conglomerado ou grupo econômico-financeiro ou a investidores qualificados;
 • haja solicitação formal de todos os cotistas, na qual deve constar declaração de que 
possuem capacidade financeira para levar ao vencimento os ativos classificados nesta 
categoria;
 • todos os cotistas que ingressarem no fundo a partir da classificação nesta categoria 
assinem o termo de adesão ao regulamento, sua capacidade financeira e anuência à 
classificação de títulos e valores mobiliários integrantes da carteira do fundo na categoria 
ativos mantidos até o vencimento.
Taxa de Administração, Taxa de Performance 
e Outras Despesas
Taxa de Administração
É o percentual cobrado sobre o patrimônio líquido do fundo de investimento, 
independentemente do desempenho do fundo. É a remuneração dos prestadores de serviço 
do fundo, da instituição administradora pelo serviço de gestão, operacionalização e custódia 
dos recursos. Cumpre ao administrador zelar para que as despesas com a contratação de 
terceiros prestadores de serviços não excedam o montante total da taxa de administração 
fixada no regulamento.
Nos fundos abertos, as taxas de administração e de performance devem ser provisionadas 
por dia útil, sempre como despesa do fundo e apropriadas conforme estabelecido no 
regulamento. Quanto mais conservador o fundo, mais importantes para sua rentabilidade. Por 
exemplo, num fundo referenciado DI a taxa de administração é um fator importante na sua 
rentabilidade em comparação com seus concorrentes. Já em um fundo de ações, a taxa de 
administração é menos importante porque a volatilidade do fundo é muito maior, o que faz 
com que uma diferença de um pequeno % ao ano seja irrelevante frente a uma estratégia 
eficiente do gestor.
Cálculo da Variação da Cota de um Fundo:
A taxa de administração de determinado fundo é de 2% ao ano e inicia o dia com patrimônio 
de R$ 100 milhões e 200.000 cotas. Calcule o valor da cota a vigorar no início do dia seguinte 
(D+1), sendo que, ao longo do dia (D+0):
 • os ativos do fundo tenham se valorizado 0,15%;
 • não houve movimentações (resgates ou aportes).
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Resolução:
1ª etapa: Cálculo do patrimônio a partir da valorização dos ativos.
O novo patrimônio do fundo, por conta da valorização dos ativos, será de: 
100.000.000 x (1 + 0,0015) = 100.150.000,00.
2ª etapa: Descontar a taxa de administração.
Para calcular a taxa diária de administração a ser cobrada, deve-se dividir 2 por 252, o que 
equivale a 0,0079365%. Logo, devemos aplicar esse porcentual ao patrimônio do fundo: 
10.003.300 x 0,011905% = 7.948,40. Então, o patrimônio do fundo líquido da taxa de 
administração em D+1 será de R$ 100.142.051,60
3ª etapa: Cálculo da cota.
Como não houve movimentações, o fundo iniciará D+1 com 200.000 cotas. Dessa forma, o 
valor de cada cota será: 100.142.051,60 / 200.000 = R$ 500,71. Como a cota em D+0 era de 
100.000.000 / 200.000 = 500,00, o fundo registrou valorização de 0,142% ({[500,71 /500,00] – 
1)} x 100) nesse período (um dia).
Taxa de Performance 
Além da taxa de administração, alguns gestores também podem cobrar uma taxa pelo 
seu desempenho (baseada no resultado do fundo). As taxas de performance devem 
obrigatoriamente estar atreladas ao benchmark do fundo. Os fundos de renda fixa 
normalmente adotam o CDI ou o IGP-M como benchmark, os fundos cambiais usam o dólar e 
os fundos de renda variável o índice IBOVESPA.
É vedada a cobrança de taxa de performance nos fundos classificados como Renda Fixa 
(exceto Longo Prazo e Dívida Externa), a não ser que sejam destinados a investidores 
qualificados. Para estes, os fundos podem cobrar taxa de performance de acordo com o que 
dispuser o seu regulamento.
A cobrança da taxa de performance para as demais classes de fundos deve obedecer às 
seguintes regras:
 • É cobrada sobre a parcela da rentabilidade do fundo que excede a variação de um índice 
pré-determinado (benchmark) compatível com a política de investimento do fundo;
 • Vedação da vinculação da taxa de performance a percentuais inferiores a 100% do 
indicador de referência; 
 • Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de administração;
 • Cobrança por período, no mínimo semestral.
 • Deve-se observar o conceito de Linha d’Água. 
De acordo com o conceito de Linha d’Água, a cobrança de taxa de performance não é permitida 
caso o valor da cota do fundo seja inferior ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada. 
Um fundo cobra taxa de performance de 20% do que ultrapassar a variação do Ibovespa. 
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Rentabilidade abaixo do benchmark:
Rendimento do fundo: 10% 
Variação do Ibovespa: 11%
A taxa de performance não pode ser aplicada porque o fundo não superou o indicador.
Rentabilidade acima do benchmark:
Rendimento do fundo: 11% 
Variação do Ibovespa: 10%
Superação do indicador: 1,0%
Neste caso o valor da taxa de performance é de 0,25%, visto que a rentabilidade do fundo foi 
de 1% acima do benchmark e essa rentabilidade já inclui a cobrança de taxa de performance. 
Ou seja, o fundo teria rendido 11,25% se não houvesse performance, mas como ele cobra 
20% do que ultrapassa o benchmark (20% de 1,25% = 0,25%) tira-se 0,25% de performance, 
fazendo com que a rentabilidade do fundo fique em 11%.
Atente sempre para o valor da cota da última cobrança da taxa de performance. Pode acontecer, 
por exemplo, de um fundo superar o benchmark e cobrar a taxa. Naquele momento, vamos 
supor que a cota valesse R$ 10,00. No semestre seguinte, uma forte queda do fundo leva a 
cota a R$ 8,00. No próximo semestre, o fundo se recupera e volta a superar o benchmark, 
mas o valor da cota no último dia útil desse período atingiu R$ 9,80. Nesse caso, apesar do 
desempenho positivo, o valor da cota estava abaixo daquele registrado quando da última 
cobrança (R$ 10,00) e, por isso, não haverá incidência da taxa de performance, conceito de 
Linha d’Água.
O regulamento do fundo deve prever quanto será o percentual cobrado relativo à taxa de 
administração e performance. Em relação a mudanças nas taxas de administração, o seguinte 
processo ocorre:
 • Aumentos só podem ser realizados após aprovação da Assembleia Geral dos fundos;
 • Reduções podem ocorrer de forma unilateral pelo administrador desde que notifique de 
imediato à CVM, à entidade administradora do mercado organizado onde as cotas sejam 
admitidas à negociação e aos cotistas, promovendo a devida alteração no regulamento e 
na lâmina, se houver. 
Os fundos de investimento têm outras despesas que também impactamas cotas que podem 
ser: 
 • custos de auditoria; 
 • taxas CVM;
 • taxas de registro no SELIC, dentre outros. 
Algumas dessas taxas são fixas e independem do patrimônio líquido do fundo, o que faz com 
que fundos de patrimônio pequeno muitas vezes sejam inviáveis.
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As seguintes despesas também podem ser debitadas diretamente do fundo: 
 • taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que 
recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos e obrigações do fundo; 
 • despesas com o registro de documentos em cartório, impressão, expedição e publicação.
Alavancagem e Riscos para os Investidores
Diversas estratégias de gestão podem ser implementadas, podendo variar desde aquelas que 
procuram agregar valor em mercados específicos (abordadas em itens anteriores de renda fixa 
e variável) dentro de uma alocação mais balanceada (podendo ser estratégica ou tática), ou 
abordando estratégias envolvendo mercados múltiplos, arbitragens, uso de ativos de caixa e 
derivativos, posições long/short, situações de estresse, alavancagens, entre outros.
A alavancagem em fundos de investimento consiste em utilizar derivativos não apenas na 
proteção da carteira, mas também para abrir posições ativas, que podem resultar até mesmo 
em exposição superior ao patrimônio líquido do fundo.
DINÂMICA DE APLICAÇÃO E RESGATE
Aplicação de recursos e compra de ativos por parte dos gestores
Sempre que houver aplicações em fundos de investimento, o gestor deverá utilizar esses 
recursos para aquisição de títulos e valores mobiliários, respeitando as regras do regulamento 
do fundo e seguindo as diretrizes da política de investimento. Cabe então a ele, observando 
essas limitações, decidir que ativo comprar, em qual quantidade e em que momento.
Cota do Dia (D+0) e Cota do Dia Seguinte ao da Data de Aplicação (D+1)
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, as quais conferem iguais 
direitos e deveres aos seus cotistas, sendo escriturais e nominativas, ou seja, funcionam como 
uma conta corrente, onde os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não 
havendo movimentação física de documentos.
O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do patrimônio líquido (ativos – 
passivos) pelo número de cotas do fundo, apurados, ambos, no encerramento do dia, ou seja, 
no horário de fechamento dos mercados em que o fundo atue (cota de fechamento). Todos 
os fundos devem ter suas cotas calculadas pelo conceito de cota de fechamento. Os Fundos 
de Renda fixa (exceto Longo Prazo e Dívida Externa), Exclusivos e Previdenciários poderão 
optar por ter o valor da cota do dia calculado a partir do patrimônio líquido do dia anterior, 
devidamente atualizado por um dia (cota de abertura) ou de fechamento.
Cálculo da Cota, considerando Despesas:
Calcular a cota do seguinte fundo em D+1 com os seguintes dados:
Cota D+0= 1,00
Número de cotas: 200.000
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Não houve ingresso de recursos no fundo em D+1
 • valorização dos ativos de D+0 para D+1: 2% (R$ 4.000,00)
 • despesas de taxa de administração: 2% a.a. (base 252)
 • despesas com auditoria diária: R$ 50,00
 • despesas de corretagem diária: R$ 300,00
O valor da cota do fundo em D+1 será:
 • O PL de abertura é R$ 200.000,00, soma-se ao PL a valorização e a partir daí calcula-se a 
taxa de administração:
 • Taxa de Adm = (1,00 * 200.000 + 4.000)*((2/100+1)1/252-1) = 16,03
 • A cota será calculada do PL de abertura somado da valorização e da subtração das 
despesas (Taxa de Adm, Auditoria e Corretagem):
 • Cota (D+1) = (200.000 + 4.000 – (16,03+50,00+300,00))/100.000 = 1,018169 
(divulgação de cotas com pelo menos 6 casas decimais) 
A taxa de administração pode ser calculada de forma linear ou exponencial. Isso não 
está definido em regulamentação e pode variar de instituição para instituição. Os fundos 
classificados como Renda Fixa, assim como os Exclusivos ou Previdenciários, poderão ter 
o valor da cota do dia calculado a partir do patrimônio líquido do dia anterior, devidamente 
atualizado por um dia (cota de abertura). Estes fundos têm a opção de terem cota de abertura 
ou de fechamento. 
Quando se tratar de fundo que atue em mercados no exterior, o encerramento do dia poderá 
ser considerado como o horário de fechamento do mercado indicado no regulamento. Para 
as cotas de abertura, os eventuais ajustes decorrentes das movimentações ocorridas durante 
o dia deverão ser lançados contra as aplicações ou regates dos cotistas que efetuaram essas 
movimentações ou, ainda, contra o patrimônio do fundo, conforme dispuser o regulamento.
Resgate de Cotas: Pagamento, Prazos e Carência
O resgate de recursos e a venda de ativos também são feitos pelos gestores. Sempre que 
houver resgates em fundos de investimento, o gestor deverá vender ativos e levantar valor 
suficiente para fazer frente ao resgate. 
O momento da venda depende da existência de caixa disponível no fundo para pagamento do 
resgate e ainda de restrições relacionadas ao prazo de carência e ao processamento da venda 
do ativo. Carência é o período em que se fixam penalidades para o investidor que decidir 
resgatar seu investimento antes do prazo pré-estipulado.
O prazo de carência também é conhecido como data de aniversário da cota e compreende um 
prazo pré-determinado de dias que se renova automaticamente a cada final de intervalo de 
dias. 
Caso haja resgate no intervalo de vigência do prazo de carência, o valor da cota para resgate 
será aquele da data inicial de vigência do período de carência, e o investidor perde assim a 
rentabilidade do período. Portanto, os fundos sem carência são aqueles que não estipulam 
prazo de carência para crédito da rentabilidade das cotas.
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Prazo de cotização: conceito (prazo de conversão de cotas na aplicação e no resgate) Com a 
Instrução CVM 555, entrou em vigor a cota de fechamento para os fundos cambiais, multimercado, 
renda fixa longo prazo e os de dívida externa, como já ocorria com os fundos de ações. Essa cota 
reflete o valor da carteira do fundo após o fechamento do mercado financeiro, procedimento que é 
especialmente importante nos fundos de maior risco, nos quais os preços dos ativos que integram 
suas carteiras estão sujeitos a oscilações mais significativas ao longo do dia. 
Com esse procedimento, evita-se que investidores com informações atualizadas sobre a 
evolução do mercado realizem movimentações de aplicações ou resgates que eventualmente 
os beneficiem em relação aos demais cotistas desses fundos. Em contrapartida, o crédito 
dos resgates solicitados nesses fundos ocorre, no mínimo, no dia seguinte ao da solicitação 
e somente após a liberação e o cadastramento da cota. Isso ocorre porque, em muitos casos, 
a finalização da apuração da cota de fechamento e consequentemente o seu cadastramento 
acontecem somente no dia seguinte, após o fechamento do mercado financeiro.
Taxa de ingresso e taxa de saída
Os termos “taxa de aplicação e taxa de resgate” equivalem à taxa de entrada e de saída, 
respectivamente. A sua utilização pelos administradores está relacionada a incentivar o cotista 
a permanecer certo período de tempo no fundo a fim de que as estratégias de investimento 
do administrador possam ser desenvolvidas sem a pressão do resgate das cotas. Caso haja 
uma taxa de entrada, o valor será deduzido da importância a ser convertida em cotas, em 
sendo uma taxa de saída, o valor incidirá quando do resgate das cotas. Diferentemente das 
demais taxas, a taxa de entrada ou de saída não está computada no valor da cota do fundo 
dificultando, portanto, o cálculo da rentabilidade do fundo. 
Fechamento dos Fundos para Resgates e Aplicações
Um fundo de investimento pode fechar para novas aplicações e também para saques, desde que 
isto seja adotado para todos os cotistas. O principal objetivo disso seria preservar a viabilidadeda sua estratégia de investimento. Isso porque um aumento significativo no patrimônio do 
fundo pode inviabilizar as suas estratégias de gestão, o que resulta em comprometimento da 
rentabilidade. Um fundo de investimento com um volume de patrimônio em descompasso 
com a liquidez do mercado em que atua pode aumentar desnecessariamente o risco para o 
cotista. 
O gestor tem autonomia para fechar o fundo para novas aplicações quando achar viável. A 
situação é bem distinta no caso de fechamento para resgate dos cotistas. Essa é uma estratégia 
bem pontual, utilizada para driblar períodos de extrema falta de liquidez do mercado. O seu 
objetivo visa não prejudicar os cotistas remanescentes, aqueles que não solicitaram resgate. 
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do fundo, inclusive 
em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que 
possam implicar alteração do tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, 
em prejuízo destes últimos, o administrador pode declarar o fechamento do fundo para a 
realização de resgates. Neste caso, ele deve proceder à imediata divulgação de fato relevante, 
tanto por ocasião do fechamento, quanto da reabertura do fundo. O fechamento do fundo 
para resgate deve, em qualquer caso, ser imediatamente comunicado à CVM. O fundo deve 
permanecer fechado para aplicações enquanto perdurar o período de suspensão de resgates.
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Caso o fundo permaneça fechado por período superior a 5 dias consecutivos, o administrador 
deve obrigatoriamente, além da divulgação de fato relevante por ocasião do fechamento, 
convocar no prazo máximo de 1 dia, para realização em até 15 dias, assembleia geral 
extraordinária para deliberar sobre as seguintes possibilidades: 
 • substituição do administrador, do gestor ou de ambos;
 • reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
 • liquidação do fundo.
O administrador responderá aos cotistas remanescentes pelos prejuízos que lhes tenham sido 
causados em decorrência da não utilização dos poderes conferidos neste artigo.
CLASSIFICAÇÃO CVM DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO 
A Instrução CVM 555 classifica os fundos em quatro classes principais:
1. Renda Fixa
2. Multimercado
3. Ações
4. Cambial
Estas classes admitem sufixos que classificam os fundos em subcategorias conforme abaixo:
FUNDO DE RENDA FIXA
Os fundos de Renda Fixa devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados 
diretamente, ou sintetizados via derivativos, à variação da taxa de juros doméstica ou de 
índice de preços, ou ambos. Os fundos de renda fixa admitem cotas de abertura (exceto os 
Longo Prazo e Dívida Externa), mas não permitem cobrança de taxa de performance, exceto se 
destinados a investidores qualificados.
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Os sufixos a seguir podem ser adicionados ao nome do fundo conforme abaixo:
Simples
Os fundos classificados como Renda Fixa Simples são constituídos sob a forma de condomínio 
aberto e têm no mínimo 95% de seu patrimônio líquido, isolada ou cumulativamente, 
composto por:
 • Títulos da dívida pública federal.
 • Títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam 
classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos 
títulos da dívida pública federal (baixo risco de crédito). 
 • Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública federal ou em títulos 
de responsabilidade, emissão ou coobrigação de instituições autorizadas a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil, desde que, na hipótese de lastro em títulos de responsabilidade 
de pessoas de direito privado, a instituição financeira, contraparte do fundo na operação, 
possua classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àquela atribuída 
aos títulos da dívida pública federal.
Outras características do Fundo Simples são:
 • Utiliza derivativos exclusivamente para fins de proteção da carteira (hedge).
 • Tem limite de concentração de 50% em papéis privados.
 • Prevê, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a ele relacionados 
sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente por meios eletrônicos.
 • Deve adotar estratégia de investimento que proteja o fundo de riscos de perdas e 
volatilidade. 
 • Sua lâmina de informações essenciais deve comparar a performance do fundo com a 
performance da taxa SELIC.
Ficam vedadas as seguintes condições (Fundo Simples):
 • Cobrança de taxa de performance
 • Realização de investimentos no exterior;
 • A concentração em créditos privados; 
 • Transformação do fundo em fundo fechado;
 • Qualquer transformação ou mudança de classificação do fundo.
Os investidores que ingressarem neste fundo ficam dispensados da assinatura do termo 
de adesão, e da verificação da adequação do investimento no fundo ao perfil do cliente 
(dispensada análise de suitability). 
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Referenciado
Os fundos classificados como referenciados devem apresentar em sua denominação o seu 
indicador de desempenho, em função da estrutura dos ativos financeiros integrantes das 
respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições: 
 • Ter 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, 
por:
 • títulos da dívida pública federal;
 • ativos financeiros de renda fixa considerados de baixo risco de crédito pelo gestor.
 • Estipular que 95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros deforma 
a acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de desempenho 
(benchmark) escolhido.
 • Restringir a respectiva atuação nos mercados de derivativos com a realização de operações 
com o objetivo de proteger posições detidas à vista, até o limite dessas.
Dívida Externa
Os fundos classificados como Dívida Externa deverão aplicar, no mínimo, 80% de seu 
patrimônio líquido em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da 
União; e no máximo 20% do patrimônio líquido em outros títulos de crédito transacionados 
no mercado internacional. A aquisição de cotas de outros fundos classificados como Dívida 
Externa não está sujeita a incidência de limites de concentração por emissor. Os recursos 
porventura remanescentes (após atendimento dos 80% mínimos) podem ser direcionados à 
realização de operações em mercados organizados de derivativos no exterior e no país.
Relativamente aos títulos de crédito transacionados no mercado internacional, o total de 
emissão ou coobrigação de uma mesma pessoa jurídica, de seu controlador, de sociedades por 
ele(a) direta ou indiretamente controladas e de suas coligadas sob controle comum não pode 
exceder 10% do patrimônio líquido do fundo. 
Fundos Curto Prazo e Longo Prazo
Os fundos de curto prazo deverão aplicar seus recursos exclusivamente em títulos públicos ou 
privados pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados 
a índices de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 dias, e prazo médio da carteira do 
fundo inferior a 60 dias. Os títulos privados deverão ser considerados de baixo risco de crédito 
pelo gestor. São permitidas a utilização de derivativos somente para proteção da carteira e a 
realização de operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais. Os fundos 
curto prazo admitem cotas de abertura, mas é vedada a cobrança de taxa de performance 
(exceto se forem destinados a investidores qualificados).
Os fundos de investimentos poderão ser adicionalmente classificados como Longo Prazo 
quando dispuserem em seu regulamento que têm o compromisso de obter o tratamento fiscal 
destinado a fundos de longo prazo previsto na regulamentação fiscal vigente e que atendem às 
condições previstas na referida regulamentação. 
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Estes fundos são obrigados a:
 • incluir a expressão“Longo Prazo” na denominação do fundo.
 • atender às condições previstas na referida regulamentação de forma a obter o referido 
tratamento fiscal. 
O fundo Longo Prazo deve ter prazo médio da carteira superior a 365 dias corridos e não ter 
restrição quanto ao prazo máximo dos títulos de sua carteira.
Importante atentar que os fundos de longo prazo para efeito tributário e de legislação têm que 
ter prazo médio superior a 365 dias corridos. Já o prazo máximo de maturação dos títulos que 
podem compor os fundos classificados como Curto Prazo pela ICVM 555 é de 375 dias.
FUNDO DE AÇÕES
Os fundos classificados como ações deverão possuir, no mínimo, 67% da carteira investida 
nos seguintes ativos admitidos à negociação em mercado de bolsa ou balcão organizado: 
 • Ações.
 • Bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações.
 • Cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de ações.
 • BDRs níveis II e III.
O principal fator de risco da carteira de um fundo classificado como ações deve ser a variação 
de preços de ações admitidas à negociação no mercado de balcão organizado.
Mercado de Acesso
Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 do patrimônio 
líquido sejam investidos em ações de companhias listadas em segmento de negociação de 
valores mobiliários voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de valores ou por 
entidade do mercado de balcão organizado, que assegure, por meio de vínculo contratual, 
práticas diferenciadas de governança corporativa.
Para que o valor das cotas desses fundos não fique defasado face ao valor das companhias 
fechadas, a Instrução CVM 549 estabelece que companhias fechadas investidas por fundos de 
ações Mercado de Acesso sejam avaliadas, a cada 12 meses, a valor justo. No âmbito da B3, o 
segmento de acesso é atualmente representado pelo Bovespa Mais.
BDR Nível I
São fundos com investimento mínimo de 67% do PL composto pelos mesmos ativos do Fundo 
de Ações, incluindo os BDR Nível I. Ou seja, se incluir os BDR classificados como Nível I, o fundo 
deve usar a designação “Ações – BDR Nível I”.
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FUNDO CAMBIAL
Fundos que aplicam pelo menos 80% de sua carteira em ativos relacionados diretamente 
ou sintetizados, via derivativos, à variação de preços de moeda estrangeira ou à variação do 
cupom cambial.
Se a entidade for associada à ANBIMA e aderir a sua classificação de fundos, os recursos 
remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de Fundos Renda Fixa – Duração Baixa 
– Grau de Investimento ou Soberano, ou em ativos permitidos a estes fundos, não admitindo 
alavancagem. O montante não aplicado em ativos relacionados direta ou indiretamente ao 
dólar ou ao euro deve ser aplicado somente em títulos e operações de Renda Fixa (pré ou pós-
fixadas a CDI/Selic). Não admitem alavancagem.
FUNDO MULTIMERCADO
Os fundos classificados como multimercado devem possuir políticas de investimento que 
envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em 
especial ou em fatores diferentes das demais classes mencionadas anteriormente.
Caso obedeçam às regras estabelecidas nestas categorias, estes fundos podem adotar os 
seguintes sufixos: 
 • Longo Prazo;
 • Crédito Privado;
 • Dívida Externa;
 • Investimentos no Exterior.
Crédito Privado
Os fundos de investimento classificados como Renda Fixa, Cambial ou Multimercado que 
realizarem aplicações em quaisquer ativos ou modalidades operacionais de responsabilidade 
de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, exceto em ações e assemelhados, ou de 
emissores públicos diferentes da União Federal que, em seu conjunto, excedam o percentual 
de 50% de seu patrimônio líquido, devem observar as seguintes regras, cumulativamente 
àquelas previstas para sua classe:
 • Incluir na sua denominação o sufixo “Crédito Privado”.
 • Incluir os destaques necessários no termo de adesão e ciência de risco.
Essas regras também se aplicam aos fundos de investimento em cotas de fundos de 
investimento.
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Fundos de Investimentos em Cotas (FIC)
Os fundos de investimentos em cotas de fundos de investimentos deverão ter no mínimo 95% 
de seu patrimônio investido em cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, 
exceto os fundos de investimento em cotas classificados como Multimercado, que podem 
investir em cotas de fundos de classes distintas.
Os 5% restantes do patrimônio do fundo poderão ser mantidos em depósitos à vista ou 
aplicados em:
 • Títulos públicos federais;
 • Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
 • operações compromissadas;
 • cotas de fundos de índice que reflitam as variações e a rentabilidade de índices de renda 
fixa; e 
 • cotas de fundos de investimento classificados como “Renda Fixa” Curto Prazo, Referenciado 
(o benchmark escolhido deve ser a variação do CDI ou SELIC) e Simples.
Os percentuais referidos anteriormente deverão ser cumpridos diariamente, com base no 
patrimônio líquido do fundo do dia imediatamente anterior.
Os fundos de investimento em cotas classificados como Renda Fixa e Multimercado podem 
investir, até o limite de 20% do patrimônio líquido, em cotas de fundo de investimento 
imobiliário, de FIDC e de fundos de investimento em cotas de FIDC, desde que previsto em 
seus regulamentos.
Ativos Financeiros no Exterior
O fundo poderá manter em sua carteira ativos financeiros negociados no exterior, até o limite 
de:
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As aplicações em ativos financeiros no exterior não são cumulativamente consideradas no 
cálculo dos correspondentes limites de concentração por emissor e por modalidade de ativo 
financeiro aplicáveis aos ativos domésticos.
Limites por Emissor e por Modalidade de Ativo Financeiro
É também importante saber que os fundos de investimentos deverão observar os seguintes 
limites de concentração por emissor sobre o seu patrimônio líquido:
 • Até 20% – quando o emissor for instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil; 
 • Até 10% – quando o emissor for companhia aberta;
 • Até 10% – quando o emissor for fundo de investimento;
 • Até 5% – quando o emissor for pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado que não 
seja companhia aberta ou instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central 
do Brasil; e
 • Não há limites quando o emissor for a União Federal.
O fundo não poderá deter mais de 20% de seu patrimônio líquido em títulos ou valores 
mobiliários de emissão do administrador, do gestor ou de empresas a eles ligadas, observando-
se, ainda, cumulativamente, que:
I. É vedada a aquisição de ações de emissão do administrador, exceto no caso do fundo cuja 
política de investimento consista em buscar e reproduzir índice de mercado do qual as ações 
do administrador ou de companhias a ele ligadas façam parte, caso em que tais ações poderão 
ser adquiridas na mesma proporção de sua participação no respectivo índice; e
II. O regulamento deverá dispor sobre o percentual máximo de aplicação em cotas de fundos 
de investimento administrados por seu administrador, gestor ou empresa a eles ligada.
O disposto no inciso I acima não é aplicável aos fundos, cuja política de investimento for 
investir no mínimo, 95% de seu patrimônio líquido em ações ou certificados de depósito de 
ações do próprio administrador ou gestor do fundo, ou de empresas ligadas, ocasião em que o 
administrador deve adotar medidas que garantam o correto entendimento pelos investidores 
acerca do risco de concentração.
O valor das posições do fundo em contratos derivativos será considerado no cálculo dos limites 
estabelecidos, cumulativamente, em relação ao emissor do ativo subjacente; e à contraparte, 
quando se tratar de derivativos sem garantia de liquidação por câmaras ou prestadores de 
serviços de compensação e de liquidação autorizados a funcionar pelo Banco Central oupela 
CVM.
Cumulativamente aos limites por emissor, o fundo observará os seguintes limites de 
concentração por modalidades de ativo financeiro:
I. Até 20% do patrimônio líquido do fundo, para o conjunto dos seguintes ativos:
a. Cotas de fundos de investimento e cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de 
investimento registrados com base na ICVM nº 555;
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b. Cotas de Fundos de Investimento Imobiliário – FII;
c. Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC;
d. Cotas de Fundos de Investimento em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIC-
FIDC;
e. Cotas de fundos de índice admitidos à negociação em mercado organizado;
f. Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI; e
g. outros ativos financeiros não previstos abaixo (casos em que não há limite de concentração 
por modalidade de ativo financeiro), desde que permitidos pela ICVM 555.
II. dentro do limite de que trata o inciso I, até 5% do patrimônio líquido do fundo, para o 
conjunto dos seguintes ativos:
a. cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados – FIDC-NP;
b. cotas de Fundos de Investimento em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Não-
Padronizados – FIC-FIDC-NP; 
c. cotas de fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores profissionais 
registrados com base nesta Instrução; e 
d. cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento destinados 
exclusivamente a investidores profissionais registrados com base nesta Instrução.
Os limites estabelecidos nos incisos I e II acima são computados em dobro nos fundos de 
investimento destinados a investidores qualificados e Fundos Previdenciários.
III. não há limite de concentração por modalidade de ativo financeiro para o investimento em:
a. títulos públicos federais e operações compromissadas lastreadas nestes títulos;
b. ouro, desde que adquirido ou alienado em negociações realizadas em mercado organizado;
c. títulos de emissão ou coobrigação de instituição financeira autorizada a funcionar pelo 
Banco Central do Brasil;
d. valores mobiliários diversos daqueles previstos no inciso I, desde que objeto de oferta 
pública registrada na CVM;
e. notas promissórias, debêntures e ações, desde que tenham sido emitidas por companhias 
abertas e objeto de oferta pública; e
f. contratos derivativos, exceto se referenciados nos ativos listados nos incisos I e II. 
Os Fundos de Ações Mercado de Acesso terão o prazo de 180 dias para atingir os limites de 
concentração por emissor e por modalidade de ativo estabelecidos em seus regulamentos, 
sejam eles fechados ou abertos.
Os fundos de investimento poderão ultrapassar o limite de concentração por modalidades 
de ativo financeiro de até 20% em cotas de fundos de investimento; cotas de fundos de 
investimento em cotas de fundos de investimento (registrados com base nas determinações 
previstas na ICVM 555); e cotas de fundos de índice admitidos à negociação em mercado 
organizado, desde que:
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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 • o fundo de investimento em cotas que adquirir e as cotas de fundos que cobrem taxa 
de performance atendam às condições estipuladas na Instrução CVM nº 555, ou seja, 
destinadas exclusivamente a investidores qualificados;
 • o regulamento e a lâmina, se houver, do fundo de investimento em cotas, especifiquem o 
percentual máximo do patrimônio que pode ser aplicado em um só fundo de investimento;
 • o regulamento do fundo de investimento em cotas especifique o percentual máximo do 
patrimônio que pode ser aplicado em um só fundo de investimento.
Os limites de concentração por emissor e por modalidades de ativos financeiros são 
computados em dobro nos fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores 
qualificados (fundos restritos).
O administrador responde pela inobservância dos limites de composição e concentração de 
carteira e de concentração em fatores de risco estabelecidos na ICVM 555 e no regulamento. 
Sem prejuízo da responsabilidade do gestor, o administrador deverá informá-lo, e à CVM, da 
ocorrência de desenquadramento, até o final do dia seguinte à data do desenquadramento. 
O administrador e o gestor, se contratado, devem acompanhar o enquadramento aos limites 
referidos anteriormente, que devem ser cumpridos diariamente, com base no patrimônio 
líquido do fundo com, no máximo, 1 dia útil de defasagem.
O regulamento pode reduzir, mas não pode aumentar os limites máximos estabelecidos 
na Instrução CVM nº 555. A exceção a esta regra é quando o descumprimento for causado 
por desenquadramento passivo, decorrente de fatos exógenos e alheios a sua vontade, 
que causem alterações imprevisíveis e significativas no patrimônio líquido do fundo ou nas 
condições gerais do mercado de capitais, desde que tal desenquadramento não ultrapasse 
o prazo máximo de 15 dias consecutivos e não implique alteração do tratamento tributário 
conferido ao fundo ou aos cotistas do fundo. Contudo, o administrador deve comunicar à CVM, 
depois de ultrapassado o prazo de 15 dias, a ocorrência de desenquadramento, com as devidas 
justificativas, informando ainda o reenquadramento da carteira, no momento em que ocorrer.
O administrador e o gestor não estão sujeitos às penalidades aplicáveis pelo desenquadramento 
passivo dos limites de concentração por emissor no período de desinvestimento previsto no 
regulamento dos fundos fechados ou conforme deliberação da assembleia geral de cotistas.
OUTROS FUNDOS DE INVESTIMENTO
FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
O fundo de investimento imobiliário é uma comunhão de recursos, captados por meio 
de sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários, e destinados à aplicação em 
empreendimentos imobiliários. Os fundos imobiliários são regulamentados pela Lei 
8.668/1993, pela Lei 9.779/1999 e pelas Instruções CVM nº 472/08 e nº 478/09. 
O objetivo do fundo é auferir ganhos mediante locação, arrendamento ou alienação das 
unidades do empreendimento adquirido pelo fundo. Este tipo de fundo é constituído sob a 
forma de condomínio fechado, no qual o resgate de cotas não é permitido. 
FUNDOS DE INVESTIMENTOS | EA BANKING SHOOL
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Fundos imobiliários podem investir nos seguintes ativos:
 • quaisquer direitos reais sobre bens imóveis;
 • ações, debêntures, bônus de subscrição, seus cupons, direitos, recibos de subscrição e 
certificados de desdobramentos, certificados de depósito de valores mobiliários, cédulas 
de debêntures, cotas de fundos de investimento, notas promissórias, e quaisquer outros 
valores mobiliários, desde que se trate de emissores registrados na CVM e cujas atividades 
preponderantes sejam permitidas aos FII;
 • ações ou cotas de sociedades cujo único propósito se enquadre entre as atividades 
permitidas aos FIIs;
 • letras de crédito imobiliário (LCI);
 • letras hipotecárias (LH);
 • cotas de outros FII;
 • certificados de potencial adicional de construção (CEPAC);
 • certificados de recebíveis imobiliários (CRI);
 • letra imobiliária garantida (LIG) e
 • cotas de fundos de investimento em participações (FIP) que tenham como política de 
investimento, exclusivamente, atividades permitidas aos FII ou de fundos de investimento 
em ações que sejam setoriais e que invistam exclusivamente em construção civil ou no 
mercado imobiliário.
Qualquer pessoa pode investir em um fundo de investimento imobiliário, desde que 
possua recursos no montante mínimo para o investimento. Já a administração do fundo de 
investimento imobiliário compete, exclusivamente a:
 • bancos comerciais;
 • bancos múltiplos com carteira de investimento ou carteira de crédito imobiliário;
 • bancos de investimento;
 • sociedades corretoras ou sociedades distribuidoras de valores mobiliários;
 • sociedades de crédito imobiliário e caixas econômicas.
O fundo deverá distribuir aos seus cotistas, no mínimo, 95% dos lucros auferidos, apurados 
segundo o regime de caixa, com base em balanço ou balancete

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