Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 FUNDOS DE INVESTIMENTO Introdução Simples como morar em um prédio Um fundo de investimento é um condomínio que reúne recursos de um conjunto de investidores (cotistas), com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários. É a comunhão de recursos sob a forma de condomínio onde os cotistas têm os mesmos interesses e objetivos ao investir no mercado financeiro e de capitais. Funciona exatamente como um condomínio de apartamentos, onde cada condômino é dono de uma cota (um apartamento) e pagam a um terceiro para administrar e coordenar as tarefas do prédio (jardineiro, pessoal da limpeza, porteiro, manutenção de elevadores, etc.). Neles são estabelecidas as regras de funcionamento (horário de funcionamento da piscina, do salão de festas, de música alta nas dependências dos apartamentos, entre outras). Estas regras são seguidas por todos os moradores, sem exceção. Fonte:www.comoinvestir.com.br/anbid/ Através dos fundos, os pequenos investidores têm acesso a melhores condições de mercado, menores custos e contam com administração profissional, colocando-os em igualdade com os grandes investidores. Os fundos tornam possível a diversificação dos investimentos, através da aplicação em suas diferentes classes, visando diluir o risco e aumentar o potencial de retorno. É válido também ressaltar que os recursos dos fundos nunca se misturam aos da instituição administradora. Atualmente funcionam sobre a autorização da CVM - Comissão de Valores Mobiliários, órgão responsável por sua regulação e fiscalização, buscando a proteção do investidor. A Instrução CVM No. 409 dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de investimento, conceituados como: "uma comunhão de recursos constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais". Cabe à ANBID auxiliar na construção, modernização e aperfeiçoamento da legislação de fundos de investimento, influenciar e dar suporte à indústria para explorar adequadamente as oportunidades de crescimento e melhorar constantemente seus pilares. Fonte: ANBIMA. Fundo de Investimento e Fundo de Investimento em Cotas Provavelmente você observou que os fundos que você distribui para seus clientes são: FICs – Fundos de Investimento em Cotas. Qual é a diferença entre um FI (Fundo de Investimento) e um FIC (Fundo de Investimento em Cotas)? A diferença diz respeito à composição da carteira. Veja a seguir: O FI – Fundo de Investimento tem sua carteira composta por ativos financeiros e modalidades operacionais disponíveis no mercado: títulos públicos, títulos privados, ações, derivativos, etc. O FIC - Fundo de Investimento em Cotas compõe sua carteira comprando cotas de FI. No mínimo, 95% do Patrimônio Líquido, em cotas de Fundos de Investimento de uma mesma classe, salvo no caso dos Fundos Multimercado, que podem investir em fundos de classes distintas. 2 Por que os bancos normalmente vendem FICs e não FIs? Para atender a necessidade de segmentação dos clientes, as instituições financeiras oferecem os FIC – Fundos de Investimento em Cotas, que compram cotas de um mesmo FI. Assim, um mesmo FI “alimenta” vários FICs, para segmentos diferentes (por exemplo Varejo, Alta Renda, Funcionários, etc.) com diferentes valores mínimos de aplicação e taxas de administração. Embora a carteira seja idêntica, os FICs terão rentabilidades diferentes, em função da maior ou menor taxa de administração cobrada. Condomínio Como já vimos, um fundo de investimento é um condomínio que reúne recursos de um conjunto de investidores (cotistas), com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários. Esta comunhão de recursos pressupõe que os cotistas têm os mesmos interesses e objetivos ao investir, assim como direitos e obrigações idênticos. Cota É a fração de um fundo. Todo o patrimônio de um fundo de investimento é, na verdade, a soma de cotas que foram compradas por diferentes investidores. O investidor em fundos é denominado cotista. 3 Propriedade dos Ativos dos Fundos de Investimento Todos os ativos que compõem a carteira do Fundo de Investimento pertencem aos cotistas. Lucros e perdas são distribuídos igualmente entre os cotistas na valorização (ou desvalorização) da cota. Por esse motivo, os fundos não contam com a garantia do FGC - Fundo Garantidor de Crédito. Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros A CVM determina que a instituição responsável pela gestão de recursos de terceiros mantenha essa atividade separada da atividade de gestão de recursos próprios. O objetivo principal dessa medida é evitar situações de conflitos de interesses ou interesses concorrentes. Esta prática é conhecida como “chinese wall” (Muralha da China). Na prática, observamos que esta segregação pode ser feita de duas maneiras. O Administrador contrata a prestação de serviço de uma empresa especializada na gestão de recursos de terceiros – uma “Asset Management”, ou O Administrador cria uma diretoria separada dentro da própria estrutura da instituição, responsável exclusivamente pela gestão de recursos de terceiros. Assembléias Gerais A Assembléia Geral de Cotistas é a instância máxima do fundo. Isto quer dizer que apenas a Assembléia tem poderes para aprovar certos assuntos. É de competência privativa da Assembléia de Cotistas aprovar: I – as demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador; II – a substituição do administrador, do gestor ou do custodiante; III – a fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou liquidação; IV – o aumento da taxa de administração; V – a alteração da política de investimento; VI – a emissão de novas cotas, no fundo fechado; VII – a alteração do regulamento. A Assembléia de Cotistas ocorre anualmente para aprovar as demonstrações contábeis do fundo relativas ao exercício encerrado. Pode ocorrer excepcionalmente para aprovar outros assuntos de interesse comum dos condôminos, podendo ser convocada pelo administrador, o gestor, o custodiante ou o cotista ou grupo de cotistas que detenha, no mínimo, 5% do total de cotas emitidas. A convocação da Assembléia deve ser feita por correspondência encaminhada a cada cotista com antecedência mínima de 10 dias da data da realização. A Assembléia Geral se instalará com a presença de qualquer número de cotistas. As deliberações da Assembléia geral serão tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota 1 (um) voto. O resumo das decisões da Assembléia geral deverá ser enviado a cada cotista no prazo de até 30 dias após a data de realização da Assembléia, podendo ser utilizado para tal finalidade o extrato de conta. . Direitos e Obrigações dos Condôminos Já vimos que fundo de investimento é condomínio, e que o cotista é condômino, semelhante ao morador de um prédio. Quem mora em prédio sabe que todos os condôminos tem direitos e obrigações. Vejamos quais são eles: 4 Direitos • Ter acesso ao Regulamento e ao Prospecto do fundo. • Ter ciência da política de investimento e dos riscos decorrentes. • Ser informado sobre o jornal utilizado para divulgação de informações do fundo e as taxas cobradas. • Ter acesso ao valor do patrimônio líquido do fundo, ao valor da cota e à rentabilidade acumulada no mês e no ano. Além dessas informações, o administrador deve colocar à disposição dos cotistas o valor e a composição da carteira. • Receber, anualmente, documentos contendo informações sobre os rendimentos obtidos no ano civil, o número de cotas de sua propriedade e seu respectivo valor. • Receber mensalmente extrato dos investimentos. Obrigações Talvez você esteja se perguntando: “Como assim, obrigações? Afinal, eu sou o dono do dinheiro, sódeveria ter direitos!”. Pois é, assim como os moradores de um prédio tem certas obrigações, o cotista do fundo também as tem. Veja a seguir: O cotista deve analisar os fundos disponíveis e verificar a compatibilidade deles com seus objetivos pessoais. Ao aderir ao fundo, deve concordar com as regras estabelecidas no seu regulamento. Deve ler o regulamento e o prospecto para analisar o objetivo do fundo e sua política de investimento, e ver se o perfil de risco do fundo é compatível com a sua tolerância a risco. Monitorar, através da divulgação diária em jornais, do extrato e dos demais meios fornecidos pelo administrador, se o fundo vem cumprindo a estratégia descrita no regulamento e prospecto. Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento. Comparecer nas Assembléias Gerais para exercer seu direito de voto. Manter seus dados cadastrais atualizados. Divulgação de Cota e Rentabilidade O administrador do fundo está obrigado a: I – divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto; II – remeter mensalmente aos cotistas extrato de conta contendo, dentre outras informações: Saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do mesmo; Rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil do mês de referência do extrato. Divulgar, adicionalmente, a rentabilidade mensal e a rentabilidade acumulada nos últimos 12 meses. Informações eventuais e fato relevante: O administrador é obrigado a divulgar imediatamente, através de correspondência a todos os cotistas e de comunicado para a CVM, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo ou aos ativos integrantes de sua carteira. Considera-se relevante qualquer ato ou fato que possa influir de modo ponderável no valor das cotas ou na decisão dos investidores de adquirir, alienar ou manter tais cotas. Segregação de funções e responsabilidades Administrador É o responsável legal pelo fundo, responsável pelas informações aos cotistas e aos órgãos de regulação e auto-regulação. A ele compete registrar o fundo, elaborar o regulamento e o prospecto e contratar os demais prestadores de serviços que realizarão as diferentes atividades necessárias ao funcionamento do fundo, a saber: I – a gestão da carteira do fundo II – a consultoria de investimentos; 5 III – as atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários; IV – a distribuição de cotas; V – a escrituração da emissão e resgate de cotas; VI – a custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros; VII – os serviços de auditoria independente e VII – a classificação de risco por agência especializada, quando necessária (por exemplo, no caso dos FIDC, que veremos mais adiante). Administrador: Responsável legal pelos fundos; Contrata os demais prestadores de serviço inclusive o Gestor; Responsável pela marcação a mercado. Gestor É o responsável pela gestão dos recursos aplicados. Sua principal atribuição é escolher os ativos que irão compor a carteira, sempre de acordo com a política de investimento do Fundo. Pode ser a mesma instituição financeira responsável pela Administração do Fundo, desde que mantenha diretoria constituída especificamente para essa finalidade. Pode, ainda, ser uma empresa especializada, pertencente ou não ao mesmo conglomerado do administrador (“Asset Management”). GESTOR: Escolhe os ativos que irão compor a carteira Distribuidor É quem vende as cotas do Fundo de Investimento aos investidores, ou seja, o agente que tem contato direto com o cotista. Pode ser o próprio administrador ou um terceiro contratado para esse fim. Tem a responsabilidade do cadastramento do cliente e da assessoria de investimento. Distribuidor Vende as cotas do FI; Responsável pelo cadastro e assessoria de investimento Custodiante É quem realiza a liquidação física e financeira dos ativos, sua guarda e a administração de proventos decorrentes desses ativos. Pode ser o próprio administrador (se for credenciando pela CVM) ou uma outra instituição credenciada para esse fim. Custodiante Liquidação física e financeira dos ativos Auditor Independente Audita, anualmente, as demonstrações contábeis do fundo. O auditor independente deve ser registrado na CVM para esse fim. Os honorários e despesas do auditor independente constituem encargo do fundo (não estão incluídos na taxa de administração). Auditor Audita as demonstrações contábeis Tipos de Fundos quanto às condições de aplicação e Resgate e Carências Fundo Aberto Não tem vencimento. O investidor não precisa renovar sua aplicação. Admite aquisição e resgate de cotas a qualquer momento. ►Fundo Aberto: basta pedir resgate e aguardar o crédito em conta Fundo Fechado Pode ter vencimento (ou não). Existe um período determinado para subscrição de cotas. O investidor poderá reaver os recursos investidos: No vencimento do fundo (se houver vencimento). Em caso de liquidação do fundo. No mercado secundário (Bolsa ou balcão), vendendo suas cotas para um outro investidor. 6 ►Fundo Fechado: a solicitação de resgate NÃO É POSSÍVEL. Se quiser sair do fundo, o investidor vai ter que vender suas cotas para um outro investidor que esteja interessado em entrar. Fundo Aberto SEM Carência Não estabelece prazo mínimo para pagar rendimentos. O cotista pode pedir resgate a qualquer momento e terá direito à rentabilidade total proporcionada nesse período. ►Fundo SEM Carência: Resgate a qualquer momento com rendimento. Fundo Aberto COM Carência É estabelecido um prazo mínimo de permanência para que o cotista tenha direito a receber os rendimentos. Se o cotista solicitar resgate antes desse prazo, não terá direito a receber os rendimentos (para fixar o conceito, lembre-se do saque na Poupança fora da data de aniversário). ►Fundo COM Carência: Se o cotista solicitar resgate antes desse prazo da carência, perde os rendimentos Fundo Exclusivo Pertence a um único cotista que será, necessariamente, investidor qualificado. Nesse caso, as regras de aplicação e resgate assim como aspectos de carência serão definidos entre o administrador é o único cotista. ►Fundo Exclusivo: Somente para Investidor Qualificado Principais Características Acessibilidade ao mercado financeiro A principal vantagem de se investir em um fundo é não precisar ser nenhum "mestre" em investimentos e nem ter muito dinheiro para se beneficiar das oportunidades disponíveis no mercado financeiro. Ao investir seus recursos diretamente no mercado, você precisa constantemente acompanhar o desempenho destes diferentes ativos, além de manter-se bem informado, dia a dia, sobre os mais diversos assuntos de economia, políticas e outros que possam afetar seu investimento. Em um fundo você acessa mercados que não poderia acessar individualmente, seja porque desconhece as complexas operações do mercado financeiro, seja porque a quantia que tem para investir é pequena. . Diversificação São tantas as opções de composições de uma carteira de investimento que você pode escolher um fundo para cada objetivo. Um dos benefício para o pequeno investidor é a redução dos diversos riscos inerentes às aplicações financeiras, pois está investindo seus recursos numa carteira com diferentes títulos, prazos e riscos de crédito. . Liquidez As cotas de um fundo de investimento podem ser resgatadas a qualquer momento. Vale ressaltar que os prazos de aplicação e resgates variam dependendo do fundo. O dinheiro está sempre à mão. Os fundos abertos, sem carência - os mais comuns do mercado - oferecem liquidez diária. Alguns fundos podem ter um prazo de carência inicial, e esta informação está estabelecida no prospecto. . Política de Investimento Objetivo do fundo: O objetivo de investimento estabelece qual é ameta que o gestor pretende alcançar. Já a política de investimento descreve como esse objetivo será alcançado. Veja um exemplo: Objetivo do Fundo Referenciado DI ABCD: Acompanhar a taxa de juros básica da economia. Política de Investimento do Fundo Referenciado DI ABCD: Para atingir o objetivo de investimento, o Fundo investe 100% do seu PL em Títulos Públicos 7 Federais pós-fixados, atrelados à taxa SELIC. O objetivo do fundo é uma meta a ser alcançada e determina o risco do fundo. O objetivo do fundo deve estar expresso no prospecto. A política de investimento indica como os objetivos serão alcançados, informando os tipos de títulos, mercados, limites, percentuais e o risco ao qual o fundo será exposto, assim como a estratégia de utilização de derivativos (proteção, especulação, alavancagem). Finalidade Tanto o objetivo quanto a política de investimento aparecem, obrigatoriamente, no regulamento e no prospecto do fundo. Estas informações visam auxiliar o investidor a tomar uma decisão adequada, tanto em relação ao tipo de ativos que fazem parte da carteira, quanto aos riscos decorrentes desses ativos . Fundos com gestão ativa e passiva: definição Gestão Passiva É o caso dos Fundos Referenciados DI, por exemplo, onde o gestor procura reproduzir o retorno da taxa DI. É importante a mensuração da "aderência" do retorno dos fundos ao retorno gerado pelo referencial escolhido. Gestão Ativa Na gestão ativa, o gestor do fundo constitui uma carteira, mas não necessariamente investe em ativos que representam um índice qualquer. O gestor compra e vende esses ativos, tentando obter uma rentabilidade superior à do índice estabelecido como benchmark Carteiras de curto prazo e longo prazo: definição CVM O prazo médio da carteira define o perfil tributário do fundo e, consequentemente, a alíquota de imposto de renda que será paga pelo investidor. A Receita Federal e A CVM dividem os fundos em duas categorias: curto prazo e longo prazo. Veja o quadro: Se o regulamento estabelece que o fundo assume o compromisso de manter sua carteira de longo prazo, a expressão “Longo Prazo” deve constar no nome do fundo. Dificuldades de replicação dos índices de referência (benchmarks) e suas principais causas: Para conseguir que a rentabilidade de um fundo de investimentos tenha aderência ao benchmark escolhido, o gestor do fundo deverá aplicar os recursos em títulos e valores mobiliários cuja rentabilidade esteja atrelada ao índice de referência escolhido, seja comprando ativos no mercado a vista ou, indiretamente, utilizando mercado de derivativos. 8 Entretanto, observa-se que o desempenho do fundo não reflete exatamente o desempenho do índice de referência, causado por algumas limitações que impedem que a aderência seja plena, tais como: Custos Dinâmica de cálculo da rentabilidade do fundo Regras de contabilização a mercado Composição da Carteira Custos: A cobrança da taxa de administração que o cotista paga ao administrador do fundo é feita diariamente no valor da cota, o que provoca uma redução na rentabilidade da carteira. O mesmo efeito se verifica naqueles fundos que também cobram adicionalmente taxa de performance. Lembre-se sempre que o valor da cota é publicado liquida da taxa de administração e performance, quando houver. Dinâmica de cálculo da rentabilidade do fundo O fundo de investimento sempre calcula sua rentabilidade considerando o valor da cota do ultimo dia do mês anterior até o último dia do mês de referência. As taxas de referência, como DI e SELIC, são calculadas considerando o acumulado do mês do primeiro dia útil até o ultimo dia útil. Regras da marcação a mercado: Cada administrador define e aplica regras para apurar diariamente o valor dos ativos e assim, calcular o valor da cota e, portanto, a rentabilidade do fundo. Critérios distintos levam a diferentes resultados. Composição da carteira: Fundos com o mesmo objetivo podem escolher diferentes composições de carteiras para atingir estes objetivos. Cada gestor poderá escolher : Risco de crédito diferentes: o gestor poderá assumir risco de crédito em parte do patrimônio; Risco de prazo: a carteira poderá ter prazo mais curto ou mais longo o que determinará maior ou menor exposição a riscos; 5% do patrimônio dos fundos referenciados podem estar em outros ativos, a critério do gestor se sua política de investimento Instrumentos de divulgação das políticas de investimento: regulamento, prospecto, termo de adesão e termo de ciência de risco de crédito. Todo cotista, ao subscrever cotas do Fundo, deve receber o Regulamento e o Prospecto. O regulamento e o prospecto dependem de prévia autorização da CVM. Quaisquer alterações no Regulamento devem ser deliberadas em Assembleia Geral de cotistas e comunicadas à CVM. Prospecto O prospecto deve conter, numa linguagem acessível, todas as informações relevantes do regulamento, relativas à política de investimento do fundo e aos riscos envolvidos. São informações obrigatórias: I – metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu público-alvo; II – política de investimento e faixas de alocação de ativos, discriminando o processo de análise e seleção dos mesmos; III – relação dos prestadores de serviços do fundo; IV – especificação, de forma clara, das taxas e demais despesas do fundo; V – apresentação detalhada do administrador e do gestor; VI – condições de compra de cotas do fundo, compreendendo limites mínimos e máximos de investimento, bem como valores mínimos para movimentação e permanência no fundo; VII– condições de resgate de cotas e, se for o caso, prazo de carência; 9 VIII – identificação dos riscos assumidos pelo fundo e informação sobre a política de administração dos riscos assumidos pelo fundo, se for o caso. IX- política de divulgação de informações a interessados, inclusive as de composição de carteira, que deverá ser idêntica para todos que solicitarem. X- quando houver, identificação da agência classificadora de risco do fundo, bem como a classificação obtida. A entrega do prospecto é obrigatória, salvo nos casos de fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados, onde a entrega é opcional. Regulamento Cada fundo tem um regulamento, registrado em cartório, que contém o objetivo, política de investimento, taxas e todas as demais informações sobre o seu funcionamento, determinado a partir de regras estabelecidas pelo órgãos reguladores. I – qualificação do administrador do fundo; II – quando for o caso, referência à qualificação do gestor da carteira do fundo; III – qualificação do custodiante; IV – espécie do fundo, se aberto ou fechado; V – prazo de duração, se determinado ou indeterminado; VI – política de investimento, de forma a caracterizar a classe do fundo; VII – taxa de administração, fixa e expressa em percentual anual do patrimônio líquido (base 252 dias); VIII – taxa de performance, de ingresso e de saída; IX – demais despesas do fundo; X – condições para a aplicação e o resgate de cotas, XI – distribuição de resultados; XII – público alvo; XIII – referência ao estabelecimento de intervalo para a atualização do valor da cota, quando for o caso; XIV – exercício social do fundo; XV – política de divulgação de informações; XVI – política relativa ao exercício de direito do voto do fundo; XVII – informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas; XVIII - política de administração de risco, com a descrição dos métodos utilizados. Regras de alteração do Regulamento A alteração do regulamento depende da prévia aprovação da Assembléia geral de cotistas, sendo eficaz a partir da data deliberada pela Assembléia. Salvo se aprovadas pela unanimidade dos cotistas do fundo, as alterações de regulamento serão eficazes no mínimo a partir de 30 dias após a comunicação aos cotistas, no caso de aumento das taxas de administração, performance,ingresso ou saída; alteração da política de investimento; mudança nas condições de resgate e incorporação, fusão ou cisão do fundo aberto para um fundo fechado. Termo de Adesão Todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante termo próprio, que: I – recebeu o regulamento e, se for o caso, o prospecto; II – tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento; III – tomou ciência da possibilidade de ocorrência de patrimônio líquido negativo, se for o caso, e, neste caso, de sua responsabilidade por conseqüentes aportes adicionais de recursos. OBS.:O administrador deve manter à disposição da CVM o termo contendo essas declarações, devidamente assinado pelo investidor, ou registrado em sistema eletrônico que garanta o atendimento dessa exigência. Termo de Ciência de Risco de Crédito O fundo de investimento que realizar aplicações em quaisquer ativos ou modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que, em seu conjunto, exceda o percentual 10 de 50% de seu patrimônio líquido, deverá observar as seguintes regras, cumulativamente àquelas previstas para sua classe: I – na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”; II – o regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido; e III – o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos inerentes à composição da carteira do fundo sendo proibida a utilização de sistema eletrônico para esse fim. Carteira de Investimentos Principais mercados (juros pré e pós-fixados, câmbio, inflação, ações; seus derivativos) Os mercados mais comumente explorados pelos gestores dos fundos são: Títulos de renda fixa, públicos ou privados, de taxa pré ou pós-fixada, corrigidos pela variação da taxa de câmbio e/ou índices de preços. Títulos de renda variável: Ações. O gestor pode aplicar o patrimônio do fundo nos mercados citados acima de duas maneiras: a) Comprando títulos no mercado à vista. b) Assumindo posições no mercado de derivativos (swap, por exemplo). . Riscos dos ativos individuais versus riscos da carteira Como já vimos, risco em investimento é a probabilidade de não atingir a rentabilidade esperada. O risco do Fundo advém dos ativos que fazem parte da carteira. Estes ativos pertencem aos cotistas, na proporção de cotas que cada um detém. Assim, podemos concluir que o risco da carteira do fundo é distribuído proporcionalmente aos cotistas. Em se tratando de fundos de investimento temos duas dimensões para o risco: Risco de Crédito: É a probabilidade de que o emissor do título que compõe a carteira do fundo não pague o valor do título no seu vencimento. Risco de Estratégia ou Mercado: É a probabilidade de que a estratégia de investimento do gestor do fundo não produza os resultados esperados, o risco de estratégia poderá resultar em patrimônio negativo e se isso ocorrer o cotista será obrigado a aplicar mais recursos de forma a zerar o patrimônio negativo. É primordial que o investidor em fundos tenha a exata noção dos riscos que está correndo ao investir. Certamente, num fundo o investidor tem os riscos diluídos em diversos emissores, o que não conseguiria se fizesse um investimento em ativos individuais. Alavancagem: conceito, vantagens e desvantagens Conceito:Imagine que um investidor queira comprar R$ 50 mil em determinada ação e disponha de apenas R$ 30 mil. Esse investidor tem tanta certeza de que vai obter lucro com o papel que pede um empréstimo de R$ 20 mil para cobrir o restante da operação. Se as previsões dele se concretizarem, ao fim de determinado período poderá vender o papel e apurar dinheiro suficiente para pagar o empréstimo e ainda lucrar. Mas, se a ação se desvalorizar, ele terá que conseguir mais dinheiro para cobrir o prejuízo. A isso, o mercado dá o nome de alavancagem. Portanto, um Fundo Alavancado é aquele que investe um montante acima do seu patrimônio e se endivida para obter maiores ganhos. Como isto pode ser realizado? Através de operações de derivativos* que não necessitam de caixa no instante zero. *O assunto “Derivativos” não faz parte do seu programa. Vantagens e desvantagens da alavancagem 11 Alavancagem é uma operação muito arriscada, pois só se consegue êxito quando as expectativas efetivamente se confirmam. Ou seja: os ganhos obtidos através dos investimentos e aplicações têm de superar os custos do capital obtido. O investidor deve estar muito bem informado para entrar numa posição alavancada. Quem aplica em um fundo de investimentos que opera alavancado tem que ter consciência do risco. Se as expectativas do gestor se confirmarem, a alavancagem pode resultar em um rendimento extraordinário. No entanto, se ocorrer o inverso, o fundo dará prejuízo e os cotistas podem até mesmo ser obrigados a colocar mais dinheiro para cobrir o prejuízo. Por isso, é importante ler com atenção o regulamento dos fundos antes de aplicar. Se o fundo puder operar alavancado, esta informação, por lei, deve constar no regulamento. ►Com a estratégia de alavancagem o tamanho da posição de risco é MAIOR do que o patrimônio do fundo. Ela potencializa os ganhos e as perdas . Impacto de variações nas taxas de juros, câmbio e inflação sobre os tipos de fundos: Conseqüências Taxa de juros pós-fixada Os títulos e valores mobiliários de taxa pós-fixada acompanham a flutuação da taxa de juros de mercado. São indicados em cenário de incerteza e/ou de elevação da taxa de juros. Proporcionam maior ganho quando a taxa de juros sobe e menor ganho quando a taxa de juros cai. Remunera a taxa de juros de mercado seja ela qual for. Em cenários de extrema volatilidade e incertezas podem representar perdas para os investidores quando o deságio requerido no mercado secundário aumenta : Exemplos: LFT, CDB DI, Debênture DI, Fundos DI. Taxa de juros prefixada São títulos e valores mobiliários cujo valor de resgate no vencimento é definido no início da operação. Assim seu preço oscila diariamente em função do cenário da taxa de juros de mercado. São indicados em cenário de queda na taxa de juros. Há uma relação inversa entre taxa de juros e preço do título: O preço sobe quando a taxa de juros cai e cai quando a taxa de juros sobe. Exemplos: LTN, CDB pré, Debênture pré, Fundos Renda Fixa e Fundos Multimercado com posições de taxa prefixada. Taxa de Câmbio Os títulos e valores mobiliários são corrigidos pela variação cambial além de uma taxa de juros (pré) denominada de cupom cambial. São indicados em cenário de elevação da taxa de câmbio. Ganham quando a taxa de câmbio sobe e a taxa do cupom cai (mesmo raciocínio da taxa de juros pré). Perdem quando a taxa de câmbio cai e a taxa do cupom sobe. Exemplos: NTN-D, Debênture cambial, Fundo Cambial e Fundos Multimercado com posições cambiais. Taxa de inflação Os títulos e valores mobiliários são corrigidos pela variação do índice de preços (inflação) além de uma taxa de juros (pré) denominada de cupom. São indicados em cenário de elevação da inflação. Ganham quando a inflação sobe e a taxa do cupom cai (mesmo raciocínio da taxa de juros pré). Perdem quando a inflação cai e a taxa do cupom sobe. Exemplos: NTN-C, Debênture e CDB corrigidos pelos IGP-M, Fundos de Renda Fixa e 12 Fundos Multimercado com títulos e valores mobiliários desse tipo. Taxas de Administração e Outras Taxas . Taxa de administração, taxa de performance, taxa de ingresso e taxa de saída: conceitos e formas de cobrança. Taxa de administração A taxa de administração remunera os seguintes serviços: a) a gestão da carteira do fundo b) a consultoria de investimentos c) as atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários d) a distribuição de cotas e) a escrituração da emissão e resgatede cotas. É uma taxa fixa, expressa em % ao ano, base 252 dias úteis, calculada sobre o patrimônio líquido do fundo, e provisionada diariamente no valor da cota. Isto significa que o valor da cota divulgado diariamente já é líquido de taxa de administração, ou seja, essa taxa já foi deduzida. Em outras palavras, a cobrança da taxa de administração afeta o valor da cota. A taxa de administração é cobrada enquanto o cotista fizer parte do fundo, independentemente da rentabilidade. No caso de fundos de cotas (FIC) que compram cotas de FI a taxa de administração será a soma das taxas cobradas pelo FIC e pelo FI. Veja um exemplo: O FIC Lua cobra taxa de administração de 2% ªª e compra cotas do FI Estrela, que, por sua vez, cobra taxa de administração de 0,5% ªª. A taxa de administração que deve ser informada aos cotistas no prospecto e no regulamento é 2,5% (2% + 0,5%). Taxa de performance O regulamento do fundo pode determinar que, além da taxa de administração, o fundo cobre uma taxa de performance, sempre que a rentabilidade do fundo superar determinado benchmark. Normalmente é expressa como um percentual sobre o que exceder o benchmark, por exemplo, 20% sobre o que exceder a taxa DI. Para os fundos distribuídos ao investidor comum, a CVM estabelece algumas normas em relação à cobrança desta taxa. São elas: I – O parâmetro de referência deve ser compatível com a política de investimento do fundo, ou seja, não é possível utilizar o IBOVESPA como benchmark de um fundo de Renda Fixa. II – O percentual mínimo de 100% do parâmetro de referência. Não se pode cobrar performance se atingiu, por exemplo, 99% do benchmark. III – O período para efeito de cobrança é de, no mínimo, semestral. IV – A cobrança se aplica após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de administração. V - Não pode ser cobrada quando o valor da cota do fundo for inferior ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada. Este é o chamado conceito da linha d’água. A taxa de performance só será cobrada quando o valor da cota for superior ao valor na época da última cobrança. Fundos que NÃO PODEM cobrar taxa de performance: a) Curto Prazo b) Referenciado c) Renda Fixa (exceto Longo Prazo) Para Investidor Qualificado não tem regra alguma. As regras acima não se aplicam em se tratando de fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados. 13 Classificação CVM Vamos analisar na seqüência as classes de fundos segundo a IN 409 da CVM e suas alterações posteriores. É muito importante que você conheça e entenda esta classificação, pois será solicitada no exame. No final do capítulo, o RADAR PRACTA apresenta um quadro resumido desta classificação . Classificação dos fundos quanto à composição do patrimônio conforme CVM: I. Curto Prazo II. Referenciado III. Renda Fixa IV. Cambial V. Multimercado VI. Dívida Externa VII. Ações Ativos elegíveis e composição do patrimônio I. FUNDO CURTO PRAZO Características da carteira: Títulos Públicos Federais ou privados, com rating de baixo risco de crédito, pré ou pós-fixados, ou indexados a índices de preços. Prazo médio da carteira: inferior a 60 dias. Vencimento mais longo de seus títulos: 375 dias (desde que mantenha prazo médio acima.) Uso de derivativos apenas para proteção. Pode utilizar cota de abertura. Proibida a cobrança de taxa de performance, exceto em fundos para investidor qualificado. II. FUNDO REFERENCIADO Devem identificar em sua denominação o seu indicador de desempenho (por exemplo, a taxa DI). Características da carteira: 80% do PL em Títulos Públicos Federais ou privados, com rating de baixo risco de crédito. 95% da carteira aderente ao benchmark. Uso de derivativos apenas para proteção Pode utilizar cota de abertura Proibida a cobrança de taxa de performance, exceto em fundos para investidor qualificado. III. FUNDO DE RENDA FIXA O principal fator de risco de sua carteira é a variação da taxa de juros doméstica ou de índice de preços, ou ambos. Características da carteira: 80% do PL em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe. Uso livre de derivativos. Pode utilizar cota de abertura, exceto nos fundos de Longo Prazo. Proibida a cobrança de taxa de performance, exceto em fundos de Longo Prazo ou para investidor qualificado. IV. FUNDO CAMBIAL O principal fator de risco de sua carteira é a variação de preços de moeda estrangeira, ou a variação do cupom cambial. Características da carteira: No mínimo, 80% (oitenta por cento) da carteira deverá ser composta por ativos atrelados ao câmbio. 14 Uso de derivativos livre. Proibida cota de abertura. Pode cobrar taxa de performance. V. FUNDO DE DÍVIDA EXTERNA O principal fator de risco da carteira é a variação de preços dos títulos da dívida externa brasileira no mercado internacional e, como os títulos são denominados em moeda estrangeira, a variação cambial. Características da carteira: no mínimo, 80% do patrimônio em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União. Os títulos devem ser custodiados no Sistema Euroclear ou na LuxClear - Central Securities Depositary of Luxembourg (CEDEL). até 20% do patrimônio em outros títulos de crédito transacionados no mercado internacional, respeitada a concentração de 10% do PL por emissor. Uso de derivativos (no Brasil e no exterior) apenas para proteção (hedge). VI. FUNDO MULTIMERCADO Sua política de investimento envolve vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial. Características da carteira: Pode investir em títulos pré e pós-fixados, atrelados à inflação, ao câmbio, ações, etc. Pode aplicar até 20% do patrimônio em ativos financeiros no exterior. Pode investir até 20% do patrimônio em cotas de Fundo Imobiliário e cotas de FIDC.(Aos fundos destinados a Investidores Qualificados não se aplica este limite). Uso de derivativos livre. Proibida cota de abertura. Pode cobrar taxa de performance. VII. FUNDO DE AÇÕES O principal fator de risco é a variação de preços de ações admitidas à negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado. Características da carteira: 67%, no mínimo, de seu patrimônio líquido deverão ser aplicado em ações negociadas em bolsa o balcão organizado. Uso de derivativos livre. Proibida cota de abertura. Pode cobrar taxa de performance. Cada fundo determinará em seu regulamento e prospecto sua política de investimento. Os fundos de ações mais comuns são: Fundos Índice: que buscam acompanhar a variação de um índice de ações (Ibovespa ou IBX, por exemplo). Fundos Ativos: que buscam superar determinado benchmark. Fundos Setoriais: que concentram seus investimentos em ações de empresas de um setor da economia em particular. São adequados para investidores com horizonte de longo prazo e alta tolerância a risco de mercado. Estão dispostos a correr mais risco em busca de maior retorno. Ativos elegíveis e composição do patrimônio (continuação) Limites por emissor Para um adequado gerenciamento do risco de crédito, os fundos têm limites máximos de exposição por emissor. Veja no quadro: 15 Limites por modalidade O fundo deve observar o limite de 20% do patrimônio para o conjunto dos seguintes ativos: a) cotas de FI e FIC regulados pela IN 409/450 da CVM. b) cotas de Fundos de Investimento Imobiliário. c) cotas de FI e FIC em Direitos Creditórios. d) cotas de fundos de índice negociados em Bolsa ou balcão organizado. e) Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI. f) Este limite dobra (40%) em caso de fundos destinados a Investidor Qualificado. Para fundos destinados a Investidor Qualificado que exigem aplicação mínima de R$ 1 Milhão, não existe este limite por modalidade. Fatores derisco inerentes a cada classe 16 Fundos de Longo Prazo, segundo regulamentação fiscal. Definição e utilização 17 O prazo médio da carteira define o perfil tributário do fundo e, consequentemente, a alíquota de imposto de renda que será paga pelo investidor. A Receita Federal divide os fundos em duas categorias: curto prazo e longo prazo. Veja o quadro: Se o regulamento estabelece que o fundo assume o compromisso de manter sua carteira de longo prazo, a expressão “Longo Prazo” deve constar no nome do fundo. Se o regulamento estabelece que tentará obter o tratamento fiscal dos fundos de longo prazo, porém sem assumir o compromisso de atingir esse objetivo, a seguinte frase deverá estar incluída no prospecto e no material de divulgação: “Não há garantia de que este fundo terá o tratamento tributário para fundos de longo prazo”. Fundos de Crédito Privado: definição Se a carteira do fundo estiver composta por títulos privados que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% de seu patrimônio, deverá observar as seguintes regras adicionais: I – na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”; II – o regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido; e III – o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos inerentes à composição da carteira do fundo sendo proibida a utilização de sistema eletrônico para esse fim Outros Fundos Fundos de Índice (PIBB): conceito PIBB é a sigla para Papéis Índice Brasil BOVESPA. O PIBB - Fundo de Índice Brasil 50 - Brasil Tracker é um fundo de investimento constituído sob a forma de condomínio aberto, cujas cotas são negociáveis no mercado secundário, na Bovespa. O fundo se destina a pessoas físicas e jurídicas, e tem o objetivo de refletir o desempenho do Índice Brasil-50 (IBrX-50), calculado pela Bovespa com base nas 50 ações mais negociadas em seu pregão. Desta forma, ao investir em PIBBs, o investidor estará também investindo, indiretamente, nas mesmas ações que compõem a carteira teórica do o IBrX 50, quase que na mesma proporção em que estas compõem a carteira teórica do IBrX-50. Os PIBBs são admitidos para negociação na Bovespa do mesmo modo que qualquer outro valor mobiliário nela negociado. Os PIBBs serão emitidos exclusivamente sob forma escritural e as negociações de PIBBs serão compensadas e liquidadas através da CBLC. Não serão emitidos certificados de PIBBs. Composição da Carteira: O Regulamento exige que o Fundo mantenha pelo menos 95% de seu patrimônio investido em Ações IBrX-50 de forma proporcional Até 5% do patrimônio do Fundo poderá ser investido em outros instrumentos, inclusive certos títulos de renda fixa e instrumentos derivativos, observadas as limitações impostas pelo Regulamento e pela legislação aplicável. 18 Vantagens: Rapidez e eficiência para participar do mercado brasileiro de ações: Diversificação de investimentos: é composto por ações de diversas companhias abertas brasileiras que estão envolvidas em diferentes setores da economia; Baixo custo de administração: uma baixa taxa de administração cujo objetivo é buscar refletir a performance do IBrX-50 sem as despesas operacionais respectivas, o Negociação na Bovespa como se fosse uma ação: Os PIBBs foram aprovados para listagem e negociação na Bovespa e podem ser adquiridos e vendidos da mesma forma que qualquer ação listada para negociação na Bovespa. Obs.: O IBrX-50 é um índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação.
Compartilhar