Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Assepsia e Antissepsia ➢ Ambientes do centro cirúrgico: 1. Zona de Proteção: as vestes até então utilizadas serão trocadas pelas vestes habituais do centro cirúrgico. Neste ambiente o profissional terá acesso aos materiais necessários para a circulação na zona seguinte, a zona limpa, a qual requer paramentação especial. 2. Zona Limpa: requer que o profissional esteja paramentado com pijama cirúrgico (composto pela camisa e calça), propés e touca ou gorro. 3. Zona Estéril: requer, além dos itens anteriores, a utilização da máscara cirúrgica, caso o LAP de campos e/ou materiais cirúrgicos já se encontre aberto, tanto antes do início da cirurgia quanto durante seu curso. ➢ Definição de assepsia: Conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de agentes infecciosos em locais que não os contém (ambiente asséptico). Esse conceito engloba o preparo adequado do ambiente cirúrgico, da equipe cirúrgica, do instrumental a ser utilizado e do campo operatório. É representada pelo uso de avental cirúrgico, luvas estéreis, delimitação do campo operatório pelos campos cirúrgicos estéreis e pelo uso de instrumentos cirúrgicos esterilizados. ➢ Definição de antiassepsia: Antissepsia é um conjunto de medidas utilizadas para inibir a colonização por microrganismos patogênicos, por um determinado período de tempo, podendo ou não destruí-los. Para isso, utilizam-se antissépticos / germicidas, por exemplo, álcool 70%, Clorexidina, Polivinilpirrolidona-iodo – PVPI. A escovação cirúrgica das mãos e o preparo da área a ser operada (pintura do paciente) são técnicas de antissepsia. Usa o PVPI - Incisão ao meio, depois as laterais-> colocação dos campos ➢ Meio ideal para antissepsia de mucosas : Água oxigenada não serve para antissepsia, clorexidina degermante ajuda na remoção de quantidade de micro-organismo (mas não é o ideal), não usa solução alcoólica para mucosas, só usa meio aquoso para mucosas, o iodo agride mais que o clorexidina. O meio ideal para antissepsia de mucosas é o clorexidina aquoso. ➢ Infecção hospitalar e infecção comunitária: Paciente que tem mais de 72 hrs no ambiente hospitalar caracteriza-se infecção hospitalar. Com 30 dias em casa o paciente consegue reestabelecer a flora normal. ➢ Sítios de infecção hospitalar: 1. Wind: Pulmão 2. Water: Urina. 3. Wire: Dispositivos (sondas, etc) 4. Wound: Sítio cirúrgico 5. Waist: Infecção intestinal ➢ Classificação das cirurgias segundo potencial de contaminação: 1. Cirurgias limpas: Tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso loca. Ex: Cirurgia de pele (não tem abertura de cavidade, os germes da pele não levam ao risco de infecção devido a antissepsia) – toda cirurgia limpa não precisa dá antibiótico com exceção das que usa prótese (cateter dentro de um vaso – acesso central, prótese mamaria) 2. Cirurgias potencialmente contaminadas: Realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas discretas no trans operatório, ocorre penetração no trato digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Ex: HTA abdominal, cirurgia de intestino delgado (eletiva), cirurgias biliares (sem obstrução biliar), feridas traumáticas limpas (até 10hs após traumatismo), Cirurgia cardíaca com extra corpórea, prostatectomia. Ex: Histerectomia (útero tem comunicação com meio externo, através da vagina). Precisa dá antibiótico (voltado para eliminar o risco da infecção da ferida operatória) 30 min /1hr antes da cirurgia. 3. Cirurgias contaminadas: Realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana e cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como aquelas que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, ausência de supuração local. Ex: Cirurgia de colon, desbridamento de queimaduras, cirurgias bucal, fraturas expostas, feridas traumáticas com + mais de 10hs. 4. Cirurgias infectadas: São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local) tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Ex: Cirurgia de reto e ânus com pus, cirurgia abdominal com presença de pus e conteúdo de colon. Não faz profilaxia com antibiótico, faz antibioticoterapia (entra com antibiótico antes na profilaxia, mas depois da cirurgia percebe que tem infecção e tem que entrar novamente com antibiótico ➢ OBSERVAÇÕES: Colectomia - Sem derrame de fezes é potencialmente contaminada, se cair fezes na cavidade é contaminada (exposição para cavidade abdominal), perfuração por uma diverticulite é infectada. Apendicite – É contaminada quando rompeu, pode ser também infectada.
Compartilhar