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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: Teorias e Técnicas Psicoterápicas SEMESTRE: 2020/2 Profa.: Klécia Renata de Oliveira Batista Aluno (a):Gabriela Andrade Mota Resenha do capítulo 1 (Vocação Profissional) do livro: Cartas a um jovem Terapeuta 1) Explanação dos motivos pelos quais escolheu essa carta: O capítulo 1 é de extrema importância para o futuro psicólogo, pois é abordado sobre o que é preciso para ser um bom terapeuta. Ao longo do capítulo é possível fazer uma reflexão sobre os desafios que o psicoterapeuta enfrentará se esse almejar a gratidão do paciente, pois diferente dos médicos, os psicoterapeutas geralmente são esquecidos após o paciente ter resolvido o seu problema. O autor também fala sobre a confiança que deve ser estabelecida entre o paciente e o terapeuta para favorecer o processo de cura, mas essa confiança não pode ser exacerbada, virar uma admiração, pois prejudicará o tratamento. Além disso, o autor fala sobre as características que são essenciais para ser um bom psicoterapeuta e que estas não são adquiridas na formação. 2) Breve Resumo da carta: O autor explana sobre requisitos importantes para ser um psicoterapeuta competente. Ele destaca o valor dos traços de caráter, pois estes dificilmente são adquiridos na formação. Ressalta que se a gratidão for importante para a pessoa que quer se tornar um terapeuta, o mesmo deve procurar outra profissão, porque é muito raro ter a mesma gratidão do paciente que o médico tem. Logo após o problema ser resolvido o terapeuta é esquecido. É importante também que o paciente deposite confiança no terapeuta, pois esta ajudará no processo de cura. Mas a confiança não deve se tornar uma eterna admiração, porque seria trocar um problema pelo outro e aumentaria a duração da terapia. Sobre os traços de caráter que o terapeuta deve ter, o autor fala que é necessário possuir um carinho espontâneo pelas pessoas, mesmo se elas forem bem diferentes dele e deve ter curiosidade pela experiência humana (livre de preconceitos). Se o terapeuta se deparar com um limite que ele não consegue superar, deve encaminhar para outro profissional e se tiver opiniões morais prontas é melhor buscar outra profissão. Além disso, o autor diz que o terapeuta não tem a necessidade de ser um modelo de normalidade. Para finalizar, é abordado que o terapeuta deve fazer terapia, não com fins didáticos, mas para ter condições de trabalhar. É possível ter casos em que o paciente não aparente melhora e o terapeuta duvidará das suas habilidades profissionais, mas saberá que a prática é eficaz, pois já curou pelo menos um: a si próprio. 3) Articulação da carta com o livro didático da disciplina: “[…]o terapeuta precisa sempre examinar e questionar sua prática; deve sempre se atualizar com os novos procedimentos, porque eles são dirigidas a pessoas que vivem em um espaço e tempo sócio- históricos”(p.12). Comentário pessoal: Essa citação se relaciona a carta quando fala que o terapeuta deve sempre analisar e questionar sua prática de modo que compreenda e respeite seus pacientes, ou seja, deve ter curiosidade pela experiência humana e ser livre de preconceitos. “[…]cabe à pessoa do cuidador (o técnico) articularas questões pessoais (intrapsíquicas) com os aspectos coletivos (intrassubjetivos), que estão em relação com as posições do sujeito na sociedade, mesmo quando valores, metas, objetivos e interesses deste indivíduo (aqui chamado de paciente) não sejam coerentes entre si, ou não coincidam com os valores ou julgamentos próprios do terapeuta”(p.12). Comentário pessoal: Esse trecho se aproxima da carta na parte que fala que mesmo que as metas, objetivos e interesses do paciente sejam diferentes do terapeuta o profissional não deve julgá-lo. “[…]é importante ao futuro terapeuta ter um treinamento pessoal e específico, que o ajude a se sentir seguro e capaz de lidar com os problemas, sem conflitos e ansiedades tão comuns aos iniciantes dessa prática”(p.12). Comentário pessoal: A autora do livro sugere que o profissional deve ter um treinamento pessoal e específico para saber lidar de forma melhor com o paciente, corroborando com a fala do autor da carta que ressalta a importância do terapeuta fazer terapia, pois quando surgir conflitos sobre sua prática o mesmo saberá que esta funciona porque curou pelo menos um, ele mesmo. “[…]Muito mais que a qualidade da técnica praticada, a personalidade do terapeuta será de muita ajuda no resultado pretendido, nesse sentido sua terapia pessoal fará grande diferença; como também sua preparação teórica, suas constantes reflexões sobre a fundamentação da psicoterapia, são todos elementos importantes para se tornar um psicoterapeuta”(p.12). Comentário pessoal: Os dois autores, tanto o da carta como a do livro, ressaltam a importância do terapeuta fazer uma psicoterapia pessoal, assim como, a influência da personalidade ou traços caráter do terapeuta no resultado pretendido. “[…]o psicoterapeuta precisará saber lidar consigo mesmo, com o óbvio que, muitas vezes, passará desapercebido. Deverá ter resolvido satisfatoriamente seu narcisismo, seu complexo de onipotência, ter consciência de suas limitações, pois é pela consciência clara de si mesmo que entrará em contato com o mundo desconhecido do outro (Ponciano Ribeiro, 2013, p. 26)”(p.13). Comentário pessoal: Segundo a autora do livro, o terapeuta deve ter consciência de suas limitações para lidar com o universo do outro. Já o autor da carta diz que se o terapeuta se deparar com um limite que ele não consegue superar, ele deve encaminhar para outro profissional. 4) Referências: CALLIGARIS, Contardo. Cartas a um jovem terapeuta: reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. URRUTIGARAY, Maria Cristina Fontes. Teorias e Técnicas Psicoterápicas. Rio de Janeiro: SESES, 2018. CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE
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