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1 CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA VICTORIA EL AKKARI PONTES RELATÓRIO DE ESTAGIO SUPERVISIO NADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR CAMPO HOSPITAL ELÁDIO LASSERRE Salvador 2021 2 VICTORIA EL AKKARI PONTES RELATÓRIO DE ESTAGIO SUPERVISIO NADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR CAMPO HOSPITAL ELÁDIO LASSERRE Trabalho de Conclusão de disciplina em formato de relatório, apresentado ao Curso de Bacharelado em Farmácia, do Centro Universitário Estácio da Bahia como requisito para aprovação na disciplina Estágio III Farmácia Hospitalar. Salvador 2021 3 RESUMO Relatório de Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar, 2021. Trabalho para conclusão do Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar (Curso de graduação em farmácia) – Estácio. O estágio foi realizado no HPEL – Hospital Professor Eládio Lasserre, so supervisão do farmacêutico, Professor Plinio Fabrício Silva de Oliveira, no dia 18 de maio de 2021. Durante esse período, acompanhei e participei da rotina da farmácia hospitalar, onde pude aprender a maioria das atividades cotidianas relacionadas a assistência farmacêutica dentro da unidade hospitalar, que no HPEL, possui a Farmácia Central, A CAF, o almoxarifado e a farmácia satélite que está temporariamente desativada. Apesar das limitações devido a pandemia do Coronavírus, pude acompanhar todo o processo de atendimento da farmácia central, o processo de logística farmacêutica, que consiste na programação, aquisição, armazenamento e dispensação dos medicamentos. Durante o período do estágio, fui auxiliada pelo farmacêutico e sua equipe, em todos os processos realizados. Foi muito satisfatório e único cada momento vivido no HPEL. Foi um período de muito aprendizado que levarei para o resto da minha vida profissional. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 05 2. OBJETIVOS ................................................................................................................ 06 3. METODOLOGIA ........................................................................................................ 07 4. RESULTADOS ........................................................................................................... 12 5. DISCUSSÃO ............................................................................................................... 13 6. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 14 7. ANEXOS ..................................................................................................................... 15 7.1 Anexo 1 – Farmácia Central ........................................................................ 15 7.2 Anexo 2 - Medicamentos farmácia central ............................................................ 17 7.3 Anexo 3 – Medicamentos de Alta Vigilância ....................................................... 18 7.4 Anexo 4 – Check List com os Kits para as Alas ................................................... 19 7.5 Anexo 5 – CAF ..................................................................................................... 20 7.6 Anexo 6 – Medicamento de Alta Vigilância CAF................................................. 21 7.7 Anexo 7 – Medicamentos Portaria 344/98 CAF ................................................... 22 7.8 Anexo 8 - Medicamentos CAF.............................................................................. 22 7.9 Anexo 9 - Quadro de identificação de etiquetas ................................................... 23 7.10 Anexo 10 – Hospital Professor Eládio Lasserre ............................................ 24 5 1. INTRODUÇÃO O presente relatório será apresentado como requisito parcial à aprovação da disciplina de estágio supervisionado em Farmácia Hospitalar do curso de graduação em farmácia do Centro Universitário Estácio e tem como objetivo descrever as atividades que foram realizadas e os conhecimentos adquiridos durante o estágio obrigatório realizado no Hospital Professor Eládio Lasserre – HPEL. O Hospital Professor Eládio Lasserre foi inaugurado em 12 de dezembro de 1996 e ampliado em novembro de 2009, o HPEL está localizado na rua Coronel Azevedo, Cajazeiras II, Setor IV. O HPEL constitui hospital complementar para a Rede de Atenção à Urgências da Região Metropolitana de Salvador, em particular para a região de Cajazeiras, desde o dia 11 de maio de 2020 não realiza mais atendimento de emergência, a unidade só atende pacientes regulados pelo SAMU ou pela Central Estadual a partir de outros hospitais e UPAs de todo o Estado. O hospital possui 154 leitos, sendo 10 leitos de UTI, nas especialidades de clinica médica, pediatria, cirurgia geral, cirurgia vascular e traumato-ortopedia. Durante a pandemia do Coronavirus, o hospital além de continuar prestando assistências nas áreas citadas acima, disponibilizou 10 leitos de UTI para os pacientes regulados com Covid. Além disso, dispõe de equipe multidisciplinar, 04 salas cirúrgicas e equipamento modernos para diagnostico e tratamento dos pacientes regulados. O HPEL é administrado pelo Instituto Fernando Filgueiras e pela Sesab – Secretária da Saúde do Estado da Bahia. Durante o estágio, o preceptor, coordenador farmacêutico da unidade hospitalar, Professor Plinio Fabrício, que é responsável por todos os setores, farmácia central, CAF e o almoxarifado, atuando principalmente na logística farmacêutica, administração, na elaboração de normas para melhor funcionamento dos setores, no acompanhamento e evolução de pacientes, pela dispensação, pelo PGRSS da farmácia, pelas atividades de controle de qualidade dos insumos recebidos e pelas ações de farmacovigilância dentro da farmácia hospitalar. O estágio consistiu no acompanhamento diário das funções e atividades diárias de um farmacêutico no âmbito hospitalar, so orientação do farmacêutico responsável, com auxílio dos colaboradores (auxiliares de farmácia) presente nos setores. Durante o período do estágio, passei pela Farmácia Central, pela CAF, pelo almoxarifado, pela antiga emergência e algumas vezes tive a oportunidade de visitar a UTI e o Centro Cirúrgico. Infelizmente, devido a pandemia não foi possível visitar todas as áreas do hospital. O Sistema Farmacêutico é um serviço que se relaciona com todos os outros serviços hospitalares, principalmente com os médicos e a enfermagem, pois é esse contato direto que garante a efetividade e segurança dos medicamentos. O farmacêutico é quem garante uma aquisição racional e uma ao gestão dos medicamentos. 6 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral Pôr em prática os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso, também adquirir novos conhecimentos relacionados a prática hospitalar e que me permitam adquirir competências para o exercício da profissão farmacêutica na área hospitalar. 2.2. Objetivos específicos. • Conhecer a logística (programação, aquisição e armazenamento), conhecer os sistemas utilizados na dispensação adotada pela farmácia central. • Analisar as prescrições médicas, de acordo com o prontuário médico, no que se refere, a dose, via de administração, possíveis interações medicamentosas e reações adversas. • Vivenciar experiências relacionadas ao cotidiano do farmacêutico no ambiente hospitalar.7 3. METODOLOGIA Inicialmente, os estagiários foram divididos em dois turnos, eu pela manhã e a Cintia pela tarde. O primeiro dia, fomos apresentados ao preceptor do estágio, Professor Plinio Fabrício, o mesmo apresentou o hospital começando, principalmente pela Farmácia Central, onde fomos apresentados aos auxiliares do setor. O primeiro dia, 18/05/2021, conhecemos cada área do hospital, limitado a algumas áreas devido a pandemia do coronavírus. O professor nos contou sore o funcionamento do hospital, que antes o hospital funcionava com a emergência e após análise da própria Sesa verificou-se que a maioria dos atendimentos de emergência do hospital não era para a população da região de Cajazeiras, que era o intuito inicial da instituição. O farmacêutico nos informou sore o projeto Lean nas Emergências, do Ministério da Saúde, implementado pelo Hospital Sírio-Libânes. O projeto faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS. O Lean nas Emergências tem como objetivo aprimorar os fluxos das urgências e emergências de hospitais públicos e filantrópicos de todo o país, através da metodologia Lean para gestão de processos, estimulando boas práticas de gestão de fluxo, de forma a agilizar a passagem e o tempo de permanência na unidade. O estágio ocorreu de segunda a quinta-feira, exceto os feriados, das 08:00 ás 12:00. A farmácia central possui 6 auxiliares, sendo 4 durante o dia e dois no turno da madrugada. A CAF possui dois funcionários administrativos, basicamente eles são responsáveis pelo abastecimento da farmácia central e responsáveis pelas solicitações de compra. No segundo dia, fiquei alocada na farmácia central, observando e aprendendo com os auxiliares da farmácia como era realizado a dispensação dos medicamentos. A farmácia central é dividida em duas salas, a primeira sala é onde ocorre a separação dos medicamentos para serem distribuídos ao hospital e a segunda sala, é onde se separa os kits cirúrgicos. Ao lado da sala de liberação, tem uma outra sala onde está localizada a CAF, o que me chamou bastante atenção, pois tirou aquela visão que adquiri na faculdade da CAF ser no subsolo, longe de tudo, e a CAF localizada quase no mesmo ambiente que a Farmácia Central ajuda a comunicação dos setores por exemplo, caso haja falta de algum medicamento para dispensação. A liberação das prescrições no HPEL, são liberadas para 24hrs. A dispensação dos medicamentos são realizadas através do sistema, na ordem abaixo: 1) O pedido médico chega no sistema 2) Ocorre a impressão dos check-list 3) Separa os kits de acordo com as Alas ( Ala A, Ala B, Ala C, UTI e UTI Covid) 4) No check list, vem descrito o nome do paciente, o número do prontuário médico, em qual setor o paciente está (Ala e o leito) e o médico que realizou a solicitação. 5) Após separar os medicamentos e identificar os sacos transparentes com a ala e o numero do leito, é feito a identificação no sistema. 6) Os medicamentos são identificados através de uma etiqueta com um código de barras que é identificado no sistema. 7) Confirma a separação e deixa separado para quando todos os pedidos estiverem separados, sejam levados para seus respectivos locais. 8 Na farmácia central, os medicamentos que são controlados pela Portaria 344/98, ficam armazenados em 8 armários todos identificados na sua porta e fechados com chave. Os medicamentos da portaria 344/98, que pude perceber grande demanda são: • Tramadol • Midazolam • Quetiapina Já os medicamentos de alta vigilância, que são aqueles que possuem risco aumentado de provocar danos significativos ao paciente em decorrência de uma falha no processo de utilização. Os erros que ocorrem esses medicamentos podem não ser os mais frequentes, porém suas consequências tendem a ser mais graves, podendo ocasionar lesões permanentes ou à morte. No HPEL, esses medicamentos são identificados por uma etiqueta vermelha. Alguns dos medicamentos que pude observar com essa descrição, que pude separar nas prescrições e são padrões do HPEL • Cloreto de Suxametônio (Anestésico Geral) • Cloridrato de Etilefrina (Hipotensão sintomática) • Adenosina (Taquicardia Paroxística Supraventricular) • Epinefrina (Anafilaxia, choque anafilático) • Cloridrato de Doutamina (Melhorar a força de contração) • Cloridrato de Difenidramina (anti-histaminico) • Cloridrato de Prometazina (Anafilático) • Heparina Sódica 25.000UI (Anticoagulante) • Heparina Sódica 50.000UI (Anticoagulante) • Glicose 25% (Fonte calórica, nutrição parenteral) • Cloridrato de amiodarona 50mg/ml (Arritmia) • Enoxaparina 40mg/ml (Anti-tramolítico, muito utilizado em pacientes internados por covid) • Vasopressina 20UI (Prevenção de distensão adominal) • Hemitartarato de norepinefrina • Digoxina 0,25mg (Insuficiência Cardíaca Congestiva) • Glibenclamida 5mg (Diabetes) Esses medicamentos listados acima, são frequentemente empregados na unidade de terapia intensiva (UTI) e nos serviços de emergência, mas também pode estar envolvido em processos de intervenção, como a quimioterapia. São fármacos essenciais para a terapia medicamentosa e, portanto devem-se implantar formas de aumentar a rastreabilidade e a prevenção da ocorrência de erros e danos graves. Após verificar o processo de dispensação, o farmacêutico mostrou através do sistema como se realiza a liberação de medicamentos não padronizados pelo hospital. A lista de medicamentos não padronizado, tem o acesso restrito, somente o farmacêutico tem acesso. Alguns dos medicamentos considerados não padrão são: • Omeprazol 40mg FA • Sabultamol, (Aerolin) Spray 100mcg FR • Quetiapina 25mg ( usado como alternativa de sedação) 9 • Fluconazol 200mg Bolsa (Analisar sempre a prescrição e o estoque disponível, verificar quantos pacientes estão em uso, se vai dar para atender todas as demandas). • Os outros medicamentos como, polimixina e heparina não estavam sendo aprovadas as prescrições por falta. Os medicamentos considerados não padrão, os citados acima, na verdade são medicamentos padronizados do HPEL, mas esse “bloqueio” foi uma forma de conseguir ter um controle maior da saída desses medicamentos, pois são considerados “visados” no hospital. Foi ensinado como se realiza uma SDE – Saída de Devolução de Empréstimo e uma SPE – Saída por Empréstimo. Os empréstimos são organizados em uma tabela de Excel, onde está descrito tudo que foi emprestado ou foi pego emprestado de outros hospitais e o que já foi devolvido também. Os principais hospitais que realizam os empréstimos para o HPEL e vice versa são: • HM – Hospital da Mulher • HRSAJ – Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus • Hospital Couto Maia Após alimentação da tabela no sistema, os comprovantes após assinados pelos farmacêuticos (Do hospital cedente e do hospital receptor) é armazenado em suas respectivas pastas. Esses comprovantes caso seja necessário identificar no sistema do hospital, é possível através do numero de recibo, que é sempre a data do dia da operação, por exemplo, dia 19/05/2021 teve uma saída por empréstimo para o HM, o número do recibo será, 19052021SPE. Caso fosse uma saída de devolução de empréstimo seria, 19052021SDE. Durante a pandemia, o farmacêutico passou a ser responsável pela dispensação diárias dos EPIs. Os EPIs liberados pela farmácia central, são as máscaras N95, são dispensadas mediante requisição assinada pelo departamento de segurança do trabalho e carimbado pelo departamento de enfermagem. Esse controle também é realizado através de uma tabela, onde é verificado a ultima retirada. Os EPIs são autorizados a serem liberados a cada 15 dias. Nessa tabela, tem descrita as seguintes informações: • Matricula do funcionário • Nome do funcionário • Profissão • Setor de atendimento • Quantidade que já foi retirada • Ultima retirada• Próxima retirada • Observação ( caso a data de retirada ainda não estivesse disponível, tinha que explicar o motivo, por exemplo, sujou de secreção durante procedimento) Também devido a pandemia, existe uma planilha de acompanhamento diário dos medicamentos utilizados para o Covid. A maioria são medicamentos de alta vigilância, usados principalmente para intubação. Os medicamentos de alta vigilância são: • Atracurio 10 • Cisatracurio • Fentanila • Rocuronio • Midazolam • Vasopressina • Propofol São medicamentos de alto custo pro hospital que durante a pandemia entraram em falta constantemente. O preenchimento dessa planilha é realizada através de um relatório de consumo extraída do próprio sistema do hospital, chamada Relatec. Era umas das primeiras atividades a serem realizadas no dia. Com esse relatório é possível acompanhar o estoque desses medicamentos, para caso estivesse próximo a falta, informar a comissão multidisciplinar a possível substituição, e analisar a saída média diária para a próxima solicitação de compra. Na mesma planilha, além dos medicamentos há uma aba onde se preenche o levantamento diário das prescrições médicas solicitadas dentro do prazo. Essa tabela é dividida em solicitações medicas ate as 12hrs e após as 12:01hrs. Essa tabela é dividida em 4 setores, de onde vem as prescrições. • Clinica Médica • Cirurgia Geral • Cirurgia Vascular • Cirurgia Ortopédica O farmacêutico é responsável por realizar auditorias em todos os âmbitos hospitalares que possuem medicamentos e materiais hospitalares, exemplos, carro de emergência, kits cirúrgicos. Durante o estágio, tive a oportunidade de auditar uma maleta que se encontrava na UTI e dois carros de emergência. Essa auditoria, deve ser realizada constantemente afim de reduzir os custos com os medicamentos e materiais hospitalares (gazes, agulhas, esparadrapos, etc). Nessa auditoria é realizado a conferencia do que está dentro do compartimento, verificando sempre a validade, lote e a quantidade. Essa checagem é realizada mediante uma lista impressa no sistema Relatec. Antes de realizar a conferência, é verificado se houve alguma utilização do material, exemplo, carro de emergência, é verificado no papel de utilização o número do último lacre colocado, se condiz com o que está no equipamento. Caso seja identificado alguma irregularidade é anotado no livro de ocorrência da farmácia. Caso tenha medicamento vencido, antes de descartar, tem que realizar uma expedição direta da FC, para o local onde está sendo auditado, para substituição. E realizar a transferência da local para a FC para ser descartado no lixo químico. Os carros de emergência, o ideal é que os medicamentos tenham no mínimo 1 ano para vencer assim a auditoria levará mais tempo para ser utilizada, mas é necessário realizar conferência mensalmente. A penúltima semana no estágio, pude participar do inventário geral da CAF, que é realizado anualmente, diferente da farmácia comunitária que é realizada a cada 6 meses. No inventário geral, é realizado a impressão no sistema do hospital, onde vem descrito todos os medicamentos, seus lotes e validades. A contagem é feita em três etapas. 11 1ª etapa: Primeira Contagem – foram cerca de 22 páginas, total de 4 colaboradores para realização da contagem, 2 auxiliares da CAF, um farmacêutico e um estagiário. O auxiliar 1, chamado Paulo, ficou com as páginas ímpares, a Graziele, segunda auxiliar, ficou responsável pelas paginas pares, eu e a farmacêutica, Raine, ficamos responsáveis pelas paginas avulsas. Ao final da contagem, assinávamos as paginas e Plinio realizava o lançamento no sistema do hospital. 2ª etapa: Segunda Recontagem – Realizava-se o mesmo processo que a primeira etapa só invertia as ordens, Paulo contaria as pares e Graziele as páginas impares. 3ª etapa: Terceira Recontagem – Essa etapa só é necessária caso haja divergências nas outras contagens. 12 4. RESULTADOS Durante o período de estágio, obtive uma visão ampla da profissão e entendi a real importância do farmacêutico, não apenas na área hospitalar, mas na saúde como um todo. Devido a pandemia não ache o tempo suficiente para aprender todos os processos do hospital, mas todo o aprendizado adquirido foi o suficiente para me mostrar uma outra realidade do ramo farmacêutico. Acompanhei de perto alguns processos de aquisição, de armazenamento, o processo de dispensação de medicamentos, foi o que eu mais pude acompanhar. Apesar do tempo curto no campo, pude conhecer o funcionamento de cada setor, a CAF e a farmácia central. Através da experiência adquirida, entendi que um farmacêutico hospitalar além de ter um conhecimento amplo sobre os medicamentos, é necessário ter conhecimentos básicos de administração, gestão de liderança, habilidade para coordenação, conhecimento dos POP’s e sobre o PGRSS, além de ser capaz de trabalhar com uma equipe multiprofissional. Infelizmente, no período do estágio a farmácia satélite não estava em funcionamento, foi desativada quando foi suspenso o serviço de emergência do hospital, mas fiquei extremamente feliz ao saber do próprio farmacêutico que é o coordenador de farmácia do hospital, que tem um projeto para reabrir a farmácia satélite, pois a farmácia central está bastante sobrecarregada. Tanto na farmácia central como na CAF, tive a oportunidade de conhecer diversos medicamentos e materiais que nunca havia tido contato antes. Apesar de traalhar a um certo tempo em farmácia comunitária e ter uma certa noção de medicamentos, o amito hospitalar é esplendido e bastante prazeroso. É possível sentir que realmente você está salvando vidas. Na farmácia central, realizei a separação dos pedidos, lancei os pedidos no sistemas para ser levado aos pacientes, fracionei e etiquetei os medicamentos, auxiliei na organização para o inventário e abasteci e auditei os carrinhos de emergência. Durante o estágio também visitei a CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico), que é a unidade de assistência farmacêutica, que serve para o armazenamento de medicamentos e correlatos. Pode ser considerado o suporte para a farmácia central e para a futura farmácia satélite, tendo papel muito importante na aquisição e armazenamento dos medicamentos. 13 5. DISCUSSÃO A farmácia possui uma boa relação com a toda a equipe multiprofissional do hospital, sendo o maior contato direto com a equipe de enfermagem, mas quando necessário alguma orientação ou intervenção o farmacêutico entra em contato com o médico, principalmente quando há uma falta relacionada a um medicamento prescrito, para poder substituir, ou para verificar uma dose equivocada, sendo os médicos em receptivos a correções e orientações passadas pelo profissional farmacêutico. No período do estágio, pude presenciar alguns conflitos, com o pessoal da enfermagem, foram dois casos, os dois referentes a prescrição médica. Segundo os auxiliares da farmácia isso acontece com uma certa frequência. O sistema de dispensação da farmácia funciona de forma unitária e é dispensado as medicações para 24hrs caso o paciente esteja internado principalmente. Caso aconteça alguma urgência e seja necessário outro medicamento, o medico deve acrescentar na prescrição do paciente, para assim a farmácia poder realizar a liberação, nenhum medicamento é liberado pela farmácia senão tiver no sistema. Mas em caso de falta de energia, ou outros eventuais acontecimentos, existe um livro de protocolo de dispensação manual de medicamentos, onde o auxiliar da farmácia pode realizar a dispensação das prescrições, seguido da assinatura e carimbo do responsável pela prescrição e de quem foi retirarna farmácia, assim aumentando a rastreabilidade dos medicamentos. O sistema unitário de dispensação, é mais eficiente em relação ao coletivo e o individualizado. Pois não cria estoques periféricos, reduz o potencial de erros de medicação, todos os medicamentos são dispensados em doses organizadas facilitando a administração, assim reduz o tempo gasto pela enfermagem para separar as medicações, também há redução dos custos com os medicamentos através do maior controle do estoque e faturamento e assim garantindo maior segurança para o paciente. O sistema da farmácia é bem simples, é necessário duas pessoas na área de dispensação, uma monta os kits e a outra lança no sistema. Basicamente, realiza as dispensações por alas, após todos os kits serem finalizados são levados para serem administrados. Além de um sistema de distribuição adequado, outra medida utilizada para racionalizar os gastos, é a padronização de medicamentos. Essa padronização, busca elaborar um mix de medicamentos, que atenda às necessidades terapêuticas dos pacientes, ao menor custo. Os medicamentos são padronizados pelo nome genérico. As vantagens dessa medida entre outras são: • Reduzir o custo da terapêutica sem prejuízos para a segurança e a eficácia dos medicamentos • Racionalizar o número de medicamentos, com consequente redução dos custos de aquisição, pois a compra é realizada mensalmente • Uniformizar a terapêutica • Aumentar a qualidade da farmacoterapia e facilitar a vigilância farmacológica. • Utilização do nome genérico por todos os membros da equipe de saúde. A CAF representa um papel muito importante no que diz respeito a aquisição e armazenamento de medicamentos, pois esses devem ser acondicionados de forma que assegure a segurança e eficácia do medicamento. A CAF do HPEL possui oas praticas de armazenamento, tendo instalações adequadas e profissionais qualificadas. 14 6. CONCLUSÃO O estágio em farmácia hospitalar agregou muito conhecimento e experiência a minha vida acadêmica, obtive uma visão real da função do farmacêutico no circuito do medicamento e de sua relevância na equipe de saúde. Tive a oportunidade de conhecer profissionais excepcionais, que me ensinaram procedimentos técnicos, administrativos e principalmente como se relacionar com a equipe. Contribuindo para o meu crescimento tanto a nível profissional como pessoal. O Hospital Professor Eládio Lasserre foi um excelente campo de estágio, possuindo uma estrutura bastante organizada, que garante suporte para que o profissional exerça sua função da melhor maneira possível. O contato com a farmácia hospitalar, ampliou a minha visão de trabalho, arrisco a dizer que se tornou a minha principal área de escolha para seguir carreira. 15 7. ANEXOS 7.1. Anexo 1 – Farmácia Central 16 17 7.2. Anexo 2 - Medicamentos farmácia central 18 7.3. Anexo 3 – Medicamentos de Alta Vigilância 19 7.4. Anexo 4 – Check List com os Kits para as Alas 20 7.5. Anexo 5 – CAF 21 7.6. Aexo 6 – Medicamento de Alta Vigilância CAF 22 7.7. Anexo 7 – Medicamentos Portaria 344/98 CAF 7.8. Anexo 8 - Medicamentos CAF 23 7.9. Anexo 9 - Quadro de identificação de etiquetas 24 7.10. Anexo 10 – Hospital Professor Eládio Lasserre
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