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Relatorio de estagio supervisionado em farmacia hospitalar

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 
FARMÁCIA 
MARIA EDUARDA DE PAULA FRADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: farmácia hospitalar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2022 
Maria Eduarda de Paula Frade 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: farmácia hospitalar 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado ao curso de Farmácia, do 
Centro Universitário Newton Paiva, como requisito 
parcial para aprovação na disciplina de Estágio 
Supervisionado em Farmácia Hospitalar. 
Área de concentração: Farmácia Central. 
Orientadora. Profa. Cristiane de Paula Rezende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2022 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 
2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 5 
3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 5 
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................................ 6 
4.1 Farmácia Central .............................................................................................. 6 
4.1.2 Inclusão de prescrições no sistema .............................................................. 6 
4.1.3 Separação de medicamentos e montagem das tiras ..................................... 6 
4.1.4 Identificação de erros de dispensação .......................................................... 7 
4.1.5 Entrega das tiras ........................................................................................... 7 
4.1.6 Devolução de medicamentos e materiais médicos ........................................ 8 
4.1.7 Dispensação de medicamentos e materiais médicos avulsos ....................... 8 
4.1.8 Contagem e dispensação de medicamentos controlados ............................. 9 
4.1.9 Dispensação de antimicrobianos ................................................................... 9 
4.2 Farmácia do bloco cirúrgico ........................................................................... 10 
4.3 Farmácia clínica ............................................................................................. 11 
4.3.1 Validação de prescrição .............................................................................. 11 
4.3.2 Validação de medicamentos ....................................................................... 11 
4.4 Farmácia do pronto atendimento .................................................................... 12 
4.5 Farmácia do centro de tratamento intensivo (CTI) .......................................... 13 
4.5.1 Conferência e montagem do carro de emergência ...................................... 13 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 144 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Conselho Federal de Farmácia define a farmácia hospitalar como uma unidade 
clínica, econômica e administrativa, conduzida por farmacêuticos e integrada com as 
outras unidades administrativas e de assistência ao paciente. Nesse contexto, é válido 
ressaltar a importância da farmácia hospitalar em todos hospitais, uma vez que esta 
dispõe de serviços que estão inseridos no âmbito assistencial, administrativo e 
técnico-científico, tendo a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) 
como base. 
De acordo com a Resolução nº 338 de 06e de maio de 2004, a Assistência 
Farmacêutica (AF) trata-se de: 
Um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da 
saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo 
essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve 
a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, 
bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, 
garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação 
de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da 
melhoria da qualidade de vida da população. 
As atividades englobadas na AF estão organizadas dentro do chamado “Ciclo da 
Assistência Farmacêutica”, onde cada uma produzirá resultados e/ou produtos que 
permitem a realização do processo seguinte. Seu principal objetivo é contribuir para 
melhorias na qualidade de vida da população, e para isso acontecer, é necessário a 
atuação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial em níveis da macropolítica, 
macrogestão e gestão do cuidado, resultando em ações que promovam benefícios 
para os usuários do sistema de saúde. 
Dentro dos processos da farmácia hospitalar, cabe evidenciar o “Ensino e Pesquisa” 
e a “Educação Continuada”, em que serão desenvolvidos recursos humanos para o 
funcionamento da farmácia, assim como a capacitação de estudantes e profissionais 
através da promoção de cursos internos e externos realizados por meio da 
participação de pesquisas clínicas e da divulgação científica, com o objetivo de ampliar 
o conhecimento desses clientes-alvo. 
Desse modo, é perceptível que, para o acadêmico em farmácia, o estágio em farmácia 
hospitalar é de suma importância para sua formação, visto que as atividades 
desenvolvidas permitem que o estudante tenha contato com o cenário real da prática 
e consequentemente adquira novos conhecimentos relacionados à gestão técnica e à 
5 
 
gestão do cuidado, visando a garantia dos princípios da Assistência Farmacêutica – 
“promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva”, levando em 
consideração o uso racional dos medicamentos aplicando método centrado no 
paciente. 
2. OBJETIVOS 
A realização do estágio teve como objetivo, proporcionar ao acadêmico o 
conhecimento da realidade profissional em farmácias hospitalares, por meio da 
observação de sua dinâmica de funcionamento, organização e atendimento ao 
público; o reconhecimento e distinção das atribuições do farmacêutico em farmácias 
hospitalares; a compreensão e aplicação dos aspectos técnicos, legais e éticos 
relacionados ao trabalho do farmacêutico em farmácias hospitalares, com enfoque no 
uso racional de medicamentos; a avaliação com espírito crítico a assistência 
farmacêutica em farmácias hospitalares, além de complementar o ensino, a 
aprendizagem, e o relacionamento humano. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
A matriz curricular do curso de Farmácia da Newton Paiva oferece esse estágio para 
os alunos no 7º período, e está vinculado à disciplina de estágio supervisionado em 
farmácia hospitalar em que a professora responsável – Cristiane de Paula Rezende - 
dispõe do conteúdo teórico com o propósito de acrescentar no conhecimento dos 
alunos e auxilia-los durante a realização do estágio. 
O estágio foi realizado no Hospital da Polícia Militar, localizado na região leste de Belo 
Horizonte, na avenida do contorno, número 2787 do bairro Santa Efigênia. A data de 
início foi dia 07 de março de 2022 e a data de encerramento foi dia 01 de abril de 
2022, sendo cumpridas 6 horas diárias nos dias de segunda-feira, terça-feira e sexta-
feira, realizadas no período das 13:00 às 19:00 horas. Já nos dias de quarta-feira e 
quinta-feira foram cumpridas 5 horas diárias, realizadas no período das 14:00 às 19:00 
horas, sob supervisão das farmacêuticas oficiais Tenente Miryan, Tenente Rafaela, 
Tenente Andreza e Capitã Tatiana, resultando em 28 horas semanais e 100 horas 
totais. 
 
6 
 
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
4.1 Farmácia Central 
4.1.2 Inclusão de prescrições no sistema 
A dispensação de medicamentos e materiais médicos ocorre todos os dias na 
farmácia central e nas demais farmácias satélites, mas para que essa atividade 
aconteça, é necessário que as prescrições dos pacientes sejam atualizadas 
diariamente eestejam registradas no sistema do hospital. Dessa forma, quando os 
médicos vêm à farmácia, eles deixam as prescrições novas de todos pacientes, sendo 
uma original, a qual deve ser incluída no sistema e uma cópia, que deve ser 
apresentada para o farmacêutico oficial do dia. O profissional que entrega as 
prescrições e o que as recebeu na farmácia, devem assinar seu nome em um “check 
list” que contém os nomes dos pacientes em suas respectivas alas. 
Para incluir a prescrição, deve ser colada na original uma etiqueta que possui um 
código de barras que deve ser bipado pelo leitor de códigos e em seguida é acessado 
no sistema a aba denominada “pacientes”, onde possui a opção “incluir” em que 
deverá ser pesquisado o nome completo do paciente, a ala em que se encontra e o 
seu leito, como consta na sua prescrição. Depois de conferir se está tudo correto, deve 
ser impressa uma etiqueta com as informações descritas acima, que será colada na 
tira de medicamentos separados do paciente. 
4.1.3 Separação de medicamentos e montagem das tiras 
Após incluir a prescrição no sistema e imprimir as etiquetas, os medicamentos e 
materiais médicos são separados de acordo com a prescrição. Os medicamentos são 
organizados na farmácia em ordem alfabética, identificados pelo nome do princípio 
ativo e sua dose: os termolábeis ficam na geladeira, as demais formas farmacêuticas 
ficam no estoque comum e os controlados da portaria 344 ficam armazenados em um 
armário separado. Os matérias médicos também ficam no estoque comum e são 
identificados pelo seu nome e suas especificações, como por exemplo: seringa 5 mL, 
cateter intravenoso 22 g, agulha hipodérmica 40 x 12, entre outros. 
A pessoa responsável pela separação, faz os aprazamentos conforme foi prescrito, 
cabe citar dois exemplos: 
7 
 
A) Metronidazol 500 mg/100 mL 01 bolsa EV de 8/8 horas (infundir em 60 
minutos): nesse caso, o uso desse medicamento deve ser feito três vezes ao 
dia, assim, o aprazamento será feito com os horários padronizados – 21 horas, 
5 horas e 13 horas. 
B) Metoclopramida 5 mg/mL – 2 mL + 18 mL ABD – EV lento de 8/ horas – se 
náuseas ou vômitos: nessa situação, o medicamento não será separado, pois, 
foi especificado que o seu uso deve ser feito “se náuseas ou vômitos”, portanto, 
caso o paciente venha a sentir esses sintomas, o técnico de enfermagem 
responsável por ele vai até a farmácia e solicita o medicamento junto com a 
prescrição. 
Depois do aprazamento, os itens serão separados e bipados no sistema na conta do 
paciente e em seguida colocados nas tiras, que são sacos plásticos transparentes, 
segregados de acordo com os horários que foram aprazados. Quem for responsável 
por esse serviço deve assinar na etiqueta localizada na prescrição e colocar as tiras 
nas caixas identificadas com o nome das alas – apartamento, clínica cirúrgica, clínica 
médica e pediatria. 
4.1.4 Identificação de erros de dispensação 
A fim de evitar erros como posologia, quantidades e horários incorretos, 
medicamentos e diluentes faltantes, foi desenvolvido um método que consiste em 
conferir tudo que já foi separado com a prescrição do paciente. A pessoa responsável 
em realizar essa atividade, faz a conferência por ala, anota a quantidade de itens 
conferidos, de erros se forem identificados e especifica qual o tipo de erro (falta de 
medicamento, horário incorreto, medicamento incorreto, dose incorreta). Ao finalizar 
o processo, o número total de erros identificados, prescrições e itens contados devem 
ser passados para o farmacêutico oficial que registra esses dados em uma planilha 
de Excel, a qual faz um levantamento em porcentagem de erros identificados por mês. 
4.1.5 Entrega das tiras 
Cada funcionário do plantão é responsável por entregar as tiras de medicamentos em 
suas respectivas alas. Antes de saírem para a entrega, o farmacêutico oficial deve 
assinar todas as prescrições, caso encontre algo que precise ser corrigido, ele procura 
o médico responsável para realizar a correção. Geralmente, a entrega acontece às 
8 
 
16:00 todos os dias, e as enfermeiras de cada ala conferem as tiras e assinam o check 
list. 
4.1.6 Devolução de medicamentos e materiais médicos 
Quando um paciente tem alta ou é transferido de ala ou vem a óbito, as tiras de seus 
medicamentos que não foram usados, são entregues na farmácia para que seja 
realizada a sua devolução. No sistema contém uma aba chamada “devolução”, nela 
deve ser bipado o código de barras localizado na etiqueta que foi colada nas tiras, 
desse modo, será aberta uma página que mostra a conta do paciente, nela contêm 
todos os itens que foram bipados no processo de separação de medicamentos. Para 
realizar a devolução é necessário pegar cada item e passar seu código de barras no 
leitor de código, assim é possível ver a quantidade de itens que foram devolvidos e de 
itens que foram utilizados pelo paciente. Depois de realizar essa tarefa, os 
medicamentos e materiais médicos devem ser colocados de volta em seus locais de 
armazenamento. 
4.1.7 Dispensação de medicamentos e materiais médicos avulsos 
Como já foi descrito, quando um medicamento é prescrito para ser utilizado somente 
se o paciente apresentar sintomas específicos, os técnicos de enfermagem devem ir 
à farmácia e solicitar tal medicamento apresentando a prescrição. Os medicamentos 
coletivos – dipirona gotas, colírios, insulina NPH, cremes, pomadas e géis – são 
dispensados por gotas, unidades e gramas respectivamente. Os materiais médicos 
não estão descritos nas prescrições, portanto, o profissional que está realizando a 
dispensação deve saber quais serão utilizados dependendo do medicamento 
solicitado, ou os técnicos de enfermagem informam, os mais comuns são: seringas, 
agulhas hipodérmicas, soro fisiológico 0,9% de 10 mL para manter o cateter venoso 
salinizado, gazes estéreis, jelcos entre outros. 
Os itens (medicamento e materiais médicos) que foram solicitados devem ser bipados 
na conta do paciente da mesma forma que é feita no processo de separação de 
medicamentos. 
 
 
 
9 
 
4.1.8 Contagem e dispensação de medicamentos controlados 
Os medicamentos sujeitos a controle especial ficam armazenados no estoque de 
todas farmácias em um armário separado que possui uma fechadura para mantê-los 
em segurança, e é necessário que o profissional responsável pelo plantão do dia faça 
a contagem desses medicamentos no início e no final do seu expediente para garantir 
a segurança contra roubos, dispensações incorretas, entre outros. 
Para realizar essa tarefa, deve-se utilizar uma lista localizada no sistema que consta 
a quantidade e lote de cada medicamento conforme o que já foi dispensado, para ir 
conferindo se as informações estão de acordo com o que tem no estoque. Quando 
alguma divergência é encontrada, deve-se informar para o farmacêutico oficial para 
que sejam adotadas as medidas necessárias. 
A dispensação desses medicamentos é feita separadamente da tira, os técnicos de 
enfermagem devem ir à farmácia em no máximo 30 minutos antes da hora de 
administração e apresentar prescrição do paciente no momento da solicitação do 
medicamento. A pessoa que for responsável pela dispensação deve carimbar a 
prescrição com um carimbo especial, ele possui um campo para preencher com a data 
e horário que o medicamento foi dispensado, o nome do medicamento, de quem 
dispensou e de quem recebeu. 
4.1.9 Dispensação de antimicrobianos 
Para realizar a dispensação de antimicrobianos, o médico prescritor deve preencher 
uma ficha de “solicitação de antimicrobianos”, na qual deve conter o nome do paciente, 
sexo e idade, data de internação, o setor e leito em que ele se encontra internado. Há 
um espaço específico para registrar o nome do medicamento, dose, via de 
administração e a duração do tratamento em dias, além disso deve-se sinalizar se o 
uso do antimicrobiano é profilático ou terapêutico. Ademais,é necessário que o 
médico responsável pela solicitação registre a justificativa para o uso do medicamento, 
pois um médico da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar analisa a solicitação 
para julgar se tal medicamento e as condições de uso estão de acordo com a 
justificativa registrada. 
Na mesma ficha, há outro espaço reservado para a farmácia, onde a pessoa 
responsável pela dispensação registra a data e hora dessa ação, além da sua 
assinatura e a do farmacêutico oficial. No verso da ficha são registrados os dias e 
10 
 
quantidades em que o medicamento foi dispensado. Quando a duração do tratamento 
acaba e o médico opta pela sua continuação, deve ser enviado para a farmácia um 
pedido novo com um prazo de 12 horas de antecedência. 
4.2 Farmácia do bloco cirúrgico 
A rotina dos funcionários em todas as farmácias do hospital, é conferir a temperatura 
do ambiente e da geladeira para assegurar que os medicamentos estão armazenados 
em condições adequadas para manter sua estabilidade. Na farmácia do bloco 
cirúrgico, também deve ser conferida a temperatura da câmara quente, nela ficam 
soros fisiológicos que são utilizados nas cirurgias e precisam estar na temperatura 
corporal (37ºC). 
Essa farmácia se difere das demais por conter materiais de uso exclusivo da cirurgia, 
como por exemplo: tela cirúrgica de polipropileno, trocater, compressa neurocirúrgica, 
entre outros. Em vista disso, é muito importante que o profissional responsável por 
realizar a requisição de materiais e medicamentos tenha muita atenção com a 
quantidade dispensada, pois, caso venha faltar algum desses de uso exclusivo da 
cirurgia, não será possível fazer a transferência das outras farmácias satélites, uma 
vez que estas não possuem tais materiais em seu estoque, sendo necessário cancelar 
a cirurgia. 
A dispensação é feita assim como na farmácia central – a prescrição deve ser incluída 
no sistema e todos os itens solicitados devem ser registrados na conta do paciente. 
Entretanto, ao invés de serem montadas as tiras, quando há uma cirurgia marcada, 
devem ser montados os chamados “carrinhos cirúrgicos”, os quais possuem kits 
anestésicos e materiais médicos comuns utilizados nas operações, mas vale ressaltar 
que cada carrinho possui itens específicos de acordo com a cirurgia a ser realizada. 
Os materiais médicos (luvas, seringas, compressas, eletrodos, agulhas, entre outros) 
são enviados dentro de uma maleta que possui uma etiqueta com a identificação do 
paciente e a sala em que será realizada a sua cirurgia. 
Quando a cirurgia acaba, o carrinho é enviado de volta para a farmácia, onde será 
identificado pelo funcionário que o recebeu, tudo que foi utilizado na operação, que 
assim como os outros itens dispensados, devem ser registrados na conta do paciente. 
Após realizar essa tarefa, os itens que foram utilizados devem ser repostos na maleta 
e no carrinho para o uso do próximo paciente. 
11 
 
4.3 Farmácia clínica 
4.3.1 Validação de prescrição 
Todos os dias são disponibilizadas as cópias das prescrições dos pacientes que 
estão internados no hospital. Os farmacêuticos e estagiários são responsáveis por 
conferir se as prescrições estão elaboradas da forma padronizada, verificando se os 
medicamentos estão dispostos pelo nome do princípio ativo, com sua posologia, via 
de administração, frequência e se há emprego de abreviaturas não permitidas que 
podem comprometer a segurança do paciente. No caso da via endovenosa, é 
necessário em alguns casos que tenha o tempo de infusão e um composto diluente, 
como o soro 0,9%, pois com ele, a administração do medicamento ficará mais 
confortável para o paciente. Além disso é verificado se os dados do paciente estão 
completos: registro geral, nome, data de nascimento e leito. Esse serviço está dentro 
do artigo 7º da resolução nº 585 do CFF, onde estão descritas as atribuições clínicas 
do farmacêutico: 
IV – Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e 
técnicos; XV - Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes 
relacionados aos medicamentos e a outros problemas relacionados à 
farmacoterapia; 
 
Quando são encontrados alguns problemas, devem ser sinalizados para realizar 
intervenções, dentre eles os mais comuns são a ausência de data de nascimento, da 
via de administração e do tempo de infusão, também é frequente os medicamentos 
estarem prescritos pelo nome comercial. Esses erros são sinalizados para o médico 
responsável pela prescrição, o qual faz a devida alteração na prescrição original do 
paciente. 
4.3.2 Validação de medicamentos 
O hospital dispõe de diversos medicamentos padronizados para o uso dos pacientes, 
entretanto, quando eles fazem uso de algum medicamento prescrito não-padronizado, 
é necessário levá-lo para o hospital para que o paciente possa fazer uso durante sua 
internação sem prejudicar seu tratamento. No caso de colírios, não devem ser 
validados se o paciente ou o acompanhante não souberem informar a data do início 
do uso, pois a maioria desses medicamentos tem validade de 30 dias. 
Para identificar se há algum medicamento que deve ser validado, é verificado na 
prescrição se está prescrito como “do paciente” na linha do medicamento. Com isso, 
12 
 
verifica-se se ele já foi validado, caso não tenha sido, é necessário ir à farmácia 
central, imprimir uma etiqueta de identificação que contém o nome completo do 
paciente e seu leito, e pegar um saco plástico para colocar o (s) medicamento (s). 
Após providenciar esses itens, é preciso verificar se o medicamento a ser validado 
está no posto de enfermagem, mas na maioria das vezes ele está no leito do paciente. 
Dessa forma, a pessoa responsável por esse serviço vai ao leito, se apresenta para o 
paciente e seu acompanhante (caso tenha), explica o motivo da realização da 
validação e informa que o medicamento será recolhido, deixado no posto da 
enfermagem e quando estiver no horário de tomar, o enfermeiro responsável irá 
administrá-lo. Porém, se o paciente estiver em isolamento por covid-19 ou qualquer 
outro motivo, é preciso pedir para o enfermeiro responsável por aquele paciente, para 
pegar os dados necessários do medicamento. 
Ao explicar esse processo, os dados do (s) medicamento (s) são preenchidos na folha 
de validação: nome do fármaco e sua posologia, nome comercial, quantidade e forma 
farmacêutica, lote e validade. Depois disso, é recolhido a assinatura do paciente, do 
enfermeiro oficial e da farmacêutica, e então a folha de validação é anexada no 
prontuário do paciente. Também é necessário registrar na planilha de validação da 
farmácia o nome desse paciente e qual medicamento foi validado, como forma de 
rastreamento do serviço. 
4.4 Farmácia do pronto atendimento 
A estrutura da farmácia do pronto atendimento (PA) se difere das outras farmácias por 
possuir três janelas: uma destinada para a sala de observação de adultos sem 
sintomas respiratórios, outra para a sala de observação de adultos com sintomas 
respiratórios e a da sala de medicação. 
A prescrição já chega incluída no sistema, ela possui um código de barras específico 
da farmácia que deve ser passado no leitor de código quando medicamentos e 
materiais médicos são solicitados por médicos e enfermeiros. Esses itens estão 
dispostos em quantidades menores devido à demanda, mas o estoque é monitorado 
com frequência para que não falte nada. O processo de dispensação, devolução e 
contagem de medicamentos controlados acontece da mesma forma em que já foi 
citada anteriormente. 
13 
 
Nesse setor, são montados e dispensados os kits de endoscopia, que são solicitados 
quando há um procedimento marcado no hospital; as bolsas de atendimento pré-
hospitalar – bolsa U.T.I – que possuem kit de soroterapia, kit de intubação e kit de 
pequena cirurgia; e as maletas, que contêm materiais médicos como ataduras, 
seringas, agulhas, esparadrapos, equipos e medicamentos:adrenalina, morfina, 
salbutamol, tenoxicam, cloreto de sódio, entre outros. As bolsas e maletas são 
solicitadas quando algum paciente necessita de ser transferido para outro hospital e 
se caso ele venha a ter alguma emergência durante o transporte, os itens contidos 
nelas vão auxiliar os profissionais que trabalham nesse ambiente a controlar esse 
quadro clínico. 
4.5 Farmácia do centro de tratamento intensivo (CTI) 
Na farmácia do CTI também são montadas as tiras de medicamentos para os 
pacientes que se encontram internados nesse local. A diferença é que a quantidade 
de pacientes é menor e consequentemente a de tiras também. Assim como nas 
demais farmácias, o processo de dispensação, devolução e contagem de 
medicamentos controlados acontece da mesma forma. 
4.5.1 Conferência e montagem do carro de emergência 
O carro de emergência é uma unidade móvel que possui esse nome por conter os 
medicamentos e equipamentos exigidos em situações de urgências e emergências, 
como por exemplo em paradas cardiorrespiratórias, convulsões, hemorragia intensa, 
comprometimento nas vias aéreas, entre outros. 
A organização dos itens se da por ordem de prioridade: na base superior encontra-se 
o desfibrilador, kit de intubação, impressos de controle e kit com materiais free latex; 
na lateral ficam cilindros de oxigênio, suportes de soro e tábuas de compressão. Na 
sequência vêm as gavetas que devem estar identificadas com tarjas de cores 
padronizadas e com suas composições descritas: na primeira ficam os medicamentos 
mais utilizados em situações de emergência – adrenalina, atropina, fentanil, morfina, 
dopamina, entre outros; na segunda ficam os matérias para o acesso intravascular - 
agulhas, seringas, jelco, cateteres, equipos, sondas uretrais e nasogástricas, entre 
outros; na terceira ficam os materiais para suporte ventilatório - eletrodos, tubos, soro 
glicosado, luvas cirúrgicas e bicarbonato de sódio 5%; na quarta e quinta ficam 
14 
 
materiais de cateterismo vesical/gástrico e outros – ambu, cânula, laringoscópio, látex, 
máscara e óculos para proteção. 
Quando um carro é utilizado, o profissional que fica na farmácia é responsável por 
fazer a conferência, lançar os itens que foram utilizados no sistema e repor o que falta; 
e quando ele não estiver em uso, precisa permanecer fechado com lacres 
identificados com códigos, que devem ser registrados quando são retirados para que 
dessa forma, permita a rastreabilidade e segurança de todos itens contidos no 
carrinho. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estágio em farmácia hospitalar superou minhas expectativas, vivenciei momentos 
de muito valor para minha vida profissional e pessoal, uma vez que o contato com 
vários profissionais da saúde com anos de experiências e com outros estagiários me 
ajudou a ampliar minha consciência de que promover da saúde está muito além do 
tratamento medicamentoso, envolve um processo que exige pesquisas, organização, 
cuidado e principalmente acolhimento. A experiência nessa área foi fundamental, pois 
proporcionou uma grande mudança na minha visão a respeito da importância do 
farmacêutico na área hospitalar, uma vez que durante a nossa formação vemos muito 
o lado técnico do profissional, e na prática tudo fica mais claro. Pude adquirir novos 
conhecimentos a respeito da legislação e do funcionamento dos serviços, que quando 
realizados exigem profissionalismo, visto que o mercado de trabalho exige pessoas 
que saibam trabalhar em equipe multiprofissional, que sejam flexíveis a todos tipos de 
mudanças e exigências. 
A equipe da farmácia é excelente, todos me ajudaram do início ao fim, contribuindo 
para meu crescimento acadêmico, lembrarei de cada um com muito carinho, pois nos 
dias atuais é difícil encontrar pessoas dispostas a passar seus conhecimentos com 
paciência, respeito e carinho. 
 
 
15 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº 585. Brasília. CFF, 
2013. p 1-11. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf. 
Acesso em 03 abr. 2022. 
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução nº 338 de 06 de maio de 
2004. 2004. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/res0338_06_05_2004.html. 
Acesso em 02 abr. 2022. 
ESBSERH. Protocolo assistencial multiprofissional: carro de emergência. 2018. 
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