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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO DE ESTUDO SOCIAIS APLICADOS – CESA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS -BACHARELADO DISCIPLINA DE ECONOMIA II PROFESSORA DRA. MAIONE CARDOSO CAROLINE XAVIER VALDIVINO FORTALEZA – CE Capítulo 28 – Desemprego O papel das mulheres na sociedade norte-americana mudou drasticamente durante o século passado. Em nenhum outro lugar esse impacto se mostrou mais evidente que nos dados sobre a participação na força de trabalho. Logo após a Segunda Guerra Mundial, homens e mulheres tinham papéis muito diferentes na sociedade. Apenas 33% das mulheres estavam empregadas ou em busca de emprego, em comparação com 87% dos homens. Passadas algumas décadas, a diferença entre as taxas de participação de homens e mulheres foi diminuindo gradualmente, à medida que um número crescente de mulheres ingressou na força de trabalho e alguns homens a deixaram. Dados de 2015 mostram que 57% das mulheres estavam na força de trabalho, em comparação com 69% dos homens. Em conformidade com os dados de participação na força de trabalho, atualmente homens e mulheres desempenham um papel mais equilibrado na economia. No Brasil, segundo o IBGE a participação de mulheres no mercado de trabalho tem 5º ano de alta, mas remuneração segue menor que dos homens, dados atualizados de 2019. A participação das mulheres subiu em 2,9 pontos percentuais em 8 anos, enquanto a dos homens caiu em 1,1 pontos percentuais no mesmo período. Em contrapartida a remuneração das mesmas é 22% menor que a dos homens, e essa diferença chega até 38% em cargos de confiança e gerencias. A pesquisa mostrou que um dos grandes entraves da entrada de mulheres no mercado de trabalho está no fato de algumas terem filhos, e isso dificultaria a contratação das mesmas. Nas entrevistas de empregos as empresas sempre questionam a quantidade de filhos das pessoas e perguntam se elas têm com quem deixar. Mas isso se torna um empecilho apenas para as mulheres, pois foi divulgado que o nível de ocupação dos homens que tinham filhos pequenos era de 89,2% maior que aqueles que não tem filhos, que era de 83,4%. Com isso verifica-se a necessidade urgente de políticas que favoreçam a ocupação das mulheres no mercado de trabalho. Como uma maior assistência do governo com criações de mais creches de qualidade onde as mesmas possam deixar seus filhos, uma remuneração mais equitativa e justa de acordo com o cargo por elas exercido. As mulheres não devem ter que escolher entre serem mães ou ter uma carreira. Em relação ao salário mínimo, em 2015, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos publicou um estudo sobre trabalhadores que relataram ganhos de salário-mínimo ou abaixo dele em 2014, quando ele equivalia $ 7,25 por hora. Em 2014, 77 milhões de trabalhadores recebiam salários por hora, o que representa quase a metade da força de trabalho. Os trabalhadores que recebem o salário-mínimo tendem a ser jovens. Entre os adolescentes empregados pagos por hora, cerca de 15% recebia um salário-mínimo ou menos, comparados a 3% dos trabalhadores que recebem por hora e têm 25 anos ou mais. Os trabalhadores que recebem o mínimo tendem a ter nível de instrução mais baixo. A maior proporção de trabalhadores que recebem um salário mínimo ou menos por hora está nos setores de entretenimento e hospitalidade. Cerca de metade de todos os trabalhadores que recebiam um salário-mínimo ou menos estavam empregados nesses setores, principalmente em estabelecimentos que oferecem serviços de alimentação e bebidas. Para muitos, as gorjetas complementam o salário. A proporção de trabalhadores que recebem o salário-mínimo federal por hora ou menos vem diminuindo substancialmente ao longo do tempo. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil se destaca em escala mundial por sua elevada desigualdade em distribuição de renda, e isso só aumenta a disparidade entre ricos e pobres. As políticas de salário mínimo tem como objetivo principal promover equidade social, segurança para os trabalhadores, combater a pobreza e garantir que os mesmos possam consumir minimamente o que precisam para sobreviver. Mas olhando para a realidade atual do país vemos que isso não acontece, principalmente em meio ao cenário pandêmico em que vivemos. Mais pessoas perderam seus empregos, mais pessoas entraram para a linha da pobreza, mais pessoas foram parar nas ruas em situações de extrema necessidade, por não poderem pagar por aluguéis e pagar contas. Capítulo 29 - O sistema monetário Um enigma sobre o estoque de moeda da economia norte-americana refere-se ao montante de moeda cor rente. Em janeiro de 2016, havia cerca de $ 1,4 trilhão em moeda corrente. Esse cálculo implica que um adulto mantém consigo cerca de $5.500 em moeda corrente, em média. A maioria das pessoas se surpreende ao saber que há tanta moeda corrente em nossa economia, já que carrega muito menos que essa quantia nas carteiras. A primeira é que grande parte da moeda corrente está no exterior. A segunda explicação é que grande parte da moeda corrente está sendo mantida por traficantes de drogas, sonegadores de impostos e outros criminosos. Para a maior parte da população dos Estados Unidos, a moeda corrente não é uma forma muito boa de se guardar riqueza, uma vez que pode ser roubada ou perdi da. Portanto, a maioria das pessoas mantém consigo somente pequenas quantidades de moeda corrente. Para os criminosos, a moeda corrente pode ser a melhor reserva de valor possível. As corridas aos bancos e a oferta de moeda diz que, quando acontece uma corrida, o banco é forçado a fechar as portas até que alguns empréstimos concedidos sejam pagos ou até que algum emprestador de última instância forneça a ele a moeda corrente de que necessita para satisfazer os depositantes. As corridas aos bancos complicam o controle sobre a oferta de moeda. As famílias retiraram seus depósitos dos bancos, preferindo manter a moeda sob a forma de moeda corrente. Essa decisão reverteu o processo de criação de moeda, à medida que os bancos responderam à queda das reservas com uma redução na concessão de empréstimos. A taxa de reserva mais elevada reduziu o multiplicador da moeda, o que reduziu a oferta de moeda. Entre 1929 e 1933, a oferta de moeda caiu 28%, mesmo sem nenhuma ação contracionista deliberada do Federal Reserve. Muitos economistas apontam essa enorme queda na oferta de moeda para explicar o alto desemprego e as quedas de preços registradas durante esse período. A moeda corrente do Brasil é o real, surgiu em 1994. Antes do real o Brasil teve várias outras moedas. Todas as outras moedas acabaram por fracassar devido ao problema da hiperinflação. A hiperinflação ocorre quando a inflação sai do controle a passa a se retroalimentar de maneira muito intensa. Isto causa muitos malefícios à economia, tais como: Redistribuição aleatória de riqueza. Custo de reajuste de preços. Perda do poder de compra, em alguns casos. O real surgiu com a intenção de conter de uma vez por todas a hiperinflação. Em 1993, último ano antes do plano real, a inflação finalizou o ano medida pelo IPCA em 2.477,15%. Este é um patamar absurdamente alto. Para se ter uma base de comparação, a inflação atualmente flutua ao redor de apenas 4,5% ao ano. Capítulo 30 - Crescimento da moeda e inflação Moeda e preços durante quatro hiperinflações. Embora os terremotos possam ter como consequência a devastação de uma sociedade, têm como subproduto benéfico proporcionar muitos dados úteis para os especialistas em sismologia. De forma similar, as hiperinflações oferecem aos economistas monetários um experimento natural que eles podem usar para estudar os efeitos da moeda sobre a economia. As hiperinflações são interessantes, em parte, porque nelas as alteraçõesna oferta de moeda e no nível de preços são muito grandes. Os dados sobre hiperinflação mostram uma clara ligação entre a quantidade de moeda e o nível de preços. Cada gráfico mostra a quantidade de moeda da economia e um índice do nível de preços. A inclinação da linha da moeda representa a taxa à qual a quantidade de moeda estava crescendo, e a inclinação da linha de preços indica a taxa de inflação. Quanto mais inclinadas as linhas, mais elevadas as taxas de crescimento da moeda ou da inflação. Observe que, em cada gráfico, a quantidade de moeda e o nível de preços são quase paralelos. Em cada caso, o crescimento da quantidade de moeda é moderado no início, o mesmo ocorrendo com a inflação. Mas, com o tempo a quantidade de moeda da economia começa a crescer cada vez mais rápido. Então, quando a quantidade de moeda se estabiliza o nível de preços também fica estável. Como resultado, a oferta de moeda e o nível de preços começaram a aumentar nos Estados Unidos e em outros países que operavam sob o padrão ouro. A inflação gera grandes incertezas na economia, desestimulando o investimento e prejudicando o crescimento econômico. Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias ineficiências na economia. As pessoas e as firmas perdem noção dos preços e, assim, fica difícil avaliar se algo está barato ou caro. A inflação afeta particularmente as camadas menos favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender da inflação. Inflação mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de juros da dívida pública têm de compensar não só o efeito da inflação, mas também têm de incluir um prêmio de risco para compensar as incertezas associadas com a inflação mais alta. Para entender como se pode ocorrer tais desequilíbrios é preciso entender o que é a oferta e demanda de moeda. Em outras palavras, a demanda aumentou para os produtos, porém a capacidade de produção continua a mesma. O resultado é um aumento geral de preços. Ou seja, inflação. Que por sua vez irá demandar uma quantidade maior de moeda para cada consumidor fazer uma transação. O que resultará em um aumentando da demanda por moeda até essa economia chegar a um novo equilíbrio de oferta e demanda de moeda. Dessa forma, de acordo com a teoria quantitativa da moeda, a quantidade de moeda disponível em uma economia determina o valor da moeda. E assim, o crescimento da quantidade de moeda é a principal causa da inflação.
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