Buscar

CLASSIFICAÇÃO-BIBLIOGRÁFICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 2 
2. O QUE É CLASSIFICAÇÃO? ......................................................... 2 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS PELA SUA NATUREZA . 5 
4. ARQUIVAMENTO ........................................................................... 8 
5. ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE 
ARQUIVAMENTO .............................................................................................. 9 
6. FOLHA DE REFERÊNCIA ............................................................ 11 
7. JAMES DUFF BROWN E SUA INFLUÊNCIA NA 
BIBLIOTECONOMIA ........................................................................................ 13 
8. A CONTRIBUIÇÃO DE BLISS PARA A CLASSIFICAÇÃO .......... 14 
9. CLASSIFICAÇÃO DE RANGANATHAN ....................................... 15 
10. LIBRARY OF CONGRESS ........................................................... 17 
11. CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY .................................... 18 
12. CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL (CDU) ........................ 21 
13. GESTÃO DE ESTOQUES INFORMACIONAIS ............................ 23 
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
Essa apostila1 pretende abordar os principais estudos, que serviram de 
embasamento teórico para grandes autores, na área da classificação, o que 
resultou nas mais diversas contribuições. 
Grandes nomes da classificação como Brown, Bliss, Ranganathan e 
Dewey foram de suma importância e colaboração para as classificações mais 
utilizadas em nossos dias, como a da Library of Congress, Classificação Decimal 
de Dewey (CDD) e a Classificação Decimal Universal (CDU). 
Para se acompanhar a evolução e o surgimento das novas ciências e 
tecnologias, faz-se necessário uma boa classificação para uma posterior 
indexação e finalmente uma representação a altura do assunto proposto no 
material classificado, para que ele seja facilmente encontrado tanto pelo 
profissional da informação como pelo usuário, e para este objetivo ser alcançado 
gradativamente Brown, Bliss, Ranganathan, Dewey, Otlet, La Fontaine e tantos 
outros deram a sua importante contribuição. 
2. O QUE É CLASSIFICAÇÃO? 
Classificação, num conceito geral, é o ato de classificar; separar por 
semelhanças ou diferenças; dividir. As classificações podem ser definidas a nível 
social, filosóficas e bibliográficas. 
Classificar é um processo natural que tem por finalidade reunir coisas 
semelhantes. Classificar e arquivar de maneira adequada tornaram-se pontos 
primordiais nos cuidados da documentação. Sua classificação se materializa a 
partir de um plano que deve ter como características a simplicidade, a 
 
1 Texto com base nas autoras Edinete do Nascimento Pereira – 
edinete.nascimento@yahoo.com.br2; Gabriela de Oliveira Hortêncio – 
gabyhortencio@hotmail.com; Karla P. Dantas do Nascimento – kikapdantas@yahoo.com.br; 
Nadia Aurora Vanti Vitullo – nvanti@ufrnet.br3. Gestão de Documentos e Arquivística - Zélia 
Freiberger. 
 
 
3 
 
flexibilidade e fácil assimilação e, sobretudo, deve ser uniforme, mantendo 
sempre um padrão e ter um gerenciamento centralizado. 
Segundo o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), classificar é uma 
das atividades do processo de gestão de documentos arquivísticos, que inclui 
procedimentos e rotinas específicas que possibilitam maior eficiência e agilidade 
no gerenciamento e controle das informações. 
Está previsto pelo CONARQ que a classificação deve ser realizada por 
servidores treinados, de acordo com as seguintes operações: 
a) Estudo - Consiste na leitura de cada documento, a fim de verificar sob 
que assunto deverá ser classificado e quais as referências cruzadas que 
lhe corresponderão. 
b) Codificação - Consiste na atribuição do código correspondente ao 
assunto de que trata o documento. 
Rotinas correspondentes às operações de classificação, segundo o 
CONARQ: 
1. Receber o documento para classificação. 
2. Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s) secundário(s), 
de acordo com seu conteúdo. 
3. Localizar o(s) assunto(s) no código de classificação de documentos de 
arquivo, utilizando o incide, quando necessário. 
4. Anotar o código na primeira folha do documento. 
5. Preencher a folha de referência para os assuntos secundários. (Ao final 
desta aula você terá acesso ao modelo de folha de referência). 
IMPORTANTE! Quando o documento possuir anexo(s), este(s) 
deverá(ão) receber a anotação do(s) código(s) correspondente(s). 
Segundo Paes (2002, p. 20), os documentos podem ser classificados da 
seguinte maneira: 
Por seus mantenedores: 
a) Públicos - federal, estadual e municipal. 
b) Institucionais - instituições educacionais, igrejas, corporações não 
lucrativas, sociedades e associações. 
c) Comerciais - empresas, corporações e companhias. 
d) Famílias ou pessoais. 
 
4 
 
Atente para os estágios de evolução dos arquivos, o que chamamos de 
Teoria das Três Idades, a seguir. 
a) Arquivos de primeira idade ou corrente. 
b) Arquivos de segunda idade ou intermediário. 
c) Arquivos de terceira idade ou permanentes. 
A classificação social é aquela intrínseca ao ser humano, fazendo parte de sua 
natureza. É algo que constitui a personalidade de uma pessoa, atuando 
diariamente para a organização mental dela. Por isso, elas podem classificar 
apenas o que lhe interessam. 
A classificação filosófica é uma classificação mais elaborada e sofisticada, 
voltada para a definição e hierarquização do conhecimento humano. 
Já a classificação bibliográfica se preocupa com a organização e a 
disposição física de documentos, visando com isso, a sua recuperação. Busca 
ordenar, para arquivar e ter acesso ao documento em estantes ou nos arquivos. 
“Todas as teorias da classificação bibliográfica buscam promover uma 
classificação sistemática, lógica que reflita crítica e sistematicamente sobre os 
elementos de ligação que servem para a reunião de conceitos” (ARAÚJO, 2006, 
p.122). 
Curiosidade: 
O que são documentos correntes? 
 - são aqueles que estão em curso, isto é, tramitando, ou que foram 
arquivados, mas são objetos de consultas frequentes. Podem ser conservados 
no local onde foram produzidos, sob a responsabilidade das pessoas, ou do 
órgão, que o criaram. 
O que são documentos intermediários? 
- são aqueles que não são mais de uso corrente, mas que por razões de 
interesse administrativo, aguardam sua eliminação ou recolhimento à instituição 
arquivística. Esses documentos devem ser recolhidos a um arquivo 
intermediário, sob a responsabilidade conjunta dos funcionários do organismo 
produtor e da instituição arquivística. 
O que são documentos permanentes? 
 
5 
 
- são aqueles de valor histórico, probatório e informativo que devem ser 
definitivamente preservados. Eles não são mais necessários ao cumprimento 
das atividades da administração. Devem ser conservados nas instituições 
arquivísticas, sob a responsabilidade dos profissionais de arquivo. 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS PELA SUA NATUREZA 
Arquivo especial - Detém sob sua guarda diferentes tipos de suportes de 
documentos resultantes da experiência humana em algum campo específico do 
conhecimento, tais como fotos, fitas cassete, filmes VHS, discos, CD's, recortes 
de jornais, disquetes, CD-ROOM, entre outros. Por se tratar de documentos na 
sua grande maioria frágeis deve-se ter maior cuidado com a conservação e 
preservação, não somente no aspecto de armazenagem, mas também em seu 
registro, acondicionamento e controle. 
 
Fonte: www.tfarma.it 
a) Arquivo especializado - Detém sob sua custódia documentosresultantes da experiência humana num campo específico, 
independente da forma física que seus documentos apresentem. 
 
6 
 
Pelo Gênero 
a) Escritos ou textuais. 
b) Cartográfico (perfis/mapas). 
c) Iconográficos (imagem estática/cartazes). 
d) Filmográficos (filmes). 
e) Sonoros; (CDs, Fita Cassete). 
f) Micrográficos (microfilme). 
g) Informáticos. 
Pela Natureza do assunto 
a) Ostensivos – documentos cuja divulgação não prejudica a 
administração. 
b) Sigilosos – documentos de conhecimento, custódia e divulgação 
restrita. 
Classificação dos documentos em quatro graus 
a) Ultrassecreto - Esta classificação é dada aos assuntos que requeiram 
excepcional grau de segurança e cujo teor ou características só devam ser do 
conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio. São 
assuntos normalmente classificados como ultrassecretos aqueles da política 
governamental de alto nível e segredos de Estado, tais como: negociações para 
alianças políticas e militares, planos de guerra, descobertas e experimentos 
científicos de valor excepcional, informações sobre política estrangeira de alto 
nível. São documentos oriundos da Presidência e Ministérios (PAES, 2005, p. 
30). 
b) Secreto - Consideram-se secretos os assuntos que requeiram alto grau 
de segurança e cujo teor ou características podem ser do conhecimento de 
pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio, 
sejam autorizadas a deles tomar conhecimento, funcionalmente. São 
documentos considerados secretos os referentes a planos, programas e 
medidas governamentais, os assuntos extraídos de matéria ultrassecreta que, 
 
7 
 
sem comprometer o excepcional grau de sigilo da matéria original, necessitam 
de maior difusão, tais como: planos ou detalhes de operações militares, planos 
ou detalhes de operações econômicas ou financeiras, aperfeiçoamento em 
técnicas ou materiais já existentes, dados de elevado interesse sob aspectos 
físicos, políticos, econômicos, psicossociais e militares de países estrangeiros e 
meios de processos pelos quais foram obtidos, materiais criptográficos 
importantes que não tenham recebido classificação inferior (PAES, 2005, p. 30). 
c) Confidencial - A classificação de confidencial é dada aos assuntos que, 
embora não requeiram alto grau de segurança, seu conhecimento por pessoa 
não autorizada pode ser prejudicial a um indivíduo ou criar embaraços 
administrativos. São assuntos, em geral, classificados como confidenciais os 
referentes à pessoal, material, finanças e outros, cujo sigilo deva ser mantido por 
interesse das partes, como por exemplo: informações sobre e atividade de 
pessoas e entidades, bem como suas respectivas fontes: radiofrequência de 
importância especial ou aquelas que devam ser usualmente trocadas, cartas, 
fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações consideradas 
importantes para a segurança nacional (PAES, 2005, p. 30). 
d) Reservado - Esta classificação diz respeito aos assuntos que não 
devem ser do conhecimento do público em geral. Recebem essa classificação, 
entre outros, partes de planos, programas e projetos e suas respectivas ordens 
de execução; cartas, fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações 
importantes (PAES, 2005, p. 30). 
 
8 
 
4. ARQUIVAMENTO 
 
Fonte: www.tudouberaba.com.br 
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser arquivado, 
obedecendo às seguintes operações: 
a) INSPEÇÃO: consiste no exame do(s) documento(s) para verificar se 
o(s) mesmo(s) se destina(m) realmente ao arquivamento, se possui(em) 
anexo(s) e se a classificação atribuída será mantida ou alterada. 
b) ORDENAÇÃO: consiste na reunião dos documentos classificados sob 
um mesmo assunto. A ordenação tem por objetivo agilizar o arquivamento, 
minimizando a possibilidade de erros. Além disso, estando ordenados 
adequadamente, será possível manter reunidos todos os documentos referentes 
a um mesmo assunto, organizando-os previamente para o arquivamento. 
Após a ordenação, os documentos classificados sob o mesmo código 
formarão dossiês acondicionados em capas apropriadas com prendedores 
plásticos, com exceção dos processos e volumes. Os dados referentes ao seu 
conteúdo (código, assunto e, se for o caso, nome de pessoa, órgão, firma ou 
lugar) serão registrados na capa de forma a facilitar sua identificação. Os 
dossiês, processos e volumes serão arquivados em pastas suspensas ou em 
caixas, de acordo com suas dimensões. 
Esta operação possibilita: – racionalizar o arquivamento, uma vez que 
numa mesma pasta poderão ser arquivados vários dossiês correspondentes ao 
mesmo grupo ou subclasse, diminuindo, assim, o número de pastas. 
 
9 
 
Exemplo: 
Pasta: 061 – PRODUÇÃO EDITORIAL 
Dossiês: 061.1 – EDITORAÇÃO. PROGRAMAÇÃO VISUAL 
061.2 – DISTRIBUIÇÃO. PROMOÇÃO. DIVULGAÇÃO – organizar 
internamente cada pasta, separando os documentos referentes a cada pessoa, 
órgão, firma ou lugar, sempre que a quantidade de documentos justificar e desde 
que relativos a um mesmo assunto. 
Exemplo: 
Pasta: 021.2 – EXAMES DE SELEÇÃO 
Dossiês: Será criado um dossiê para cada tipo de exame e título de 
concurso, ordenados alfabeticamente. 
 
c) ARQUIVAMENTO: consiste na guarda do documento no local devido 
(pasta suspensa, prateleira, caixa), de acordo com a classificação dada. Nesta 
fase deve-se ter muita atenção, pois um documento arquivado erroneamente 
poderá ficar perdido, sem possibilidades de recuperação quando solicitado 
posteriormente. 
5. ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE 
ARQUIVAMENTO 
 
Fonte: papouniv.com.br 
 
10 
 
1. Verificar a existência de antecedentes (documentos que tratam 
do mesmo assunto); 
2. Reunir os antecedentes, colocando-os em ordem cronológica 
decrescente, sendo o documento com data mais recente em 
primeiro lugar e assim sucessivamente; 
3. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes, de 
acordo com a ordem estabelecida (cronológica, alfabética, 
geográfica ou outra), formando dossiês. Verificar a existência de 
cópias, eliminando-as. Caso o original não exista, manter uma 
única cópia; 
4. Fixar cuidadosamente os documentos às capas apropriadas com 
prendedores plásticos, com exceção dos processos e volumes 
que, embora inseridos nas pastas suspensas, permanecem 
soltos para facilitar o manuseio; 
5. Arquivar os documentos nos locais devidos, identificando de 
maneira visível às pastas suspensas, gavetas e caixas; 
6. Manter reunida a documentação seriada, como por exemplo 
boletins e atas, em caixas apropriadas, procedendo ao registro 
em uma única folha de referência, arquivada em pasta suspensa, 
no assunto correspondente, repetindo a operação sempre que 
chegar um novo número. 
d) RETIRADA E CONTROLE (EMPRÉSTIMO): esta operação ocorre 
quando processos, dossiês ou outros documentos são retirados do arquivo para: 
 Emprestar aos usuários; 
 Prestar informações; 
 Efetuar uma juntada. 
Nesta fase é importante o controle de retirada, efetuado por meio do 
recibo de empréstimo, no qual são registradas informações sobre processos, 
dossiês ou outros documentos retirados, além do setor, nome, assinatura do 
servidor responsável pela solicitação e, posteriormente, a data da devolução do 
documento. O recibo de empréstimo tem como finalidade controlar o prazo para 
devolução do documento e servir como indicador de sua frequência de uso, fator 
 
11 
 
determinante para o estabelecimento dos prazos para sua transferência e 
recolhimento. 
Por meio desse controle é possível informar com precisão e segurança a 
localização do(s) documento(s) retirado(s). O recibo de empréstimo é preenchido 
em duas vias, sendo: 
 1ª via: tal como guia-fora substitui o documento na pasta de onde foi 
retirado, devendo ser eliminada quando da devolução do documento; 
 2ª via: arquivada em fichário à parte, em ordem cronológica, para controle 
e cobrança,quando vencido o prazo de devolução. 
6. FOLHA DE REFERÊNCIA 
Folha de referência (modelo I) 
Especificações: 
 Cor BRANCA 
 Via UMA 
 Formato A-4 
 Utilização ANVERSO 
Instruções para preenchimento: 
 CÓDIGO DO ASSUNTO: indicar o código de classificação 
referente ao assunto sob o qual a folha de referência estará 
arquivada, e que corresponde realmente ao assunto secundário do 
documento. 
 RESUMO DO ASSUNTO: descrever resumidamente o conteúdo 
do documento. 
 DADOS DO DOCUMENTO: 
 NÚMERO: indicar o número do documento a ser arquivado. Se não 
houver, indicar s.n. 
 DATA: indicar a data do documento. 
 ESPÉCIE: indicar a espécie do documento: ofício, carta, 
memorando, relatório, aviso ou outra. 
 
12 
 
 REMETENTE: indicar o nome completo e a sigla do órgão de 
origem do documento, ou seja, do órgão onde foi assinado o 
documento. 
 DESTINATÁRIO: indicar o setor para onde foi destinado o 
documento. 
 VER: indicar o código de classificação referente ao assunto sob o 
qual o documento está arquivado. 
 
Recibo de empréstimo (modelo II) 
Especificações: 
 Cor BRANCA 
 Via DUAS 
 Formato 11 x 15,5cm 
 Utilização ANVERSO 
 
Instruções para preenchimento: 
 CLASSIFICAÇÃO: indicar o código de classificação referente ao 
assunto do documento a ser emprestado. 
 RESUMO DO ASSUNTO: descrever resumidamente o conteúdo 
do documento. 
 REQUISITADO POR: indicar o nome do órgão/unidade 
administrativa e do servidor responsável pela solicitação. 
 DATA: indicar a data do empréstimo. 
 ENCAMINHADO POR: indicar o nome completo do servidor do 
arquivo que está efetuando o empréstimo e a assinatura deste. 
 RECEBIDO POR: indicar o nome completo do servidor que está 
recebendo o documento e a assinatura deste. 
 DEVOLVIDO EM: indicar a data da devolução do documento. 
 
 
13 
 
7. JAMES DUFF BROWN E SUA INFLUÊNCIA NA BIBLIOTECONOMIA 
 
Fonte: 2.bp.blogspot.com 
James Duff Brown nasceu em Edimburgo, na Escócia, concluiu seus 
estudos com doze ou treze anos, após sua formação dedicou sua vida a leitura, 
particularmente em biblioteconomia, música e literatura. Trabalhou para vários 
editores e livrarias de bibliotecas, logo começou a trabalhar como assistente na 
Biblioteca Mitchaell Glasgow. Depois se mudou para Londres para trabalhar na 
Biblioteca Pública Clerkernwell. Ele criou dois sistemas de classificação que não 
servia para coleções grandes, por serem muito rígido: “Quinn-Brown 
Classification” e “Adjustable Classification”. 
Posteriormente idealizou um sistema de classificação intitulado de 
“Subject Classification” que teve sua primeira publicação em 1906 considerada, 
na época, um bom sistema de classificação, sendo usado em muitas bibliotecas 
inglesas por vários anos, na qual introduziu o livre acesso às estantes. 
(BARBOSA, 1969). 
Na época o bibliotecário Brown chegou a ser reconhecido como Dewey 
da Inglaterra, pois tinha energia surpreendente, mostrava-se comprometido, e 
interessado em todos os aspectos da biblioteca e da biblioteconomia, foi um dos 
primeiros a escrever livros sobre biblioteconomia e o criador do único sistema de 
classificação do país. 
 
14 
 
A partir desta posição, foi reconhecido e prestigiado no mundo das 
bibliotecas e da biblioteconomia, pois no final do século XIX e no início do XX na 
Inglaterra, deu contribuição muito importante para a área da biblioteconomia. 
 
Fonte: www.febab.org.br 
De acordo com o que foi explanado acima, percebemos que James Duff 
Brown se destacou por ter elaborado o sistema de classificação, “Sbject 
Classification” (Classificação de Assunto), no qual trouxe o desenvolvimento na 
biblioteconomia dando subsídio para a evolução de outros sistemas. 
8. A CONTRIBUIÇÃO DE BLISS PARA A CLASSIFICAÇÃO 
 
Fonte: mlb-s1-p.mlstatic.com 
 
15 
 
Conhecida também como Classificação Bibliográfica, a classificação de 
Bliss teve como criador o bibliotecário do College of City of New York, Henry 
Evelyn Bliss. 
Antes de publicar o seu sistema de classificação, Bliss havia publicado 
outras obras, a saber: “[...] a) Organization of knowledge, 1927; b) Organization 
of knowledge in libraries and the subject approach to books, 1933, 2. ed. em 
1939; c) A system of bibliographic classification, 1935, 2. ed. em 1936” 
(BARBOSA, 1969, p. 145). 
Seu sistema foi apontado como um dos melhores desenvolvimentos de 
classes encontrado em classificações bibliográficas. 
Uma de suas principais características é a possibilidade de classificações 
alternativas. 
Seu sistema é dividido em quatro grandes classes: Filosofia; Ciência; 
História; Tecnologia e Arte. 
As obras gerais dos outros sistemas são chamadas por Bliss de Classes 
numéricas anteriores. 
Em suma, a classificação de Bliss dá liberdade ao classificador, porém, 
infelizmente, seu sistema não apresenta explicações nem exemplos de sua 
aplicação, tornando-o de difícil aprendizado. 
9. CLASSIFICAÇÃO DE RANGANATHAN 
 
Fonte: www.icarlibrary.nic.in 
 
16 
 
O mais atual sistema de classificação foi criado pelo indiano Shiyali 
Ramanrita Ranganathan. Nascido em 1892, Ranganathan estudou na Hind High 
School, em Shiali, e conseguiu a graduação em matemática no Christian College, 
da Universidade de Madras. 
Com a sua nomeação, em 1924, de bilbiotecário da Madras University 
Library, Ranganathan começou a desencadear um profundo interesse na área 
de Biblioteconomia, principalmente por classificações e administração de 
bibliotecas, passando então a estudar na School of Librarianship, da 
Universidade de Londres. 
Seguindo conselhos de Berwick Sayers, “Ranganathan dedicou-se à 
leitura de obras de Biblioteconomia, estagiou na Croydon Public Libraries e 
visitou diversas bibliotecas da Grã-Bretanha” (PIEDADE, 1977, p.156). 
A partir desta divergência, Ranganathan idealizou um sistema de 
classificação analítico-sintético, o qual motivou profunda mudança nos estudos 
teóricos de classificação. A necessidade de criar um novo sistema, surgiu dos 
estudos dos sistemas até então existentes, observando suas aplicabilidades em 
várias bibliotecas e verificando as limitações de cada um quanto à abrangência 
de todos os aspectos de um assunto. 
O seu sistema, considerado bem mais elástico que os demais, adotou “o 
uso dos dois pontos (:) como símbolo para correlacionar ideias diferentes” 
(BARBOSA, 1969, p. 165). Daí sua nomeação, Colon Classification ou 
Classificação dos Dois Pontos. 
Em 1925, ao voltar da Índia, aplicou seu novo sistema de classificação na 
Universidade de Madras. Reconheceu que Bliss teria influenciado nas suas 
teorias de classificação. 
A numeração do capítulo foi feita de forma paralela, sempre com o 
capítulo seguinte retomando o anterior. 
A primeira edição da Colon Classification data de 1933, seguindo com 
edições revisadas e acrescentadas até 1960. 
Sua estrutura está dividida em 41 classes principais (main classes). A 
notação é mista, utilizando algarismos arábicos, letras maiúsculas e minúsculas, 
letras gregas e sinais gráficos, além de indicadores especiais de faceta. Ela é 
totalmente expressiva, hierárquica e altamente mnemônica. “É o único esquema 
 
17 
 
com uma série completa de regras explícitas” (LANGRIDGE, 1977, p. 91). As 
tabelas auxiliares são divididas em subdivisões geográficas, políticas, 
orientadas, fisiográficas, cronológicas, por línguas e comuns. 
Ranganathan reconhece cinco tipos de relacionamento entre assuntos: 
1.General; 2.Bias; 3.Comparacion; 4.Difference; 5.Influencing. 
Sua empregabilidade atual é em bibliotecas da Índia, porém exercendo 
forte influência sobre estudiosos e autores de classificações nos atuais estudos. 
O que pode ser destacado, é que este sistema é pioneiro da classificação 
moderna e ainda o único esquema geral completamente facetado, além de ser 
único quanto à coerência e sistematização. Ele certamente exercerá a mais forte 
atração naquele que procuraa perfeição. 
10. LIBRARY OF CONGRESS 
Criada em fins do século XIX, mais exatamente em 24 de abril de 1800, a 
Library of Congress, ou Biblioteca do Congresso (Estados Unidos - EUA), foi 
inaugurada com uma coleção de 3.000 volumes. Os livros, que antes eram 
ordenados por tamanho, em 1892 já estavam divididos em 18 classes, baseadas 
nas classificações de Francis Bacon, com adaptação de Diderot e d’Alembert. 
Em 1815 fora adquirida a coleção de Thomas Jefferson, constituindo assim, a 
nova biblioteca. 
 
 
Fonte: blogs.loc.gov 
 
18 
 
Após a mudança de prédio, em 1897, os bibliotecários, sentiram a 
necessidade de criar um novo sistema de classificação, que comportasse o 
crescente acervo. 
Designados por John Russel Young, então diretor da entidade, James 
Hanson e Charles Martel tomaram por guia a Classificação Expansiva de Cutter, 
“introduzindo grandes modificações, especialmente quanto a notação.” 
(PIEDADE, 1977, p.118). A partir deste planejamento em linhas gerais, cada 
classe foi entregue a diversos especialistas, derivando daí, as pequenas 
diferenças que ocorrem de uma classe para outra. 
As classes são publicadas independentemente umas das outras, e cada 
uma tem seu próprio índice, sofrendo revisões e acréscimos, conforme a 
expansão do acervo, publicadas quadrimestralmente no L.C. Classification: 
Addition and changes. 
Em sua estrutura a ordem alfabética é frequentemente utilizada. Na 
notação, a classificação é mista, contendo letras maiúsculas, e algarismos 
arábicos, de 1 a 9.999, precedidos por um ponto, chamada de números-de-
Cutter, por ser semelhante as conhecidas Author marks, projetadas por Cutter. 
A Classificação da Library of Congress baseou-se em 21 classes 
principais, representadas de A-Z, exceto pelas letras I, O, N, X e Y, deixadas 
para futuras expansões, sendo igualmente adotada por diversas bibliotecas dos 
EUA e no mundo. 
O sistema da Biblioteca do Congresso tem a flexibilidade para classificar 
qualquer tipo de material, é muito detalhado, bastante enumerativo, porém 
recorrente à síntese, quando aplicada suas inúmeras tabelas auxiliares. É um 
esquema prático, para aqueles que acreditam em soluções simples. 
11. CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY 
Sendo muito utilizada em todo o mundo e especialmente em bibliotecas 
públicas, CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY foi criada pelo bibliotecário 
Melvil Dewey e teve sua primeira edição publicada em 1876. 
 
19 
 
Idealizando um sistema de classificação baseado no uso de números em 
ordem decimal e influenciado pelo sistema de W. T. Harris, Dewey criou o seu 
próprio sistema. 
 
Fonte: linux2.fbi.fh-koeln.de 
Em 1976, anonimamente, foi publicada a 1. Edição de Dewey, sob o título 
A classificação and subject índex for cataloging and arranging the books and 
pamphlets of a library. Só depois da 16. Edição é que o nome de Dewey passou 
a fazer parte integrante do título (BARBOSA, 1969, p. 199). 
A expansão de seu sistema se deu pela facilidade de memorização e da 
fácil localização dos livros. 
O Instituto Internacional de Bibliografia, atualmente conhecido por 
Federação Internacional de Documentação, tomou por base a CDD para criar 
seu sistema de organização conhecido hoje como Classificação Decimal 
Universal ou CDU. 
De acordo com Barbosa “a responsabilidade editorial do sistema de 
Dewey está hoje a cargo de um comitê misto”. Este Comitê tem a 
responsabilidade de dar continuidade e ser íntegro a numeração estabelecida 
pelo idealizador do sistema. 
Com as Ciências e as Tecnologias em constante mudança e com o 
surgimento de novas ciências, o Comitê responsável pela CDD entra num 
 
20 
 
dilema: continuar com a integridade ao sistema ou acompanhar a evolução das 
ciências a cada edição reformulada. 
O dilema está, conforme citado por Barbosa, em: [...] se um sistema não 
evolui em terminologia e expansão de assuntos, torna-se, com o passar do 
tempo, obsoleto e é logo abandonado; se, por outro lado, quer seguir à risca 
essa mesma evolução, motiva uma eterna reclassificação das coleções, 
implicando em desperdício de tempo, pessoal e material, o que acaba, também, 
por levá-lo ao abandono. Portanto, para serem íntegros com a ideia de Dewey, 
e não estagnarem na corrente do tempo, os editores da CDD tentam se adequar 
a essas duas questões, dando primazia a integridade. 
Quem também se utilizou da CDD para suas fichas impressas foi a Library 
of Congress. A CDD tem por base a seguinte estrutura: As classes principais 
correspondem a grosso modo, às disciplinas fundamentais do conhecimento, a 
saber: 100 Filosofia, 200 Religião, 300 Ciências Sociais, 500 Ciência, 600 
Tecnologia, 700/800 Artes, 900 História (400 Filologia não representa uma 
disciplina fundamental). A ordem parece não apresentar qualquer princípio 
(LANGRIDGE, 1977, p. 84). Para representar uma classe principal são 
necessários três algarismos. Quando os grandes campos do conhecimento não 
são subdivididos, a notação é preenchida com um ou dois zeros. 
 
 
Fonte: www.web2learning.net 
 
21 
 
Exceto por obras gerais e ficção, as obras são classificadas 
principalmente por assunto, com extensões para relações entre assuntos, local, 
época ou tipo de material, produzindo números de classificação de no mínimo 
três dígitos e de tamanho máximo indeterminado, com um ponto decimal antes 
do quarto dígito. 
Como qualquer sistema de classificação, a CDD tem seus pontos 
negativos e positivos. Para tanto, aqui, vale salientar apenas os pontos positivos, 
como sua grande flexibilidade, o sistema de Dewey é altamente memorizável e 
sempre atualizado por novas edições ou por suplementos. 
12. CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL (CDU) 
 
Fonte: 1.bp.blogspot.com 
A Classificação Decimal Universal surgiu no inicio do ano 1892. Foi criada 
pelo advogado belga Paul Otlet (1868-1944) e o professor Henri La Fontaine 
(1853-1843). Ambos tinham um interesse em comum, pois compreendendo a 
necessidade de melhorar a organização para o controle da bibliografia, fundaram 
Office International de Bibliographie, com a finalidade de organizar uma 
bibliografia universal que foi intitulada de Repertoire Bibliographique universal. 
(PIEDADE, 1977). 
 
22 
 
Essa classificação tinha seu controle por assunto, para atender melhor as 
necessidades dos pesquisadores. Na Europa o catálogo era em forma de livro 
ordenado segundo um sistema de classificação, a ampliação da bibliografia em 
ficha significou uma inovação para os europeus. 
No ano de 1895, foi realizada a primeira Conferência Internacional 
Bibliográfica em Bruxelas. Nessa conferência foi criado o Instituto Internacional 
de Bibliografia (IIB), contando com a presença de nomes ilustres da bibliografia 
Internacional. (BARBOSA, 1969). 
Otlet e La Fotaine converteram o repertório recortando as referências do 
Cataloguo of Prinded Books do British Museum e montando-os em fichas, mas 
como precisavam de um sistema metódico para ordenação de fichas, utilizaram 
a Classificação Decimal de Dewey como subsídio para elaboração e ordenação 
da Classificação Decimal Universal, que antes era conhecida como Classificação 
de Bruxelas. Em 1905 foi publicada a primeira edição do novo sistema que vem 
passando por transformações e expansão a cada edição lançada, comprovando-
se que hoje, é um sistema de classificação utilizado em várias bibliotecas no 
mundo. 
Nesse contexto, percebe-se que a CDU foi originada da Classificação de 
Dewey, e, segundo Sales (apud PIEDADE, 2008) [...] um sistema hierárquico, 
com base filosófica, mas que devido ao emprego de sinais gráficos, esboça uma 
tentativa de classificação em facetas, que surge conscientemente apenas com a 
Classificação de Dois Pontos de Ranganathan. A maior articulação veiculada por 
meio de dispositivos sintagmáticos para traduzir linguagem natural por meio de 
notações, fez com que a CDU se tornasse o primeiro sistema de classificação aviabilizar a síntese de dois ou mais assuntos. Com suas divisões de classes 
principais e subdivisões derivadas da CDD, a CDU avança a Classificação 
preconizada por Dewey ao adotar em suas notações sistemas semióticos que 
cumprem funções distintas de relacionamento entre os assuntos. As notações 
da CDU podem ser formadas por números, letras, símbolos gregos, marcas de 
pontuação, ou ainda a combinação de todos. 
 
23 
 
 
Fonte: 3.bp.blogspot.com 
Pode-se concluir com o exposto que, a CDU utiliza diversas maneiras de 
sintetizar os assuntos que serão organizados, dessa maneira fica mais fácil os 
usuários encontrarem as informações desejadas. Com a CDD as facetas são em 
menor número, não são utilizadas a junção de letras, números e símbolos. Esse 
é um fator que pode dificultar o acesso à informação. 
13. GESTÃO DE ESTOQUES INFORMACIONAIS 
“Qualquer que seja a sua forma externa a essência de uma biblioteca é 
uma coleção de materiais organizados para uso” (McGarry, 1999, p.111). Hoje, 
no mundo moderno, onde a gestão da informação 2 é uma das principais 
atividades do profissional da informação, o seu papel social, conforme sugerido 
por Barretto (1999) é também o de gerenciar estoques da informação, para uso. 
A disseminação é a segunda vertente da preservação, para preservar é preciso 
dar a conhecer e efetivar a sua utilização. 
 
2 Gestão da informação – planejamento, condução e avaliação dos 
processos de utilização dos recursos de informação necessários para 
incrementar a efetividade da organização. A criação da informação, aquisição, 
armazenamento, análise e uso provêm a base intelectual que apoia o 
crescimento e desenvolvimento da organização inteligente (Choo, 1998, p.198) 
 
24 
 
Antes da era digital as coleções e o acesso à elas desenvolviam-se de 
forma isolada. Na nova era, esse desenvolvimento será coordenado, haverá 
também a necessidade de fazer hiperligações para mapear os recursos 
informacionais de outras bibliotecas que possam complementar as falhas e 
atender a todas as necessidades de uso (Cunha, 1999, p.259) 
Os fundamentos da ciência da biblioteca, a Biblioteconomia, baseiam-se 
na disponibilização de acervos de documentos para uso, e podem ser 
resumidos como se segue: 
 Que a biblioteca existe principalmente para tornar possível o uso, 
por um dado público, de suas coleções de documentos; 
 Que os conhecimentos contidos nos documentos e mantidos nas 
bibliotecas devem ser transferidos; 
 Que a função social da biblioteca enquanto uma instituição social 
está, principalmente, em ser a interface, ou a mediadora entre 
indivíduos e o conhecimento que eles necessitam (Miksa, 1991; 
Oliveira, 1998). 
As Diretrizes para promoção de Redes de Conteúdos Informacionais 
destacam os seguintes pontos relacionados ao acesso informacional: 
1. Viabilizar o acesso às fontes de conhecimento, informações e 
dados produzidos/registrados pelo Governo, pela Sociedade e pelos 
indivíduos que constituem a nação brasileira; 
2. Criar canais próprios para os deficientes físicos, analfabetos e 
cidadãos de menor poder aquisitivo, para prover a justiça nas oportunidades 
de acesso à informação; 
3. Promover o acesso à produção artística, cultural e científica 
produzidas por nossas instituições, seja mediante a oferta de 
metodologias/tecnologias para sua organização seja mediante o 
financiamento de projetos prioritários. 
O Programa Sociedade da Informação do Brasil tem dentre os seus 
objetivos qualitativos globais - o de Educação para a Sociedade da Informação. 
Este objetivo desafia o desenvolvimento de um programa de treinamento e 
formação para o mundo virtual, desde a preparação de especialistas em 
Tecnologias da Informação para projeto, construção, instalação, operação e 
 
25 
 
manutenção de sistemas e serviços digitais em rede até a popularização em 
massa dos elementos essenciais da Sociedade da Informação, essencial para o 
acesso de todos ao mundo informatizado e conectado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
BIBLIOGRAFIA 
ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. Fundamentos teóricos da classificação. 
Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da 
Informação, Florianópolis, n. 22, p.117-139, 2006. Semestral. 
ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário de termos arquivísticos: subsídios 
para uma terminologia brasileira. Rio de Janeiro: O Arquivo, 1999. 75 f. 
mimeografadas. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9578 Arquivos: 
terminologia. Rio de Janeiro, 1986. 7 f. 
ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS BRASILEIROS. Dicionário brasileiro de 
terminologia arquivística: contribuição para o estabelecimento de uma 
terminologia arquivística em língua portuguesa. São Paulo: CENADEM, 
1990. 163 p. 
BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação 
bibliográfica. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Bibliografia e 
Documentação, 1969. 
CAMPOS, Ana Maria V. C. e INDOLFO, Ana Celeste. Proposta metodológica 
para avaliação de grandes volumes documentais acumulados. Rio de 
Janeiro: Arquivo Nacional, 1990. 19 f. datilografadas. 
CASTRO, Astréa de Moraes e, CASTRO, Andresa de Moraes e, GASPARIAN, 
Danuza de Moraes e Castro. Arquivística = técnica, arquivologia = ciência. 
Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1988. 361 p. 
LANGRIDGE, Derek. Classificação: abordagem para estudantes de 
biblioteconomia. Rio de Janeiro: Interciência, 1977. 
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Fundação 
Getúlio Vargas, 1986. 162 p. 
PIEDADE, Maria Antonieta Requião. Introdução à teoria da classificação. Rio 
de Janeiro: Interciência, 1977. 
 
27 
 
SALES, Rodrigues de. Tesauro e ontologias sob a luz da teoria comunicativa 
da terminologia. 2008. 210 f. Dissertação (Mestrado em ciência da informação) 
– Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ciência da 
informação e documentação, Florianópolis, 2008.

Continue navegando