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REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA DA INFORMAÇÃO

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REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA 
DA INFORMAÇÃO 
Dra. Maria Eduarda dos Santos Puga 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 2021 
 
 
1 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA DA INFORMAÇÃO 
 
Objetivo 
Discorrer e dar a conhecer sobre os fundamentos teóricos e históricos da 
representação descritiva (fundamentos da catalogação), capacitar quanto a catalogação 
descritiva sua evolução aplicação das regras de catalogação de acordo com o uso do 
Código de Catalogação Anglo-Americano – AACR2r. Formato MARC21: introdução, 
estrutura e uso para a catalogação de distintos recursos informacionais. Tipos de catálogos. 
Formatos de intercâmbio. Práticas de catalogação. 
 
 
1.1 Introdução 
Representar palavra definida no dicionário como: a imagem, o símbolo, a reprodução 
e que em nossa disciplina indicara a descrição da informação a ser representada em seus 
mais diversos formatos. 
 
Vamos adentrar ao universo da descrição de informação que pode estar disponível 
nos mais variados formatos e suportes, de forma que esta informação estará representada 
de tal forma e linguagem que pode ser encontrada de forma precisa. 
 
Fazendo o exercício de imaginar que você está guiando alguém a encontrar um 
determinado objeto e que este objeto está em meio a muitas outras coisas o que você faria? 
Você descreveria todas as informações possíveis e necessárias para que a pessoa que 
deseja encontrar possa encontrar de forma fácil e ágil. 
 
Na imagem abaixo temos uma biblioteca em um formato muito inusitado e podemos 
imaginar como seria para um usuário encontrar um livro que está em um lugar mais alto 
dela. O que vamos aprender nessa disciplina é exatamente isso auxiliar cada usuário a 
encontrar de maneira precisa o que ele está procurando. 
 
 
2 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Biblioteca na Holanda é formada por um móvel central de 26 metros de altura que é um labirinto com 
70 mil exemplares. https://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI322656-16938,00-
MONTANHA+DE+LIVROS.html 
 
Ainda fazendo o exercício de imaginar podemos citar como alguns exemplos de 
sistemas e aplicativos baseados em GPS (Google Maps ou Waze) que tem como missão 
guiar e direcionar de forma rápida e assertiva ao endereço digitado e desejado, contudo ele 
se utiliza de códigos e mapas previamente catalogados. 
 
Estaremos aqui nesta disciplina aprendendo e descrevendo os sistemas de 
informação de forma representativa e através de regras, normas e símbolos a imagem 
exata da informação que desejamos que seja encontrada. 
 
Vamos então conhecer e aprender a estrutura e uso da catalogação de distintos 
recursos informacionais. Tipos de catálogos. Formatos de intercâmbio. Práticas de 
catalogação. 
 
1.2. Fundamentos 
O objeto qualquer que seja deverá ser representado de tal forma que se possa 
localizar, para isso (ser localizado) será necessário um registro e de descrição 
(SIMONATO; SANTOS, 2013). O registro bibliográfico nos define as autoras como um 
https://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI322656-16938,00-MONTANHA+DE+LIVROS.html
https://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI322656-16938,00-MONTANHA+DE+LIVROS.html
 
 
3 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
conjunto de dados ou palavras relacionadas e que tratadas como um todo em termos 
lógicos ou físicos servem para identificar um documento (SANTOS; RIBEIRO, 2003). 
 
Adentramos aqui na coleta de informação necessária para a identificação de um 
objeto seja ele bibliográfico ou não, e a descrição será representada por normas e regras 
denominada catalogação descritiva. O que é catalogação? 
 
 
 
CATALOGAÇÃO: É a fase do processo que se preocupa com a identificação e 
descrição de um recurso de informação, o registro dessas informações na 
forma de registro dessas informações na forma de registro de catalogação, a 
seleção de nomes e títulos uteis para fornecer acesso ao recurso, e ao 
estabelecimento de pontos de acesso autorizados para nomes e títulos. A 
catalogação descritiva descreve a composição de um recurso de informação 
e, identifica as entidades responsáveis por seus conteúdos intelectuais e ou 
artísticos sem referência a sua classificação por assunto ou a atribuição de 
cabeçalhos de assuntos, ambos os quais são da alçada da catalogação de 
assuntos (JOURDREY, D.N 2015). 
 
 
A origem da palavra catalogação vem de catalogo, objeto (móvel) onde eram 
depositadas as fichas catalográficas. 
 
 
 
4 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Fig. 1 Móvel de Madeira confeccionado para ser um catalogo onde irá armazenar as 
fichas catalográficas. 
 
Um móvel que ainda pode ser visto em algumas bibliotecas como um objeto histórico 
e de preservação porque conta a história do lugar (Bibliotecas Nacionais dos países por 
exemplo) do seu catalogo em papel mantido e preservado para contar a sua história, ou 
ainda hoje encontramos lugares, onde não há recursos para implantação de um sistema de 
gestão eletrônica de informação e é mantido os catálogos em papel. 
 
As fichas catalográficas 
Um outro componente deste catalogo são as fichas catalográficas e que podemos 
visualizar nas fig. 2 e 3 abaixo. Um formato de papel cartão em um tamanho padrão de 7,5 
cm por 12,5cm e que possuía um orifício na parte inferior para que fosse passado um ferro 
que prendia todas as fichas daquela gaveta, com o propósito de impedir que o usuário 
retirasse a ficha do lugar exato onde ela estava arquivada. 
 
 
Fig. 2 Ficha catalográfica 
 
 
 
5 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Fig. 3 Ficha catalográfica 
 
Falamos de dois elementos nesse processo o Catalogo e a Ficha e faltou falar do 
principal que é o Bibliotecário. 
 
Fig.4 Catalogo em formato digital 
 
 
 
6 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
A pergunta que não quer calar. O que faz o Bibliotecário Catalogador? 
 
 Existem várias áreas de atuação deste profissional dentro de uma biblioteca ou 
mesmo unidade de informação, centro de documentação e indiferente se este irá atuar 
diretamente com a catalogação é primordial que ele conheça e domine as normas e 
regras de descrição bibliográfica. Em outras palavras esse é um conhecimento que todo 
bibliotecário ainda que não esteja diretamente designado para o setor de catalogação, 
precisa ter um bom conhecimento. Este será um conhecimento e um posto de trabalho 
exclusivo do Bibliotecário. 
 
Existe dentro da divisão administrativa da Biblioteca um setor dentre vários 
denominado Processo Técnico – setor considerado como o coração, porque é dele que é 
bombeado todo o tratamento da informação que aquela biblioteca vai disponibilizar. 
 
O Bibliotecário inserido nesse setor de Processamento Técnico exerce a atividade 
de catalogação (tratamento da informação) que não limita só a catalogar, mas a classificar 
(catalogação temática- classificação e indexação), ele vai descrever e identificar o conteúdo 
temático do documento. Estes são processos que fazem parte de um conjunto de ações 
que tem como fim o acesso do usuário a informação da qual necessita (Silva FCC, 2005). 
 
Que conhecimentos então são necessários para que este profissional possa 
dominar ou coordenar as atividades desta unidade de informação (processo técnico) e 
 
 
7 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
fazer com este setor funcione e responda com seu objetivo final que nada mais é que todo 
o material bibliográfico ou outros materiais que compõe este acervo seja encontrado: 
1. Códigos de catalogação (normas e regras);2. Tabelas de Classificação, 
3. Vocabulários controlados; 
4. Tesauros, 
5. Linguagens documentárias 
 
Como bem destaca o autor (Silva FCC., 2005) todo material que é recebido pela 
unidade de informação, seja por aquisição (compra), permuta, doação deve passar pelas 
mãos do bibliotecário para que receba todo o tratamento necessário e que este não fique 
escondido, mas que seja encontrado. O bibliotecário estará aqui nesse ponto gerenciando 
o banco de dados. 
 
Nesta disciplina vamos tratar de uma dessas etapas do processo técnico que é a 
catalogação descritiva. 
 
 
 
 
 
 
8 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. A CATALOGAÇÃO 
 
Nas Bibliotecas, seja universitária, especializada ou mesmo pública e até mesmo um 
centro de informação a catalogação é uma atividade básica, indispensável e o coração do 
processo da organização bibliográfica. O trabalho bem fundamentado e executado na 
catalogação reflete no catalogo e na satisfação do usuário. 
 
Essa atividade técnica é totalmente desconhecida por praticamente todos da 
instituição desde a direção da instituição, ao usuário e no entanto um trabalho importante 
para que se tenha sucesso com o objetivo tornar-se visto e encontrado todo e qualquer 
objeto adquirido. 
 
Muitas definições e significados sobre catalogação estão disponíveis na literatura e 
pretendemos abordar alguns: 
• Catalogar – significa registrar todo o material de uma unidade de informação e 
tornar disponível (visível, encontrável) para que todo usuário (aluno, professor, 
docente, pesquisador, etc.) cheguem a esse registro (Silva FCC., 2005). 
• Processo pelo qual o catalogador, preparará os arquivos necessários para 
identificar cada um dos materiais que compõem o acervo de uma biblioteca. 
Esses arquivos, uma vez nos catálogos, constituirão a forma de armazenar e 
recuperar as informações contidas nesses materiais. (Gloria Escamilla, 2003) 
• “Catalogar é a preparação de informações bibliográficas para a catalogação de 
registros” (Mary Mortimer 2005), 
• “ Catalogação - Operação pela qual o documento é identificado a partir de suas 
características formais e de seu conteúdo, como autor, título, local de 
publicação, ano de publicação, características físicas, etc. como tema do 
trabalho. É um processo que deve estar sujeito a regras estritas da mais ampla 
extensão possível para que os registros resultantes possam ser intercambiáveis 
e compreensíveis em todos os níveis. Trata-se de preparar informações 
bibliográficas para a criação de registros bibliográficos” (Blanca Estela Sánchez 
2001) 
 
No dicionário de biblioteconomia: “a catalogação é um processo técnico que 
compreende duas etapas: a redação da entrada bibliográfica e a ordenação de cada uma 
 
 
9 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
delas para formar o catálogo. O primeiro é descritivo e responde à necessidade de 
identificar do ponto de vista intrínseco e extrínseco qualquer forma; a segunda, por outro 
lado, é distribuidora, classificadora, e visa sistematizar o conjunto bibliográfico para dar-
lhe unidade e coerência. De acordo com os critérios aplicados nesta tarefa de ordenação, 
ou seja, alfabética, sistemática, títulos, etc., será, correlativamente, o tipo de catálogo ” 
 
A magnitude da catalogação está em identificar, cada um dos materiais existentes 
no acervo da biblioteca, pois por meio dela o usuário recebe dados importantes sobre cada 
um dos materiais como autor, título, outras pessoas que participam na sua preparação 
(tradutores, ilustradores), o local de publicação e a editora, as suas características 
físicas (o número de páginas, a sua dimensão) bem como a coleção ou série a que 
pertence, entre outros 
 
Refletindo as definições que nos foi apresentada permite que entendamos os 
objetivos da catalogação, conclui-se que para a prática é necessário: - identificar os dados 
de uma obra (catalogação descritiva) - representar seu conteúdo temático (catalogação 
temática) - indicar sua localização física dentro da biblioteca (classificação). São esses 
elementos que compõem o arquivo bibliográfico e que por sua vez dão origem à divisão 
da catalogação: 1. Catalogação descritiva; 2. Catalogação temática e a 3. Classificação. 
 
Portanto catalogar é um processo que serve como meio para identificar e 
descrever cada um dos materiais existentes no acervo da biblioteca; permitindo distinguir 
um documento de outro, mesmo quando existam outros com características semelhantes. 
Ao mesmo tempo, permite criar um documento secundário; denominado catálogo ou 
registo bibliográfico, em ficheiros ou bases de dados, onde são transcritos os principais 
elementos físicos de cada um dos materiais, obedecendo a uma determinada ordem de 
acordo com as normas internacionais de bibliotecas estabelecidas (para intercambiar 
informação). Com o foco final compor e integrar o catálogo para que o usuário recupere o 
material com precisão e rapidez. 
 
O Bibliotecário para a realização dessas tarefas deve utilizar como foi dito normas 
internacionais estabelecidas e que vamos conhecer em detalhes como o código anglo 
americano de catalogação (AACR2) que tem como objetivo padronizar as descrições 
bibliográficas de maneira mundial. 
 
 
10 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Quando dos catálogos em papel (fichas 12,5cm X7,5cm) os mais utilizados eram o 
sistema Alfabético e o Sistemático: 
• Alfabético – organizado pela ordenação de autor, título, assunto, nome do 
colaborador, tradutor, analíticas de autor, sendo todas arquivadas numa ordem 
única alfabética; 
• Sistemático – este é organizado por assunto e conforme o sistema adotado pela 
biblioteca (CDD, CDU, NLM, etc.) – disciplina de representação temática ou 
catalogação temática) 
 
 
 
Classificação Decimal de Dewey – CDD / A Classificação Decimal de 
Dewey (em inglês: Dewey Decimal Classification; DDC ou CDD), também 
conhecida como Sistema Decimal de Dewey, é um sistema de classificação 
documentária desenvolvido pelo bibliotecário americano Melvil 
Dewey (1851–1931) em 1876, e desde então enormemente modificado e 
expandido ao longo de vinte e três grandes revisões que ocorreram até 2011. 
Segundo Guarido ”Dewey pode-se dizer ter sido um dos percussores da ideia, 
tão bem expressa pelas palavras de Smit ao referir-se ao métier da 
documentação, do 'reunir e organizar para achar', na medida em que, 
pautando-se em princípios filosóficos que nortearam, dentre outras, as ideias 
classificatórias de Harris e Bacon, conferiu ao ato de classificar documentos 
um dimensão efetivamente utilitária” 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewe
y 
Classificação Decimal Universal – CDU / A Classificação Decimal 
Universal (CDU ou UDC) é um sistema de classificação 
documentária desenvolvido pelos bibliógrafos belgas Paul Otlet e Henri la 
Fontaine no final do século XIX. Segundo Suaiden Otlet “ao criar a CDU, estava 
doando ao mundo, junto à sua magistral obra, um dos instrumentos mais 
poderosos para a organização, recuperação, disseminação, acesso e uso de 
informação em qualquer tipo de coleção, seja de biblioteca, arquivo ou 
museu.”[1] Ela é baseada na classificação decimal de Dewey, mas 
usa sinais auxiliares para indicar vários aspectos especiais. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_universal 
National Library of Medicine Classification – NLM/ O sistema de classificação 
da National Library of Medicine (NLM) é um sistema de indexação de 
biblioteca que cobre os campos da medicina e ciências básicas pré-
clínicas. A classificação do NLM segue o padrão do sistema de 
classificação da Biblioteca do Congresso (LC) : as letras do alfabeto denotam 
amplas categorias de assuntos que são subdivididas pornúmeros. [1] Por 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteconomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Povo_americano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Melvil_Dewey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Melvil_Dewey
https://pt.wikipedia.org/wiki/1876
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_document%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9lgica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Otlet
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_la_Fontaine
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_la_Fontaine
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_universal#cite_note-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_de_Dewey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_decimal_universal
https://en.wikipedia.org/wiki/Library_classification
https://en.wikipedia.org/wiki/Library_classification
https://en.wikipedia.org/wiki/Medicine
https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine
https://en.wikipedia.org/wiki/Library_of_Congress_Classification
https://en.wikipedia.org/wiki/Library_of_Congress_Classification
https://en.wikipedia.org/wiki/Library_of_Congress_Classification
https://en.wikipedia.org/wiki/Alphabet
https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine_classification#cite_note-NLM_Factsheet-1
 
 
11 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
exemplo, QW 279 indicaria um livro sobre um aspecto 
da microbiologia ou imunologia .Os códigos alfabéticos de uma ou duas letras 
na classificação NLM usam uma gama limitada de letras: apenas QS – QZ e W 
– WZ. Isso permite que o sistema NLM coexista com o esquema de codificação 
LC maior, pois nenhuma dessas faixas é usada no sistema LC. Existem, no 
entanto, três códigos pré-existentes no sistema LC que se sobrepõem ao 
NLM: Anatomia Humana (QM), Microbiologia (QR) e Medicina (R). Para evitar 
mais confusão, esses três códigos não são usados no NLM. 
https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine_classification 
 
 
Quando os catálogos estão em sistemas informatizados o que é praticamente a 
totalidade dos catálogos hoje, a catalogação se dá de forma informatizada e os registros se 
dão de outras formas:1. Importação de registros já criados em catálogos de outras 
bibliotecas; 2. Catálogos coletivos de outras bases de dados com formatos que permitem 
serem compartilhados (intercâmbio de registros); 3. Compra de registros bibliográficos 
MARC disponível comercialmente e 4. Catalogação realizada na unidade. 
 
 O Bibliotecário deve primar sempre que possível fazer uso de registros já existentes, 
sendo o item 4 (catalogação realizada na unidade) último recurso em sua opção. 
 
 
2.1. Catalogação História 
Para entender o presente e o futuro precisamos saber o que aconteceu no passado, 
para isso serve a história porque baseada em fatos reais faz com que compreendamos 
porque em que ponto chegamos (presente) e onde tudo pretende nos levar (futuro). 
 
Importante conhecer a origem e a evolução dos códigos de catalogação para que 
possamos bem entender os processos de catalogação descritiva, entender as origens e 
onde está calcado o uso dos códigos, normas e padrões que usamos hoje. 
 
2.1.1 Cronologia 
 O que nos relata MEY, (1985) é que um levantamento dos mais completos 
registrados foi elaborado Ruth French Strout (1956) que relatou quase que século a século, 
os fatos ocorridos até 1900. 
 
https://en.wikipedia.org/wiki/Microbiology
https://en.wikipedia.org/wiki/Immunology
https://en.wikipedia.org/wiki/National_Library_of_Medicine_classification
 
 
12 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Vamos nos ater as datas e a fatos importantes e marcantes que delimitaram o tempo 
e mudaram a história como conhecemos hoje os primórdios da catalogação. 
 
Períodos remotos 
 Desde os primórdios até o marco no século XIX o que tínhamos eram listas 
inventariais e na verdade não instrumentos bibliográficos. Entendamos que nas 
bibliografias a ênfase era dada aos autores e não aos livros. 
 
O que sabemos é que o homem prima desde as cavernas por registrar sua 
informação e lógico com a sua evolução ele passa a organizar listas daquilo que suas 
“bibliotecas” ou “coleções” possuem: 
• A mais antiga lista de livros de que se tem conhecimento data de 2.000 a.C., 
encontrada em um tablete de argila, com 62 títulos. Os registros que chegaram 
até elas são registros babilônicos talvez devido ao fato de que os babilônicos 
escreveram sobre tabletes de argila um material que durou muito mais que os 
registros egípcios que se davam em papiros. 
• Já foram encontrados em escavações no Egito tabletes de argila, escritos em 
língua babilônica, datados de 1.400 a.C., e que se referiam a títulos de obras. 
Mas ainda se desconhece se seriam propriamente um catálogo. Os tabletes com 
as primeiras informações bibliográficas de descrição física são de 1.300 a.C., 
encontrados em escavações hititas. 
• Foram encontrados muito mais tabletes e esses identificavam o número do 
tablete em uma série, o título e o escriba (quem escreveu). São: a biblioteca 
do rei assírio, Assurbanipal, em Nínive, datando de 650 a.C - cerca de 20 mil 
tabletes, que registravam o título, o número do tablete ou volume, as primeiras 
palavras do tablete seguinte, o nome do possuidor original, o nome do escriba e 
um selo, indicando tratar-se de propriedade real. 
• A civilização grega desenvolveu as bibliotecas mais famosas da Antiguidade: 
Alexandria e Pérgamo - Calímacus um dos sábios de Alexandria, elaborou 
seus Pínakes [Tabulas], cerca de 250 a.C. - registrava o número de linhas de 
cada obra e suas palavras iniciais, assim como dados bibliográficos sobre os 
autores. Há referências posteriores a pínakes dos sábios de Pérgamo, mas não 
restaram vestígios dessas obras. Para Strout, o período se voltava muito mais à 
atividade de reunir (colecionismo) dos conhecimentos existentes do que à 
criação de novos conhecimentos. 
 
 
13 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Os gregos foram responsáveis pela introdução do conceito de autor como 
ponto de acesso a uma obra e o que se sabe é que as bibliotecas romanas 
foram criadas por influência de um estudioso de Pérgamo. 
 
 
 
PONTO DE ACESSO Primeiramente, um “ponto de acesso” é definido como 
“um nome, termo, código, etc. por meio do qual, dados bibliográficos ou de 
autoridade são procurados e identificados” (Statement…, 2009, p. 9, tradução 
nossa). https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-
controlados-
nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%
20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa). 
 
 
Idade Média 
Século VI - São Bento ensinou seus monges (Os monges copistas) em Monte 
Cassino a copiar manuscritos. Por alguns séculos, os mosteiros passaram a ser os únicos 
preservadores, copistas e catalogadores de livros. 
 
Século VIII - uma das primeiras listas de obras de bibliotecas medievais, 
provavelmente um inventário do acervo, contendo apenas título e, por vezes, nome do 
autor, mas sem ordem visível (talvez ordem das obras nas estantes). 
 
Século IX - Catálogos dignos de nota surgem na Alemanha, a biblioteca de Richenau 
compilou vários catálogos entre 822 e 842, que indicavam as obras contidas em cada 
volume e o número dos volumes ou rolos em que cada obra estava contida. O primeiro 
desses catálogos apresentauma ordem, reunindo as obras de cada autor. O segundo 
catálogo é do mosteiro beneditino de Saint Requier, na França, compilado em 831. 
Organizado por autor, embora não em ordem, também registra o conteúdo dos volumes e 
o número dos volumes relativos a uma obra. Lista Bibliográfica como um Inventário 
Catalogo 
 
Século X - Catálogo do mosteiro de Bobbio, na Itália, registra quase 700 volumes, 
e o de Lorsch, na Alemanha, quase 600, mas sem inovações. 
 
https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa
https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa
https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa
https://fabricioassumpcao.com/2012/01/pontos-de-acesso-controlados-nao.html#:~:text=Primeiramente%2C%20um%20%E2%80%9Cponto%20de%20acesso,9%2C%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20nossa
 
 
14 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Séculos XI, XII e XIII – nenhum progresso para as listas inventariantes (catálogos). 
Uma curiosidade foi o acréscimo feito ao registro dos livros na lista da biblioteca de 
Glastonbury, na Inglaterra, em 1247: sobre as condições prováveis do estado dos livros 
- “inúteis”, “legíveis”, “velhos” e “bons. 
 
Século XIII - registro dos acervos das bibliotecas monásticas inglesas um 
catálogo coletivo em que cada biblioteca era identificada por um código numérico. O 
registro nunca foi concluído. 
 
Século XIV - Inglaterra, uma lista organizada pelos frades agostinianos de York, 
de 1372, classificada separa as obras do autor quando os assuntos são diferentes; 
também, registra as palavras iniciais da segunda folha de cada volume, tornando a 
identificação mais precisa. A experiência mais próxima de um catálogo é a lista do convento 
St. Martin, em Dover, de 1389. Dividia-se em três seções. A primeira, organizada pelo 
número de localização do volume na estante, incluía um título breve, o número da 
página do livro em que o número de localização foi registrado, as primeiras palavras do 
texto nesta página, o número de páginas do livro e o número de obras contidas no volume. 
A segunda, também organizada pelo número de localização, registrava o conteúdo de 
cada volume, com a paginação e as palavras iniciais de cada obra. A terceira é um marco 
na catalogação: incluía análise das partes (entradas analíticas) e uma lista alfabética, às 
vezes de autor, outras de título e autor e outras, ainda, de palavras genéricas, como ‘livro’, 
‘parte’ ou ‘códice’. 
 
Século XIV - início das bibliotecas universitárias, não trouxeram contribuições à 
catalogação, talvez por serem muito incipientes, a maioria com menos de cem livros. 
 
Séculos XV a XVIII 
 
Século XV - grandes mudanças surgem pela primeira vez as remissivas. (registros 
que remetem a outros registros ou obras), embora de forma primitiva, no catálogo 
compilado por Amplonius Ratnick de Berka entre 1410 e 1412. Há remissivas no catálogo 
da abadia de Santo Agostinho, em Canterbury, na Inglaterra, compilado por volta de 
1420. No final do século, há um avanço importante Johann Tritheim, bibliógrafo e 
bibliotecário alemão, compilou uma bibliografia, apresentando-a em ordem incluindo 
cronológica e em apêndice um índice alfabético de autor, pela primeira vez. 
 
 
15 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Século XVI - surge um catálogo classificado e que incluía também um índice 
alfabético de autor: o catálogo do mosteiro Syon, em Isleworth, Inglaterra. Neste mesmo 
país, o catálogo do convento de Bretton, Yorkshire, de 1558, introduz nos registros os 
nomes dos editores e tradutores das obras. Outro bibliógrafo, seguindo o precedente de 
Tritheim, o suíço Konrad Gesner, de Zurique, publicou uma bibliografia por autor em 1545 
e o respectivo índice de assuntos em 1548. Gesner, bibliógrafo e naturalista, incluiu em 
sua obra instruções para a organização de livros em uma biblioteca e desenvolveu um 
sistema de classificação, servindo tanto a bibliotecas como a bibliografias. Em 1548, 
Gesner sugeriu que se utilizasse cópia de sua bibliografia como catálogo, bastando apenas 
acrescentar os dados de localização ao lado do registro da obra que a biblioteca possuísse. 
Em 1560, Florian Trefler, monge beneditino, publicou em Augsburg um tratado sobre a 
manutenção de uma biblioteca. Desenvolveu nessa obra um sistema de classificação e 
números de localização e defendeu um catálogo em 3 cinco partes: catálogo alfabético de 
autores, lista das estantes, índice classificado para os registros das partes (entradas 
analíticas), índice alfabético para o índice classificado e lista dos livros não integrados ao 
acervo geral. Em 1595, o livreiro inglês Andrew Maunsell compilou um catálogo dos livros 
ingleses impressos e, no prefácio, determinou regras para o registro das obras. Preconizou 
a entrada dos nomes pessoais pelo sobrenome, para as obras anônimas, usou tanto o título 
como o assunto e às vezes ambos; estabeleceu o princípio de entrada uniforme para a 
Bíblia; defendeu a ideia de que um livro deva ser encontrado tanto pelo sobrenome do autor 
como pelo assunto e pelo tradutor; incluiu em seus registros: tradutor, impressor ou a 
pessoa para quem foi impresso, data e número do volume. As obras de Trefler e Maunsell 
podem ser consideradas como os primeiros códigos de catalogação. 
 
Século XVII - avanços significativos. Sir Thomas Bodley, diplomata aposentado, no 
início do século, ofereceu-se para a reconstituição da biblioteca da universidade de 
Oxford, Inglaterra, destruída por um incêndio. Bodley criou um código minucioso de 
catalogação. Entre outras normas, indicava o arranjo sistemático, com um índice alfabético 
organizado pelo sobrenome dos autores, e incluía as entradas analíticas. Na França, 
Gabriel Naudé escreveu um trabalho sobre catálogos e catalogação, onde assinalava 
a importância dos catálogos como meios de encontrar livros e de identificá-los 
bibliograficamente, perspectivas muito próximas da visão atual. Naudé recomendava um 
catálogo dividido em duas seções; uma por autores e outra por assuntos. Também 
sugeriu uma organização das estantes que permitisse expansão do acervo. Em 1650, John 
Drury, na Inglaterra, também escreveu um tratado sobre o assunto, em que advogava a 
 
 
16 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
publicação de suplementos anuais, para atualização dos catálogos, que na época eram 
impressos em formato de livro, e um método para se lidar com obras doadas não, 
desejáveis para as bibliotecas (problema que temos até hoje!). Em 1697, curadores da 
Bodleyana, como também é denominada a biblioteca da universidade de Oxford, pediram 
aos funcionários que apresentassem sugestões para melhoria da biblioteca. Um desses 
funcionários, Humphrey Wanley, incluiu entre suas sugestões inúmeros questionamentos 
sobre problemas de catalogação, dentre os quais: se o catálogo deveria ser alfabético 
ou classificado, se os títulos e os dados do livro deveriam ser registrados na língua 
do livro; se o tamanho do livro deveria ser registrado; se deveriam incluir-se autor e 
título das entradas analíticas; se o nome do editor deveria ser registrado nos dados de 
publicação; se deveria ser mencionado o fato de um livro não trazer local e data de 
publicação; se a primeira ou a melhor edição de um livro deveria ser indicada; e, finalmente, 
se a raridade ou alto custo de um livro deveriam ser anotados. No mesmo ano, em Paris, 
Frederic Rostgaard publicou suas normas sobre a organização do catálogo.Preconizava 
um arranjo por assuntos, subdividido cronologicamente e por tamanho do volume, visando 
a que todos os autores voltados ao mesmo assunto e todas as edições de uma mesma 
obra fossem reunidas. Indicava ainda a elaboração de índices alfabéticos por assuntos e 
autores, estes últimos pelos sobrenomes, a serem localizados no final do catálogo (sempre 
catálogos impressos); as obras encadernadas juntas deveriam ter registros separados; 
dever-se-ia registrar a ordem dos títulos como aparecesse na página de rosto; em obras 
anônimas, dever-se-ia transcrever o nome do autor quando conhecido; por fim, as normas 
poderiam ser utilizadas de forma diferente quando mais adequado à biblioteca. Rostgaard 
exerceu muita influência no continente europeu, assim como Bodley e seus bibliotecários 
na Inglaterra. 
 
Século XVIII - catálogos eram visualizados como listas de encontrar, mais do que 
como inventários. Algumas práticas se impuseram: catálogos classificados ou alfabéticos, 
embora alguns ainda permanecessem organizados pelo tamanho dos livros; os índices 
eram considerados úteis, embora não indispensáveis os nomes dos autores vinham pelo 
sobrenome, embora ordenados cronologicamente; a página de rosto adquiriu um certo 
prestígio, sendo os títulos transcritos literalmente; incluíram-se dados de publicação e notas 
de 'encadernado com'; as remissivas tornaram-se de uso comum, assim como algumas 
entradas analíticas. O século XVIII é marcado pelo desenvolvimento da pesquisa científica 
e das atividades de estudo, o que levou a um crescimento substancial das bibliotecas na 
Europa. Os fatos mais significativos e interessantes surgiram durante a Revolução 
 
 
17 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Francesa. As bibliotecas dos nobres foram confiscadas e transformadas em bibliotecas de 
uso público, o que levou o governo da Revolução a estabelecer, em 1791, normas para 
sua organização: o primeiro código nacional de catalogação. Segundo Strout, esse 
código é um paradigma de brevidade e simplicidade prática. Também se deve ao governo 
revolucionário o uso de catálogos em fichas, pela primeira vez na história da 
catalogação. Não propriamente por facilidade, mas devido à falta de papel, deveriam ser 
utilizadas cartas de baralho para o registro das obras: cartas de ases e dois seriam 
reservadas para os títulos mais longos, talvez por disporem de 4 mais espaço. Quaisquer 
que tenham sido os motivos para o uso de fichas, essa ideia muito racional e prática 
permanece até nossos dias. O código francês determinava que se transcrevesse a 
página de rosto, sublinhando o sobrenome do autor para alfabetação. Quando não 
houvesse autor, seria sublinhada a palavra mais significativa do título. Incluíam-se dados 
físicos: número de volumes, tamanho, ilustrações, material de que o livro era feito, 
encadernação e indicação de falta de páginas. Muitas dessas informações são registradas 
até hoje. 
 
1791- Regras de catalogação segundo a influência de Jean-Baptiste Massieu, 
código francês de 1791, Método antigo de fazer as cédulas para inseri-las após o índice de 
autor desconhecido. 
 
Século XIX 
O século XIX - fatos notáveis na história da catalogação, com trabalhos de grande 
importância e muita influência em nossa prática moderna. 
 
Catálogo no British Museum - em 1836 a House of Commons (câmara baixa do 
parlamento britânico) nomeou uma comissão que deveria investigar as condições a 
administração e os serviços do museu que incluía (catalogação e o catálogo) na biblioteca 
do museu. Muitos foram as pessoas ouvidas durante a pesquisa uma delas conseguiu 
vencer a comissão com seus argumentos e ideias: Anthony Panizzi, Collier, empregando 
suas próprias normas, tentou catalogar 25 livros, e Panizzi, utilizou estas catalogações 
como defesa de suas 91 regras. Panizzi saiu vitorioso nunca houve tamanho interesse por 
questões biblioteconômicas, envolvendo governo, personalidades e eruditos. 
 
 
 
 
18 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1839 – Sir Anthony Panizzi – 91 regras – primeiro código criado- refugiado político 
italiano, advogado de profissão, que trabalhava no museu (British Museum) como 
bibliotecário assistente desde 1831. Em 1839, após várias audiências, Panizzi convenceu 
os membros da comissão e estes aprovaram seu código, as famosas 91 regras de 
Panizzi. Mas nem a controvérsia nem a investigação pararam por aí. Em 1847, outra 
pesquisa tornou-se necessária, desta vez referente à constituição e administração do 
museu, e novamente levantou-se a questão do catálogo e das regras de Panizzi. Um 
episódio muito interessante foi a crítica de Collier, um especialista em Shakespeare, às 
91 regras e ao próprio Panizzi. Dizia Collier que Panizzi estabeleceu um número tão 
elevado de regras para atrasar a elaboração do catálogo, que ele chamava “o interminável 
catálogo de Mr. Panizzi”, e preconizava suas próprias regras. Panizzi e suas regras 
tiveram grande influência na biblioteconomia inglesa e, também, na americana. 
 
1852 – Charles Jewet – Código baseado no código de Panizzi. Catalogação uma 
única vez. Smithsonian Instituion – EUA 
Em 1850, Charles C. Jewett viu aceito seu código para o catálogo da Smithsonian 
Institution, nos Estados Unidos. No prefácio, reconhecia seu débito para com Panizzi e suas 
regras, mas em inúmeros pontos apresentou discordâncias e soluções diferentes. Alguns 
preceitos de Jewett, em especial no tocante a cabeçalhos de responsabilidade e obras 
anônimas, até hoje são seguidos. Jewett determinou a finalidade de um código de 
catalogação, como citada por Strout: As regras de catalogação devem ser estritas e devem 
ir ao encontro, o mais possível, de todas as dificuldades do detalhe. Nada, o máximo que 
se possa evitar, deve ser deixado ao gosto individual ou ao julgamento do catalogador 
. Também em 1850 surgiu na Alemanha o código de Munique, que, segundo Ranganathan, 
manteve-se em forma manuscrita. Foi a partir desse código que Carl Dziatzko criou em 
1886, para a universidade de Breslau, suas instruções, que, por sua vez, serviram de base 
para o código alemão. As Instruktionen für die alphabetischen Kataloge der Preussischen 
Bibliotheken [Instruções para os catálogos alfabéticos das bibliotecas prussianas] ou 
Instruções prussianas, de 1899, como relatou Alice Príncipe Barbosa, foram elaboradas por 
homens de formação científica e filosófica, exercendo grande influência em outros países 
de língua alemã, ou mesmo sendo integralmente adotadas por eles. 
 
1876 – Charles Ammi Cutter – Regras para um catalogo Dicionário – Havard College 
– EUA. Melvil Dewey também estabeleceu regras simplificadas de catalogação, mas seu 
renome se deve à Classificação Decimal (1876), que hoje leva seu nome, por ironia 
 
 
19 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
publicada anonimamente na primeira edição. No mesmo ano de 1876, Charles Ami Cutter 
publicou suas Rulesfor a dictionary catalogue [Regras para um catálogo dicionário]. Cutter, 
considerado por Ranganathan como o gênio da biblioteconomia, não elaborou apenas 
um código de catalogação: sua obra é na verdade uma declaração de princípios. As regras 
são entremeadas com os porquês das soluções e com observações diversas, às vezes 
irônicas de fácil leitura, se constitui em um código muito completo, incluindo a catalogação 
de assuntos e de materiais especiais, normas de transliteração e elaboração de catálogos 
auxiliares. Cutter criou, ainda, um esquema de classificação e uma tabela representativa 
de sobrenomes, esta utilizada até hoje. Mas sua contribuição mais importante está na 
catalogação. Determinou os objetivos do catálogo e ditou a visão do catalogador. De 
um ponto de vista muito pessoal, acredito que a catalogação moderna, automatizada,deveria voltar a Cutter, pois inúmeras soluções por ele apontadas, quando a catalogação 
era manuscrita ou datilografada, se aplicam inteiramente aos recursos computacionais. Sua 
obra é um exemplo de catalogação prática adequada ao usuário. 
 
 
 
A Tabela de Cutter é uma tabela de códigos que indicam a autoria de uma 
obra literária elaborada por Charles Ammi Cutter em 1880 e é utilizada para 
classificar livros em bibliotecas. A tabela utiliza todas as letras para designar 
as categorias de livros, em contraste com a Classificação Decimal de 
Dewey que utiliza apenas números. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_de_Cutter 
 
 
1895 – Paul Otlet e Henri La Fontaine – Fundam um instituto Internacional de 
Bibliografia – este com um levantamento e registro de todas as publicações editadas em 
todo o mundo. Controle Bibliografico Universal – CBU. 16.000.000 milhões de registros. 
Século XIX — época de proliferação de códigos de catalogação, Cutter marca este 
período. No final do século, em 1895, dois belgas, Paul Otlet e Henri La Fontaine fundam o 
Institut International de Bibliographie (IIB), atual Federação Internacional de Informação e 
Documentação (FID), e dão início ao levantamento e registro de todas as publicações 
editadas em todo o mundo. Chegaram a 16 milhões de registros, segundo alguns autores, 
e 12 milhões, segundo outros. Embora não fossem os primeiros a alimentar o sonho do 
controle bibliográfico universal, certamente deram um passo decisivo nesse sentido. 
Após um período em que utilizaram a Classificação Decimal de Dewey, criaram a 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Charles_Ammi_Cutter&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/1880
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela
https://pt.wikipedia.org/wiki/Letra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_Decimal_de_Dewey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_Decimal_de_Dewey
https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_de_Cutter
 
 
20 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Classificação Decimal Universal, embasada em Dewey, porém mais especializada, 
visualizando-a como um meio de intercâmbio de informações bibliográficas, acima das 
barreiras lingüísticas. Otlet e La Fontaine eram advogados e pacifistas, acreditando ser a 
bibliografia universal a base para a paz. Otlet juntamente com Robert GoIdschmidt, projetou 
uni equipamento de ampliação de filme, introduzindo o microfilme em bibliotecas; em 1906 
publicou um trabalho em que tratava da “nova forma do livro”. La Fontaine recebeu o prêmio 
Nobel da Paz de 1913, foi senador socialista (1894-1936) e representante belga junto à 
Liga das Nações (1920-1921). A Primeira Guerra Mundial interrompeu os trabalhos de 
compilação da bibliografia, que cessaram definitivamente por volta de 1920, quando o IIB 
atravessou séria crise financeira. Nessa ocasião, o jovem químico holandês Frits Donker 
Duyvis (futuro secretário-geral da FID) propôs o estabelecimento de centros nacionais 
cooperantes para dar continuidade ao trabalho. No ano seguinte, a Holanda tornou-se o 
primeiro país a fazer parte do acordo de cooperação. Em 1931 o IIB tornou-se o Institut 
International of Documentations, que, em 1938, transferiu-se definitivamente para Haia, 
comi o nome de Federação Internacional de 1 Documentação. Como se verá adiante, a 
ideia de Otlet e La Fontaine foi retomada pela UNESCO após a Segunda Guerra Mundial. 
 
 
 
O controle bibliográfico consiste, de modo geral, em um arranjo de técnicas e 
procedimentos cujo objetivo é organizar e preservar determinado conjunto de 
suportes de informação para torná-los acessíveis, da forma mais eficiente 
possível, a qualquer indivíduo de que dele necessite. De forma mais ampla, o 
controle bibliográfico também é definido como o domínio que se possui sobre 
certos documentos. Este domínio pode ser exercido pela criação de 
bibliografias ou pela adoção de procedimentos de padronização da descrição 
bibliográfica, por exemplo. Em outras palavras, a ideia de controle bibliográfico 
está relacionada ao estabelecimento de sistemas e padrões a serem adotados 
na representação descritiva de itens bibliográficos tendo em vista facilitar o 
acesso à informação nas diferentes áreas do conhecimento. 
 
 
1899 - "Instruções Prussianas" - Regras Prussianas. Adotada pela Alemanha, 
Áustria, Hungria, Suécia, Suíça, Dinamarca e Noruega e teve sua origem 1886 por Carl 
Dziatzko. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3o
 
 
21 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Em uma nova edição de 1941 dessas Instruções prussianas, são introduzidas 
modificações para atualizá-las e adaptá-las à evolução da técnica de catalogação nos 
primeiros quarenta anos do século XX, corrente europeia de princípios do século foi 
representado pelo Código do Vaticano de 1931. 
 
Século XX 
1901 – Marcado pela impressão e venda de fichas catalográficas pela Library of 
Congress (LC) dos Estados Unidos. Cada biblioteca não precisava fazer a própria 
catalogação de seus livros, a LC vendia suas fichas impressas, às quais bastava que 
fossem acrescentados cabeçalhos, também por ela indicados. Isso resultou em 
padronização, já que as fichas vendidas, e, portanto, utilizadas pelas bibliotecas, eram 
rigorosamente idênticas. Quando as fichas começaram a ser impressas, a American Library 
Association (ALA) nomeou uma comissão para estudar as regras adotadas pela LC. 
 
1908 – ALA – American Library Association (EUA) com a colaboração da Library 
Association (Inglaterra) - Regras de catalogação: entradas de autor e título. Primeira 
edição. – “Cataloguing rules: author and title entries”. Uma 2ª Edição é lançada em 1941 
com o intuito de corrigir e melhorar o que os catalogadores consideraram como problema 
(confusão e excesso de detalhes principalmente da parte descritiva). Os catalogadores 
queriam um código que lhes atendessem e que fosse simples e objetivo. Em colaboração 
com a Library Association da Inglaterra, a ALA publica a primeira edição de seu código 
em 1908, utilizando regras de Panizzi, Cutter, Jewett e LC: Cataloging rules - author and 
title entries [Regras de catalogação: entradas de autores e títulos]. Concomitantemente 
publicava-se, na Alemanha, a segunda edição das Instruções prussianas, que 
alcançaram grande aceitação na Europa, enquanto o código da ALA era bem recebido 
nos Estados Unidos e outros países. Buscou-se, então, uma compatibilidade entre ambos, 
mas, a tão desejada padronização internacional só chegaria muito mais tarde 
 
1911 - Na base deste código estava o Regole (as Regras) italiano de 1911 
complementado com regras retiradas do Código Anglo-Americano de 1908, a fim de 
internacionalizá-lo, (o que, por sua vez, reflete uma clara influência dos códigos de Panizzi, 
Cutter e Instruções Prussianos). Foi a melhor amostra de síntese da corrente europeia e 
norte-americana, cuja influência se fez sentir em maior medida na Europa e na América 
Latina mais do que nos Estados Unidos, pois envolveu a adaptação da prática anglo-
americana a uma língua, o italiano com características semelhantes ao espanhol. 
 
 
22 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1920 – Código da Vaticana – pautado no código da ALA de 1908 - traduzido para 
o português e espanhol teve grande aceitação na América Latina - ocorre uma mudança 
para a tendência anglo-americana, se reflete no fato de que pela primeira vez uma seção 
dedicada a pessoas jurídicas aparece, uma lista de clássicos anônimos é adicionada à lista 
de clássicos latinos autores do código anterior, é que adota o cânone bíblico do Código da 
Vaticana e, como neste, são dadas normas sobre a transcrição de alfabetos não latinos,entre outras alterações; Na segunda edição teve reimpressões em 1945, 1955 e 1960 sem 
variações. Em 1920 foram editadas as Norme per il catalogo degli stampati [Normas para 
o catálogo de impressos] ou código da Vaticana, elaborado por um grupo de bibliotecários 
norte-americanos, sob a direção de John Asteisson, norueguês de formação americana, 
para a Biblioteca Apostólica Vaticana. As normas da Vaticana basearam-se no código 
da ALA de 1908, embora sua terceira edição tenha sido considerada superior à segunda 
da ALA, ambas de 1949. 
 
O código da Vaticana exerceu enorme influência na biblioteconomia brasileira, 
a partir de 1940, primeiramente em sua edição em espanhol e, depois, nas duas edições 
em português (1949 e 1962), até 1969. Ensinava-se a ‘Vaticana’ na escola de 
biblioteconomia do Rio de Janeiro (cursos da Biblioteca Nacional), sendo adotada por 
inúmeras bibliotecas, e ainda hoje se encontram algumas que a usam. Paralelamente, a 
escola de biblioteconomia de São Paulo, iniciada no Colégio Mackenzie em 1929 e de 
nítida influência norte-americana, optou por ensinar o código da ALA. Entre 1934 e 1963, 
muitos foram os trabalhos que preconizaram a criação de um código brasileiro, ou código 
para países de língua portuguesa. Podem-se citar: Duarte Ribeiro (1934), Associação 
Paulista de Bibliotecários (1941), Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) 
(1943), Maria Luísa Monteiro da Cunha (1946 e, novamente, 1963), primeiro Congresso 
Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, como recomendação (1954), Felisbela 
Carvalho (1961) e Mário Costa (1963). As ideias não prosperaram, obtendo-se apenas 
normas para cabeçalhos de nomes em língua portuguesa. No entanto, houve uma obra em 
português de considerável influência e aceitação: Catalogação simplificada (1970), de 
Cordélia R. Cavalcanti, que por um certo tempo assumiu o lugar de um código brasileiro 
em muitas bibliotecas, algumas de vasto acervo. 
 
 
 
 
 
 
23 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 2.1.2 Evolução histórica 
A normalização da informação e a pratica da catalogação tem sido e seguira sendo 
uma preocupação permanente para as instituições internacionais como a - 
The International Federation of Library Associations and Institutions - (IFLA) e a Biblioteca 
do Congresso Americano – (Library of Congress - https://www.loc.gov/) e no Brasil a 
Biblioteca Nacional – BN https://www.bn.gov.br/, essas instituições consideram uma 
atividade indispensável para o ótimo aproveitamento dos recursos informacionais e também 
valioso método que facilita o intercâmbio de informação em um mundo hoje totalmente 
globalizado. 
 
Há muitos séculos a comunidade internacional de Biblioteconomia tem se dedicado 
a tarefa de uma análise da teoria e também da prática de catalogação mundial. 
 
Entendendo onde chegamos 
Conferência de Paris, 1961- entre 1958 e 1959 se consolida um convênio 
apresentando as necessidades pela comunidade de biblioteconomia ocorre uma 
cooperação entre a IFLA e a UNESCO. Este convênio tem como objetivo estudar com maior 
determinação e atenção os detalhamentos que se refere aos títulos de obras anônimas, 
obras de autores coletivos e a forma como os nomes próprios e geográficos devem ser 
tratados nos títulos. 
 
 
 
The International Federation of Library A ssociations and Insttutions (IFLA) é 
o principal organismo internacional que representa os interesses dos 
serviços bibliotecários e de informação e seus usuários. É a voz global da 
biblioteca e da profissão de informação. https://www.ifla.org/ 
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a 
Cultura) dentre outras inúmeras Iniciativas, tem-se voltado ao 
estabelecimento de padrões para as bibliotecas nacionais, que se refletem 
diretamente sobre nossas práticas biblioteconômicas. Dentre as finalidades e 
funções da UNESCO está a de manter, desenvolver e disseminar o 
conhecimento, por meio da cooperação internacional, para acesso a todos os 
materiais publicados. Para tornar possível a consecução desse objetivo. Mey 
1985 
 
 
https://www.loc.gov/
https://www.ifla.org/
 
 
24 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Esse acordo levou à convocação de uma reunião internacional em outubro de 1961 
para chegar a um acordo sobre os princípios básicos que regulariam a seleção e a forma 
dos títulos na ficha de catalográfica. O encontro foi realizado na Casa da UNESCO em 
Paris, o produto desse encontro foi a “Declaração dos 12 Princípios de Catalogação”, 
que agora é conhecido como “Princípios de Paris”. 
 
Declaração dos Princípios Internacionais de Catalogação (Princípios de Paris 
revisitados) - que os códigos de catalogação devem ter como diretrizes: 
1. a conveniência dos usuários, 
2. o uso comum, 
3. a representação, 
4. a precisão, 
5. a suficiência 
6. a necessidade, 
7. a significância, 
8. a economia, 
9. a consistência 
10. a padronização e 
11. a integração. 
 
Vale mencionar que o usuário deve ser o foco primordial da atividade de catalogação. 
Cronologia após o “Princípios de Paris” 
 
1961 - Com a Conferência de Paris (1961) sobre os Princípios de Catalogação, 
avançou-se na tarefa unificadora e a Comissão Europeia para a reforma das Instruções 
decidiu aderir a essa tendência, portanto, na introdução das Instruções para a redação do 
catálogo alfabético de autores e obras anônimas. 1964 - Diz: “teria sido um absurdo 
encerrarmo-nos na defesa das nossas peculiaridades, virando-nos completamente as 
costas ao que se está fazendo ao longo o mundo. Por mais que tenhamos apegos as 
peculiaridades e mesmo se estivéssemos convencidos de que o sucesso as inspira ... 
podemos obter maiores vantagens sacrificando-as na busca da unificação. Ele 
reconhece na introdução que “a própria missão do catálogo consiste em garantir que o 
leitor encontre os livros de que precisa com o mínimo de dificuldades possível; nada 
melhor para isso do que… encabeçar as obras de cada autor pelo nome pelo qual 
costumam ser conhecidos, mesmo que não seja o que consta em sua certidão de 
 
 
25 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
nascimento”. Esse critério, talvez menos científico, mas muito mais prático, já existente nos 
códigos anteriores, é o que inspirou muitas das mudanças que então foram introduzidas e 
que perduram até hoje. 
 
• Principais pontos colocados por Lubtzy, 1961 - catalogo é auxiliar para a 
exploração dos recursos da Biblioteca. 
• Distinção entre obra e livro; 
• Privilegiar a entrada principal; 
• Fidelidade a página de rosto; 
 
 
 
Folha de rosto ou página de rosto é um elemento pré-textual de um livro 
(publicação), trabalho acadêmico ou científico, como um relatório, 
monografia, tese, dissertação. Trata-se de uma página onde aparecem como 
itens obrigatórios o nome da instituição, o nome do autor, o título do trabalho, 
disciplina, orientador e data. É a fonte que fornece os dados necessários à 
identificação da obra. No caso de um livro deve conter os mesmos elementos 
gráficos e textuais da capa em fundo branco invertendo as cores caso não haja 
legibilidade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha_de_rosto 
 
 
 
Fig.4 Pagina de Rosto (folha de rosto) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folha_de_rosto
 
 
26 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
A folha de rosto é o lugar por excelência (imperativo) onde catalogador identificará 
os dados para a catalogação descritiva. 
 
 
 
 
 
 
 
27 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Garantir a Uniformidade nos catálogos 
 
 
 
1967 – ANGLO-AMERICAN CATALOGING RULES (AACR) / CÓDIGO DE 
CATALOGAÇÃO ANGLO-AMERICANO 
- AmericanLibrary Association (ALA) EUA 
-Canadian Library Association (Canadá) 
-Library Association (Inglaterra) 
-Library of Congress (LC) EUA 
 
AACR – Aplicabilidade as atividades biblioteconômicas como: descrição 
bibliográfica, livrescas, confecção de fichas catalográficas, bibliografias, citações 
bibliográficas, lista de livros e de outros materiais para qualquer finalidade, inclusive 
catálogos coletivos. 
 
1969 – International Standard Bibliographic Description (ISBD) / Descrição 
Bibliográfica Normalizada Internacional -/ IFLA - International Federation of 
Library A ssociations and Institutions. Utiliza de pontuações e abreviaturas padronizadas 
entre os elementos de descrição e esses elementos tem que estar descrito pela ordem 
preestabelecida pela norma. Consequência do importante Encontro de Especialistas em 
Catalogação, Copenhague 1969, no qual se chegou a um acordo para estabelecer normas 
internacionais de descrição bibliográfica e, assim, poder realizar um efetivo intercâmbio 
mecanizado de informações, as Regras de Catalogação. 
 
1978 – AACR2 – resultado da Junção dos dois conjuntos de regras Americana e 
Inglesa e AACR + ISBD – Utilizou a pontuação prescrita pela ISBD. 
 
1985 é publicado o primeiro volume dedicado a Monografias e Publicações em 
Série; o segundo volume será lançado em 1988 e trata da catalogação de materiais 
especiais. Embora estes sejam considerados a quarta versão das regras oficiais já 
mencionadas (1902, 1941, 1964), as anteriores continuaram a manter uma estrutura 
tradicional de divisão do conteúdo em quatro grandes capítulos: regras gerais, arquivos 
principais, arquivos secundários e ordenação no catálogo. Nesta edição a estrutura em 
capítulos é influenciada pelo surgimento do AACR2 de 1978 que deu grande importância à 
 
 
28 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
descrição, e reúne o que já havia sido feito na catalogação bibliográfica desde o surgimento 
da ISBD (M) de 1974 e as sucessivas ISBDs e conforme declarado em sua Introdução. 
 
Compartilhar foi a palavra que marcou os anos 90. Por um lado, a necessidade e 
de outro a tecnologia. 
 
1988 e 2003 – AACR2r – Foi traduzida para vários idiomas e revisada 
significativamente e depois disso sendo atualizada anualmente de 2003 e 2005. 
A edição consolidada e revisada é publicada em 1995, na qual algumas regras são 
modificadas de acordo com as mudanças introduzidas nas sucessivas edições publicadas 
das ISBDs e, além disso, procura-se suprir algumas lacunas tanto na descrição bibliográfica 
quanto em outras. A reformulação envolveu uma mudança na estrutura com a redação do 
primeiro capítulo com as regras gerais de descrição bibliográfica anterior aos capítulos 
específicos para cada tipo de documento (do capítulo 2 ao 12), um capítulo 13 dedicado à 
descrição analítica, o Capítulo 14 à escolha dos pontos de acesso, 15 à forma dos títulos, 
16 aos títulos uniformes e 17 às referências. A decisão prática de ter um capítulo com as 
regras gerais de descrição bibliográfica comuns a todos os tipos de materiais e uma 
sucessão de capítulos específicos para o conteúdo desses materiais implica uma maior 
integração de todos os tipos de materiais e menos diferenças em sua descrição. Diferenças 
específicas do material em seu capítulo especial. Isso supôs um grande trabalho de síntese 
na redação por parte da Comissão de Revisão. A última edição revisada dessas regras data 
de 1999, em que a redação de algumas regras é modificada para torná-las mais precisas e 
os erros são corrigidos. 
 
Reunião de Copenhague, 1969 - “Encontro Internacional de Especialistas em 
Catalogação, organizado pelo Comitê de Catalogação da IFLA em Copenhague, onde 
nesta reunião foi criada e se produziu norma a nova redação foi baseada no estudo 
não apenas do AACR2 e das diferentes normas ISBDs, mas também nos mais 
modernos códigos de catalogação para regularizar a forma e conteúdo da descrição 
bibliográfica” 
 
O paradigma marcado na década de 60 manteve-se em vigor por cerca de 40 
anos. 
 
 
 
 
29 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Conferência de Toronto, 1997 
Atualização da estrutura das regras que até então regiam: 
1. Os regulamentos internacionais representados pela International Standard 
Bibliographic Description (ISBD) - (Descrição Bibliográfica Internacional 
Normalizada); 
2. Regramento representado pelo Anglo-American Cataloguing Rules - (AACR) - 
Código de Catalogação Anglo-Americano. As evoluções de ambos os 
padrões não seguiram um perfil uniforme, o ISBD evoluiu como necessidades 
de desenvolvimento tecnológicos, o AACR estagnou e só conseguiu uma 
segunda edição com vários adendos ou atualizações. 
 
 
 
International Standard Bibliographic Description (Descrição Bibliográfica 
Internacional Normalizada), conhecida amplamente por ISBD, é um padrão 
desenvolvido pela International Federation of Library Associations and 
Institutions (IFLA) para a criação de descrições bibliográficas. A ISBD especifica 
os elementos necessários para descrição de diversos tipos de documentos (por 
exemplo, livros, mapas, partituras, gravações de áudio, etc.), a ordem em que 
estes elementos devem ser registrados e a pontuação utilizada entre os 
elementos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Bibliographic_Descripti
on / O Código de Catalogação Anglo-Americano (em inglês: Anglo-American 
Cataloguing Rules) - 2ª edição (CCAA2, ou AACR2 a partir da sigla em inglês) é 
um compêndio de regras para a criação de descrições bibliográficas e para a 
escolha, a construção e a atribuição dos pontos de acesso (cabeçalhos) 
representando pessoas, localizações geográficas e entidades coletivas, além 
de títulos uniformes representando obras e expressões[ publicada em 1978. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Cataloga%C3%A7%C3%A3o
_Anglo-Americano 
 
Na reunião de Toronto em 1997, as seguintes questões foram levantadas: 
1. Revisão das áreas de descrição da ficha de catalográfica. Com uma abordagem 
mais minimalista, uma redução nas áreas de descrição, já que segundo seu 
ponto de vista era uma preciosidade técnica de bibliotecários e não chaves ou 
pontos de acesso relevantes para o público/usuário. 
2. Estabelece canais de comunicação entre agências bibliográficas propõe 
consolidar a cooperação bibliotecária do ponto de produtividade do catálogo, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Bibliographic_Description%20/
https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Bibliographic_Description%20/
https://pt.wikipedia.org/wiki/1978
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Cataloga%C3%A7%C3%A3o_Anglo-Americano
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Cataloga%C3%A7%C3%A3o_Anglo-Americano
 
 
30 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
tentando não centralizar os registros bibliográficos em uma única entidade, 
mas sim realizar a catalogação compartilhada e que os registros fluam de forma 
ágil e transparente entre agências bibliográficas nacionais. 
3. Redução de elementos bibliográficos não relevantes. As erupções de 
sistemas automatizados em bibliotecas mudaram a forma de acesso as 
informações contidas nos catálogos, os usuários exigiram menos pontos 
controlados, menos estruturas quanto ao formato do registro, por exemplo, 
sugere-se cancelar definitivamente relacionado a títulos uniformes, já que de 
acordo com vários estudos realizados em alguns OPAC's (Online Public Acess 
Catalog) de universidades unificados, os usuários raramente usam este 
elemento como um ponto de recuperação. Em catálogos impressos, o uso da 
pontuação nas áreas de publicação e descrição física, que deve ser opcional ou 
simplesmente desaparecer. 
 
 
 
OPAC: Online Public Acess Catalog, em português, catálogo deacesso público 
on-line. É a interface voltada para atender ao usuário em linha, e conforme as 
configurações preestabelecidas pelo administrador (superlibrarian) . Oferece 
recursos que vão além do campo de busca e podem trazer retornos para o 
usuário e a equipe da biblioteca. http://wiki.ibict.br/index.php/OPAC 
 
 
Não são apenas propostas de mudanças em termos de questões relacionadas ao 
uso de tecnologia, também em termos de representação na reprodução e / ou geração de 
catálogos de papel, novamente destaca a tendência para uma visão minimalista, ou seja, 
redução e simplificação de áreas. A tendência deixa de ser estruturalista e se torna uma 
visão minimalista com foco mais nos usuários. 
 
É neste encontro que o uso de metadados e sistemas também foi discutido 
automatizado para o armazenamento e recuperação de informações, como FRBR, da 
mesma forma o uso do protocolo Z39.50 como ferramenta para comunicação entre 
OPACs para troca de informações. Eles surgem e da mesma forma, os problemas relativos 
à informação na Internet e ao uso de documentos em formato SGML, dados não 
considerados pela AACR2. 
 
http://wiki.ibict.br/index.php/OPAC
 
 
31 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
METADADOS - Metadados, literalmente "dados sobre dados" - 
especificamente, metadados descritivos - são dados estruturados sobre 
qualquer coisa que possa ser nomeada, como páginas da web, livros, artigos 
de periódicos, imagens, músicas, produtos, processos, pessoas (e suas 
atividades), dados de pesquisa, conceitos e serviços. Agora um conceito 
mainstream, os metadados tendiam pela primeira vez em 1995, seguindo de 
perto a World Wide Web em 1994. (Metadados de "Big data" sobre ações e 
transações como curtidas no Facebook, ligações, tweets e similares, que 
tendiam em 2013, foram lançados de escopo para esta breve introdução.). 
https://www.dublincore.org/resources/metadata-basics/ 
 
 
É aqui que a importância da utilização de catálogos eletrônicos é destacada pela 
primeira vez. Nossa sociedade é o preâmbulo para a conversão unidades de informação 
retrospectiva, pelo menos no campo acadêmico. A criação de catálogos eletrônicos de 
registros e informações. 
 
Conferência de Washington, 2000 - foi mencionado anteriormente que o AACR2 
não evoluiu em conjunto com o ISBD's, a Biblioteca do Congresso Americano (Library of 
Congress), ciente dessa situação, decide realizar uma reunião em 2000 em Washington, 
para analisar este problema. A reunião girou em torno do crescimento acelerado da 
informação eletrônica, e evidenciou as deficiências existentes no AACR2. Da mesma 
forma, a recuperação desses recursos na Internet, foi o aspecto mais importante desta 
reunião. Os pontos abordados foram os seguintes: 
• Identificação das lacunas do AACR2, nos termos da descrição dos recursos 
eletrônicos, bem como informações impressas. 
• Importância da recuperação oportuna de informações em qualquer formato, 
com base nos cabeçalhos de assuntos da Biblioteca do Congresso Americano. 
• Uso das entradas por assunto combinado com o uso dos sistemas metadados 
com base em sua operabilidade. 
• •. Futuro gerenciamento de catálogos de bibliotecas no contexto da Internet por 
meio do desenvolvimento de software para multirelacionar as descrições de 
recursos informativos. 
 
https://www.dublincore.org/resources/metadata-basics/
 
 
32 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Conferência de Florença, 2003 - Três anos após a conferência de Washington, em 
Florença, Itália, realiza-se outra reunião onde o tema principal foi o uso de metadados com 
foco no usuário. Os antecedentes diretos deste encontro remontam também ao ano 2000 
nesta mesma cidade. Começa com a postura marcada pelo Functional Requirements for 
Bibliographic Records (FRBR) / (Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos) 
FRBR, onde o objetivo principal era produzir um modelo conceitual que serviria de base 
para relacionar qualidades específicas (refletidas no registrar como itens de dados 
discretos) com as várias tarefas que o os usuários realizam ao consultar registros 
bibliográficos. 
 
 
Os objetivos do estudo que deu origem ao FRBR foram: (1) prover um quadro 
definido com clareza e estruturado para relacionar os dados que são 
registrados em registros de bibliográficos às necessidades dos usuários desses 
registros; e (2) recomendar um nível básico de funcionalidade para registros 
criados por agências bibliográficas nacionais. 
https://fabricioassumpcao.com/2012/07/o-que-e-frbr.html 
 
 
• Um ponto importante deste encontro é o peso específico que é dado ao controle 
da autoridade como um dos elementos mais importantes dentro do controle 
bibliográfico. 
 
Reunião em Frankfurt, Alemanha, 2003 - considerou que todas as reuniões 
mencionadas acima foram preparatórias para o grande encontro, que aconteceu em 
Frankfurt em 2003, em que o paradigma dos Princípios de Paris deixou de estar em vigor 
e é substituído pelos princípios de Frankfurt, isso é realizado 1ª Reunião de Especialistas 
em um Código Internacional de Catalogação. Esses novos princípios substituem e 
expandem os Princípios de Paris, de apenas trabalhos textuais para todos os tipos de 
materiais e a escolha e forma do assento para todos os aspectos dos registros bibliográficos 
e de autoridade usados em Catálogos de bibliotecas. Consulte o (apêndice 1do guia) para 
que entenda com detalhes o documento na integra traduzido para o português: 
 
 
 
 
https://fabricioassumpcao.com/2012/07/o-que-e-frbr.html
 
 
33 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
“DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO” 
Os novos princípios são: 
1. 1 Alcance 
2. Entidades, atributos e relacionamentos 
3. Funções do Catálogo 
4. Descrição bibliográfica 
5. Pontos de acesso 
6. Registros de autoridade 
7. Fundamentos para recursos de pesquisa 
 
Estes são construídos com base nas grandes tradições de catalogação do mundo e 
também nos modelos conceituais dos documentos da IFLA e FRBR e Requisitos 
Funcionais e Numeração para Registros de Autoridade (FRANAR), que estendem os 
Princípios de Paris ao campo da catalogação por assuntos. 
 
Encontro Nacional sobre um Código Internacional de Catalogação, México, 
2004 - Como evento preparatório para o 2º. Reunião de especialistas em um Código de 
Catalogação Internacional realizado em agosto de 2004 na cidade de Buenos Aires, 
Argentina, o Centro de Pesquisa Universitária Bibliotecários (CUIB) convoca o Encontro 
Nacional sobre um Código Catalogação Internacional na Cidade do México, com o objetivo 
de trazer a posição de bibliotecários mexicanos para aquele 2º. Reunião. Os resultados 
desta reunião não foram muito animadores e a proposta apresentada ambígua, dado que 
durante as discussões a posição estruturalista de alguns participantes, que continuam a 
pensar mais sobre a forma não no benefício para o usuário, portanto, era difícil defender a 
abordagem minimalista, onde alguns dos elementos descritivos propostos pelos AACRs, 
como os títulos uniformes e a forma das entradas do autor pessoais e corporativos, foram 
simplificados. 
 
Meeting Buenos Aires, Argentina, 2004 - Os resultados da 2ª. Reunião de 
especialistas sobre um código internacional Catalogação realizada em agosto de 2004 na 
cidade de Buenos Aires, Argentina ainda não foi publicado. O objetivo inicial desta reunião 
foi para discutir com base nos princípios de Frankfurt, que têm uma tendência marcada 
pelo FRBR e pelo FRANAR. Sem poder assegurar tudo parece indicar que de acordo com 
os resultados, a tendência hoje gira em torno das necessidades de informação dos 
usuários altamente alfabetizado tecnologicamente e os avanços vertiginosos em 
 
 
34 Representação Descritivada Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
tecnologias de informação e comunicação, portanto, o FRBR e FRANAR provavelmente 
acabará impondo sua filosofia. 
 
A cultura do hipertexto afetou consideravelmente as formas de representação do 
conhecimento na maioria das ciências e disciplinas. O catalogar como uma disciplina e 
um componente substancial da ciência biblioteconômica, foi seriamente afetada em seus 
quadros referenciais e conceitual, de tal forma que há a necessidade de atualização de 
seus conceitos, neste tipo de movimento cultural, não escapa deste corte transversal feita 
pela cultura do hipertexto nas formas de representação científico. Assim, o conceito de 
catalogação tradicional foi endossado na mudança de categorizações do registro 
bibliográfico. A possibilidade de observar e analisar uma variedade de catálogos eletrônicos 
tem trazido como consequência para passar da concepção tradicional de registro 
bibliográfico ao qual categoricamente diferença entre documento, trabalho, e entidade 
documental da taxonomia dos registros bibliografias produzidas baseado em agrupamentos 
dos registros de acordo com seus tipos de "inter-relações bibliográficas". Ou seja, a 
possibilidade de ver as transformações do registro bibliográfico em formato MARC 
- Machine Readable Cataloging / catalogação legível por computador para uma 
possível estruturação de acordo com o esquema minimalista proposto pelo FRBR. 
 
 
 
MARC é a sigla para Machine Readable Cataloging que quer 
dizer catalogação legível por computador. Para o computador processar os 
dados catalogados é necessário colocá-los em forma legível pela máquina, 
identificando os elementos de forma clara, para que possa ler e interpretar os 
dados de um registro catalográfico. O Formato MARC é muito utilizado no 
mundo todo, existem formatos baseados no MARC em vários países, como nos 
Estados Unidos – USMARC, na Inglaterra – UKMARC, na França – InterMARC e 
no Canadá – CanMARC. As informações contidas em uma ficha 
catalográfica não podem ser simplesmente digitadas no computador para 
produzir um catálogo automatizado. O computador precisa de um meio para 
interpretar a informação encontrada no registro bibliográfico. Este meio se 
encontra no Formato MARC, do qual veremos a seguir seu significado, seu 
histórico, seus objetivos, como funciona um registro MARC, os campos, 
subcampos e indicadores e sua importância para os bibliotecários. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cataloga%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficha_catalogr%C3%A1fica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficha_catalogr%C3%A1fica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1logo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Registro_bibliogr%C3%A1fico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Formato_MARC
 
 
35 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
No Brasil, o uso de códigos de catalogação estrangeiros iniciou-se pelo Curso de 
Biblioteconomia do Colégio Mackenzie em São Paulo, em 1929, que optou pelo ensino do 
código da American Library Association (ALA). Nas décadas seguintes, obtiveram grande 
influência a edição em espanhol e as duas traduções em português do código da Biblioteca 
Apostólica Vaticana, ou Código da Vaticana (1949 e 1962), até a chegada da primeira 
tradução das Anglo-American Cataloguing Rules, ou Código de Catalogação Anglo-
Americano - AACR, em 1969, quando este, gradativamente, substituiu o código da 
Vaticana, mesmo assim ainda empregado nos anos 1980. A partir de então, a 
Biblioteconomia brasileira traduz e aplica integralmente as AACR2, em suas diferentes 
edições e revisões, apesar de inúmeras propostas, entre os anos 1934 e 1963, para criação 
de um código brasileiro, ou luso-brasileiro de catalogação (MEY, 2003). 
 
O mundo caminhava para a padronização, pressionado pelos avanços tecnológicos, 
e todos os códigos iriam chegar a pontos comuns. Iniciando suas atividades em janeiro de 
1946, a UNESCO criou o programa de Controle Bibliográfico Universal, gerenciado pela 
Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), atuando em 
bases cooperativas. Cooperação significa, além do respeito aos padrões, que cada um dos 
países deverá responsabilizar-se por seu controle bibliográfico nacional, por intermédio de 
uma ou mais entidades designadas, geralmente a biblioteca nacional ou instituição similar. 
Tal programa elegeu como norma básica para a descrição bibliográfica a ISBD, da qual 
trataremos adiante, e, como formato de intercâmbio, o UNIMARC. A UNESCO e a IFLA 
vêm exercendo um papel fundamental no intercâmbio de registros bibliográficos e, em 
consequência, na catalogação. 
 
 
 
Controle Bibliográfico – CB - O controle bibliográfico consiste, de modo geral, 
em um arranjo de técnicas e procedimentos cujo objetivo é organizar e 
preservar determinado conjunto de suportes de informação para torná-los 
acessíveis, da forma mais eficiente possível, a qualquer indivíduo de que dele 
necessite. De forma mais ampla, o controle bibliográfico também é definido 
como o domínio que se possui sobre certos documentos. Este domínio pode 
ser exercido pela criação de bibliografias ou pela adoção de procedimentos de 
padronização da descrição bibliográfica. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_bibliogr%C3%A1fico 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Informa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_bibliogr%C3%A1fico
 
 
36 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Controle Bibliográfico Universal 
 
O Controle Bibliográfico – CB data de 1949, porém sabemos que sua pratica remonta 
a antiguidade. As Bibliotecas são as principais instituições responsáveis pelo CB já que são 
elas que guardam acervos e coleções completas (MACHADO, 2003). 
 
 O Controle Bibliográfico Universal (CBU) foi idealizado pela IFLA e adotado pela 
UNESCO e deve ser entendido como um programa cuja suas atividades levam a formação 
de uma rede universal de controle e intercâmbio de informações bibliográficas. Seu 
propósito maior tornar disponível com rapidez e de forma compatível e universal os dados 
bibliográficos básicos de todas as publicações editadas em todos os países (MACHADO, 
2003). 
 
 Na atualidade a IFLA lidera o CBU e faz isso se utilizando da Catalogação de Leitura 
Mecânica, pela cooperação do projeto MARC, exigindo a adoção de princípios 
internacionalmente aceitos para o CB nacional (MACHADO, 2003). 
 
Controle Bibliográfico Brasileiro 
 Bibliografia nacional é denominada a modalidade mais difundida do CB em qualquer 
país cooperante do CBU. É nesse documento que deve ser registrado tudo que foi gerado 
por uma nação e que será incorporado ao Acervo da Biblioteca Nacional como garantia da 
conservação daquele patrimônio. A UNESCO vê nesses dois pilares Biblioteca Nacional 
e Bibliografia Nacional a base para o CB em cada país. No Brasil a responsável por esse 
controle é a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (MACHADO, 2003). A legislação 
Brasileira que torna viável é o depósito legal. 
 
Depósito Legal 
 Uma exigência que por força da Lei de (DL) – Decreto Legislativo n.433, de 3 julho 
de 1847, que foi substituído por Decreto 1.825 de 20 de dezembro de 1907 que deve ser 
enviado a Biblioteca Nacional um exemplar de todas as publicações produzidas em território 
brasileiro, sendo por qualquer meio ou processo. O objetivo é assegurar a coleta, a guarda 
e a difusão da produção intelectual brasileira. 
 
 
 
 
37 Representação Descritiva da Informação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Lei de Depósito Legal - Biblioteca Nacional 
O Depósito Legal é definido pelo envio de um exemplar de todas as 
publicações produzidas em território nacional, por qualquer meio ou 
processo, segundo as Leis N. 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 
14/01/2010.

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