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Interpretação de Textos para Concursos

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LÍNGUA PORTUGUESA 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
Copyright © 2019 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo 
desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual 
comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando 
expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, 
distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, 
texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em qualquer 
meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado com base 
nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso por escrito da 
Loja do Concurseiro. 
 Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão 
de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da Loja 
do Concurseiro. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
3 
 
PROGRAMA – ÍNDICE 
1. Leitura e Interpretação de textos.................... p.3 
2. Tipologia textual (+ PROVAS DA FADESP).........p.6 
3. Ortografia.......................................................p.28 
4. Acentuação gráfica.........................................p.43 
5. Emprego do sinal indicativo de crase.............p.48 
6. Classe e emprego de palavras........................p.53 
7. Sintaxe da oração e do período......................p.75 
8. Pontuação.......................................................p.96 
9. Concordância nominal e verbal....................p.101 
10. Colocação pronominal................................p.113 
11. Regência nominal e verbal.........................p.115 
12. Relações de sinonímia e antonímia............p.121 
 
 
 
1. LEITURAE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público 
a preocupação com a interpretação de textos. Isso 
acontece porque lhes faltam informações específicas a 
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas 
a concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no 
momento de responder às questões relacionadas a 
textos. 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA 
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz 
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando 
condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de 
CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu 
contexto original e analisada separadamente, poderá ter 
um significado diferente daquele inicial. 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se 
INTERTEXTO. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma 
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, 
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas 
na prova. 
Nesse processo, buscam-se: 
a) a ideia principal (ou básica); 
b) as ideias secundárias; 
c) o reconhecimento de palavras ou expressões que 
possam dar validade ao entendimento das ideias 
expressas no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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ORIENTAÇÃO: 
Com a finalidade de auxiliar o raciocínio de quem deve 
responder a questões de compreensão de textos, 
observe o seguinte: 
1) Atenha-se exclusivamente ao texto. 
2) Proceda através de eliminação de hipóteses. 
3) Compare o sentido das palavras; às vezes, uma palavra 
decide a melhor alternativa. 
4) Tente encontrar o tópico frasal, ou seja, a frase que 
melhor sintetiza o texto. 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
1. IDENTIFICAR – reconhecer os elementos 
fundamentais de uma argumentação, de um processo, 
de uma época (neste caso, procuram-se termos, como os 
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2. COMPARAR – descobrir as relações de semelhança ou 
de diferenças entre as situações do texto. 
3. COMENTAR - relacionar o conteúdo apresentado com 
uma realidade, opinando a respeito. 
4. RESUMIR – concentrar as ideias centrais e/ou 
secundárias em um só parágrafo. 
5. PARAFRASEAR – reescrever o texto com outras 
palavras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de 
erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio 
do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um 
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do 
entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do 
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, 
consequentemente, errando a questão. 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
5 
É preciso estar atento para a ideia principal de 
cada parágrafo, só assim se assegura um caminho que 
levará à compreensão do texto. Pode-se, 
tranquilamente, ser bem-sucedido numa interpretação 
de texto. Para isso, deve-se observar o seguinte: 
 Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
 Se encontrar palavras desconhecidas, não 
interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 
 Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 
 Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
 Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
 Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para 
melhor compreensão; 
 Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, 
parte) do texto correspondente; 
 Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão; 
 Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), 
não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, 
verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem 
nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender 
o que se perguntou e o que se pediu; 
 Quando duas alternativas lhe parecem corretas, 
procurar a mais exata ou a mais completa, às vezes a 
etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a 
resposta; 
 Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva; 
 Não se deve procurar a verdade exata dentro 
daquela resposta, mas a opção que melhor se 
enquadre no sentido do texto; 
 Procure estabelecer quais foram as opiniões 
expostas pelo autor, definindo o tema e a 
mensagem; 
 O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
 As orações coordenadas não têm oração principal, 
apenas as ideias estão coordenadas entre si; 
 Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele 
maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou 
determinando-lhe o significado. 
A interpretação não depende de cada um, mas, sim, do 
que está escrito. "O que está escrito, escrito está." 
 
DICA DE INTERPRETAÇÃO: comece pelas questões mais 
curtas; diante das opções, elimine as improváveis; 
muitas vezes há alternativas tão absurdasque 
dispensam a leitura integral do texto. Às vezes, citam 
dados, informações que sequer são mencionados no 
texto. 
 
Dicas importantes para a análise de textos: 
 
1. Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas 
vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta 
o que não está escrito. Deve-se ater somente às 
informações que estão relatadas. 
 
2. Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto 
deve ser considerado como um todo, não se atenha à 
parte dele. 
 
3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar 
entender justamente o contrário do que está escrito. 
Leia duas vezes o comando da questão, para saber 
realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas 
palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, 
é obrigatório, correta, incorreta, exceto, erro etc. 
 
4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, 
normalmente deve situar-se no primeiro ou no último 
parágrafo - introdução e conclusão. 
 
5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se 
nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 
 
6. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, 
mas sim o que ele disse; escreveu. 
 
7. Tomar cuidado com os vocábulos relatores, os que 
remetem a outros vocábulos do texto: pronomes 
relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, 
etc. 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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2. TIPOLOGIA TEXTUAL 
GÊNEROS E TIPOS DE TEXTO 
 
A Tipologia Textual define, em linhas gerais, os seguintes 
tipos (básicos) de texto em prosa: 
1. Descritivo 
2. Narrativo 
3. Dissertativo 
 
1. Descritivo: é o texto do objeto - da impressão física, da 
imagem, da cor, do aroma, da beleza, da feiura, do 
relevo, da paisagem, da precisão quanto aos aspectos 
físicos. 
 
 Predomina o tempo pretérito imperfeito ou 
mesmo o presente ( indicativo e subjuntivo). 
 
Exemplos: os aspectos físicos e tipos humanos de uma 
favela carioca, a obra de um sociólogo que descreve o 
biótipo de um determinado povo, o texto de um “folder” 
turístico etc. 
 
2. Narrativo: texto utilizado para contar um caso, narrar 
fato(s), historiar acontecimentos, não importando se 
fictícios ou verídicos. 
 
 Predominam neste texto os tempos pretéritos: 
perfeito ou imperfeito. 
 A ação é um dos principais ingredientes da 
narração. 
 O tempo é outro dos ingredientes. 
 O autor, muitas vezes, utiliza personagens que 
dialogam. 
 
Exemplos: uma crônica, um caso, um conto, uma notícia 
de jornal, uma partida de futebol, um romance, uma 
parábola, uma historinha infantil etc. 
 
3. Dissertativo: é o texto da ideia - da opinião, do ponto 
de vista. 
 
 Privilegia o discurso indireto ( 3ª pessoa ), 
embora possa redigido na 1ª pessoa. 
 Aborda, quase sempre, um tema palpitante do 
comportamento humano: justiça social, ética 
(práticas aéticas), ecologia (crimes ambientais), 
paz (violência urbana), democracia, liberdade, 
futuro do homem ( seus medos e anseios) etc. 
 
Exemplos: um editorial de jornal, um artigo do Diogo 
Mainardi (Veja), um texto de pensamentos filosóficos etc. 
 
 
Há ainda outros tipos de textos: 
 
 
 Texto Injuntivo: qualquer texto que tenha a 
finalidade de instruir o leitor (interlocutor). Por 
esse motivo, sua estrutura se caracteriza por 
verbos no imperativo: ordenando ou sugerindo. 
 
a) Injuntivo-instrucional: quando a orientação não é 
coercitiva, não estabelece claramente uma ordem, mas 
uma sugestão, um conselho. Exemplos: 
a) o texto que predomina num livro de autoajuda; 
b) o manual de instruções de um eletroeletrônico; 
c) o manual de instruções ( programação ) sobre metas, 
funções etc.; 
d) uma ingênua receita de bolo escrita pela avó... 
 
b) Injuntivo-prescritivo: a orientação é uma imposição, 
uma ordem baseada em condições sine qua non. 
Exemplos: 
a) a receita de um médico (a um paciente) transmitida à 
enfermeira responsável; 
b) os artigos da Constituição ou do Código de Processo 
Penal; 
c) a norma culta da Língua Portuguesa; 
d) as cláusulas de um contrato; 
e) o edital de um concurso público... 
 
 Texto expositivo: apresenta informações sobre 
um objeto ou fato específico, sua descrição, a 
enumeração de suas características. Esse deve 
permitir que o leitor identifique, claramente, o 
tema central do texto. 
 
Um fato importante é a apresentação de bastante 
informação, caso se trate de algo novo esse se faz 
imprescindível. 
 
Quando se trata de temas polêmicos a apresentação de 
argumentos se faz necessário para que o autor informe 
aos leitores sobre as possibilidades de análise do 
assunto. 
 
O texto expositivo deve ser abrangente, deve permitir 
que seja compreendido por diferentes tipos de pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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 A fábula é uma narrativa figurada, na qual as 
personagens são geralmente animais que 
possuem características humanas. Pode ser 
escrita em prosa ou em verso e é sustentada 
sempre por uma lição de moral, constatada na 
conclusão da história. 
 
 
A fábula está presente em nosso meio há muito 
tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. 
Muitos provérbios populares vieram da moral contida 
nesta narrativa alegórica, como por exemplo: “A pressa 
é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga” e “Um 
amigo na hora da necessidade é um amigo de verdade” 
em “A cigarra e as formigas”. 
Portanto, sempre que redigir uma fábula lembre-
se de ter um ensinamento em mente. Além disso, o 
diálogo deve estar presente, uma vez que trata-se de 
uma narrativa. 
Por ser exposta também oralmente, a fábula 
apresenta diversas versões de uma mesma história e, por 
este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro, 
dependendo da intenção do escritor ou interlocutor. 
É um gênero textual muito versátil, pois permite 
diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. 
É interessante, principalmente para as crianças, pois 
permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos 
morais sem que percebam. 
E outra motivação que o escritor pode ter ao 
escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um 
concurso que tenha essa modalidade de escrita como 
opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar 
da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se 
sempre de escolher personagens inanimados e/ou 
animais e uma moral que norteará todo o enredo. 
 
 A Crônica é uma reflexão sobre o acontecido. 
 
A crônica é um gênero que tem relação com a 
ideia de tempo e consiste no registro de fatos do 
cotidiano em linguagem literária, conotativa. 
A origem da palavra crônica é grega, vem de 
chronos (tempo), é por isso que uma das características 
desse tipo de texto é o caráter contemporâneo. 
A crônica difere da notícia, e da reportagem 
porque, embora utilizando o jornal ou a revista como 
meio de comunicação, não tem por finalidade principal 
informar o destinatário, mas refletir sobre o acontecido. 
Desta finalidade resulta que, neste tipo de texto, 
podemos ler a visão subjetiva do cronista sobre o 
universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se 
invariavelmente na 1ª pessoa. 
Poeta do quotidiano, como alguém chamou ao 
cronista dos nossos dias, apresenta um discurso que se 
move entre a reportagem e a literatura, entre o oral e o 
literário, entre a narração impessoal dos acontecimentos 
e a força da imaginação. Diálogo e monólogo; diálogo 
com o leitor, monólogo com o sujeito da enunciação. A 
subjetividade percorre todo o discurso. 
A crônica não morre depressa, como acontece 
com a notícia, mas morre, e aqui se afasta 
irremediavelmente do texto literário, embora se vista, 
por vezes, das suas roupagens, como a metáfora, aambiguidade, a antítese, a conotação, etc. 
A sua estrutura assemelha-se à de um conto, 
apresentando uma introdução, um desenvolvimento e 
uma conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
9 
Discurso 
Os personagens que participam da história 
evidentemente falam. É o que se conhece como discurso, 
que pode ser: 
 
1) Direto: O narrador apresenta a fala do personagem, 
integra, palavra por palavra. Geralmente se usam dois 
pontos e travessão. 
Ex.: o funcionário disse ao patrão: 
- Espero voltar no final do expediente. 
 
Rui perguntou ao amigo: 
- Posso chegar mais tarde? 
 
2) Indireto: O narrador incorpora à sua fala a fala do 
personagem. O sentido é o mesmo do discurso direto, 
porém é utilizada uma conjunção integrante (que ou se) 
para fazer a ligação. 
Ex.: O funcionário disse ao patrão que esperava voltar no 
final do expediente. 
 Rui perguntou ao amigo se poderia chegar mais 
tarde. 
 
Obs.: O conhecimento desse assunto é muito 
importante para as questões que envolvem as 
paráfrases. Cuidado, pois, com o sentido. Procure ver se 
está sendo respeitada a correlação entre os tempos 
verbais e entre determinados pronomes. Abaixo, outro 
exemplo, bem elucidativo. 
Minha colega me afirmou: 
- Estarei aqui, se você precisar de mim. 
 
Minha colega me afirmou que estaria lá se eu precisasse 
dela. 
 
O sentido é, rigorosamente, o mesmo. Foi necessário 
fazer inúmeras adaptações. 
 
 
 
3) Indireto livre 
É praticamente uma fusão dos dois anteriores. 
Percebe-se a fala do personagem, porém sem os 
recursos do discurso direto (dois pontos e travessão) 
nem do discurso indireto (conjunções que ou se). 
Ex.: Ele caminhava preocupado pela avenida deserta. 
Será que vai chover, logo hoje, com todos esses 
compromissos!? 
 
 
 
 
 
Exemplo prático de tipos textuais (fragmentos de Cora 
Coralina): 
 
“Fui criada ( e até hoje moro ) numa casa simples, mas de 
cômodos bem amplos e confortáveis. Um jardim colorido 
e aromático. Beija-flores por aqui não faltam. Tenho 
duas filhas. Ana, uma menina alta, meio desengonçada, 
mas de um brilho especial nos olhos muito pretos. 
Virgínia, uma menina muito magra, gestos e rosto 
delicados, tem uma cabeleira tão ruiva que poderia ser 
confundida com uma dessas atrizes do cinema 
americano....” 
Texto descritivo. 
 
“Certo dia, minhas duas filhas e eu fomos passear pelo 
sítio. Na margem do rio havia uma pequena canoa. O 
espírito de aventura falou mais alto. Entramos na canoa 
e, no meio do leito, notamos a água infiltrando-se. 
Percebi o desespero das meninas, mas 
tive de aparentar toda a calma e...” 
Texto narrativo. 
 
“A vida de uma mulher não é fácil em parte alguma deste 
mundo. A sociedade machista impõe-lhe regras e 
destinos que ela jamais pode escolher. A mulher será 
sempre uma escrava totalmente submissa ao marido, às 
tradições, aos costumes e à hipocrisia chauvinista dos...” 
Texto dissertativo. 
 
“Minhas receitas preferidas. Bolo de Banana. Caramelize 
uma forma com açúcar, corte 10 bananas no sentido do 
comprimento, coloque-as na forma, bata 4 ovos com 
uma xícara de leite, duas de farinha de trigo e uma colher 
de fermento. Despeje a massa na forma, polvilhe (a 
gosto) com canela e açúcar e leve ao forno pré-aquecido 
em 180ºC. Deixe...” 
Texto injuntivo (instrucional). 
 
 
 
“Como fazer um parto de emergência ( recado para 
minhas filhas e netas). Mantenha a calma. Prepare uma 
superfície limpa para ela se deitar. Pegue uma tesoura e 
três pedaços de linha de 25cm. Ferva tudo por 10 
minutos. Dobre um cobertor e coloque-o sobre a futura 
mamãe. Lave bem as mãos e as unhas com água e sabão. 
Quando as contrações aumentarem...” 
Texto injuntivo-prescritivo. 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
10 
EXERCÍCIO DE TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
1. identifique o tipo de redação apresentando: 
(1) descrição 
(2) narração 
(3) dissertação 
 
( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto 
de toda a nação brasileira conseguirá vencer os 
gravíssimos problemas econômicos, por todos há muitos 
conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si sós, 
não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades 
que elaboram não contarem com o apoio da opinião 
pública, em meio a uma comunidade de cidadãos 
conscientes. 
( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma 
chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um 
lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a dança 
rodopiante dos pequenos peixes. Em volta deste lago 
pairam, imponentes, árvores seculares que parecem 
testemunhas vivas de tantas histórias que se sucedem 
pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por 
todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de 
tranquilidade e aconchego. 
 
( ) As crianças sabiam que a presença daquele cachorro 
vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa 
censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento; um 
apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, 
Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar 
abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal 
em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados 
na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a 
mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o 
intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus 
filhos. 
 
( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 
12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá 
avistava todos os dias a movimentação incessante dos 
transeuntes, os frequentes congestionamentos dos 
automóveis e a beleza das arrojadas construções que 
sucedem do outro lado da avenida. Estes prédios 
moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões 
antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, 
contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, 
imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem 
desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do 
progresso. 
 
 
 
 
 
( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que 
são incalculáveis os danos que o homem vem causando 
ao meio ambiente. O desmatamento de grandes 
extensões de terra, transformando-as em verdadeiras 
regiões desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a 
matança indiscriminada de muitas espécies são apenas 
alguns aspectos a serem mencionados. Os que se 
preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das 
futuras gerações temem que a ambição desmedida do 
homem acabe por tornar esta terra inabitável. 
 
( ) O candidato à vaga de administrador entrou 
no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia 
inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre 
se sentia assim quando estava por ser testado. O dono 
da firma sentou-se com ar de extrema seriedade e 
começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele 
interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela 
sensação desagradável dissipou-se quando ele foi 
informado de que o lugar era seu. 
 
TIPOLOGIA – questões da FADESP 
01. Há uma sequência predominantemente descritiva no 
seguinte fragmento de texto: 
(A) “Na minha infância (leia-se década de 40), a primeira 
violência de que tive notícia foi o assassinato de um 
motorista de táxi”. 
(B) “Não vivo em pânico, apesar do que escrevo aqui. 
Não sou particularmente covarde. Nem singularmente 
ousada. Sou uma mulher comum que já viveu bastante, 
viu bastante...”. 
(C) “Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais 
luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das 
pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua algo 
que possa atrair bandidos”. 
(D) “Neste país a cada semana morrem várias dezenas de 
civis inocentes e policiais corajosos. Aqui se morre mais 
do que na Guerra do Iraque, tantos jovens são 
assassinados que em breve seremos um país de velhos”. 
 
02. O fragmento de texto que NÃO consiste em uma 
sequência narrativa é 
(A) “Dois viajantes, transviados no sertão, depois de 
muito andar alcançamo reino dos macacos.” . 
(B) “Este segundo viajante era um homem neurastênico, 
azedo, amigo da verdade a todo o transe.” . 
(C) “E o viajante neurastênico, arrastado dali por cem 
munhecas, entrou numa roda de lenha que o deixou 
moído por uma semana.”. 
(D) “Ai deles! Guardas surgem na fronteira, guardas 
ferozes que os prendem, que os amarram e os levam à 
presença de S. Majestade Simão III.”. 
03. Há uma sequência predominantemente narrativa em: 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
11 
(A) “Tomar vitaminas não pode fazer mal à saúde, certo? 
Errado. Um estudo feito pela Universidade de Gotemburgo, 
na Suécia, descobriu que o consumo das vitaminas A, C e E 
acelerou um crescimento de tumores de pulmão em ratos 
de laboratório.” 
(B) “As bactérias estão criando resistência aos antibióticos, 
e a indústria farmacêutica não consegue criar novos – o 
ritmo das invenções caiu 70% nos últimos 20 anos. A 
esperança são os antibióticos virais, que já estão em testes 
– e são feitos de vírus que matam bactérias”. 
(C) “Os cientistas constataram que as vitaminas inibem a 
ação de uma proteína chamada p53, que atua como 
supressora de tumores. Quando detecta mutações, essa 
proteína obriga a célula suicidar-se antes que se multiplique 
e vire um tumor, ou seja, a p53 funciona como uma 
patrulheira anticâncer.” 
(D) “Elas estavam ganhando de goleada até que, num dia de 
1928, o biólogo escocês Alexander Fleming se esqueceu de 
limpar o laboratório. Quando voltou, notou um fungo 
crescendo numa placa – e matando as bactérias que ele 
usava em experiências. E o que era desleixo virou a 
descoberta do século: esse fungo, do gênero penicillum, foi 
o primeiro antibiótico.” 
 
04. Há uma sequência predominantemente descritiva em 
(A) “Carrego-a comigo como um troféu; amo-a tanto que 
tenho ainda hoje muitas vezes vontade de repetir uma frase 
de minha infância. ‘Mamãe, conta uma estória’” 
(B) “Estou sempre a vê-la nos seus gestos, na sua voz, no 
seu riso de corajosa alegria. Tão clara em tudo que dela 
vinha; tão brancos os seus dentes e o seu corpo; só nos 
cabelos negros o contraste parecia apontar mundos 
desconhecidos”. 
(C) “Há muito a perdi. Por que não dizer que isso aconteceu 
no momento em que dela mais precisava? Fizera quinze 
anos, ia ser arrastada pelo redemoinho de sonhos, mas com 
ela aprendera tanto e tão bem a alegria e a coragem, que 
tive forças para continuar sozinha pela vida afora”. 
(D) “Quando nasci, ela contava apenas vinte anos e era 
linda. Quando a conheci melhor, éramos da mesma idade. 
Nunca esquecerei seu encontro com a morte, aos trinta e 
cinco anos, o mesmo grande sorriso, a mesma imensa 
alegria de viver”. 
 
05. Releia o parágrafo abaixo: 
 
“A felicidade filosófica é a felicidade da eudaimonia, que 
desde os gregos significa a ideia da vida justa em que a 
interioridade individual e as necessidades da vida exterior 
entrariam em harmonia. [...] Condição natural dos filósofos, 
a felicidade seria, no seu ápice, o prazer da reflexão que 
ultrapassa qualquer contentamento.” 
 
 
 
Pode-se afirmar que é uma sequência textual 
predominantemente 
(A) injuntiva porque pretende provocar uma reação no 
leitor. 
(B) descritiva porque enumera as características da 
felicidade humana. 
(C) argumentativa: a autora expõe e defende sua opinião 
pessoal acerca da felicidade. 
(D) expositiva porque apresenta e explica em que consiste 
o sentido filosófico de felicidade. 
 
O duplo sentido da vírgula 
Bel Tosato 
Quem tem hábito de escrever, seja um pequeno 
texto, um bilhete, uma carta, um e-mail, pergunta-se se 
deveria ou não acrescentar ou tirar alguma vírgula. A 
importância da vírgula é tal que, se a colocarmos no lugar 
errado, o sentido do texto pode mudar e comprometer o 
entendimento. Em frases como "Não, fale depressa!" e 
"Não fale depressa", nota-se a diferença de significados 
entre uma e outra, com e sem o uso da vírgula. 
Segundo o Houaiss, "vírgula é um sinal gráfico de 
pontuação, indicando uma pausa ligeira, usada para 
separar frases encadeadas entre si ou elementos dentro de 
uma frase". Até parece fácil, mas, na hora de inseri-la no 
texto, já não é tão simples assim. 
Alguns exemplos típicos do "poder" da vírgula em 
uma frase: 
Ela pode demonstrar uma ordem (Maria, faz a 
lição) ou apenas descrever uma ação (Maria faz a lição). 
Pode distorcer um modo de pensar: Quero 
escrever claro. Quero escrever, claro! 
Pode indicar uma pausa (Não, aguarde um 
momento). Ou uma continuidade (Não aguarde um 
momento). 
Sem ela não há como escrevermos de modo claro. 
Tão pequenininha e tão poderosa! 
Disponível em: 
<http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11633>. 
 
06. Quanto às características textuais, “O duplo sentido da 
vírgula” é um texto predominantemente 
(A) injuntivo. (C) descritivo. 
(B) narrativo. (D) argumentativo. 
 
07. O enunciado que melhor resume as ideias do texto é 
(A) “o poder da vírgula”. 
(B) “o duplo sentido do texto”. 
(C) “os diferentes usos da vírgula”. 
(D) “como aprender a usar a vírgula”. 
 
Gabarito de Tipologia: (3), (1), (2), (1), (3), (2) 
 
Gabarito/Fadesp: 1.B, 2.B, 3.D, 4.B, 5.D, 6. D, 7.A. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
12 
EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
Texto I 
Detector de mentira por e-mail. 
Cientistas norte-americanos garantem que 
criaram método para identificar uma mentira contada 
em mensagens eletrônicas (Revista Língua, nº 18, 2007 
– Texto adaptado) 
Cientistas da Universidade de Cornell, nos 
Estados Unidos, anunciaram no fim de fevereiro, início 
de março, ser capazes de identificar uma mentira 
contada por e-mail. Analisando cinco características de 
textos falaciosos, identificaram “pistas” que mentirosos 
deixam em textos escritos. 
Segundo os cientistas, a margem de acerto nos 
testes é de 70%. Os conhecimentos podem ser 
condensados em um programa de computador 
disponível já a partir do próximo ano. 
Textos falsos têm, por exemplo, 28% mais 
palavras que textos verdadeiros, descobriram os 
cientistas. Mas a ocorrência de frases casuais, que 
possam despertar ambiguidade, é bem menor nos 
verdadeiros que nos mentirosos. Mais detalhadas que as 
verdades, mentiras são contadas por meio daquilo que 
os pesquisadores chamam de “expressão de sentido”, 
como “sentir”, “ver”, e “tocar” – usadas para criar um 
cenário que nunca existiu. 
Mentirosos desconfortáveis com a própria lorota 
tenderiam ainda a usar palavras com sentido negativo, 
como “triste”, “estressado”, “irritado”. [...] 
O professor Jeff Hancock, coordenador do 
estudo, disse que, mais que ajudar as pessoas a 
identificar mentirinhas privadas contadas por seus 
parceiros amorosos, a pesquisa pode ter diversos usos 
públicos. 
 
01. A leitura global do texto nos permite inferir que o 
autor quer: 
A) chamar a atenção para uma descoberta 
revolucionária: a mentira por e-mail pode estar com 
os seus dias contados. 
B) mostrar que a mentira é comum nos e-mails: todos 
mentem porque não serão descobertos. 
C) enfatizar que há recursos modernos para o homem 
se esconder atrás de uma cortina, a da mentira 
eletrônica. 
D) lembrar de que a mentira faz parte da vida dos 
homens: tanto faz mentir como dizer a verdade, não 
há problemas. 
 
02. No texto: “Detector de mentira por e-mail” 
predominam as marcas de um texto: 
A) narrativo. C) descritivo. 
B) dissertativo. D) narrativo-argumentativo. 
 
TEXTO II 
Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois 
anos sem Senna ... Não há calendário para a saudade. 
(Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 
03. Segundo o texto, a saudade: 
a) aumenta a cada ano. 
b) é maior no primeiro ano. 
c) é maior na data do falecimento. 
d) é constante. 
e) incomoda muito. 
 
04. A segunda oração do texto tem um claro valor: 
a) concessivo c) causal 
b) temporal d) condicional e) proporcional 
 
05. A repetição da palavra não exprime: 
a) dúvida c) tristeza 
b) convicçãod) confiança e) esperança 
 
TEXTO III 
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. 
(José Sarney, na Veja) 
 
06.Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: 
a)esportiva d) sentimental 
b)intelectual e) religiosa 
c) profissional 
 
07.O autor do texto sugere estar passando de: 
a)escritor a político d) senador a escritor 
b)político a jornalista e) político a escritor 
c)político a romancista 
 
08.Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi: 
a)agradável c) simples 
b)duradoura d) honesta e) coerente 
 
09.O trecho que justifica a resposta ao item anterior é: 
a)e agora c) passei a vida 
b)os leitores d) atrás de eleitores e) busco 
 
10.A expressão que não pode substituir o termo agora é: 
a)no momento c) presentemente 
b)ora d) neste instante e) recentemente 
 
TEXTO IV 
Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o que 
vai contra a natureza deles. 
(Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96) 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
13 
11.O sentimento que melhor define a posição do autor 
perante os animais é: 
a) fé c) solidariedade 
b) respeito d) amor e) tolerância 
 
12.O autor do texto é: 
a)um treinador atento d) um adestrador consciente 
b)um adestrador frio e) um adestrador filantropo 
c)um treinador qualificado 
 
13.Segundo o texto, os animais: 
a)são obrigados a todo tipo de treinamento. 
b)fazem o que não lhes permite a natureza. 
c)não fazem o que lhes permite a natureza. 
d)não são objeto de qualquer preocupação para o autor. 
e)são treinados dentro de determinados limites. 
Texto V 
 
14. O humor provocado pela tirinha se estabelece pela 
leitura: 
(A) do primeiro quadrinho, somente. 
(B) do segundo quadrinho, somente. 
(C) do terceiro quadrinho, somente. 
(D) do primeiro e do terceiro quadrinhos. 
(E) do segundo e do terceiro quadrinhos. 
 
TEXTO VI 
Segunda maior produtora mundial de embalagem longa 
vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço 
SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A 
empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de 
dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois 
anos disposta a brigar com a líder global, Tetrapak, que 
detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os 
estudos para a implantação da fábrica foram 
recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, 
pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito 
atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, 
com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a italiana 
Cirio, no Brasil. 
(Denise Brito, na Exame, dez./99) 
 
 
 
 
 
 
 
15) Segundo o texto, a SIG Combibloc: 
a) produz menos embalagem que a Tetrapak. 
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul. 
c) possui oito clientes no Brasil. 
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil. 
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não 
esteja instalada no país. 
 
16) Segundo o texto: 
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma 
fábrica no Sul. 
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de 
atomatado. 
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2º lugar mundial na 
produção de embalagem longa vida. 
d) a Unilever é empresa chilena. 
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do 
grupo. 
 
17) Os estudos apontam para o Sul porque: 
a) o clima favorece a produção de embalagens longa 
vida. 
b) está próximo aos demais países que compõem o 
Mercosul. 
c) A Cirio já se encontra estabelecida ali. 
d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc. 
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora. 
 
18) " ... que detém cerca de 80% dos negócios nesse 
mercado." Das alterações feitas nessa passagem 
do texto, a que não mantém o sentido original é: 
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal 
mercado. 
b) Que possui perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios em 
tais mercados. 
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios 
nesse mercado. 
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
 
19) " ... e apontam para o Sul do país ... " O trecho 
destacado só não pode ser entendido, no texto, 
como: 
a) e indicam o Sul do pai 
b) e recomendam o Sul do país 
c) e incluem o Sul do país 
d) e aconselham o Sul do país 
e) e sugerem o Sul do país 
 
Gabarito: 1. A, 2. A, 3. D, 4. C, 5. B, 6. C, 7. E, 8. B, 9. C, 
10. E, 11. B, 12. D, 13. E, 14. E, 15. E, 16.E, 17.B, 18.C, 
19.C. 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
15 
1. No texto “Aprendendo a viver”, Clarice Lispector vale-
se do pensamento de Thoreau para 
(A) criticar a filosofia de autoajuda. 
(B) refletir sobre um modo de viver melhor. 
(C) divulgar o pensamento de filósofos americanos. 
(D) manifestar seu interesse pela literatura de autoajuda. 
 
2. Thoreau aponta comportamentos do homem dos 
quais ele discorda, como o fato de 
(A) adiar a vida sempre para depois. 
(B) confiar excessivamente em si mesmo. 
(C) se precipitar na realização de seus interesses. 
(D) ignorar a importância da busca de conhecimentos. 
 
3. A mensagem principal das ideias de Thoreau está 
expressa explicitamente na seguinte máxima: 
(A) A vida é feita de arrependimentos. 
(B) A vida é feita dos momentos presentes. 
(C) Só os homens corajosos vencem na vida. 
(D) A prudência é a mãe de todas as virtudes. 
 
4. O enunciado em que se menciona a origem da 
infelicidade humana, segundo o filósofo americano, é 
(A) “o que um homem pensa a respeito de si mesmo (...) 
revela seu destino.” (l. 33 e 34). 
(B) “Thoreau achava que o medo era a causa da ruína dos 
nossos momentos presentes” (l. 29). 
(C) “Creio, escreveu, que podemos confiar em nós 
mesmos muito mais do que confiamos. A natureza 
adapta-se tão bem à nossa fraqueza quanto à nossa 
força” (l. 38 a 40). 
(D) “E dizia esta coisa forte que nos enche de coragem: 
‘Por que não deixamos penetrar a torrente, abrimos os 
portões e pomos em movimento toda a nossa 
engrenagem?’” (l. 25 e 26). 
 
 
 
 
 
5. Clarice Lispector traduz, com suas próprias palavras, o 
pensamento do filósofo americano Thoreau. Para isso, 
recorre, em alguns trechos, a verbos que também 
expressam o sentimento do filósofo, como 
(A) queria, dizia, achava. 
(B) dizia, aconselhava, repetia. 
(C) escreveu, pregou, praticou. 
(D) desolava-se, impacientava-se. 
 
6. Julgue as afirmativas abaixo com base nos fatos de 
língua. 
I. O verbo “julgam-se” (l. 32) está flexionado na terceira 
pessoa do plural porque seu sujeito é composto. 
II. O verbo “assimilar” (l. 1) poderia flexionar-se no plural 
para concordar com seu sujeito “coisas mais difíceis”. 
III. No enunciado “ou não ter aceito” (l. 14), o verbo 
“aceitar” admite outra forma de particípio além da que 
aí ocorre. 
IV. As formas verbais “exclamar” (l. 6), “acrescentar” (l. 
6) e “comentar” (l. 7) são verbos que servem para 
introduzir a palavra do filósofo citado no texto. 
Estão corretas as afirmativas 
(A) I e II. (C) II e IV. 
(B) II e III. (D) II, III e IV. 
 
7. O fragmento de texto abaixo transcrito que não 
constitui uma sequência injuntiva é 
(A) “simplifique! simplifique!” (l. 42). 
(B) “Estamos vivos agora” (l. 6 e 7). 
(C) “tenha pena de si mesmo” (l. 35). 
(D) “melhore o momento presente” (l. 6). 
 
8. Seriam mantidos o sentido original e a correção 
gramatical do texto, caso o trecho “se comparada à 
opinião que temos de nós mesmos” (l. 31) fosse 
substituído por 
(A) no caso de a compararmos a outrasopiniões. 
(B) como se compara à opinião que se tem de si mesmo. 
(C) quando a comparamos à opinião que temos de nós 
mesmos. 
(D) de modo a se comparar à opinião que temos de nós 
mesmos. 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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9. Considere o trecho abaixo transcrito: 
Impacientava-se também com os que gastam tanto 
tempo estudando a vida que nunca chegam a viver. (l. 22 
e 23). 
A análise quanto aos constituintes desse período está 
correta em: 
(A) O pronome “os” reporta-se ao vocábulo “jovens”. 
(B) Os verbos “gastar” e “chegar” têm o mesmo sujeito. 
(C) A oração “que nunca chegam a viver” expressa uma 
concessão. 
(D) O pronome “que”, em sua primeira ocorrência, é um 
pronome relativo e, como tal, retoma o termo que o 
antecede. 
 
10. Julgue as afirmativas abaixo com base nos preceitos 
da redação oficial. 
I. O emprego dos pronomes de tratamento nas 
comunicações oficiais obedece a normas específicas. 
II. “Subscrevemo-nos cordialmente” e “Temos o prazer 
de levar ao conhecimento de V. S.a” são fórmulas 
utilizadas em fechos de documentos oficiais. 
III. O ofício é uma modalidade de comunicação 
eminentemente interna, entre unidades administrativas 
de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente 
em mesmo nível ou em níveis diferentes. 
IV. Deve-se dar um tratamento impessoal aos assuntos 
abordados em documentos oficiais de modo a garantir a 
ausência de impressões individuais. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e IV. 
(B) III e IV. 
(C) I, III e IV. 
(D) II, III e IV. 
 
Gabarito: 1. B, 2.A, 3.B, 4. B, 5.D, 6.D, 7.B, 8.C, 9. NULA, 
10.A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prova de Soldado/Fadesp 
Está chegando perto 
"Ando cansada de espreitar da janela de 
meu carro para ver se o carro vizinho me 
aponta a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando" 
Lya Luft 
 
Houve um tempo em que o sonho da maioria das 
pessoas era morar numa casa em rua calma e arborizada. 
Hoje queremos edifício em rua movimentada e... sorte 
em relação à violência, que chega cada dia mais perto. 
Na minha infância (leia-se década de 40), a primeira 
violência de que tive notícia foi o assassinato de um 
motorista de táxi. Táxi, chamado então, se não me 
engano, de carro de praça, era raramente usado. Os 
motoristas eram pois personagens conhecidos da gente. 
Aquele foi enforcado por bandidos, depois colocado no 
porta-malas do seu carro e levado pela cidade enquanto 
eles iam para a "zona" – lugar obscuro para uma criança 
de então, que os adultos evitavam explicar criando mais 
confusão –, bares e outros. Muitas noites insones passei, 
apavorada, no escuro, imaginando aquele defunto 
ambulante. Alguém comentou que ele tinha grandes 
olhos azuis e risada alegre. Aquele morto no seu porta-
malas povoou muitas noites insones da criança que fui, 
ele e eu de olhos arregalados no escuro. Hoje, notícias 
de violência fazem parte do cotidiano de meus netos e 
netas, por mais sossegada e protegida que seja a sua 
vida. Mesmo numa cidade não tão grande nem perigosa 
como Rio e São Paulo, jornal, noticiosos de TV e rua de 
bairro são cenário de assalto, medo e morte. E nem nos 
ocorre deixar que essas crianças façam o que seus pais 
faziam nesse mesmo bairro: andar de bicicleta na 
calçada, jogar futebol em terreno baldio, brincar na rua, 
ir a pé para a escola, pegar ônibus para ir ao centro. 
 Homens bem vestidos, metralhadoras 
modernas e granadas de mão invadem condomínios 
aparentemente seguros. Temos de um lado os marginais, 
de outro os chiques: o terror cada vez mais perto. Onde 
as autoridades redescobrem seu poder e sua função, 
essas organizações começam a ser desmanteladas, mas 
é um trabalho duro e complexo. 
 Se tivesse recursos (escrever livro não dá para 
tais luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma 
das pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua 
algo que possa atrair bandidos. E, se tivesse filhos 
solteiros, faria o que nunca fiz quando os tinha em casa: 
só dormiria quando todos estivessem salvos debaixo do 
nosso teto. O morto no escuro do porta-malas talvez 
nem me assustasse se eu fosse criança hoje. Vivemos a 
banalização da morte absurda. Neste país a cada semana 
morrem várias dezenas de civis inocentes e policiais 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
17 
corajosos. Aqui se morre mais do que na Guerra do 
Iraque, tantos jovens são assassinados que em breve 
seremos um país de velhos. 
 Estou cansada do medo generalizado que vai 
disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de 
espreitar da janela do meu carro para ver se do carro 
vizinho me apontam a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando. Cansada de não saber 
se o menino pedinte tem na mão uma navalha, se o carro 
atrás do meu não vai me fechar ali adiante, se... se... se... 
Não vivo em pânico, apesar do que escrevo aqui. Não sou 
particularmente covarde. Nem singularmente ousada. 
Sou uma mulher comum que já viveu bastante, viu 
bastante, mas nada que de longe se pareça com o que 
hoje experimentamos, nas cidades grandes e pequenas: 
a violência cada vez mais perto. 
 A bela ideia de colocar 700 cruzes na Praia de 
Copacabana simbolizando os mortos por violência no Rio 
em apenas alguns dias devia ser repetida por todo o país. 
Em praias, praças, ruas, parques. Lá estariam, vigilantes, 
as vítimas dessas mortes tão evitáveis, a nos alertar de 
que, com vontade real de acabar com essa guerra civil, o 
terror sem remédio terá remédio. Educação, emprego, 
aconselhamento familiar, controle muito maior das 
drogas, leis mais severas, polícia mais valorizada, 
autoridade firme e corajosa, determinação de todos e 
menos palavrório. 
 Ou logo nos crescerão orelhas e rabos: com 
focinho trêmulo e olhinhos assustados, seremos ratos 
apavorados disparando pelas ruas, entrando 
sorrateiramente nos edifícios e casas, espiando o mundo 
através de grades e olhos mágicos, organizando nossos 
lares como minishoppings dos quais só se sai por 
obrigação: com comida pré-pronta, diversão cibernética, 
amizades idem, e lá fora uma trágica paisagem de cruzes. 
http://veja.abril.com.br/280307/ponto_de_vista.shtml 
 
01. Segundo Lya Luft, a violência 
(A) faz parte da vida de todos os brasileiros, mesmo 
daqueles que levam uma vida sossegada e protegida. 
(B) pode ser mantida longe, se as pessoas puderem se 
refugiar em condomínios seguros, protegidos por 
seguranças armados. 
(C) está cada vez mais perto das cidades onde as 
autoridades redescobrem seu poder e sua função, 
combatendo as organizações criminosas. 
(D) ainda está longe das cidades menores, onde crianças 
podem andar de bicicleta na calçada, jogar futebol em 
terreno baldio, brincar na rua, ir a pé para a escola, pegar 
ônibus para ir ao centro. 
 
 
02. Embora declare não ser particularmente covarde, 
Lya Luft tem medo da “guerra civil” instalada no Brasil. 
Essa ideia só não aparece no enunciado 
(A) “...se tivesse filhos solteiros, faria o que nunca fiz 
quando os tinha em casa: só dormiria quando todos 
estivessem salvos debaixo do nosso teto”. 
(B) “Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais 
luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das 
pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua algo 
que possa atrair bandidos”. 
(C) “Educação, emprego, aconselhamento familiar, 
controle muito maior das drogas, leis mais severas, 
polícia mais valorizada, autoridade firme e corajosa, 
determinação de todos e menos palavrório”. 
(D) “Estou cansada do medo generalizado que vai 
disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de 
espreitar da janela do meu carro para ver se do carro 
vizinho me apontam a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando”. 
 
03. Apesar da tristeza e do desânimo, a autora 
(A) acredita que a violência pode ser combatida e aponta 
soluções para isso. 
(B) propõe que casas e edifícios reforcem a segurança 
com grades e segurançasarmados. 
(C) defende a ideia de que o homem, para se afastar do 
terror, precisa voltar a morar em cidades menores, de 
ruas calmas e arborizadas. 
(D) julga possível viver com mais tranquilidade, desde 
que os cidadãos organizem suas vidas para não 
precisarem sair de suas casas a não ser por obrigação. 
 
04. Na passagem “entrando sorrateiramente nos 
edifícios e casas, espiando o mundo através de grades e 
olhos mágicos, organizando nossos lares como 
minishoppings dos quais só se sai por obrigação: com 
comida pré-pronta, diversão cibernética, amizades idem, 
e lá fora uma trágica paisagem de cruzes”, a autora 
descreve um tipo de vida caracterizado, principalmente, 
pelo(a) 
(A) isolamento e pelo medo. 
(B) acomodação e pelo conforto. 
(C) conciliação e pela segregação. 
(D) sociabilidade e pela comodidade. 
 
05. Em “... autoridade firme e corajosa, determinação de 
todos e menos palavrório”, Lya Luft reconhece que tem 
havido, em relação às medidas contra a violência, 
muito(a) 
(A) oratória e muita eficiência. 
(B) prolixidade e muita ação concreta. 
(C) palavreado inútil e pouca ação efetiva. 
(D) retórica produtiva e providências esparsas. 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
18 
06. O texto de Lya Luft é uma crônica. Sobre esse gênero 
textual, só não se pode dizer que 
(A) contém ironia e humor. 
(B) é um registro de acontecimentos do cotidiano. 
(C) o autor escreve como se estivesse dialogando com o 
leitor. 
(D) o autor interpreta e analisa dados da realidade por 
meio de conceitos abstratos. 
 
07.No trecho “E, se tivesse filhos solteiros, faria o que 
nunca fiz quando os tinha em casa: só dormiria quando 
todos estivessem salvos debaixo do nosso teto”, o futuro 
do pretérito foi utilizado para indicar um(a) 
(A) fato já consumado. 
(B) ação anterior a outra já passada. 
(C) fato incerto, duvidoso ou impossível de se realizar. 
(D) ação que poderá se realizar, agora ou no futuro, 
dependendo de certa condição. 
 
08. Quanto às regras de ortografia e acentuação gráfica, 
é incorreto afirmar que, em 
(A) “lugar obscuro para uma criança de então”, a palavra 
“obscuro” tem três sílabas. 
(B) “com focinho trêmulo e olhinhos assustados”, há um 
dígrafo na palavra “trêmulo”. 
(C) “Aquele morto no seu porta-malas povoou muitas 
noites”, há um hiato na palavra “povoou”. 
(D) “espiando o mundo através de grades”, a palavra 
“através” é acentuada por ser oxítona terminada em “e”. 
 
09. No enunciado “Hoje queremos edifício em rua 
movimentada”, existe um 
(A) objeto direto. (C) agente da passiva. 
(B) objeto indireto. (D) predicativo do sujeito. 
 
10. Em “Homens bem vestidos, metralhadoras 
modernas e granadas de mão invadem condomínios 
aparentemente seguros”, o sujeito é 
(A) oculto. (C) composto. 
(B) simples. (D) indeterminado. 
 
11. Quanto à semântica das palavras, não está correto 
afirmar que 
(A) “adivinhar” é sinônimo de “espreitar” em “Cansada 
de espreitar da janela do meu carro...”. 
(B) “desocupado” conserva o mesmo sentido de “baldio” 
em “... jogar futebol em terreno baldio...”. 
(C) “ignorado” poderia substituir “obscuro” em “... para 
a ‘zona’ – lugar obscuro para uma criança de então...”. 
(D) “zelosas” tem o mesmo sentido de “vigilantes” em 
“Lá estariam, vigilantes, as vítimas dessas mortes tão 
evitáveis...”. 
 
12. Há uma palavra formada por derivação parassintética 
no enunciado 
(A) “Vivemos a banalização da morte absurda”. 
(B) “... seremos ratos apavorados disparando pelas 
ruas...”. 
(C) “Lá estariam, vigilantes, as vítimas dessas mortes tão 
evitáveis...”. 
(D) “... autoridade firme e corajosa, determinação de 
todos e menos palavrório”. 
 
13. No enunciado “enquanto eles iam para a ‘zona’ – 
lugar obscuro para uma criança de então”, a expressão 
em destaque poderia ser substituída, sem prejuízo de 
sentido, por 
(A) “em tal caso”. (C) “daquele tempo”. 
(B) “desse gênero”. (D) “nessa situação”. 
 
14. Há uma sequência predominantemente descritiva no 
seguinte fragmento de texto: 
(A) “Na minha infância (leia-se década de 40), a primeira 
violência de que tive notícia foi o assassinato de um 
motorista de táxi”. 
(B) “Não vivo em pânico, apesar do que escrevo aqui. 
Não sou particularmente covarde. Nem singularmente 
ousada. Sou uma mulher comum que já viveu bastante, 
viu bastante...”. 
(C) “Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais 
luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das 
pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua algo 
que possa atrair bandidos”. 
(D) “Neste país a cada semana morrem várias dezenas 
de civis inocentes e policiais corajosos. Aqui se morre 
mais do que na Guerra do Iraque, tantos jovens são 
assassinados que em breve seremos um país de velhos”. 
 
15. Em relação ao emprego da crase, é incorreto afirmar 
que, em 
(A) “por mais sossegada e protegida que seja a sua vida”, 
não há crase por causa do pronome possessivo. 
(B) “ir a pé para a escola, pegar ônibus para ir ao centro”, 
não há crase na locução “a pé” porque “pé” é uma 
palavra masculina. 
(C) “...essas organizações começam a ser 
desmanteladas”, não há crase porque o verbo que segue 
a preposição está no infinitivo. 
(D) “edifício em rua movimentada e... sorte em relação 
à violência”, a crase assinala a fusão da preposição “a”, 
exigida por “relação”, com o artigo “a” que acompanha 
“violência”. 
 
Gabarito: 1. A, 2. C, 3. A, 4. A, 5. C, 6. D, 7. D, 8. B, 9. A, 
10. C, 11. C, 12. B, 13. C, 14. B, 15.a 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
19 
Prova de oficial/ Fadesp 
 
Educação e violência televisiva 
 Nos EUA, programas de TV convenientes às crianças já 
podem ser selecionados automaticamente. Na França, 
cada programa é aberto com uma tarja verde (livre), 
laranja (atenção!) ou vermelha (não recomendado). 
Embora o sistema apareça na tela em menos de cinco 
segundos, pesquisa comprovou que 80% dos 
telespectadores sabem o que significam as tarjas. No 
Brasil, apenas a TV Globo adverte, por áudio, que o 
programa é recomendável a crianças a partir de 
determinada idade. 
 Cientistas e educadores constatam que muitas 
crianças não têm condições de diferençar a ficção da 
realidade. Afinal, quem de nós não acreditou em Papai 
Noel ou na existência da Branca de Neve? Certas cenas 
de filmes suscitam angústia nos telespectadores infantis, 
levando-os ao estresse precoce (insônia, diarréia, pavor 
etc.). 
 A UNESCO pretende desenvolver um programa 
de educação para a imagem, a ter início com os desenhos 
animados. Fala-se, hoje, em "inteligência televisual" das 
crianças. Daí a importância de conexões entre escola e 
TV. No Brasil as crianças passam, em média/dia, 4 horas 
na escola e 4h30min diante da TV! 
 Há escolas brasileiras que começam a dar os 
primeiros passos na educação para a imagem. Os alunos 
gravam em vídeo os anúncios e, depois, repassam na 
classe e debatem. Esse recurso ajuda a desenvolver um 
distanciamento crítico frente à publicidade. Minha 
geração educou-se, nos anos 50 em Belo Horizonte, em 
cineclubes. Os debates que se seguiam à exibição dos 
filmes favoreciam a nossa educação artística e política. 
Porém, falar em consciência crítica nessa onda de 
globalização que assola o Planeta é quase um palavrão. 
Prejudica os interesses de quem se empenha em formar, 
não cidadãos, mas consumidores. 
 Nossa geração tinha referências altruístas: 
Jesus, Maria, São Francisco e, mais tarde, Gandhi, Luther 
King, Che Guevara etc. Éramos educados no idealismo, 
no sonho de mudar o mundo e fazer todas as pessoas 
felizes. Os paradigmas atuais são quase todos 
egocêntricos, violentos ou excessivamente erotizados: o 
exterminador do futuro, Rambo/Schwarzenegger, 
tartarugas Ninja, moças do Tchan etc. 
 A educação resulta da confluência de ações da 
família, da religião, da escola e da mídia. Seu papel é 
interiorizar valores,padrões e normas de 
comportamento, e a ótica pela qual se encara a 
realidade, a vida, a história. Ocorre que, hoje, com a 
mercantilização crescente da mídia, mais interessada em 
entretenimento que em cultura (vide os programas 
dominicais na TV, que levam ao paroxismo a 
imbecilização), o interesse em transformar as crianças 
em consumidoras precoces se sobrepõe ao empenho em 
incutir-lhes ética, amor ao próximo, cidadania e valores 
espirituais. O resultado são seres humanos agressivos, 
inseguros quanto às suas referências, medrosos diante 
do futuro e dependentes – da família, da droga ou de 
amizades que são cúmplices em veredas obscuras... 
 É bom relembrar o caso dos rapazes que, há 
tempos, em Brasília, acenderam a pira de nossos 
preconceitos e queimaram um índio pataxó. Vale a 
pergunta: o que ouviam, em casa, seus pais comentarem 
sobre índios, mendigos, negros e desocupados? Acredito 
que o modo como a família se refere aos demais 
segmentos da sociedade influi decisivamente na ótica 
que os filhos têm de seus semelhantes. Se uma patroa 
trata sua empregada doméstica como se fosse uma 
escrava, não deveria ficar surpresa se sua família 
demonstra nojo frente a pessoas subalternas e tem 
vergonha de fazer trabalhos domésticos, como lavar, 
varrer etc. Os pais são sempre modelos para uma 
criança. 
 É verdade que a TV é, hoje, uma máquina de 
incentivo à violência. Porém, não descarreguemos sobre 
ela toda a culpa por nossas omissões. Uma boa educação 
familiar reduz o impacto que ela pode ter sobre as 
crianças. Pesquisa recente revela que, por ano, uma 
criança assiste, na TV, cerca de 18 mil assassinatos 
(telejornais, filmes e desenhos). Se os pais nunca 
debatem com os filhos o conteúdo dos programas, é 
possível que eles se tornem mais vulneráveis. Contudo, 
quem reage coletivamente a programa de TV? Quem 
escreve para os patrocinadores dos programas 
antiéticos? Quem deixa de comprar os seus produtos? 
 Muitas vezes a falta de uma educação melhor 
dos mais jovens tem como causa principal a omissão dos 
adultos. Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta. Só a 
consciência de cidadania, a defesa dos direitos humanos 
e uma efetiva participação na vida social podem nos 
salvar de um futuro menos bárbaro. 
 *Frei Betto é escritor e teólogo. 
Artigo divulgado no site Mídia da Paz (http://www.midiadapaz.org) e 
originalmente publicado em www.hypertexto.com.br. 
http://www.midiadapaz.org/
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
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Com base no texto, assinale a única alternativa que 
completa corretamente as questões de 01 a 15. 
01. Da leitura do texto, pode-se concluir que, para Frei 
Betto, 
(A) a televisão é a única responsável pela incitação à 
violência. 
(B) cabe à família e à escola lutar contra os efeitos 
nocivos da televisão. 
(C) é absolutamente desnecessário implementar a 
censura televisiva no Brasil. 
(D) os programas televisivos estabelecem paradigmas 
confiáveis para a educação infantil. 
 
02. Frei Betto considera difícil desenvolver o senso 
crítico nas novas gerações, porque a 
(A) TV exibe cerca de 18 mil assassinatos por ano. 
(B) globalização impõe modelos únicos de 
comportamento e pensamento. 
(C) escola se recusa a fornecer valores altruístas, padrões 
e normas de comportamento. 
(D) mercantilização crescente da mídia deixa de lado o 
entretenimento, em favor da erotização. 
 
03. Frei Betto, entre outras coisas, 
(A) critica um sistema que transforma as crianças em 
consumidoras precoces. 
(B) defende a importância da televisão como 
instrumento de educação artística e política. 
(C) constata que no Brasil a maioria das crianças segue a 
contento um programa de educação para a imagem. 
(D) mostra os resultados de pesquisas que 
responsabilizam os meios de comunicação pelo alto 
índice de criminalidade. 
 
04. O que mais surpreende, quanto ao papel da televisão 
no Brasil, é o fato de 
(A) os programas dominicais levarem ao paroxismo a 
imbecilização. 
(B) as crianças passarem mais tempo diante da TV do que 
na escola. 
(C) certas cenas de filmes suscitarem angústia nos 
telespectadores infantis e adultos. 
(D) os espectadores serem advertidos quanto aos 
programas com cenas de violência e sexo. 
05. Releia a seguinte passagem do texto: 
“Se os pais nunca debatem com os filhos o conteúdo dos 
programas, é possível que eles se tornem mais 
vulneráveis.” 
O enunciado implícito que poderia dar continuidade a 
esse trecho, sem interferir na coerência do texto, é 
(A) à omissão dos adultos. 
(B) a telejornais, filmes e desenhos. 
(C) à efetiva participação na vida social. 
(D) aos efeitos negativos da violência televisiva. 
 
 
06. O único enunciado em que não há referência à 
responsabilidade dos adultos na formação das crianças 
é: 
(A) “Porém, não descarreguemos sobre ela toda a culpa 
por nossas omissões”. 
(B) “Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”. 
(C) “Cientistas e educadores constatam que muitas 
crianças não têm condições de diferençar a ficção da 
realidade”. 
(D) “Vale a pergunta: o que ouviam, em casa, seus pais 
comentarem sobre índios, mendigos, negros e 
desocupados?”. 
 
 
07. Com relação à estrutura e à organização textual, 
pode-se afirmar que, no texto “Educação e violência 
televisiva”, predomina a intenção de 
(A) informar o leitor. 
(B) defender um ponto de vista, uma opinião. 
(C) referir características de pessoas, objetos e situações. 
(D) relatar fatos e acontecimentos sequenciados 
cronologicamente. 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
21 
08. No que se refere às relações de retomada de sentido, 
não é correto afirmar que, em 
(A) “Seu papel é interiorizar valores, padrões e normas 
de comportamentos...”, o pronome “seu” retoma 
“educação”. 
(B) “... da família, da droga ou de amizades que são 
cúmplices em veredas obscuras...”, a palavra “que” 
retoma “amizades”. 
(C) “...não deveria ficar surpresa se sua família 
demonstra nojo frente a pessoas subalternas...”, o 
pronome “sua” retoma “empregada doméstica”. 
(D) “Certas cenas de filmes suscitam angústia nos 
telespectadores infantis, levando-os ao estresse 
precoce...”, o pronome “os” retoma “telespectadores 
infantis”. 
 
09. Quanto às regras de ortografia e acentuação gráfica, 
não é correto afirmar que 
(A) as palavras “suscitam” e “crianças” apresentam 
dígrafos. 
(B) há ocorrência de hiato em “confluência”, “conteúdo” 
e “reage”. 
(C) a palavra “recomendável” é acentuada porque é 
proparoxítona. 
(D) “artística”, “cúmplices” e “domésticos” são 
acentuadas em razão da mesma regra. 
 
10. Em relação ao uso dos sinais de pontuação, é correto 
afirmar que, em 
(A) “Fala-se, hoje, em ‘inteligência televisual’ das 
crianças”, as aspas simples indicam citação. 
(B) “levando-os ao estresse precoce (insônia, diarreia, 
pavor etc.)”, os parênteses introduzem uma explicação. 
(C) “... dependentes – da família, da droga ou de 
amizades que são cúmplices em veredas obscuras...”, o 
travessão indica mudança de interlocutor. 
(D) “Minha geração educou-se, nos anos 50 em Belo 
Horizonte, em cineclubes”, as vírgulas separam o aposto. 
11. Há um desvio em relação às recomendações da 
gramática normativa no enunciado 
(A) “É verdade que a TV é, hoje, uma máquina de 
incentivo à violência”. 
(B) “Há escolas brasileiras que começam a dar os 
primeiros passos na educação para a imagem”. 
(C) “Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”. 
(D) “Pesquisa recente revela que, por ano, uma criança 
assiste, na TV, cerca de 18 mil assassinatos...”. 
12. Para o autor do texto, vivemos em uma cultura 
“hedonista”. Isso significa dizer que se trata de uma 
cultura em que aspessoas 
(A) desrespeitam a ética e os princípios morais. 
(B) empenham-se na busca da cidadania e de valores 
espirituais. 
(C) dedicam-se à busca do prazer e procuram evitar o 
sofrimento. 
(D) valorizam a consciência crítica e abominam a 
mercantilização. 
 
13. Quanto às noções de sintaxe, é correto afirmar que, 
em 
(A) “Embora o sistema apareça na tela em menos de 
cinco segundos...”, o verbo “aparecer” é intransitivo. 
(B) “Certas cenas de filmes suscitam angústia nos 
telespectadores infantis...”, o verbo “suscitar” é apenas 
transitivo direto. 
(C) “... tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”, há um 
desvio de regência verbal. 
(D) “Acredito que o modo como a família se refere aos 
demais segmentos da sociedade influi decisivamente na 
ótica que os filhos têm de seus semelhantes”, há três 
orações. 
 
14. No enunciado “Embora o sistema apareça na tela em 
menos de cinco segundos, pesquisa comprovou que 80% 
dos telespectadores sabem o que significam as tarjas”, o 
elemento coesivo sublinhado 
(A) introduz uma explicação. 
(B) expressa uma concessão. 
(C) assinala uma relação de adição. 
(D) estabelece uma relação de conclusão. 
 
15. No que concerne à morfologia, é correto afirmar que 
(A) as palavras “antiético”, “inseguro”, “preconceito” são 
formadas por derivação parassintética. 
(B) a palavra “quem”, no trecho “Quem deixa de comprar 
os seus produtos?”, é um pronome indefinido. 
(C) há uma conjunção comparativa no fragmento de 
texto “Acredito que o modo como a família se refere...”. 
(D) o verbo “descarregar”, no trecho “Porém, não 
descarreguemos sobre ela toda a culpa”, está no 
imperativo negativo. 
Gabarito: 1. B, 2.B, 3.A, 4.B, 5.D, 6.C, 7.B, 8.C, 9.C, 10.B, 
11.D, 12. C, 13. A, 14. B, 15.d 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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1. Em sua reflexão, Rubem Alves considera 
(A) urgente pôr ordem em seu escritório. 
(B) a bagunça necessária à criatividade. 
(C) a ordem e a imaginação coisas compatíveis. 
(D) essencial manter cada coisa em um lugar preciso. 
 
2. A pesquisa do neurologista Kurt Goldstein pode levar 
à conclusão de que 
(A) a compulsão pela ordem só ocorre após lesões 
cerebrais. 
(B) as lesões no cérebro raramente provocam 
alterações de comportamento. 
(C) o cérebro sadio, não lesado, tem a capacidade de 
imprimir ordem na desordem. 
(D) o ser humano precisa de uma ordem material, 
concreta, para organizar o mundo a seu redor. 
 
3. No final do texto, o autor recorre à imagem do 
quebra-cabeças para 
(A) destacar a importância das atividades lúdicas. 
(B) demonstrar que todo pensamento implica ordem. 
(C) ilustrar a ideia de que a ordem cristaliza o 
pensamento. 
(D) sugerir que se deve colar o quebra-cabeças uma vez 
armado. 
 
4. Com base nas ideias desenvolvidas no texto, pode-se 
inferir que a relação existente entre as orações que 
compõem o título – “A ordem marcha. A imaginação 
dança” – é de 
(A) contraste. 
(B) proporção. 
(C) convergência. 
(D) complementação. 
 
 
 
 
 
 
5. Julgue as afirmações abaixo com base nas regras da 
língua. 
I As aspas foram utilizadas em “bagunça” (l. 33) e 
“brinquedo” (l. 34) para destacar uma 
impropriedade lexical. 
II Em “não havia ninguém que o movesse” (l. 18), o uso 
da próclise justifica-se pela presença de um termo 
atrativo. 
III A forma verbal “faz” foi utilizada indevidamente em 
“Faz tempo publiquei dois livros...” (l. 6), pois o 
correto seria “há”. 
IV No trecho “Quando o trabalho termina e todas as 
peças estão colocadas em ordem o ‘brinquedo’ 
acaba e a inteligência se assenta na poltrona...” (l. 34 
e 35), a ausência de pontuação não provoca 
ambiguidade. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e II. 
(B) II e IV. 
(C) I, II e III. 
(D) I, III e IV. 
 
Gabarito: 1.B, 2.C, 3.C, 4.A, 5.B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. As fronteiras reais a que se refere Luis Fernando 
Verissimo dizem respeito 
(A) aos limites geográficos e políticos. 
(B) às divisões sociais e econômicas. 
(C) às regras e convenções da diplomacia. 
(D) à crise vivida pelos desiguais no Mediterrâneo. 
 
2. A crise dos refugiados do Terceiro e Quarto Mundo, 
segundo o autor, 
(A) poderá ser solucionada se a Europa cultivar bons 
sentimentos. 
(B) é fruto da desigualdade, principal fator de 
perpetuação da miséria. 
(C) depende da prática de um convívio mais civilizado 
entre as nações. 
(D) é uma questão de ordem diplomática relativa ao 
respeito às fronteiras. 
 
3. Ao citar o economista francês Thomas Piketty, Luis 
Fernando Verissimo apoia a ideia de que 
(A) a tese dos neoliberais é plausível. 
(B) liberdade de mercado não é fonte de igualdade. 
(C) ainda há esperança no modelo do capitalismo sem 
rédeas. 
(D) basta soltar as rédeas do mercado para tudo dar 
certo. 
 
4. O enunciado em que o autor afirma ser muito difícil, 
no contexto brasileiro, ultrapassar a linha da pobreza é 
(A) “No resto do mundo, as fronteiras reais são mais ou 
menos nítidas” (l. 32). 
(B) “Com um passo, você atravessa uma fronteira 
econômica, às vezes sem nem se dar conta” (l. 6 a 9). 
(C) “Poucos conseguem cruzar a fronteira real brasileira. 
Quando o fazem, é por distração” (l. 30 e 31). 
(D) “Num país como o Brasil, para usar um triste 
exemplo, pode-se sair de um mundo e entrar em outro 
ao dobrar uma esquina” (l. 9 a 12). 
 
5. Em “Até nos Estados Unidos, modelo dos frutos do 
capitalismo sem rédeas, há desigualdade crescente e 
bolsões de miséria” (l. 32 a 34), o vocábulo “até” é um 
operador argumentativo que 
(A) denota a retificação de uma informação dada como 
certa. 
(B) introduz, na argumentação do autor, uma informação 
pressuposta. 
(C) estabelece uma hierarquia na argumentação do 
autor, assinalando o argumento mais forte. 
(D) marca uma oposição entre os diversos dados que 
servem de base à conclusão do autor. 
 
6. No final do texto, com o enunciado “E ainda por cima, 
o Internacional em má fase...” (l. 36), Luis Fernando 
Veríssimo 
(A) acusa a política internacional de atravessar uma fase 
ruim. 
(B) brinca, por meio de um jogo de palavras, aludindo ao 
mundo do futebol. 
(C) refere-se à dificuldade de se encontrar saída 
diplomática para os problemas sociais. 
(D) reafirma sua descrença em uma solução para a crise 
dos refugiados do Terceiro e Quarto Mundo. 
 
7. O pronome “você” (l. 7), utilizado no texto, 
(A) imprime um tom dialógico no texto. 
(B) indetermina o sujeito da ação verbal. 
(C) impõe um distanciamento entre autor e leitor. 
(D) estabelece uma interlocução formal com o leitor. 
 
8. No enunciado “Botswana aqui, Miami logo ali” (l. 12), 
há ao mesmo tempo 
(A) metáfora e antítese. 
(B) metonímia e catacrese. 
(C) hipérbole e prosopopeia. 
(D) comparação e eufemismo. 
 
9. Em “arriscam a vida para melhorar de vida” (l. 17 e 18), 
a palavra “vida” significa, respectivamente, 
(A) alma e motivação. 
(B) existência e modo de viver. 
(C) tempo de existência e fase. 
(D) meio de subsistência e biografia. 
 
10. A pronominalização – uso de formas remissivas – 
como recurso coesivo só não ocorre em 
(A) “pelo menos o que eles chamam de certo” (l. 24 e 25). 
(B) “não necessariamente cruzado afronteira real no 
país que a receber” (l. 35). 
(C) “pode-se sair de um mundo e entrar em outro ao 
dobrar uma esquina” (l. 10 a 12). 
(D) “A desigualdade como fator principal da perpetuação 
da miséria não é um foco recente da análise econômica” 
(l. 21 e 22). 
 
Gabarito: 1.B, 2.B, 3.B, 4.C, 5.C, 6.B, 7.B, 8.A, 9.B, 10.D 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
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POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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01. No trecho “Por alguma sabedoria (consciente ou 
não), meus companheiros de espera estavam quase 
todos sentados de costas para a janela.” (linhas 4 e 
5), a palavra “sabedoria” pode estar associada ao 
fato de “os companheiros de espera” 
(A) evitarem o sentimento de saudade a fim de não 
sofrerem. 
(B) dominarem suas emoções, uma vez que são 
intelectuais. 
(C) não terem sensibilidade em relação ao pôr do sol, 
característica do homem moderno. 
(D) serem perspicazes ao escolher assentos de costas 
para a claridade exagerada do sol. 
(E) não levantarem os olhos de seus notebooks, mesmo 
sentados em uma posição que lhes daria possibilidade de 
contemplar o pôr do sol. 
 
02. No trecho “Tem, sim, e, justamente, uma razão pela 
qual casar-se é tão complicado é que a gente casa 
porque quer não ‘uma’ casa, mas ‘aquela’ casa, a que 
a gente perdeu e nunca vai reencontrar.” (linhas 48 
e 49), “aquela casa” refere-se à casa dos 
(A) amigos sinceros. 
(B) filhos. 
(C) pais. 
(D) sonhos, que nunca existiu de fato. 
(E) sonhos, que existe, mas é muito cara para ser 
adquirida. 
 
03. De acordo com a norma culta, o “a” que antecede a 
palavra “casa” recebe o acento indicativo da crase se 
for uma junção do “a” preposição com o “a” artigo, e 
se a palavra casa for especificada. O trecho em que 
essa mesma regra de assinalamento da crase está 
exemplificada é: 
(A) “No sábado passado, no aeroporto de Chicago, 
esperava o voo que me levaria de volta a São Paulo.” 
(linha 1) 
(B) “Nos últimos 300 anos, atribuímos mais importância 
à existência individual de cada um do que à vida de 
grupos, tribos e nações”. (linhas 11 e 12) 
(C) “(a distancia, vê-se o campanário de uma igreja).” 
(linhas 23 e 24) 
(D) “A modernidade se define pela viagem, pela decisão 
de não aceitar que o lugar onde nascemos seja nosso – 
por exemplo, pela vontade de deixar o campo e ir para a 
cidade.” (linhas 30 a 32) 
(E) “Sobre que perdas se funda a subjetividade 
moderna.” (linha 42) 
 
 
 
 
04. O autor reconhece que sua definição da 
modernidade como “viagem” é ampliada pelo gênio 
de Dante, para o qual “o desejo dos navegantes não 
é, como se esperaria, o anseio de novas terras no 
horizonte de sua viagem. Claro, a viagem os seduz, 
mas seu desejo é nostalgia do que eles deixaram 
atrás, do que perderam por se tornarem viajantes.” 
(linhas 39 a 41). O trecho que evidencia essa 
nostalgia observada por Dante é: 
(A) “Somos, portanto, especialmente sensíveis ao fim do 
dia, cujo espetáculo acarreta consigo a lembrança 
dolorosa do fim de nossa jornada, que se aproxima.” 
(linhas 13 e 14) 
(B) “Mas pode ser, simplesmente, que a alternância das 
estações lembre o ciclo de nossa vida, e o outono seja o 
equivalente anual do fim da tarde de cada dia.” (linhas 
18 e 19) 
(C) “Tudo bem, viajei muito. Várias vezes, ao longo da 
vida, mudei de língua e país...”. (linha 29) (D) “É assim 
desde o século 13 ou 14, quando a gente começou 
mesmo a circular – primeiro pela Europa, depois pelos 
mares e por terras incógnitas e agora pelos céus e mundo 
afora. (linhas 32 e 33) 
(E) “Perde-se a casa dos pais, mas a gente faz outra. Não 
tem um ditado que diz: “Quem casa quer casa?”. (linhas 
46 e 47) 
 
05. O “se” (grifado), no enunciado “se tivéssemos ficado 
no campo, com os camponeses de Millet.” (linhas 44 
e 45), apresenta semelhante função e sentido em 
(A) “Somos, portanto, especialmente sensíveis ao fim do 
dia, cujo espetáculo acarreta consigo a lembrança 
dolorosa do fim de nossa jornada, que se aproxima.” 
(linhas 13 e 14) 
(B) “A modernidade se define pela viagem,...”. (linha 30) 
(C) “...e também a hora que fere de amor o novo 
viajante, se ele ouve de longe um sino que parece chorar 
o dia em que está morrendo.” (linhas 37 e 38) 
(D) “Pelo gênio de Dante, o desejo dos navegantes não 
é, como se esperaria, o anseio de novas terras no 
horizonte de sua viagem.” (linhas 39 e 40) 
(E) “Sobre que perdas se funda a subjetividade 
moderna...”. (linha 42) 
 
 
Gabarito 
1.A 
2.C 
3.C 
4.A 
5.C 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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3. ORTOGRAFIA 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL (NOVA ORTOGRAFIA) 
 
Ortografia é o sistema correto de representar na escrita 
os fonemas e as formas da língua. Ela trata da 
representação escrita dos sons que formam os 
vocábulos, por meio dos símbolos denominados letras. 
 
Uso do S 
 
1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já 
existe S: 
 pesquisa  pesquisador, pesquisado 
 casa  casinha, casebre, casarão 
 camisa  camisinha, camisola, camisolão 
 análise  analisar, analista, analisando 
 
2. Nos sufixos: 
 -ês, -esa (na indicação de título de nobreza, 
origem, nacionalidade) 
marquês  marquesa; burguês  burguesa; 
camponês  camponesa; milanês  milanesa 
 -ense (indicador de procedência, origem) 
santanense, manuaense, paranaense 
 -isa (indicador feminino de profissão, ocupação) 
diaconisa, sacerdotisa, papisa, profetisa 
 -oso, -osa (indicadores de adjetivos, formadores 
de estado pleno, abundância) 
manhoso, carinhoso, horrorosa, suntuosa 
 
3. Após ditongos: 
 Cleusa, causa, náusea, maisena 
 
4. Na conjugação dos verbos pôr (e derivados) e querer: 
 repus, repusera, repusesse, pus, pusera, 
pusesse, quis, quisera, quisesse, quiséssemos 
 
 
Uso do Z 
 
1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já 
existe Z : 
 raiz  enraizar 
 baliza  abalizado, balizador, balizado 
 rapaz  rapazola, rapazinho, rapazote 
 
2. Nas terminações –ez, -eza, formadores de 
substantivos abstratos derivados de adjetivos: 
 real  realeza 
 grande  grandeza 
 cru  crueza 
 certo  certeza 
 
3. Nas terminações –izar (formador de verbos) e –ização 
(formador de substantivos) 
 canal  canalizar  canalização 
 humano  humanizar  humanização 
 atual  atualizar  atualização 
 global  globalizar  globalização 
 
Uso do X 
 
1. Depois de ditongo: 
 ameixa, baixo, caixa, feixe, paixão 
 
2. Depois da sílaba inicial en-: 
 enxaqueca, enxadrista, enxame, enxuto 
 
Fazem exceção: encher e derivados; enchova; e palavras 
iniciadas com ch que ganharam prefixo em-, como 
enchouriçar (em + chouriço + ar). 
 
3. Depois da sílaba inicial me -: 
 mexerica, mexicano, mexilhão, mexer 
 Exceção: mecha (substantivo) e derivados 
escrevem-se com ch. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
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4. Em palavras de origem africana e indígena: 
 abacaxi, capixaba, macaxeira, morubixaba, 
pixaim, xará, xinxim, xique-xique 
 
5. Palavras aportuguesadas do inglês trocam o sh original 
por x: 
 xampu (de shampoo), xerife (de sheriff) 
Escrevem-se com x: 
almoxarife, bexiga, bruxa, capixaba, caxemira, caxumba, 
coaxar, coxo, elixir, enxada, engraxate, enxurrada, 
esdrúxulo, faxina, lagartixa, laxante, lixa, luxo, maxixe, 
mexer, mexerico, morubixaba, muxoxo, orixá, Oxalá, 
praxe, pixaim, puxar, relaxar, rixa, taxa (impostos, 
tributo), vexame, xale, xampu, xarope, xavante, xaxim, 
xereta, xerife, xícara, xingar. 
 
Escrevem-se com ch : 
apetrecho, archote, bochecha, boliche, crochê, cachaça, 
cachimbo, chá, chamariz, chamego, chafariz, cartucheira, 
charco, cheque, chimarrão, chimpanzé, chuchu, 
chucrute, chumaço, chutar, cacho, cochicho, cocho, 
colcha, colchão, comichão, coqueluche,

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