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PORTUGUÊSPORTUGUÊS
C2_3A_LILAS_2022_PORT_JR.qxp 03/02/2022 17:24 Página I
C2_3A_LILAS_2022_PORT_JR.qxp 03/02/2022 17:24 Página II
Leia o texto seguinte, escrito em meados da década de 1970 pelo
médico Mozart Tavares de Lima Filho, da Escola Paulista de Me di ci na,
e responda às questões de números 1 e 2.
1. (UNESP) – Com respeito ao uso de medicamentos, o fragmento
sustenta que há mudanças significativas, na forma de tratar a tuber -
culose, nos dias atuais. Aponte uma expres são, usada no segundo
parágrafo do texto, em que o adjetivo expri me claramente essa modi -
ficação, esclare cendo-a convenien temente.
RESOLUÇÃO:
O autor informa, no primeiro parágrafo transcrito, que os medica -
men tos empregados contra a tuberculose eram vários e de uso
contínuo. Uma das “mudanças signi ficativas” mencio na das no
segundo parágrafo diz respeito ao “uso intermitente de drogas”,
expressão em que o adjetivo intermitente esclarece a modificação
ocorrida. 
Intermitente: em que ocorreu interrupções; que cessa e reco meça
por intervalos; descontínuo.
2. (UNESP) – No fragmento, há um distanciamento do enunciador, que
se traduz pelo emprego constante da voz passi va sin té tica, na qual
aparece a palavra se. Com base nessa cons tatação, reescreva o último
período do texto, passando-o para esse tipo de voz passiva. Explique
por que razão o recurso de distanciamento é usado nesse texto.
RESOLUÇÃO:
Passando-se o último período para a voz passiva sin tética, tem-se:
Condena-se a antiga superali men tação.
O enunciador optou pelo distanciamento porque o teor do texto
— puramente referencial, informativo, objetivo — não se coa du na
com nenhuma forma de intromissão pessoal. A impessoali dade é
expressa de várias formas, sendo uma delas a voz passiva prono -
minal.
Com os medicamentos disponíveis é possível curar pratica mente
todos os casos de tuberculose. Entre tanto, a longa duração do trata -
men to, a necessidade do emprego de vários medicamentos em
associa ção e o seu uso contínuo fazem com que a terapêutica seja
pouco prática.
As pesquisas atuais vão em dois sentidos: um, a duração, e outro,
o emprego intermitente de drogas. Os resultados obtidos até agora
são animadores. (...)
A elevação da resistência geral do paciente constituiu até há
poucos anos a base do tratamento da tuberculose. Aconselhava-se o
repouso absoluto no leito durante as 24 horas, aliado à superalimen -
tação.
Embora o repouso continue a ser fundamental, a ma neira de
encará-lo mudou bastante. Indica-se um repou so relativo, permitindo
que o paciente deixe o leito para sua toilette. Além disso, é essencial
o repouso psíquico, procurando iniciar a psicoterapia e a reabili tação
do pa ciente desde o início do tratamento. A duração deste repou so
dependerá do tipo de lesão e da constituição psicossomática do
pacien te, havendo tendência cada vez maior à sua redução.
No que se refere à alimentação, aconselha-se uma dieta balan -
ceada, de acordo com as necessidades ener géticas do paciente. Em
caso de anorexia, rara mente há necessidade de medicação especial,
pois com o uso da isoniazida verifica-se rápido retorno do apetite. A
antiga superalimentação é condenada.
(Atualização terapêutica)
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MÓDULO 11 Estudos Linguísticos – III
FRENTE 1Gramática
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2. (SANTA CASA-2021) – Examine a tira do cartunista
argentino Quino.
(Cada um no seu lugar, 2005.)
a) O que a reação dos personagens ao texto do folheto
publicitário indica?
RESOLUÇÃO: 
O profissional de publicidade mostra ao empresário o “folheto de
publicidade” criado para a empresa e, ao ler o texto que divulga
os produtos, ambos caem na gargalhada. Obvia mente o conteúdo
da propaganda é fraudulento, por isso nenhum dos dois consegue
disfarçar o espanto hilariante diante da propaganda enganosa:
“materiais selecionados de primeira qualidade”.
b) Considerando o contexto, reescreva o texto do folheto
publicitário na voz ativa.
RESOLUÇÃO: 
Fabricamos nossos produtos com materiais selecionados de
primeira qualidade.
O verbo “ser” não aparece na ativa, mas deve-se manter o tempo
verbal em que ele aparece: presente do indicativo. 
Leia o trecho inicial do romance O Ateneu, de Raul Pompeia (1863-
1895), para responder à questão 4.
4. (UNESP) – Identifique os sujeitos dos verbos “houvesse” e
“viesse”, destacados no segundo parágrafo.
RESOLUÇÃO: 
O sujeito da forma verbal “houvesse perseguido” é simples: “a
mesma incerteza de hoje”; de “viesse” é também simples: “a
enfiada das decepções”.
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu.
Coragem para a luta.”
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me
despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na
estufa de carinho que é o regime do amor doméstico; diferente do
que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados
maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer
mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento,
têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso.
Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita dos felizes
tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não
nos houvesse perseguido outrora, e não viesse de longe a enfiada
das decepções que nos ultrajam.
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Texto para as questões 5 e 6.
5. (FUVEST) – De acordo com o texto, o “mito político”
a) prejudica o entendimento do mundo real.
b) necessita da abstração do tempo.
c) depende da verificação da verdade.
d) é uma fantasia desvinculada da realidade.
e) atende a situações concretas.
RESOLUÇÃO:
Conforme o texto, “mito político” caracteriza-se como uma
narrativa que “responde a uma necessidade prática de uma
sociedade em determinado período”; portanto, esse fenômeno
“atende a situações concretas”.
Resposta: E
6. (FUVEST) – Sobre o sujeito da oração “em que vivem” (L. 12), é
correto afirmar:
a) Expressa indeterminação, cabendo ao leitor deduzir a quem se refere
a ação verbal.
b) Está oculto e visa evitar a repetição da palavra “circunstâncias” (L.
9-10).
c) É uma função sintática preenchida pelo pronome “que” (L. 10).
d) É indeterminado, tendo em vista que não é possível identificar a
quem se refere a ação verbal.
e) Está oculto e seu referente é o mesmo do pronome “os” em “fazê-
los” (L. 10).
RESOLUÇÃO:
O sujeito do verbo “viver” está oculto, referindo-se a “indivíduos”,
que, por sua vez, é retomado pelo pronome oblíquo “os” em “fazê-
los”.
Resposta: E
Leia o texto de Bernadette Siqueira Abrão para responder às questões
7 e 8.
7. (SANTA CASA) – Segundo o texto, caso aplicada, a hipótese de
Rousseau resultaria em uma sociedade que
a) acirra o confronto entre direitos e deveres.
b) garante a permanência do estado de natureza.
c) superestima o individualismo.
d) privilegia a vontade do grupo sobre a vontade individual.
e) independe das leis, pois todos têm os mesmos direitos.
RESOLUÇÃO
O texto de Bernardette Siqueira Abraão refere-se a Do Contrato,
de Rousseau, em que ele aponta a necessidade de o homem viver
em sociedade para garantir sua sobrevivência, mas, para tanto, ele
deve respeitar as regras do grupo em detrimento de sua vontade.
Resposta: D
8. (SANTA CASA) – “os obstáculos à sua conservação sobrepujaram
as forças de que cada indivíduo dispõe para manter-se” (1.o parágrafo) 
Passada à voz passiva, a oração centrada no termo sublinhado
apresentará a forma verbal
a) foram sobrepujadas.
b) são sobrepujadas.
c) sobrepujam.
d) sobrepujaram.
e) eram sobrepujadas.
RESOLUÇÃO
A forma verbal “sobrepujaram” encontra-se no pretérito perfeito
do indicativo. Passando-se o verbo para a voz passiva analítica,
deve-se impor esse tempo verbal (pretérito perfeito) ao auxiliar ser
e o verbo sobrepujar deve ficar no particípio: foram sobrepujados.
Resposta: A
Mito, na acepção aqui empregada, não significa mentira,
falsidade oumistificação. Tomo de empré stimo a formulação de
Hans Blumenberg do mito político como um processo contínuo
de trabalho de uma narrativa que responde a uma necessidade 
5 prática de uma sociedade em determinado período. Narrativa
simbólica que é, o mito político coloca em suspenso o problema
da verdade. Seu discurso não pretende ter validade factual, mas
também não pode ser percebido como mentira (do contrário,
não seria mito). O mito político confere um sentido às circunstân-
10 cias que envolvem os indivíduos: ao fazê-los ver sua condição
presente como parte de uma história em curso, ajuda a
compreender e suportar o mundo em que vivem.
(ENGELKE, Antonio. O Anjo Redentor.
Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.)
Rousseau explica, em Do Contrato, a saída do estado de natureza
apelando para uma hipótese: os homens teriam chegado a um ponto
em que os obstáculos à sua conservação sobrepujaram as forças de
que cada indivíduo dispõe para manter-se. Não têm outra saída,
portanto, a não ser se unir, para juntar suas forças. Mas, como a força
e a liberdade de cada indivíduo são os instrumentos primordiais de
sua conservação no estado de natureza, a solução prevista leva a um
impasse: como empenhá-las sem prejudicar e sem negligenciar os
cuidados que a si mesmo cada um deve? Para resolver a questão e
efetuar o pacto, o homem precisa encontrar “uma forma de
associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada
associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se
a todos, só obedece, contudo, a si mesmo, permanecendo assim tão
livre quanto antes”.
Esse pacto exige a alienação1 total de cada associado, com todos
os seus direitos, à comunidade. Mas “cada um dando-se a todos não
se dá a ninguém”, e recebe o equivalente a tudo o que alienou e
maior força para conservar o que tem. Todos ganham e ninguém
perde, e o homem deixa o estado de natureza para ingressar na
sociedade civil, em que são necessárias regras para a sobrevivência.
(História da Filosofia, 1999.)
1alienação: renúncia, abandono.
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1. (FUVEST) – Leia o texto e responda ao que se pede.
a) No texto, o autor retifica o que corriqueiramente se entende por
“morte natural”? Justifique.
RESOLUÇÃO:
O autor argumenta que a ideia de morte natural (“morrer de
esgotamento em virtude uma extre ma velhice”) é na verdade uma
exceção, pou cas vezes acontece, sendo, portanto, pouco na tural.
Também salienta que é natural morrer de aci den tes ou de doenças,
já que não vai contra a natureza do homem fa lecer ao sofrer algum
trauma físico.
b) A que palavra ou expressão se referem, respecti vamente, os
pronomes destacados no trecho “Vejo que os filósofos lhe assinam
um limite bem menor do que o fazemos comumente”?
RESOLUÇÃO:
O pronome pessoal oblíquo “lhe” refere-se a “du ração da vida”; o
pronome demonstrativo “o” refere-se a “limite”.
2. (FUVEST) – Leia o texto e responda ao que se pede.
a) O emprego do diminutivo nas palavras “vozinha” e “sorrisinho”,
consideradas no contexto, produz o mesmo efeito de sentido nos
dois casos? Justifique.
RESOLUÇÃO:
O emprego do diminutivo não produz o mesmo efeito de sentido
nas palavras indicadas. Em “vozinha”, minimiza-se a contestação
de Prometeu à ordem vigente no Olimpo, comparando essa
rebeldia à do movimento estudantil de maio de 1968. Quanto a
“sorrisinho”, o di minutivo evi dencia que o jacaré percebeu a cilada
prepa rada pelos outros animais e, de forma irô nica, não gargalha,
apenas sorri, quebrando a expectativa de seus provocadores.
b) Reescreva o trecho “Os outros decidem fazer uma festa para fazê-
lo rir (...). Todos fazem coisas engraçadas”, substituindo o verbo
“fazer” por sinônimos adequados ao contexto em duas de suas três
ocorrências.
RESOLUÇÃO:
Reescrevendo, tem-se: “Os outros decidem promo ver (produzir,
efetuar) uma festa para levá-lo (estimulá-lo, incentivá-lo) a rir (…).
Todos rea lizam (praticam, elaboram) coisas engraçadas”. Há outras
possibilidades e somente dois verbos deve riam ser substituídos.
DA IDADE
Não posso aprovar a maneira por que entendemos a duração da
vida. Vejo que os filósofos lhe assinam* um limite bem menor do que
o fazemos comumente. (...) Os [homens] que falam de uma certa
duração normal da vida, estabelecem-na pouco além. Tais ideias
seriam admissíveis se existisse algum privilégio capaz de os colocar
fora do alcance dos acidentes, tão numerosos, a que estamos todos
expostos e que podem interromper essa duração com que nos
acenam. E é pura fantasia imaginar que podemos morrer de
esgotamento em virtude de uma extrema velhice, e assim fixar a
duração da vida, pois esse gênero de morte é o mais raro de todos.
E a isso chamamos morte natural como se fosse contrário à natureza
um homem quebrar a cabeça numa queda, afogar-se em algum
naufrágio, morrer de peste ou de pleurisia; como se na vida comum
não esbarrássemos a todo instante com esses acidentes. Não nos
iludamos com belas palavras; não denominemos natural o que é
apenas exceção e guardemos o qualificativo para o comum, o geral,
o universal.
Morrer de velhice é coisa que se vê raramente, singular e
extraordinária e portanto menos natural do que qualquer outra. É a
morte que nos espera ao fim da existência, e quanto mais longe de
nós menos direito temos de a esperar.
(Michel de Montaigne, Ensaios.
Editora 34. Trad. de Sérgio Milliet.)
*assinar: fixar, indicar.
Um tema frequente em culturas variadas é o do desafio à ordem
divina, a apropriação do fogo pelos mortais. Nos mitos gregos,
Prometeu é quem rouba o fogo dos deuses. Diz Vernant que
Prometeu representa no Olimpo uma vozinha de contestação,
espécie de movimento estudantil de maio de 1968. Zeus decide
esconder dos homens o fogo, antes disponível para todos, mortais e
imortais, na copa de certas árvores — os freixos — porque Prometeu
tentara tapeá-lo numa repartição da carne de um touro entre deuses
e homens.
——————-————————–––––––—————————-
Na mitologia dos Yanomami, o dono do fogo era o jacaré, que
cuidadosamente o escondia dos outros, comendo taturanas assadas
com sua mulher sapo, sem que ninguém soubesse. Ao resto do povo
– animais que naquela época eram gente – eles só davam as taturanas
cruas. O jacaré costumava esconder o fogo na boca. Os outros
decidem fazer uma festa para fazê-lo rir e soltar as chamas. Todos
fazem coisas engraçadas, mas o jacaré fica firme, no máximo dá um
sorrisinho.
(Betty Mindlin, O fogo e as chamas dos mitos. 
Revista Estudos Avançados. Adaptado.)
MÓDULO 12 Estudos Linguísticos – IV
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3. (UNICAMP) – Leia o excerto abaixo, adaptado do ensaio Para que
servem as humanidades?, de Leyla Perrone-Moisés.
a) As expressões “agregar valor” e “cultivo de valores”, embora
aparentemente próximas pelo uso da mesma palavra, produzem
efeitos de sentido distintos. Explique-os.
RESOLUÇÃO:
“Agregar valor”, no contexto, tem sentido quan titativo, pois se
refere às informações e conheci mento que o indivíduo adquire
sem apro fun da men to. “Cultivo de valores” implica a aquisição de
saberes por meio de posicionamentos críticos e reflexivos
constantes, que se desenvol vem não apenas ao longo da vida
acadêmica, mas por toda a existência.
b) Na última oração do texto, são utilizados dois elemen tos coesivos:
“eles” e “à qual”. Aponte a que se refere, respectivamente, cada
um desses elementos.
RESOLUÇÃO:
Os elementos coesivos “eles” e “à qual” referem-se, respecti -
vamente, a “os cursos de humanidades” e “sociedade”, assim a
ideia que se estabelece é a de que os cursos de humanidades
estudam a socie dade e a ela servem.
Leia o texto de Claudia Wallin para responder às questões de 4 a 6.
4. (FAMEMA) – Quanto aos recursos formais e ao conteúdo, o texto
a) utiliza padrões de formalidade adequados à descrição de povos
desconhecidos, por reverência regimental tanto a tais povos quanto
ao leitor do relato.
b)emprega linguagem simples e objetiva a fim de mimetizar o
comportamento simplório dos dirigentes do povo retratado no relato.
c) critica a falta de formalidade e a pobreza linguística do povo retratado,
utilizando os padrões de linguagem da norma culta.
d) elogia a rígida formalidade com que se comportam os dirigentes do
povo retratado, utilizando no relato um padrão de linguagem elevado.
e) contrapõe ironicamente a simplicidade do compor ta mento de
membros da população retratada à linguagem rebuscada e cheia de
reverências utilizada no relato.
RESOLUÇÃO
O texto contém vocativos, como “Vossas excelências”, utilizados
em espaços institucionais de grande formalidade e de uso
protocolar entre parlamentares. Esse emprego e a linguagem
rebuscada do texto contrastam com o simplicidade de vida do
povo retratado no texto: os suecos.
Resposta: E
As humanidades servem para pensar a finalidade e a qualidade da
existência humana, para além do simples alongamento de sua
duração ou do bem-estar baseado no consumo. Servem para estudar
os problemas de nosso país e do mundo, para humanizar a
globalização. Tendo por objeto e objetivo o homem, a capacidade
que este tem de entender, de imaginar e de criar, esses estudos
servem à vida tanto quanto a pesquisa sobre o genoma. Num mundo
informatizado, servem para preservar, de forma articulada, o saber
acumulado por nossa cultura e por outras, estilhaçado no
imediatismo da mídia e das redes. Em tempos de informação
excessiva e superficial, servem para produzir conhecimento; para
“agregar valor , como se diz no jargão mercadológico. Os cursos de
humani dades são um espaço de pensamento livre, de busca
desinteressada do saber, de cultivo de valores, sem os quais a
própria ideia de universidade perde sentido. Por isso merecem o
apoio firme das autoridades universitárias e da sociedade, que eles
estudam e à qual servem.
(Adaptado de Leyla Perrone-Moisés, Para que 
servem as humanidades? Folha de São Paulo, 
São Paulo, 30 jun. 2002, Caderno Mais!.)
Vossas excelências, ilustríssimos senhores e senhoras, trago
notícias urgentes de um reino distante. É mister vos alertar, Vossas
Excelências, que nesta estranha terra os habitantes criaram um país
onde os mui digníssimos e respeitáveis representantes do povo são
tratados, imaginem Vossas Senhorias, como o próprio povo. Insânia!
Dirão que as histórias que aqui relato são meras alucinações de
contos de fada, pois há neste rico reino, que chamam de Suécia, rei,
rainha e princesas. Mas não se iludam! Os habitantes desta terra já
tiraram todos os poderes do rei, em nome de uma democracia que
proclama uma tal igualdade entre todos, e o que digo são coisas que
tenho visto com os olhos que esta mesma terra um dia há de comer.
Nestas longínquas comarcas, os mui distintos parlamentares,
ministros e prefeitos viajam de trem ou de ônibus para o trabalho,
em sua labuta para adoçar as mazelas do povo. De ônibus,
Eminências! E muitos castelos há pelos quatro cantos deste próspero
reino, mas aos egrégios representantes do povo é oferecido abrigo
apenas em pífias habitações de um cômodo, indignas dos
ilustríssimos defensores dos direitos dos cidadãos e da democracia.
Este reino está cercado por outros ricos reinos, numa península
chamada Escandinávia, onde também há príncipes e reis, e onde os
representantes do povo vivem como sobrevive um súdito qualquer.
E isto eu também vi, com os olhos que esta terra há de comer: em
um dos povos vizinhos, conhecido como o reino dos noruegueses, os
nobres representantes do povo chegam a almoçar sanduíches que
trazem de casa, e que tiram dos bolsos dos paletós quando a fome
aperta.
É preciso cautela, Vossas Excelências. Deste reino, que chamam
de Suécia ainda pouco se ouve falar. Mas as notícias sobre o
igualitário reino dos suecos se espalham.
Estocolmo, 6 de janeiro de 2013.
(Um país sem excelências e mordomias, 2014. Adaptado.)
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5. (FAMEMA) – Assinale a alternativa em que ocorre um pleonasmo.
a) “Dirão que as histórias que aqui relato são meras alucinações de
contos de fada”
b) “em sua labuta para adoçar as mazelas do povo”
c) “trago notícias urgentes de um reino distante”
d) “o que digo são coisas que tenho visto com os olhos que esta
mesma terra um dia há de comer”
e) “Os habitantes desta terra já tiraram todos os poderes do rei”
RESOLUÇÃO:
Pleonasmo ou redundância é a repetição desnecessária de uma
expressão ou palavra já mencionada, como é o caso de “visto” e
“com os olhos”.
Resposta: D
6. (FAMEMA) – “Os habitantes desta terra já tiraram todos os poderes
do rei”.
Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conteúdo dessa
oração.
a) Todos os poderes do rei já tiraram os habitantes desta terra.
b) Os habitantes desta terra já tiram todos os poderes do rei.
c) Os habitantes desta terra já foram tirados por todos os poderes do
rei.
d) Todos os poderes do rei já foram tirados pelos habitantes desta terra.
e) Todos os poderes do rei já são tirados pelos habitantes desta terra.
RESOLUÇÃO:
A frase do enunciado está na voz ativa. Seu objeto direto “Todos
os poderes do rei” passa na voz passiva a sujeito; a forma verbal
“tiraram” recebe o verbo ser como auxiliar: “foram tirados”; o
sujeito “Os habitantes desta terra” passa a agente da passiva
introduzido pela preposição por.
Resposta: D
Examine a tira do cartunista André Dahmer.
(Quadrinhos dos anos 10, 2016.)
7. (UNESP) – O conselho presente na primeira fala sugere falta de
a) compaixão.
b) paciência.
c) ganância.
d) malícia.
e) cinismo.
RESOLUÇÃO:
O conselho do pai ao filho, para que este evite o contato com
pedintes famintos, sugere a ausência de sentimento de piedade
diante da tragédia alheia.
Resposta: A
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Texto para a questão 1.
1. (FUVEST)
a) Explique por que o axioma formulado por Roberto de Oliveira
Campos tornaria possível “construir mundos maravilhosos”. 
RESOLUÇÃO: 
O axioma criado por Roberto Campos, “a igno rância não tem limite
inferior”, denota o sarcasmo com que seu criador se referiu à
ignorância como manifestação capaz de surpreender pela ausência
de limite, o que pode gerar ironicamente “mundos maravilhosos”,
porque a falta de conhecimento fornece material inesgotável para
a galhofa, o deboche, o escárnio, além de possibilitar a inven ção de
realidades disparatadas: “A quantidade de sandices ditas no longo
discurso com o ar de quem estava inventando o mundo.”
b) Identifique o trecho do texto que explica o emprego da expressão
“oratória de alta visibilidade”. 
RESOLUÇÃO: 
O trecho que trata da “oratória de alta visibili dade” é o que se
refere ao gestual de alguns deputados durante seu discurso: “com
os dois braços agitados tentando encontrar uma ideia”.
Texto para a questão 2.
2. (FUVEST) – Com base no texto, é correto afirmar:
a) A “campanha nacional” a que se refere o autor tem por objetivo
banir da língua portuguesa os verbos terminados em “ilizar”.
b) O autor considera o emprego de verbos como “reinicializando” (L. 7)
e “viabilizar” (L. 13) uma verdadeira “doença”.
c) A maioria dos verbos terminados em “(i)lizar”, presentes no texto,
foi incorporada à língua por influência estrangeira.
d) O autor, no final do primeiro parágrafo, acaba usando
involuntariamente os verbos que ele condena.
e) Os prefixos “des” e “in”, que entram na formação do verbo
“desincompatibilizar” (L. 15), têm sentido oposto, por isso o autor o
considera um “palavrão”.
RESOLUÇÃO: 
Segundo o autor, a recorrência de verbos terminados em “-ilizar”,
em nossa língua, advém da ação de “maus tradutores de livros de
marketing e administração”, que incorporam anglicismos à língua
portuguesa, desconsiderando o uso de termos vernáculos com a
mesma acepção.
Resposta: C
LIMITE INFERIOR 
Aprendi muito com o economista filósofo Roberto de Oliveira
Campos, particularmente quando tive a honra e a oportunidade de
conviver com ele duranteanos na Câmara dos Deputados.
Sentávamos juntos e assis tía mos aos mesmos discursos, alguns
muito bons e sábios. 
Frequentemente, diante de alguns incontroláveis colegas que
exerciam uma oratória de alta visibilidade, com os dois braços
agitados tentando encontrar uma ideia, Roberto me surpreendia com
a afirmação: “Delfim, acabo de demonstrar um teorema”. E sacava
uma mordaz conclusão crítica contra o incauto orador. 
Um belo dia, um falante e conhecido deputado ensur deceu o
plenário com uma gritaria que entupiu os ouvidos dos colegas. A
quantidade de sandices ditas no longo discurso com o ar de quem
estava inventando o mundo fez Roberto reagir com incontida
indignação. Soltou de supetão: “Delfim, construí um axioma, uma
afirmação preliminar que deve ser aceita pela fé, sem exigir prova: a
ignorância não tem limite in ferior”. E completou, com a perversidade
de sua imensa inteligência: “Com ele poderemos construir mundos
maravilhosos”. 
(Antonio Delfim Netto, Folha de S. Paulo, 
17/09/2014. Adaptado.)
Sim, estou me associando à campanha nacional contra os
verbos que acabam em “ilizar”. Se nada for feito, daqui a pouco
eles serão mais numerosos do que os terminados
simplesmente em “ar”. Todos os dias os maus tradutores de 
5 livros de marketing e administração disponibilizam mais e mais
termos infelizes, que imediatamente são operacionalizados pela
mídia, reinicializando palavras que já existiam e eram
perfeitamente claras e eufônicas.
A doença está tão disseminada que muitos verbos honestos,
10 com currículo de ótimos serviços prestados, estão a ponto de
cair em desgraça entre pessoas de ouvidos sensíveis. Depois
que você fica alérgico a disponibilizar, como você vai admitir,
digamos, “viabilizar”? É triste demorar tanto tempo para a
gente se dar conta de que “desin compatibilizar” sempre foi um 
15 palavrão.
(FREIRE, Ricardo. Complicabilizando. Época, ago. 2003.)
MÓDULO 13 Estudos Linguísticos – V
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Leia o trecho inicial do artigo “Artifícios da inteligência”, do físico
brasileiro Marcelo Gleiser (1959- ), para responder às questões 3 e 4.
3. (UNESP)
a) Para o físico Marcelo Gleiser, o que distingue as tecnologias
transumanas daquelas apenas corretivas? Justifique sua resposta.
RESOLUÇÃO: 
Segundo o texto, as tecnologias corretivas regula rizam deficiências
físicas existentes, não têm como objetivo a ampliação de
características cognitivas, como é o caso do transumanismo.
b) Cite dois termos empregados em sentido figurado no primeiro
parágrafo do artigo.
RESOLUÇÃO: 
São exemplos de termos empregados em sentido figurado:
“engavetado”, metáfora que se refere a estar preso no
congestionamento, e “navegar”, também metáfora, referindo-se a
passar de um sítio para outro na internet.
Considere a seguinte situação: você acorda atrasado para o
trabalho e, na pressa, esquece o celular em casa. Só quando
engavetado no tráfego ou amassado no metrô você se dá conta. E
agora é tarde para voltar. Olhando em volta, você vê pessoas com
celular em punho conversando, mandando mensagens, navegando
na internet. Aos poucos, você vai sendo possuído por uma sensação
de perda, de desconexão. Sem o seu celular, você não é mais você.
A junção do humano com a máquina é conhecida como
“transumanismo”. Tema de vários livros e filmes de ficção científica,
hoje é um tópico essencial na pesquisa de muitos cientistas e
filósofos. A questão que nos interessa aqui é até que ponto essa
junção pode ocorrer e o que isso significa para o futuro da nossa
espécie.
Será que, ao inventarmos tecnologias que nos permitam ampliar
nossas capacidades físicas e mentais, ou mesmo máquinas
pensantes, estaremos decretando nosso próprio fim? Será esse
nosso destino evolucionário, criar uma nova espécie além do
humano?
É bom começar distinguindo tecnologias transumanas daquelas
que são apenas corretivas, como óculos ou aparelhos para surdez.
Tecnologias corretivas não têm como função ampliar nossa
capacidade cognitiva: só regularizam alguma deficiência existente.
A diferença ocorre quando uma tecnologia não apenas corrige
uma deficiência como leva seu portador a um novo patamar, além da
capacidade normal da espécie humana. Por exemplo, braços
robóticos que permitem que uma pessoa levante 300 quilos, ou
óculos com lentes que dotam o usuário de visão no infravermelho.
No caso de atletas com deficiência física, a questão se torna bem
interessante: a partir de que ponto uma prótese como uma perna
artificial de fibra de carbono cria condições além da capacidade
humana? Nesse caso, será que é justo que esses atletas compitam
com humanos sem próteses?
Poderia parecer que esse tipo de hibridização entre tecnologia e
biologia é coisa de um futuro distante. Ledo engano. Como no caso
do celular, está acontecendo agora. Estamos redefinindo a espécie
humana através da interação – na maior parte ainda externa – com
tecnologias que ampliam nossa capacidade.
Sem nossos aparelhos digitais – celulares, tabletes, laptops – já
não somos os mesmos. Criamos personalidades virtuais, ativas
apenas na internet, outros eus que interagem em redes sociais com
selfies arranjados para impressionar; criações remotas, onipresentes.
Cientistas e engenheiros usam computadores para ampliar sua
habilidade cerebral, enfrentando problemas que, há apenas algumas
décadas, eram considerados impossíveis. Como resultado, a cada
dia surgem questões que antes nem podíamos contemplar.
(Folha de S.Paulo, 01.02.2015. Adaptado.)
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4. (UNESP)
a) De acordo com o físico, nós já podemos ser considerados
transumanos? Justifique sua resposta.
RESOLUÇÃO: 
Segundo o autor, o transumanismo, “hibridismo entre tecnologia
e biologia”, já está ocorrendo. Marcelo Gleiser considera que os
seres humanos estão ampliando sua capacidade por meio de
tecnologias que os redefinem de modo que as pessoas já não são
as mesmas, caso percam o acesso aos aparelhos eletrônicos, tal
como acontece no caso do celular.
b) Dêiticos: expressões linguísticas cuja interpretação depende da
pessoa, do lugar e do momento em que são enunciadas. Por
exemplo: “eu” designa a pessoa que fala “eu”. 
(Ernani Terra. Leitura do texto literário, 2014.)
Cite dois dêiticos empregados nos dois primeiros parágrafos do
texto.
RESOLUÇÃO: 
O pronome de tratamento “você” foi empregado em sentido
generalizante, pois não se refere a uma pessoa em particular, mas
a todos os que já vivenciaram as situações descritas no primeiro
parágrafo. No segundo parágrafo, o pronome pessoal oblíquo
“nos” refere-se ao próprio autor do texto, é usado como plural de
modéstia. O pronome possessivo “nossa” refere-se à espécie
humana.
Texto para a questão 5.
(André Dahmer. Malvados, 2019.)
5. (FMABC-2021) – Depreende-se da tira que os artistas
a) perderam a sensibilidade em razão da dificuldade fi nan ceira.
b) vivem acima de suas possibilidades financeiras.
c) importam-se unicamente com a própria arte.
d) encontram dificuldade em sobreviver da própria arte.
e) encontram inspiração na dificuldade financeira.
RESOLUÇÃO: 
O diálogo na tirinha refere-se aos artistas como seres
“atormentados”, mas não pela sensibilidade, e sim pelo fato
material de terem de pagar aluguel. Assim, o tormento que eles
sofrem não se refere à arte, mas a problemas financeiros,
sugerindo que os artistas não conseguem viver da arte que
produzem.
Resposta: D
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Você já sabe que a oração que não funciona como um termo de outra oração do mesmo período chama-se
oração inde pen dente.
As orações independentes vêm coordenadas entre si e classifi cam-se co mo mostra o quadro seguinte.
ORAÇÕES COORDENADAS
não funcionam como termos de outras orações
ASSINDÉTICAS não vêm introduzidas por con junção
SINDÉTICAS
vêm introduzidas por con junção
Classificação
aditivas – relação de soma: e, nem, não só...mas também, tanto... como etc.
adversativas – relação de oposi ção: e (= mas), porém, todavia, contu do, en tre tan to, no entanto etc.
alternativas – relação de alter nân cia: ou, ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer etc.
conclusivas – relação de conclu são: logo, portanto, por isso, pois (após o verbo), de modo que,
por conseguinte etc.
explicativas – relação de expli cação: pois (antes do verbo), porque, porquanto, que etc.
Observe que a conjunção pois pode ser empregada em uma oração coordenada sindética
• explicativa, quando explica a declaração contida na oração an terior. Nesse caso, aparece antes do verbo e pode ser
subs tituída pela conjunção porque;
• conclusiva, quando exprime a conclusão de um racio cínio. Nesse caso, geralmente aparece depois do verbo e pode
ser substituída pela conjunção portanto.
MÓDULO 14 Orações Coordenadas
1. Indique a relação que a oração sublinhada estabelece com outra
oração do período.
Relações:
a) soma, adição 
b) oposição 
c) alternância
d) conclusão 
e) explicação
f) assindética
Classifique as orações coordenadas grifadas.
I. ( a ) Acalma-te, que eu estou aqui.
II. ( d ) A energia já voltou; acenda, pois, as luzes.
III. ( b ) Corri como um louco, e não consegui chegar na hora.
IV. ( f ) Tudo muda, tudo passa, Deus permanece.
V. ( e ) Não reclames tanto; porque haverá outra seleção.
VI. ( c ) Ora a menina corria até a porta, ora ia até a janela.
VII. ( d ) És muito capaz; daí, procura ficar mais tranquilo.
VIII. ( a ) “Não é chuva,
não é vento,
nem é gente, com certeza.”
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Texto para a questão 2.
2. (FUVEST)
a) Qual o sentido das palavras “cravou” e “planilhar” destacadas no
texto e qual o efeito que elas produzem?
RESOLUÇÃO:
O verbo “cravar” indica, no contexto, “afirmar categoricamente”;
o verbo “planilhar” tem o sen tido de “organizar dados de maneira
padroni zada”. O primeiro apresenta uma constatação de que os
super-heróis, para atingir seu objetivo, acabam provocando
também a morte de inocen tes. O segundo comprova essa ideia,
por meio de um levantamento de dados numéricos feito com 20
longas de super-heróis.
b) Substitua os dois-pontos do trecho “Vale dizer que o usuário
contabilizou apenas mortes relevantes à história: só entraram na
planilha vítimas que tinham, pelo menos, nome antes de baterem
as botas” por uma conjunção e indique qual a relação de sentido
estabelecida por ela?
RESOLUÇÃO:
Os dois pontos introduzem uma explicação sobre a condição que
Tom95 leva em conta para que uma morte seja considerada
relevante na Saga Vingadores: ter-se abatido sobre uma
personagem que tenha nome. Dessa forma, esse sinal de
pontuação pode ser substituído por uma conjun ção explicativa
como pois, porque.
Texto para a questão 3.
3. Os enunciados que compõem os textos encadeiam-
se por meio de elementos linguísticos que
contribuem para construir diferentes relações de
sentido. No trecho “Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres de
assombrações malditas”, o conector “portanto” estabelece a mesma
relação semântica que ocorre em
a) “[...] talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros
[...].”
b) “[...] acreditava-se por lá, assim como em boa parte do Oriente [...].”
c) “[...] elas podem ser também solução para uma série de desafios
das cidades hoje.”
d) “Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou
preconceituoso.”
e) “As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo moderno [...].”
RESOLUÇÃO:
O conector “portanto” estabelece com o período relação de
conclusão, tal qual o conectivo “afinal”. Em a, “talvez” indica
dúvida; em b, “assim como”, comparação; em c, “também”,
inclusão; em d, “contanto que”, condição.
Resposta: E
Tio Ben cravou pouco antes de falecer: “grandes poderes nunca
vêm sozinhos”. E não há responsabilidade maior do que tirar a vida de
alguém. Isso, no entanto, não significa que super-heróis tenham a
ficha completamente limpa. Na verdade, uma olhada mais atenta nos
filmes sobre os personagens confirma uma teoria não tão inocente –
a grande maioria deles é homicida.
Foi pensando nisso que um usuário do Reddit, identi ficado como
T0M95, resolveu planilhar os assassinatos que acontecem nos filmes
da Marvel. Nos 20 longas, que saíram nos últimos 10 anos, foram 65
mortes – e 20 delas deixaram sangue nas mãos dos mocinhos.
Vale dizer que o usuário contabilizou apenas mortes relevantes
à história: só entraram na planilha vítimas que tinham, pelo menos,
nome antes de baterem as botas. Nada de figurantes ou bonecos
criados em computação gráfica só para dar volume a uma tragédia.
Ficaram de fora, por exemplo, as centenas que morreram durante a
batalha de Wakanda, em “Vingadores: Guerra Infinita”, ou a cena de
“Guardiões da Galáxia” que se consagrou como o maior massacre
da história do cinema.
(https://super.abril.com.br/cultura/quantosassassinatoscadaheroievilaodamarv
elcometeunoscinemas. Adaptado.) 
Para os chineses da dinastia Ming, talvez as favelas cariocas
fossem lugares nobres e seguros: acreditava-se por lá, assim como
em boa parte do Oriente, que os espíritos malévolos só viajam em
linha reta. Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres de
assombrações malditas. Qualidades sobrenaturais não são as únicas
razões para considerarmos as favelas um modelo urbano viável,
merecedor de investimentos infraestruturais em escala maciça.
Lugares com conhecidos e sérios problemas, elas podem ser
também solução para uma série de desafios das cidades hoje.
Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou
preconceituoso. As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo
moderno e sua história se confunde com a formação do Brasil.
(CARVALHO, B. A favela e sua hora. Piauí, n. 67, abr. 2012.)
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Texto para a questão 4.
4. O emprego adequado dos elementos de coesão
contribui para a construção de um texto
argumentativo e para que os objetivos pretendidos
pelo autor possam ser alcançados. A análise desses elementos no texto
mostra que o conectivo
a) “ou seja” introduz um esclarecimento sobre a diminuição da
quantidade de lixo.
b) “mas” instaura justificativas para a criação de novos tipos de
reciclagem.
c) “também” antecede um argumento a favor da reciclagem.
d) “afinal” retoma uma finalidade para o uso de matérias-primas.
e) “então” reforça a ideia de escassez de matérias-primas na natureza.
RESOLUÇÃO:
O elemento de coesão ou seja é explicativo.
Resposta: A
Texto para a questão 5.
5. (FGV) – Assinale a alternativa em que esse trecho está reescrito
adequadamente, considerando-se os aspectos de coesão e coerência
textual.
a) Nos últimos anos, muitos brasileiros viajaram para os Estados Unidos
e aproveitaram as férias, conquanto pagassem mais barato por
artigos eletrônicos, utilidades domésticas, roupas e acessórios para
bebês, entre outros itens.
b) Nos últimos anos, muitos brasileiros viajaram para os Estados
Unidos, embora aproveitassem as férias, também pagaram mais
barato por artigos eletrônicos, utilidades domésticas, roupas e
acessórios para bebês, entre outros itens.
c) Nos últimos anos, muitos brasileiros viajaram para os Estados Unidos
para aproveitar as férias e também para pagar mais barato por artigos
eletrônicos, utilidades domésticas, roupas e acessórios para bebês,
entre outros itens.
d) Nos últimos anos, muitos brasileiros viajaram para os Estados
Unidos, que aproveitaram as férias, inclusive para pagar mais barato
por artigos eletrônicos, utilidades domésticas, roupas e acessórios
para bebês, entre outros itens.
e) Nos últimos anos, muitos brasileiros viajaram tanto para os Estados
Unidos que aproveitaram as férias, inclusive para pagar mais barato
por artigos eletrônicos, utilidades domésticas, roupas e acessórios
para bebês, entre outros itens.
RESOLUÇÃO:
Tanto na frase do enunciado quanto na da alternativaapontada, a
relação que se estabelece entre as orações é de finalidade e de
adição.
Resposta: C
Nos últimos anos, muitos brasileiros viajaram para os Estados
Unidos para – além de aproveitar as férias – pagar mais barato por
artigos eletrônicos, utilidades domésticas, roupas e acessórios para
bebês, entre outros itens.
RECICLAR É SÓ PARTE DA SOLUÇÃO
O lixo é um grande problema de sustentabilidade. Literalmente:
todos os anos, cada brasileiro produz 385 kg de resíduos – dá 61
milhões de toneladas no total. O certo seria tentar diminuir ao máximo
essa quantidade de lixo. Ou seja, em vez de ter objetos recicláveis,
o ideal seria produzir sempre objetos reutilizáveis, o que diminui os
resíduos. Mas, enquanto isso não acontece, temos que nos contentar
com a reciclagem. E é aí que vem um detalhe perigoso: reciclar o lixo
também polui o ambiente e gasta energia. Reciclar vidro, por
exemplo, é 15% mais caro do que produzi-lo a partir de matérias-
primas virgens. Afinal, é feito basicamente de areia, soda e calcário,
que são abundantes na natureza. Então, nenhuma empresa tem
interesse em reciclá-lo. Já o alumínio é um supernegócio, porque
economiza muita energia.
HORTA, M. Disponível em: http://super.abril.com.br. 
Acesso em 25 maio 2012.
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Você já aprendeu que a oração subordinada depen de de outra
oração do período, pois funciona como um termo dessa
oração, como se estivesse encaixada nela. A oração
subordinada pode ser substituída por um substantivo (ou
pronome substantivo), adjetivo ou palavra ou expressão com
valor de advérbio, compondo, dessa maneira, a oração
principal.
Para saber se uma oração é subordinada, verifique
• se ela é introduzida por uma conjunção ou por um
pronome relativo; ou
• se não introduzida por conjunção ou pronome relativo,
apresenta o verbo no gerúndio, particí pio ou infinitivo
(esses casos serão estudados mais tarde);
• se pode ser substituída por um substantivo (ou pro nome
substantivo), adjetivo ou palavra ou expressão com valor
de advérbio, compondo, desta maneira, a oração
principal.
Exemplos
Meu professor, que nasceu na França, fala bem o português.
Meu professor, francês, fala bem o português.
No caso, a oração subordinada – que nasceu na França –
• é introduzida por pronome relativo (que);
• pode ser substituída por um adjetivo (francês) que passa
a compor a oração principal.
Observei que eles estão contentes.
Observei o contentamento deles.
Observei isso.
A oração subordinada – que eles estão contentes –
• é introduzida por uma conjunção (que);
• pode ser substituída por um substantivo (conten tamento)
ou pronome substantivo (isso) que passa a compor a
oração principal.
Quando anoiteceu, ele chegou.
À noite, ele chegou.
No caso, a oração subordinada – quando anoiteceu –
• é introduzida por conjunção (quando);
• pode ser substituída por uma expressão com valor de
advérbio (à noite) que passa a compor a oração prin cipal.
Para saber se uma oração é principal, verifique
• se ela assimila o substantivo, adjetivo, advérbio ou
expressão com valor de advérbio equivalente à
transformação da oração subordinada.
Exemplos
Observei que eles estão contentes.
Observei o contentamento deles.
Observei isso.
A oração principal – Observei – assimilou o substan tivo
contentamento (ou o pronome isso), equiva lente à oração
subordinada transformada.
O termo contentamento deles (ou isso) funciona como objeto
direto da nova oração.
A oração subordinada substantiva desempenha fun ção
sintática própria do substantivo. Pode ser subs tituída por um
substantivo ou pronome substantivo.
Às vezes, não encontramos um substantivo ade quado, que
não altere o sentido da frase, para fazer a substituição. Mas
sempre podemos substituir a oração subordinada substan -
tiva pelo pronome substantivo isso (ou contração do pronome
com conjunção, como disso, nisso).
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
desempenham função sintática própria do substantivo
Funcionam como
• sujeito da principal — subjetiva
• objeto direto da principal — objetiva direta
• objeto indireto da principal — objetiva indireta
• predicativo do sujeito da principal — predicativa
• complemento nominal da principal — completiva nominal
• aposto da principal — apositiva
MÓDULO 15 Orações Subordinadas Substantivas
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1. Analise a função sintática do termo grifado em I e, a seguir, em II, transforme esse termo na oração subor dinada subs tan tiva correspondente,
classifican do-a. Preste atenção na correlação entre o verbo da principal e o verbo da subordinada.
a) I. O patrão exigia a lealdade dos funcionários.
II. O patrão exigia que os funcionários fossem leais.____________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta____________________________
b) I. O orfanato depende da doação do terreno.
II. Os orfanato depende de que o terreno seja doado.______________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta______________________________
c) I. Tenho certeza de sua omissão na tragédia.
II. Tenho certeza de que você se omitiu na tragédia.____________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal___________________________________
d) I. O essencial é a nossa confiança no sistema jurídico.
II. O essencial é que confiemos no sistema jurídico.__________________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Predicativa___________________________
e) I. É imprescindível a leitura das obras indicadas.
II. É imprescindível que as obras indicadas sejam lidas. OU que se leiam as obras indicadas._______________________________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva___________________________
f) I. O advogado enfatizou uma Cláusula do contrato: a rescisão iminente.
II. O advogado enfatizou uma Cláusula do contrato: que a rescisão era iminente._____________________________________________________
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Apositiva_________________________
( Aposto )
( S )
( PS )
( CN )
( OI )
( OD )
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2. Classifique as orações subordinadas substantivas extraídas de
Dom Casmurro, de Machado de Assis.
(1) objetiva direta (2) subjetiva (3) objetiva indireta 
(4) completiva nominal (5) predicativa 
a) "Vi que a emoção dela era outra vez grande, mas não recuava de
seus propósitos..." ( )
b) "De repente, cessando a reflexão, fitou em mim os olhos de ressaca,
e perguntou-me se tinha medo." ( )
c) "Se me acudisse ali uma injúria grande ou pequena, é possível que
a escrevesse também..." ( )
d) "Ao mesmo tempo tomei-me do receio de que alguém nos
pudesse ouvir..." ( )
e) "O bonito é que cada um de nós queria agora as culpas para si..."
( )
f) "No dia seguinte, arrependi-me de haver rasgado o discurso...
( ) Pensei em recompô-lo, mas só achei frases soltas..." ( )
RESOLUÇÃO: a) 1; b) 1; c) 2; d) 4; e) 5; f) 3, 3. 
Texto para a questão 3.
(Laerte. “Piratas do Tietê”. Folha de S.Paulo, 20.09.2016)
3. (FGV-Economia) –
a) Explique o que significa, no contexto da tira, a frase “Anda vendo
muito filme, cidadão.”
RESOLUÇÃO:
A frase “Está sendo abduzido” induz o persona gem a associar a
ação aos aliens e imaginar como isso se daria, segundo os filmes
hollywoodianos.
b) Reescreva a fala do quarto quadrinho na forma afirmativa,
substituindo “Eu não deveria...”por “Eu supunha que...” e o verbo
“flutuar” por “dirigir-se”.
RESOLUÇÃO:
Eu supunha que seria transportado pelo ar, dirigindo-me para uma
nave espacial. 
Tira para a questão 4.
Disponível em: <http://portancredo.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 30 maio 2016.
4. (UFAL) – Dadas as afirmativas a respeito da tira,
I. O recurso linguístico utilizado pelo personagem é o discurso direto.
II. As falas do personagem exemplificam o uso da linguagem em
função predominantemente fática, uma vez que o elemento da
comunicação centralizado é o canal.
III. O vocábulo que em: “Não é justo que uma mulher trabalhe...”
introduz uma oração subordinada substantiva subjetiva.
IV. Em se tratando de noção temporal, o pronome isso em: “Por que
não faz isso à noite?...”, de 2ª pessoa do discurso, indica tempo
presente ou momento pontual. 
verifica-se que estão corretas
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
RESOLUÇÃO:
Todas corretas. Em I, a fala é apresentada pela própria personagem
(discurso direto); em II, a indicação da função predominantemente
fática é adequada, já que há, apenas, a intenção de interação entre
os falantes; em III, “que” é conjunção integrante, introduz,
portanto, oração subordinada substantiva; em IV, a indicação
temporal relaciona-se ao tempo presente porque “isso” refere-se
ao que a mulher estava executando no momento da fala de Hagar.
Resposta: E
NÃO É JUSTO QUE
UMA MULHER TRABALHE
TANTO COM UM SOL
DESSES!
POR QUE NÃO FAZ
ISSO À NOITE?...
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5. (UNIFESP-2018) – “De acordo com essa teoria, não cabia aos
homens modificar a ordem social.” (1.° parágrafo)
O trecho destacado exerce a função sintática de
a) objeto indireto.
b) objeto direto.
c) adjunto adnominal.
d) sujeito.
e) adjunto adverbial.
RESOLUÇÃO:
A oração “modificar a ordem social” funciona como sujeito (oração
subordinada substantiva subjetiva) da principal. Assim o trecho
poderia ser reescrito da seguinte forma: “De acordo com essa
teoria, modificar a ordem social não cabia aos homens”.
Resposta: D
6. (UNIFESP-2019) – A forma verbal destacada deve sua flexão
ao termo sublinhado em:
a) “Deu-me lá alguma cousa para guardar?”
b) “Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na
miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário.”
c) “Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi
também banco.”
d) “os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo,
enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que
os mortos queridos.”
e) “Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se
haviam apoderado.”
RESOLUÇÃO:
“Sucedeu” é a oração principal que vem seguida de sujeito
oracional. Nesse caso, o verbo da oração prin cipal fica sempre na
3a. pessoa do singular.
Em a, o verbo concorda com o sujeito oculto “você”, indicado na
oração anterior; em c, concorda com o sujeito também oculto “a
casa-grande”, indicado no período anterior; em d, concorda com o
sujeito simples plural “os grandes proprietários”; em e, com o
sujeito também simples no plural, “os senhores”.
Resposta: B
OBSERVAÇÕES
I. Frequentemente, a oração subordinada subs tan tiva é introdu zida
pela conjunção integrante que, conforme visto nos exemplos
anteriores.
II. A oração subordinada substantiva também pode ser intro du zi da
pela conjunção integrante se. Exemplo: Não sei se ela estranhou
o calor da minha alegria (...) (Rubem Braga). Nesse caso, não
ocorre a mesma correlação entre verbos da oração principal e da
subordinada vista no empre go da conjunção integrante que.
III. Embora a Nomenclatura Gramatical Brasi leira não registre, o
agente da passiva também pode apa recer em forma de oração.
Exemplo: As or dens são dadas por quem pode. (F. Namora)
IV. As orações subordinadas substantivas que não são intro du zi das
pelas conjunções integrantes que e se (conectivas) são cha ma das
de justa postas, por estarem colocadas junto às orações prin ci pais.
São iniciadas por pronomes e advérbios inter rogativos (quem,
quantos, por que, quando, como, onde etc.) que exercem fun ção
sintática.
Exemplos
Não se sabe quem cometeu o crime.
oração subordinada substantiva subjetiva
quem: sujeito da oração subordinada
A polícia investiga por que mataram o empresário.
oração subordinada substantiva objetiva direta
por que: adjunto adverbial de causa da oração subordinada
Tinha medo de quantos o cercavam.
oração subordinada substantiva completiva nominal
quantos: sujeito da oração subordinada
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1. (FUVEST) – “É da história do mundo que (1) as elites nunca
introduziram mudanças que (2) favorecessem a sociedade como um
todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que (3) estas
lideranças empresariais aqui reunidas teriam motivação para fazer a
distribuição de poderes e rendas que (4) uma nação equilibrada precisa
ter.” O vocábulo que está numerado em suas quatro ocorrências, nas
quais se classifica como conjunção integrante e como pronome relativo.
Assinalar a alternativa que registra a classificação correta em cada caso,
pela ordem:
a) 1. pronome relativo, 2. conjunção integrante, 3. pronome relativo, 4.
conjunção integrante
b) 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. pronome relativo, 4.
conjunção integrante
c) 1. pronome relativo, 2. pronome relativo, 3. conjunção integrante, 4.
conjunção integrante
d) 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. conjunção integrante
4. pronome relativo
e) 1. pronome relativo, 2. conjunção integrante, 3. conjunção integrante,
4. pronome relativo 
RESOLUÇÃO:
O vocábulo “que” introduz orações subordinadas substantivas e
adjetivas, sendo que o primeiro e o terceiro iniciam uma subor -
dinada substantiva subjetiva e objetiva direta, respectivamente;
logo, funcionam como conjunção integrante. Já o segundo e o
quarto introduzem orações subordinadas adjetivas restritivas;
portanto, são pronomes relativos.
Resposta: D
2. (PUC-RJ – modificada) – Frequentemente, frases como as apre -
sentadas abaixo são proferidas em conversações informais. Num texto
formal escrito, porém, são ina dequadas. Reescreva-as, sem modificar o
seu sentido e pontuação, mas adequando-as ao padrão da língua escrita.
a) O garoto que eu gosto dos olhos dele ainda não chegou.
RESOLUÇÃO:
O garoto de cujos olhos eu gosto ainda não chegou.
b) O homem que eu telefonei para ele ontem não estava em casa.
RESOLUÇÃO:
O homem para quem eu telefonei ontem não estava em casa.
c) A rua que eu gosto de correr é toda arborizada.
RESOLUÇÃO:
A rua em que (onde) eu gosto de correr é toda arborizada.
Os pronomes relativos são assim chamados porque se relacionam a um termo – o antecedente (termo anterior).
VARIÁVEIS
INVARIÁVEISMASCULINO FEMININO
Singular Plural Singular Plural
o qual os quais a qual as quais que
cujo cujos cuja cujas quem
quanto quantos onde
MÓDULO 16 Emprego do Pronome Relativo
“As perguntas que fazemos revelam o ribeirão onde queremos ir beber...” (Rubem Alves)
antecedente pronome antecedente pronome
relativo relativo 
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3. (ACAFE-2018) – Preencha as lacunas com pronomes relativos que,
quem, onde, cujo/cujos/cuja/cujas, precedidos ou não de preposição,
conforme exige o contexto frasal.
I. Devido à linha estiagem, a vida na fazenda _____________________
sempre tirou o seu sustento tornava-se cada vez mais difícil.
II. As minas de ouro _____________________ profundezas foram
retiradas as mais valiosas pepitas há alguns anos são improdutivas
atualmente.
III. Os novos escritores _____________________ a academia deseja
prestar homenagens na sessão de amanhã são de Teresina (PI) e de
Cabedelo (PB), respectivamente.
IV. Os policiais que foram encarregados de investigar o furto dos
celulares no hangar doGaleão querem descobrir _________________
as câmaras de monitoramento não capturaram nenhuma imagem
dos criminosos.
V. A clorofila, _____________________ existe nas plantas, é responsável
pela fotossíntese.
RESOLUÇÃO:
Na frase I, “na fazenda” é advérbio de lugar e, como tal, é possível
a substituição pelo pronome relativo “onde”, precedido pela
preposição “de” (de onde tirou / retirou de + a fazenda). Na frase
II, de “cujas” exprime ideia de posse / pertencimento (profundezas
das minas de ouro). Na frase III, a academia deseja prestar
homenagem a quem? (aos escritores). Na IV, “[...] descobrir por
que as câmaras [...], isto é, [...] por qual motivo as câmaras [...]. Na
frase V, o pronome “que” retoma e substitui “clorofila”, ou seja “a
clorofila existe nas plantas”.
Resposta: B
4. Diante do número de óbitos provocados pela gripe
H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro
da Saúde fez um pronunciamento público na TV e no
rádio. Seu objetivo era esclarecer a população e as autoridades locais
sobre a necessidade do adiamento do retorno às aulas, em agosto, para
que se evitassem a aglomeração de pessoas e a propagação do vírus.
Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta pela correção
gramatical, seria correto o Ministro ler, em seu pronunciamento, o
seguinte trecho:
a) Diante da gravidade da situação e do risco de que nos expomos, há
a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que se
possa conter o avanço da epidemia.
b) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a
necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se
possam conter o avanço da epidemia.
c) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a
necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para que se
possa conter o avanço da epidemia.
d) Diante da gravidade da situação e do risco os quais nos expomos, há
a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, para que se
possa conter o avanço da epidemia.
e) Diante da gravidade da situação e do risco com que nos expomos,
tem a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas, para
que se possa conter o avanço da epidemia.
Resposta: C
Texto para a questão 5.
5. (FUVEST)
a) Para que o emprego da palavra “onde”, sublinhada no texto, seja
considerado correto, a que termo antecedente ela deve se referir?
Justifique sua resposta.
RESOLUÇÃO:
O pronome relativo “onde” refere-se a lugar, retomando a
expressão “álbum de fotografia”, o que permite a seguinte relação
de ideias: “víamos as imagens no álbum de fotografias”.
b) Reescreva a frase “Todas as outras, que ideia.”, substituindo os dois
sinais de pontuação nela empregados por outros, de tal maneira que
fique mais evidente a entonação que ela tem no contexto.
RESOLUÇÃO:
O excerto em destaque expressa uma condenação às inúmeras
fotografias que se popularizam na forma de selfies. Assim, a
pontuação adequada a essa postura crítica seria: “Todas as outras?
Que ideia!”
A PRAGA DOS SELFIES
De uma coisa tenho certeza. A foto pelo celular vale apenas pelo
momento. Não será feito um álbum de fotografias, como no passado,
onde víamos as imagens, lembrávamos da família, de férias, de
alegrias. As imagens ficarão esquecidas em um imenso arquivo.
Talvez uma ou outra, mais especial, seja revivida. Todas as outras,
que ideia. Só valem pelo prazer de fazer o selfie. Mostrar a alguns
amigos. Mas o significado original da foto de família ou com amigos,
que seria preservar o momento, está perdido. Vale pelo instante,
como até grandes amores são hoje em dia. É o sorriso, o clique, e
obrigado. A conquista: uma foto com alguém conhecido.
(W. Carrasco, “A praga dos selfies”. Época, 26.09.2016)
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6. (FGV-Direito-2019)
a) Para obter ênfase na mensagem, o redator desse texto emprega,
de modo reiterado, um determinado recurso expressivo. Identifique-
o e justifique.
RESOLUÇÃO:
O recurso expressivo é a repetição enfática do trecho “que a gente
gostaria de”, que mantém o paralelismo sintático e semântico do
texto.
b) Na frase “Aproximamos as pessoas com quem a gente gostaria de
conviver”, o redator do texto seguiu as regras da norma-padrão da
língua portuguesa escrita ao usar a preposição “com” exigida pelo
verbo “conviver”. Em outras frases, no entanto, faltou a preposição
exigida pelos respectivos verbos. Reescreva duas destas frases,
inserindo, nelas, a preposição adequada.
RESOLUÇÃO:
Produzimos os eventos a que a gente gostaria de ir.
Investimos nos negócios de que a gente gostaria de participar.
Conectamos as marcas com que a gente gostaria de trabalhar.
7. (VUNESP) – Considere a frase:
Completam correta e respectivamente a frase, as prepo sições
a) a – dos
b) sobre – nos
c) para – nos
d) por – aos
e) de – aos
Resposta: E
8. (UNISA) – A expressão com que preenche corretamente a lacuna da
frase.
a) O controle _____________ gostamos de exercer sobre a vida alheia
é um indício do autoritarismo que há dentro de nós.
b) É imensa a força ______________ os governos autoritários costumam
subjugar as pessoas e inibir as iniciativas libertárias.
c) A realidade _______________ George Orwell imaginou seria regida
pelo poder de um governo absolutista e burocrático.
d) Todo o interesse _______________ as pessoas vêm demons trando
pelo programa Big Brother prova que há autorita rismo nas raízes da
sociedade.
e) O autor do texto parece repudiar esse interesse ________________
vem recebendo do grande público um programa como o Big Brother.
RESOLUÇÃO:
As demais alternativas aceitam apenas o pronome relativo que.
Resposta: B
NOSSO MANIFESTO
Produzimos os eventos que a gente gostaria de ir. Geramos o
conteúdo que a gente gostaria de consumir. Construímos os lugares
que a gente gostaria de frequentar. Criamos os produtos que a
gente gostaria de comprar. Investimos nos negócios que a gente
gostaria de participar. Aproximamos as pessoas com quem a gente
gostaria de conviver. Conectamos as marcas que a gente gostaria
de trabalhar. Simples assim.
(Meca Journal, n.° 12, julho.2017)
Este é o cientista renomado _________ quem lhe falei, e os
resultados das pesquisas __________ quais ele aludiu, durante sua
palestra, são bastante promissores.
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1. Classifique as orações adjetivas destacadas, colo cando R para as
restritivas e E para as explicativas. Coloque vírgula antes da oração
adjetiva, quando se tratar de explicativa.
a) Muitas crianças morrem por doenças que podiam ser evitadas.
( R )
b) Os cremes faciais que são criados com recurso da na notecno -
logia atingem as camadas mais profun das da pele.
( R )
c) A África que concentra os maiores bolsões de miséria do pla -
neta tem obstáculos quase intrans poníveis ao desenvol vimento.
( E )
2. (FGV) – Compare as duas frases, observando sua pontuação.
Assinale a alternativa correta quanto ao sentido dessas frases.
a) A primeira afirma que somente as meninas feias serão beijadas; as
bonitas não.
b) A primeira afirma que todas as meninas da festa são feias – e serão
beijadas.
c) A segunda afirma que todas as meninas da festa são feias – e serão
beijadas.
d) A segunda afirma que somente as meninas bonitas serão beijadas;
as feias não.
e) As duas frases afirmam que as meninas bonitas serão beijadas.
PRONOMES RELATIVOS
QUE
Substitui um termo da oração anterior.
É antecedido por preposição se o nome ou verbo a
que se associa a exigir.
Exemplos: Contou a novidade que todos já conhe -
ciam. Comprou o carro de que gostara. Chegaram os
livros com que vou terminar meu trabalho.
O QUAL
Usa-se, preferencialmente, depois de
pre po sições com mais de uma sílaba.
Substitui o que para evitar ambiguidade.
É antecedido por preposição se o nome ou verbo a
que se associa a exigir.
Exemplos: A testemunha falou a verdade ao juiz
perante o qual depôs. O guia da tur ma, o qual se
atra sou, era novo na empre sa. (Repare, neste último
exemplo, que o uso do que acarretaria ambi gui da -
de.)
QUEM
Usa-se com referência a pessoas.
Substitui aquele que.
De preferência, concorda com o verbo na terceira
pessoa do singular.
É antecedido por preposição se o nome ou verbo a
que se associa a exigir.
Exemplos: João foi quem me defendeu.
Foi embora Júlia, por quem todos se apaixo naram.
ONDE
Usa-se com referência a lugar.
Substitui em que, na qual.
Exemplos: Esta é a rua onde moro.
Va mos seguir o caminho por onde
passo to dos os dias.
CUJO
Indica posse.
Substitui substantivo ou pronome
prece dido da preposição de.
É antecedido por pre posição exigida
pelo verbo que o segue.
Exemplos: Recordava apenas dos
escri tores de cujos livros havia gostado.
Visi tava sempre as primas em cuja casa
passara a infância.
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
encaixa-se na principal, equivalendo a um adjetivo
RESTRITIVA EXPLICATIVA
• delimita ou define mais
cla ra mente o seu ante -
ce dente
• não é separada por vír -
gu la
• apresenta uma explica -
ção ou pormenor do an -
te cedente
• é separada por vírgula
RESOLUÇÃO:
A África, que concentra os maiores bolsões de miséria do planeta,
tem obstáculos quase intransponíveis ao desen volvimento. 
Nesta festa, só beijarei as meninas, que são feias.
Nesta festa, só beijarei as meninas que são feias.
RESOLUÇÃO: 
Quando separada por vírgula, como no primeiro período, a oração
subordinada adjetiva "que são feias" é explicativa, ou seja, ela se
refere a uma propriedade do conjunto ("as meni nas") retomado
pelo pronome rela tivo. Portanto, no primeiro período, afirma-se
que "as meninas (sem restrição) são feias", e todas serão beija -
das. No segundo período, sem vírgula, a oração adjetiva é
restritiva, ou seja, demarca apenas um subconjunto do grupo a
que o pronome relativo se refere. Portanto, no segundo período,
o sentido é que parte das meninas são feias, e apenas estas serão
beijadas. Resposta: B
MÓDULO 17
Orações subordinadas adjetivas e 
função sintática do pronome relativo
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3. (FUVEST-transferência) – Considere os seguintes frag mentos:
A explicação correta para a presença da vírgula, antes de “que”, no
segmento I, e para a ausência, no segmento II, é:
a) Em I e em II, o uso da vírgula é opcional, por tratar-se do emprego
do mesmo pronome relativo.
b) Em I, o “que” separa o sujeito do respectivo verbo e, em II, sujeito
e verbo estão próximos.
c) Em I, inserem-se termos que designam tempo e lugar e, em II, não
há inserção de termos.
d) Em I e em II, constrói-se o significado por meio da entonação
promovida pelo uso ou não da vírgula.
e) Em I, o “que” introduz uma explicação, e, em II, restringe o sentido
do termo antecedente.
Resposta: E
4. (UNIFESP) – Em “Podemos [...] elevar à perfeição o tipo de
civilização que representamos”, o termo em destaque exerce a mesma
função sintática do trecho destacado em:
a) “[...] todo o fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça parece
participar de um sistema de evolução próprio de outro clima e de
outra paisagem.”
b) “Esse ingresso tardio deveria repercutir intensamente em seus
destinos [...].”
c) “[...] somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra.”
d) “É significativa, em primeiro lugar, a circunstância de termos
recebido a herança através de uma nação ibérica.”
e) “Assim, antes de perguntar até que ponto poderá alcançar bom
êxito a tentativa [...].”
RESOLUÇÃO:
O pronome relativo “que”, no enunciado, exerce a função sintática
de objeto direto (representamos a civilização). Em e, a oração
destacada funciona também como objeto direto (oração
subordinada substantiva objetiva direta) do verbo perguntar.
Resposta: E
5. (UNESP) – Em “Tales também previu um eclipse solar que ocorreu
no dia 28 de maio de 585 a.C.”, o termo destacado exerce função de
a) adjunto adnominal.
b) adjunto adverbial.
c) sujeito.
d) objeto indireto.
e) objeto direto.
RESOLUÇÃO:
O pronome relativo que funciona como sujeito do verbo ocorrer,
porque retoma “um eclipse solar”.
Resposta: C
Texto para a questão 6.
6. (BARRO BRANCO) – O pronome relativo que exerce a função de
objeto direto, e não de sujeito, apenas no trecho
a) que ouço com frequência (linha 3).
b) que nada tem de simples (linha 4).
c) que não pode ser esclarecido (linha 8).
d) que avança e recua no espaço (linha 12).
e) que não exclui a disciplina (linha 13).
Resposta: A
7. (FGV) – Na frase “Como a voz de um negro que canta num saveiro
o samba que Boa-Vida fez”, o pronome relativo “que”, em relação ao
verbo “canta”, exerce a função de ___________ e, em relação ao verbo
“fez”, exerce a função de ___________.
Essas lacunas dessa frase devem ser preenchidas, respectivamente,
por:
a) sujeito; objeto indireto.
b) sujeito; objeto direto.
c) objeto direto; sujeito.
d) objeto direto; objeto indireto.
e) objeto indireto; objeto direto.
RESOLUÇÃO:
No primeiro segmento, o pronome relativo “que” refere-se a
“negro”: um negro canta num saveiro, e funciona sintaticamente
como sujeito do verbo cantar. No segundo segmento, o pronome
relativo refere-se a “samba”: Boa-Vida fez o samba, e funciona
sintaticamente como objeto direto do verbo fazer.
Resposta: B
— Como nasce um conto? Um romance? Qual é a raiz de
um texto seu?
— São perguntas que ouço com frequência. Procuro então
simplificar essa matéria que nada tem de simples. Lembro que
algumas ideias podem nascer de uma simples imagem. Ou de
uma frase que se ouve por acaso. A ideia do enredo pode ainda
se originar de um sonho. Tentativa vã de explicar o inexpli cá vel,
de esclarecer o que não pode ser esclarecido no ato da cria ção.
A gente exagera (...) no fundo sabemos disso per fei tamente —
tudo é sombra. Mistério. O artista é um visionário. Um vidente.
Tem passe livre no tempo que ele percorre de alto a baixo em
seu trapézio voador que avança e recua no espaço: tanta luta,
tanto empenho que não exclui a disciplina.
(Clarice Lispector. Entrevistas, 2007.)
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I. “A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia
o ar”.
II. “vinham choros abafados de crianças que ainda não andam”.
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Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do poeta português
Luís de Camões (1525?-1580), para responder à questão 1.
1. (UNESP) 
Os termos destacados constituem
a) pronomes.
b) conjunções.
c) uma conjunção e um advérbio, respectivamente.
d) um pronome e uma conjunção, respectivamente.
e) uma conjunção e um pronome, respectivamente.
RESOLUÇÃO:
No primeiro segmento, a palavra “se” é conjunção adverbial,
condicional e pode ser substituída por caso. O verbo consentir
significa permitir, aprovar, é transitivo direto e está na voz passiva
sintética, sendo o se pronome apassivador. 
Resposta: E
2. (PUC-PR) – Assinale a alternativa que estabeleça o mesmo tipo de
relação existente na oração destacada no parágrafo abaixo.
a) À medida que se aproximavam do rio, mais mosquitos apareciam.
b) Medidas urgentes precisam ser tomadas a fim de que a falência da
empresa possa ser evitada.
c) Naquela manhã, estava muito dispersivo porque dormira pouco.
d) Embora estivesse muito cansado, decidiu prosseguir a viagem.
e) Acredito que virá, apesar de ter-me avisado que não viria.
RESOLUÇÃO:
O período em questão tem em sua estrutura uma oração
subordinada causal e uma oração principal (com sentido de
consequência). A alternativa correta, portanto, é c, que traz uma
oração subordinada causal: “porque dormira mal“.
Resposta: C
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
exercem a função de adjunto adverbial em 
relação à oração principal
causais – relação de causa: porque, visto que, como, uma
vez que, já que, porquanto etc.
Ex.: Como você chamou, eu vim.
consecutivas – relação de consequência: [tanto] que,
[tão...] que, [de tal forma] que, [tamanho] que, de sorte que
etc.
Ex.: Correu tanto que chegoucansado.
concessivas – relação de concessão: embora, apesar de,
ainda que, se bem que, conquanto, posto que etc.
Ex.: Embora não me conheça bem, confia em mim.
comparativas – relação de comparação: tal, como,
quanto [mais...] do que, [menos...] do que, [tanto...] quanto
etc.
Ex.: Ele observa mais do que fala.
conformativas – relação de conformidade: como, confor -
me, segundo etc.
Ex.: Conforme afirmaram os meteorologistas, hoje cho -
veria.
condicionais – relação de condição: se, salvo se, caso,
contanto que, desde que, a menos que, sem que etc.
Ex.: Comprarei o livro desde que encontre uma edição
revisada.
proporcionais – relação de proporção: à proporção que,
à medida que, quanto mais... etc.
Ex.: Quanto mais falava, mais se confundia.
temporais – relação de tempo: quando, enquanto, logo
que, assim que, depois que, até que, apenas, mal, que [=
quando] etc.
Ex.: Assim que entrei, ele saiu.
finais – relação de finalidade: a fim de que, para que, que
[= para que], porque [= para que] etc.
Ex.: Eles apresentaram a carteirinha a fim de obterem um
desconto.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.
(Sonetos, 2001.)
Visto que estavam enfraquecidos pela contraofensiva aliada,
austríacos e turcos se renderam em outubro de 1918.
(Superinteressante. São Paulo, ed. 49, p. 15, jun. 2014)
“Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,” (2.a estrofe)
MÓDULO 18 Orações subordinadas adverbiais
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Texto para a questão 3.
3. (FGV-Eco) – A locução ainda que e o advérbio muito estabelecem,
nesse enunciado, relações de sentido, respectiva mente, de 
a) restrição e quantidade.
b) causa e modo.
c) tempo e meio.
d) concessão e intensidade.
e) condição e especificação.
RESOLUÇÃO:
"Ainda que” é uma locução conjuntiva de sentido conces sivo;
"muito” intensifica o adjetivo “alto ”. 
Resposta: D
Texto para o teste 4.
4. O texto, que narra uma parte do jogo final do
Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009,
contém vários conectivos, sendo que
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga
alvinegra ter rebatido a bola de cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas
opções possíveis para serem aplicadas no jogo.
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos
observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”,
ter dificuldade não é algo naturalmente esperado.
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque
do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.
RESOLUÇÃO: 
A circunstância indicada por mesmo é de concessão, já que “o time
dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área” do
adversário, apesar de ter “mais posse de bola”. 
Resposta: D
5. (ALBERT EINSTEIN) – “– É para satisfazer nosso apetite que a
natureza é generosa, pondo seus frutos ao nosso alcance, desde que
trabalhemos por merecê-los.”
Considerado no contexto, o trecho sublinhado expressa ideia de
a) causa.
b) consequência.
c) condição.
d) concessão.
e) conclusão.
RESOLUÇÃO:
A oração destacada estabelece relação de condição com a oração
anterior. Poder-se-ia substituir a conjunção condicional “desde
que” por “se, caso, a menos que, a não ser que”.
Resposta: C
6. (UNIFESP-2020) – “Deus me livre das bobagens de Lamarck como
‘tendência ao progresso’, ‘adaptações a partir do esforço dos animais’,
— porém minhas conclusões não diferem muito das dele — embora a
forma da mudança difira inteiramente — creio que descobri (que
presunção!) a maneira simples pela qual as espécies se adaptam a
várias finalidades.”
No contexto em que se insere, o trecho sublinhado expressa ideia de
a) comparação.
b) causa.
c) conclusão.
d) consequência.
e) concessão.
RESOLUÇÃO:
A oração introduzida pela conjunção “embora” é subordinada
adverbial concessiva em relação à anterior. Esse conectivo pode
ser substituído por “ainda que”, “mesmo que”, “se bem que”.
Resposta: E
Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha
e da desgraça ex pe rimentadas pelas vítimas, o ônus do
analfabetismo é muito alto para todos os demais.
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo
procurava fazer uma forte marcação no meio-campo e tentar lan ça -
mentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros.
Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha
grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio
montado pelo Botafogo na frente da sua área.
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após
cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de
cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e
cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu
nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que
em cima da linha: Flamengo 1 a 0. 
(Disponível em: 
http://momentodofutebol.blogspot.com – adaptado.)
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Texto para a questão 7.
7. (3.a Aplicação) – Na letra da canção, percebe-se uma
interlocução. A posição do emissor é conciliatória
entre as tradições do samba e os movimentos
inovadores desse ritmo. A estratégia argumentativa de concessão,
nesse cenário, é marcada no trecho 
a) “Mas não me altere o samba tanto assim”. 
b) “Olha que a rapaziada está sentido a falta”. 
c) “Sem preconceito / Ou mania de passado”. 
d) “Sem querer ficar do lado / De quem não quer navegar”. 
e) “Leva o barco devagar”
RESOLUÇÃO:
A estratégia argumentativa de concessão é nítida na frase “Mas
não me altere o samba tanto assim”, como se pode depreender
pelo uso dos termos “mas”, “não”, “tanto”, “assim”, que
restringem a ação dada pelo verbo “alterar”.
Resposta: A
Leia o poema “Sou um evadido”, do escritor português
Fernando Pessoa, para responder à questão 8.
8. (UNIFESP-2019) – Os termos sublinhados constituem
a) pronomes, somente.
b) conjunção, pronome e pronome, respectivamente.
c) conjunções, somente.
d) pronome, conjunção e conjunção, respectivamente.
e) conjunção, conjunção e pronome, respectivamente.
RESOLUÇÃO:
Em “se a gente”, o “se” é conjunção subordinativa condicional,
que pode ser substituída por “caso”.
O verbo “cansar” é pronominal e o pronome funciona como parte
integrante do verbo.
Resposta: B
9. (FGV-Economia) – Na passagem “A obsessão é tão grande que os
resultados chegam a formar uma caricatura dos jovens.”, entre as
informações, há relação de sentido de
a) explicação.
b) consequência.
c) oposição.
d) finalidade.
e) conformidade.
RESOLUÇÃO:
A oração iniciada pela conjunção que é adverbial consecutiva,
apresenta uma consequência da causa manifestada na primeira
oração.
Resposta: B
“Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?” (2a. estrofe)
ARGUMENTO
Tá legal 
Eu aceito o argumento 
Mas não me altere o samba tanto assim 
Olha que a rapaziada está sentido a falta 
De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim 
Sem preconceito 
Ou mania de passado 
Sem querer ficar do lado 
De quem não quer navegar 
Faça como o velho marinheiro 
Que durante o nevoeiro 
Leva o barco devagar. 
PAULINHO DA VIOLA. 
Disponível em: http://www.paulinhodaviola.com.br. 
Acesso em: 6 dez. 2012.
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FRENTE 2Literatura
MÓDULO 21 Introdução ao Realismo-Naturalismo
1. Contexto histórico-cultural
� A Revolução Industrial – 
O Materialismo – 
O Cientificismo
Da segunda metade do século XIX
ao início do século XX, o mundo
ocidental assistiu ao triunfo da Revo -
lução Industrial, à con so li dação e ao
fortalecimento da bur guesia como
classe dominante e à expansão do
capitalismo industrial às antigas áreas
coloniais da Amé rica, da África e da
Ásia, agora

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