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Especializado para 
condutores de veículos de 
transporte de produtos 
perigosos 
Educação presencial
ESPECIALIZADO 
PARA 
CONDUTORES 
DE VEÍCULOS DE 
TRANSPORTE 
DE PRODUTOS 
PERIGOSOS
Diretoria Executiva Nacional
Coordenação de Desenvolvimento Pro� ssional
Educação Presencial
Especializado para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos
Material do aluno
Outubro/2017
Fale conosco
0800.7282891
www.sestsenat.org.br
Especializado para condutores de veículos de transporte de 
produtos perigosos: material do aluno. 
– Brasília: SEST/SENAT, 2016. 
184 p. : il.
 1. Legislação de trânsito.. 2. Prevenção de incêndio. 3. 
Movimentação de carga. I. Serviço Social do Transporte. 
II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. 
CDU 656.073.436
5
ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE
VEÍCULOS DE TRANSPORTE DE PRODUTOS
PERIGOSOS
Módulo I - Legislação de Trânsito e de Transporte ...................................................... 13
Unidade 1 - Legislação de Trânsito ................................................................................ 15
O Código de Trânsito Brasileiro ...........................................................................................17
Atualização de Requisitos para a Matrícula no Curso Especializado ..........................17
Categorias de Habilitação e Relação com Veículos Conduzidos ..................................17
Documentação Exigida para Condutor e Veículo ...........................................................18
Sinalização Viária ...............................................................................................................19
Infrações, Crimes de Trânsito e Penalidades ..................................................................20
Responsabilidades dos Proprietários e Condutores de Veículos ..................................25
Regras Gerais de Estacionamento, Parada, Conduta e Circulação ...............................25
Resumindo ...............................................................................................................................27
Consolidando conteúdos .......................................................................................................28
Unidade 2 - Legislação Especí� ca e Normas sobre o Transporte de Produtos 
Perigosos ....................................................................................................................... 31
1 Cargas de Produtos Perigosos – Conceito e Considerações ..........................................33
2 A Legislação Especí� ca e Normas sobre o Transporte Rodoviário de Produtos 
Perigosos ...............................................................................................................................35
3 A Carga e seu Acondicionamento .....................................................................................39
4 Responsabilidades do Condutor durante o Transporte ...................................................40
5 Documentação para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos ..........................41
6 Simbologia utilizada no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos .......................42
7 Registrador Instantâneo e Inalterável de Velocidade e Tempo .......................................44
8 Infrações e Penalidades na Legislação de Transporte Rodoviário de Produtos 
Perigosos ...............................................................................................................................45
Resumindo ...............................................................................................................................46
Consolidando conteúdos .......................................................................................................46
6
Módulo II - Direção Defensiva ..................................................................................... 49
Unidade 1 - Direção Defensiva – Parte 1 ...................................................................... 51
1 Acidente Evitável ou Não Evitável .....................................................................................53
2 Entendendo as Condições Adversas ..................................................................................53
2.1 Condições Adversas de Luminosidade .........................................................................54
2.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima ......................................................................55
2.3 Condições Adversas da Via .............................................................................................56
2.4 Condições Adversas do Tráfego ......................................................................................56
2.5 Condições Adversas do Veículo ......................................................................................56
2.6 Condições Adversas da Carga .........................................................................................57
2.7 Condições Adversas do Motorista ..................................................................................58
3 As Relações Existentes entre o Fator Humano e os Acidentes de trânsito ....................58
4 Como Ultrapassar e Ser Ultrapassado ...............................................................................59
5 O Acidente de Difícil Identi� cação da Causa ...................................................................59
Resumindo ...............................................................................................................................60
Consolidando conteúdos .......................................................................................................60
Unidade 2 - Direção Defensiva – Parte 2 ...................................................................... 63
1 Como Evitar Acidentes com Outros Veículos ..................................................................65
1.1 Como Evitar Colisão com o Veículo de Trás .................................................................67
1.2 Como evitar colisão frontal ............................................................................................67
1.3 Como Evitar Colisão nos Cruzamentos .........................................................................68
2 Como Evitar Acidentes com Pedestres e Outros Integrantes do Trânsito ....................70
2.1 Colisões na Marcha a Ré ..................................................................................................70
2.2 Atropelamentos .................................................................................................................70
2.3 Colisões com Objetos Fixos .............................................................................................71
2.4 Colisões com Bicicletas ....................................................................................................71
2.5 Colisões com Motocicletas e Congêneres ......................................................................72
2.6 Colisões com Animais ......................................................................................................72
3 A Importância de Ver e Ser Visto .......................................................................................73
Resumindo ...............................................................................................................................74
Consolidando conteúdos .......................................................................................................74
7
Unidade 3 - Direção Defensiva – Parte 3 ...................................................................... 77
1 A Importância do Comportamento Seguro na Condução de Veículos 
Especializados .........................................................................................................................79
1.1 Os Cinco Elementos da Direção Defensiva ...................................................................801.1.1 Conhecimento ...............................................................................................................80
1.1.2 Atenção ...........................................................................................................................80
1.1.3 Previsão ...........................................................................................................................81
1.1.4 Decisão ............................................................................................................................81
1.1.5 Habilidade ......................................................................................................................82
2 Comportamento Seguro e Comportamento de Risco – Diferença que Pode 
Poupar Vidas ...........................................................................................................................82
3 Comportamento Pós-Acidente ..........................................................................................84
4 Estado Físico e Mental do Condutor .................................................................................84
4.1 Fadiga e Sono ....................................................................................................................84
4.2 Álcool ...............................................................................................................................85
4.3 Drogas e Medicamentos ...................................................................................................85
4.4 Aspectos Psíquicos ...........................................................................................................85
Resumindo ...............................................................................................................................86
Consolidando conteúdos .......................................................................................................86
Módulo III - Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao Meio Ambiente e Prevenção 
de Incêndio ..................................................................................................................... 89
Unidade 1 - Noções de Primeiros Socorros .................................................................. 91
1 Os Primeiros Socorros .......................................................................................................93
2 As Primeiras Providências .................................................................................................93
3 Veri� cação das Condições Gerais da Vítima de Acidente de Trânsito .........................95
3.1 Vítima Inconsciente ..........................................................................................................95
3.2 Veri� cando as Condições Gerais da Vítima ..................................................................95
4 Cuidados com a Vítima de Acidente ou Contaminação ..................................................96
4.1 Procedimentos em Caso de Queimaduras em Geral ...................................................97
4.2 Procedimentos em Caso de Queimaduras Químicas ...................................................97
4.3 Procedimentos em Caso de Envenenamento e Intoxicação ........................................98
8
4.4 Procedimentos em Caso de Parada Cardiorrespiratória .............................................99
4.5 Procedimentos em Casos de Ferimento com Hemorragia .......................................102
4.6 Procedimentos em Caso de Fraturas ...........................................................................103
Resumindo .............................................................................................................................104
Consolidando conteúdos .....................................................................................................104
Unidade 2 - Respeito ao Meio Ambiente e Prevenção de Incêndio ........................... 107
1 Respeito ao Meio Ambiente .............................................................................................109
1.1 O Veículo como Agente Poluidor do Meio Ambiente ................................................109
1.2 Regulamentação do CONAMA sobre a poluição ambiental causada por veículos .110
1.3 Poluição: conceito, causas e consequências .................................................................111
1.4 Projeto Despoluir do Sistema CNT ............................................................................112
1.5 A Manutenção Preventiva do Veículo ..........................................................................112
1.6 A Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor e o CTB .....................................114
1.7 O Indivíduo, o Grupo e a Sociedade .............................................................................114
1.8 Relacionamento Interpessoal ........................................................................................115
1.9 O Indivíduo como Cidadão ...........................................................................................116
2 Prevenção de Incêndio ......................................................................................................117
2.1 Conceito de Fogo, Tetraedro e Fontes de Ignição .......................................................117
2.2 Transmissão do Calor ....................................................................................................118
2.3 Métodos de Extinção de Incêndio ................................................................................118
2.4 Classi� cação de incêndios .............................................................................................119
2.5 Tipos de Extintores, seus Agentes e Manuseio ............................................................120
Resumindo .............................................................................................................................121
Consolidando conteúdos .....................................................................................................122
Módulo IV - Movimentação de Produtos Perigosos ................................................... 123
Unidade 1 - Movimentação de Produtos Perigosos – Parte 1 .................................... 125
1 Classi� cação dos Produtos Perigosos .............................................................................127
1.1 Simbologia e Rótulo ......................................................................................................127
2 Conceitos Básicos de Físico-Química ............................................................................128
3 Estudo das Classes de Risco .............................................................................................129
3.1 Classe de Risco 1 — Explosivos ....................................................................................129
9
3.1.1 Segurança no Transporte Rodoviário de Explosivos ...............................................130
3.2 Classe de Risco 2 — Gases ............................................................................................131
3.2.1 Segurança no Transporte Rodoviário de Gases ........................................................132
3.2.2 Cuidados dos condutores de veículos de transporte de produtos perigosos, 
referentes a gases ...................................................................................................................133
3.3 Classe de Risco 3 — Líquidos In� amáveis .................................................................136
3.3.1 Segurança no transporte rodoviário de líquidos in� amáveis ................................137
Resumindo .............................................................................................................................137
Consolidando conteúdos .....................................................................................................138
Unidade 2 - Movimentação de Produtos Perigosos– Parte 2 ..................................... 139
1 Estudo das Classes de Risco (continuação) ....................................................................141
Classe de Risco 4 — Sólidos in� amáveis; Substâncias sujeitas a combustão 
espontânea; substâncias que, em contato com a água, emitem gases in� amáveis .....141
Substâncias espontaneamente combustíveis ..................................................................142
Segurança no Transporte Rodoviário de Sólidos In� amáveis ......................................142
Classe de Risco 5 — Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos ............................142
Segurança no transporte rodoviário de oxidantes e peróxidos orgânicos ..................143
Classe de Risco 6 — Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes ...........................144
Segurança no transporte rodoviário de substâncias tóxicas e infectantes ..................146
Classe de Risco 7 — Substâncias Radioativas................................................................147
Segurança no transporte rodoviário de substâncias radioativas ..................................148
Classe de Risco 8 — Substâncias Corrosivas .................................................................148
Segurança no transporte rodoviário de substâncias corrosivas ...................................149
Classe de Risco 9 – Substâncias e artigos perigosos diversos .......................................149
Segurança no transporte rodoviário de substâncias e artigos perigosos diversos .....149
2 Efeito de cada classe sobre o meio ambiente ..................................................................150
Resumindo .............................................................................................................................152
Consolidando conteúdos .....................................................................................................153
Unidade 3 - Movimentação de Produtos Perigosos – Parte 3 ..................................... 155
1 Riscos múltiplos .................................................................................................................157
2 Resíduos perigosos para � ns de transporte .....................................................................157
10
2.1 Cuidados com os veículos e equipamentos de transporte .........................................158
2.2 Cuidados com as embalagens ........................................................................................159
3 Comportamento preventivo do motorista para todas as classes de risco ....................159
4 Procedimentos em caso de emergência...........................................................................161
4.1 Equipamentos para situação de emergência ................................................................161
4.2 Procedimentos gerais em situação de emergência ......................................................162
4.3 Procedimentos de emergência de acordo com a Classe de Risco ..............................163
4.3.1 Classe de Risco 1 – Explosivos ...................................................................................163
4.3.2 Classe de Risco 2 – Gases ...........................................................................................164
4.3.3 Classe de Risco 3 — Líquidos In� amáveis ...............................................................164
4.3.4 Classe de Risco 4 — Sólidos in� amáveis, substâncias sujeitas à combustão 
espontânea e substâncias que, em contado com a água, emitem gases in� amáveis ......165
4.3.5 Classe de Risco 5 — Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos .....................165
4.3.6 Classe de Risco 6 — Substâncias Tóxicas e Infectantes ..........................................165
4.3.7 Classe de Risco 8 – Substâncias Corrosivas ..............................................................166
4.3.8 Classe de Risco 9 – Substâncias e Artigos Perigosos Diversos ...............................167
Resumindo .............................................................................................................................167
Consolidando conteúdos .....................................................................................................167
Referências .................................................................................................................... 169
11
Comprometido com o desenvolvimento do transporte no País, o SEST SENAT oferece um 
programa educacional que contribui para a valorização cidadã, o desenvolvimento pro� ssional, 
a qualidade de vida e a empregabilidade do trabalhador do transporte, por meio da oferta de 
diversos cursos que são desenvolvidos nas Unidades Operacionais do SEST SENAT em todo 
o Brasil.
Sempre atento às inovações e demandas por uma educação pro� ssional de qualidade, o SEST 
SENAT reestruturou todo o portfólio de materiais didáticos e de apoio aos cursos presenciais 
da instituição, adequando-os às diferentes metodologias e aos tipos de cursos, alinhando-os 
aos avanços tecnológicos do setor, às tendências do mercado de trabalho, às perspectivas da 
sociedade e à legislação vigente.
Esperamos, assim, que este material, que foi desenvolvido com alto padrão de qualidade 
pedagógica, necessário ao desenvolvimento do seu conhecimento, seja um facilitador do 
processo de ensino e aprendizagem.
Bons estudos! 
12
APRESENTAÇÃO
Prezado Aluno
Desejamos-lhe boas-vindas ao Especializado para Condutores de Veículos de Transporte de 
Produtos Perigosos!
Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências 
que você já possui!
Este curso é destinado aos condutores interessados em atuar no transporte de produtos 
perigosos e que já possuam a Carteira Nacional de Habilitação – nas categorias B, C, D ou E. 
Outros requisitos necessários são:
• ser maior de 21 anos;
• não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da carteira 
nacional de habilitação – CNH, pena decorrente de crime de trânsito, bem como não 
estar impedido judicialmente de exercer seus direitos.
O objetivo geral do curso é proporcionar condições para que o condutor de transporte de 
cargas conduza o veículo com segurança e responsabilidade.
O curso foi desenvolvido em quatro módulos, cujos temas e carga horária seguem 
criteriosamente o estabelecido na Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, e na Resolução 
nº 285, de 29 de julhode 2008, que altera seu anexo, ambas do Conselho Nacional de Trânsito 
(CONTRAN). 
Os módulos são: Legislação de Trânsito; Direção Defensiva; Noções de Primeiros Socorros, 
Respeito ao Meio Ambiente e Prevenção de Incêndio; Movimentação de Produtos Perigosos.
Os módulos do Especializado para condutores de veículos de transporte de produtos perigosos 
estão divididos em unidades para facilitar o aprendizado. 
No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos 
que se pretende alcançar.
Nesse sentido, esperamos que este Curso seja muito proveitoso para você! 
Nosso intuito maior é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a 
resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
MÓDULO I
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E DE 
TRANSPORTE
UNIDADE 01
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
O Código de Trânsito Brasileiro
UNIDADE 01 - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Com qual categoria de habilitação se pode conduzir um veículo transportador de produtos 
perigosos? Qual a documentação exigida do condutor e do veículo? A que infrações o 
condutor está sujeito? 
O estudo da legislação de trânsito confere, além da necessária reciclagem ao condutor, 
mais con� ança na execução de suas ações, de forma que ele esteja atento aos seus deveres 
e direitos. 
Nesta primeira unidade apresentaremos, inicialmente, as disposições do Código de 
Trânsito Brasileiro -CTB relacionadas aos seguintes temas: atualização de requisitos para 
a matrícula no curso especializadode transporte de produtos perigosos, categorias de 
habilitação e veículos correspondentes, documentação exigida do condutor e do veículo, 
sinalização viária, infrações, crimes e penalidades, regras gerais de estacionamento, 
parada, conduta e circulação.
17
1 CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
De acordo com Gomes (2015) e Pazetti (2015), o Brasil possui um conjunto de leis que regem 
e disciplinam o trânsito nas vias terrestres. A principal delas é a Lei nº 9.503/1997, que institui 
o Código de Trânsito Brasileiro - CTB. Além do CTB, existe a legislação complementar, as 
Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), as Portarias do Departamento 
Nacional de Trânsito (DENATRAN) e outras regulamentações estaduais e municipais. 
Atualização de Requisitos para a Matrícula no Curso 
Especializado 
De acordo com a Resolução CONTRAN no 455/2013, que alterou dispositivos das Resoluções 
CONTRAN nos 168/2004 e 285/2008, foi retirada a exigência ao candidato ao curso especializado 
de “não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações 
médias durante os últimos 12 (doze) meses”. Com isso, os requisitos atuais são os seguintes:
• ser maior de 21 anos;
• estar habilitado em uma das categorias “B”, “C”, “D” e “E”;
• não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da Carteira 
Nacional de Habilitação (CNH), pena decorrente de crime de trânsito, bem como não 
estar impedido judicialmente de exercer seus direitos.
Categorias de Habilitação e Relação com Veículos 
Conduzidos
Quanto às categorias da CNH e autorizações (CTB, Anexos I e II da Resolução CONTRAN no 
168/2004), elas podem ser:
18
• autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC): habilita o condutor a conduzir 
ciclomotores até 50 (cinquenta) cilindradas;
• categoria A: quali� ca a conduzir veículos automotores de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, 
com ou sem carro lateral;
• categoria B: quali� ca a conduzir veículos automotores com ou sem reboque, com 
Peso Bruto Total (PBT) de até 3.500 kg e lotação máxima de 8 (oito) lugares, fora o 
do condutor, bem como trator de roda e os equipamentos automotores destinados a 
executar trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em via pública;
• categoria C: permite dirigir veículo motorizado utilizado em transporte de carga, 
cujo peso bruto total exceda a 3.500 kg;
• categoria D: permite dirigir veículo motorizado utilizado no transporte de passagei-
ros, cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista;
• categoria E: quali� ca a conduzir todos os veículos das categorias B, C e D, trailers e 
veículos que rebocam unidades com mais de 6.000 kg de PBT ou com lotação superior a 
8 (oito) passageiros. 
Há, ainda, as denominadas especializações dentro das categorias 
de CNH, quais sejam: transporte coletivo de passageiros, de 
escolares, de emergência, de produtos perigosos, de carga 
indivisível, mototáxi e motofrete. Em setembro de 2017 tornou-se 
possível emitir a CNH eletrônica.
LEMBRE-SE
Documentação Exigida para Condutor e Veículo
Em relação à documentação do condutor, este deve portar, obrigatoriamente, o documento 
original de habilitação, correspondente à categoria do veículo que estiver conduzindo, dentro 
do prazo de validade (CTB, art. 159). Os documentos que identi� cam o condutor são os 
seguintes:
• permissão para Dirigir (PPD): documento válido por 1 (um) ano;
• autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC): dentro do prazo de validade;
• carteira Nacional de Habilitação (CNH): a atual CNH contém foto e os números dos 
principais documentos do condutor, utilizada como documento de identi� cação no 
território nacional.
19
O atual modelo da CNH traz o número do Registro Nacional 
dos Condutores Habilitados — RENACH (CTB, Anexo I), que 
é estabelecido no início do processo de habilitação e usado para 
atendimento ou autuação do condutor em qualquer Unidade da 
Federação.
Em relação à documentação dos veículos, o pro� ssional deve estar atento aos seguintes 
documentos:
• Certi� cado de Registro do Veículo — CRV (CTB, art. 121): é o documento de porte não 
obrigatório que deve ser mantido em local seguro e serve para transferir a propriedade, 
modi� car o endereço do proprietário ou alterar as características do veículo;
D
IC
A
S
No CRV, constam as características de identi� cação do veículo. As mais 
importantes são: o número do Registro Nacional de Veículos Automotores 
(RENAVAM), placa e número do chassi. Também, é possível observar: 
número do motor, cor, marca, modelo, categoria, capacidade, nome e 
endereço do proprietário.
• Certi� cado de Registro e Licenciamento do Veículo — CRLV: documento de porte 
obrigatório, onde constam, além dos dados do veículo, informações sobre o pagamento 
do IPVA, do Seguro Obrigatório (DPVAT) e ano em exercício;
• Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres: é o 
seguro obrigatório que deve ser pago anualmente por todos os proprietários de veículos 
automotores. Serve para indenizar as vítimas de acidentes de trânsito envolvendo veículos 
automotores em caso de morte (R$ 13.500,00), invalidez permanente (até R$ 13.500,00) 
e reembolso de despesas médicas e hospitalares (até R$ 2.700,00).
Sinalização Viária
A sinalização viária é composta de (CTB, art. 87):
• sinalização vertical (placas);
• sinalização horizontal (faixas, marcas, símbolos e legendas);
• dispositivos de sinalização auxiliar (cones, sonorizadores, tapumes, marcadores);
• luminosos (semáforos);
20
• sonoros (apitos); 
• gestos do agente de trânsito e do condutor.
A sinalização tem a seguinte ordem de prevalência (CTB, art. 89):
• as ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem 
sobre as normas de circulação e outros sinais;
• as indicações dos semáforos têm preferência sobre os 
demais sinais; 
• as indicações dos sinais prevalecem sobre as demais 
normas de trânsito.
LEMBRE-SE
Infrações, Crimes de Trânsito e Penalidades
Infração de trânsito é a 
inobservância de qualquer 
preceito deste Código, da 
legislação complementar ou das 
resoluções do CONTRAN, sendo 
o infrator sujeito às penalidades 
e medidas administrativas 
indicadas em cada artigo, 
além das punições previstas no 
Capítulo XIX (art. 161, CTB).
Para que você tenha uma ideia das sanções impostas aos 
infratores e aplicadas pelo DETRAN, Prefeituras, Polícias 
Rodoviárias e outros órgãos com jurisdição sobre a via, 
atente ao seguinte rol:
• advertências por escrito: têm � nalidade educativa — nos casos de infração leve ou 
média, infratores não reincidentes e com boa conduta;
• multas: impostas à maior parte das infrações — com anotação de pontos no prontuário 
do infrator, são proporcionais à gravidade da infração;
21
• suspensão do direito de dirigir: adotada em certos crimes e infrações, ou quando for 
excedido o número máximo admissível de pontos no prontuário;
• apreensão do veículo: prevê o recolhimento em depósito do órgão responsável — o 
infrator deve arcar com todos os ônus para retirada;
• cassação da CNH: cancelamento de� nitivo do documento de habilitação, obrigando 
o infrator a reiniciar o processo de habilitação;
• cassação de Permissão para Dirigir (PPD): sujeita o infrator a reiniciar o processo de 
habilitação; 
• curso de reciclagem: é obrigatório ao infrator com direito de dirigir suspenso ou que 
tenha provocado acidente grave, ou ainda, que tenha sido condenado por delito de trânsito.
Além dessas sanções descritas, há determinadas medidas 
administrativas que podem ser impostas pelo agente de trânsito 
no local da infração, em função da ocorrência: retenção do 
veículo, remoção do veículo, recolhimento do documento de 
habilitação (CNH ou PPD), recolhimento do Certi� cado de 
Registro, recolhimento do Certi� cado de Licenciamento Anual, 
transbordo do excesso de carga, teste de alcoolemia ou perícia, 
realização de exames e recolhimento de animais soltos nas vias.
No que tange às multas por infrações de trânsito, elas dependem da gravidadeda ocorrência 
e podem ser de acordo com a Tabela 1. Note que algumas das infrações gravíssimas têm o 
valor da multa multiplicado por 3, 5 e 10, uma vez que a vida foi colocada em risco extremo, 
conforme a Tabela 2 (CTB, art. 1o):
Tabela 1: Gravidade e valores de multas. Tabela 2: Multas gravíssimas e valores.
Gravidade Pontos Valores (R$) Gravidade Pontos Valores
(R$)
Leve 3 R$88,38 Gravíssima (3x) 7 880,41
Média 4 R$130,16 Gravíssima (5x) 7 1.467,35
Grave 5 R$ 195,23 Gravíssima (10x) 7 2.934,70
Gravíssima 7 R$ 293,47
 Fonte: Brasil (1997)
22
A Lei no 13.154/2015 estabelece que condutores das 
categorias C, D ou E que estejam exercendo atividade 
remunerada em veículo, deverão fazer um curso de 
reciclagem sempre que, no período de um ano, atingirem 
quatorze pontos pela regulamentação do CONTRAN. 
Pela aludida Lei, o empregador tem o direito de conferir a 
pontuação da habilitação do motorista pro� ssional.
Essa lei tornou infração gravíssima transitar pela faixa 
exclusiva de ônibus. Além da multa pesada e do veículo sujeito 
à apreensão, o motorista é penalizado com sete pontos na CNH. 
As infrações que estabelecem a suspensão do direito de dirigir do condutor ou do proprietário 
do veículo são as elencadas a seguir:
• dirigir sob a in� uência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa (CTB, 
Art. 165 e Resolução CONTRAN no 432/2013 – Lei Seca);
• ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos (CTB, art. 170);
• disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade (CTB, art. 173);
• promover ou participar de competição não autorizada, racha, exibição ou 
demonstração de perícia (CTB, art. 174);
• utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante 
arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus 
(CTB, art. 175);
• no caso de acidente: deixar de sinalizar, afastar o perigo, identi� car-se, prestar 
informações ou acatar determinações da autoridade (CTB, art. 176);
• deixar de prestar ou providenciar socorro à vítima ou abandonar o local (CTB, art. 176);
• forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos opostos, estejam na iminência 
de passar um pelo outro ou realizar a operação de ultrapassagem (CTB, art. 191);
• transpor bloqueio policial (CTB, art. 210);
• dirigir com velocidade superior à máxima permitida em mais de 50% em qualquer 
via (CTB, art. 218);
23
• conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor (CTB, art. 244);
 ‐ sem usar capacete de segurança com visei ra ou óculos de proteção e vestuário de 
acordo com as normas e especi� cações aprovadas pelo CONTRAN;
 ‐ transportando passageiro sem o capacete de segur ança, na forma estabelecida no 
inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em 
carro lateral;
 ‐ fazendo malabarismo ou se equilibrando apenas em u ma roda;
 ‐ com os faróis apagados;
 ‐ transportando criança meno r de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, 
condições de cuidar de sua própria segurança.
A cassação do documento de habilitação é prevista nos seguintes casos (CTB, art. 263);
• estando com o direito de dirigir suspenso, caso o condutor seja � agrado conduzindo 
qualquer veículo que exija habilitação;
• caso o condutor reincida, no prazo de 12 (doze) meses, nas infrações previstas no 
CTB: art. 162, inc. III, e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
• quando o condutor for condenado, judicialmente, por delito de trânsito;
• se for comprovada irregularidade na expedição da sua habilitação, a qualquer tempo.
Os crimes de trânsito estão previstos no Capítulo 19 do CTB, no Código Penal, no Código 
Processual Penal e na Lei no 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e 
Criminais e dá outras providências.
São os principais crimes de trânsito previstos no CTB:
• praticar homicídio culposo, não intencional (CTB, art. 302);
• praticar lesões corporais culposas, não intencionais (CTB, 
art. 303);
• deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local 
para fugir da responsabilidade civil ou criminal (CTB, arts. 
304 e 305);
• dirigir sob in� uência de álcool ou de substâncias 
psicoativas de efeitos similares (CTB, art. 306);
• participar de rachas ou competições não autorizadas 
(CTB, art. 308);
• transitar com velocidade incompatível com a segurança e 
as condições locais (CTB, art. 311).
LEMBRE-SE
24
Também, existem os crimes dolosos, que são mais graves e preveem penalidades e penas mais 
severas.
Crimes dolosos, de acordo com 
o Código Penal, são aqueles em 
que o condutor tinha a intenção 
ou a ciência de que seus atos 
poderiam ter consequências 
prejudiciais.
São exemplos de crimes de trânsito dolosos:
• dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser 
habilitado; com a habilitação suspensa ou cassada; 
embriagado ou sem condições físicas e mentais de 
dirigir com segurança (CTB, arts. 309 e 310);
• prestar informações errôneas a policiais ou agentes 
de trânsito sobre qualquer aspecto de uma ocorrência 
(CTB, art. 312).
No que tange às penalidades e penas, levando-se em conta a gravidade, as circunstâncias e a 
interpretação do ato criminoso consoante o Código Penal ou o CTB, temos:
• o infrator está sujeito à suspensão da habilitação ou permissão, ou à proibição de obter a 
habilitação ou permissão por um prazo de 2 (dois) meses a 5 (cinco) anos (CTB, art. 293);
• a violação da suspensão ou proibição imposta sujeita o infrator à reaplicação da 
penalidade por igual período e multa, bem como à pena de 6 (seis) meses a 1 (um) ano 
de detenção (CTB, art. 307);
• as penas de detenção podem variar de 6 (seis) meses a 10 (dez) anos;
• além das penas e penalidades, o infrator pode ser condenado a reparar danos causados 
ao patrimônio público ou a terceiros, além de multa.
De acordo com o art. 298 do CTB, são circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos 
crimes de trânsito em que o condutor do veículo tenha cometido a infração:
• com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano 
patrimonial a terceiros;
• utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adul teradas;
• sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitaç ão;
• com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categ oria diferente da do 
veículo;
• quando a sua pro� ssão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de 
passageiros ou de carga;
• utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou c aracterísticas 
que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de 
velocidade prescritos nas especi� cações do fabricante;
• sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedest res.
25
Consoante o art. 301 do CTB, ao condutor de veículo, nos casos de acidente s de trânsito de 
que resulte vítima, não se imporá a prisão em � agrante, nem se exigirá � ança, se prestar pronto 
e integral socorro àquela.
Responsabilidades dos Proprietários e Condutores de 
Veículos
De acordo com art. 257 do CTB, existem responsabilidades aos proprietários e condutores dos 
veículos, abaixo elencadas:
• aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as 
penalidades de que trata o CTB toda vez que houver responsabilidade solidária em infração 
dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um individualmente pela falta 
em comum que lhes for atribuída;
• ao proprietário, caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia 
regularizaç ão e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito 
do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, 
componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta 
for exigida, e outras disposições que deva observar;
• ao condutor, caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados 
na direção do veículo;
• o embarca dor é responsável pela infração relativa ao transporte de cargacom excesso 
de peso nos eixos ou no Peso Bruto Total , quando simultaneamente for o único remetente 
da carga e o peso declarado na nota � scal, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido;
• o transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com 
excesso de peso nos eixos ou quando a carga proven iente de mais de um embarcador 
ultrapassar o Peso Bruto Total;
• o transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa 
ao excesso de Peso Bruto Total, se o peso declarado na nota � scal, fatura ou manifesto for 
superior ao limite legal.
Regras Gerais de Estacionamento, Parada, Conduta e 
Circulação
Os princípios gerais das regras de circulação e conduta aos usuários das vias terrestres foram 
assim estabelecidos (CTB, art. 26):
• abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de 
veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou 
privadas;
26
• abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou 
abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. 
D
IC
A
S
Isso inclui o vazamento ou derrame de produtos perigosos que estiver 
transportando.
As principais normas para circulação e conduta de veículos nas vias terrestres são as seguintes 
(CTB, arts. 29 e 48):
• a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente 
sinalizadas;
• o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os 
demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista;
• terá preferência de passagem:
 ‐ no caso de apenas um � uxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando 
por ela;
 ‐ no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
 ‐ nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.
• quando houver várias faixas na pista, as da direita são destinadas ao deslocamento 
dos veículos mais lentos, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento 
dos veículos de maior velocidade;
• o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, somente poderá 
ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou de áreas especiais de estacionamento;
• os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na 
via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que 
devidamente sinalizados, devendo estar identi� cados;
• nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos: o veículo deverá 
ser posicionado no sentido do � uxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à 
guia da calçada (meio-� o), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
Você sabia que existe classi� cação para as vias rurais e urbanas (CTB, art. 60 e Anexo I)? As 
vias rurais são classi� cadas em:
• rodovias: são conceituadas pelo CTB como vias rurais pavimentadas;
• estradas: em geral, são as vias rurais não pavimentadas.
27
No que tange à velocidade máxima permitida para a via, será indicada por meio de sinalização, 
obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito. Onde não existir sinalização 
regulamentadora, a velocidade máxima será conforme mostrado na Tabela 3.
 Tabela 3: Velocidades máximas nas vias.
 Vias urbanas Rodovias Estradas
30 km/h nas vias locais
40 km/h nas vias coletoras
60 km/h nas vias arteriais
80 km/h nas vias de trânsito rápido
a) nas rodovias de pista dupla:
110 km/h para automóveis, camionetas 
e motocicletas
90 km/h para os demais veículos
b) nas rodovias de pista simples: 
100 km/h para automóveis, 
caminhonetas e motocicletas;
90km/h para os demais veículos;
c) nas estradas: 
60 km/h para todos os veículos
60 km/h
Fonte: (CTB, art. 61)
Talvez você já se tenha perguntado: qual a relação entre velocidade mínima e velocidade 
segura? 
D
IC
A
S
A velocidade mínima não pode ser inferior à metade da máxima permitida 
no local (CTB, art. 62). Para a velocidade segura, siga as orientações:
• Em vias de grande movimento e rápido escoamento do tráfego, 
é necessário acompanhar o � uxo sem obstruir os demais veículos.
• Em vias locais, é necessário que condutor dirija em baixa 
velocidade, prevendo que as pessoas possam estar mais distraídas.
Acesse, no link indicado, o CTB e leia os arts. 67-A, 
67-C e 67-E sobre as inovações trazidas pela Lei no 
13.103/2015 – a Lei dos Caminhoneiros:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.
htm
SAIBA
28
RESUMINDO
Acompanhar a evolução da legislação de trânsito permite ao condutor estar sempre 
atualizado, sabendo quais são seus deveres e direitos e evitando muitos problemas 
durante o exercício de sua atividade pro� ssional de transporte.
Se você for motorista pro� ssional empregado, � que atento aos pontos acumulados na 
sua CNH. Isso demonstra o tipo de zelo que está tendo na condução e o seu empregador 
pode ter acesso a esses dados.
Reforçando um dos princípios fundamentais das regras de condução: abster-se de todo 
ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou 
de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas.
1. O atual modelo da CNH não traz o número do Registro Nacional 
dos Condutores Habilitados (RENACH), o qual é estabelecido no 
início do processo de habilitação e usado para atendimento ou 
autuação do condutor em qualquer Unidade da Federação.
( ) Certo ( ) Errado
2. Sobre a ordem de prevalência na sinalização de trânsito, assinale 
a alternativa correta:
( ) As ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem sobre as 
normas de circulação e outros sinais.
( ) As indicações dos semáforos têm preferência sobre os demais 
sinais.
( ) As indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas 
de trânsito.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
3. A violação da suspensão ou proibição imposta do direito de 
dirigir sujeita o infrator à reaplicação da penalidade por igual 
período e multa, bem como à pena de 6 (seis) meses a 1 (um) ano 
de detenção.
( ) Certo ( ) Errado
29
4. Com relação às sanções que podem ser impostas aos infratores 
da legislação de trânsito, assinale a alternativa errada:
( ) As advertências por escrito têm � nalidade educativa e são 
aplicadas no caso de infração leve ou média a infratores não 
reincidentes e com boa conduta.
( ) As multas são impostas à maior parte das infrações, com 
anotação de pontos no prontuário do infrator e são proporcionais 
à gravidade da infração.
( ) A suspensão do direito de dirigir é adotada em certos crimes e 
infrações, ou quando for excedido o número máximo admissível 
de pontos no prontuário.
( ) A apreensão do veículo prevê o recolhimento em depósito do 
órgão responsável, e o infrator não necessita arcar com os ônus 
para retirada.
UNIDADE 02
1 Cargas de Produtos Perigosos – Conceito e Considerações
2 A Legislação Específi ca e Normas Sobre o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
3 A Carga e seu Acondicionamento
4 Responsabilidades do Condutor Durante o Transporte
5 Documentação para o Transporte Rodoviário de
6 Simbologia utilizada no Transporte Rodoviário de
7 Registrador Instantâneo e Inalterável de Velocidade e Tempo
8 Infrações e Penalidades na Legislação de Transporte
O TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E NORMAS SOBRE 
Produtos Perigosos
Produtos Perigosos
Rodoviário de Produtos Perigosos
UNIDADE 02 - LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 
E NORMAS SOBRE O TRANSPORTE DE 
PRODUTOS PERIGOSOS
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Qual é a legislação de transporte especí� ca para a movimentação rodoviária de produtos 
perigosos? Quais as responsabilidades do condutor? Qual é a documentação necessária? 
Qual simbologia deve ser utilizada nas embalagens e nos veículos?
Um dos diferenciais dos condutores no mercado de trabalho é o grau de conhecimento 
sobre a legislação especí� ca de sua atividade. Isso evita muitos aborrecimentos não 
somente para ele,mas também para a sua empresa e todos os demais agentes do setor.
 Nesta unidade, abordaremos os conceitos e considerações sobre a carga constituída de 
produtos perigosos, legislação especí� ca e normas complementares, acondicionamento 
da carga, responsabilidades do condutor, documentação necessária para o transporte, 
simbologia utilizada, tacógrafo, infrações e penalidades.
33
1 CARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS – CONCEITO 
E CONSIDERAÇÕES
Produto perigoso, para � ns de transporte, 
é toda substância ou artigo encontrado 
na natureza ou produzido por qualquer 
processo que, por suas características 
físico-químicas, represente risco para 
a saúde das pessoas, para a segurança 
pública ou para o meio ambiente (ANTT, 
2016; LIEGGIO JÚNIOR, 2012).
Qual a diferença entre carga perigosa e produto perigoso?
A carga perigosa, ainda que o termo conste na legislação 
brasileira, pode representar qualquer carregamento mal estivado 
ou acondicionado (por exemplo: sacos de batatas), capaz de 
provocar um acidente sem colocar a população ou qualquer 
compartimento de meio ambiente em risco direto de explosão, 
incêndios, intoxicação ou radiação.
Já o carregamento constituído por produtos perigosos para � ns 
de transporte, os quais, em função de suas características físico-
químicas – tais como explosividade, in� amabilidade, toxicidade, 
radioatividade – na ocorrência de um acidente, podem colocar em 
risco a saúde das pessoas, o meio ambiente e a segurança pública.
34
Os produtos perigosos são transportados, constantemente, por nossas vias, pois são necessários 
à fabricação de diversos produtos para uso nas indústrias, agricultura e até no nosso dia a 
dia. Como são substâncias que oferecem riscos, devem ser transportadas por pro� ssionais 
instruídos e treinados, bem como por empresas comprometidas com as regras de segurança 
previstas nas legislações vigentes. 
No que concerne à classi� cação dos produtos perigosos para � ns de transporte, há nove classes 
de risco, identi� cadas por painéis de segurança e rótulos de risco especí� cos, a saber:
• classe 1: explosivos;
• classe 2: gases;
• classe 3: líquidos in� amáveis;
• classe 4: sólidos in� amáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias 
que, em contato com a água, emitem gases in� amáveis;
• classe 5: substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;
• classe 6: substâncias tóxicas e infectantes;
• classe 7: material radioativo;
• classe 8: substâncias corrosivas;
• classe 9: substâncias e artigos perigosos diversos, incluindo as substâncias que 
apresentam risco para o meio ambiente..
35
O número de risco para substâncias e artigos das Classes 2 a 9, consiste de dois ou três 
algarismos que indicam a natureza e a intensidade do risco. O signi� cado dos números de risco 
constantes na coluna 5 da Relação de Produtos Perigosos da Resolução no ANTT 5232/2016, 
é indicado no item 3.2.3.2 e, de modo geral, os algarismos e letras que o compõem indicam os 
seguintes riscos: 
2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química
3 In� amabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito 
a autoaquecimento
4 In� amabilidade de sólidos ou sólido sujeito a autoaquecimento
5 Efeito oxidante (intensi� ca o fogo)
6 Toxicidade ou risco de infecção
7 Radioatividade
8 Corrosividade
9 Risco de violenta reação espontânea
X A substância reage perigosamente com água (utilizado como 
pre� xo do código numérico).
Exemplos: 223 — gás liquefeito refrigerado, in� amável; 368 — líquido in� amável, tóxico, 
corrosivo.
Conheça a relação dos códigos numéricos e 
respectivos signifi cados dos riscos, lendo o subitem 
3.2.3.2, da Resolução da ANTT nº 5.232/2016, no link:
http://portal .antt.gov.br/index.php/content/
view/50082/Resolucao_n__5232.html
SAIBA
2 A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E NORMAS SOBRE 
O TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS 
PERIGOSOS
 Além da legislação de trânsito, o condutor deve ainda atentar para a legislação especí� ca de 
transporte. No que concerne à legislação de transporte rodoviário de produtos perigosos no 
Brasil, ela é representada, sobretudo, pela Resolução ANTT no 3.665/2011 e suas alterações, 
que atualiza o Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, e pela Resolução 
ANTT nº5.232/2016 e suas alterações, que aprovam as Instruções Complementares ao 
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
36
D
IC
A
S
As regras para o transporte de produtos perigosos que estão vigentes no 
Brasil – nos modos rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário — têm 
como principal objetivo conjugar de dois princípios fundamentais: o da 
garantia da segurança da operação e o da facilitação do transporte. Para 
tanto, tais regras seguem padrões internacionais da Organização das 
Nações Unidas (ONU).
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é o órgão regulador federal, criado 
pela Lei no 10.233/2001 e vinculado ao Ministério dos Transportes (MT), responsável pela 
regulamentação da atividade de transporte terrestre de produtos perigosos. Além das resoluções 
da ANTT, o arcabouço legal referente ao transporte rodoviário de produtos perigosos engloba:
• normas técnicas complementares da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), tais como:
 ‐ NBR 14064:2015: Transporte rodoviário de  produtos perigosos  — Diretrizes do 
atendimento à emergência;
 ‐ NBR 14619:2015: Transporte terrestre de produtos perigosos — Incompatibilidade 
química;
 ‐ NBR 7503:2015: Transporte terrestre de produtos perigosos — Ficha de emergência 
e envelope — Características, dimensões e preenchimento;
 ‐ NBR 15481:2013: Transporte rodoviário de  produtos perigosos  — Requisitos 
mínimos de segurança;
 ‐ NBR 16173:2013: Transporte terrestre de  produtos perigosos  — Carregamento, 
descarregamento e transbordo a granel e embalados — Capacitação de colaboradores;
 ‐ NBR 7500:2013: Identi� cação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação 
e armazenamento de produtos;
 ‐ NBR 9735:2016: Conjunto de equipamentos para emergências no transporte 
terrestre de produtos perigosos;
 ‐ NBR 14095:2008: Transporte rodoviário de  produtos perigosos  — Área de 
estacionamento para veículos — Requisitos de segurança; 
 ‐ NBR 15480:2007: Transporte rodoviário de produtos perigosos — Plano de ação de 
emergência (PAE) no atendimento a acidentes. 
• Portarias do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(Inmetro): 
37
O Inmetro estabelece, mediante portarias, Regulamentos Técnicos 
de Qualidade (RTQs) e de Avaliação da Conformidade (RACs) para 
embalagens e veículos e equipamentos destinados ao transporte 
rodoviário de produtos perigosos.LEMBRE-SE
• legislação ambiental: federal, estadual e municipal, destacando:
 ‐ Lei no 9.605/1998: dispõe sobre a Lei dos Crimes Ambientais e apresenta as sanções 
penais e administrativas derivada de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente;
 ‐ Lei no 9.966/2000: dispõe sobre a prevenção, o controle e a � scalização da poluição 
causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas 
sob jurisdição nacional;
 ‐ Lei no 6.938/81: dispõe sobre a Política Nacional do 
Meio Ambiente.
 ‐ Lei 12.305/2014: institui a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605/1998 e dá outras 
providências.
• instrumentos legais de outros órgãos e entidades de 
governo, tais como: Comando do Exército, que estabelece 
regulamentos para a � scalização de produtos controlados; 
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que 
prescreve instruções acerca de materiais radioativos; e 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que 
institui procedimentos acerca de substâncias tóxicas e 
infectantes.
• SIEMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente do IBAMA, responsável por receber 
denuncias de crime ambiental e informações sobre acidente ambiental.
• no MERCOSUL: o Decreto no 1.797/1996 dispõe sobre a execução do Acordo de 
Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de ProdutosPerigosos entre Brasil, 
Argentina, Paraguai e Uruguai. Já a Resolução ANTT nº 1.474/2006 e suas alterações 
dispõem sobre as licenças e autorizações para o transporte rodoviário de carga 
internacional por empresas nacionais e estrangeiras.
Há de se mencionar que o condutor de veículo que transporta produtos perigosos também deve 
estar ciente dos principais instrumentos legais referentes ao transporte de carga em geral, a saber:
A legislação do transporte 
rodoviário de produtos 
perigosos se interconecta com 
a ambiental, positivando as 
responsabilidades do expedidor 
e do transportador, em que 
se destacam, por exemplo, 
o princípio do pagador/
poluidor e o princípio da 
corresponsabilidade.
38
• Lei no 13.103/2015: dispõe sobre o exercício da pro� ssão de motorista. Altera a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o CTB e a Lei no 11.442/2007 (empresas e 
transportadores autônomos de carga) para disciplinar a jornada de trabalho e o tempo 
de direção do motorista pro� ssional, e dá outras providências;
• resolução ANTT no 4.799/2015: regulamenta os procedimentos para inscrição e 
manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) 
e dá outras providências.
2.1 A Lei dos Caminhoneiros e sua Repercussão na Atividade 
de Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
A Lei no 13.103/2015 – conhecida como Lei dos Caminhoneiros — foi um marco importante 
na regulamentação da pro� ssão de motorista pro� ssional. Eis alguns de seus efeitos para o 
condutor de veículos no transporte rodoviário de produtos perigosos:
• jornada de trabalho: a jornada diária de trabalho do motorista pro� ssional será de 
8 (oito) horas, admitindo-se a sua prorrogação por até 2 (duas) horas extraordinárias 
ou, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas 
extraordinárias;
D
IC
A
S Será considerado como trabalho efetivo o tempo em que o motorista 
empregado estiver à disposição do empregador, excluídos os intervalos 
para refeição, repouso e descanso e o tempo de espera.
• pesagem de veículos: � cou permitida, na pesagem de veículos de transporte de carga 
e de passageiros, a tolerância máxima de: (a) 5% (cinco por cento) sobre os limites de 
Peso Bruto Total; e (b) 10% (dez por cento) sobre os limites de peso bruto transmitido 
por eixo de veículos à superfície das vias públicas; 
• exames toxicológicos: todo motorista empregado deverá fazer exame toxicológico na 
admissão e no desligamento da empresa;
• a Resolução CONTRAN no 517/2015 traz a exigência do exame toxicológico de larga 
janela de detecção para consumo de substâncias psicoativas, exigido quando da adição e 
renovação da habilitação nas categorias C, D e E. Já a Resolução CONTRAN no 529/2015 
prorroga o prazo para o referido exame a partir de 1º/01/2016;
• descanso: o motorista pro� ssional tem direito a 11 (onze) horas de descanso dentro 
do período de 24 horas. Mas, esse tempo pode ser fracionado. Assim, as 11 (onze) horas 
de descanso podem abranger o tempo das paradas obrigatórias;
• tempo de espera: as horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção 
39
de 30% (trinta por cento) do salário-hora normal.  Quando a espera for superior a 2 
(duas) horas ininterruptas e for exigida a permanência do motorista empregado junto 
ao veículo, caso o local ofereça condições adequadas, o tempo será considerado como de 
repouso para os � ns do intervalo;
• locais de espera e repouso: são considerados locais de repouso e descanso os pontos 
de parada e de apoio, estações rodoviárias, alojamentos, hotéis ou pousadas, refeitórios 
das empresas ou de terceiros e postos de combustíveis. O poder público assumiu a 
responsabilidade de divulgar os trechos das vias públicas que ofereçam pontos de parada 
ou locais de descanso. 
Antes de sua viagem, consulte os sítios eletrônicos do DNIT e da 
ANTT e saiba quais são os locais de repouso e descanso nas rodovias 
federais.
LEMBRE-SE
• prazos para carga e descarga: o prazo máximo para carga e descarga a partir do 
momento em que o veículo chega ao destino é de 5 (cinco) horas. Se esse limite for 
excedido, o motorista ou a empresa transportadora passam a ter direito a uma indenização 
pecuniária;
• pagamento do frete: o pagamento de frete do transporte rodoviário para o 
Transportador Autônomo de Carga (TAC) deve ser feito com crédito em conta corrente, 
poupança ou outra forma de pagamento regulamentada pela ANTT. Os custos dessa 
operação (taxas bancárias) são do responsável pelo pagamento.
3 A CARGA E SEU ACONDICIONAMENTO
De acordo com a Resolução ANTT no 3.665/2011 e suas alterações, as embalagens com 
produtos perigosos não devem apresentar sinais de violação, deterioração ou mau estado de 
conservação. Cada volume deve possuir o nome apropriado para embarque e o número ONU 
correspondente, precedido das letras “UN” ou “ONU”.
Em regra, o responsável pelo acondicionamento dos produtos perigosos é o expedidor. A 
carga deve ser devidamente estivada de acordo com as recomendações do expedidor (tipo de 
equipamento, número de pilhas, entrelaçamento e amarração).
40
Compatibilidade de cargas entre dois 
ou mais produtos é entendida como a 
ausência de risco potencial de ocorrer 
explosão, formação de gases, ou misturas 
perigosas e outros, se postos em contato 
entre si (por vazamento, ruptura de 
embalagem ou outra causa qualquer).
É proibido transportar produtos perigosos 
juntamente com alimentos, medicamentos ou 
quaisquer objetos destinados a uso ou consumo 
humano ou animal ou, ainda, com embalagens 
de mercadorias destinadas ao mesmo � m.
Para tanto, existem os cofres de carga, os quais 
são caixas com fechos para acondicionamento 
de carga geral perigosa ou não, com a 
� nalidade de segregar durante o transporte de 
produtos incompatíveis para o transporte. Tais 
equipamentos, especialmente os fabricados em 
plástico, têm os requisitos e métodos de ensaio 
estabelecidos pela NBR 15.589:2008.
A tabela de incompatibilidade química para o transporte de produtos perigosos é tratada pela 
NBR 14.619:2014 e, periodicamente, é revisada.
É proibido transportar produtos para uso humano ou animal em tanques de carga destinados 
ao transporte de produtos perigosos a granel.
D
IC
A
S
A descontaminação do veículo — processo que consiste na remoção 
física dos contaminantes ou na alteração de sua natureza química 
para substâncias inofensivas — é necessária quando do veículo e 
equipamentos do transporte de produtos perigosos é utilizado para 
outros � ns. Para conhecer o Regulamento Técnico da Qualidade para o 
serviço de Descontaminação de Equipamentos Destinados ao Transporte 
Rodoviário de Produtos Perigosos e as empresas habilitadas a realizar a 
descontaminação dos veículos e equipamentos pelo Inmetro, acesse o 
link indicado: http://www.inmetro.gov.br
4 RESPONSABILIDADES DO CONDUTOR DURANTE 
O TRANSPORTE
De acordo com a Resolução ANTT no 3.665/2011 e suas alterações, o condutor deve interromper 
a viagem e entrar em contato com a transportadora, autoridades ou entidades cujos telefones 
estejam listados no Envelope para o Transporte, quando ocorrerem alterações, nas condições 
de partida, capazes de colocar em risco a segurança de vidas, de bens ou do meio ambiente.
41
As operações de carregamento, descarregamento e transbordo de produtos perigosos devem 
ser realizadas atendendo às normas e instruções de segurança e saúde do trabalho, estabelecidas 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
O pessoal que participar das operações de carregamento, 
descarregamento ou transbordo de produtos perigosos a granel 
deve receber treinamento especí� co.
Durante o transporte, o condutor do veículo e os auxiliares devem usar o traje mínimo 
obrigatório, � cando desobrigados do uso dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs). 
O traje mínimo não é considerado EPI e é constituído por calça comprida, camisa ou camiseta, 
com mangas curtas ou compridas e calçados fechados.
5 DOCUMENTAÇÃO PARA O TRANSPORTERODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Para o transporte rodoviário de produtos perigosos, são obrigatórios os seguintes documentos:
• condutor: CNH cuja categoria deve ser correspondente ao veículo dirigido com o 
registro de realização de curso especializado para o transporte de produtos perigosos;
• veículo: inscrição do veículo no RNTRC, quando necessária; Certi� cado de Registro 
e Licenciamento do Veículo válido; seguro DPVAT pago; Imposto sobre a Propriedade 
de Veículos Automotores (IPVA) pago; Certi� cado de Inspeção para o Transporte de 
Produtos Perigosos (CIPP) válido; Certi� cado de Inspeção Veicular (CIV) válido. Estes 
dois últimos para o transporte a granel;
• carga: 
 ‐ documento � scal, contendo as seguintes informações: 
a. o nome apropriado para embarque;
b. a Classe ou a Subclasse de Risco do produto;
c. o número ONU, precedido das letras “UN” ou “ONU” e o grupo de embalagem 
da substância ou artigo; 
d. a quantidade total por produto perigoso abrangido pela descrição (em volume, 
massa, ou conteúdo líquido de explosivos, conforme apropriado).
42
Documento � scal para o transporte de produtos perigosos é qualquer 
documento (declaração de carga, nota � scal, conhecimento de 
transporte, manifesto de carga ou outro documento que acompanhe 
a expedição) que contenham as informações exigidas pela legislação.
LEMBRE-SE
 ‐ declaração do expedidor: o documento � scal de produtos perigosos, emitido pelo 
expedidor, deve também conter, ou ser acompanhado de, uma declaração de que o 
produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais das etapas 
necessárias a uma operação de transporte e que atende à regulamentação em vigor;
 ‐ � cha de Emergência para o transporte de produtos perigosos: possui informações 
sobre o produto a ser transportado, bem como instruções para casos de vazamentos, 
fogo, poluição, envolvimento de pessoas e informações ao médico. Cada produto 
transportado possui uma � cha, e o expedidor é responsável por sua entrega no ato do 
carregamento;
 ‐ envelope para o Transporte de Produtos Perigosos: possui os telefones úteis e as 
principais providências a serem tomadas em caso de emergência.
6 SIMBOLOGIA UTILIZADA NO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS
A identi� cação dos volumes e dos veículos é realizada por meio de Painel de Segurança e 
Rótulo de Risco. O Painel de Segurança é composto pelo número ONU e Número de Risco 
(código numérico constituído de dois ou três algarismos que indicam a natureza e a intensidade 
Quantidade limitada para o transporte de produtos perigosos
Certos produtos perigosos, no que diz respeito à 
embalagem interna e unidade de transporte, apresentam, 
em geral, riscos menores que os transportados em grandes 
quantidades. Assim, é possível dispensar expedições 
com quantidades limitadas de produtos perigosos, em 
cumprimento a algumas exigências.
Para saber quais são as dispensas estabelecidas, leia os 
subitens 3.4.2 e 3.4.3 da Resolução ANTT nº 5.232/2016.
43
do risco), podendo apresentar o Risco Subsidiário (risco adicional que o produto perigoso 
apresenta). 
O Rótulo de Risco obedece a determinados padrões de dimensão, cor e forma, e apresenta, 
em regra, o pictograma, o nome e o número alusivo à Classe ou Subclasse de Risco a que o 
produto perigoso pertence. 
Para que você possa conhecer os vários exemplos de 
utilização dos Painéis de Segurança e Rótulos de Risco, 
consulte os Capítulos 5.2 (Marcação e Rotulagem) e 
5.3 (Identifi cação das Unidades de Transporte e de 
Carga) da Resolução ANTT nº 5.232/2016 no sítio 
eletrônico: http://portal.antt.gov.br/index.php/
content/view/50082/Resolucao_n__5232.html
SAIBA
Há de se mencionar que o símbolo para o transporte de substâncias perigosas ao meio ambiente 
foi introduzido na regulamentação aplicável ao transporte terrestre de produtos perigosos, por 
meio da Resolução ANTT nº 3.632/2011.
44
Nos termos estabelecidos na aludida Resolução ANTT nº 3.632/2011, o símbolo em questão 
deve ser utilizado nas embalagens e nas unidades de transporte carregadas com substâncias 
perigosas para o meio ambiente e classi� cadas nos números ONU 3077 e ONU 3082. 
Cabe salientar que tal símbolo não é um novo rótulo de risco e, também, não substitui o Painel 
de Segurança nem o Rótulo de Risco indicativo da Classe de Risco associada ao produto 
perigoso transportado. Corresponde, portanto, a um item adicional para a identi� cação dos 
riscos relativos aos números ONU 3077 e ONU 3082.
Ainda, ressalta-se que, conforme o item 2.0.0 da Resolução ANTT no 5.232/2016, a classi� cação 
de um produto como perigoso para o transporte deve ser feita pelo seu fabricante ou expedidor 
orientado pelo fabricante. Os testes e os critérios para classi� cação estão descritos no Manual de 
Ensaios e Critérios, publicação da Organização das Nações Unidas (ONU), que permite, após a 
realização dos ensaios ali descritos, a alocação do produto ensaiado em alguma das 9 Classes e/
ou Subclasses de Risco descritas na Resolução ANTT nº 5.2323/2016. Tal Manual encontra-se 
disponível no sítio eletrônico da ONU (http://www.unece.org/trans/welcome.html).
7 REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL 
DE VELOCIDADE E TEMPO
O registrador instantâneo 
e inalterável de velocidade 
e tempo ou tacógrafo é um 
dispositivo empregado em 
veículos para monitorar o tempo 
de uso, a distância percorrida e 
a velocidade que desenvolveu.
Utiliza um  disco-diagrama  de  papel  carbonado para 
registrar as informações, sendo que cada disco pode 
registrar a informação de um dia, uma semana ou outro 
período de tempo conforme a versão do aparelho. Versões 
digitais e mais recentes desses aparelhos utilizam  smart 
cards (cartão com microchip) para evitar adulterações nos 
registros.
45
D
IC
A
S
Quanto à � scalização, a Resolução CONTRAN no 92/1999 e nº 406/2012 
determinam que o agente � scalizador treinado deverá veri� car e 
inspecionar as condições de uso, conexões, lacres e componentes intactos, 
registros do disco perfeitos e disco reserva. O agente deverá identi� car-
se e assinar o verso do disco ou � ta-diagrama, bem como mencionar o 
local, a data e o horário em que ocorreu a � scalização.
8 INFRAÇÕES E PENALIDADES NA LEGISLAÇÃO 
DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS 
PERIGOSOS
De acordo com a Resolução ANTT no 3.665/2011, as penalidades podem ser atribuídas ao 
expedidor, ao transportador e ao destinatário. As infrações classi� cam-se, de acordo com a 
sua gravidade, em três grupos: 
I - primeiro grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 1.000,00;
II - segundo grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 700,00; 
III - terceiro grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 400,00.
Veja alguns exemplos de infrações punidas com multa do primeiro grupo:
• transportador: transportar produtos perigosos cujo deslocamento rodoviário seja 
proibido pela ANTT;
• expedidor: expedir produtos perigosos a granel que não constem no Certi� cado de 
Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP).
Conheça todas as infrações e penalidades concernen-
tes à sua atividade no transporte rodoviário de pro-
dutos perigosos. Para tanto, consulte o Capítulo VI 
– Das Infrações e Penalidades, da Resolução ANTT no 
3.665/2011, no sítio eletrônico: 
http://portal .antt.gov.br/index.php/content/
view/4665/Resolucao_3665.html
SAIBA
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RESUMINDO
O conhecimento da legislação especí� ca do transporte rodoviário de produtos perigosos, 
além de permitir ao condutor o planejamento adequado de sua viagem, também pode 
evitar o surgimento de muitos problemas operacionais durante o seu percurso.
Documento � scal para o transporte de produtos perigosos é qualquer documento 
(declaração de carga, nota � scal, conhecimento de transporte, manifesto de carga ou 
outro documento que acompanhe a expedição) que contenha as informações exigidas 
pela legislação.
Muitos dos procedimentos emergenciais estão descritos na Ficha de Emergência e no 
Envelope para o Transporte; porisso, é importante que o condutor os conheça bem 
antes de iniciar a viagem.
1. O Rótulo de Risco obedece a determinados padrões de 
dimensão, cor e forma, e apresenta, em regra, o pictograma, o 
nome e o número alusivo à classe ou subclasse de risco a que o 
produto perigoso pertence.
( ) Certo ( ) Errado
2. De acordo com a Lei no 13.103/2015, conhecida como a Lei 
dos Caminhoneiros, a jornada diária de trabalho do motorista 
rodoviário de produtos perigosos, sem acréscimos, é de:
( ) 5 horas e meia
( ) 6 horas
( ) 7 horas
( ) 8 horas
3. No transporte rodoviário de produtos perigosos, as penalidades 
somente podem ser atribuídas ao expedidor e transportador.
( ) Certo ( ) Errado
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4. Com relação à documentação necessária quanto à carga para o 
transporte rodoviário de produtos perigosos, podem ser citados 
os abaixo indicados, à exceção de:
( ) Documento � scal
( ) Certi� cado de Registro e Licenciamento do Veículo
( ) Declaração do Expedidor
( ) Ficha de Emergência
MÓDULO II
DIREÇÃO DEFENSIVA 
UNIDADE 01
DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 1
1 Acidente Evitável ou Não Evitável
2 Entendendo as Condições Adversas
3 As Relações Existentes entre o Fator Humano e os 
Acidentes de trânsito
4 Como Ultrapassar e Ser Ultrapassado
5 O Acidente de Difícil Identifi cação da Causa
UNIDADE 01 - DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 1
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Será que todo acidente é evitável? Como o condutor deve agir nas situações adversas? Existe 
relação entre o fator humano e os acidentes de trânsito? Como o condutor de veículo que 
transporta produtos perigosos deve ultrapassar e ser ultrapassado?
Para que o condutor de veículo que transporta produtos perigosos aja de forma segura e 
correta durante o exercício pro� ssional de sua atividade, deve estar preparado para lidar 
com as mais variadas situações cotidianas, desde aquelas referentes a si mesmo, até as 
relativas às condições da via. 
Nesta unidade, abordaremos o sacidentes evitáveis ou não evitáveis, as condições 
adversas de luminosidade, tempo, via, tráfego, veículo e motorista, as relações existentes 
entre o fator humano e os acidentes de trânsito, como ultrapassar e ser ultrapassado e o 
acidente de difícil identi� cação da causa.
53
1 ACIDENTE EVITÁVEL OU NÃO EVITÁVEL
Para Cardo (2015) e Andrade (2012), dirigir de forma segura inclui habilidade em controlar o 
veículo, de maneira que não haja envolvimento em acidentes, apesar das ações incorretas dos 
outros usuários da via e das di� culdades advindas das condições adversas de luminosidade, 
tempo, trânsito, veículo, via, motorista, passageiros e carga.
Daí se pergunta: todo acidente é evitável? Em regra, sim, porque sempre há algo que poderia 
ter sido feito por alguém que usasse a razão e o bom senso.
Um acidente é evitável por um, pelo outro, por ambos ou até por 
terceiros que, de algum modo, possam estar envolvidos nas causas 
do acidente.
Exemplo: um acidente foi provocado porque o mecânico teria se 
esquecido de apertar devidamente os parafusos da roda, e esta se 
soltou.
Existem outras pessoas e entidades que têm o dever de auxiliar na prevenção de acidentes. 
Mas o principal responsável por evitar acidentes é o motorista.
2 ENTENDENDO AS CONDIÇÕES ADVERSAS
As condições adversas 
são situações causadoras 
de acidentes, passíveis de 
ocorrerem a qualquer momento, 
e às quais o motorista deve estar 
preparado, para reconhecê-las e 
saber superá-las.
Tais situações podem ser geradas pelos elementos descritos 
a seguir.
54
2.1 Condições Adversas de Luminosidade
Para o DENATRAN (2016) e Cardo (2015), a luminosidade de� ciente ou em excesso afeta 
a nossa capacidade de vermos ou de sermos vistos, seja ela natural ou arti� cial. Sem que o 
condutor tenha condições de ver ou de ser visto perfeitamente, há um risco muito grande de 
ocorrerem acidentes. 
Pode haver ofuscamento da visão causado pelo farol alto de um veículo que vem em sentido 
contrário ou pela luz solar incidindo diretamente nos olhos do condutor. 
Quando estiver conduzindo em rodovias, opte por deslocar-se com o farol baixo aceso, assim 
você contribui para que os outros motoristas possam identi� cá-lo com facilidade.
Tome cuidado com o uso indevido dos faróis. A vista humana pode 
levar até 7 segundos para se recuperar de um ofuscamento. Um 
veículo a uma velocidade de 80 km/h percorre uma distância superior 
ao tamanho de um campo de futebol antes que seu condutor recupere 
a visão plena. Em geral, o alcance do farol alto de seu veículo é de, 
aproximadamente, 120 metros.
LEMBRE-SE
55
No período noturno, ocorre uma redução da visibilidade e, em função disso, o motorista 
deve conduzir com velocidade menor e aumentar a distância de segurança. É importante 
tomar cuidados especiais ao dirigir nos períodos noturnos, pois a visibilidade humana nessas 
circunstâncias � ca reduzida para 1/6 em relação à capacidade visual durante o dia.
2.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima
Para o DENATRAN (2016) e Cardo (2015), a ocorrência de chuva, granizo, vento forte e 
neblina afetam a percepção e o controle do veículo e grande parte dos acidentes ocorre em 
dias chuvosos. Isso acontece porque, com a chuva, a pista � ca escorregadia. 
Por isso, ao dirigir com pista molhada ou em dias chuvosos — independentemente da 
quantidade de água na pista — diminua a velocidade, aumente a distância de outros veículos, 
utilize o freio de forma suave e gradativa, e não mude de direção bruscamente.
D
IC
A
S
Com a pista molhada, pode ocorrer o que se chama de aquaplanagem 
ou hidroplanagem, que consiste na perda de controle do veículo em 
decorrência da diminuição do atrito e da aderência dos pneus ao solo. A 
falta de contato dos pneus com a pista faz com que o veículo derrape e o 
condutor perca o seu controle, podendo causar um acidente. 
Além das condições de chuva, os condutores podem enfrentar situações de ventos fortes. Se 
os ventos forem transversais, o condutor deverá abrir os vidros e reduzir a velocidade, e se os 
ventos forem frontais, deverá reduzir a velocidade, segurando com � rmeza o volante.
Assista à reportagem que trata das condições 
adversas devido ao tempo e veja quais os melhores 
procedimentos indicados: https://www.youtube.
com/watch?v=8O1Gqrf6vw8 
SAIBA
Durante o inverno, as estradas podem ser invadidas por neblina, o que exige dos condutores 
mais atenção. Analise as sugestões que visam reduzir o risco de acidentes nessa condição 
adversa:
• acenda os faróis (luz baixa), mesmo durante o dia, caso não disponha de faróis de 
neblina;
• reduza a velocidade, mantendo ritmo constante, sem acelerações ou reduções bruscas;
56
• redobre a atenção;
• não use luz alta;
• nunca trafegue com o pisca-alerta ligado, exceto em caso de emergência ou se a via 
assim o permitir;
• caso seja necessário parar no acostamento, aí sim, deve ligar o pisca-lerta; 
• evite ultrapassagens.
2.3 Condições Adversas da Via
As condições adversas da via estão relacionadas com a construção e conservação das vias. 
Curvas, largura da pista, condições da pista e acostamento, tipo de pavimento, buracos, 
desníveis e falta de sinalização são algumas adversidades próprias da pista, muito frequentes 
no país.
2.4 Condições Adversas do Tráfego
As condições adversas do tráfego associam-se às situações que levam aos congestionamentos 
ou a trânsito lento, sendo provocadas, normalmente, pelo excesso de veículos circulando em 
determinadas vias. 
Além disso, o trânsito rápido é muito perigoso, pois a maioria dos motoristas ignora a 
distância de segurança. Ocorrendo alguma adversidade, podem não parar o veículo a tempo, 
provocando colisões ou mesmo engavetamentos.
Em regiões agrícolas, cuidado com a presença de máquinas agrícolas 
e bicicletas circulando sobre a pista de rolamento.
LEMBRE-SE
2.5 Condições Adversas do Veículo
As condições adversas do veículo relacionam-se a pneus gastos ou mal calibrados, freios 
desregulados, suspensão desalinhada, direção com folga, sinaleiras e faróis

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