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MÓDULO 
Destoxificação 
 
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DESTOXIFICAÇÃO 
 
Profa. Dra. Audrey Yule Coqueiro 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Objetivo da disciplina: 
 
Discutir sobre o processo de destoxificação nos órgãos/tecidos relacionados, bem 
como as estratégias nutricionais que poderiam favorecer a destoxificação. 
 
Objetivos específicos: 
 
• Discutir sobre o conceito de destoxificação e como este processo ocorre. 
• Debater estratégias nutricionais vinculadas à destoxificação. 
 
Habilidades e competências a serem alcançadas: 
 
• Compreender o processo de destoxificação, com ênfase em como e onde 
ele ocorre. 
• Compreender estratégias nutricionais que poderiam favorecer a 
destoxificação. 
 
Ementa da disciplina: 
 
Discutir sobre o processo de destoxificação, incluindo o seu conceito e como/onde ele 
ocorre. Não obstante, é objetivo desse material discutir sobre as estratégias 
nutricionais associadas à destoxificação. As informações incluídas são 
fundamentadas em evidências científicas bem consolidadas. 
 
Bibliografia básica da disciplina: 
 
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Nelson, D.L.; Cox, M.M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6ª Ed. Porto 
Alegre: Artmed. 2014. 
 
Alberts, B.; Johnson, A.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K.; Walter, P. Biologia molecular 
da célula. 5ª Ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 
 
Guyton, A.C.; Hall, J.E. Tratado de fisiologia médica. 13ª Ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier. 2017. 
 
Mahan, L.K.; Escott-Stump, S.; Raymond, J.L. Krause Alimentos, Nutrição e 
Dietoterapia. 13ª Ed. Elsevier. 2012. 
 
Cozzolino, SMF; Cominetti, C. Livro: Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição, 
nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Ed. Manole, 1ª edição, 2013. 
 
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AULA 01: DESTOXIFICAÇÃO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Destoxificação, em inglês detoxification ou clearance, também referida como "detox", 
significa qualquer processo realizado por um organismo objetivando a eliminação ou 
redução da atividade de substâncias xenobióticas, tanto a nível celular quanto a nível 
sistêmico, abarcando o organismo todo. 
 
Para compreender de forma aprofundada o conceito de destoxificação, é 
imprescindível entender o que são xenobióticos. Este termo é compreendido como 
substâncias químicas, intrínsecas ou extrínsecas ao metabolismo normal do 
organismo, que são nocivas ou atingiriam concentrações tóxicas caso não fossem 
metabolizadas. Estas substâncias são frequentemente chamadas de toxinas e o 
objetivo da destoxificação é, justamente, promover a atenuação ou a eliminação 
destas substâncias do organismo. Como resultado, o processo de destoxificação 
minimiza os danos causados pelos xenobióticos. 
 
Diversos órgãos/tecidos estão associados ao processo de destoxificação, dentre eles 
destacam-se intestinos, fígado e rins. 
 
Considerando a importância da destoxificação para a manutenção da homeostase do 
organismo, o objetivo dessa aula é abordar este processo nos mais diversos sítios e 
contextos. 
 
Intestino 
 
Inúmeras substâncias consideradas como xenobióticas adentram o organismo por 
meio da alimentação. Neste cenário, o trato gastrointestinal, isto é, os órgãos/tecidos 
que recebem os alimentos precisam estar preparados para lidar com as mais diversas 
toxinas. Este é, justamente, o caso do intestino, o qual contempla um eficiente sistema 
de barreira, bem como um potente sistema imune intestinal. 
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As células intestinais localizam-se justapostas, fixadas por meio de tight juncts, as 
quais são estruturas que mantêm as células intestinais unidas, de forma que 
substâncias indesejáveis, incluindo microrganismos patogênicos, não ultrapassem as 
células intestinais alcançando a circulação sanguínea. Quando há aumento da 
permeabilidade intestinal, a estrutura e a função das tight junctions são prejudicadas, 
o que pode repercutir na passagem de substâncias indesejáveis através dessa 
barreira intestinal. Em casos graves, a permeabilidade pode resultar em translocação 
bacteriana e septicemia. Logo, a função barreira do intestino é de suma importância 
para impedir que toxinas, xenobióticos e patógenos ingeridos com os alimentos sejam 
absorvidos e alcancem a corrente sanguínea, causando danos sistêmicos. 
 
Além desta função barreira, o intestino ainda é equipado com o sistema imune 
intestinal, contemplando uma rede de linfócitos chamada GALT (do inglês gut-
associated lymphoid tissue), a qual atua de modo a impedir que toxinas ou patógenos 
presentes no intestino sejam absorvidos e provoquem danos ao organismo. Desse 
modo, o GALT é responsável por eliminar estes agressores antes que eles alcancem 
a circulação sanguínea. Não obstante, o intestino ainda apresenta inúmeras outras 
células imunes, como células dendríticas e macrófagos, que também atuam na defesa 
contra patógenos. 
 
As células do epitélio intestinal são sinalizadas com receptores do tipo Toll (do inglês 
toll-like receptors - TLRs), os quais reconhecem bactérias possivelmente patogênicas, 
as sinalizam e, consequentemente, estimulam mecanismos de resposta frente a este 
agravo, como proliferação celular, produção de imunoglobulina A, manutenção das 
tight junctions e síntese de substâncias com papel antimicrobiano e pró-inflamatório. 
Os TLRs reconhecem componentes de bactérias gram-negativas, por exemplo, o 
lipopolissacarídeo (LPS) presente na parede celular destes microrganismos. A partir 
deste reconhecimento pelos TLRs, há sinalização do patógeno e, por consequência, 
indução de mecanismos de defesa. 
 
A Figura 1 apresenta as tight junctions (em estado normal ou com permeabilidade 
intestinal), bem como os mecanismos de defesa em resposta a presença de LPS. 
 
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Retirado de Coqueiro et al. (2018). 
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Além do sistema imune intestinal, os intestinos, bem como todo o trato gastrointestinal, 
compreendem uma vasta microbiota, a qual, dentre outras inúmeras funções, também 
está associada ao processo de destoxificação de xenobióticos. O termo microbiota, 
que substituiu o antigo termo “microflora”, designa o conteúdo de microrganismos 
presentes em determinado local do organismo, como a microbiota intestinal, enquanto 
“microbioma” designa os genomas coletivos de microrganismos que habitam o corpo, 
e também podem pertencer a um local específico, como, por exemplo, microbioma 
intestinal. 
 
Na microbiota intestinal humana residem mais de 1014 bactérias, pertencentes a 190 
gêneros e 500 a 1.000 espécies diferentes. É estimado que a microbiota intestinal 
apresente peso aproximado de 1,5 kg. Embora haja intensa variação individual, 
existem, pelo menos, 57 espécies de bactérias que são compartilhadas por toda a 
espécie humana. 
 
A maioria dos microrganismos residentes na microbiota intestinal é pertencente aos 
filos Firmicutes e Bacteroidetes – aproximadamente 90% – e uma pequena parcela 
ao filo Actinobacteria. Os microrganismos presentes na microbiota são classificados 
de acordo com o papel que desempenham na microbiota intestinal, podendo ser 
simbiontes, comensais ou patogênicos. 
 
Os simbiontes estão vinculadosà promoção de saúde ao hospedeiro, enquanto os 
comensais não promovem benefícios ou malefícios, e os patogênicos estão 
associados ao desenvolvimento de doenças, visto que sintetizam compostos tóxicos, 
como amônia, fenol, indol e outros, podendo lesionar o epitélio e comprometer a 
capacidade absortiva, prejudicando diretamente o intestino. É válido ressaltar que 
uma microbiota intestinal considerada saudável contempla todas as classes de 
microrganismos (simbiontes, comensais e patogênicos), devendo haver um equilíbrio 
entre elas. 
 
Os microrganismos do TGI estão alocados em sítios específicos em concordância 
com as espécies e a densidade populacional, havendo intensa competição entre eles. 
A distribuição dos microrganismos ao longo do TGI é apresentada no Quadro 1. 
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Quadro 1. Distribuição das bactérias ao longo do TGI. 
 
 
 
 
 
 
O gênero Lactobacillus é mais presente no intestino delgado, enquanto o gênero 
Bifidobacterium predomina no intestino grosso, embora a presença deste gênero 
tenda a reduzir com o decorrer dos anos de vida, sendo, portanto, vinculada a 
“jovialidade intestinal”. 
 
Referente às funções da microbiota, as principais ações estão vinculadas ao sistema 
imune (ativação das respostas imune inata e adaptativa), a degradação de 
xenobióticos e ao metabolismo de nutrientes, como a fermentação de carboidratos, a 
síntese de ácidos graxos de cadeia curta – AGCC (acetato, propionato e butirato), a 
síntese de vitaminas do complexo B (riboflavina, ácido fólico e cobalamina) e de 
vitamina K. 
 
O gênero Lactobacillus, por exemplo, é fermentativo e sintetiza ácido láctico durante 
o seu metabolismo primário, o que promove redução do pH intestinal e, por 
consequência, dificulta o crescimento de bactérias comensais e patogênicas. Além 
disso, a microbiota intestinal associada à mucosa e ao muco, compõem a barreira 
mucosa, que representa sistema de defesa importante contra patógenos presentes no 
lúmen intestinal. 
 
Microbiota nos ciclos da vida 
 
Infância 
 
No parto convencional, o recém-nascido é exposto a diversos microrganismos. Neste 
momento, há colonização de gêneros como Lactobacillus e Prevotella na vagina da 
gestante que, portanto, entram em contato com o recém-nascido no momento do 
Local do TGI 
Bactérias por grama 
de conteúdo intestinal 
Estômago e duodeno <103 
Íleo 108 
Cólon >1012 
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nascimento. Dessa forma, o bebê é colonizado com as bactérias da mãe, e mantém 
um padrão por um período, até ser colonizado com outros microrganismos. 
 
Na cesariana, entretanto, o recém-nascido é exposto aos microrganismos presentes 
na pele, como Staphylococcus, Corynebacterium e Propionibacterium. Neste cenário, 
os bebês nascidos por cesariana não mantêm um padrão por um período de até seis 
meses após o nascimento. 
 
Cabe destacar que estudos recentes têm evidenciado que, antes do nascimento, o 
trato gastrointestinal (TGI) dos neonatos não é estéril. Comunidades microbianas 
foram identificadas no mecônio de alguns bebês nascidos prematuramente e foi 
demonstrado que o líquido amniótico das gestantes em trabalho de parto prematuro 
continha um amplo e diversificado espetro de DNA ribossomal bacteriano. Enquanto 
o bebê está no útero, ele normalmente engole aproximadamente 400 a 500 mL de 
líquido amniótico por dia, sugerindo que a hipótese da infecção intra-amniótica é a 
força motriz por trás do trabalho de parto prematuro. 
 
É bem esclarecido na literatura que neonatos nascidos por cesariana, pré-termos ou 
submetidos à exposição com antibióticos nos períodos pré e pós-natal, apresentam 
retardo na colonização intestinal por bactérias comensais. A microbiota intestinal de 
neonatos nascidos por cesariana é caracterizada pela ausência de Bifidobactérias, 
enquanto os neonatos nascidos por parto convencional, apesar de apresentarem 
diferentes perfis microbianos, possuem predominância de Bifidobacterium longum e 
Bifidobacterium catenulatum. 
 
Após o nascimento, é recomendado, exclusivamente, o aleitamento materno até, pelo 
menos, quatro meses de vida. O leite materno apresenta diversos componentes 
capazes de melhorar a atividade do sistema imune do lactente, como probióticos e 
prebióticos (mais de 130 oligossacarídeos já foram identificados), também conhecidos 
como fator bífido, visto que estimulam a colonização intestinal por microrganismos 
benéficos. Os probióticos do leite materno (mais de 109 microrganismos em lactantes 
saudáveis) também permitem a colonização intestinal dos neonatos. 
 
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Levando em consideração que o aleitamento materno exclusivo nem sempre é 
possível, a alimentação artificial (fórmulas lácteas) deve apresentar composição 
nutricional similar ao leite materno, a fim de assemelhar-se aos efeitos do último. Ainda 
assim, evidências indicam que a composição da microbiota intestinal difere em 
lactentes alimentados com leite materno em comparação àqueles com alimentação 
artificial, sendo que o gênero Bifidobacterium é mais numeroso nos primeiros. 
Lactentes alimentados de forma artificial apresentam número similar de Bacteroides e 
Bifidobacterium, além de apresentarem valores consideráveis de Staphylococcus, 
Escherichia coli e Clostridium, microrganismos potencialmente patogênicos. 
 
A infância é caracterizada por intensa e rápida colonização intestinal de 
microrganismos, havendo o estabelecimento de um padrão na composição da 
microbiota nos primeiros anos de vida. Esse padrão é influenciado por variáveis 
individuais, como fatores internos (genética) e fatores ambientais (alimentação, por 
exemplo). Neste cenário, mesmo crianças expostas a condições similares, 
apresentam variação individual na microbiota. 
 
Tendo em vista que a microbiota intestinal infantil não é completamente estabelecida, 
o contato das crianças com microrganismos, que podem se tornar colonizadores, 
permite a alteração da composição da microbiota. Neste contexto, a inclusão de 
suplementos ou de alimentos probióticos nesta idade pode ser um importante recurso 
a fim de modular a composição da microbiota na infância e também na fase adulta. 
 
Fase adulta 
 
No organismo humano adulto, o número de células de microrganismos ultrapassa em 
dez vezes o número de células humanas, sendo que a maior parte destes 
microrganismos está localizada no TGI. Apenas no cólon, é estimado que haja mais 
de 400 espécies de bactérias, pertencentes, especialmente, aos gêneros Bacteroides, 
Eubacterium, Clostridium, Ruminococcus e Faecalibacterium, caracterizados por 
serem anaeróbios. Entretanto, há uma intensa variabilidade individual, sendo que, 
apenas parte desses microrganismos é compartilhada por todos os humanos. 
 
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Diferente da microbiota infantil, a microbiota adulta segue um padrão, ou seja, é 
menos variável e, portanto, mais estável. Pelo fato da microbiota adulta já estar 
estabelecida, a alteração da composição da microbiota, mesmo com a suplementação 
de probióticos, é dificultada, visto que os microrganismos administrados não são 
capazes de colonizar o intestino, apenas permanecem aderidos no TGI, de forma 
temporária (aproximadamente oito dias após a interrupção da suplementação). Neste 
sentido, o uso de probióticos, a fim de manter os benefícios à saúde, deve ser 
contínuo. 
 
Idosos 
 
O processo de envelhecimento está associado à redução,de até mil vezes, da 
população de bactérias consideradas benéficas no TGI, comparado com indivíduos 
jovens. Desse modo, após 60 anos de idade, o indivíduo apresenta valores inferiores 
de microrganismos como Lactobacillus e Bifidobacterium. Além destas alterações, há 
aumento do gênero Clostridium, permitindo que, nesta faixa etária, os indivíduos 
estejam suscetíveis a infecções intestinais por Clostridium difficile. 
 
A capacidade do organismo para produzir uma resposta imunológica eficaz contra 
patógenos diminui com a idade, um fenômeno conhecido como imunossenescência. 
Nesse sentido, os idosos podem ser considerados como indivíduos 
imunocomprometidos, visto que há redução da produção de linfócitos B e T, assim 
como diminuição da função de linfócitos maduros em tecidos linfoides secudários e 
de células natural killers (NK). 
 
Várias cepas probióticas como Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei e 
Bifidobacterium lactis têm demonstrado, com base nos modelos in vitroe ex-vivo, 
propriedades imunoestimuladoras, incluindo aumento da produção de linfócitos, da 
síntese de citocinas, da atividade fagocítica de macrófagos e de neutrófilos, e na 
atividade das células NK. 
 
Além das causas supracitadas, o envelhecimento, por promover alterações na 
composição da microbiota, pode, também, estar acompanhado de uma gama de 
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sintomas gastrointestinais decorrentes da perda de mobilidade física, do uso continuo 
de medicamentos, da presença de comorbidades e da deterioração da sensibilidade 
anorretal. O sintoma mais comum relatado é a constipação intestinal, afetando 50% 
dos idosos residentes na comunidade e 74% dos idosos em casas de repouso. 
 
Neste sentido, aventa-se que a suplementação com probióticos, especialmente com 
bactérias pertencentes aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium, representa 
potencial recurso a fim de modular a composição da microbiota intestinal em idosos, 
diminuindo os sintomas gastrointestinais, atenuando o risco de infecções intestinais, 
melhorando a resposta imunológica e promovendo qualidade de vida. Tal como em 
adultos, a microbiota de idosos mantém um padrão, e os probióticos não se tornam 
colonizadores do intestino, devendo ser ingeridos continuamente. 
 
Microbiota, dieta e doenças 
 
No que tange a doenças, em diversas condições clínicas há alteração da composição 
da microbiota intestinal, como em doenças inflamatórias, obesidade e câncer, 
entretanto, a ordem dos fatores é desconhecida, ou seja, se a alteração da microbiota 
contribui com o desenvolvimento da doença ou, se após o estabelecimento da doença, 
há alteração da microbiota. Esse “desequilíbrio” na microbiota é denominado disbiose, 
quadro que se refere à redução de microrganismos benéficos e aumento de 
microrganimos patogênicos. Considerando que a alimentação do hospedeiro é o 
principal componente para compor e modular a microbiota intestinal, a ingestão de 
determinados alimentos pode contribuir para esse desequilíbrio entre os 
microrganismos residentes. 
 
Dietas ricas em proteínas produzem aminas, fenóis e amônia por meio da atividade 
das proteases da microbiota intestinal, produtos relacionados à carcinogênese em 
diversos tecidos. Alimentos ricos em enxofre como bebidas alcóolicas, carnes, leite, 
ovos, vegetais crucíferos e frutos do mar, ao sofrer a ação de determinadas cepas 
bacterianas, podem produzir sulfeto de hidrogênio, um gás tóxico para a mucosa 
intestinal. 
 
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Dietas ricas em lipídeos levam a diminuição de Bacteroidetes e ao aumento de 
Firmicutes e Proteobacterias. Além disso, podem aumentar a concentração 
plasmática de LPS — endotoxemia metabólica —, que é um dos componentes 
principais da membrana exterior de bactérias gram-negativas. O LPS é capaz de 
induzir resposta inflamatória no hospedeiro, por meio do mecanismo de 
reconhecimento de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs), os quais 
ativam receptores TLR, especialmente o TLR-4, configurando um dos principais 
gatilhos para o desenvolvimento de doenças inflamatórias. 
 
Fígado 
 
O fígado é o principal órgão envolvido no metabolismo, seja de xenobióticos, fármacos 
ou nutrientes, por exemplo. Este é o maior órgão do corpo, contribuindo com 
aproximadamente 2% do peso total do indivíduo (~1,5 kg em um adulto). A unidade 
funcional básica do fígado é o lóbulo hepático, sendo que o fígado humano contém 
cerca de 50.000 a 100.000 lóbulos individuais. 
 
Além dos hepatócitos, o fígado compreende células endoteliais típicas e células de 
Kupffer, que são macrófagos, cuja principal função é fagocitar bactérias e outros 
patógenos presentes no sangue que chega ao fígado. Estima-se que quando uma 
bactéria se aproxima da célula de Kupffer, em menos de 0,01 segundo ela passa para 
o interior celular, permanecendo alojada até ser digerida. Possivelmente, menos de 
1% das bactérias que entram no sangue porta (proveniente dos intestinos) consegue 
passar através do fígado para a circulação sistêmica. Assim, é possível perceber que 
as substâncias absorvidas através do intestino são transportadas ao fígado, o qual 
também está amparado a eliminar possíveis patógenos e toxinas. Vale salientar que 
o fígado apresenta elevado fluxo sanguíneo, sendo que cerca de 1.350 mililitros de 
sangue fluem por este órgão a cada minuto, o que equivale 27% do débito cardíaco 
de repouso. 
 
No que se refere ao metabolismo hepático de xenobióticos, o principal objetivo é tornar 
estas substâncias mais facilmente excretáveis pelo organismo. O metabolismo de 
xenobióticos compreende duas fases – fase I e fase II. A fase I objetiva inativar o 
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composto e torna-lo mais hidrofílico, de forma a facilitar a excreção urinária. As 
principais reações químicas envolvidas nesta fase são: oxidação, redução, hidrólise e 
acetilação. As principais enzimas envolvidas neste processo são aquelas 
pertencentes ao sistema enzimático do citocromo P-450, bem como a flavina 
monooxigenase, a álcool desidrogenase, a aldeído desidrogenase e a monoamida 
oxidase. 
 
Na fase II, os xenobióticos são conjugados com grupos químicos que os tornam ainda 
mais hidrofílicos, como conjugação com sulfato, glutationa, aminoácidos e 
glucoronídeo. As principais enzimas envolvidas nesta fase são: UDP-glicuronil 
transferase, sulfotransferase, N-acetiltransferase e glutationa S-transferase. É 
importante destacar que nem todo xenobiótico passa pelas duas fases, sendo que se 
a substância já tiver caráter mais hidrofílico, ela passará apenas pela fase I. 
 
Aventa-se que diversos nutrientes são requeridos para que as reações químicas das 
fases I e II ocorram, como vitaminas do complexo B, por exemplo: riboflavina, niacina, 
piridoxina, ácido fólico, cobalamina. 
 
Rins 
 
No que se refere ao processo de destoxificação, os rins desempenham importante 
papel na excreção de xenobióticos, toxinas e demais substâncias que necessitam ser 
eliminadas do organismo por meio da urina. Vale relembrar que o metabolismo 
hepático de xenobióticos converte estas substâncias em formas mais hidrofílicas e de 
fácil excreção, facilitando o trabalho executado pelos rins. Salienta-se, ainda, que nem 
todas as substâncias são totalmente excretadas, sendo que algumas delas podem se 
acumular em determinados tecidos, como no tecido adiposo. 
 
Ferramentas pedagógicas (EAD) 
 
Para saber mais: 
 
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Elsevier. 2017. 
 
Abreu M.T. Toll-like receptor signalling in the intestinal epithelium: how bacterial 
recognition shapes intestinal function. Nat Rev Immunol. 2010 Feb;10(2):131-44. 
 
Coqueiro, A.Y.; Raizel, R.; Bonvini, A. et al. Probiotics for inflammatory bowel 
diseases: a promising adjuvant treatment. International Journal of Food Sciences 
and Nutrition, 2018. 
 
Bonvini, A.Y.; Coqueiro, A.Y.; Macedo, M.M. Recomendações de probióticos. Em: 
Philippi, S.T.; Aquino, R.C. Recomendações nutricionais: Nos estágios de vida e nas 
doenças crônicas não transmissíveis. Manole, 2018. 
 
Aureli, P.; Capurso, L.; Castellazzi, A.M. et al. Probiotics and health: An evidence-
based review. Pharmacol Res. v.63, p. 366–376, 2011. 
 
Lerayer, A.; Barreto, B.A.P.; Waitzberg, D.L. et al. In gut we trust.1ed. São Paulo, SP: 
Sarvier, 2013. 
 
Martinez, R.C.R.; Bedani, R.; Saad, S.M.I. Scientific evidence for health effects 
attributed to the consumption of probiotics and prebiotics: an update for current 
perspectives and future challenges. Br J Nutr, v.114, 2015. 
 
 
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AULA 02. ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS ASSOCIADAS À DESTOXIFICAÇÃO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A destoxificação é um processo endógeno do organismo, realizado por inúmeros 
órgãos e tecidos. Dessa forma, não é possível que um alimento, por si só, realize este 
processo. É muito comum, principalmente leigos, utilizarem de estratégias, como suco 
verde, com o objetivo de destoxificar o organismo após episódios de ingestão 
alimentar excessiva (especialmente incluindo açúcares e gorduras), porém, apesar 
desta bebida ser repleta de nutrientes, ela não tem o poder de realizar o processo de 
destoxificação. Assim, é indicado que os profissionais da área da saúde evitem o 
termo “detox”, a fim de não confundir os pacientes. 
 
Apesar do alimento, por si só, não ser capaz de realizar a destoxificação, inúmeros 
nutrientes podem influenciar, de forma negativa ou positiva, este processo. Discutir 
sobre as estratégias nutricionais relacionadas a este processo é justamente o objetivo 
desta aula. 
 
Nutrientes que influenciam de forma negativa 
 
Evidências indicam que o consumo de gorduras saturadas, principalmente quando 
associadas a açúcares, aumenta a concentração de LPS (endotoxina metabólica) no 
intestino, o que sinaliza os receptores TLRs induzindo o processo inflamatório (de 
forma similar ao LPS proveniente de bactérias gram-negativas) e o aumento da 
permeabilidade intestinal. 
 
Neste contexto, o intestino de indivíduos com alimentação rica em gorduras saturadas 
e açúcares apresenta uma inflamação de baixo grau, porém crônica, o que aumenta 
o risco do desenvolvimento de diversas doenças, como doenças inflamatórias 
intestinais. Estas características (inflamação crônica e de baixo grau, também 
chamada de metainflamação) são, justamente, atribuídas ao quadro de obesidade. 
Neste cenário, as estratégias nutricionais aplicadas para reverter a situação seriam: 
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plano alimentar voltado ao emagrecimento (ingestão calórica inferior ao gasto calórico 
– balanço energético negativo), com redução da ingestão de gorduras saturadas, trans 
e açúcares. 
 
Além das gorduras saturadas e dos açúcares, a ingestão de álcool também afeta 
negativamente o processo de destoxificação, tendo em vista que o álcool é 
metabolizado no fígado, sobrecarregando o metabolismo hepático. Não obstante, a 
ingestão excessiva de álcool também está vinculada com estresse oxidativo e 
alteração no metabolismo de alguns nutrientes, como vitaminas do complexo B. 
 
Nutrientes que influenciam de forma positiva 
 
Vitaminas do complexo B 
 
Conforme mencionado na aula anterior, as vitaminas do complexo B desempenham 
importante papel como cofatores das reações químicas que ocorrem no processo 
hepático de destoxificação de xenobióticos, principalmente na fase I. Neste contexto, 
a ingestão adequada e suficiente destas vitaminas é essencial para garantir a 
homeostase da destoxificação hepática. 
 
Antioxidantes 
 
Muitos xenobióticos provocam estresse oxidativo, logo, a ingestão adequada e 
suficiente de nutrientes com caráter antioxidante é fundamental para reverter este 
quadro. Dentre os nutrientes antioxidantes, destacam-se as vitaminas A 
(carotenoides), C e E, os minerais cobre e selênio, bem como compostos bioativos, 
como tióis. 
 
Fibras alimentares 
 
As fibras alimentares estão associadas a inúmeros efeitos biológicos que poderiam 
favorecer, indiretamente, o processo de destoxificação. As fibras alimentares 
melhoram a saúde intestinal (sendo o intestino um importante sítio de destoxificação), 
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bem como retardam a absorção de açúcares e gorduras – nutrientes associados ao 
aumento do LPS intestinal e inflamação. 
 
Não obstante, as fibras alimentares favorecem o emagrecimento por inúmeros 
mecanismos, como: (i) os alimentos ricos em fibras são menos calóricos, (ii) os 
alimentos ricos em fibras exigem maior tempo de mastigação, (iii) há retardo no 
esvaziamento gástrico e maior sensação de plenitude após o consumo de fibras, (iv) 
há retardo na absorção de açúcares e gorduras em razão da maior viscosidade 
promovida pelas fibras, (v) há fermentação das fibras pela microbiota intestinal e (vi) 
há liberação de hormônios intestinais associados à saciedade. 
 
Probióticos 
 
Considerando a importância da microbiota na destoxificação de xenobióticos, é de 
suma relevância estudar estratégias que melhorem a composição e o funcionamento 
da microbiota. Dentre estas intervenções, destaca-se a suplementação com 
probióticos, prebióticos e simbióticos. 
 
O termo probiótico, derivado do grego, traz o sentido daquilo que é a favor da vida, ou 
seja, que pode promover efeitos benéficos à saúde. A Food and Agriculture 
Organization of the United States/World Health Organization (FAO/WHO) define esse 
termo como “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades 
adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. 
 
Diversos são os critérios apontados para que um microrganismo seja considerado 
probiótico, dentre eles: (i) ser, preferencialmente, de origem humana (isolado do trato 
gastrointestinal humano - TGI); (ii) ser reconhecido como seguro à saúde (GRAS – 
Generally Recognized as Safe), por meio de evidências científicas, mesmo para 
indivíduos imunocomprometidos; (iii) ser viável e ativo no veículo em que for 
administrado; (iv) ser resistente aos sucos gástricos e intestinais; (v) e ser capaz de 
aderir ao intestino humano. 
 
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Os principais efeitos benéficos dos probióticos à saúde humana são referentes a 
alterações positivas na composição da microbiota, bem como melhora da resposta e 
homeostase do sistema imune. Em decorrência ao primeiro efeito, tem sido atribuído 
aos probióticos a ação de reduzir o risco de ocorrência de cáries, combater a 
colonização por H. pylori e prevenir diarreias e constipação intestinal.No que 
concerne à resposta imune, a ingestão de probióticos está associada à redução do 
risco de alergias, de infecções (incluindo infecção urinária) e de doenças respiratórias 
em crianças. Vale ressaltar que nem todos estes efeitos estão completamente 
elucidados na literatura. 
 
Prebióticos 
 
De acordo com definição proposta por Gibson et al. (2017), prebióticos são substratos 
seletivamente utilizados pelos microrganismos do hospedeiro, conferindo um 
benefício à saúde. Ao contrário do que se pensava no passado, não são apenas 
algumas fibras (como oligossacarídeos e inulina) que se enquadram como prebióticos, 
mas também ácido linoleico conjugado, ácidos graxos poliinsaturados (ômegas 3 e 6), 
fenólicos e fitoquímicos. 
 
Simbióticos 
 
O conceito de “simbióticos” se refere a combinação de uma ou mais cepas probióticas 
e um ou mais prebióticos. Para a seleção de ambos, é necessário que o prebiótico 
permita o crescimento do microrganismo probiótico, havendo, portanto, uma interação 
positiva destes componentes avaliada in vitro. 
 
Quando a escolha do probiótico e do prebiótico é adequada, o efeito benéfico à saúde 
pode ser ainda mais acentuado, comparada à administração isolada desses 
componentes, devido à sinergia entre o microrganismo probiótico e a fibra prebiótica. 
 
Ferramentas pedagógicas (EAD) 
 
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Nelson, D.L.; Cox, M.M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6ª Ed. Porto 
Alegre: Artmed. 2014. 
 
Alberts, B.; Johnson, A.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K.; Walter, P. Biologia molecular 
da célula. 5ª Ed. Porto Alegre: Artmed. 2010. 
 
Guyton, A.C.; Hall, J.E. Tratado de fisiologia médica. 13ª Ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier. 2017. 
 
Abreu M.T. Toll-like receptor signalling in the intestinal epithelium: how bacterial 
recognition shapes intestinal function. Nat Rev Immunol. 2010 Feb;10(2):131-44. 
 
Coqueiro, A.Y.; Raizel, R.; Bonvini, A. et al. Probiotics for inflammatory bowel 
diseases: a promising adjuvant treatment. International Journal of Food Sciences 
and Nutrition, 2018. 
 
Bonvini, A.Y.; Coqueiro, A.Y.; Macedo, M.M. Recomendações de probióticos. Em: 
Philippi, S.T.; Aquino, R.C. Recomendações nutricionais: Nos estágios de vida e nas 
doenças crônicas não transmissíveis. Manole, 2018. 
 
Aureli, P.; Capurso, L.; Castellazzi, A.M. et al. Probiotics and health: An evidence-
based review. Pharmacol Res. v.63, p. 366–376, 2011. 
 
Lerayer, A.; Barreto, B.A.P.; Waitzberg, D.L. et al. In gut we trust.1ed. São Paulo, SP: 
Sarvier, 2013. 
 
Martinez, R.C.R.; Bedani, R.; Saad, S.M.I. Scientific evidence for health effects 
attributed to the consumption of probiotics and prebiotics: an update for current 
perspectives and future challenges. Br J Nutr, v.114, 2015. 
 
Cozzolino, SMF; Cominetti, C. Livro: Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição, 
nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Ed. Manole, 1ª edição, 2013. 
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Wanders, A.J.; van den Borne, J.J.; de Graaf, C. et al. Effects of dietary fibre on 
subjective appetite, energy intake and body weight: a systematic review of 
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ANVISA - Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 2, de 7 de janeiro de 2002. 
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Alegação de Propriedades Funcional ou de Saúde. 2008. [resolução na internet]. 
[capturado em 2017 mar 13]. Disponível em: 
http://elegis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=1567. 
 
Gibson, G.R.; Hutkins, R.; Sanders, M.E. et al. Expert consensus document: The 
International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) 
consensus statement on the definition and scope of prebiotics. Nat Rev 
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