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ESPONDILOARTROSE – MEDICINA UFCSPA 
 
Espondilo refere-se a coluna vertebral. Espondiloartrose, então, é uma artrose de coluna. A doença é 
importante pela sua incidência, se configurando como um dos mais importantes motivos de afastamento 
preventivo. O quadro clínico mais comum é uma pessoa acima de 50 anos que sente dor aguda após erguer 
peso. A dor é mecânica e a rigidez protocinética também é comum. 
São os discos cartilaginosos vertebrais que amortecem a carga exercida no eixo vertical do corpo. Na 
doença, então, gera-se, uma cascata degenerativa 
(redução do volume e fissuras no anel fibroso), 
fazendo com que o amortecimento seja 
prejudicado e haja um impacto maior entre as 
estruturas ósseas. A causa é desconhecida e a 
degeneração pode começar já aos 20 anos de 
idade. TODOS seres humanos terão a doença, 
em mais ou menos grau. 
 
Deformações da coluna, como pode ser checado 
na figura 1, aceleram o processo de 
espondiloartrose. 
 
 
Outros fatores que aceleram o processo fazem parte do nosso 
cotidiano, como postura errada ao sentar-se, dobrar o pescoço 
ao ficar horas no celular e até sentar em cima de objetos 
(carteira), pois acomoda a coluna em uma anatomia diferente da 
correta. 
Levando em consideração o curso da doença, a degradação da 
cartilagem, além de encurtar o espaço entre os ossos, permite a 
saída do núcleo pulposo, ocorrendo herniação nuclear (hérnia de 
disco). Esse núcleo frequentemente pressiona os nervos, ou até 
a medula. 
Outro caso típico é dor difusa em queimação, que corre pela 
perna (comprometimento da raiz nervosa – isquiático – que 
viaja ao longo dos MI’s). Na figura 2 temos a representação 
disso. Já quando a compressão é pra dentro do canal medular, 
há uma dor em queimação irradiando para os MI’s e paresia 
bilateral. Esse tipo de dor costuma aliviar com flexão anterior 
de tronco. 
 
•Exame físico: 
Inspeção: curvaturas e posturas. É importante analisar a postura 
para identificar um possível evento desencadeante da 
espondiloartrose no paciente. 
Inspeção dinâmica: com o tronco fletido, os defeitos tornam-se 
mais visíveis. 
Manobras de Lasègue e 
de Bragard devem ser 
feitas (figura 3) em casos de suspeita de compressão medular – 
observar se a dor neuropática se reproduz. 
 
 
Figura 1 
Figura 2 
Figura 3 
Caso as duas manobras acima não tenham positivado, e o examinar ainda suspeira de compressão nervosa, 
usar o Sinal de Cecin. Basta pedir que o paciente fique de pé e flexione a coluna até um ângulo que suporte a 
dor. Assim que a dor irradiar da coluna para os membro inferiores, pedir que o paciente tussa. Se a dor 
exacerbar com a tosse, o sinal é positivo. As raizes geralmente mais comprometidas são L4 e L5. 
Para testar as raizes nervosas, usamos os reflexos, sensibilidade e mecanismo motor. O reflexo patelar 
recruta L2, L3 e L4; já o aquileu recruta L5, S1 e S2. É fundamental conhecer a área de cobertura dos nervos 
no corpo para fazer os testes corretos, inclusive os neurológicos. Se houver dor referida (associada a 
dermátomos) o diagnóstico pode ser mais complicado (dor facetária). 
 
Síndrome vertebrobasilar → quando a artéria basilar é comprometida na altura da coluna cervical. Tonturas 
ao rotacionar o pescoço é um sintoma típico. 
 
 
Já nos membros superiores, pode ocorrer 
cerviocobraquialgia. Dor irradiada aos membros por 
acomentimento dos plexos. A namobra de Spurling, figura 
4, é útil aqui. Para ser positiva, o paciente deve refirir dor 
no mesmo lado para o qual o examinador está pressionndo a 
cabeça. Se houver dor do lado oposto, deve ser a miofacial 
(distensão muscular, ou até torcicolo em caso de 
rompimento de fibra). Caso o paciente não aguente a dor no 
Spurling, apenas pedir para lateralizar a cabeça em direção 
ao ombro e observar se há dor ipsilateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•Fatores de risco: cigarro, obesidade, posturas erradas. A postura do canivete, na qual as pernas estão 0º, o 
corpo 45º e a cabeça 90º (geralmente a postura das pessoas deitadas em cadeiras de praia) é uma das piores 
para sua coluna! 
 
•Exames: No Raio-X, observa-se redução do espaço discal, osteófitos (bicos de papagaio) e esclerose óssea 
subcondral. A ressonância só é necessário quando for para confirmar compressão nervosa, em caso de 
suspeita forte suspeita. 
 
•Tratamento: durante as crises de cor, o repouso é fundamental. A medicação é basicamente analgésica 
com AINE’s. Caso haja comprovação de lesões neurológicas, administrar corticoide, gabapentina ou 
pregabalina. Métodos como termoterapia e acupuntura podem auxiliar. Quando paciente não responde ao 
tratamento, há dois recursos: bloqueio (anestésico ou corticoide) ou cirurgia. O tratamento integral (pós-
crise) se resume à fisioterapia (alongamento, reforço muscular, educação postural, relaxante muscular, etc). 
 
 
 
Figura 4 
Espondiloartrose com compressão do canal medular. Os achados bilaterais (dor difusa em queimação 
e dormência nas duas pernas) sugerem um acometimento anterior às raízes nervosas – compressão do canal 
medular. O alívio com flexão anterior do tronco também é um indicativo disso.

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