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apostila D Processual Penal (4)

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
1º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 2 
I. Prova ...................................................................................................................................................................................... 2 
• Elementos de Informação x Prova ..................................................................................................................................... 2 
• Sistemas de Avaliação da Prova. ...................................................................................................................................... 2 
• Ônus da Prova ................................................................................................................................................................... 3 
• Meios de Prova .................................................................................................................................................................. 3 
• Provas Ilegais .................................................................................................................................................................... 3 
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 5 
I. Provas em Espécies ............................................................................................................................................................... 5 
• Interrogatório do Acusado ...................................................................................................................................................... 7 
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 9 
I. Provas em Espécies ............................................................................................................................................................... 9 
• Confissão ........................................................................................................................................................................... 9 
• Acareações ........................................................................................................................................................................ 9 
• Declarações do Ofendido (Vítima) ..................................................................................................................................... 9 
• Testemunhas ................................................................................................................................................................... 10 
II. Reconhecimento de Pessoas e Coisas ................................................................................................................................ 11 
• Prova Documental ........................................................................................................................................................... 12 
• Busca e Apreensão .......................................................................................................................................................... 12 
4º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 14 
I. Sujeitos da Relação Processual ........................................................................................................................................... 14 
• Juiz .................................................................................................................................................................................. 14 
• Impedimento dos Juízes .................................................................................................................................................. 14 
• Suspeição dos Juízes ...................................................................................................................................................... 15 
• Incompatibilidade do Juiz ................................................................................................................................................. 15 
• Disposições Constitucionais ou predicamentos da magistratura ..................................................................................... 15 
5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 17 
I. Sujeitos da Relação Processual ........................................................................................................................................... 17 
• Ministério Público ............................................................................................................................................................. 17 
• Acusado (Réu ou Querelado) .......................................................................................................................................... 17 
• Defensor .......................................................................................................................................................................... 18 
• Assistente ........................................................................................................................................................................ 18 
• Funcionários da Justiça ................................................................................................................................................... 19 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. PROVA 
 Princípio da busca da verdade real: o processo penal é voltado para busca de uma verdade real – O juiz 
poderá determinar a busca de provas ex officio. 
 Conceito: Busca provar uma alegação - voltada para um fato. 
• ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO X PROVA 
Elementos de informação – são provas produzidas no inquérito policial – ausência de contraditório e ampla 
defesa. 
 Os elementos de informação não podem sozinhos fundamentar uma decisão condenatória, é necessário que 
esteja junto a outras provas. 
 Servem para aplicação de medidas cautelares. 
 Formação da opinio delicti do titular da ação penal 
Prova – será durante o processo – presença de contraditório e ampla defesa. 
 Princípio da identidade física do juiz – o juiz que instruiu o processo será aquele que deverá proferir a 
sentença. 
 É possível a presença remota do juiz, como no caso de interrogatório por videoconferência. 
Exceções: (provas produzidas no Inquérito policial). 
 Provas cautelares - São aquelas que necessitam ser realizadas de imediato. Exemplo: interceptação telefônica. 
Somente o juiz competente da ação penal poderá determinar e o contraditório será o diferido ou postergado. 
 Provas não repetíveis - Exemplo: homicídio culposo em direção de veículo automotor – perícia do local do crime 
– laudo pericial. O próprio delegado pode determinar. 
 Nas duas espécies de prova acima citadas, não há contraditório nem ampla defesa, pois aconteceo 
chamado contraditório diferido ou postergado. 
 Provas antecipadas - As provas antecipadas são aquelas em há uma extrema necessidade de serem 
produzidas na fase inquisitiva por risco de perda do objeto. Nesse caso o juiz participa da prova. Há contraditório 
e ampla defesa atuais. Exemplo: Depoimento Ad perpetuam rei memoriam. 
• SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA PROVA. 
 Intima convicção do magistrado/ certeza moral do juiz. 
 Esse sistema em regra não é adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro. 
 Exceção: É adotado no Tribunal do Júri. 
 Sistema da prova tarifada/ certeza moral do legislador. 
 Em regra não é adotado no Brasil. 
 O próprio legislador determina o valor da prova. 
 Nesse sistema a confissão é a rainha das provas. 
 Resquícios da prova tarifada no Brasil. 
 Exame de corpo de delito – é obrigatório nas infrações que deixam vestígios – delitos não transeuntes. 
 Estado das pessoas – restrições do Código civil. 
 Livre convencimento motivado, persuasão racional, apreciação fundamentada, convencimento racional. 
 É adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro. 
 O juiz é livre no seu convencimento, pode basear-se somente em uma, mas terá que olhar todas as demais 
provas até mesmo para afasta-las. As decisões devem ser motivadas. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Art. 155 - O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
Parágrafo único - Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil. 
• ÔNUS DA PROVA 
Regra: O ônus é daquele que alega. 
 Acusação: 
 Fato típico. 
 Causas de aumento / qualificadoras. 
 Agravantes – o juiz pode conhecer de ofício. 
 Tem que dar o juízo de certeza. 
 Defesa: Deve provar o que está alegando. 
 Excludentes da ilicitude e culpabilidade. 
 Extinção da punibilidade – algumas podem ser conhecidas de ofício. Exemplo: prescrição. 
 Juiz (156 CPP) 
 Urgentes e relevantes - pode o juiz produzir provas. 
 Tão somente a dúvida já basta. 
Art. 156 - A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
I. ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e 
proporcionalidade da medida; 
II. determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências 
para dirimir dúvida sobre ponto relevante. 
• MEIOS DE PROVA 
 Prova nominada / inominada – Quando há a previsão legal (nomem iuris) a prova será nominada, ao contrário, 
quando não há previsão legal a prova será inominada. 
 Prova típica / atípica – A tipicidade ou atipicidade da prova é relacionada ao procedimento previsto em lei. Se 
existe esse procedimento – prova típica, se não existe o procedimento, prova atípica. 
 Prova anômala – É aquela que possui procedimento, no entanto, na hora da produção da prova esse 
procedimento é modificado, busca-se um fim diverso daquele. 
 Prova irritual – É aquela que não segue seu procedimento correto, é modificada em pequenas partes. Ex.: não 
juntada de documentos para a sessão do júri no prazo de 03 dias antes da sessão. 
• PROVAS ILEGAIS 
Fere norma legal ou constitucional. 
 Ilícitas – são aquelas que ferem o Direito material. 
 Ilegítimas – são aquelas que ferem o direito processual. 
Essa diferenciação feita pela doutrina, não encontra embasamento legal, pois provas ilícitas serão aquelas que 
ferem norma legal (não importa se a norma é material ou processual) ou fere norma constitucional. 
Art. 157 - São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim 
entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
 Teoria dos frutos da árvore envenenada: Serão ilegais todas as provas derivadas de uma prova ilícita. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Exceções: 
 Teoria da fonte independente. 
 Teoria da descoberta inevitável. 
 Teoria da contaminação expurgada ou da tinta diluída. 
 Teoria da proporcionalidade. Já é adotada no Brasil. 
Art. 157 - 
§ 1o - São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o 
nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma 
fonte independente das primeiras. 
§ 2o - Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de 
praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da 
prova. 
§ 3o - Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será 
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. 
 Psicografia: já foi admitida como prova no Brasil, principalmente no Tribunal do Júri. 
 Prova emprestada: admite-se que uma prova utilizada em um processo possa ser utilizada em outro processo, 
desde que observado o contraditório e a ampla defesa e desde que sejam as mesmas partes. 
 Objeto da prova: 
 Fatos relevantes. 
 Costumes. 
 Regulamentos. 
 Direitos Estrangeiros. 
 Estadual e Municipal – desde que diferente daquele juízo. 
 Estatutos. 
 Não precisa provar: 
 Fatos notórios (feriado nacional). 
 Presunção legal absoluta (inimputabilidade). 
 Impossíveis (estava o depoente na lua). 
 Fatos intuitivos. 
EXERCÍCIOS 
1. De acordo com a doutrina e a jurisprudência pátrias são inadmissíveis em qualquer hipótese provas ilícitas ou 
ilegítimas no processo penal brasileiro. 
2. A adoção do principio da inércia no processo penal brasileiro não permite que o juiz determine de ofício 
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante dos autos. 
GABARITO 
1 - E 
2 - ERRADO 
 
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I. PROVAS EM ESPÉCIES 
Perícia: Exame de corpo de delito e perícias em geral. 
 Será necessário quando a infração deixar vestígios (direto ou indireto). 
Art. 158 - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Delitos Transeuntes e Não-Transeuntes: Delitos transeuntes são aqueles que não deixam vestígios e delitos não 
transeuntes são aqueles que deixam vestígios. 
Exame de corpo de delito – pode ser feito em qualquer dia e qualquer hora. É a busca da materialidade. E pode 
ser: 
 Direto: Análise do objeto diretamente pelos peritos. 
 Indiretamente: Exame dos peritos na ficha parecer de outros especialistas. 
É realizado por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 
Na falta do perito oficial, o exame será feito por 02 peritos não oficiais ou louvados. 
 02 pessoas idôneas. 
 Portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica. 
 Prestarão o compromisso. O perito oficial não precisa prestar o compromisso. 
Art. 159 - O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador 
de diploma de curso superior. 
§1o - Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras 
de diploma de curso superior preferencialmentena área específica, dentre as que tiverem 
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
§2o - Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o 
encargo. 
MP, assistente, ofendido, querelante e acusado poderão: 
 Formulação de quesito. 
 Indicação de assistentes técnicos (atuará após a conclusão dos peritos oficiais, ou seja, somente na fase 
processual). 
Durante o processo é permitido às partes: 
 Requerer oitiva dos peritos. 
 Mandado de intimação e os quesitos a serem esclarecidos sejam encaminhados com antecedência mínima 
de 10 dias. 
§3o - Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§4o - O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos 
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. 
Perícia complexa: Se a perícia for complexa poderão atuas mais de um perito oficial e mais de um assistente 
técnico. 
§7o - Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento 
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais 
de um assistente técnico. 
Prazo para laudo pericial: 10 dias. 
Art. 160 Parágrafo único - O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo 
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 
Autópsia: Em regra, 06 horas após a morte (morte violenta). 
Art. 162 - A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela 
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão 
no auto. 
A prova testemunhal supre o exame de corpo de delito. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
OBS: A confissão não supre o exame de corpo de delito. 
Art. 167 - Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
Classificação do art. 129, §1º, I.  Exame complementar de lesões corporais. 
Art. 168 - Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de 
ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. 
§1o - No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-
lhe a deficiência ou retificá-lo. 
Exame local. 
Art. 169 - Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade 
providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos 
peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. 
Parágrafo único - Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e 
discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos 
 Exame de laboratório. 
Art. 170 - Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas 
fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 
Exame de furto qualificado (escalada). 
Art. 171 - Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da 
coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que 
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. 
Exame de avaliação (coisas destruídas). 
Art. 172 - Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou 
que constituam produto do crime. 
Parágrafo único - Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio 
dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências. 
Exame de incêndio. 
Art. 173 - No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, 
o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o 
seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato. 
Exame de reconhecimento de escritos. 
Art. 174 - No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o 
seguinte: 
I. a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for 
encontrada; 
II. para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou 
já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade 
não houver dúvida; 
III. a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem 
em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não 
puderem ser retirados; 
IV. quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a 
autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a 
pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que 
se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Exame de instrumento de infração. 
Art. 175 - Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim 
de se Ihes verificar a natureza e a eficiência. 
O juiz não fica adstrito ao laudo. 
Art. 182 - O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. 
• INTERROGATÓRIO DO ACUSADO 
 Meio de defesa (tem caráter obrigatório, caso o acusado queira falar) e de prova. 
AMPLA DEFESA 
 Defesa técnica: Defesa por advogado ou defensor (irrenunciável, indispensável). 
 Auto defesa: a auto defesa é disponível, pois o acusado pode ficar em silêncio, mas não poderá auto imputar-se 
falsamente um crime: 
 Direito de audiência. 
 Direito de presença. 
 Direito ao silêncio (nemo tenetur se detegere)  É inadmissível a confissão ficta. 
Interrogatório: 
 Qualificação: não pode mentir – art. 68 da LCP ou falsa identidade. 
 Mérito: no mérito o acusado pode livremente mentir. 
Interrogatório do acusado preso: 
Art. 185 § 1o - O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento 
em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do 
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. 
 Sala própria do estabelecimento. 
 Presença do réu em juízo. 
 Videoconferência. 
 Risco à Segurança Pública (organização criminosa). 
 Enfermidade ou outra circunstância. 
 Influência no ânimo de testemunha. 
 Gravíssima questão de Ordem Pública. 
Art. 185 § 2o - Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento 
das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro 
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja 
necessária para atender a uma das seguintes finalidades: 
I. prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre 
organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; 
II. viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade 
para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; 
III. impedir ainfluência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja 
possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste 
Código; 
IV. responder à gravíssima questão de ordem pública. 
NOVO INTERROGATÓRIO 
A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das 
partes. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
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EXERCÍCIO 
1. Em relação à prova no processo penal, é correto afirmar que 
a) não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal 
não poderá suprir-lhe a falta. 
b) a autópsia será feita até 6 (seis) horas depois do óbito. 
c) o interrogatório do réu preso será realizado obrigatoriamente em sala própria no estabelecimento em que estiver 
recolhido ou por sistema de videoconferência. 
d) a confissão é divisível e retratável. 
e) havendo mais de um acusado, serão interrogados conjuntamente. 
GABARITO 
1 - D 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
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I. PROVAS EM ESPÉCIES 
• CONFISSÃO 
Não possui valor absoluto (confronto com os demais elementos). 
Autoacusação falsa. 
Art. 341 do CP - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem: 
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. 
Não supre o exame de corpo de delito. 
É divisível e retratável. 
Art. 197 do CPP - O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros 
elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do 
processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. 
Art. 198 do CPP - O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir 
elemento para a formação do convencimento do juiz. (grifo nosso). 
Art. 185 Parágrafo único - O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em 
prejuízo da defesa. 
Art. 199 do CPP - A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por termo nos 
autos, observado o disposto no art. 195. 
Art. 200 do CPP - A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do 
juiz, fundado no exame das provas em conjunto. 
• ACAREAÇÕES 
Confrontação entre acusados, ofendido ou testemunhas cujas versões seja conflitantes. 
Requerimento da parte ou de ex officio. 
Art. 229 - A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre 
testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, 
sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. 
Parágrafo único - Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de 
divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação. 
Art. 230 - Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja 
presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto o que 
explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à autoridade do lugar 
onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha 
presente, nos pontos em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se 
complete a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a 
testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe demora prejudicial ao 
processo e o juiz a entenda conveniente. 
• DECLARAÇÕES DO OFENDIDO (VÍTIMA) 
 Não presta compromisso (falso testemunho). 
 Se intimado e não comparecer  condução coercitiva. 
 Comunicação. 
1) Ingresso e saída do acusado da prisão. 
2) Designação da data para audiência. 
3) Sentença ou acórdão que a modifique (direito de recorrer supletivamente). 
Art. 201 - Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias 
da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por 
termo as suas declarações. 
§1o - Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser 
conduzido à presença da autoridade. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
§2o - O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do 
acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que 
a mantenham ou modifiquem. 
§3o - As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, 
por opção do ofendido, o uso de meio eletrônico. 
§4o - Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado 
para o ofendido. 
§5o - Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento 
multidisciplinar, especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a 
expensas do ofensor ou do Estado. 
§6o - O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra 
e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, 
depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição 
aos meios de comunicação. 
• TESTEMUNHAS 
Toda pessoa poderá ser testemunha. 
 Prestará o compromisso – falso testemunho. 
 Depoimento oral, vedado por escrito. 
 Breves apontamentos. 
Depoimento é diferente de declaração. 
Art. 342 do CP - Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, 
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em 
juízo arbitral: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Art. 202 do CPP - Toda pessoa poderá ser testemunha. 
Art. 203 do CPP - A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do 
que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua 
residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de 
alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando 
sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua 
credibilidade. 
Não Prestam o Compromisso: Podem recusar-se. 
 Doentes e deficientes mentais. 
 Menores de 14 anos. 
 Ascendentes ou descendentes (afim em linha reta). 
 O cônjuge, ainda que desquitado. 
 O irmão e o pai, a mãe ou filho adotivo. 
Salvo quando não for possível por outro modo obter-se a prova de fato. 
Deveres das Testemunhas: 
1) Dever de comparecimento. 
 Condução coercitiva. 
 Faltosa (desobediência). 
Art. 218 do CPP - Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo 
justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja 
conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública. 
Art. 330 do CP- Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
2) Dever de depor. 
 Recusa – falso testemunho e não desobediência. 
São proibidas – salvo se desobrigadas e quiserem depor. 
Dever de segredo em virtude de função, ministério ou ofício. 
 São dispensadas. 
Laços familiares. 
O juiz pode obrigar, se houver recusa (desobediência). 
NOTA: Imunidade parlamentar ao dever de depor (deputados federais e senadores): Os deputados federais e 
senadores de república têm imunidade parlamentar ao dever de depor desde que sejam informações em razão do 
mandato. 
Art. 206 do CPP - A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, 
entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, 
ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for 
possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. 
Art. 207 do CPP - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício 
ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem 
dar o seu testemunho. 
3) Dever de dizer a verdade (falso testemunho). 
Isenção do compromisso de dizer a verdade: São extranumerários. 
1) Doentes e deficientes mentais. 
2) Menores de 14 anos. 
3) Parentes. 
PROCEDIMENTO 
 Além das numerárias, o juiz pode ouvir testemunhas a seu critério. 
 Testemunha instrumentária ou fedatária: Não atesta a verdade, apenas presencia a realização de um ato 
processual. 
 As testemunhas serão ouvidas cada uma per si (incomunicabilidade). 
 Testemunha direta: depõe sobre fatos que assistiu pessoalmente. 
 Testemunha indireta: depõe sobre faros que ouviu dizer. 
 As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente às testemunhas, primeiro pela parte que arrolou (direct 
examination) e depois pela parte contrária (cross examination). 
Art. 212 do CPP - As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não 
admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou 
importarem na repetição de outra já respondida. 
Parágrafo único - Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. 
II. RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS 
Reconhecimento de Pessoa: 
 A vítima é convidada para descrever a pessoa. 
 Colocação, se possível, ao lado de semelhantes e convite para apontá-la. 
 Se houver intimidação: medidas serão tomadas para que o acusado não veja a vítima. 
 Lavra-se o termo + 02 testemunhas instrumentárias. 
Reconhecimento de fotografia – inonimada ou atípica. 
Art. 226 do CPP - Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, 
proceder-se-á pela seguinte forma: 
I. a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que 
deva ser reconhecida; 
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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
II. a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras 
que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o 
reconhecimento a apontá-la; 
III. se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de 
intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser 
reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela; 
IV. do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela 
pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. 
Parágrafo único - O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução 
criminal ou em plenário de julgamento. 
Art. 227 do CPP - No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as cautelas estabelecidas no 
artigo anterior, no que for aplicável. 
Art. 228 do CPP - Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa 
ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas. 
• PROVA DOCUMENTAL 
Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. 
Documentos: qualquer escrito, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. 
 Poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo – julgamento em plenário: deverão ser 
apresentadas 03 dias antes da sessão em que for ser apresentada. 
Art. 232 do CPP - Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, 
públicos ou particulares. 
As fotocópias autenticadas: servem como originais. 
Parágrafo único - À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor 
do original. 
 cartas particulares interceptadas ou obtidas por meio criminoso. 
Art. 233 do CPP - As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não 
serão admitidas em juízo. 
Exibição pelo destinatário (defesa de direito próprio). 
Art. 233 Parágrafo único - As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, 
para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário. Art. 234 do 
CPP. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusação ou 
da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua 
juntada aos autos, se possível. 
Art. 235 do CPP - A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial, 
quando contestada a sua autenticidade. 
Art. 236 do CPP - Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, 
serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada 
pela autoridade. 
Art. 237 do CPP - As públicas-formas só terão valor quando conferidas com o original, em 
presença da autoridade. 
Art. 238 do CPP - Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo 
relevante que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o 
Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos. 
• BUSCA E APREENSÃO 
Domiciliar ou pessoal: 
 Consentimento dos moradores. 
 Flagrante delito. 
 Desastre. 
 Prestar socorro. 
 Ordem judicial (durante o dia). 
Busca Pessoal – fundada suspeita. Art. 7º, II OAB. 
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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
EXERCÍCIO 
1. Em matéria de prova, disciplinada pelo Código de Processo Penal, é correto afirmar: 
a) Quando a infração deixar vestígios, o exame de corpo de delito poderá ser dispensado a pedido da parte 
interessada. 
b) O juiz julga conforme seu livre convencimento e sem obrigação de fundamentar a sua convicção, porém com 
base na prova existente nos autos. 
c) O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a formação do 
convencimento do juiz. 
d) O maior de quatorze anos e menor de dezoito anos não prestará compromisso como testemunha, quando 
desacompanhado do responsável legal. 
e) Consideram-se documentos somente os escritos ou papéis, públicos ou particulares. 
GABARITO 
1 - C 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL 
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, 
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA. 
• JUIZ 
É o responsável pela aplicação do direito ao caso concreto, mas não é parte no processo penal, pois parte é 
quem tem interesse na causa. O juiz deve sempre ser imparcial, ou seja, não pode tomar partido para nenhuma daspartes, cabendo a ele somente a condução do processo e o julgamento justo, lembrando que até o trânsito em 
julgado de uma sentença condenatória todos são juridicamente inocentes, sendo assim, é inadmissível no processo a 
presença do juiz parcial, que já formou o seu juízo quanto ao caso antes mesmo de ouvir as partes, e receber as 
hipóteses de defesas e acusações. 
O juiz também é responsável pela presidência do processo penal, estando acima das partes (acusação e réu) na 
tríplice relação processual. 
 
 
Para que o juiz possa cumprir com a sua função de aplicar a lei ao caso concreto, estará em suas mãos o poder 
de polícia durante as audiências que preside e não se admite que as forças de segurança presentes numa audiência 
criminal se subordinem a qualquer outra autoridade que não seja o juiz. 
Também é o responsável por dar o impulso necessário ao bom andamento do processo, sendo sua competência 
zelar pela celeridade do processo, conforme preceituado no art. 5º inc. LXXVIII da CF: 
“LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.” 
A pessoa do juiz representa o poder jurisdicional do Estado e tal poder, apesar de tão grande, é totalmente 
vinculado à lei, assim sendo, o juiz, na condução dos processos que preside, deve respeitar e fazer respeitar cada 
etapa procedimental e se por acaso houver um descumprimento na sequência dos atos, tal será nulo. 
• IMPEDIMENTO DOS JUÍZES 
Impedimento é obstáculo ou embaraço ao exercício da função no processo. Nesses casos, o juiz é declarado 
parcial, pois existe vínculo entre o juiz e o objeto do litígio, assim sendo, é inadmissível que ele presida o processo, e 
a atuação de um juiz impedido no processo é a inexistência dos atos praticados (observe bem que não se fala em 
nulidade e sim em ato inexistente, o próprio processo não existe). 
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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
As hipóteses de impedimento são descritas taxativamente no art. 252 do CPP e são elas: 
I. Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até 
o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade 
policial, auxiliar da justiça ou perito; 
II. Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; 
III. Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a 
questão; 
IV. Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o 
terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. 
• SUSPEIÇÃO DOS JUÍZES 
Suspeição é obstáculo ao exercício da função. Nesse caso, existe interesse do juiz na matéria em debate. 
Caso o juiz seja declarado suspeito, os atos por ele praticados são nulos e em alguns casos podem ser ratificados 
pelo juiz substituto que irá julgar a lide. A suspeição difere do impedimento em vários aspectos, dentre eles destaca-
se que as suspeições podem ser vencidas pelas partes, ou seja, as partes podem aceitar o julgamento do juiz 
suspeito (desde que este também não se importe em julgar o conflito) e caso isso aconteça, a suspeição será 
vencida, já o impedimento não poderá ser vencido pelas partes. 
As hipóteses de suspeição estão descritas no art. 254 e são elas: 
I. Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II. Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiverem respondendo a processo por fato 
análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
III. Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, 
sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das 
partes; 
IV. Se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V. Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
VI. Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
• INCOMPATIBILIDADE DO JUIZ 
Os casos de incompatibilidade estão previstos no artigo 253 do código de processo penal e traz regras, como se 
fosse de impedimento, só que será entre os juízes nos juízos coletivos: 
Art. 253 - Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre 
si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. 
O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que 
Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não 
funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. 
Por dissolução do casamento entende-se o divórcio, pois em caso de separação judicial, enquanto não for julgado 
o divórcio, haverá impedimento. 
A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo 
para criá-la. Seria, por exemplo, o caso de uma das partes ofender o juiz fora do julgamento e até mesmo do fórum e 
alegar depois que entre a parte e o juiz existe inimizade. Tal fato não é caracterizado suspeição, pois a suspeição 
deve existir antes do julgamento e como decorrência natural das relações humanas, não por má-fé para garantir um 
estado de ilegalidade. 
• DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS OU PREDICAMENTOS DA MAGISTRATURA 
1) Vitaliciedade 
A vitaliciedade no primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, 
nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial 
transitada em julgado; 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
2) Inamovibilidade 
A inamovibilidade será excepcionada por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; 
Art. 93 VIII - O ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse 
público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do 
Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; 
3) Irredutibilidade de Subsídio 
Impedimentos ou Vedações Constitucionais 
I. exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; 
II. receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III. dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV. receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades 
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V. exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do 
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
EXERCÍCIOS 
1. Relativamente à pessoa do juiz que presidir a tramitação e julgamento do processo criminal, pode-se afirmar, 
dentre as proposições abaixo, que apenas uma alternativa é CORRETA. Assinale-a: 
a) O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral até o quinto grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério 
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito. 
b) Incumbe ao juiz prover à regularidade do processo, mantendo a ordem no curso dos respectivos atos, e, se 
necessário, poderá requisitar a força pública; de outro lado, não poderá ser declarada suspeição e nem ser 
reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la. 
c) O juiz não poderá exercerjurisdição no processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral até o quarto grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério 
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito. 
d) Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, 
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o quarto grau, inclusive. 
e) O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que 
Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, dissolvido o casamento sem descendentes, poderá 
funcionar como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. 
GABARITO 
1 - B 
 
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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL 
• MINISTÉRIO PÚBLICO 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa 
da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, tendo como princípios 
institucionais a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
O promotor é sujeito e parte imparcial no processo, pois apesar de ser o responsável pela promoção do processo, 
sua conduta não pode ser balizada pela relação com as partes ou com a causa e sim pela promoção da justiça que é 
sempre o objetivo da atuação do membro do parquet. 
O MP é o titular da ação penal pública e o fiscal da ação penal privada. 
As hipóteses de impedimento ou suspeição dos membros do Ministério Público são as mesmas estudadas 
anteriormente que podem ser imputadas aos juízes, ou seja, o rol de impedimentos vem descrito no art. 252 e o rol 
de suspeições no art. 254. Essa é a previsão do artigo 258 do CPP: 
Art. 258 - Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou 
qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, 
até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições 
relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes. 
CLASSIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
O MP é dividido em MP Estadual e MP da União e fazem parte do MPU os seguintes órgãos: Ministério Público 
Federal (também desempenha a função de Ministério Público Eleitoral), Ministério Público do Trabalho, Ministério 
Público Militar e Ministério Público do DF e Territórios. No Ministério Público Estadual, quem exerce a função é o 
promotor de justiça tendo como chefe o procurador-geral de justiça. No ministério Público da União quem exerce a 
função é o procurador, seja o procurador da república, o procurador do trabalho, o procurador da justiça militar, tendo 
como chefe o procurador-geral da República. 
GARANTIAS DO MP 
I. as seguintes garantias: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por 
sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, assegurada ampla defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio. 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO MP 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
• ACUSADO (RÉU OU QUERELADO) 
É parte no processo penal, está no polo passivo da ação penal, assim sendo, é a pessoa denunciada ou contra 
quem se dirigiu a queixa-crime. O acusado tem interesse na demonstração da inocência e, por isso, não é obrigado a 
colaborar com a acusação, pois não é obrigado a produzir provas contra si mesmo (nemo tenetur se detegere), mas 
a confissão é aceita, desde que balizada (apoiada) em outras provas. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a 
ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da 
execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo 
da validade dos atos precedentes. 
Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, 
não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. 
O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável. 
Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. No entanto, caso ele 
seja advogado, poderá fazer a própria defesa. Pois, ao acusado é garantido o direito de ser assistido por defesa 
técnica (também é um dever a defesa técnica para o deslinde do processo e a ausência de defesa é hipótese de 
nulidade absoluta do processo); mesmo que o acusado seja fugitivo da justiça, tal direito é garantido. 
Caso o acusado seja pobre e não tenha condições de constituir advogado, a defesa será feita por defensor dativo 
ou pela defensoria pública. 
O CPP, em seu art. 262, fala que o acusado menor será acompanhado por curador. É importante ressaltar neste 
caso que não existe mais a figura do acusado menor (pessoa entre 18 e 21 anos de idade), pois o Código Civil 
declara que o maior de 18 anos é plenamente capaz, o que não acontecia na época da redação do código de 
processo penal. 
• DEFENSOR 
Não é parte no processo, mas sim o representante do acusado e sua atuação deve ser intencionada a garantir a 
decisão mais favorável ao seu cliente, ou seja, caso o cliente seja culpado do fato imputado o advogado deve lutar 
pela pena mais branda, caso seja inocente, o advogado deve pleitear a absolvição. 
A ausência de defesa é hipótese de nulidade absoluta, assim sendo, o CPP admite que quando o advogado não 
puder comparecer, por motivo justificado, a audiência poderá ser remarcada, mas, nesse caso, cabe ao advogado 
provar a causa justificadora de sua ausência. 
NOMEAÇÃO DO ADVOGADO 
Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, 
nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. O advogado pode ser nomeado 
por instrumento de mandato ou de termo de audiência quando for indicado no curso do interrogatório. 
Caso o advogado seja parente do juiz ou do promotor, estaremos diante de hipótese de impedimento. 
• ASSISTENTE 
Assistente é o ofendido ou representante legal, ou seja, a vítima do fato criminoso, pode ser pessoa física ou 
jurídica, basta, para isso, que seja a vítima da ação criminosa, podendo ainda, na falta do ofendido, ser assistente os 
sucessores da vítima, quais sejam, o cônjuge, o ascendente, o descendente e o irmão (CADI) e tem o objetivo de 
auxiliar o MP na acusação que será ouvido antes de ser admitido o assistente no processo. A admissão é feita por 
despacho do juiz e desse despacho de aceitação ou não, caberá recurso. 
O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se 
achar. Valeressaltar que o corréu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público. 
As associações de titulares de direitos de autor e os que lhes são conexos poderão, em seu próprio nome, 
funcionar como assistente da acusação nos crimes previstos no art. 184 do Código Penal (violação de direito autoral), 
quando praticado em detrimento de qualquer de seus associados. 
Ao assistente são garantidas as seguintes prerrogativas: 
 propor meios de prova e o juiz decidirá, ouvido o MP, acerca da realização de provas proposta pelo 
assistente, decisão da qual não cabe recurso. 
 requerer perguntas às testemunhas, 
 aditar o libelo e os articulados, 
 participar do debate oral, 
 arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público ou por ele próprio. Vale notar que o prazo para o 
assistente recorrer, supletivamente, começa a correr imediatamente após o transcurso do prazo do Ministério 
Público (súmula 448, STF). 
 O assistente poderá requerer a prisão preventiva 
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comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
No Tribunal do Júri, o assistente somente será admitido se tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias antes 
da data da sessão na qual pretenda atuar. 
• FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA 
São os servidores públicos que atuam no poder judiciário. 
As hipóteses de suspeição dos juízes se estendem aos funcionários da justiça no que lhes for aplicável. 
PERITOS E INTÉRPRETES 
PERITOS 
Perito é o especialista em determinada área do conhecimento humano que atua como auxiliar da administração da 
justiça. Tem a incumbência de produzir laudos periciais dentro da sua área de conhecimento para contribuir na busca 
da verdade real que é o objetivo do processo penal e, por isso, não pode ter a sua escolha influenciada pelas partes. 
CLASSIFICAÇÃO 
Os peritos são classificados em oficiais e não oficiais e mesmo sendo perito não oficial estará sujeito à disciplina 
judiciária. 
OBRIGAÇÕES DOS PERITOS 
O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-
réis, salvo escusa atendível. 
Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: 
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; 
b) não comparecer no dia e local designados para o exame; 
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos. 
No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução. 
IMPEDIMENTOS 
Não poderão funcionar como peritos no processo as seguintes pessoas: 
 Sujeitas à pena restritiva de direitos impeditivas do cargo, emprego ou função pública. 
 Os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; 
 Os analfabetos e os menores de 21 anos. 
SUSPEIÇÃO 
São as mesmas hipóteses aplicadas ao juiz (art. 254 do CPP). 
INTÉRPRETE 
É a pessoa especialista em idiomas ou linguagens (exemplo: libras) que vai intermediar as partes quando for 
necessário. 
É espécie de perito e, assim sendo, todas as regras acima estudadas quanto aos peritos são aplicadas aos 
intérpretes. 
Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
EXERCÍCIO 
1. A respeito dos auxiliares da justiça, considere: 
I. As partes poderão intervir na nomeação dos peritos, indicando nomes para o exercício dessa função. 
II. Não poderão ser peritos os que tiverem prestado depoimento no processo. 
III. Não poderão ser peritos os que tiverem opinado anteriormente sobre o objeto da perícia. 
IV. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
Está correto o que consta somente em? 
f) II e IV. 
g) I, II e IV 
h) I e III 
i) II, III e IV 
j) II e III 
GABARITO 
1-D 
	1º BLOCO
	I. Prova
	 Elementos de Informação x Prova
	 Sistemas de Avaliação da Prova.
	 Ônus da Prova
	 Meios de Prova
	 Provas Ilegais
	2º BLOCO
	I. Provas em Espécies
	 Interrogatório do Acusado
	3º BLOCO
	I. Provas em Espécies
	 Confissão
	 Acareações
	 Declarações do Ofendido (Vítima)
	 Testemunhas
	II. Reconhecimento de Pessoas e Coisas
	 Prova Documental
	 Busca e Apreensão
	4º BLOCO
	I. Sujeitos da Relação Processual
	 Juiz
	 Impedimento dos Juízes
	 Suspeição dos Juízes
	 Incompatibilidade do Juiz
	 Disposições Constitucionais ou predicamentos da magistratura
	5º BLOCO
	I. Sujeitos da Relação Processual
	 Ministério Público
	 Acusado (Réu ou Querelado)
	 Defensor
	 Assistente
	 Funcionários da Justiça

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