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material aula teoria da contabilidade

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DISCIPLINA
Teoria da Contabilidade
2021/1
Professor:
Josimar Samuel Franco Cezário
Mas Professor, eu não sei nada de contabilidade!
Já se passaram três anos, já esqueci tudo!
Vamos iniciar do zero e fazer de conta que ninguém sabe de 
nada de contabilidade.
Esse é o objetivo da disciplina, trazer todos os conteúdos 
estudados para serem revisados e ajustados com outros 
disciplinas.
Acreditem, esta é a disciplina que mais cai na prova do exame.
Objetivos da teoria da contabilidade é:
Propiciar ao aluno condições de aprofundar os 
conhecimentos teóricos que dão sustentação às 
metodologias contábeis de mensuração e produção 
sistematizada de informações.
Afinal, o que são Teorias?
Não prescrevem regras para tudo detalhadamente, 
porque sua função é explicar a realidade, o 
comportamento dos objetos estudados, mesmo de 
maneira abrangente.
A regra é algo institucional, ou seja, cumprir o que está 
escrito.
A teoria é o entendimento da regra, ou seja, entender a 
realidade existente por traz da regra.
Exemplo: Sabemos a existência de uma regra para 
avaliação de ativos.
Mas nós entendemos essa regra? Meu cliente entende?
Fala do prof. Sérgio de Iudícibus
A função das Teorias é explicar a realidade: as leis 
podem interferir na prática do profissional contábil, 
que deveria ser instruída pelos princípios contábeis 
com base na teoria, mas as regras fiscais e de outros 
órgãos reguladores estavam acima do que seria uma 
contabilidade voltada para gerar informações para 
tomada de decisão dos seus usuários.
Teoria x Prática
Perguntas provocativas
O contador elabora as demonstrações contábeis de maneira que o 
empresário consiga interpretá-las e utilizá-las para tomada de 
decisão?
 
O contador está próximo dos gestores das entidades para exercer 
julgamento em conjunto, e ciente de como funciona o negócio do 
seu cliente? 
Em empresas e companhias abertas listadas na BOVESPA, será que 
a divulgação de lucro por uma companhia aberta afeta a expectativa 
dos investidores e acionistas? Será que incentiva a compra ou a 
venda de mais ações da companhia? 
O que fazemos quando nos deparamos com uma transação nova? 
Aspectos introdutórios da Contabilidade
Conceituação
Objeto
Finalidade
Objetivo
Evolução histórica
Evolução histórica da contabilidade
Evolução da ciência contábil
Contabilidade do mundo antigo: 
Vem das primeiras civilizações e segue até 1202, período da era Cristã, 
marcada pelo líder Abaci, da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
Contabilidade do mundo medieval:
Período que vai de 1202 da Era Cristã e vai até 1494.
Marcada pela criação do método das partidas dobradas pelo Frei 
Francisco Luca Pacioli.
Contabilidade do mundo moderno:
Período que vai de 1494 até 1840 com o aparecimento da obra “La 
Contabillita Applicatta alle Amministrazione Private e Pubbliche”, autor 
Francisco Villa, premiado pelo governo da Austrália, pela obra marcante 
da Contabilidade.
Evolução histórica da contabilidade
Foi na era Medieval, 1494 que a contabilidade conseguiu evoluir com 
mais intensidade, pois foi nesse período, que o frei Francisco Luca Pacioli, 
considerado o “Pai” da contabilidade, criou o “método das partidas 
dobradas”, lançado por meio do livro: Summa de Arithmetica, proportioni 
et proportionalità, Vezeza, Itália.
Este foi o primeiro esboço teórico de técnicas contábeis já utilizadas na 
Itália.
Aspectos introdutórios da Contabilidade
Conceito
A contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções 
de orientação, de controle e de registro relativos à 
administração econômica.
A ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando 
representa-lo graficamente, evidenciar suas variações, 
estabelecer normas para a sua interpretação, análise e 
auditagem e serve como instrumento básico para a toma 
de decisão de todos os setores direta e indiretamente 
envolvidos com a empresa.
Aspectos introdutórios da Contabilidade
Dado x Informação
- Chego pra vocês e digo: é 3,50
Vejam que isto não significa nada né? É vazio, sem utilidade.
- Mas eu chego e falo pra vocês: é 3,50 a média geral de pontos 
da sala.
Notem que todos já ficam preocupados, uns mais outros menos, 
mas rapidamente já começam a buscar solução para este 
problema. 
Aspectos introdutórios da Contabilidade
Dado x Informação
Dado: algo que de forma isolada não significa nada.
Informação: transformação do dado em algo palpável, de 
utilidades, que servirão para avaliar e tomar alguma decisão.
Isso que a contabilidade faz, ela transforma um dado em 
informação e passa a ser útil para a tomada de decisão.
Interpretando o conceito de contabilidade
A contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de 
orientação, de controle e de registro relativos à administração 
econômica.
- Orientação: orientar os usuários para transformar os dados em 
informação e orientar na tomada de decisão.
- Controle: controlar o patrimônio mediante os dados que serão 
transformados em informações.
- Registro: registro das informações contábeis.
Aspectos introdutórios da Contabilidade
Contabilidade
Objetivo: Controlar o patrimônio
Finalidade: Fornecer informações 
para a tomada de decisão
Finalidade econômica: Resultado
Técnica contábil: Escrituração
Campo de aplicação: Entidades
Objeto: Patrimônio
Tipo: Ciência social
Objeto da contabilidade:
O objeto da contabilidade é o Patrimônio.
Sendo o objeto de estudo da contabilidade o patrimônio, 
então ela irá analisar, controlar e apresentar os resultados 
dos componentes do patrimônio, seus ativos, passivos e 
patrimônio liquido.
Finalidade da Contabilidade
É produzir informações, por meio das demonstrações contábeis, 
que sejam úteis para a tomada de decisão.
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para 
usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades 
distintas e necessidades diversas.
Usuários externos: quando para fins de publicação das 
demonstrações contábeis;
Usuários internos: quando para fins de administração interna ( 
sócios, diretores, administradores, gestões e coordenadores).
Usuários internos:
Usuários com poder de decisão ( diretoria, presidência, 
assembleia de sócios, conselho de administração).
Usuários externos:
- Primários: aplicam dinheiro na empresa; investidores, 
acionistas preferenciais, credores financeiros)
- Secundários: relacionam-se operacionalmente com a 
empresa ( clientes, fornecedores, sindicatos, governo, 
sociedade em geral).
Objetivo das demonstrações contábeis
Demonstrações objetivam fornecer informações que sejam úteis 
na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos 
usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade 
ou necessidade específica de determinados grupos de usuários.
Usuários da informação: investidores, financiadores e outros 
credores, sem hierarquia de prioridade.
Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que 
tem conhecimento razoável de negócios e de atividades 
econômicas.
Obs. Uma demonstração contábil é elabora para usuários que 
tenham um mínimo possível de conhecimento.
Os dois mundos que envolvem a pesquisa contábil.......
Teoria Positiva
Procura descrever como a Contabilidade é, entender por 
que é assim e procura prever comportamentos. 
Usualmente apoiada no método indutivo, estabelece 
hipóteses que devem ser testadas, antes de chegar a 
conclusões parciais. 
Procura descrever como as empresas decidem que tipo de 
informação devem divulgar, isto é, de que maneira 
selecionam os procedimentos contábeis que utilizam.
Os dois mundos que envolvem a pesquisa contábil.......
Teoria Positiva
Em toda teoria positiva, a análise dos dados é inteiramente 
objetiva, no sentido de que, qualquer pessoa, utilizando os mesmo 
dados e aplicando as mesmas regras lógicas chegam às mesmas 
conclusões. 
Abordagem positiva ou teoria positiva, possui foco em verificar 
empiricamente( ou seja,verificar o que já existe), por meio de métodos 
quantitativos, ou seja, pegar as informaçõesdisponíveis ao público e 
verificar como os números contábeis divulgados afetam as decisões 
econômicas dos indivíduos.
Explicar e prevê é o foco da teoria positiva!
Os dois mundos que envolvem a pesquisa contábil.......
Teoria Normativa
Apoiada mais no dedutivismo, procura, de forma prescritiva, 
demonstrar como a contabilidade “deveria ser”, à luz de seus 
objetivos e postulados, que são dados e indiscutíveis.
É mais bem visualizada na observação de recomendações 
contábeis advindas de órgãos reguladores e teóricos da 
Contabilidade.
Abordagem normativa ou teoria normativa, possui foco em como 
elaborar, analisar, sistematizar e evidenciar a informação contábil 
sob a perspectiva dos profissionais, da prática no mercado.
Os dois mundos que envolvem a pesquisa contábil.......
Teoria Normativa x Positiva
A pesquisa contábil estabeleceu-se inicialmente com caráter 
extremamente normativo e voltado à recomendação de 
práticas e procedimentos profissionais.
A estrutura conceitual básica da contabilidade [...] passa 
necessariamente por definições normativas daquilo que a 
priori é melhor, sem a preocupação de considerar o usuário 
da informação contábil na análise da regulamentação da 
contabilidade.
Os dois mundos que envolvem a pesquisa contábil.......
Teoria Normativa x Positiva
Num dos mais clássicos exemplos de diferença de visão 
[Normativismo Versus Positivismo]: o Princípio do 
Conservadorismo, tido pelos Normativistas como necessário à 
adicionar credibilidade às Demonstrações Contábeis e a 
neutralizar um pouco o normalmente excessivo otimismo dos 
gestores...
... é visto pelos Positivistas simplesmente como uma regra 
criadora de assimetria: as más notícias são divulgadas 
rapidamente (provisões para perdas, por exemplo), mas as 
boas esperam por fatos corroboradores (realização da receita, 
por exemplo).
Os dois mundos que envolvem a pesquisa contábil.......
Teoria Normativa x Positiva
Proposições positivas e normativas podem ir para direções opostas, 
... , pois o foco das proposições é diferente. Nas proposições 
normativas procura-se o ideal, enquanto nas discussões positivas 
discute-se o que realmente acaba acontecendo com os agentes 
econômicos.
A nossa ciência era basicamente normativista, ou seja, os teóricos se 
preocupavam em prescrever soluções para a realidade mostrando como 
ela DEVERIA ser seguida e como as demonstrações contábeis DEVERIAM 
ser elaboradas, e esses teóricos não estavam preocupados em EXPLICAR e 
PREVER os fenômenos contábeis, que é o foco da abordagem positivista.
Essa é a grande diferença entre teoria normativa de teoria positiva.
Os dois mundos que envolvem a pesquisa 
contábil.......
Usuários das Informação Contábil
Os usuários tem um papel importante nas 
escolhas da Contabilidade
Existem diversos usuários:
Administradores;
Investidores (majoritários x minoritários);
Auditores;
Governo;
Clientes
Funcionários...
Usuários das Informação Contábil
Administradores
- Forma como a entidade irá atuar.
Exemplo: constituição da entidade.
- Fonte de informação
- Determinação do momento em que o evento será reconhecido
- Estimativa de valores que irão compor as demonstrações 
contábeis.
- Escolha de como avaliar
Exemplo: método de avaliação do estoque
- Escolha do que evidenciar
- Determinação da posição da contabilidade na estrutura da 
organização
- Participação da padronização contábil
- Influências das alternativas contábeis
Usuários das Informação Contábil
Investidores
- A Estrutura Conceitual reconhece estes usuários segregando em 
provedores de capital de risco (acionistas), credores por 
empréstimos (instituições financeiras) e fornecedores e outros 
credores comerciais.
- Pressão por melhores informações
- A contabilidade ajuda nas decisões de investimento => mercado 
reage às informações? – Estudos de Eventos.
- A contabilidade possui um papel de confirmação de expectativas
- As informações do passado podem alterar as perspectivas 
futuras da empresa
- Informações para acionistas majoritários x minoritários
Usuários das Informação Contábil
Auditores
- Custo de agência = custo resultante de interesses distintos entre agentes
- Informação assimétrica = quando uma das partes possui uma informação 
diferente das outras
- A auditoria tem o papel de proteger o investidor e dar credibilidade à 
informação contábil
- Tem o papel de reduzir o custo de agência existente entre o investidor e 
o controlador.
- O auditor está interessado em manter sua reputação no mercado
Reputação x Custo
- A auditoria exerce influência sobre a informação: 
Decorrência da possibilidade de emissão de um parecer com ressalvas;
Participação na padronização;
Usuários das Informação Contábil
Governo
- A contabilidade é fonte de dados para tributação
- Divulga as regras contábeis entre as empresas:
Depreciação
Apuração dos estoques
- Pode ser inibidor, aos criar restrições às alternativas 
de procedimentos contábeis
Usuários das Informação Contábil
Clientes
- Continuidade de fornecimento e negócios sem ruptura 
para o fluxo de bens e serviços
- Capacidade de a empresa entregar mercadorias e 
serviços
Usuários das Informação Contábil
Funcionários
- Continuidade da operações, consequentemente estabilidade 
profissional
- Pagamento das remunerações
- Participação nos resultados da empresa
O Ambiente Informacional
Assimetria de Informações
* Carro usado: A relação contratual entre comprador e
vendedor.
Objetivo: elucidar conceitos de assimetria informacional
Questão: Qual tipo de contrato – formal ou informal? Podem existir 
conflitos de interesse?
* Como o professor pode medir o desempenho dos alunos?
Objetivo: elaborar métricas
Questão: É mais fácil medir desempenho dos alunos na disciplina de 
matemática ou de filosofia? Quais as possíveis métricas?
O Ambiente Informacional
Assimetria de Informações
“Sem assimetria informacional, não há utilidade para a 
própria contabilidade” (Lopes e Martins, 2005)
- Sempre olhamos para as empresas em atividades na 
economia e não paramos para analisar quantas relações de 
troca de informações e interesses que existem.
O Ambiente Informacional
Assimetria de Informações
Quais lições podemos aprender com esse simples exemplo? 
O que vai ocorrer com a empresa a partir de agora com a entrada 
de novos sócios? 
Quais são as novas obrigações do sócio fundador com os demais 
sócios?
O que existe implicitamente nessa relação entre a empresa e seus 
sócios e acionistas, entre a empresa e o banco, para solicitarem as 
demonstrações contábeis?
???
O Ambiente Informacional
Assimetria de Informações
Certamente, a empresa terá que aumentar 
significativamente a transparência das suas atividades e o 
volume de informações contábeis. Nesse caso, o disclosure 
(evidenciação) da empresa deve atender aos critérios do 
mercado de capitais, da comissão de valores mobiliários 
(CVM) e aos padrões contábeis emitidos pelo Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
........
O Ambiente Informacional
Assimetria de Informações
Nessas relações contratuais existe o problema de assimetria 
informacional. 
Em outras palavras, nem todos esses agentes possuem o mesmo 
grau de informação.
 No caso do nosso empreendedor, à medida que a empresa foi 
crescendo, ele teve que contratar mais pessoas e, por 
consequência, ele vai perdendo o controle de tudo que vai 
acontecendo e precisa da contabilidade e outros artefatos 
gerenciais e de controle interno para monitorar seus funcionários, 
exigir maior desempenho e também para pagar pelo trabalho 
deles, principalmente, se eles tiverem participação no resultado da 
entidade. 
........
O Ambiente Informacional
Assimetria de Informações
Nesse contexto, podemos perceber que a contabilidade é um dos 
instrumentos para mensurar ou, em outras palavras, medir o 
desempenho desses contratos da firma com esses diversos 
agentes. Tudo isso é feito pela utilização do conjunto das 
demonstrações contábeis, cada uma com sua respectiva função. 
........Contratos
Podemos observar que todas as nossas relações possuem 
algum tipo de contrato, seja formal ou informal. 
 Risco e incerteza, que tangenciam todas as etapas dos 
contratos, desde a elaboração até a execução.
Nesse contexto, a contabilidade é utilizada como mecanismo 
de controle para monitorar os agentes envolvidos com as 
entidades e para divulgar informações úteis para tomada de 
decisões econômicas (sugiro vocês lerem, neste momento, o 
início do Pronunciamento Contábil Estrutura Conceitual – 
CPC0 ou estrutura conceitual).
Contratos
As entidades atuam em mercados competitivos em 
condições de risco. 
Nós também, profissionais, estamos inseridos em mercados 
de trabalho competitivos, e da mesma forma que as 
entidades, nós precisamos fazer a diferença nas nossas áreas 
de atuação para o mercado nos reconhecer, seja investindo 
em educação ou em treinamento e experiência profissional, 
certo? 
Contratos
Tudo isso nos leva a duas questões, a do risco e a da 
incerteza, que tangenciam todas as etapas dos contratos, 
desde a elaboração até a execução. 
Por exemplo, lembram-se do caso para discussão (1)? O 
comprador ao adquirir um carro incorreu em risco de ter 
comprado um carro problemático e incerteza ao confiar nos 
atributos do veículo apresentados pelo vendedor no que 
tange à qualidade do mesmo.
Teoria de Agência e teoria contratual da firma 
A teoria contratual da firma estabelece que uma empresa é 
movida por contratos realizados entre os seus agentes, 
sejam eles formais ou informais.
A teoria de agência, trata do conflito de interesses entre um 
principal e um agente. 
“o agente compromete-se a realizar certas tarefas para o 
principal; o principal compromete-se a remunerar o agente.” 
Teoria de Agência e teoria contratual da firma 
Exemplo
Gestores/acionistas (conflito entre os agentes: o agente – 
gestores - deve procurar maximizar o retorno do principal – 
acionistas. 
Mas nem sempre as bases de remuneração são as mesmas, 
o que poderia levar o agente a tender a se beneficiar de 
alguma forma. 
Teoria Contratual da Firma 
Caracterizar a empresa como um conjunto de contratos 
entre diversos participantes.
O funcionamento adequado da empresa depende do 
equilíbrio contratual estabelecido. 
Os agentes geralmente atuam em situações onde a 
informação é imperfeita ou incompleta........
Informação Imperfeita 
As regras são claras e todos as conhecem;
Porém, um agente não conhece as ações dos outros 
agentes;
As regras não estão totalmente claras;
Você teria algum exemplo disso?
O papel da contabilidade para fazer valer os 
contratos........
Mensurar a contribuição de cada um dos participantes 
• Mensurar o direito de cada um dos participantes
• Informar os participantes a respeito do sucesso no 
cumprimento dos contratos.
• Distribuir informação aos potenciais participantes. 
• Distribuir plenamente informação..
Conflitos de Interesses 
Conflitos de Agência 
Voltando à firma clássica...
– Único dono...
– que também é o gestor...
– racionalidade...
– ou seja, busca pela maximização do lucro econômico no 
longo prazo...
Conflitos de Interesses 
Conflitos de Agência 
Mudança de paradigma......
– Nas corporações modernas, ocorre a dissociação entre 
propriedade e gestão;
– Possibilidade de ocorrência de conflitos de interesses 
entre os vários interessados nas atividades da firma;
Conflitos de Agência 
Acionistas vs. Administradores
Separação de Propriedade e Controle
– Às vezes, o objetivo de maximização do valor da empresa para os 
proprietários é conflitante com os objetivos dos agentes => 
conflito de agência acionista x administrador.
Conflitos de Agência 
Acionistas vs. Credores
Credores: 
• tem prioridade de recebimento sobre os acionistas, em caso de 
falência da empresa 
• caso a empresa não entre em falência, seu recebimento é fixo. 
Acionistas 
• são os últimos a receber em caso de falência da empresa 
• caso a empresa for bem são os grandes beneficiários 
• detêm o controle
Conflitos de Agência 
Acionistas Controladores vs. Minoritários
As empresas abertas brasileiras têm características peculiares:
 • geralmente não têm controle disputado em bolsas de valores 
• a existência de ações que não possuem direito a voto pode 
causar a estranha situação aonde quem menos investe tem mais 
poder.
O Processo Contábil
O processo contábil é composto por três etapas para 
gerar a informação; são elas:
- Reconhecimento
- Mensuração
- Evidenciação
O Processo Contábil
O processo contábil é composto pelas etapas de 
reconhecimento, mensuração e evidenciação das atividades 
econômicas, sendo resultado de um amplo conjunto de forças 
econômicas, sociais, institucionais e políticas. Essas forças 
delineiam as principais características do processo contábil 
tendo em vista o grau de influência dos agentes interessados 
em sua evolução.
O Processo Contábil
Reconhecimento
Responsável por identificar e classificar um evento conforme 
sua essência econômica. Definir se é ativo, que tipo de ativo 
é, ou se é passivo e qual a sua classificação. 
O Processo Contábil
Mensuração
É a que atribui valor ao evento reconhecido. Qual foi a base e 
o critério para a atribuição dos valores? Como foram 
calculados? As premissas? A motivação para utilizá-los?
O Processo Contábil
Evidenciação
A etapa de evidenciação ou divulgação, ou disclosure, como falado 
no mercado, é o momento em que a entidade precisa ter todo o 
cuidado e capacidade para informar de maneira adequada, 
ponderando custos e benefícios, seus usuários ou no mercado.
O Processo Contábil
Entendendo melhor
Para esclarecer melhor os custos e benefícios de gerar a informação contábil em 
empresas de qualquer porte, utilizaremos a depreciação como exemplo. 
Uma entidade compra canetas para utilização no dia a dia por seus funcionários. 
O fornecedor dessas canetas assegura, em propaganda veiculada na televisão, 
que elas podem escrever até 2 quilômetros. Então, nós, contadores rigorosos, na 
busca da informação mais detalhada para fins gerenciais, sabendo da vida útil das 
canetas (2 km), designamos uma equipe de pessoas para que todo dia ao 
chegarem cedo na empresa, peguem o material escrito pelos funcionários para 
medir o desgaste das canetas por centímetro de tinta gasta. Fica nítido que o 
gasto para elaborar essa informação é tão maior do que os benefícios gerados 
para tomada de decisão.
 Outra questão: essa informação é relevante? A resposta é “depende”.Pode ser 
que sim, mas com muito custo para elaborar a informação. 
Brincadeiras à parte, notaram que isso é uma escolha que o contador precisa 
fazer ao conhecer o negócio do seu cliente ou a empresa em que trabalha? 
Principalmente, essa decisão tem que ser tomada em conjunto com a 
administração da entidade porque ela arcará com esses custos.
As influências dos ambientes institucional e legal na Contabilidade
O ambiente institucional
Se observarmos nosso dia-a-dia, podemos notar que a todo o momento estamos 
de alguma forma sob influência de alguma instituição, seja ela formal ou 
informal.
Sempre que entramos numa empresa para trabalhar, procuramos incorporar os 
valores e hábitos existentes nela.
Esses valores são instituições informais, mas que afetam o comportamento dos 
funcionários .
As regras são instituições formais.
Vemos muitas leis que não são aplicadas e muitos costumes que, por vezes, 
possuem maior rigidez do que as leis.
As influências dos ambientes institucional e legal na Contabilidade
O ambiente institucional
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD ou PDD) de 10%, 
decide reconhecer somente 5%, assumindo maior risco e informando 
menos seus usuários, no caso, credores.
O proprietário vai ao banco com as demonstrações contábeis para 
contrair financiamento para adquirir seus novos produtos apresentando 
um lucro maior, já que a PCLD reduz o lucro e a entidade reconheceu 
percentual menor. 
Nesse caso, ela apresentaria uma informaçãoque não representa 
fidedignamente sua realidade econômica.
Isso é legal ou ilegal?
As influências dos ambientes institucional e legal na 
Contabilidade
O ambiente institucional
.........
Neste caso, a entidade não está fazendo nada de ilegal.
 É uma discricionariedade ( é a qualidade daquilo que depende da 
decisão de uma autoridade) que o gestor da entidade tem dentro dos 
princípios contábeis e leis. 
Se porventura a entidade começar a falsificar notas de vendas ou 
reconhecer vendas inexistentes, isso é fraude, e fraude é crime!
-
Gerenciamento de Resultados 
Ocorre quando os gestores utilizam critérios nas 
demonstrações financeiras e, estruturando transações 
para alterar as informações divulgadas, ludibriam alguns 
stakeholders sobre o real desempenho econômico da 
firma ou para influenciar resultados contratuais que 
dependem dos números contábeis divulgados. 
 stakeholders significa público estratégico e descreve uma 
pessoa ou um grupo que tem interesse em uma empresa.
Stake ( interesse, participação, risco) holders ( aquele que 
possui)
-
Gerenciamento de Resultados 
Mas como ocorrem as práticas de gerenciamento de 
resultados?
Partiremos da premissa de que as escolhas contábeis 
estão em conformidade com os princípios contábeis e 
com as leis; se ultrapassarem os limites legais e dos 
princípios contábeis, tornam-se práticas ilegais ou fraude, 
que não é nosso foco. 
Contabilidade e sua relação com as instituições e com o 
modelo legal
Primeiramente, temos que ter conhecimento de que as instituições 
moldam o comportamento humano. Aquino (2005, p. 151) define 
instituições como:
Conjunto de regras, formais ou informais, incluindo seus respectivos 
mecanismos de coerção. São as “regras do jogo”, cujo propósito é 
limitar, direcionar o comportamento humano em alguma particular 
direção.
Exemplos de instituições:
casamento, propriedade privada, sistema de mercado, sistema monetário, 
o Estado, constituinte, código civil, normas ISO, códigos religiosos de 
conduta (tanto gerais, como os livros sagrados das várias religiões, e 
outros.
Contabilidade e sua relação com as instituições e com o 
modelo legal
Mas o que isso tem a ver com contabilidade, não é?
Temos que ter em mente que a contabilidade é a linguagem dos negócios 
e que ela fornece as informações (mínimas ou necessárias, espera-se) no 
processo decisório e, dessa maneira, os executivos e empresários utilizam 
as informações contábeis e outro conjunto de informações financeiras, 
gerenciais e de mercado para tomarem decisões econômicas.
O que eu quero dizer é que uma empresa (ou mesmo pessoa física), ao 
buscar crédito ou capital com terceiros, a instituição financiadora exigirá 
demonstrações contábeis que representem a realidade econômica dos 
negócios, como uma maneira para reduzir o risco de emprestar o dinheiro 
e depois receber calote da entidade (no caso de pessoas, declaração de 
imposto de renda ou contracheque)
-
Contabilidade e sua relação com as instituições e com o 
modelo legal
Mas o que isso tem a ver com contabilidade, não é?
Mais ainda, podemos ver como fatores culturais influenciam a 
forma de captação e investimento de recursos. Por exemplo, 
sempre escutei desde criança que, no Brasil, como um hábito dos 
brasileiros, para segurança financeira dos filhos, os pais se 
preocupam em comprar um apartamento, terreno ou casa, e aplicar 
na poupança para ficar como segurança e herança.
Nos Estados Unidos o raciocínio é diferente, ou, pelo menos, 
complementar em relação aos imóveis. Quando uma criança nasce 
numa família norte-americana, em geral, os pais procuram comprar 
ações de uma empresa para que, ao completar idade adulta ela 
tenha uma poupança suficientemente boa para não depender mais 
deles, ou no caso de ausência deles.
Contabilidade e sua relação com as instituições e com o 
modelo legal
Qual a diferença existente nos dois casos? 
No caso norte-americano podemos notar a confiança das famílias 
no mercado de capitais (investimento em bolsa de valores), nos 
executivos das empresas (mesmo com problemas de fraudes ou 
escândalos financeiros), porque eles sabem que se esse agente fizer 
algo errado será punido por juízes de alguma corte. 
No Brasil, essa situação pode ocorrer, mas, devido ao ambiente de 
forte assimetria informacional e por falta de credibilidade das 
instituições e pela morosidade dos processos judiciais, o mercado 
considera alto o risco de operar nesse tipo de ambiente, 
principalmente caso tenhamos que recorrer à justiça para punição 
das empresas. 
CARACTERÍSTICAS, NATUREZA E TIPO 
 DE SISTEMA LEGAL VIGENTE
Sistema legal classificado com common law 
É predominante em países como Grã-Bretanha, EUA, Canadá, 
Austrália, Nova Zelândia, onde não é necessário detalhar as regras a 
serem aplicadas. 
Presume-se que o que não é proibido é permitido.
 Nesses países, há clima propício para inovações e criatividade. Por 
outro lado, há possibilidade de maior “gerenciamento” de 
resultados ou flexibilidade.
CARACTERÍSTICAS, NATUREZA E TIPO 
 DE SISTEMA LEGAL VIGENTE
Sistema legal classificado com common law 
Foi constituído ao longo da história com base em fortes princípios 
ou valores (costumes) que uma sociedade deveria ter, ou seja, 
como os indivíduos devem se comportar.
sistema commom law – prática – como pode ser feito.
CARACTERÍSTICAS, NATUREZA E TIPO 
 DE SISTEMA LEGAL VIGENTE
Sistema legal classificado como code-law 
É predominante em países como Alemanha, França e Japão e é 
requerido um elevado grau de detalhamento de regras a serem 
cumpridas. 
Isto não propicia maior flexibilidade na preparação e apresentação 
de demonstrações financeiras. 
Ênfase maior é atribuída à proteção de credores.
CARACTERÍSTICAS, NATUREZA E TIPO 
 DE SISTEMA LEGAL VIGENTE
Sistema legal classificado como code-law 
Constituíram seu arcabouço (estrutura) jurídico baseado em 
normas, ou seja, criaram constituições, códigos e leis que 
determinam o que um indivíduo pode ou não fazer.
Esse modelo legal é denominado de direito romano ou direito 
codificado.
Alemanha, França, Portugal e Brasil
CARACTERÍSTICAS, NATUREZA E TIPO 
 DE SISTEMA LEGAL VIGENTE
Podemos, assim, definir o modelo Common Law como o que tem a 
contabilidade mais voltada ao usuário externo, ou seja, o agente 
que tomará decisões econômicas com base nas demonstrações 
contábeis,
 e 
o modelo Code Law com a contabilidade mais direcionada para 
múltiplos stakeholders.
stakeholders significa público estratégico e descreve uma pessoa ou 
um grupo que tem interesse em uma empresa.
-
Relação entre instituições e contabilidade
Nos países (Common Law) a contabilidade é voltada a produzir 
informações aos usuários, principalmente externos, que tomam 
decisões econômicas. 
No nosso país(Code Law) , durante muitas décadas, por questões 
legais e culturais, a contabilidade era fortemente influenciada para 
atender às obrigações do fisco e ainda sentimos essa interferência 
por causa da cultura e do ambiente.
Por outro lado, existe forte movimento do próprio governo, por 
meio do Banco Central, Secretaria da Receita da Fazenda e outros 
órgãos para que as demonstrações contábeis sejam plenamente 
elaboradas para os usuários externos, ou seja, para tomada de 
decisão. 
Relação entre instituições e contabilidade
Concluindo sobre contabilidade e instituições
Dessa maneira, podemos observar como a contabilidade interage 
dentro de um ambiente. 
Iremos perceber em nossas aulas de teoria da contabilidade que:
 “a contabilidade está sempre reagindo às demandas externas, 
principalmente da economia”.
HISTÓRICO
Contabilidade já existe desde 4.000 a.c;
A origem da Contabilidade está ligada à necessidade de 
registros do comércio;
Luca Pacioli (1494) – método das partidas dobradas.
Itália: sistema code law – teoria – como fazer;
EUA: sistema commom law – prática – como pode ser feito.
Convergências às normas internacionais
Padrões contábeis diferentes entre países;
Dificuldadede interpretação e comparabilidade;
Uma mesma transação, diferentes procedimentos;
Alto custo para as empresas ajustarem os seus números contábeis 
para diversos padrões;
Usuários das Demonstrações Contábeis
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA
Resolução 1.055 do CFC em 2005 cria o CPC - Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis;
Instrução CVM nº 457 de julho de 2007;
Lei 11.638 de Dezembro de 2007;
Circular SUSEP nº. 357, de Dezembro de 2007.
 2007: Nova Lei das S.A’s = Lei n. 11.638/2007;
 2008: Medida Provisória 449;
 2009: Lei n. 11.941/2009.
 Pronunciamentos Contábeis.
Resolução 1.055 do CFC em 2005 cria o CPC - Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis;
Fica criado o COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - (CPC).
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC) será composto 
pelas seguintes entidades:
a - ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas;
b - APIMEC NACIONAL - Associação dos Analistas e Profissionais de 
Investimento do Mercado de Capitais;
c - BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; (2)
d - CFC - Conselho Federal de Contabilidade;
e - IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
f - FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e 
Financeiras.
Instrução CVM nº 457 de julho de 2007;
Dispõe sobre a elaboração e divulgação das demonstrações 
financeiras consolidadas, com base no padrão contábil 
internacional emitido pelo International Accounting Standards 
Board – IASB.
RESOLVEU: 
Art. 1º As companhias abertas deverão, a partir do exercício findo 
em 2010, apresentar as suas demonstrações financeiras 
consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de acordo 
com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting 
Standards Board – IASB. 
§ 1º Para fins de atendimento ao disposto no caput deste artigo, as 
demonstrações financeiras consolidadas das companhias abertas 
deverão ser elaboradas com base em pronunciamentos plenamente 
convergentes com as normas internacionais, emitidos pelo Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis – CPC
MP 449 traz segurança fiscal a cias que adotarem novo padrão contábil
A Medida Provisória 449 garante às empresas, antes de mais nada, a segurança 
jurídica de que a adoção de novos padrões contábeis, em linha com aqueles 
utilizados internacionalmente e que podem resultar em alterações no resultado 
final, não terão impacto na tributação.
Ela traz o conforto jurídico de que a Receita Federal não vai tributar operações 
que, antes da adoção de novos padrões contábeis, não eram tributadas
A contabilidade é a base da tributação. "Ao mudar o padrão contábil, muda-se 
também a base de tributação. Daí a necessidade de uma lei ou MP que 
regulamentasse os efeitos fiscais da Lei 11.638“.
Lei 11.638“. Essa lei, de dezembro de 2007, alterou e adicionou dispositivos à 
chamada Lei das S.A. (nº 6.404) e prevê que as práticas contábeis adotadas no 
País devem seguir o IFRS (International Financial Reporting Standards), padrão 
internacional de contabilidade, obrigatoriamente, a partir de 2010.
https://www.contabeis.com.br/contabil/contabilidade/
https://www.contabeis.com.br/contabil/ifrs/
https://www.contabeis.com.br/contabil/contabilidade/
O conceito de IFRS: Normas Internacionais de Relatórios Financeiros
De forma resumida, o IRFS é o modelo de normas contábeis que as 
empresas devem seguir para atender às normas internacionais, 
deixando o balanço contábil claro e interpretável em diferentes 
países.
Adotado em mais de 120 países, o IFRS também é utilizado no 
Brasil. Este padrão de escrituração contábil é fundamental para 
empresas que desejam crescer e manter uma boa imagem perante 
acionistas e investidores
Todo empresário ou administrador de empresa deve sempre se 
lembrar da importância de ter números financeiros bem 
organizados, transmitindo aos terceiros uma imagem transparente 
e clara sobre a solidez do negócio.
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA
Convergência: Internacional 
IASB – International Accounting Standard Board (Ex-IASC) ( quadro 
internacional de normas contábeis).
Organização privada independente, sem fins lucrativos, que edita padrões 
contábeis (IAS/IFRS) aplicados ao mercado de capitais e ao setor privado;
 
FASB – Financial Accounting Standards Board
Organização de origem americana que estabelece
padrões contábeis de contabilidade e relatórios 
financeiros;
-
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA
Convergência nacional
Banco Central do Brasil (BCB)
Autarquia que normatiza e fiscaliza o setor financeiro 
brasileiro, sendo integrante do Sistema Financeiro 
Nacional e responsável pela política monetária 
brasileira.
-
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA
Convergência nacional
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
Organização com o objetivo de estudar, preparar e emitir 
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de 
Contabilidade e a divulgação de informações contábeis.
-
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA
Convergência nacional
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
Autarquia federal responsável por fiscalizar, normatizar 
disciplina e desenvolver o mercado de capitais brasileiro.
-
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA
Convergência nacional
Outras:
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
Ministério da Previdência Social (MPS);
Superintendência Nacional de Previdência Complementar 
(SPC/PREVIC);
Receita Federal do Brasil (RFB)
Etc.
�
Principais alterações ocorridas
As definições das Leis nº. 11.638/07 e 11.941/2009 devem ser 
observadas por todas as empresas obrigadas a obedecer à Lei das 
S/A, compreendendo não só as sociedades por ações e demais 
entidades.
 As empresas de grande porte, de acordo com a definição da Lei nº. 
11.638/07 (parágrafo único do art. 3º), devem, adicionalmente, 
observar as regras da CVM.
Devem também ser observadas as determinações previstas nas 
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) emitidas pelo CFC e os 
Pronunciamentos Técnicos editados pelo CPC.
 As demais entidades, sem finalidades lucrativas, devem observar a 
legislação aplicável e as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) 
específicas
Principais alterações ocorridas
Classificação do Ativo e do Passivo em “Circulante” e “Não Circulante”;
Extinção do grupo Ativo Permanente;
Restrição ao longo do exercício de 2008 e extinção, na data de 5/12/08, 
do subgrupo “Ativo Diferido”;
Criação do subgrupo “Intangível” no grupo do Ativo Não Circulante;
Proibição da prática da reavaliação espontânea de ativos;
Aplicação, ao final de cada exercício social, do teste de recuperabilidade 
dos ativos (teste de impairment);
Registro, em contas de ativo e passivo, dos contratos de arrendamento 
mercantil financeiro (leasing);
Extinção do grupo Resultados de Exercícios Futuros;
Principais alterações ocorridas
Extinção do grupo Resultados de Exercícios Futuros (REF) ;
Criação, no Patrimônio Líquido, da conta de “Ajustes de Avaliação 
Patrimonial”;
Destinação do saldo de Lucros Acumulados;
Alteração da sistemática de contabilização das doações e subvenções 
fiscais, anteriormente contabilizadas em conta de Reserva de Capital;
Alteração da sistemática de contabilização dos prêmios nas emissões de 
debêntures, anteriormente contabilizados em conta de Reserva de 
Capital;
Extinção da classificação das Receitas e Despesas em Operacionais e Não 
Operacionais;
Como a Estrutura Conceitual do CPC define a contabilidade?
Como uma ciência geradora de informações que sejam úteis na 
tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos 
usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou 
necessidade específica de determinados grupos de usuários”. (CPC 
00)
“É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos 
ocorridos no patrimônio das entidades”. ( Hilário Franco)
Como a Estrutura Conceitual do CPC define a 
contabilidade?
Como uma ciência geradora de informações que sejam úteis 
na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte 
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender 
finalidade ou necessidade específica de determinadosgrupos de usuários”. (CPC 00)
A tomada de decisão é um dos processos mais importantes dentro das 
entidades. Se a informação contábil utilizada não possui qualidade ou é 
precária –muito provavelmente decisões equivocadas ou as análises 
poderão ter viés ( ou seja, resultados tortos, com mais de um sentido);
Em funções de que necessidades surgem o CPC?
convergência internacional ( direção para um ponto 
comum) das normas contábeis (redução de custo de 
elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo 
nas análises e decisões, redução de custo de capital);
centralização na emissão de normas dessa natureza (no 
Brasil, diversas entidades o fazem);
representação e processo democráticos na produção dessas 
informações (produtores da informação contábil, auditor, 
usuário, intermediário, academia, governo).
CPC - Criação e Objetivo
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como 
objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de 
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de 
Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, 
para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora 
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu 
processo de produção, levando sempre em conta a 
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões 
internacionais".
http://www.cpc.org.br/pdf/RES_1055.pdf
Características Básicas
- O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas;
- O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura 
necessária;
- As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser 
convidadas futuramente;
- Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, 
não auferem remuneração.
CPC
Comitê de pronunciamentos contábeis
O CPC foi idealizado a partir da união de esforços e 
comunhão de objetivos das seguintes entidades:
Associação Brasileira das Cias Abertas (ABRASCA);
Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de 
Capitais (APIMEC);
Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA);
Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarias e Financeiras 
(FIPECAFI); e
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).
CPC
Comitê de pronunciamentos contábeis
ABRASCA
Associação Brasileira de Companhias Abertas.
A Abrasca surgiu logo depois da grande queda da bolsa em 1971, 
período em que o mercado de capitais brasileiro era pouco 
desenvolvido. 
A crise trouxe uma onda de reações e preocupações por parte de 
todos os agentes do mercado.
Na sua primeira década de existência, esta postura fica evidente 
em especial na estruturação da Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM) e no processo de edição da Lei das S.A. Em 1976.
Em 40 anos de história, a trajetória da Abrasca é marcada por sua 
importante contribuição ao aperfeiçoamento do mercado de 
capitais e ao desenvolvimento das companhias abertas brasileiras
CPC
Comitê de pronunciamentos contábeis
APIMEC NACIONAL
Associação dos analistas e profissionais de investimento do 
mercado de capitais
Foi criada em junho de 1988, com a finalidade de congregar todas 
as Apimecs Regionais - Distrito Federal, Minas Gerais, Nordeste, Rio 
de Janeiro, São Paulo e Sul.
Os profissionais típicos de investimento são pessoas formadas em 
administração de empresas, economia, ciências contábeis, 
engenharia ou direito, que trabalham em instituições financeiras, 
seguradoras, fundos de pensão e empresas de consultoria. 
Regra geral, são analistas de valores mobiliários;
Desenvolve estudos e pesquisas visando o desenvolvimento do 
mercado de capitais e a capacitação dos profissionais.
CPC
Comitê de pronunciamentos contábeis
BM&FBOVESPA E CETIP = B3
Bolsa de mercadorias e futuros
Bolsa de valores de São Paulo
Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos
Fruto da combinação entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, nasce a B3, uma empresa 
maior do que a soma das partes. Uma companhia de infraestrutura de mercado 
financeiro de classe mundial.
Com portfólio diversificado de produtos e serviços, a B3 chega para potencializar 
oportunidades de negócios em um ambiente de mercado dinâmico, desafiador e 
competitivo em escala global.
A Cetip atua de acordo com as normas aplicáveis da CVM (Comissão de Valores 
Mobiliários) e do Banco Central. Conta ainda com uma estrutura de 
Autorregulação, que fiscaliza e supervisiona as operações, as atividades da 
organização e o mercado, para verificar se as atividades que ocorrem em seus 
ambientes estão dentro das normas
A Cetip é a integradora do mercado financeiro, proporcionando liquidez, 
segurança e transparência para as operações financeiras, contribuindo para o 
desenvolvimento sustentável do mercado. Ela é a maior depositária de títulos 
privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do 
país.
-
CPC
Comitê de pronunciamentos contábeis
Conselho Federal de Contabilidade
Criado e regido por legislação específica, o Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio 
de 1946, o CFC possui estrutura, organização e funcionamento regulamentados 
pela Resolução CFC nº 1.370, de 8 de dezembro de 2011, que aprova o 
Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade.
 O CFC é integrado por um representante de cada estado e mais o Distrito 
Federal, no total de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes – Lei nº 
11.160/05 -, e tem, dentre outras finalidades, nos termos da legislação em vigor, 
principalmente a de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão 
contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade , cada um em 
sua base jurisdicional, nos Estados e no Distrito Federal; decidir, em última 
instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais, além de 
regular acerca dos princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos 
programas de educação continuada, bem como editar Normas Brasileiras de 
Contabilidade de natureza técnica e profissional.
 Em 2010 foi sancionada pelo Presidente da República a Lei 12.249 /2010, que 
institui a obrigatoriedade do Exame de Suficiência na área contábil.
http://cfc.org.br/wp-content/uploads/2015/12/lei1249.pdf
http://cfc.org.br/wp-content/uploads/2015/12/lei11160.pdf
http://cfc.org.br/wp-content/uploads/2015/12/lei11160.pdf
http://cfc.org.br/wp-content/uploads/2015/12/lei12249.pdf
CPC
Comitê de pronunciamentos contábeis
FIPECAFI
Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras
Uma atuação pioneira que contribui para a evolução na forma de se fazer Contabilidade no Brasil. 
Elaborar, divulgar e dar transparência às demonstrações contábeis. Um universo importante de 
setores econômicos foi considerado nessas atividades. Projetos executados para a CVM e Banco 
Central resultaram em manuais que regem a contabilidade dos setores de sociedades por ações, 
instituições financeiras e fundos de investimento, dentre outros.
o trabalho pioneiro avança rumo à inserção no Mercado de Capitais e ao Processo de 
Internacionalização das organizações brasileiras com a atuação da FIPECAFI na qualidade de 
membro fundador do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Entidade criada por resolução 
do Conselho Federal de Contabilidade que atua no processo de produção de normas contábeis, 
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais
CPC
Comitê de pronunciamentos contábeis
IBRACON
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
- A parceria com a IFRS Foundation permitiu que o Ibracon se tornasse a entidade 
autorizada a traduzir o Livro Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), 
emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board - Conselho de Normas 
Internacionais de Contabilidade). Com isso, participou e participa no processo de 
convergência de normas internacionais em todos os seus estágios, inclusive na criação 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e no desenvolvimento de seus 
trabalhos.
Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participarrepresentantes dos seguintes órgãos:
Banco Central do Brasil;
Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
Secretaria da Receita Federal;
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas Comissões e 
Grupos de Trabalho para temas específicos.
Produtos do CPC:
Pronunciamentos Técnicos;
Orientações;
Interpretações;
Revisões.
Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a 
audiências públicas. As Orientações e Interpretações poderão, também, 
sofrer esse processo.
PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO DO CPC
- Essa estrutura conceitual é mais abrangente do que a resolução CFC nº 
750/93: Princípios Fundamentais de Contabilidade e a Deliberação CVM 
nº 29/86: Princípios Contábeis Geralmente Aceitos.
- O ambiente institucional brasileiro é muito diferente se comparado aos 
países que já aplicam as normas internacionais.
 
- O grande desafio agora está em evoluir da igualdade na forma e 
conseguir que também seja aplicada em sua essência na prática.
PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO DO CPC
Finalidade:
- Dar suporte ao desenvolvimento de novas normas e à revisão das existentes 
quando necessário. 
- Dar suporte aos responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na 
aplicação das normas e no tratamento de assuntos que ainda não tiverem sido 
objeto de normas. 
 
- Auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade 
das demonstrações contábeis com as normas. 
- Apoiar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de 
informações nelas contidas, preparadas em conformidade com as normas.
PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO DO CPC
Objetivo das Demonstrações Contábeis:
“fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e 
avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender 
finalidade ou necessidade específica de determinados grupos de usuários”. (CPC 
00) 
Tipo de Informação Demonstrações Contábeis
Posição Patrimonial e Financeira - Balanço Patrimonial
- Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido
Desempenho - Demonstração do Resultado do Exercício
- Demonstração do Valor Adicionado
Mudanças na Posição Financeira - Demonstração dos Fluxos de Caixa
- DOAR (por demonstrar a variação no CCL)
PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO DO CPC
Características Qualitativas:
Fundamentais:
Relevância -> Materialidade 
Representação fidedigna
De melhoria 
Comparabilidade
Verificabilidade
Tempestividade
Compreensibilidade
Observação: características qualitativas são os atributos que tornam as 
demonstrações contábeis úteis para os usuários.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS
Relevância
Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às 
necessidades dos usuários na tomada de decisões.
Características da Relevância:
A informação contábil-financeira capaz de fazer diferença nas 
decisões dos seus usuários.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS
Materialidade
Conceito: A informação é material se a sua omissão ou sua 
divulgação distorcida puder influenciar decisões que os usuários 
tomam com base na informação contábil-financeira acerca de 
entidade específica que reporta a informação. 
A relevância das informações é afetada pela sua natureza e 
materialidade.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS
Representação Fidedigna
O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a 
informação necessária para que o usuário compreenda o 
fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e 
explicações necessárias.
Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade 
retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, 
neutra e livre de erro. 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIAS
Comparabilidade
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os 
usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e 
diferenças entre eles. 
Diferentemente de outras características qualitativas, a 
comparabilidade não está relacionada com um único item. A 
comparação requer no mínimo dois itens.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIAS
Verificabilidade
Significa que diferentes observadores, independentes, podem chegar a um 
consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, 
quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma 
representação fidedigna.
Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas 
pode também ser verificável.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIAS
Tempestividade
Significa ter informação disponível para tomadores de 
decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. 
Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade 
prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de 
alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar 
tendências.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIAS
Compreensibilidade
É uma qualidade essencial das informações apresentadas nas 
demonstrações contábeis e significa a qualidade de serem entendidas 
pelos usuários.
Presunção: os usuários devem ter um conhecimento razoável dos 
negócios, atividades econômicas e confiabilidade e a disposição de 
estudar as informações com razoável diligência.
Manutenção da informação complexa: devem ser incluídas nas 
demonstrações contábeis por causa da sua relevância para as 
necessidades de tomada de decisão pelos usuários.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIAS
Confiabilidade
Característica que indica que a informação deve estar livre de erros 
e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar.
Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não confiável 
em sua natureza ou divulgação que o seu reconhecimento pode 
potencialmente distorcer as demonstrações contábeis.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
- Conceitos fundamentais de contabilidade;
- Ativo;
- Passivo;
- Patrimônio líquido e
- Resultado contábil
� FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Conceitos fundamentais de contabilidade:
O que é Contabilidade?
CFC (Resolução n. 774/94)
A contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e 
consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as 
condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo 
semelhante às demais ciências sociais.
Manual de Contabilidade (Iudícibus et al., 2010)
A contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação 
destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza 
econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade 
objeto de contabilização. 
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
O que é Contabilidade?
Frederico Hermann Júnior (1958)
A Contabilidade, como ciência autônoma, tem por objeto o estudo do patrimônio 
aziendal sob o ponto de vista estático e dinâmico. 
Serve-se da escrituração como instrumento para demonstrar as variações 
patrimoniais. A Contabilidade não 
se confunde nem com a organização nem com a gestão. 
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
O que é Contabilidade?
Simpósio Brasileiro de Teoria da Contabilidade (2010)
 A Contabilidade é uma Ciência Social cujo objeto de estudo 
 é a mediação do conflito distributivo, 
 mediante o reconhecimento, mensuração e evidenciação 
 dos fenômenos que afetam o patrimônio das entidades, sob 
 a perspectiva de uma atuação ética, pautada no interesse 
 público e na dignidade do ser humano.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Para que serve a contabilidade ?
Fornecer aos usuários um conjunto básico de informações que 
atenda igualmente bem a todos os tipos de usuários; ou
Ser responsável pela apresentação de cadastros de informações 
totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário; ou 
Construir um “arquivo básico de informação contábil”, que possa 
ser utilizado, de forma flexível, por vários usuários, cada um com 
ênfases diferentes neste ou naquele tipo de informação.FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Para que serve a contabilidade ?
Para produzir técnicas de análise, demonstrações contábeis 
e outros procedimentos para alcançar o melhor 
reconhecimento, mensuração e evidenciação dos fenômenos 
que causam variações qualitativas e quantitativas no 
patrimônio das entidades (IUDÍCIBUS, 2011*).
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
DEFINIÇÃO DO ATIVO
Segundo CPC 00
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado 
de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros 
benefícios econômicos para a entidade.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
DEFINIÇÃO DO ATIVO
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
DEFINIÇÃO DO ATIVO
Futuro Benefício Econômico
Ativos podem dar origem ao benefício quando:
- Usados na produção de estoques / serviços
- Trocados por outros ativos
- Usados para reduzir passivo
- Distribuídos aos proprietários
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
DEFINIÇÃO DO ATIVO
Futuro Benefício Econômico
Potencial de contribuição para o fluxo de caixa ou equivalentes de 
caixa
Existem três fatores que determinam a ocorrência de benefício:
- Existência de valor de mercado
- Aceitação por terceiros como pagamento de dívida
- É usado para melhorar a produtividade
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
DEFINIÇÃO DO ATIVO
Futuro Benefício Econômico
Nem todo recurso é uma ativo
Serviços expirados não são ativos:
Exemplos: patentes que perdeu validade; 
duplicata a receber de um cliente falido;
ou máquina sem utilidade.
Pois deixam de gerar benefício econômico no futuro.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
DEFINIÇÃO DO ATIVO
Controle
O benefício deve ser controlado por uma entidade;
A entidade possui a habilidade de exercer os direitos de uso 
dos benefícios;
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
DEFINIÇÃO DO ATIVO
Resultado de Eventos Passados
Os ativos da entidade precisam necessariamente ser resultado de 
transações passadas. 
As entidades normalmente obtêm ativos por meio de sua compra 
ou produção, mas outras transações também podem gerar ativos.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Reconhecimento do Ativo
Diz respeito à incorporação de um recurso econômico no 
balanço patrimonial;
Para o reconhecimento é necessário que o recurso 
econômico seja um ativo:
- O recurso econômico irá gerar um futuro benefício 
econômico?
- O recurso econômico é controlado pela entidade?
- É derivado de eventos passados?
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Mensuração do Ativo
Atributos básicos de uma mensuração de ativos:
· Objetividade: conforme o significado da palavra, devemos mensurar 
um ativo de forma que haja ausência de opinião preconcebida, 
adotando-se procedimentos claros e de fácil compreensão para que não 
haja subjetividade;
· Confiabilidade: indicando a veracidade dos atos, verificando-se a 
aceitabilidade e confiabilidade dos dados;
· Oportunidade: onde são fornecidos os dados no exato momento em 
que se precisa dos mesmos; para que a mensuração de um ativo não 
perca sua utilidade;
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Mensuração do Ativo
Atributos básicos de uma mensuração de ativos:
· Precisão: onde se busca informação na medida exata da necessidade 
dos gestores;
· Exatidão: transmite-se a realmente aquilo que é necessário para os 
usuários das informações de tal mensuração de ativo, no tamanho e 
quantidade exatos;
· Acurácia: obter-se de informações corretas, sem margem de erro e de 
forma que não haja malícia nos dados transmitidos.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Mensuração do Ativo
Objetivos fundamentais na avaliação de ativos
Sintáticos - destacar o enfoque adotado pela mensuração, de forma que 
se possa entender melhor sobre o assunto e discorrer as diversas 
interpretações; Em conformidade com as regras!
Semânticos - destacar a forma de interpretação, onde, depois de analisar 
os diversos “pontos de vista” podemos ressaltar a interpretação mais 
adequada para cada situação; Adoção da ciência
Pragmático - destacar a utilidade, relevância e efeito da contabilidade, de 
forma a ponderar os objetivos avaliados anteriormente e aplicá-los. Se 
preocupa no que é prático, concreto.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
AVALIAÇÃO DO ATIVO
- Valor de Entrada “são maneiras de representar
o valor de um ativo na etapa do processo contábil
de reconhecimento em mercados organizados. 
Valores de Saída “são medidas que representam os valores de venda 
de ativos em mercados organizados. 
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
AVALIAÇÃO DO ATIVO
Custo Histórico
Valores pagos na época da aquisição: deve incluir todos os pagamentos necessários 
para colocar o ativo em condição de gerar benefício futuro.
É a base mais comum
Base objetiva e verificável
Pode deixar de ter representatividade com o tempo, em especial nos ativos de 
longo prazo
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
AVALIAÇÃO DO ATIVO
Custo Corrente
Montante pelo qual teriam que ser pago caso fossem adquiridos no presente
* Possui capacidade informativa
* Perde objetividade
* Dificuldade de mensuração
Deve ser obtido nas condições atuais de preço e tecnologia, para um 
determinado nível de eficiência
* Diverge do custo de reposição, que é o valor atual de uma tecnologia ultrapassada
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
AVALIAÇÃO DO ATIVO
Valor Presente
Montante que seria gerado pela entidade, descontando o fluxo futuro de 
caixa, no curso normal das operações
 Valor presente = Valor futuro do ativo
(1 + taxa de desconto) * tempo
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
AVALIAÇÃO DO ATIVO
Valor de Liquidação ou Valor Realizável
Valor que seria obtido através da venda usual do ativo
* Alguns autores associam a venda forçada, onde a continuidade é questionada
* Nesse caso, o valor é reduzido
- Restrito às situações onde o ativo perde sua capacidade de gerar benefício ou 
quando o ativo será descontinuado 
EXERCÍCIOS
Quais as características essenciais dos elementos do Ativo? 
Resposta:
Controle do ativo como resultado de eventos passados;
Expectativa que benefícios econômicos futuros associados com o ativo fluirão 
para a entidade; 
O valor justo ou o custo do ativo podem ser mensurados de forma confiável.
EXERCÍCIOS
A substância física é essencial à existência de um Ativo? Comente sua resposta.
Resposta:
Não é essencial, visto que alguns dos recursos controlados pela entidade de 
onde se espera fluxo futuro de benefícios econômicos e que podem ser 
mensurados de forma confiável, não apresentem substância física, como é o 
caso das patentes, direitos de imagem, marca entre outros. 
Os ativos intangíveis, desde que atendam as características essenciais podem e 
devem ser mensurados nas demonstrações contábeis da entidade.
EXERCÍCIOS
Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a 
entidade de diversas maneiras. Por exemplo, um ativo pode ser 
distribuído aos proprietários da entidade. Certo ou errado? Justifique.
Certo.
Uma empresa gera um lucro no período e esse lucro vai para o patrimônio na 
conta “lucros acumulados”. Parte desse lucro pode ser distribuída aos sócios em 
forma de dividendos. Nessa situação, a empresa paga os sócios com dinheiro do 
caixa, ou seja, um ativo (dinheiro) foi distribuído aos sócios (dividendos).
EXERCÍCIOS
Ao determinar a existência de um Ativo, o direito de propriedade é 
essencial. Certo ou errado. Justifique.
Errado.
Pois existem ativos que não se tem a propriedade, mas possuem o 
controle.
EXERCÍCIOS
Um item pode satisfazer a definição de um Ativo mesmo quando não há 
controle legal. Certo ou errado? Justifique.
Correto.
Uma empresa que consegue dominar o mercado por apresentar conhecimento 
especializado sobre algum produto ou serviço que os concorrentes não 
possuem.
Fórmulas secretas, informações, tecnologias, técnicas, procedimentos, etc.) 
adquiridos por uma empresa ou um profissional, que traz para si vantagens 
competitivas
EXERCÍCIOS
A ausência de um gasto não impede que um item satisfaça a definição 
de Ativo e que se qualifique para reconhecimento no balanço 
patrimonial.Certoou errado ? Justifique.
Normalmente, para gerar ativos, as entidades incorrem em gastos. Contudo, 
isso não é 100% verdade, pois é possível, por exemplo, que a entidade registre 
um ativo em sua contabilidade obtido por meio de uma doação.
EXERCÍCIOS
Artur, um pequeno empresário produtor de tapetes, adquire uma máquina nova 
para sua fábrica. Com isso, ele empresta a máquina antiga a José, outro pequeno 
empresário, seu amigo de longa data. Artur não cobra aluguéis ou qualquer 
outro tipo de contraprestação de José. Nesse caso, quem deve registrar a 
máquina antiga
como ativo no Balanço Patrimonial de sua empresa? 
Resposta:
Deve-se considerar a essência sobre a forma, deste modo para reconhecimento 
de um ativo o controle deve ser considerado e não a propriedade. José tem o 
controle sobre a máquina, José é quem tira benefício da máquina, portanto José 
deve registrar a máquina antiga como ativo no Balanço Patrimonial de sua 
empresa.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
ATIVO NÃO CIRCULANTE
Geralmente representam importante parcela dos recursos que são investidos por uma 
entidade;
Caracterizam por serem utilizados na fabricação de bens ou na prestação de serviços, onde 
se espera que o processo de fabricação ocorra por mais de um exercício social;
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
ATIVO NÃO CIRCULANTE
Existem dois métodos de mensuração:
Quando da aquisição, pode-se utilizar o valor da transação (custo histórico);
Com o passar do tempo, o valor é ajustado pela depreciação e pela redução ao valor 
recuperável;
Uma forma de aproximar a mensuração do ativo ao valor justo é através de uma nova 
avaliação.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
ATIVO INTANGÍVEL
Diz respeito a qualquer ativo que não possui forma física (a marca, 
direitos autorais, relação de clientes, patentes, goodwill, etc);
Não é recente na contabilidade;
Para ser considerado intangível deve:
satisfazer a definição de ativo:
ser identificável -> restringir a abrangência do intangível, no que diz 
respeito ao seu reconhecimento e mensuração;
Pontos críticos
Mensuração dos seus valores
Estimação de suas vidas úteis
•FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Impairment test
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável do Ativo
Assegurar que um ativo não seja avaliado por um valor superior ao 
valor recuperável;
Trata-se da redução do valor recuperável de um ativo.
O Teste de Impairment é, portanto, uma avaliação para verificar se os 
ativos da empresa estão desvalorizados, ou seja, se o seu valor contábil 
excede seu valor recuperável.
•FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Impairment test
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável do Ativo
Muitas empresas ainda têm dúvidas sobre como se aplica e para que 
serve o Teste de Impairment, obrigatório desde 31 de dezembro de 2008, 
para ser aplicado no mínimo a cada fim de exercício social.
A redução ao valor recuperável de ativos, Impairment, é uma das 
alterações da Lei 11.638/07 que, por meio da CPC 01, define que as 
empresas devem verificar o valor de seus ativos anualmente.
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=2
•FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Impairment test
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável do Ativo
Nos casos em que o valor recuperável for inferior ao valor contabilizado, o 
resultado do teste deve ser contabilizado. 
Ou seja, a empresa deve registrar a baixa contábil da diferença 
nas Demonstrações de Resultado. 
Debitando-se a conta de “despesa de perda por desvalorização de ativos” 
e creditando-se uma conta redutora do ativo. Entretanto, se o valor 
recuperável for maior do que valor contabilizado, o ativo deve 
permanecer com o valor original registrado.
https://investorcp.com/gestao-empresarial/o-que-e-a-dre/
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Impairment test
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável do Ativo
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a baixa de ativo imobilizado é uma parte 
importantíssima de um controle de patrimônio excelente.
Em um perfeito controle patrimonial, todos os ativos imobilizados da empresa estão 
catalogados em um inventário, com o seu valor e sua vida útil planificados.
No próprio inventário deve-se calcular a depreciação de cada bem. Claro, cada 
maquinário, equipamento, peça e até prédios e veículos vão perder valor ao longo do 
ano e existem cálculos para aferir essa depreciação.
Com a depreciação, em um determinado momento, essa vida útil se encerra e a empresa 
precisa se desfazer do bem. É hora de fazer a baixa contábil.
A regra que orienta essa baixa de ativo imobilizado é o Pronunciamento Técnico CPC 27, 
que determina o momento em que o valor contábil de um item do ativo imobilizado 
deve ser baixado.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Impairment test
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável do Ativo
A obrigação do Teste de Impairment com periodicidade anual é, segundo a Lei Nº. 
11.638/07, para as Sociedades de Grande Porte que tiverem, no exercício anterior, ativo 
total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões. 
Aplica-se à sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum, 
independentemente de sua constituição jurídica ser Sociedade Anônima ou Sociedades 
de Responsabilidade Limitada.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Ativo Desvalorizado e o Reconhecimento
O valor recuperável precisa ser comparado com o valor contábil do 
ativo
Essa comparação é a essência da imparidade e deve ser realizada 
no mínimo anualmente, no mesmo período.
Um determinado ativo está desvalorizado quando seu valor contábil 
excede seu valor recuperável. A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim 
de cada exercício social, se há alguma indicação de que um ativo possa ter 
sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve 
estimar o valor recuperável do ativo.
FUNDAMENTOS DA TEORIA CONTÁBIL:
Valor
Um determinado bem possui dois valores:
-valor em uso: valor presente do fluxo de caixa futuro estimado, 
resultante do uso de um ativo.
-valor de troca: montante que pode ser obtido pela venda de um ativo, 
retirando as despesas com a venda.
PASSIVO
Segundo CPC 00
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos 
passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da 
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Exemplo: 
Se a entidade possui um financiamento a pagar, esse financiamento é um 
passivo, pois é uma obrigação presente derivada da obtenção do financiamento 
(evento passado), que, ao ser liquidado (quando o financiamento for pago) 
gerará uma saída de recursos da entidade.
PASSIVO
Segundo CPC 00 R1
Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha 
uma obrigação presente.
Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar 
uma dada tarefa de certa maneira.
As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de contrato ou 
de exigências estatutárias.
Já em relação ao passivo, também poderemos ter o reconhecimento de 
obrigações fora do comprometimento contratual/legal.
PASSIVO
Segundo CPC 00 R1
Obrigações surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e costumes 
e do desejo de manter boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa.
Por exemplo, a entidade que decida, por questão de política mercadológica ou 
de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos 
tenham se tornado conhecidos depois da expiração do período da garantia, as 
importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos constituem 
passivos.
 PASSIVO
PASSIVO
RECONHECIMENTO DO PASSIVO
- Incorporar ao balanço patrimonial um item que se enquadra na 
definição de passivo;
- Satisfazer a definição de passivo;
- Mensurado em bases confiáveis;
O passivo deixar de existir quando:
Da quitação da obrigação;
Da expiração do passivo.
PASSIVO
MENSURAÇÃO DO PASSIVO
Na prática, pelo valor de face da obrigação
Razões:
Muitos passivos temdata de liquidação próxima à data de encerramento;
Dificuldades de mensuração (taxa de desconto, data de liquidação, etc);
Conservadorismo.
PASSIVO
MENSURAÇÃO DO PASSIVO
Alguns passivos são difíceis de serem mensurados em razão de 
incertezas;
Passivo e o montante são conhecidos;
Passivo conhecido, mas seu montante não;
A existência do passivo não é certa, mas seu pagamento pode ser 
estimado;
Existem dúvidas sobre o passivo e seu montante.
PASSIVO
MENSURAÇÃO DO PASSIVO
Custo histórico
Custo corrente
Valor realizável
Valor presente
PASSIVO
MENSURAÇÃO DO PASSIVO
Custo histórico
Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em 
troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por exemplo, 
imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa 
se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das 
operações.
PASSIVO
MENSURAÇÃO DO PASSIVO
Custo corrente
Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou 
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam 
necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.
PASSIVO
MENSURAÇÃO DO PASSIVO
Valor realizável
Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, 
pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, 
que se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações 
no curso normal das operações.
PASSIVO
MENSURAÇÃO DO PASSIVO
Valor presente
Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos 
futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para 
liquidar o passivo no curso normal das operações.
PASSIVO
VALOR JUSTO
Valor que seria obtido numa transação onde nem o comprador nem o 
vendedor pode impor sua vontade;
Quanto existe um mercado conhecido é simples e fácil
Quando não existe = fluxo de caixa futuro descontado
Faça a apuração do resultado do exercício da empresa ABC Ltda segundo o 
Regime de Competência e aponte qual foi o resultado encontrado:
 a. Compras de materiais de limpeza, a prazo, que serão consumidos no próprio 
exercício, pelo valor de R$ 100,00. 
b. Venda de mercadorias no total de R$ 500,00, sendo 40% à vista e o restante à 
prazo. O custo dessas mercadorias equivale a 70% do seu valor de venda. 
c. Pagamento de despesas de aluguel do mês atual, à vista, no valor de R$ 
150,00. 
d. Recebimento de R$ 200,00 referente à vendas realizadas no mês anterior. 
e. Compra de estoques para revenda no valor de R$ 100,00, à vista. 
f. Depreciação de máquinas foi no total de R$ 50,00 neste mês.
Faça a apuração do resultado do exercício da empresa ABC Ltda segundo o Regime de 
Competência e aponte qual foi o resultado encontrado:
 a. Compras de materiais de limpeza, a prazo, que serão consumidos no próprio 
exercício, pelo valor de R$ 100,00. 
b. Venda de mercadorias no total de R$ 500,00, sendo 40% à vista e o restante à prazo. O 
custo dessas mercadorias equivale a 70% do seu valor de venda. 
c. Pagamento de despesas de aluguel do mês atual, à vista, no valor de R$ 150,00. 
d. Recebimento de R$ 200,00 referente à vendas realizadas no mês anterior. 
e. Compra de estoques para revenda no valor de R$ 100,00, à vista. 
f. Depreciação de máquinas foi no total de R$ 50,00 neste mês.
Regime de Competência 
Receitas 500,00 
Vendas 500,00 
(-) CMV (350,00) 
(=) Lucro Bruto 150,00 
(-) Despesas (300,00) 
Materiais de limpeza 100,00 
Aluguel 150,00 
Depreciação 50,00 
 (=) Resultado Líquido (150,00)
2 - Considerando os elementos do patrimônio contábil, descreva “passivo” de 
acordo com o CPC 00-Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. Dê 5 
exemplos de contas deste grupo patrimonial.
3 - Explique as características de um Ativo.
4 - A intenção de adquirir mercadorias para estoque atende a definição de 
ativo? Explique.
5 - Itens recebidos como doação pela entidade atende a definição de ativo? 
Explique.
Considerando os elementos do patrimônio contábil, descreva “passivo” de acordo com o 
CPC 00-Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. Dê 5 exemplos de contas deste 
grupo patrimonial. 
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja 
liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar 
benefícios econômicos. Exemplos: Salários a pagar, fornecedores, impostos a recolher, 
empréstimos de longo prazo a pagar, adiantamento de clientes etc.
Explique as características de um Ativo.
Os ativos de uma entidade resultam de transações passadas ou outros eventos passados. 
Os ativos geram benefícios econômicos futuros para a entidade e devem ser 
mensuráveis em bases confiáveis.
O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencial em contribuir, 
direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. 
Tal potencial poderá ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades 
operacionais da entidade. 
A intenção de adquirir mercadorias para estoque atende a definição de ativo? 
Explique.
A intenção por si só não atende as características de ativo. Transações ou 
eventos previstos para ocorrer no futuro não podem resultar, por si mesmos, no 
reconhecimento de ativos; por isso, por exemplo, a intenção de adquirir 
estoques não atende, por si só, à definição de um ativo.
Itens recebidos como doação pela entidade atende a definição de ativo? 
Explique.
Os ativos de uma entidade resultam de transações passadas ou outros eventos 
passados. 
As entidades normalmente obtêm ativos comprando-os ou produzindo-os, mas 
outras transações ou eventos podem gerar ativos; por exemplo: um imóvel 
recebido do governo como parte de um programa para fomentar o crescimento 
econômico da região onde se localiza a entidade ou a descoberta de jazidas 
minerais.
6- Explique as características do Passivo.
7- Imagine que uma entidade, por uma questão de política mercadológica, 
decidiu retificar defeitos em seus produtos, mesmo que tais defeitos tenham se 
tornado conhecidos depois que expirou o período de garantia. As importâncias 
que a entidade espera gastar com os produtos já vendidos constituem-se 
passivos? 
8- A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras. 
Cite três.
Explique as características do Passivo.
Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação 
presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de uma certa maneira. As 
obrigações podem ser legalmente exigíveis em conseqüência de um contrato ou de requisitos 
estatutários. 
Imagine que uma entidade, por uma questão de política mercadológica, decidiu retificar defeitos em 
seus produtos, mesmo que tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois que expirou o período de 
garantia. As importâncias que a entidade espera gastar com os produtos já vendidos constituem-se 
passivos? 
Obrigações surgem também de práticas usuais de negócios, usos e costumes e o desejo de manter boas 
relações comerciais ou agir de maneira eqüitativa. Se, por exemplo, uma entidade decide, por uma 
questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando 
tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois que expirou o período da garantia, as importâncias 
que espera gastar com os produtos já vendidos constituem-se passivos.
A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras. Cite três.
A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica na utilização, pela entidade, de recursos 
capazes de gerar benefícios econômicos a fim de satisfazer o direito da outra parte. A extinção de uma 
obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio de:
(a) pagamento em dinheiro;
(b) transferência de outros ativos;
(c) prestação de serviços;
(d) substituição da obrigação por outra; ou
(e) conversão da obrigação em capital.
Uma obrigação pode também ser extinta por outros

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