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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL SUMÁRIO Introdução ....................................................................................................... 02 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho - PCMAT ................. 03 Documentos e Aspectos Básicos do PCMAT ................................................... 08 Aspectos Legais do PCMAT ............................................................................ 10 Plano de Segurança do Trabalho ..................................................................... 14 Comunicação Prévia ....................................................................................... 18 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA .................................... 19 Medidas Preventivas de Higiene e Segurança do Trabalho ............................ 22 Canteiros de Obras – Fases da Obra .............................................................. 34 Ordem e Limpeza ............................................................................................ 62 Equipamentos de Proteção Individual - EPI .................................................... 62 Áreas de Vivência ............................................................................................ 78 Transporte de Trabalhadores .......................................................................... 86 Operações Manuais - Ferramentas ................................................................. 89 Estocagem de Materiais .................................................................................. 94 Pequenas Operações Mecânicas - Equipamentos ........................................ 107 Escadas – Rampas – Passarelas - Andaimes ............................................... 121 Instalações Elétricas – Medidas de Proteção e Emergência ......................... 139 Demolições – Tipos e Procedimentos - Normas ............................................ 156 Escavações e Desmontes – Túneis, Galerias e Poços .................................. 165 Explosivos ...................................................................................................... 189 Serviços em Telhados e Trabalhos em Alturas .............................................. 210 Espaços Confinados ....................................................................................... 206 Carpintaria ...................................................................................................... 217 Armações de Aço ........................................................................................... 218 Concreto Armado ........................................................................................... 219 Estruturas Metálicas e Pré-Moldadas ............................................................. 220 Soldagem ....................................................................................................... 222 Serviços Flutuantes ........................................................................................ 229 Máquinas e Equipamentos – Serra Circular – Betoneira - Dumper ................ 231 Elevadores - Gruas ......................................................................................... 240 Referências Bibliográficas .............................................................................. 260 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 2 INTRODUÇÃO A construção é um dos ramos mais antigos do mundo. Desde que o homem vivia em cavernas até os dias de hoje, a indústria da construção civil passou por um grande processo de transformação, seja na área de projetos, de equipamentos seja na área pessoal. Em decorrência da construção tivemos a perda de milhões de vidas, provocadas por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, causadas principalmente, pela falta de controle do meio ambiente de trabalho, do processo produtivo e da orientação dos operários. Muitos destes acidentes poderiam ser evitados se as empresas tivessem desenvolvido e implementado programas de segurança e saúde no trabalho, além de dar uma maior atenção à educação e treinamento de seus operários. Estes programas visam a antecipação, avaliação e o controle de acidentes de trabalho e riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. A forma de atuação é desenvolvida em função dos riscos levantados na fase de antecipação, dando-se prioridade às condições de trabalho que por experiência de obras similares, são previstos. Na fase de execução da obra na qual é realizado o levantamento, reconhecimento e avaliação dos riscos, as medidas de proteção individual e coletiva, após analisadas, serão colocadas em prática, sendo realizado sempre que necessário, através de Levantamentos de Riscos Ambientais e de Acidentes, avaliação qualitativas do ambiente e das condições de trabalho e avaliações quantitativas para comprovação do controle de exposição ou a inexistência dos riscos identificados na fase de antecipação. Estas medidas de controle serão implementadas nas áreas administrativas, médicas e produtivas, englobando o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, e onde ficar caracterizado o nexo causal entre os danos observados na saúde do trabalhador e a situação a que eles ficam expostos, serão adotadas medidas para o controle destes riscos ambientais ou acidentes. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 3 *Conteúdo disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/construcao%20civil/Seguranca %20na%20 Construcao%20Civil.pdf, acesso em 29 set de 2014, às 20:07h. PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT O objetivo fundamental do PCMAT é a prevenção do s riscos e a informação e treinamento dos operários que ajudarão a reduzir a chance de acidentes, assim como diminuir as suas consequências quando são produzidos. Para tanto deverá ser colocado em prática um programa de segurança e saúde que obedecerá, rigorosamente, às normas de segurança, principalmente a NR 18, além de haver a integração entre a segurança, o projeto e a execução de obras. Se, por qualquer razão, for necessária a realização de algumas alterações na execução da obra, com relação ao que foi estabelecido anteriormente, terão que ser estudados os aspectos de segurança e saúde, tomando as medidas necessárias para que essas mudanças não gerem riscos imprevisíveis. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 4 Alguns objetivos do PCMAT: Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores; Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que administra, desempenha e verifica atividades que influenciem na segurança e que intervê m no processo produtivo; Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução da s obra; Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de risco; Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses riscos de acidentes e doenças; De acordo com o item 18.3 da NR 18, o PCMAT: É obrigatória sua elaboração e cumprimento nos estabelecimentos com vinte trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança; Deverá contemplaras exigências contidas na NR 9 – Programa de Prevenção e Riscos Ambientais – PPRA; Deve ser mantido no estabelecimento a disposição d o órgão regional do Ministério do Trabalho – TEM; Deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área de Segurança no Trabalho; Sua implementação é de responsabilidade do empregador ou condomínio; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 5 Sistemas Para Atendimento da NR 9 ETAPAS REQUISITOS 1. Análise de Projetos ( Antecipação ) Instalações; Métodos; Processos; Modificações; Interpretação / Conhecimento de riscos dos processos das atividades envolvidas 2. Reconhecimento dos Riscos Recursos humanos qualificados Ambientais para avaliação quantitativa e qualitativa. 3. Avaliação dos Riscos Avaliação do s riscos e comparação com os limites previstos na NR 15 ou na ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Higyenists. 4. Elaboração do Documento-Base Equipamentos de medição dos riscos ambientais calibrados e acessórios. Conhecimento de Planejamento: - Estabelecimento de metas e prioridades; - Desenvolvimento de estratégia; - Metodologia da ação ; - Forma de registro; - Manutenção e divulgação de dados; - Elaboração de cronograma. 5. Implementação de Medidas de Desenvolvimento / aprimoramento Controle de projetos e implementação de medidas de proteção coletiva; Adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; Especificação de EPI adequado Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 6 6. Avaliação Sistemática de Exposição Recursos humanos qualificados ao Risco para a avaliação quantitativa; Equipamentos de medição dos riscos ambientais calibrados e acessórios; Ações preventivas para minimizar probabilidade de que os riscos ambientais ultrapassem limites de exposição , considerando-se o nível de ação . 7. Programa de Treinamento Recursos audiovisuais, material instrucional, Profissionais habilitados e disponibilidade dos que receberão o treinamento. 8. Avaliação e Desenvolvimento do Auditorias internas preventivas e PPRA periódicas, observando-se, inclusive o PCMSO; Controle sistemático da exposição ao risco acima dos níveis de ação Os objetivos básicos para implementação do PPRA são a preservação da segurança e saúde do s trabalhadores e proteção ao meio ambiente e recursos naturais e deve ser elaborado com a seguinte estrutura: Planejamento Estratégia Metas Metodologia Prioridades Cronograma Levantamento de dados Avaliação Comunicação Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 7 Para implantação do PPRA deve ser considerada sua relação com os aspectos administrativos, técnicos e legais. Aspectos Administrativos Estruturação do PPRA considerando os requisitos da NR 9; Envolvimento do SESMT e da CIPA; Programas de treinamento; Elaboração de registros de dados; Assessoramento técnico de procedimentos administrativos Aspectos Técnicos Análise de projetos de novas instalações, métodos e processos; Reconhecimento dos riscos ambientais e avaliação quantitativa; Estabelecimento e assessoramento na implementação de medidas de controle Aspectos Legais Interação com o PCMSO e com as NR; Assessoramento técnico às questões jurídicas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 8 Documentos e Aspectos Básicos que deve conter um PCMAT Para elaboração do PCMAT, a Norma Regulamentadora 18 cita uma série de documentos que devem compor um programa de segurança e procura fazer uma conexão da segurança com a produção, criando documentos que antes eram específicos da produção, tais como memorial descritivo, especificações técnicas, cronograma, layout, etc. Apesar de a norma indicar os documentos básicos que devem compor o PCMAT, isso não impede que a empresa elabore outros para a implementação do programa, visto que a norma não trata da parte estratégica de implantação e somente cita alguns documentos, como: Memorial sobre as condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando em consideração o s riscos de acidentes e de doenças de trabalho e suas respectivas medidas preventivas; Projeto de execução da s proteções coletivas em conformidade com as etapas da execução da obra; Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; Layout inicial do canteiro de obra, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência; Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com carga horária. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 9 Memorial: É o documento que contém os dados da obra, as necessidades de segurança para a sua execução, assim como a análise dos riscos provocados pela materialização das premissas contidas no projeto da obra. Planos: Com este documento pretende-se que todas as medidas da segurança e higiene indicadas no memorial sejam realizados. Riscos: Muitos acidentes fatais acontecem na construção. Ocorrências muitas vezes superiores de outros ramos de atividades pelo de, em primeiro lugar, ser o ramo que mais emprega pessoas no Brasil e em segundo, porque as condições de execução de obra ainda são muito inseguras, somando-se a pouca informação e treinamento dado aos operários. O risco é um perigo; a contingência ou proximidade de um dano, que pode afetar a integridade física do trabalhador, ou o processo de execução da obra. Durante o processo construtivo se destacam claramente várias fases de maior ou menor importância, causando uma série de riscos que poderão gerar acidentes. De forma genérica, estas fases do processo são a s seguintes: Movimentação de Terra; Fundações e Estruturas; Coberturas Fechamento e Alvenaria; Instalações e Acabamentos Máquinas de elevação. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 10 A NR 18 em seu item 18.39 descreve a terminologia adotada nos documentos. ASPECTOS LEGAIS Normas Regulamentadoras Portaria MTE 3214 de 08.06.78 – DOU 06.07.78 Esta portaria aprovou as 28 Normas Regulamentadoras (atualmente 36), cada uma versa sobre um assunto de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. O descumprimento destas normas já caracteriza a NEGLIGÊNCIA, portanto é um ATO ILÍCITO. O cumprimento destas normas depende em sua maioria da Empresa, inúmeros itens dependem principalmente do pessoal em nível de supervisão e da CIPA. NOTA: Inicialmente com 28 Normas regulamentadoras,hoje somam 36 NR, como veremos, a seguir, e a NR-37; Esta nova Norma Regulamentadora - NR estabelece princípios e requisitos para gestão da segurança e saúde no trabalho, encontra-se em fase de análise e apreciação, deixando uma clara demonstração do aspecto dinâmico das leis. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 11 VAMOS RELEMBRAR AS 36 NORMAS REGULAMENTADORAS NR - 1 - Disposições Gerais NR - 2 - Inspeção Prévia NR - 3 - Embargo e Interdição NR - 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT NR - 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA NR - 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI NR - 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO NR - 8 - Edificações NR - 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA NR - 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR - 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR - 12 - Máquinas e Equipamentos NR - 13 – Caldeiras e Vasos sob Pressão NR - 14 - Fornos NR - 15 - Atividades e Operações Insalubres NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas NR - 17 - Ergonomia NR - 18 – Condições e Meio-ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR - 19 - Explosivos NR - 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 12 NR - 21 - Trabalhos a Céu Aberto NR - 22- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR - 23 - Proteção Contra Incêndios NR - 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR - 25 - Resíduos Industriais NR - 26 - Sinalização de Segurança NR - 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTb NR - 28 - Fiscalização e Penalidades NR - 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR - 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR - 31 - Segurança e Saúde na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura NR - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde NR - 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados NR – 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. NR – 35 – Trabalho em altura NR – 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 13 Responsabilidade Civil e Criminal do Acidente do Trabalho Todos, indistintamente, têm responsabilidades legais quanto a Higiene e Segurança no Trabalho. Assim, os empregadores, a CIPA, o SESMT, o pessoal em nível de supervisão (Engenheiro, mestre, encarregado, administrativo, etc.) que são prepostos do empregador, assim como o médico, enfermeiro, técnico e engenheiro de segurança do trabalho, enfim todas as pessoas que tem poder de mando, de comando da empresa. Antes da Constituição Federal de 05/10/1988, quando acontecia um acidente de trabalho era muito difícil provar a CULPA do empregador ou de seus prepostos, isto porque estava em vigor a súmula n.º 229 do STJ – Supremo Tribunal de Justiça e ela preceituava o seguinte: “A INDENIZAÇÃO PAGA PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO EXCLUI A INDENIZAÇÃO PAGA PELO DIREITO CÍVIL EM CASO DE DOLO OU CULPA GRAVE DO EMPREGADOR” Isto significava, portanto, que a vítima podia receber a dupla reparação: uma a título acidentária (pago pela Previdência Social) e a outra por ATO ILICÍTO paga pela empresa. Para receber a indenização p or ato ilícito, a vítima teria que se desdobrar em fazer uma prova de que o acidente aconteceu por CULPA GROTESCA, que é aquela culpa que extrapola a normalidade. Isto era realmente muito difícil de se conseguir, daí inúmeros acidentes de trabalho não causavam prejuízo de indenização para as empresas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 14 Ocorre, que após a CF/88, o artigo 7, inciso XXVIII, aboliu a palavra “GRAVE”, e com isto basta que a vítima ou seus dependentes provem a simples CULPA. Por definição de CULPA entende-se: CULPA: Deixar de prever aquilo que é perfeitamente previsível. As modalidades de culpa são: IMPRUDÊNCIA - NEGLIGÊNCIA – IMPERÍCIA Sob o aspecto jurídico e legal, existem dois tipos de acidentes de trabalho: ACIDENTE TIPO: É o acidente que ocorre de maneira súbita, violenta, traumatizante. DOENÇAS PROFISSIONAIS: Podem ocorrer por risco normal da atividade laborativa ou por ato ilícito do empregador e/ou prepostos. Ato ilícito está previsto pela REGRA GERAL DE RESPONSABILIDADE CIVIL, e que está escrito no Artigo 159 do Código Civil Brasileiro: ART. 159: “AQUELE QUE POR AÇÃO OU OMISSÃO VOLUNTÁRIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR DIREITO OU CAUSAR PREJUÍZOS A OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARAR O DANO” Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 15 A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade, regulam-se pelos artigos: 1518, 1532, 1537 e 1553 do mesmo artigo. A lei 8213 de 24/07/91 estabelece em seu artigo 120 que: Deixar de cumprir alguma Norma prevista na legislação (especialmente a Portaria 3214/78 e suas NR), por si só já poderá ser caracterizado a NEGLIGÊ NCIA, principalmente se levarmos em conta que a NR-1 no seu item 1.6 a 1.7, específica: 1.6.1 – Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial, ou qualquer outra atividade econômica, serão para efeito de aplicação da s Normas Regulamentadoras – NR, solidariamente responsáveis a EMPRESA PRINCIPAL e cada uma das subordinadas. 1.6.2 – Para efeito de aplicação da s Normas Regulamentadoras – NR, a obra de Engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frente de trabalho, será considerada como estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica. 1.7. – Cabe ao Empregador: a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina de Trabalho; b) Elaborar ordens de serviços sobre Segurança e Medicina do Trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 16 I – Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho ART. 120: “NOS CASOS DE NEGLIGÊNCIA QUANTO ÀS NORMAS PADRÃO DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO, INDICADOS PARA PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL PROPORÁ AÇÃO REGRESSIVA CONTRA OS RESPONSÁVEIS, PARALELA COM A AÇÃO CRIMINAL” II – Divulgar obrigações e proibições que os empregados devam conhecer; III – Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviços expedidas; IV – determinar os procedimentos que deverão ser adotadas em caso de acidente e/ou doenças profissionais do trabalho; V – Adotar medidas determinadas pelo Mtb (Ministério do Trabalho); VI – Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e/ou condições inseguras para o trabalho; C) Informar aos trabalhadores: I – Osriscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II – Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III – Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e medicina do Trabalho; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 17 Portanto, devem-se acautelar todos os profissionais, empregadores, porque a situação mudou radicalmente de 1988 para cá, inclusive já havendo casos de condenação civil e criminal, envolvendo, presidentes de empresas, gerentes, técnicos de segurança, mestres, engenheiros de obras e médicos. Quanto ao aspecto Penal, o Código Penal previa aplicação d e dois tipos penais: Homicídio Culposo Lesões Corporais Culposas É a regra geral, mas existe um dispositivo no Código Penal, que exatamente tem por objetivo prevenir que o dano aconteça. É o chamado CRIME DE PERIGO. Basta a consciência de se expor alguém, a sua integridade física, mental ou orgânica ou a sua saúde a um perigo direto e eminente para que o crime se consume. ART. 132: “EXPOR A VIDA OU A SAÚDE DE OUTREM A PERIGO DIRETO E IMINENTE” Pena: 3 (Três) meses a um ano de detenção. Se o fato constituir desagravo a norma técnica de profissão a pena é aumentada de 1/3. Para resumir, podemos dizer que após a CF/88, se um acidente do trabalho que resulte em morte ou incapacidade permanente, a Empresa e/ou seus Prepostos não puderem provar que se preocupavam com a saúde e segurança do trabalho, as probabilidades de serem considerados CULPADOS é sem dúvida nenhuma enorme. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 18 Está provado também que a maioria dos riscos existentes, principalmente na Construção Civil, ocorrem porque o pessoal em nível de supervisão não se preocupa em “Cumprir e fazer cumprir as normas as necessárias para a prevenção de acidentes “, pensando apenas na produção e economia de oferecer as devidas proteções coletivas e individuais, e talvez por ainda continuarem pensando (erroneamente) que em caso de acidentes eles nada sofrerão. Comunicação Prévia É obrigatória a comunicação à Superintendência Regional do Trabalho, antes do início das atividades, das seguintes informações Endereço correto da obra; Endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio; Tipo de obra; Datas previstas do início e conclusão da obra; Número máximo previsto de trabalhadores na obra. O engenheiro residente deve, antes de iniciar as atividades do empreendimento, solicitar a aprovação de suas instalações ao Órgão Regional do MTE, bem como comunicar ao mesmo quando ocorrer modificações substanciais nas instalações e/ou equipamentos, conforme determinações da NR 2 e 3, da Portaria n.º 3214/78 do MTE. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 19 O Órgão Regional do MTE, após realizar a inspeção prévia, emite o Certificado de Aprovação de Instalações – CAI. O Órgão Regional do MTE, pode interditar o empreendimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a obra, a partir de laudo técnico do serviço competente que demonstrar grave e eminente risco para o trabalhador. Caso ocorra embargo ou interdição provocando a paralisação do s serviços, os funcionários continuam recebendo os salários como se estivessem trabalhando. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, é constituída conforme a determinação da NR 5, da Portaria n.º 3214/78, do Ministério do Trabalho, conforme quadro I, apresentado a seguir: A CIPA tem por objetivos: Observar e relatar as condições e meio ambiente de trabalho. Grau de Nº Empregados 20 51 101 501 1001 2501 5001 Risco a a a a a A A Técnicos 50 100 500 1000 2500 5000 10000 Representantes 1 3 4 6 9 12 15 4 Do Empregador Representantes 1 3 4 6 9 12 15 Dos Empregados Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 20 Solicitar medidas para reduzir, minimizar e eliminar os riscos existentes ou neutralizar os mesmos. Discutir, em conjunto com o SESMT, os acidentes ocorridos, encaminhando para gerência do empreendimento o resultado da discussão. Solicitar medidas que previnam a ocorrência de acidentes semelhantes Orientar os funcionários quanto à prevenção de acidentes. A gerência do empreendimento deverá providenciar e encaminhar para o SESMT a seguinte documentação: Relação dos candidatos a membros representantes dos empregados. Relação dos membros representantes do empregador Data e horário da votação Com estes dados, o SESMT providenciará: Cédula de eleição da CIPA Efetuar a eleição da CIPA Ata da eleição dos representantes dos empregados da CIPA Ata de instalação e posse da CIPA Calendário anual de Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 21 reuniões ordinárias Requerimento de registro da CIPA a Delegacia Regional do Trabalho. A empresa que possuir na mesma cidade 01 (um) ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta) empregados deve organizar CIPA centralizada. A CIPA centralizada será composta de representantes dos empregados e do empregador, devendo ter pelo menos 01 (um) representante titular e 01 (um) suplente, por grupo de até 50 (cinquenta) empregados em cada canteiro de obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5 A empresa que possuir 01 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento. Ficam desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja construção não exceda a 180 (cento e oitenta) dias, devendo, para atendimento do disposto neste item, ser constituída comissão provisória de acidentes, com eleição paritária de 01 (um) membro efetivo e 01 (um) membro suplente a cada grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores. As empresas que possuam equipes de trabalho itinerantes deverão considerar como estabelecimento à sede da equipe. As subempreiteiras que pelo número de empregados não se enquadrem no disposto anteriormente, participarão com, no mínimo 01 (um) representante das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas pela CIPA da contratante. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 22 Medidas Preventivas de Medicina e Segurança no Trabalho Seleção de Pessoal O processo de seleção e admissão de pessoal deve ser criterioso objetivando o êxito da meta de produção com segurança. Para admissão dos funcionários devem ser analisadas as condições de experiências anteriores em serviços similares, bem como as condições de saúde disciplinadas pela NR 7, da Portaria Nº 3214/78, do TEM. Exames Médicos Todos os funcionários devem ser submetidos aos exames médicos admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho, por conta da empresa, nas condições especificadas pela NR 7 da Portaria n.º 3214/78 do MTE. Admissional: No ato da admissão do pessoal, deverá ser realizado o Exame Médico Admissional. Periódico:Os exames médicos devem ser renovados periodicamente, considerando-se a natureza das atividades e/ou operações. Mudança de função: O exame médico de mudança de função deverá ser realizado antes da data de mudança de função do funcionário. Retorno ao trabalho: O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado no primeiro dia de volta ao trabalho de funcionário ausente por período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente de natureza ocupacional ou não. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 23 Demissional: Por ocasião da dispensa ou desligamento do funcionário, deverá ser realizado o exame médico demissional. A critério médico e em decorrência da investigação clínica, a fim de investigar a capacidade ou aptidão física e mental do funcionário para a função que deve exercer, serão realizados pela empresa, outros exames complementares. Os dados obtidos nos exames clínicos e complementares serão registrados em uma ficha clínica individual, que fica sob responsabilidade do Médico do Trabalho. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO: Deverá ser emitido em duas vias pelo Médico do Trabalho, sendo uma via entregue ao funcionário e outra deve ser arquivada junto ao prontuário do empregado (Uma das vias deverá ficar na obra que o empregado se encontra, a disposição da fiscalização). Esta obrigatoriedade estende-se inclusive aos empreiteiros e subempreiteiros que deverá apresentar toda a documentação referente ao PCMSO a contratante dos serviços, após a assinatura do contrato de prestação de serviços. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 24 Prevenção de Acidentes Inspeções de Segurança no Trabalho: As inspeções de segurança no trabalho têm um caráter eminentemente preventivo, tendo por objetivo detectar condições inseguras e/ou atos inseguros, os quais indicam as providências necessárias para o controle e eliminação das condições inseguras e a necessidade de reciclagem de treinamento. São classificadas como: Inspeção Diária de Segurança: É realizada diariamente pelo Técnico de Segurança no Trabalho. A direção da obra tomará as medidas necessárias para a eliminação de riscos apontados. Inspeção Prévia de Novas Frentes de Serviço: É realizada pelo SESMT e o responsável pela nova frente de serviço, analisando-se as prováveis interferências, métodos e procedimentos a serem adotados para eliminação ou neutralização dos riscos. Inspeção Mensal de Segurança: É realizada mediante calendário prévio, no interior das áreas de serviço, com a participação do Engenheiro, SESMT e representante da CIPA. Inspeção Técnica de Segurança: É realizado pelo SESMT, quando serão inspecionados equipamentos, materiais e ferramentas recebidas Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 25 pelo empreendimento, destacando-se: inspeção de veículos e equipamentos, inspeção de extintores de incêndio, inspeção de EPI e EPC. Check-List de Segurança: É realizada pelo SESMT, trimestralmente, uma avaliação geral das condições de segurança e qualidade de vida da obra. Riscos Ambientais Como já vimos anteriormente em outras disciplinas, nos ambientes de trabalho, os riscos ambientais existentes, capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição , são classificados em: GRUPO I GRUPO I GRUPO III GRUPO IV GRUPO V VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGI COS ERGONÔ MICOS ACIDENTES Ruídos Poeiras Vírus Esforço Físico Arranjo Físico Intenso Inadequado Levantamento e Máquinas ou Vibrações Fumos Bactérias Transporte Equipamentos Manual de Peso Sem Proteção Radiações Exigência de Ferramentas Névoas Protozoários Postura Inadequadas ou Ionizantes Inadequada Defeituosas Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 26 Radiações Controle Rígido Iluminação Não Neblina Fungos de Produtividade Inadequada Ionizantes Imposição de Eletricidade: Frio Vapores Bacilos Gambiarras, Ritmos Choques Excessivos Elétricos Substancia, Trabalhos em Probabilidades Calor Compostos ou Turnos e de Incêndio ou Produtos Noturnos Explosão Químicos Pressões Jornadas de Armazenamento Trabalho Anormais Inadequado Prolongadas Iluminação Monotonia. Animais deficiente Repetitividade Peçonhentos Outras Outras Situações Situações de Risco que causadoras de Umidade Poderão Stress Físico e/ou Contribuir para a Psíquico Ocorrência de Acidentes Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 27 A CIPA, com o apoio do SESMT, elabora o Mapa de Riscos Ambientais por etapa da construção. As avaliações ambientais propostas em função dos riscos observados são programadas e realizadas pelo SESMT, com o apoio de gerência da obra. Primeiros Socorros O empreendimento deverá ser equipado com material necessário para a prestação de Primeiros Socorros, levando-se em conta as características das atividades desenvolvidas. O empreendimento deverá possuir uma maca para transporte de acidentados, que deverá ficar situada em local próximo às frentes de trabalho. MATERIAIS NECESSÁRIOS (Fundamento: NR 7, 7.5.3.1. – Redação da portaria 24 / 94 de 29.12.1994) Todo o estabelecimento deve ser equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros. Deverá possuir pessoa com treinamento e conhecimento em Primeiros Socorros (ferimentos, queimaduras em geral, intoxicação, envenenamento, desmaios, convulsões, males súbitos, etc.) considerando-se as características próprias da atividade desenvolvida. Esse material deve ser guardado em local adequado e de fácil acesso, aos cuidados de pessoa treinada para este fim. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 28 Conteúdo: Instrumentos Termômetro Tesoura Pinça Material Para Curativo Luvas tipo cirúrgica (látex) Algodão hidrófilo Gaze esterilizada Esparadrapo Ataduras de crepe Caixa de curativo adesivo (band – aid) Anti-séptico: Solução de Iodo Água oxigenada 10 volumes Álcool Éter Água boricada Medicamentos Analgésico em gotas e comprimidos Antiespasmódicos em gotas e comprimidos Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 29 Colírio neutro Sal de cozinha Antídotos (contra venenos) para substâncias químicas utilizadas no canteiro. Soro fisiológico Outros Conta gotas Copos de plástico (café e água) para remédios líquidos Filtros Maca para transporte de acidentados Proteção e Combate a Incêndio É obrigatória a adoção de medida que atendam, de forma eficaz, às necessidadesde prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras. Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. É proibida a execução de serviços de soldagem e corte a quente nos locais onde estejam depositadas, ainda que temporariamente, substâncias combustíveis, inflamáveis e explosivas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 30 Nos locais confinados e onde são executadas pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis de parede e similares, com o emprego de cola, bem como nos locais de manipulação e emprego de tintas, solventes e outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, devem ser tomadas as seguintes medidas de segurança: Proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer outro material que possa produzir faísca ou chama; Evitar nas proximidades, a execução de operação com risco de centelhamento, inclusive por impacto entre peças; Utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão; Instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de gases, vapores inflamáveis ou explosivos do ambiente; Colocar nos locais de acesso placas com a inscrição “Risco de Incêndio” ou “Risco de Explosão”; Manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros; Quaisquer chamas; faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de formas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas. Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 31 Sinalização de Segurança O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de: Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; Indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; Manter comunicação a través de avisos, cartazes ou similares; Advertir sobre perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas ou equipamentos; Advertir quanto ao risco de queda; Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho; Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste; Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra; Advertir contra o risco de passagem de trabalhadores onde o pé direito for inferior a 1,80 m; Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 32 É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando o acesso ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais. A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do órgão competente. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 33 Treinamento Todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança. O treinamento deve Ter carga horária mínima de 06 (seis) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes do trabalhador iniciar suas atividades, constando de: Informações sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho; Riscos inerentes à função; Uso adequado dos equipamentos de proteção individual – EPI; Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva – EPC, existentes no canteiro de obra. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 34 O treinamento periódico deve ser ministrado: Sempre que se tornar necessário; Ao início de cada fase da obra. Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem realizados com segurança. CANTEIRO DE OBRAS - FASES DA OBRA INTRODUÇÃO: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 35 Segundo o subíten 18.3, da NR – 18, são obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos constantes da Norma e outros dispositivos complementares de segurança. O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento, à disposição do Órgão Regional do Ministério do Trabalho – MTb. O CANTEIRO DE OBRAS A organização do canteiro de obra é fundamental para evitar desperdícios de tempo, perdas de materiais e mesmo defeitos de execução e falta de qualidade final dos serviços realizados. Apesar de existência da NR (Norma Regulamentadora) 18, elaborada em conjunto por construtoras, trabalhadores e governo, estabelecer diretrizes e exigências diversas, essas regras ainda são pouco adotadas. As principais etapas são: PLANEJAMENTO DO CANTEIRO Com a planta do terreno em mãos, demarca-se o local de implantação da casa. Com a ajuda do arquiteto e construtor, define-se onde devem ficar o barracão de alojamento e o depósito de materiais e ferramentas. Observar a melhor posição também para a chegada de caminhões, lembrando que o descarregamento de materiais pode ser feito por suas laterais ou por basculamento de caçamba. Para os materiais a granel, como areia e pedra, é preciso determinar um local (baia) que não atrapalhe o desenvolvimento do trabalho, mas que seja de fácil acesso e evite desperdícios. ÁGUA À DISPOSIÇÃO O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores e deve estar disponível em abundância. Se a obra não contar com rede pública de abastecimento, que exigirá a instalação de um cavalete de entrada com registro, é preciso providenciar um poço, prevendo-se uma bomba ou somente um sarrilho para retirar a água. Lembrar ainda que o uso sanitário da água gera esgotos. Se não houver coleta de rede pública, será necessária uma fossa. PREPARAÇÃO DA EXECUÇÃO Quanto mais planejado, melhor será o desempenho dos serviços. Por isso, é importante definir com os construtores as estratégias para realizar os trabalhos no canteiro: se serão usadas ferramentas próprias ou se elas estão incluídas nos custos de execução; se haverá necessidade de alugar escoramentos ou Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 36 comprar madeira para andaimes; se os trabalhadores precisarão de equipamentos de proteção individual obrigatórios por lei, além de várias outras providências. ESPAÇOS ADEQUADOS E SEGUROS Uma obra pode demorar mais de seis meses atéser capaz de abrigar dentro dela os alojamentos dos trabalhadores. Durante o período de construção, as únicas instalações fechadas serão a do barracão, geralmente construído de madeira. Ele deverá ter três divisões internas, sendo uma para alojamento de trabalhadores (alguns condomínios fechados não permitem que funcionários da obra durmam no local), outra para as instalações sanitárias e mais uma para guardar materiais e ferramentas. Não esquecer de deixar um espaço para guardar ferramentas de terceiros, pois, no caso de sumirem, o encargo da reposição é do proprietário da obra. TRANSPORTE INTERNO É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de mão e giricas (espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão causar conflitos quando excutados simultaneamente; e se o estoque de materiais de acabamento não será afetado pelo tráfego de pessoas e materiais. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS É necessário esquecer as gambiarras e os fios elétricos pendurados no ambiente de trabalho, nada seguros. Não custa exigir cuidado nesse tipo de instalação, desde a entrada de energia no terreno até a sua distribuição e iluminação das frentes de trabalho. Deve-se procurar saber se existem equipamentos que exigem instalações elétricas mais sofisticadas. TAPUMES Algumas prefeituras e condomínios exigem que as obras sejam cercadas por tapumes, uma providência necessária, sobretudo se houver crianças perto da construção, e que sempre representa uma medida de prevenção contra roubos e depredações. Não se deve esquecer de considerar essa hipótese na discussão preliminar com seu construtor, incluindo os custos na planilha para não ser surpreendido com gastos extras. Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/95. IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS Um projeto eficiente deve prever logística, regulamentações obrigatórias e proporcionar acessibilidade http://arquitetaleticia.blogspot.com/2009/08/implantacao-de-canteiro.html Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 37 Projeto O planejamento do canteiro começa paralelamente ao projeto de arquitetura, para assegurar que os trechos de periferia possam ser eficientemente utilizados em todas as fases da obra. O plano deve prever um ótimo dimensionamento de produção e flexibilidade para realocações. Layout e proposição Em cada fase da obra, o espaço físico deve incentivar a produtividade e deixar o material próximo da equipe da área de execução. O layout pode ser útil tanto para balizar a implementação do canteiro quanto para discutir o próprio andamento da construção. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 38 Sistemas de transporte Elevadores e gruas devem ocupar espaço específico que atendam todo o canteiro. O ideal é que estejam próximos de portões de entrada para facilitar o acesso aos demais andares do empreendimento. É importante também analisar a melhor solução para equipamentos de menor expressão, como carrinhos de mão. Cronograma de obra Como cada fase possui suas particularidades, os engenheiros de obra e de planejamento de canteiro definem com mestres e equipe detalhes como áreas de estoque e meios de transporte para evitar grandes deslocamentos de materiais. É importante calcular as áreas de estocagem, processamento e vivência que serão necessários ao longo da obra. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 39 Áreas de vivência Refeitórios e vestiários geralmente são instalados no recuo do terreno, mas essa posição pode eventualmente ser mudada de acordo com as entregas e fases da obra. O ambiente deve ser limpo e propor integração entre a equipe. Além disso, as áreas de vivência devem obedecer às prescrições da NR-18, a norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho. Estoque e áreas de produção Entre as áreas de produção, o projeto deve prever espaço para estoque e locais para armazenagem de materiais de uso imediato. Normalmente os de menor volume e de valor unitário não desprezível devem estar em almoxarifado. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 40 Acessos e segurança Durante a fase de projetos e planejamento, deve ser previsto o acesso ao prédio para conferir solicitação de rebaixamento de guia junto à prefeitura. Alguns fatores como a largura da rua devem ser verificados para facilitar o recebimento de material. Quanto mais acessos, maior a chance de se ter uma ocupação mais adequada das áreas disponíveis. No entanto, é preciso ter cuidado para não comprometer a segurança ou criar estoques distantes da produção. Estande de vendas Definido pelos engenheiros de obra e de planejamento de canteiro, juntamente com a equipe de marketing da imobiliária, o espaço será dimensionado com o intuito de garantir que o acesso do cliente à obra para visitação seja feito de forma rápida e segura e também para que não prejudique a entrada e saída de materiais. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 41 De acordo com os estudos dos professores Francisco Cardoso, Mércia Barros e Ubiraci Sousa, do Depto. De Engenharia e Construção Civil da Escola Politécnica da USP e em conformidade com a NR – 18, como vimos anteriormente, podemos definir o CANTEIRO DE OBRAS, como sendo a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma determinada obra. Conforme preceitua a NBR – 12264 (áreas de vivência em canteiros de obras – ABNT, 1999), CANTEIRO DE OBRAS, é o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 42 IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS “ CANTEIRO DE OBRAS é a FÁBRICA que produz a edificação “ CANTEIRO DE OBRAS X INSTALAÇÃO FABRIL Instalação fabril dinâmica; Diferentes atividades ao longo do tempo; O produto permanece e a “fábrica” sai. FATORES CONDICIONANTES DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO Processos e métodos construtivos empregados. Exemplo: Pré-fabricação (possibilidade de pré-fabricação de componentes no local da obra – necessidade de áreas para estoque de materiais. PENSAR NA SEGURANÇA MINIMIZAR INTERFERÊNCIAS (LAYOUT) IMPLEMENTAR MEDIDAS DE CONTROLE E SISTEMAS PREVENTIVOS DE SEGURANÇA MATERIAIS MÃO-DE-OBRA EQUIPAMENTOS Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 43 Características dos Materiais (a granel, ensacados, enfardados, etc.) Prazo de execução (frequência e volume de materiais fornecidos, necessidade de recursos humanos e materiais) FASES DO CANTEIRO DE OBRASO Canteiro de Obras vai sendo modificado ao longo da execução da obra em função: 1. Dos materiais presentes; 2. Dos serviços a serem executados; 3. Dos equipamentos disponíveis; 4. Da mão-de-obra alocada nos serviços. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 44 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ÁGUA ESGOTO HIGIENE E LIMPEZA MATÉRIA PRIMA EXISTÊNCIA REDE PÚBLICA (quantidade e qualidade) INEXISTÊNCIA REDE PÚBLICA (perfurar poços ou comprar) PROVIDENCIAR ARMAZENAMENTO APÓS A OBRA PRONTA (necessidade crítica de rede de esgoto) DURANTE A OBRA (construção de fossas sépticas e sumidouros) OBS: existindo construção no local da obra, as instalações ficam facilitadas Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 45 Ainda na Fase Inicial do canteiro de obras, são executadas as operações de MOVIMENTO DE TERRA (corte ou aterro), dependendo da topografia do terreno, CONTENÇÕES (colocação ou construção de taludes ou barreiras para evitar desmoronamentos) e as FUNDAÇÕES (construção dos radier, sapatas e pilares), conforme o projeto da obra. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 46 Concluída a Fase Inicial, damos início a Fase Intermediária, onde observamos um grande volume de produção e a “obra começa a aparecer” com as etapas de: estrutura, alvenaria e instalações. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 47 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 48 Nas ilustrações acima podemos notar a colocação de escoras durante a fase de concretagem das Lages a te à cura do concreto, o aparecimento das alvenarias de elevação e preenchimento, e o estoque de componentes necessários ao andamento dos serviços da construção. Na Fase Final da obra, também observamos uma grande diversidade de serviços entre os quais podemos destacar: os revestimentos externos e internos e o acabamento. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 49 ARRANJO FÍSICO DO CANTEIRO OBJETIVOS: 1. Organização e limpeza da “fábrica”; 2. Otimizar o fluxo de materiais e pessoas; 3. Evitar interferências com a vizinhança e com a própria obra; 4. Buscar a segurança pessoal, coletiva e patrimonial (identificar e corrigir pontos de risco, prever equipamento de proteção coletiva – EPC e individual - EPI); 5. Manter as condições de higiene Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 50 a) LIGADOS À PRODUÇÃO Central de concreto Central de argamassa Central de preparo de armaduras Central de produção de fôrmas Oficina de montagem de instalações e esquadrias Central de pré-moldados Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 51 b) APOIO À PRODUÇÃO ESTOQUES Materiais perecíveis e não perecíveis As áreas destinadas ao estoque de materiais variam em área e forma de construção, dependendo das quantidades, propriedades, valor, forma e natureza dos materiais estocados Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 52 c) SISTEMAS DE TRANSPORTE d) APOIO ADMINISTRATIVO Escritório Técnico e administrativo Recepção da obra e controle de ponto dos empregados Alojamento dos operários Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 53 Cozinha e refeitório Ambulatório Sala de treinamento/alfabetização Área de lazer Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 54 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 55 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 56 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 57 e) OUTROS ELEMENTOS Laboratório de ensaios Entrada de água, luz e coleta de esgotos Portões e estacionamento Stand de vendas Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 58 Como já vimos, o Canteiro de obras é o conjunto de "áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência ". (NBR - 12284) Portanto é o local em que se dá a produção das obras de construção e, como tal, exige análise prévia e criteriosa de sua implantação, à luz dos conceitos de qualidade, produtividade e segurança. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 59 Seguem 11 "dicas" para sua reflexão ao projetar o canteiro de obras: O canteiro é o cartão de visitas de toda obra, portanto vale a pena projetá-lo em conformidade com a imagem de sua empresa. O canteiro é a praça de relacionamento de sua empresa com a vizinhança da obra, clientes, fornecedores e funcionários. Projete as edificações sempre em conformidade com as normas, visando estabilidade estrutural, conforto ambiental e segurança. Implante o canteiro em local que permaneça o maior tempo possível, pois desmobilizações durante a obra causam muito transtorno. Encontre um local que não interfira com as movimentações horizontais e verticais de material e pessoal, e que ao mesmotempo lhe assegure controle da obra e facilidade de acesso para funcionários e visitantes. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 60 Sempre que possível leve em consideração a insolação e ventilação para contribuir com o conforto dos usuários. Ao planejar as edificações de apoio, estabeleça um programa de necessidades, com definições claras de tamanhos de salas, localização e fluxos. Se possível, projete o mobiliário para evitar falta ou excesso de espaço. Ao planejar as instalações sanitárias, considere 01 chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores e um conjunto de lavatório, vaso sanitário e mictório para cada grupo de 20 trabalhadores. Os alojamentos devem ter pé-direito de: - 2,50m para cama simples; - 3,00m para beliches. É proibido instalá-los em subsolos ou porões. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 61 No refeitório, calcule aproximadamente 1,00m2/trabalhador para o local de refeições. O refeitório não pode estar situado em subsolos ou porões, nem ter comunicação direta com as instalações sanitárias. O pé-direito mínimo é de 2,80m, ou conforme o código de obras do município da obra. Sempre que houver trabalhadores alojados, as áreas de vivência deverão dispor de alojamentos, lavanderia e área de lazer. Toda obra com 50 ou mais trabalhadores alojados deverá ter um ambulatório. Caros alunos, tudo o que vimos aqui são apenas orientações básicas que devem ser complementadas com muito bom senso, organização e boa vontade, além da natural experiência adquirida no dia-a-dia com os colegas de trabalho, professores, orientadores e supervisores de estágio. Portanto, “pense e realize, aprende-se a fazer, fazendo”. Mãos à obra. Bons Estudos! Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 62 Ordem e Limpeza O canteiro de obra deve se apresentar organizado, limpo e desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias. Entulho e quaisquer sobras de material devem ser regularmente coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção de vem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos. Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser feito através de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas. É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obra. É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados no canteiro de obra. Equipamentos de Proteção Individual – EPI O equipamento de proteção individual (EPI) é um instrumento de uso pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que poderiam causar lesões ao trabalhador, e protegê-lo contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 63 O EPI deve ser usado como medida de proteção quando: Não for possível eliminar o risco, como proteção coletiva; For necessário complementar a proteção coletiva com a proteção individual; Em trabalhos eventuais e em exposição de curto período. De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se primeiro eliminar ou diminuir o risco, com a adoção de medidas de proteção geral. Os EPI necessários devem ser fornecidos gratuitamente pelo empregador, e cabe ao funcionário cuidar da manutenção, limpeza e higiene de seus próprios EPI. A escolha do EPI a ser utilizado cabe ao Engenheiro de Segurança, que deverá usar os seguintes critérios para a definir qual o tipo correto de equipamento que poderá ser usado: Os riscos que o serviço oferece; Condições de trabalho; Parte a ser protegida; Qual o trabalhador que irá usar o EPI. Definido o tipo de EPI a ser utilizado, o Engenheiro de Segurança deverá fazer um trabalho de orientação e conscientização sobre a importância do uso dos EPI. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 64 Proteção para a cabeça Os protetores para a cabeça podem ser divididos em: Protetores para a cabeça, propriamente ditos, que são protetores usados para crânio e rosto (Ex.: capacetes, máscaras); Protetores para os órgãos nelas localizados, que são os protetores para os órgãos da visão e audição Protetores para o crânio Os capacetes de segurança são u sados para proteger o crânio contra: quedas de objetos provenientes de níveis elevados; impactos e partículas projetadas; projeção de produtos químicos; fogo e calor; eletricidade; eletricidade. Encontramos no mercado os capacetes com aba total, que é uma parte integrante do casco e tem a função de proteger a face, o pescoço e os ombros. O outro tipo de capacete comercial é o que tem aba frontal, também chamado de boné, o mais utilizado na construção civil. O casco do capacete é suportado por uma suspensão que compreende todo o conjunto de tiras internas, mantendo o casco no mínimo 32mm acima do contato direto com o crânio. Esta suspensão tem a função de amortecer qualquer impacto e, para que isto ocorra, ela deve estar ajustada para cumprir sua função. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 65 Protetores para o rosto São conhecidos pelo nome genérico de "protetor fácil". Sua finalidade é proteger o rosto contra o impacto de partículas, contra respingos de produtos químicos e contra a ação de radiações nocivas e excesso de luminosidade. De certa forma, também protegem os olhos, mas não servem como único equipamento de proteção para o órgão da visão, como poderemos observar adiante. Os protetores para rosto podem ser divididos em: Protetor com visor plástico: possui visor de acetato de celulose ou acrílico; deve ser transparente e sem ondulações. Se tiver função de proteção contra radiação luminosa, o visor deverá ter a tonalidade adequada. Protetor com anteparo aluminizado: dotado de visor de plástico, aluminizado na face externa. Serve para proteger a face contra impactos e diminui a ação da radiação luminosa. Protetor com visor de tela: o visor é feiro de tela de malha pequena, tornando-a transparente. Tem como função proteger o funcionário contra riscos de impacto por estilhaços e diminui o efeito do calor radiante. Máscara para soldador: é de uso específico dos soldadores de solda elétrica. Além de proteger contra a radiação calorífica e luminosa produzidas durante a soldagem, protege também contra respingos do metal fundente e das fagulhas da solda. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 66 Proteção para os olhos A proteção dos olhos é um dos pontos mais importantes da prevenção de acidentes; eles devem ser protegidos contra impactos de estilhaços, partículas, fagulhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos, assim como, contra radiações e luminosidade. Para proteção dos olhos, normalmente, são usados óculos que variam de forma e aplicação. Óculos para soldador – solda a gás: tem como finalidade proteger o trabalhador contra as radiações e luminosidade, e contra os respingos e fagulhas de solda. Sua armação po ssui a forma de duas conchas. As lentes são removíveis, possibilitando o uso da tonalidade adequada de acordo com as necessidades do serviço. Óculos contra impactos: existem variados tipos e qualidades. A principal característica desses óculos está na s lentes, que podem ser de resina sintética, ou de cristal ótico endurecido por tratamento térmico e resistente a impactos. Proteção para membros inferiores Os pés e pernas devem ser protegidos através de sapatos de segurança, botas e perneiras, quando o trabalho exigir. Sapatos de Segurança: Protegem os pés contra impactos, principalmente contra queda de objetos pesados. O tipo de calçado recomendado é o que possui biqueira de aço capaz de resistir a fortes impactos, protegendo os dedos e evitando Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 67 ferimentos. O calçado de segurança pode possuir, também, solado antiderrapante e palmilha de aço para proteção contra objetos perfurantes. Botas de borracha ou plástico: Utilizada para trabalhos realizados em locais úmidos ou quando em contato com produtos químicos (ex.: concreto). Possui canos de comprimentos variáveis. Perneiras: São usadas para a proteção das pernas. De acordo com o risco, as perneiras cobrem só a perna ou podem chegar até a coxa. Perneiras de raspa de couro são usadas para soldadores e fundidores. Proteção para membros superiores: Nos membros superiores, situam-se as partes do corpo onde, com maior frequência, ocorrem lesões: as mãos. Grande parte dessas lesões pode ser evitada através do uso de luvas. As luvas impedem, portanto, um contato direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos, ou com substâncias corrosivas e irritantes da pele. Há luvas especiais para os variados tipos de trabalho: Para trabalhos com solda: O soldador deverá proteger-se com luvas e mangas contra a agressividade do calor e contra respingos incandescentes. São usadas, geralmente, luvas de raspa de couro ou de outro material que apresente isolação térmica. Para trabalhos pesados e secos: Devem ser utilizadas luvas de Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 68 couro, muito resistentes ao atrito. Vaqueta ou vaqueta bufalada são usadas para confecção dessas luvas, normalmente com reforço e palma dupla. Para trabalhos pesados e úmidos: Devem utilizar luvas de lona, desde que os líquidos manuseados não sejam nocivos à pele. Para trabalhos com líquidos: Adotam-se luvas impermeáveis de plástico ou borracha. Para manuseio de produtos derivados de petróleo, devem ser usadas luvas de borracha sintética ou de PVC. Para trabalhos quentes (corpos aquecidos ou nos casos de exposição à radiação térmica): Recomenda-se luvas de amianto ou de fibra de vidro por serem materiais incombustíveis. Quando as mãos são expostas a fortes radiações de calor, as luvas de amianto e de fibra de vidro serão mais eficientes, se o dorso for aluminizado. Para trabalhos de alta tensão: Devem ser utilizadas luvas de borracha especial, são a s que têm maior responsabilidade na proteção do trabalhador, pois protegem a vida do indivíduo contra eletrocução. Não de vem Ter quaisquer defeitos, arranhaduras, perfurações ou desgastes. Para evitar tudo isso, elas devem ser usadas, obrigatoriamente, com luvas de pelica ou outro couro macio, sobrepostas, e examinadas toda vez que forrem utilizadas (teste de sopro). Mangotes: Proteção para os braços na realização de operações Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 69 que possam causar alguma lesão como: raspões, queimaduras, batidas, etc. Proteção contra quedas com diferença de nível Cintos de Segurança Não têm a finalidade de proteger esta ou qualquer parte do corpo. Destinam-se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo quedas por desequilíbrio. Cinto com Travessão É um cinto largo e reforçado, de couro ou lona, com uma ou duas fivelas, conforme o tipo. O travessão é preso por dois anéis colocados de maneira que fique um de cada lado do corpo do usuário. Cinto com Corda Este tipo de cinto possui suspensórios e, em alguns casos, até tiras de assento como os cintos de pá ra-quedistas. Proteção Auditiva Proteção auditiva só deve ser usada como último recurso. Apesar de existir algum desacordo, a máxima intensidade de som ao qual o ouvido humano pode estar sujeito sem dano à audição , considera-se estar na faixa de 90 a 100 decibéis. Se uma pessoa deve trabalhar por longos períodos exposto a níveis (pressões) de som superiores a aproximadamente 85 decibéis (para Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 70 cada oitava acima de 300 ciclos/segundo) deve usar alguma forma de proteção auditiva. Um simples decibel representa a menor troca de volume de som que pode ser detectado pelo ouvido humano. Um som de 130 decibéis é tão intenso que reproduz sensação de dor no ouvido. É necessário equipamento especializado e homens treinados para analisar uma exposição ao barulho. É necessário um médico ou departamento médico da companhia para aprovar tipos de proteção ao ouvido que serão mais efetivos. Protetores de Inserção: Este tipo nos canais e varia consideravelmente de desenho e material. Os materiais usados são a borracha, plástico macio, cera e algodão. Os tipos de borracha e plástico são populares porque são fáceis de se manter limpos, são baratos e têm bom desempenho. Protetores Tipo Concha: Este protetor deve cobrir o ouvido externo para promover uma barreira acústica efetiva. É um dos tipos mais completos. Pelo fato de abranger toda a concha auditiva, deve ser feito em material macio, confortável e de fácil higienização . Proteção Respiratória Sua finalidade é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por gases ou outras substâncias nocivas ao organismo. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnico em Segurança do Trabalho SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 71 A máscara é a peça básica do protetor respiratório. É chamada semifacial quando cobre parcialmente o rosto, mais precisamente, nariz e boca. É chamada facial quando cobre todo o rosto, havendo, nesse caso, um visor. A máscara semifacial ou facial deve permitir vedação perfeita nas áreas de contato com o rosto. Máscaras com filtro Esses filtros podem ser: a) de material fibroso que retém partículas de poeira, fumos, névoas, etc.; b) compostos de um recipiente cheio de carvão ativo, absorvente de determinados vapores, como os derivados de petróleo, de álcool, etc. Máscaras com suprimento de ar: Em lugares onde o ar está altamente contaminado por gases nocivos, ou onde há defic6ncia de oxigênio, não se usam máscaras com filtros, mas, sim,
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