Buscar

Segurança do Trabalho na Construção Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 267 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 267 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 267 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
SUMÁRIO 
Introdução ....................................................................................................... 02 
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho - PCMAT ................. 03 
Documentos e Aspectos Básicos do PCMAT ................................................... 08 
Aspectos Legais do PCMAT ............................................................................ 10 
Plano de Segurança do Trabalho ..................................................................... 14 
Comunicação Prévia ....................................................................................... 18 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA .................................... 19 
Medidas Preventivas de Higiene e Segurança do Trabalho ............................ 22 
Canteiros de Obras – Fases da Obra .............................................................. 34 
Ordem e Limpeza ............................................................................................ 62 
Equipamentos de Proteção Individual - EPI .................................................... 62 
Áreas de Vivência ............................................................................................ 78 
Transporte de Trabalhadores .......................................................................... 86 
Operações Manuais - Ferramentas ................................................................. 89 
Estocagem de Materiais .................................................................................. 94 
Pequenas Operações Mecânicas - Equipamentos ........................................ 107 
Escadas – Rampas – Passarelas - Andaimes ............................................... 121 
Instalações Elétricas – Medidas de Proteção e Emergência ......................... 139 
Demolições – Tipos e Procedimentos - Normas ............................................ 156 
Escavações e Desmontes – Túneis, Galerias e Poços .................................. 165 
Explosivos ...................................................................................................... 189 
Serviços em Telhados e Trabalhos em Alturas .............................................. 210 
Espaços Confinados ....................................................................................... 206 
Carpintaria ...................................................................................................... 217 
Armações de Aço ........................................................................................... 218 
Concreto Armado ........................................................................................... 219 
Estruturas Metálicas e Pré-Moldadas ............................................................. 220 
Soldagem ....................................................................................................... 222 
Serviços Flutuantes ........................................................................................ 229 
Máquinas e Equipamentos – Serra Circular – Betoneira - Dumper ................ 231 
Elevadores - Gruas ......................................................................................... 240 
Referências Bibliográficas .............................................................................. 260 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
A construção é um dos ramos mais antigos do mundo. Desde que o 
homem vivia em cavernas até os dias de hoje, a indústria da construção civil 
passou por um grande processo de transformação, seja na área de projetos, de 
equipamentos seja na área pessoal. 
Em decorrência da construção tivemos a perda de milhões de vidas, 
provocadas por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, causadas 
principalmente, pela falta de controle do meio ambiente de trabalho, do processo 
produtivo e da orientação dos operários. Muitos destes acidentes poderiam ser 
evitados se as empresas tivessem desenvolvido e implementado programas de 
segurança e saúde no trabalho, além de dar uma maior atenção à educação e 
treinamento de seus operários. 
Estes programas visam a antecipação, avaliação e o controle de acidentes 
de trabalho e riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente 
de trabalho. A forma de atuação é desenvolvida em função dos riscos levantados 
na fase de antecipação, dando-se prioridade às condições de trabalho que por 
experiência de obras similares, são previstos. 
Na fase de execução da obra na qual é realizado o levantamento, 
reconhecimento e avaliação dos riscos, as medidas de proteção individual e 
coletiva, após analisadas, serão colocadas em prática, sendo realizado sempre 
que necessário, através de Levantamentos de Riscos Ambientais e de Acidentes, 
avaliação qualitativas do ambiente e das condições de trabalho e avaliações 
quantitativas para comprovação do controle de exposição ou a inexistência dos 
riscos identificados na fase de antecipação. 
Estas medidas de controle serão implementadas nas áreas administrativas, 
médicas e produtivas, englobando o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional – PCMSO, e onde ficar caracterizado o nexo causal entre os danos 
observados na saúde do trabalhador e a situação a que eles ficam expostos, 
serão adotadas medidas para o controle destes riscos ambientais ou acidentes. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
3 
 
 
*Conteúdo disponível em: 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/construcao%20civil/Seguranca 
%20na%20 Construcao%20Civil.pdf, acesso em 29 set de 2014, às 20:07h. 
 
 
 
 
PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO 
NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT 
 
 
 
O objetivo fundamental do PCMAT é a prevenção do s riscos e a 
informação e treinamento dos operários que ajudarão a reduzir a chance de 
acidentes, assim como diminuir as suas consequências quando são produzidos. 
Para tanto deverá ser colocado em prática um programa de segurança e saúde 
que obedecerá, rigorosamente, às normas de segurança, principalmente a NR 18, 
além de haver a integração entre a segurança, o projeto e a execução de obras. 
Se, por qualquer razão, for necessária a realização de algumas alterações 
na execução da obra, com relação ao que foi estabelecido anteriormente, terão 
que ser estudados os aspectos de segurança e saúde, tomando as medidas 
necessárias para que essas mudanças não gerem riscos imprevisíveis. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
4 
 
Alguns objetivos do PCMAT: 
 
 
 
 Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores; 
 Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que 
administra, desempenha e verifica atividades que influenciem na segurança 
e que intervê m no processo produtivo; 
 Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução da s obra; 
 Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e 
situações de risco; 
 Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses 
riscos de acidentes e doenças; 
 De acordo com o item 18.3 da NR 18, o PCMAT: 
 É obrigatória sua elaboração e cumprimento nos estabelecimentos com 
vinte trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros 
dispositivos complementares de segurança; 
 Deverá contemplaras exigências contidas na NR 9 – Programa de 
Prevenção e Riscos Ambientais – PPRA; 
 Deve ser mantido no estabelecimento a disposição d o órgão regional do 
Ministério do Trabalho – TEM; 
 Deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na 
área de Segurança no Trabalho; 
 Sua implementação é de responsabilidade do empregador ou condomínio; 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
5 
 
Sistemas Para Atendimento da NR 9 
 
 ETAPAS REQUISITOS 
 
 
 
1. Análise de Projetos ( Antecipação )  Instalações; 
 
  Métodos; 
 
  Processos; 
 
  Modificações; 
 
  Interpretação / Conhecimento de 
 
 riscos dos processos das 
 
 atividades envolvidas 
 
2. Reconhecimento dos Riscos  Recursos humanos qualificados 
 
Ambientais para avaliação quantitativa e 
 
 qualitativa. 
 
3. Avaliação dos Riscos  Avaliação do s riscos e comparação 
 
 com os limites previstos na NR 15 
 
 ou na ACGIH – American 
 
 Conference of Governmental 
 
 Industrial Higyenists. 
 
4. Elaboração do Documento-Base  Equipamentos de medição dos 
 
 riscos ambientais calibrados e 
 
 
 
acessórios. 
 
 Conhecimento de Planejamento: 
 
 - Estabelecimento de metas e 
 
 prioridades; 
 
 - Desenvolvimento de estratégia; 
 
 - Metodologia da ação ; 
 
 - Forma de registro; 
 
 - Manutenção e divulgação de 
 
 dados; 
 
 - Elaboração de cronograma. 
 
5. Implementação de Medidas de  Desenvolvimento / aprimoramento 
 
Controle de projetos e implementação de 
 
 medidas de proteção coletiva; 
 
  Adoção de medidas administrativas 
 
 ou de organização do trabalho; 
 
  Especificação de EPI adequado 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
6 
6. Avaliação Sistemática de Exposição  Recursos humanos qualificados 
 
ao Risco para a avaliação quantitativa; 
 
  Equipamentos de medição dos 
 
 riscos ambientais calibrados e 
 
 acessórios; 
 
  Ações preventivas para minimizar 
 
 probabilidade de que os riscos 
 
 ambientais ultrapassem limites de 
 
 exposição , considerando-se o nível 
 
 de ação . 
 
7. Programa de Treinamento  Recursos audiovisuais, material 
 instrucional, Profissionais 
 habilitados e disponibilidade dos 
 que receberão o treinamento. 
8. Avaliação e Desenvolvimento do  Auditorias internas preventivas e 
PPRA periódicas, observando-se, 
 inclusive o PCMSO; 
  Controle sistemático da exposição 
 ao risco acima dos níveis de ação 
 
 
Os objetivos básicos para implementação do PPRA são a preservação da 
segurança e saúde do s trabalhadores e proteção ao meio ambiente e recursos 
naturais e deve ser elaborado com a seguinte estrutura: 
 Planejamento 
 Estratégia 
 Metas 
 Metodologia 
 Prioridades 
 Cronograma 
Levantamento de dados 
 Avaliação 
 Comunicação 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
7 
Para implantação do PPRA deve ser considerada sua relação com os 
aspectos administrativos, técnicos e legais. 
 
 Aspectos Administrativos 
 Estruturação do PPRA considerando os requisitos da NR 9; 
 Envolvimento do SESMT e da CIPA; 
 Programas de treinamento; 
 Elaboração de registros de dados; 
 Assessoramento técnico de procedimentos administrativos 
 
 Aspectos Técnicos 
 Análise de projetos de novas instalações, métodos e processos; 
 Reconhecimento dos riscos ambientais e avaliação quantitativa; 
 Estabelecimento e assessoramento na implementação de medidas de 
controle 
 
 Aspectos Legais 
 Interação com o PCMSO e com as NR; 
 Assessoramento técnico às questões jurídicas. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
8 
Documentos e Aspectos Básicos que deve conter um PCMAT 
Para elaboração do PCMAT, a Norma Regulamentadora 18 cita uma série de 
documentos que devem compor um programa de segurança e procura fazer uma 
conexão da segurança com a produção, criando documentos que antes eram 
específicos da produção, tais como memorial descritivo, especificações técnicas, 
cronograma, layout, etc. 
Apesar de a norma indicar os documentos básicos que devem compor o 
PCMAT, isso não impede que a empresa elabore outros para a implementação do 
programa, visto que a norma não trata da parte estratégica de implantação e 
somente cita alguns documentos, como: 
 Memorial sobre as condições e meio ambiente de trabalho nas 
atividades e operações, levando em consideração o s riscos de 
acidentes e de doenças de trabalho e suas respectivas medidas 
preventivas; 
 Projeto de execução da s proteções coletivas em conformidade com as 
etapas da execução da obra; 
 Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem 
utilizadas; 
 Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no 
PCMAT; 
 Layout inicial do canteiro de obra, contemplando, inclusive, previsão de 
dimensionamento das áreas de vivência; 
 Programa educativo contemplando a temática de prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho, com carga horária. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
9 
Memorial: É o documento que contém os dados da obra, as necessidades de 
segurança para a sua execução, assim como a análise dos riscos provocados pela 
materialização das premissas contidas no projeto da obra. 
 
Planos: Com este documento pretende-se que todas as medidas da 
segurança e higiene indicadas no memorial sejam realizados. 
 
Riscos: Muitos acidentes fatais acontecem na construção. Ocorrências 
muitas vezes superiores de outros ramos de atividades pelo de, em primeiro lugar, 
ser o ramo que mais emprega pessoas no Brasil e em segundo, porque as 
condições de execução de obra ainda são muito inseguras, somando-se a pouca 
informação e treinamento dado aos operários. O risco é um perigo; a contingência 
ou proximidade de um dano, que pode afetar a integridade física do trabalhador, ou 
o processo de execução da obra. Durante o processo construtivo se destacam 
claramente várias fases de maior ou menor importância, causando uma série de 
riscos que poderão gerar acidentes. 
 
De forma genérica, estas fases do processo são a s seguintes: 
 Movimentação de Terra; 
 Fundações e Estruturas; 
 Coberturas Fechamento e Alvenaria; 
 Instalações e Acabamentos Máquinas de elevação. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
10 
A NR 18 em seu item 18.39 descreve a terminologia adotada nos documentos. 
 
ASPECTOS LEGAIS 
 
Normas Regulamentadoras 
 
Portaria MTE 3214 de 08.06.78 – DOU 06.07.78 
Esta portaria aprovou as 28 Normas Regulamentadoras (atualmente 36), 
cada uma versa sobre um assunto de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. 
O descumprimento destas normas já caracteriza a NEGLIGÊNCIA, portanto é um 
ATO ILÍCITO. 
O cumprimento destas normas depende em sua maioria da Empresa, 
inúmeros itens dependem principalmente do pessoal em nível de supervisão e da 
CIPA. 
NOTA: Inicialmente com 28 Normas regulamentadoras,hoje 
somam 36 NR, como veremos, a seguir, e a NR-37; Esta nova 
Norma Regulamentadora - NR estabelece princípios e 
requisitos para gestão da segurança e saúde no trabalho, 
encontra-se em fase de análise e apreciação, deixando uma 
clara demonstração do aspecto dinâmico das leis. 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
11 
 
 VAMOS RELEMBRAR AS 36 NORMAS REGULAMENTADORAS 
NR - 1 - Disposições Gerais 
NR - 2 - Inspeção Prévia 
NR - 3 - Embargo e Interdição 
NR - 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT 
NR - 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 
NR - 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI 
NR - 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO 
NR - 8 - Edificações 
NR - 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA 
NR - 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
NR - 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
NR - 12 - Máquinas e Equipamentos 
NR - 13 – Caldeiras e Vasos sob Pressão 
NR - 14 - Fornos 
NR - 15 - Atividades e Operações Insalubres 
NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas 
NR - 17 - Ergonomia 
NR - 18 – Condições e Meio-ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
NR - 19 - Explosivos 
NR - 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
12 
NR - 21 - Trabalhos a Céu Aberto 
NR - 22- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
NR - 23 - Proteção Contra Incêndios 
NR - 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
NR - 25 - Resíduos Industriais 
NR - 26 - Sinalização de Segurança 
NR - 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTb 
NR - 28 - Fiscalização e Penalidades 
NR - 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
NR - 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
NR - 31 - Segurança e Saúde na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, 
 Exploração Florestal e Aquicultura 
NR - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde 
NR - 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados 
NR – 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e 
 Reparação Naval. 
NR – 35 – Trabalho em altura 
NR – 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
 Processamento de Carnes e Derivados. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
13 
 
Responsabilidade Civil e Criminal 
do Acidente do Trabalho 
 
Todos, indistintamente, têm responsabilidades legais quanto a Higiene e 
Segurança no Trabalho. Assim, os empregadores, a CIPA, o SESMT, o pessoal em 
nível de supervisão (Engenheiro, mestre, encarregado, administrativo, etc.) que são 
prepostos do empregador, assim como o médico, enfermeiro, técnico e engenheiro 
de segurança do trabalho, enfim todas as pessoas que tem poder de mando, de 
comando da empresa. 
Antes da Constituição Federal de 05/10/1988, quando acontecia um acidente 
de trabalho era muito difícil provar a CULPA do empregador ou de seus prepostos, 
isto porque estava em vigor a súmula n.º 229 do STJ – Supremo Tribunal de Justiça 
e ela preceituava o seguinte: 
“A INDENIZAÇÃO PAGA PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO EXCLUI A 
INDENIZAÇÃO PAGA PELO DIREITO CÍVIL EM CASO DE DOLO OU CULPA 
GRAVE DO EMPREGADOR” 
Isto significava, portanto, que a vítima podia receber a dupla reparação: uma 
a título acidentária (pago pela Previdência Social) e a outra por ATO ILICÍTO paga 
pela empresa. Para receber a indenização p or ato ilícito, a vítima teria que se 
desdobrar em fazer uma prova de que o acidente aconteceu por CULPA 
GROTESCA, que é aquela culpa que extrapola a normalidade. 
Isto era realmente muito difícil de se conseguir, daí inúmeros acidentes de 
trabalho não causavam prejuízo de indenização para as empresas. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
14 
Ocorre, que após a CF/88, o artigo 7, inciso XXVIII, aboliu a palavra 
“GRAVE”, e com isto basta que a vítima ou seus dependentes provem a simples 
CULPA. Por definição de CULPA entende-se: 
CULPA: Deixar de prever aquilo que é perfeitamente previsível. 
As modalidades de culpa são: 
 
IMPRUDÊNCIA - NEGLIGÊNCIA – IMPERÍCIA 
 
Sob o aspecto jurídico e legal, existem dois tipos de acidentes de trabalho: 
 
ACIDENTE TIPO: 
É o acidente que ocorre de maneira súbita, violenta, traumatizante. 
 
DOENÇAS PROFISSIONAIS: 
Podem ocorrer por risco normal da atividade laborativa ou por ato ilícito 
do empregador e/ou prepostos. 
Ato ilícito está previsto pela REGRA GERAL DE RESPONSABILIDADE 
CIVIL, e que está escrito no Artigo 159 do Código Civil Brasileiro: 
 
ART. 159: “AQUELE QUE POR AÇÃO OU OMISSÃO VOLUNTÁRIA, 
NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR DIREITO OU CAUSAR 
PREJUÍZOS A OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARAR O DANO” 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
15 
A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade, regulam-se 
pelos artigos: 1518, 1532, 1537 e 1553 do mesmo artigo. 
A lei 8213 de 24/07/91 estabelece em seu artigo 120 que: 
Deixar de cumprir alguma Norma prevista na legislação (especialmente a 
Portaria 3214/78 e suas NR), por si só já poderá ser caracterizado a NEGLIGÊ 
NCIA, principalmente se levarmos em conta que a NR-1 no seu item 1.6 a 1.7, 
específica: 
1.6.1 – Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma 
delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou 
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial, ou qualquer 
outra atividade econômica, serão para efeito de aplicação da s Normas 
Regulamentadoras – NR, solidariamente responsáveis a EMPRESA 
PRINCIPAL e cada uma das subordinadas. 
1.6.2 – Para efeito de aplicação da s Normas Regulamentadoras – NR, a 
obra de Engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frente de 
trabalho, será considerada como estabelecimento, a menos que se disponha, 
de forma diferente, em NR específica. 
1.7. – Cabe ao Empregador: 
a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares 
sobre Segurança e Medicina de Trabalho; 
b) Elaborar ordens de serviços sobre Segurança e Medicina do 
Trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes 
objetivos: 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
16 
I – Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho
ART. 120: “NOS CASOS DE NEGLIGÊNCIA QUANTO ÀS NORMAS 
PADRÃO DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO, INDICADOS PARA 
PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL PROPORÁ 
AÇÃO REGRESSIVA CONTRA OS RESPONSÁVEIS, PARALELA COM A 
AÇÃO CRIMINAL” 
II – Divulgar obrigações e proibições que os empregados devam 
conhecer; 
III – Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de 
punição, pelo descumprimento das ordens de serviços expedidas; 
IV – determinar os procedimentos que deverão ser adotadas em caso de 
acidente e/ou doenças profissionais do trabalho; 
V – Adotar medidas determinadas pelo Mtb (Ministério do Trabalho); 
VI – Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e/ou 
condições inseguras para o trabalho; 
C) Informar aos trabalhadores: 
I – Osriscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; 
II – Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas 
pela empresa; 
III – Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a 
fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e medicina 
do Trabalho; 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
17 
Portanto, devem-se acautelar todos os profissionais, empregadores, 
porque a situação mudou radicalmente de 1988 para cá, inclusive já havendo 
casos de condenação civil e criminal, envolvendo, presidentes de empresas, 
gerentes, técnicos de segurança, mestres, engenheiros de obras e médicos. 
Quanto ao aspecto Penal, o Código Penal previa aplicação d e dois tipos 
penais:
 Homicídio Culposo 
 Lesões Corporais Culposas
É a regra geral, mas existe um dispositivo no Código Penal, que 
exatamente tem por objetivo prevenir que o dano aconteça. É o chamado 
CRIME DE PERIGO. Basta a consciência de se expor alguém, a sua 
integridade física, mental ou orgânica ou a sua saúde a um perigo direto e 
eminente para que o crime se consume. 
ART. 132: “EXPOR A VIDA OU A SAÚDE DE OUTREM A PERIGO 
DIRETO E IMINENTE” 
Pena: 3 (Três) meses a um ano de detenção. Se o fato constituir 
desagravo a norma técnica de profissão a pena é aumentada de 1/3. 
Para resumir, podemos dizer que após a CF/88, se um acidente do 
trabalho que resulte em morte ou incapacidade permanente, a Empresa e/ou 
seus Prepostos não puderem provar que se preocupavam com a saúde e 
segurança do trabalho, as probabilidades de serem considerados CULPADOS 
é sem dúvida nenhuma enorme. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
18 
Está provado também que a maioria dos riscos existentes, 
principalmente na Construção Civil, ocorrem porque o pessoal em nível de 
supervisão não se preocupa em “Cumprir e fazer cumprir as normas as 
necessárias para a prevenção de acidentes “, pensando apenas na produção e 
economia de oferecer as devidas proteções coletivas e individuais, e talvez por 
ainda continuarem pensando (erroneamente) que em caso de acidentes eles 
nada sofrerão. 
 
 
Comunicação Prévia 
É obrigatória a comunicação à Superintendência Regional do Trabalho, 
antes do início das atividades, das seguintes informações
 Endereço correto da obra; 
 Endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, 
empregador ou condomínio; 
 Tipo de obra; 
 Datas previstas do início e conclusão da obra; 
 Número máximo previsto de trabalhadores na obra.
 
O engenheiro residente deve, antes de iniciar as atividades do 
empreendimento, solicitar a aprovação de suas instalações ao Órgão Regional 
do MTE, bem como comunicar ao mesmo quando ocorrer modificações 
substanciais nas instalações e/ou equipamentos, conforme determinações da 
NR 2 e 3, da Portaria n.º 3214/78 do MTE. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
19 
O Órgão Regional do MTE, após realizar a inspeção prévia, emite o 
Certificado de Aprovação de Instalações – CAI. 
O Órgão Regional do MTE, pode interditar o empreendimento, setor de 
serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a obra, a partir de laudo 
técnico do serviço competente que demonstrar grave e eminente risco para o 
trabalhador. 
Caso ocorra embargo ou interdição provocando a paralisação do s 
serviços, os funcionários continuam recebendo os salários como se estivessem 
trabalhando. 
 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, é constituída 
conforme a determinação da NR 5, da Portaria n.º 3214/78, do Ministério do 
Trabalho, conforme quadro I, apresentado a seguir:
 
A CIPA tem por objetivos: 
 Observar e relatar as condições e meio ambiente de trabalho. 
Grau de Nº Empregados 20 51 101 501 1001 2501 5001 
Risco a a a a a A A 
 Técnicos 50 100 500 1000 2500 5000 10000 
 Representantes 1 3 4 6 9 12 15 
4 Do Empregador 
 Representantes 1 3 4 6 9 12 15 
 Dos Empregados 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
20 
 Solicitar medidas para reduzir, minimizar e eliminar os riscos existentes ou 
neutralizar os mesmos. 
 Discutir, em conjunto com o SESMT, os acidentes ocorridos, 
encaminhando para gerência do empreendimento o resultado da 
discussão. 
 Solicitar medidas que previnam a ocorrência de acidentes semelhantes 
 Orientar os funcionários quanto à prevenção de acidentes. 
 
A gerência do empreendimento deverá providenciar e encaminhar para o 
SESMT a seguinte documentação:
 
 Relação dos candidatos a membros representantes dos 
empregados. 
 Relação dos membros representantes do empregador 
 Data e horário da votação 
 
Com estes dados, o SESMT providenciará: 
 Cédula de eleição da CIPA 
 Efetuar a eleição da CIPA 
 Ata da eleição dos representantes dos empregados da CIPA 
 Ata de instalação e posse da CIPA Calendário anual de 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
21 
reuniões ordinárias
 Requerimento de registro da CIPA a Delegacia Regional do 
Trabalho. 
A empresa que possuir na mesma cidade 01 (um) ou mais canteiros de 
obra ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta) empregados deve 
organizar CIPA centralizada. 
A CIPA centralizada será composta de representantes dos empregados 
e do empregador, devendo ter pelo menos 01 (um) representante titular e 01 
(um) suplente, por grupo de até 50 (cinquenta) empregados em cada canteiro 
de obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5 
A empresa que possuir 01 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de 
trabalho, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento. 
Ficam desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja 
construção não exceda a 180 (cento e oitenta) dias, devendo, para atendimento 
do disposto neste item, ser constituída comissão provisória de acidentes, com 
eleição paritária de 01 (um) membro efetivo e 01 (um) membro suplente a cada 
grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores. 
As empresas que possuam equipes de trabalho itinerantes deverão 
considerar como estabelecimento à sede da equipe. 
As subempreiteiras que pelo número de empregados não se enquadrem 
no disposto anteriormente, participarão com, no mínimo 01 (um) representante 
das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas pela CIPA da 
contratante. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
22 
Medidas Preventivas de Medicina e Segurança no Trabalho 
Seleção de Pessoal 
O processo de seleção e admissão de pessoal deve ser criterioso 
objetivando o êxito da meta de produção com segurança. 
Para admissão dos funcionários devem ser analisadas as condições de 
experiências anteriores em serviços similares, bem como as condições de 
saúde disciplinadas pela NR 7, da Portaria Nº 3214/78, do TEM. 
 
Exames Médicos 
Todos os funcionários devem ser submetidos aos exames médicos 
admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho, por 
conta da empresa, nas condições especificadas pela NR 7 da Portaria n.º 
3214/78 do MTE. 
Admissional: No ato da admissão do pessoal, deverá ser realizado o 
Exame Médico Admissional. 
Periódico:Os exames médicos devem ser renovados periodicamente, 
considerando-se a natureza das atividades e/ou operações. 
Mudança de função: O exame médico de mudança de função deverá 
ser realizado antes da data de mudança de função do funcionário. 
Retorno ao trabalho: O exame médico de retorno ao trabalho deverá 
ser realizado no primeiro dia de volta ao trabalho de funcionário ausente por 
período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente de 
natureza ocupacional ou não. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
23 
Demissional: Por ocasião da dispensa ou desligamento do funcionário, 
deverá ser realizado o exame médico demissional. 
A critério médico e em decorrência da investigação clínica, a fim de 
investigar a capacidade ou aptidão física e mental do funcionário para a função 
que deve exercer, serão realizados pela empresa, outros exames 
complementares. 
Os dados obtidos nos exames clínicos e complementares serão 
registrados em uma ficha clínica individual, que fica sob responsabilidade do 
Médico do Trabalho. 
 
 
ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO: 
Deverá ser emitido em duas vias pelo Médico do Trabalho, sendo uma 
via entregue ao funcionário e outra deve ser arquivada junto ao prontuário do 
empregado (Uma das vias deverá ficar na obra que o empregado se encontra, 
a disposição da fiscalização). 
Esta obrigatoriedade estende-se 
inclusive aos empreiteiros e subempreiteiros 
que deverá apresentar toda a documentação 
referente ao PCMSO a contratante dos 
serviços, após a assinatura do contrato de 
prestação de serviços. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
24 
Prevenção de Acidentes 
 
Inspeções de Segurança no Trabalho: As inspeções de segurança no 
trabalho têm um caráter eminentemente preventivo, tendo por objetivo detectar 
condições inseguras e/ou atos inseguros, os quais indicam as providências 
necessárias para o controle e eliminação das condições inseguras e a 
necessidade de reciclagem de treinamento. São classificadas como: 
 
 Inspeção Diária de Segurança: É realizada diariamente pelo Técnico 
de Segurança no Trabalho. A direção da obra tomará as medidas 
necessárias para a eliminação de riscos apontados. 
 
 Inspeção Prévia de Novas Frentes de Serviço: É realizada pelo 
SESMT e o responsável pela nova frente de serviço, analisando-se as 
prováveis interferências, métodos e procedimentos a serem adotados 
para eliminação ou neutralização dos riscos. 
 
 Inspeção Mensal de Segurança: É realizada mediante calendário 
prévio, no interior das áreas de serviço, com a participação do 
Engenheiro, SESMT e representante da CIPA. 
 
 Inspeção Técnica de Segurança: É realizado pelo SESMT, quando 
serão inspecionados equipamentos, materiais e ferramentas recebidas 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
25 
pelo empreendimento, destacando-se: inspeção de veículos e 
equipamentos, inspeção de extintores de incêndio, inspeção de EPI e 
EPC. 
 
 Check-List de Segurança: É realizada pelo SESMT, trimestralmente, 
uma avaliação geral das condições de segurança e qualidade de vida da 
obra. 
 
Riscos Ambientais 
Como já vimos anteriormente em outras disciplinas, nos ambientes de 
trabalho, os riscos ambientais existentes, capazes de causar danos à saúde do 
trabalhador em função da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo 
de exposição , são classificados em: 
 
 
GRUPO I GRUPO I GRUPO III GRUPO IV GRUPO V 
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL 
RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS 
FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGI COS ERGONÔ MICOS ACIDENTES 
Ruídos Poeiras Vírus 
Esforço Físico Arranjo Físico 
Intenso Inadequado 
 
 
 Levantamento e Máquinas ou 
Vibrações Fumos Bactérias Transporte Equipamentos 
 Manual de Peso Sem Proteção 
Radiações 
 Exigência de Ferramentas 
Névoas Protozoários Postura Inadequadas ou 
 
Ionizantes 
 
 Inadequada Defeituosas 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
26 
 
Radiações 
Controle Rígido Iluminação 
 
Não Neblina Fungos 
 
de Produtividade Inadequada 
 
Ionizantes 
 
 
 
Imposição de 
Eletricidade: 
Frio Vapores Bacilos 
Gambiarras, 
 
Ritmos 
 
Choques 
 
 
Excessivos 
 
 
Elétricos 
 
 
 Substancia, 
Trabalhos em Probabilidades 
 
Calor 
Compostos ou 
 
 
Turnos e de Incêndio ou 
 
Produtos 
 
 
Noturnos Explosão 
 
 
Químicos 
 
 
Pressões 
 Jornadas de 
Armazenamento 
 
 
Trabalho 
 
Anormais 
 
Inadequado 
 
 
Prolongadas 
 
 
Iluminação Monotonia. Animais 
deficiente Repetitividade Peçonhentos 
 Outras 
 
Outras Situações 
Situações de 
 
Risco que 
 
 
causadoras de 
 
Umidade 
 
Poderão 
 
 
Stress Físico e/ou 
 
 Contribuir para a 
 Psíquico 
Ocorrência de 
 
 
 Acidentes 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
27 
A CIPA, com o apoio do SESMT, elabora o Mapa de Riscos Ambientais 
por etapa da construção. 
As avaliações ambientais propostas em função dos riscos observados 
são programadas e realizadas pelo SESMT, com o apoio de gerência da obra. 
 
Primeiros Socorros 
O empreendimento deverá ser equipado com material necessário para a 
prestação de Primeiros Socorros, levando-se em conta as características das 
atividades desenvolvidas. 
O empreendimento deverá possuir uma maca para transporte de 
acidentados, que deverá ficar situada em local próximo às frentes de trabalho. 
MATERIAIS NECESSÁRIOS (Fundamento: NR 7, 7.5.3.1. – Redação da 
portaria 24 / 94 de 29.12.1994) 
Todo o estabelecimento deve ser equipado com material necessário à 
prestação de primeiros socorros. Deverá possuir pessoa com treinamento e 
conhecimento em Primeiros Socorros (ferimentos, queimaduras em geral, 
intoxicação, envenenamento, desmaios, convulsões, males súbitos, etc.) 
considerando-se as características próprias da atividade desenvolvida. 
Esse material deve ser guardado em local adequado e de fácil acesso, 
aos cuidados de pessoa treinada para este fim. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
28 
Conteúdo:
 Instrumentos 
 Termômetro 
 Tesoura 
 Pinça
 
 
 
 Material Para Curativo 
 Luvas tipo cirúrgica (látex) 
 Algodão hidrófilo 
 Gaze esterilizada 
 Esparadrapo 
 Ataduras de crepe 
 Caixa de curativo adesivo 
(band – aid) 
 
 Anti-séptico: 
 Solução de Iodo 
 Água oxigenada 10 volumes 
 Álcool 
 Éter 
 Água boricada 
 
 Medicamentos 
 Analgésico em gotas e 
comprimidos 
 Antiespasmódicos em 
gotas e comprimidos 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
29 
 Colírio neutro 
 Sal de cozinha 
 Antídotos (contra venenos) 
para substâncias químicas 
utilizadas no canteiro. 
 Soro fisiológico 
 
 
 Outros 
 Conta gotas 
 Copos de plástico (café e 
água) para remédios 
líquidos 
 Filtros 
 Maca para transporte de 
acidentados 
 
 
Proteção e Combate a Incêndio 
 
É obrigatória a adoção de medida que atendam, de forma eficaz, às 
necessidadesde prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, 
atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras. 
Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em 
todos os locais da construção. 
É proibida a execução de serviços de soldagem e corte a quente nos 
locais onde estejam depositadas, ainda que temporariamente, substâncias 
combustíveis, inflamáveis e explosivas. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
30 
Nos locais confinados e onde são executadas pinturas, aplicação de 
laminados, pisos, papéis de parede e similares, com o emprego de cola, bem 
como nos locais de manipulação e emprego de tintas, solventes e outras 
substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas, devem ser tomadas as 
seguintes medidas de segurança: 
 Proibir fumar ou portar cigarros ou assemelhados acesos, ou qualquer 
outro material que possa produzir faísca ou chama; 
 Evitar nas proximidades, a execução de operação com risco de 
centelhamento, inclusive por impacto entre peças; 
Utilizar obrigatoriamente lâmpadas e luminárias à prova de explosão; 
 Instalar sistema de ventilação adequado para a retirada de mistura de 
gases, vapores inflamáveis ou explosivos do ambiente; 
 Colocar nos locais de acesso placas com a inscrição “Risco de Incêndio” 
ou “Risco de Explosão”; 
 Manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros; 
 Quaisquer chamas; faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser 
mantidos afastados de formas, restos de madeiras, tintas, vernizes ou 
outras substâncias combustíveis, inflamáveis ou explosivas. 
Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e 
especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o 
primeiro combate ao fogo. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
31 
Sinalização de Segurança 
 
O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de: 
 Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras; 
 Indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; 
 Manter comunicação a través de avisos, cartazes ou similares; 
 Advertir sobre perigo de contato ou acionamento acidental com 
partes móveis das máquinas ou equipamentos; 
 Advertir quanto ao risco de queda; 
 Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para 
atividade executada, com a devida sinalização e advertência 
próximas ao posto de trabalho; 
 Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação 
de materiais por grua, guincho e guindaste; 
 Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na 
obra; 
 Advertir contra o risco de passagem de trabalhadores onde o pé 
direito for inferior a 1,80 m; 
 Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, 
explosivas e radioativas. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
32 
É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e 
costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando o 
acesso ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e 
transporte vertical de materiais. 
A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para 
alertar os motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do 
órgão competente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento 
Todos os empregados devem receber treinamento admissional e 
periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança. 
O treinamento deve Ter carga horária mínima de 06 (seis) horas, ser 
ministrado dentro do horário de trabalho, antes do trabalhador iniciar suas 
atividades, constando de: 
 Informações sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho; 
 Riscos inerentes à função; 
 Uso adequado dos equipamentos de proteção individual – EPI; 
 Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva – EPC, 
existentes no canteiro de obra. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
34 
O treinamento periódico deve ser ministrado: 
 Sempre que se tornar necessário; 
 Ao início de cada fase da obra. 
 
Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos 
procedimentos e operações a serem realizados com segurança. 
 
CANTEIRO DE OBRAS - FASES DA OBRA 
INTRODUÇÃO: 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
35 
 
Segundo o subíten 18.3, da NR – 18, são obrigatórios a elaboração e o 
cumprimento do PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de 
Trabalho na Indústria da Construção, nos estabelecimentos com 20 
trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos constantes da Norma e 
outros dispositivos complementares de segurança. 
O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento, à disposição do Órgão 
Regional do Ministério do Trabalho – MTb. 
 
O CANTEIRO DE OBRAS 
 A organização do canteiro de obra é fundamental para evitar 
desperdícios de tempo, perdas de materiais e mesmo defeitos de 
execução e falta de qualidade final dos serviços realizados. Apesar de 
existência da NR (Norma Regulamentadora) 18, elaborada em conjunto 
por construtoras, trabalhadores e governo, estabelecer diretrizes e 
exigências diversas, essas regras ainda são pouco adotadas. As 
principais etapas são: 
 
 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO 
 Com a planta do terreno em mãos, demarca-se o local de 
implantação da casa. Com a ajuda do arquiteto e construtor, define-se 
onde devem ficar o barracão de alojamento e o depósito de materiais e 
ferramentas. Observar a melhor posição também para a chegada de 
caminhões, lembrando que o descarregamento de materiais pode ser 
feito por suas laterais ou por basculamento de caçamba. Para os 
materiais a granel, como areia e pedra, é preciso determinar um local 
(baia) que não atrapalhe o desenvolvimento do trabalho, mas que seja 
de fácil acesso e evite desperdícios. 
 
 ÁGUA À DISPOSIÇÃO 
 O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene dos 
trabalhadores e deve estar disponível em abundância. Se a obra não contar com rede pública de 
abastecimento, que exigirá a instalação de um cavalete de entrada com registro, é preciso providenciar 
um poço, prevendo-se uma bomba ou somente um sarrilho para retirar a água. Lembrar ainda que o uso 
sanitário da água gera esgotos. Se não houver coleta de rede pública, será necessária uma fossa. 
 
 PREPARAÇÃO DA EXECUÇÃO 
 Quanto mais planejado, melhor será o desempenho dos serviços. Por isso, é importante definir com os 
construtores as estratégias para realizar os trabalhos no canteiro: se serão usadas ferramentas próprias 
ou se elas estão incluídas nos custos de execução; se haverá necessidade de alugar escoramentos ou 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
36 
comprar madeira para andaimes; se os trabalhadores precisarão de equipamentos de proteção individual 
obrigatórios por lei, além de várias outras providências. 
 
 ESPAÇOS ADEQUADOS E SEGUROS 
 Uma obra pode demorar mais de seis meses atéser capaz de abrigar dentro dela os alojamentos dos 
trabalhadores. Durante o período de construção, as únicas instalações fechadas serão a do barracão, 
geralmente construído de madeira. Ele deverá ter três divisões internas, sendo uma para alojamento de 
trabalhadores (alguns condomínios fechados não permitem que funcionários da obra durmam no local), 
outra para as instalações sanitárias e mais uma para guardar materiais e ferramentas. Não esquecer de 
deixar um espaço para guardar ferramentas de terceiros, pois, no caso de sumirem, o encargo da 
reposição é do proprietário da obra. 
 
 TRANSPORTE INTERNO 
 É preciso pensar no fluxo de materiais pela obra, prevendo os trajetos feitos pelos carrinhos de mão e 
giricas (espécie de carrinho que carrega mais material); quais os serviços que poderão causar conflitos 
quando excutados simultaneamente; e se o estoque de materiais de acabamento não será afetado pelo 
tráfego de pessoas e materiais. 
 
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 É necessário esquecer as gambiarras e os fios elétricos pendurados no ambiente de trabalho, nada 
seguros. Não custa exigir cuidado nesse tipo de instalação, desde a entrada de energia no terreno até a 
sua distribuição e iluminação das frentes de trabalho. Deve-se procurar saber se existem equipamentos 
que exigem instalações elétricas mais sofisticadas. 
 
 TAPUMES 
 Algumas prefeituras e condomínios exigem que as obras sejam cercadas por tapumes, uma 
providência necessária, sobretudo se houver crianças perto da construção, e que sempre representa uma 
medida de prevenção contra roubos e depredações. Não se deve esquecer de considerar essa hipótese 
na discussão preliminar com seu construtor, incluindo os custos na planilha para não ser surpreendido 
com gastos extras. 
Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/95. 
 
 
IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS 
 
Um projeto eficiente deve prever logística, 
regulamentações obrigatórias e proporcionar acessibilidade 
 
http://arquitetaleticia.blogspot.com/2009/08/implantacao-de-canteiro.html
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
37 
Projeto 
O planejamento do canteiro começa paralelamente ao projeto de 
arquitetura, para assegurar que os trechos de periferia possam ser 
eficientemente utilizados em todas as fases da obra. O plano deve prever um 
ótimo dimensionamento de produção e flexibilidade para realocações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Layout e proposição 
Em cada fase da obra, o espaço 
físico deve incentivar a produtividade e 
deixar o material próximo da equipe da área 
de execução. O layout pode ser útil tanto 
para balizar a implementação do canteiro 
quanto para discutir o próprio andamento da 
construção. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
38 
Sistemas de transporte 
Elevadores e gruas devem ocupar 
espaço específico que atendam todo o 
canteiro. O ideal é que estejam próximos de 
portões de entrada para facilitar o acesso aos 
demais andares do empreendimento. É 
importante também analisar a melhor solução 
para equipamentos de menor expressão, 
como carrinhos de mão. 
 
 
Cronograma de obra 
Como cada fase possui suas 
particularidades, os engenheiros de obra 
e de planejamento de canteiro definem 
com mestres e equipe detalhes como 
áreas de estoque e meios de transporte 
para evitar grandes deslocamentos de 
materiais. É importante calcular as áreas 
de estocagem, processamento e vivência 
que serão necessários ao longo da obra. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
39 
Áreas de vivência 
 
 
 
 
 
 
Refeitórios e vestiários geralmente são instalados no recuo do terreno, 
mas essa posição pode eventualmente ser mudada de acordo com as entregas 
e fases da obra. O ambiente deve ser limpo e propor integração entre a equipe. 
Além disso, as áreas de vivência devem obedecer às prescrições da NR-18, a 
norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho. 
 
Estoque e áreas de produção 
Entre as áreas de produção, o 
projeto deve prever espaço para estoque 
e locais para armazenagem de materiais 
de uso imediato. Normalmente os de 
menor volume e de valor unitário não 
desprezível devem estar em almoxarifado. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
40 
Acessos e segurança 
Durante a fase de projetos e 
planejamento, deve ser previsto o 
acesso ao prédio para conferir 
solicitação de rebaixamento de guia 
junto à prefeitura. Alguns fatores como 
a largura da rua devem ser verificados 
para facilitar o recebimento de 
material. 
Quanto mais acessos, maior a chance de se ter uma ocupação mais 
adequada das áreas disponíveis. No entanto, é preciso ter cuidado para não 
comprometer a segurança ou criar estoques distantes da produção. 
 
Estande de vendas 
Definido pelos engenheiros de obra e de 
planejamento de canteiro, juntamente com a 
equipe de marketing da imobiliária, o espaço 
será dimensionado com o intuito de garantir 
que o acesso do cliente à obra para visitação 
seja feito de forma rápida e segura e também 
para que não prejudique a entrada e saída de 
materiais. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
41 
De acordo com os estudos dos professores Francisco Cardoso, Mércia 
Barros e Ubiraci Sousa, do Depto. De Engenharia e Construção Civil da Escola 
Politécnica da USP e em conformidade com a NR – 18, como vimos 
anteriormente, podemos definir o CANTEIRO DE OBRAS, como sendo a área 
de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e 
execução de uma determinada obra. 
Conforme preceitua a NBR – 12264 (áreas de vivência em canteiros de 
obras – ABNT, 1999), CANTEIRO DE OBRAS, é o conjunto de áreas 
destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, 
dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
42 
IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS 
“ CANTEIRO DE OBRAS é a FÁBRICA que produz a edificação “ 
 
 
 
 
 
 CANTEIRO DE OBRAS 
 X 
 INSTALAÇÃO FABRIL 
 
 Instalação fabril dinâmica; 
 Diferentes atividades ao longo do tempo; 
 O produto permanece e a “fábrica” sai. 
 
FATORES CONDICIONANTES DA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO 
 Processos e métodos construtivos empregados. 
 
Exemplo: Pré-fabricação (possibilidade de pré-fabricação de 
componentes no local da obra – necessidade de áreas para estoque de 
materiais. 
PENSAR 
NA 
SEGURANÇA 
MINIMIZAR INTERFERÊNCIAS (LAYOUT) 
IMPLEMENTAR MEDIDAS DE CONTROLE E 
SISTEMAS PREVENTIVOS DE SEGURANÇA 
MATERIAIS 
MÃO-DE-OBRA 
EQUIPAMENTOS 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
43 
 Características dos Materiais (a granel, ensacados, enfardados, 
etc.) 
 Prazo de execução (frequência e volume de materiais fornecidos, 
necessidade de recursos humanos e materiais) 
 
 
FASES DO CANTEIRO DE OBRASO Canteiro de Obras vai sendo modificado ao longo da execução da 
obra em função: 
1. Dos materiais presentes; 
2. Dos serviços a serem executados; 
3. Dos equipamentos disponíveis; 
4. Da mão-de-obra alocada nos serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 
ÁGUA ESGOTO 
HIGIENE E LIMPEZA 
MATÉRIA PRIMA 
EXISTÊNCIA REDE PÚBLICA 
(quantidade e qualidade) 
INEXISTÊNCIA REDE PÚBLICA 
(perfurar poços ou comprar) 
PROVIDENCIAR ARMAZENAMENTO 
APÓS A OBRA PRONTA 
(necessidade crítica de rede de esgoto) 
DURANTE A OBRA 
(construção de fossas sépticas e sumidouros) 
 
OBS: existindo construção no local da obra, 
as instalações ficam facilitadas 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
45 
 
 
Ainda na Fase Inicial do canteiro de obras, são executadas as 
operações de MOVIMENTO DE TERRA (corte ou aterro), dependendo da 
topografia do terreno, CONTENÇÕES (colocação ou construção de taludes ou 
barreiras para evitar desmoronamentos) e as FUNDAÇÕES (construção dos 
radier, sapatas e pilares), conforme o projeto da obra. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
46 
 
Concluída a Fase Inicial, damos início a Fase Intermediária, 
onde observamos um grande volume de produção e a “obra começa a 
aparecer” com as etapas de: estrutura, alvenaria e instalações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
48 
Nas ilustrações acima podemos notar a colocação de escoras durante a fase 
de concretagem das Lages a te à cura do concreto, o aparecimento das 
alvenarias de elevação e preenchimento, e o estoque de componentes 
necessários ao andamento dos serviços da construção. 
 
 
 
 
 
 
 
Na Fase Final da obra, também observamos uma grande diversidade de 
serviços entre os quais podemos destacar: os revestimentos externos e 
internos e o acabamento. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
49 
ARRANJO FÍSICO DO CANTEIRO 
 
OBJETIVOS: 
1. Organização e limpeza da “fábrica”; 
2. Otimizar o fluxo de materiais e pessoas; 
3. Evitar interferências com a vizinhança e com a própria obra; 
4. Buscar a segurança pessoal, coletiva e patrimonial (identificar e 
corrigir pontos de risco, prever equipamento de proteção coletiva 
– EPC e individual - EPI); 
5. Manter as condições de higiene 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
50 
a) LIGADOS À PRODUÇÃO 
 Central de concreto 
 Central de argamassa 
 Central de preparo de armaduras 
 Central de produção de fôrmas 
 Oficina de montagem de instalações e esquadrias 
 Central de pré-moldados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
51 
b) APOIO À PRODUÇÃO 
 ESTOQUES 
Materiais perecíveis e não perecíveis 
 
 
 
 
As áreas destinadas ao estoque de materiais variam em área e forma de 
construção, dependendo das quantidades, propriedades, valor, 
forma e natureza dos materiais estocados 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
52 
 
 
c) SISTEMAS DE TRANSPORTE 
 
d) APOIO ADMINISTRATIVO 
 Escritório Técnico e administrativo 
 Recepção da obra e controle de ponto dos empregados 
 Alojamento dos operários 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
53 
 Cozinha e refeitório 
 Ambulatório 
 Sala de treinamento/alfabetização 
 Área de lazer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
54 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
57 
 
e) OUTROS ELEMENTOS 
 Laboratório de ensaios 
 Entrada de água, luz e coleta de esgotos 
 Portões e estacionamento 
 Stand de vendas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
58 
 
Como já vimos, o Canteiro de obras é o conjunto de 
"áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da 
construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência ". 
(NBR - 12284) 
Portanto é o local em que se dá a produção das obras de construção e, 
como tal, exige análise prévia e criteriosa de sua implantação, 
à luz dos conceitos de qualidade, produtividade e segurança. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
59 
 
 
Seguem 11 "dicas" para sua reflexão ao projetar o canteiro de obras: 
 
O canteiro é o cartão de visitas de toda obra, portanto vale a pena 
projetá-lo em conformidade com a imagem de sua empresa. 
O canteiro é a praça de relacionamento de sua empresa com 
a vizinhança da obra, clientes, fornecedores e funcionários. 
 
Projete as edificações sempre em conformidade com as normas, visando 
estabilidade estrutural, conforto ambiental e segurança. 
 
Implante o canteiro em local que permaneça o maior tempo possível, 
pois desmobilizações durante a obra causam muito transtorno. 
 
Encontre um local que não interfira com as movimentações horizontais e 
verticais de material e pessoal, e que ao mesmotempo lhe assegure 
controle da obra e facilidade de acesso para funcionários e visitantes. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
60 
 
Sempre que possível leve em consideração a insolação e ventilação 
para contribuir com o conforto dos usuários. 
 
Ao planejar as edificações de apoio, estabeleça um programa de 
necessidades, com definições claras de tamanhos de salas, localização e 
fluxos. Se possível, projete o mobiliário para evitar 
falta ou excesso de espaço. 
 
Ao planejar as instalações sanitárias, considere 01 chuveiro para cada 
grupo de 10 trabalhadores e um conjunto de lavatório, vaso sanitário e 
mictório para cada grupo de 20 trabalhadores. 
 
Os alojamentos devem ter pé-direito de: 
- 2,50m para cama simples; 
- 3,00m para beliches. 
É proibido instalá-los em subsolos ou porões. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
61 
 
 
No refeitório, 
calcule aproximadamente 1,00m2/trabalhador para o local de refeições. 
O refeitório não pode estar situado em subsolos ou porões, 
nem ter comunicação direta com as instalações sanitárias. 
O pé-direito mínimo é de 2,80m, 
ou conforme o código de obras do município da obra. 
 
Sempre que houver trabalhadores alojados, 
as áreas de vivência deverão dispor de alojamentos, 
lavanderia e área de lazer. 
 
Toda obra com 50 ou mais trabalhadores alojados deverá ter um 
ambulatório. 
Caros alunos, tudo o que vimos aqui são apenas orientações básicas 
que devem ser complementadas com muito bom senso, organização e boa 
vontade, além da natural experiência adquirida no dia-a-dia com os colegas de 
trabalho, professores, orientadores e supervisores de estágio. 
Portanto, “pense e realize, aprende-se a fazer, fazendo”. Mãos à obra. 
Bons Estudos! 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
62 
Ordem e Limpeza 
 O canteiro de obra deve se apresentar organizado, limpo e 
desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e 
escadarias. 
 Entulho e quaisquer sobras de material devem ser regularmente 
coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção de vem ser 
tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e 
eventuais riscos. 
 Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou 
sobras de materiais deve ser feito através de equipamentos 
mecânicos ou calhas fechadas. 
 É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior 
do canteiro de obra. 
 É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais 
inadequados no canteiro de obra. 
 
Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
 
O equipamento de proteção individual (EPI) é um instrumento de uso 
pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que poderiam 
causar lesões ao trabalhador, e protegê-lo contra possíveis danos à saúde, 
causados pelas condições de trabalho. 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
63 
O EPI deve ser usado como medida de proteção quando: 
 Não for possível eliminar o risco, como proteção coletiva; 
 For necessário complementar a proteção coletiva com a proteção 
individual; 
 Em trabalhos eventuais e em exposição de curto período. 
 
De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se 
primeiro eliminar ou diminuir o risco, com a adoção de medidas de proteção 
geral. 
Os EPI necessários devem ser fornecidos gratuitamente pelo 
empregador, e cabe ao funcionário cuidar da manutenção, limpeza e higiene de 
seus próprios EPI. 
A escolha do EPI a ser utilizado cabe ao Engenheiro de Segurança, que 
deverá usar os seguintes critérios para a definir qual o tipo correto de 
equipamento que poderá ser usado: 
 Os riscos que o serviço oferece; 
 Condições de trabalho; 
 Parte a ser protegida; 
 Qual o trabalhador que irá usar o EPI. 
Definido o tipo de EPI a ser utilizado, o Engenheiro de Segurança deverá 
fazer um trabalho de orientação e conscientização sobre a importância do uso 
dos EPI. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
64 
 Proteção para a cabeça 
Os protetores para a cabeça podem ser divididos em: 
 Protetores para a cabeça, propriamente ditos, que são protetores 
usados para crânio e rosto (Ex.: capacetes, máscaras); 
 Protetores para os órgãos nelas localizados, que são os 
protetores para os órgãos da visão e audição 
 
 Protetores para o crânio 
 Os capacetes de segurança são u sados para proteger o crânio 
contra: quedas de objetos provenientes de níveis elevados; 
impactos e partículas projetadas; projeção de produtos químicos; 
fogo e calor; eletricidade; eletricidade. 
 
Encontramos no mercado os capacetes com aba total, que é uma parte 
integrante do casco e tem a função de proteger a face, o pescoço e os ombros. 
O outro tipo de capacete comercial é o que tem aba frontal, também 
chamado de boné, o mais utilizado na construção civil. 
O casco do capacete é suportado por uma suspensão que compreende 
todo o conjunto de tiras internas, mantendo o casco no mínimo 32mm acima do 
contato direto com o crânio. Esta suspensão tem a função de amortecer 
qualquer impacto e, para que isto ocorra, ela deve estar ajustada para cumprir 
sua função. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
65 
 Protetores para o rosto 
 
São conhecidos pelo nome genérico de "protetor fácil". Sua finalidade é 
proteger o rosto contra o impacto de partículas, contra respingos de produtos 
químicos e contra a ação de radiações nocivas e excesso de luminosidade. 
De certa forma, também protegem os olhos, mas não servem como 
único equipamento de proteção para o órgão da visão, como poderemos 
observar adiante. 
Os protetores para rosto podem ser divididos em: 
 Protetor com visor plástico: possui visor de acetato de 
celulose ou acrílico; deve ser transparente e sem ondulações. 
Se tiver função de proteção contra radiação luminosa, o visor 
deverá ter a tonalidade adequada. 
 Protetor com anteparo aluminizado: dotado de visor de plástico, 
aluminizado na face externa. Serve para proteger a face contra 
impactos e diminui a ação da radiação luminosa. 
 Protetor com visor de tela: o visor é feiro de tela de malha 
pequena, tornando-a transparente. Tem como função proteger o 
funcionário contra riscos de impacto por estilhaços e diminui o 
efeito do calor radiante. 
 Máscara para soldador: é de uso específico dos soldadores de 
solda elétrica. Além de proteger contra a radiação calorífica e 
luminosa produzidas durante a soldagem, protege também contra 
respingos do metal fundente e das fagulhas da solda. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
66 Proteção para os olhos 
A proteção dos olhos é um dos pontos mais importantes da prevenção 
de acidentes; eles devem ser protegidos contra impactos de estilhaços, 
partículas, fagulhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos, assim 
como, contra radiações e luminosidade. Para proteção dos olhos, normalmente, 
são usados óculos que variam de forma e aplicação. 
 Óculos para soldador – solda a gás: tem como finalidade 
proteger o trabalhador contra as radiações e luminosidade, e 
contra os respingos e fagulhas de solda. Sua armação po ssui a 
forma de duas conchas. As lentes são removíveis, possibilitando o 
uso da tonalidade adequada de acordo com as necessidades do 
serviço. 
 Óculos contra impactos: existem variados tipos e qualidades. A 
principal característica desses óculos está na s lentes, que podem 
ser de resina sintética, ou de cristal ótico endurecido por 
tratamento térmico e resistente a impactos. 
 
 Proteção para membros inferiores 
Os pés e pernas devem ser protegidos através de sapatos de 
segurança, botas e perneiras, quando o trabalho exigir. 
 Sapatos de Segurança: Protegem os pés contra impactos, 
principalmente contra queda de objetos pesados. O tipo de 
calçado recomendado é o que possui biqueira de aço capaz de 
resistir a fortes impactos, protegendo os dedos e evitando 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
67 
ferimentos. O calçado de segurança pode possuir, também, 
solado antiderrapante e palmilha de aço para proteção contra 
objetos perfurantes. 
 Botas de borracha ou plástico: Utilizada para trabalhos 
realizados em locais úmidos ou quando em contato com produtos 
químicos (ex.: concreto). Possui canos de comprimentos 
variáveis. 
 Perneiras: São usadas para a proteção das pernas. De acordo 
com o risco, as perneiras cobrem só a perna ou podem chegar até 
a coxa. Perneiras de raspa de couro são usadas para soldadores 
e fundidores. 
 Proteção para membros superiores: Nos membros superiores, 
situam-se as partes do corpo onde, com maior frequência, 
ocorrem lesões: as mãos. Grande parte dessas lesões pode ser 
evitada através do uso de luvas. As luvas impedem, portanto, um 
contato direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos, ou 
com substâncias corrosivas e irritantes da pele. Há luvas 
especiais para os variados tipos de trabalho: 
 Para trabalhos com solda: O soldador deverá proteger-se com 
luvas e mangas contra a agressividade do calor e contra 
respingos incandescentes. São usadas, geralmente, luvas de 
raspa de couro ou de outro material que apresente isolação 
térmica. 
 Para trabalhos pesados e secos: Devem ser utilizadas luvas de 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
68 
couro, muito resistentes ao atrito. Vaqueta ou vaqueta bufalada 
são usadas para confecção dessas luvas, normalmente com 
reforço e palma dupla. 
 Para trabalhos pesados e úmidos: Devem utilizar luvas de lona, 
desde que os líquidos manuseados não sejam nocivos à pele. 
 Para trabalhos com líquidos: Adotam-se luvas impermeáveis de 
plástico ou borracha. Para manuseio de produtos derivados de 
petróleo, devem ser usadas luvas de borracha sintética ou de 
PVC. 
 Para trabalhos quentes (corpos aquecidos ou nos casos de 
exposição à radiação térmica): Recomenda-se luvas de amianto 
ou de fibra de vidro por serem materiais incombustíveis. Quando 
as mãos são expostas a fortes radiações de calor, as luvas de 
amianto e de fibra de vidro serão mais eficientes, se o dorso for 
aluminizado. 
 Para trabalhos de alta tensão: Devem ser utilizadas luvas de 
borracha especial, são a s que têm maior responsabilidade na 
proteção do trabalhador, pois protegem a vida do indivíduo contra 
eletrocução. Não de vem Ter quaisquer defeitos, arranhaduras, 
perfurações ou desgastes. Para evitar tudo isso, elas devem ser 
usadas, obrigatoriamente, com luvas de pelica ou outro couro 
macio, sobrepostas, e examinadas toda vez que forrem utilizadas 
(teste de sopro). 
 Mangotes: Proteção para os braços na realização de operações 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
69 
que possam causar alguma lesão como: raspões, queimaduras, 
batidas, etc. 
 
 Proteção contra quedas com diferença de nível 
Cintos de Segurança 
Não têm a finalidade de proteger esta ou qualquer parte do corpo. 
Destinam-se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo 
quedas por desequilíbrio. 
Cinto com Travessão 
É um cinto largo e reforçado, de couro ou lona, com uma ou duas fivelas, 
conforme o tipo. O travessão é preso por dois anéis colocados de maneira que 
fique um de cada lado do corpo do usuário. 
Cinto com Corda 
Este tipo de cinto possui suspensórios e, em alguns casos, até tiras de 
assento como os cintos de pá ra-quedistas. 
 
 Proteção Auditiva 
Proteção auditiva só deve ser usada como último recurso. Apesar de 
existir algum desacordo, a máxima intensidade de som ao qual o ouvido 
humano pode estar sujeito sem dano à audição , considera-se estar na faixa de 
90 a 100 decibéis. Se uma pessoa deve trabalhar por longos períodos exposto 
a níveis (pressões) de som superiores a aproximadamente 85 decibéis (para 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
70 
cada oitava acima de 300 ciclos/segundo) deve usar alguma forma de proteção 
auditiva. 
Um simples decibel representa a menor troca de volume de som que 
pode ser detectado pelo ouvido humano. Um som de 130 decibéis é tão intenso 
que reproduz sensação de dor no ouvido. 
É necessário equipamento especializado e homens treinados para 
analisar uma exposição ao barulho. É necessário um médico ou departamento 
médico da companhia para aprovar tipos de proteção ao ouvido que serão mais 
efetivos. 
 Protetores de Inserção: Este tipo nos canais e varia 
consideravelmente de desenho e material. Os materiais usados 
são a borracha, plástico macio, cera e algodão. Os tipos de 
borracha e plástico são populares porque são fáceis de se manter 
limpos, são baratos e têm bom desempenho. 
 Protetores Tipo Concha: Este protetor deve cobrir o ouvido 
externo para promover uma barreira acústica efetiva. É um dos 
tipos mais completos. Pelo fato de abranger toda a concha 
auditiva, deve ser feito em material macio, confortável e de fácil 
higienização . 
 
 Proteção Respiratória 
Sua finalidade é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por 
gases ou outras substâncias nocivas ao organismo. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Técnico em Segurança do Trabalho 
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
71 
A máscara é a peça básica do protetor respiratório. É chamada 
semifacial quando cobre parcialmente o rosto, mais precisamente, nariz e 
boca. É chamada facial quando cobre todo o rosto, havendo, nesse caso, um 
visor. A máscara semifacial ou facial deve permitir vedação perfeita nas áreas 
de contato com o rosto. 
 Máscaras com filtro 
Esses filtros podem ser: 
a) de material fibroso que retém partículas de poeira, fumos, névoas, 
etc.; 
b) compostos de um recipiente cheio de carvão ativo, absorvente de 
determinados vapores, como os derivados de petróleo, de álcool, 
etc. 
 Máscaras com suprimento de ar: Em lugares onde o ar está 
altamente contaminado por gases nocivos, ou onde há defic6ncia 
de oxigênio, não se usam máscaras com filtros, mas, sim,

Continue navegando