Esmalte dentário

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Esmalte
· Tecido mais mineralizado do corpo (cristais de hidroxiapatita);
· Único tecido dentário que tem origem no ectoderma
· Ocupa toda a coroa
· Perde contato com as células que o produziu
· Tecido acelular, sem regeneração;
· Possui permeabilidade
· Coloração depende da mineralização – quanto mais mineralizado, mais translúcido, visualmente, a cor varia entre acinzentado e branco amarelado;
· 1% de conteúdo orgânico em sua composição – proteínas e escassos carboidratos e 2% de água;
· Dentição decídua (+branca, - mineralização)
Origem do Esmalte - Amelogênese
· Surge no epitélio interno do esmalte, que se diferencia em ameloblastos, que se diferenciam para a síntese da substância orgânica do esmalte.
· Fase morfogenética: ocorre durante a fase de campânula da odontogênese. Nessa fase, as células do epitélio interno se organizam para formar ameloblastos e secretar o esmalte dentário.
· Fase de diferenciação: células do epitélio interno começam a diferenciar com a polarização do núcleo em direção a superfície externa, ficando a parte basal da célula com a maior parte das organelas citoplasmáticas; e o tamanho celular aumenta, tornando-a Cilíndrica alta. Ao final dessa fase, o epitélio interno se transformou em pré-ameloblasto e ainda não há secreção de esmalte. Paralelamente a essa fase, na papila dentária, as células indiferenciadas se diferenciam em odontoblastos e secretam a primeira camada de dentina. Depois disso, o pré-ameloblasto se diferencia em ameloblasto e secreta a primeira camada de esmalte (indução recíproca);
· Células do retículo estrelado secreta enzima fosfatase alcalina, atua na mineralização do esmalte; em conjunto com as células do epitélio interno, forma uma única entidade funcional responsável pela produção do esmalte; 
· Sem a fosfatase alcalina a produção de esmalte ocorre apenas em sua parte orgânica, assim, quando o dente erupciona, tem a consistência de uma coalhada, desprendendo-se da dentina, expondo-a. Algumas amelogêneses imperfeitas ocorre pela falta dessa enzima
· Retículo estrelado tem a função de proteger o esmalte a ser produzido;
· Epitélio externo atua como facilitador da passagem de nutrientes para dentro das células produtoras de esmalte;
· Ainda na fase de diferenciação, dos pré-ameloblastos, surgem prolongamentos para formar ameloblastos; 
· Toda a produção de dentina começa na porção incisal/oclusal até a cervical
· Fase secretora: início da amelogênese propriamente dita. Começa a ser secretada a matriz orgânica do esmalte (proteínas, carboidratos e lipídios), que posteriormente será mineralizada:
· Proteínas
1. Amelogeninas
2. Não Amelogeninas – enemalina (importante na união do esmalte com a dentina), tufelina
· Glicoproteínas – ameloblastinas, amelina, bainhalina
· Fase de mineralização: Se inicia logo após o início da secreção da matriz orgânica (15% da matriz recém-formada, o restante só é mineralizado depois que todo o conteúdo que forma a matriz orgânica é secretado). Nessa fase, os primeiros cristais de hidroxiapatita são depositados em contato direto com a dentina (camada mineralizada contínua).
1. Mineralização inicial (15%)
2. Mineralização pré-eruptiva (antes do esmalte erupcionar)
3. Mineralização Pós-eruptiva
Enamelina liga-se as fibras colágenas da dentina, permanecendo uma linha contínua de mineralização entre esmalte e dentina.
· Após a deposição da primeira camada de esmalte, os ameloblastos desenvolvem uma estrutura curta de projeção cônica na porção basal celular, chamada de Processo de Tomes. Sua função é orientar o esmalte em formação que será estruturalmente constituído pelo arranjo dos cristais de mineral em unidades denominadas de Prisma de esmalte.
a. Prismas de esmalte são barras ou colunas cilíndricas que se estende desde a camada aprismática até a superfície externa. Compõem o esmalte. No incisivo, há em média 5 milhões e no 1º MS, 12 milhões deles. Nas cúspides dentais, há o encontro dos prismas, conferindo mais resistência ao dente nessa região. As variações de sentido dos primas, formam as Linhas de Retzius. 
Espaço vazio abaixo da dentina é ocupado pela polpa dentária.
b. O cruzamento dos prismas, gerando comunicação, é o que se chama de esmalte nodoso (não há sequela clínica);
c. Pode haver prolongamentos de estrturas da dentina na região de esmalte, o que se chama de Fuso;
d. Área de hipocalcificação no esmalte se chama Tufo, esta não chega a superfície externa do esmalte, caso chegue, se denomina Lamela;
· Alteração dos constituintes dos órgãos do esmalte:
· Estrato intermediário – alta atividade da fosfatase alcalina. Quebra do fosfato para unir-se ao cálcio para formar a hidroxiapatita;
· Órgão do esmalte – sofre colapso, aproximando os ameloblastos do epitélio externo (folículo dentário), passando a ser ÚNICA FONTE DE NUTRIÇÃO;
· Ao terminar o processo de secreção, o ameloblasto não apresenta mais o processo de tomes.
· Fase de maturação: depois de secretada toda a matéria orgânica, aqui, a coroa já está pronta, contudo, ainda não sofreu sua mineralização pré-eruptiva. 
a. Maturação pré-eruptiva: Os ameloblastos alternam-se com polos basal de superfície lisa (remoção de elementos orgânicos e água) e superfícies com dobras (bombeiam íons cálcio e fosfato para a matriz, permitindo um rápido crescimento de cristais de hidroxiapatita);
· Fase de proteção: todos os ameloblastos irão adquirir superfície lisa e de formato cúbico – Ameloblastos Protetores
b. Maturação pós-eruptiva: perda de água, diminuição do conteúdo orgânico e aumento da cristalização.
Defeitos do Esmalte
· Fases de formação do esmalte:
1. Formação da matriz – diminuição da quantidade de matriz orgânica depositada; o esmalte vai ser menos mineralizado, causando aparência mais amarelada (HIPOPLASIA);
2. Mineralização – esmalte não terá mineralização (HIPOCALCIFICAÇÃO);
3. Maturação – formação da matriz, mas não mineraliza (HIPOCALCIFICADA).
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