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QUIMICA EXPERIMENTAL

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Química 
Experimental
Me. Thiago Baldasso de Godoi
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; GODOI, Thiago. 
Química Experimental. Thiago Baldasso de Godoi. 
Maringá-PR.: Unicesumar, 2019. 
272 p.
“Graduação - EAD”.
1. Química. 2. Experimental. 3. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-1956-8
CDD - 22 ed. 540
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
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Impresso por:
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Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de 
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente 
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. 
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de 
Permanência Leonardo S paine; Diretoria de 
Design Educacional Débora L eite; Head de 
Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza 
Filho; Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros; 
Head de Curadoria e Inovação Ta nia Cristiane Yoshie 
Fukushima; Gerência de Projetos Especiais Daniel 
F. Hey; Gerência de Produção de Conteúdos
Diogo Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas; Supervisão
do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de
Almeida Toledo; Supervisão de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel; Projeto
Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães
Cripaldi; Fotos Shutterstock
Coordenador de Conteúdo Crislaine Rodrigues 
Galan e Fabio Augusto Gentilin.
Designer Educacional Janaína de Souza Pontes e 
Yasminn Talyta Tavares Zagonel.
Revisão Textual Érica Fernanda Ortega.
Editoração Isabela M. Belido.
Ilustração Mateus Calmon.
Realidade Aumentada Kleber Ribeiro, Leandro 
Naldei e Thiago Surmani.
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Este livro foi preparado com o objetivo de apresentar conceitos básicos 
sobre a Química Experimental para você, aluno(a) de Engenharia. Dian-
te de todos os assuntos a serem abordados ao longo das nove unidades, 
nosso maior objetivo é, além do conhecimento, ajudá-lo(a) a responder 
um questionamento que se possa fazer a respeito dessa disciplina: por que 
estudar a Química Experimental? Onde é usada essa ciência? Para respon-
der a esses questionamentos, ao longo do livro, buscamos contextualizar os 
conceitos teóricos com aplicações práticas inerentes à rotina profissional 
de um Engenheiro.
A Química, sem sombra de dúvidas, está presente em nossas vidas. Nos 
alimentamos de química, produzimosenergia em nosso corpo por meca-
nismos químicos, geramos energia com auxílio da química. É impossível nos 
desvincularmos dessa importante ciência. Em nível atômico, por exemplo, 
entendemos que as moléculas perdem/ganham elétrons durante a ocorrên-
cia de uma reação química, mas isso nos parecia uma realidade um pouco 
distante. Porém, se imaginarmos que a transferência de elétrons nos permite 
degustar um bom vinho, perceberemos que não é uma realidade tão obscura. 
As reações químicas, em que os elétrons são compartilhados em nível mole-
cular, nos permitem produzir produtos indispensáveis à manutenção da vida.
Para o entendimento da Química Experimental, reunimos conceitos básicos 
da Química, da Física, da Matemática, até mesmo da Biologia. Os conteúdos 
aprendidos outrora não são desconexos com esta disciplina. Lembrando, 
sempre, que na vida, o conhecimento nunca se perde, ele se transforma! 
Há uma vasta gama de possibilidades, experimentos, reações existentes 
nesta área e, para descrever todas, precisaríamos de diversos livros destes e, 
em um curto período de tempo, seria impraticável. Desta forma, não busca-
mos formar especialistas neste conteúdo, queremos formar pesquisadores, 
pessoas que detêm o conhecimento básico e que são capazes de aprofundar 
o conhecimento na área específica em que irá atuar. E, para isso, iremos 
estudar algumas aplicações que nos permitirão formar um conhecimento 
geral de um ambiente laboratorial e industrial.
O conteúdo deste livro foi distribuído em função de sua importância no 
aprendizado de futuros engenheiros. Por esse motivo, iniciamos o estudo 
que precede qualquer outro assunto dentro de um laboratório ou de uma 
indústria: a segurança. Este conteúdo, embora seja abordado na Unidade 
1, nos acompanhará não apenas em nossa disciplina, mas em toda nossa 
trajetória profissional.
Em seguida, trataremos dos principais utensílios e equipamentos existentes 
em um laboratório, processo de calibração, obtenção e manipulação de me-
didas experimentais. Abordaremos assuntos referentes à padronização de 
um trabalho realizado em um laboratório, por meio de relatórios técnicos, 
a disposição dos números, sua precisão e exatidão. Antes de iniciar as dis-
cussões sobre as transformações químicas, veremos algumas das principais 
propriedades físicas atreladas a esses compostos, que auxiliam no processo 
de separação de misturas. Dentre as transformações físicas e químicas da 
matéria, entenderemos os conceitos de equações químicas, velocidades de 
reações, estequiometria, evidências de transformações físicas e químicas, 
o conceito de soluções e dissoluções, concentrações, entre outros. Por fim, 
vislumbraremos um tipo especial de reação química, as reações de oxir-
redução, importantes na eletroquímica e na produção de energia elétrica.
Convido-o(a) a participar desta experiência no conhecimento das opera-
ções básicas que ocorrem em um laboratório. 
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Me. Thiago Baldasso de Godoi
Possui mestrado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (2016), 
pós-graduação em Engenharia de Produção pela Unicesumar (2013) e graduação em Enge-
nharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (2009). Atualmente, é é supervisor 
operacional de ensino da Unicesumar (EaD) .
Currículo Lattes disponível em: 
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4258694E9>.
Noções Básicas 
sobre Segurança 
em Laboratório
13
Principais 
Equipamentos 
e Utensílios de 
um Laboratório
39
Manipulação de 
Dados e Medidas 
Experimentais
67
Densidade e 
Viscosidade
Transformações 
da Matéria
103
135
Misturas e Técnicas 
de Separação
159
Soluções
Velocidade de 
reações químicas
225
Eletroquímica
247
195
47 Condensador
166 Molécula de água
202 Acerto do menisco do balão volumétrico
Utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience 
para visualizar a 
Realidade Aumentada.
253 Pilha galvânica
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Me. Thiago Baldasso de Godoi
• Conhecer as normas gerais de conduta e segurança em 
laboratórios.
• Compreender as informações dispostas nas fichas de se-
gurança de produtos químicos (FISPQ).
• Conhecer os equipamentos de proteção individual (EPIs) 
e coletiva (EPCs) utilizados em um laboratório. 
Regras Gerais
Cuidados na Manipulação de 
Produtos Químicos: FISPQ
Equipamentos de Proteção 
Individual e Coletiva
Noções Básicas sobre 
Segurança em Laboratório
Regras Gerais
Olá, caro(a) aluno(a)! Estamos iniciando o nos-
so curso de Química Experimental. Gostaria de 
salientar o que pretendemos com este curso: 
entender conceitos básicos que nos geram as 
bases para o trabalho no laboratório. Em la-
boratórios de química experimental, há uma 
infinita variedade de análises laboratoriais. Há 
análises específicas para o setor farmacêutico, 
químico, de combustíveis, eletrônico, da cons-
trução civil, do ramo alimentício, siderúrgico, 
ambiental, entre outros! 
Conhecer na prática todas estas análises é im-
possível, em um curto espaço de tempo. Porém, 
grande parte dessas práticas, além do uso de equi-
pamentos específicos, fazem o uso de aparelhos 
básicos e comuns existentes em laboratórios. As-
sim, iremos, a partir de então, verificar algumas 
práticas simples, comuns em laboratórios, que 
nos forneça as bases da química experimental, 
tais como medidas de segurança em laboratórios, 
15UNIDADE 1
principais equipamentos existentes, propriedades 
químicas e físicas dos materiais, transformações 
físicas e químicas, soluções, entre outras. Assim, 
proveremo-nos das bases da química experimen-
tal e estaremos munidos de informações que nos 
possibilitam a pesquisa e o aprofundamento dos 
conceitos quando formos solicitados em áreas 
específicas de nossa trajetória profissional.
Vamos lá?
Antes de adentrarmos em um laboratório, 
é muito importante que conheçamos algumas 
das principais regras de conduta e segurança 
comuns, existentes em diversos laboratórios 
de manipulação de produtos químicos. Assim, 
o objetivo principal desta unidade é fornecer, 
para você, as principais regras a serem seguidas 
no laboratório, algumas medidas de seguran-
ça comumente adotadas por grande parte dos 
laboratórios, conhecer equipamentos que nos 
auxiliam em nossa proteção, preservando nossa 
integridade física e saúde. 
Ao tratarmos da segurança em laboratórios, é 
necessário ter o conhecimento prévio sobre algu-
mas substâncias químicas, conceitos que aprende-
mos na disciplina de Química Geral e Inorgânica. 
Dessa forma, caro(a) aluno(a), os conteúdos não 
são desconexos. É uma ponte entre as disciplinas! 
Alguns dos conceitos teóricos aprendidos lá, iremos 
aplicar aqui. Contudo, antes de qualquer aplicação, a 
regra número zero, em qualquer laboratório ou am-
biente industrial, é a garantia da nossa segurança!
Vale lembrar que um laboratório parece ser 
um ambiente pequeno e limitado; porém, ele é 
um protótipo da indústria de transformação. As 
transformações químicas realizadas em grande 
escala, em uma indústria, são realizadas em pe-
quenas escalas em um laboratório, desta forma, 
os conceitos que iremos aprender serão muito 
utilizados para quando necessitarmos trabalhar 
em um ambiente industrial.
De acordo com Bessler e Neder (2011), o la-
boratório é um dos principais locais de trabalho 
para profissionais da química que atuam na in-
dústria de manipulação, de transformação, de 
análise, entre outros que manipulam ou estocam 
produtos químicos. Ao entrar em um laboratório 
de química, caro(a) aluno(a), você deve considerar 
que os produtos existentes podem ser inflamá-
veis, explosivos, corrosivos e, até mesmo, tóxicos, 
devendo-se evitar o contato com substâncias das 
quais não temos o devido conhecimento. Assim, 
a manipulação de produtos químicos, recipientes 
frágeis (vidros) e superfícies aquecidas geram os 
fatores capazes de causar acidentes, com danos 
leves e graves à nossa saúde e, também, de todas 
as pessoas que trabalham nesse espaço, podendo 
afetar,inclusive, ao meio ambiente.
O risco existente na manipulação de produtos 
químicos, em muitos casos, não é visível ou apa-
rente. Vidrarias, que se encontram quentes, não 
apresentam uma característica diferenciada, sen-
do que pessoas desavisadas podem sofrer danos, 
como queimaduras. Contudo, mesmo substâncias 
que visualmente parecem ser inofensivas, como o 
caso de substâncias inodoras (sem cheiro) ou in-
colores, quando inaladas ou por meio do contato 
físico, podem ocasionar doenças nos trabalhado-
res desprotegidos. 
16 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
De acordo com Bessler e Neder (2011), os 
principais acidentes em laboratórios de quí-
mica devem-se a ferimentos que são causados 
por vidros quebrados, pelo contato direto com 
substâncias cáusticas, incêndios com líquidos 
inflamáveis e, até mesmo, explosões. Ainda de 
acordo com os autores, no caso de acidentes, o 
responsável pelo laboratório deve proceder ade-
quadamente, com o intuito de minimizar suas 
consequências. 
Deste modo, antes de adentrar neste tipo de 
ambiente, deve-se conhecer previamente os riscos 
a que se estará exposto. Estes riscos estão associa-
dos a essa atividade laboral e se deve ao fato dos 
indivíduos ficarem constantemente expostos a 
situações potencialmente perigosas. 
Com o intuito de diminuir a frequência e a 
gravidade com que esses acidentes ocorrem, é ex-
tremamente necessário o atendimento de uma 
série de normas que podem ser preestabelecidas 
por Engenheiros de Segurança no Trabalho (para 
o atendimento da legislação nacional e/ou inter-
nacional) ou por conhecedores técnicos desse 
assunto. Elas são específicas para cada tipo de la-
boratório, ou seja, depende do ramo de ativida-
de, dos produtos químicos manipulados, das leis 
trabalhistas, entre outros. De forma geral, desta-
cam-se algumas medidas comuns aos laboratórios 
de química, sendo elas (BESSLER; NEDER, 2011; 
FONSECA; BRASILINO, 2007; MARTINS et al., 
2013; ABREU, 2016):
• O laboratório de química envolve diversos 
riscos, então se deve trabalhar com aten-
ção, calma e prudência.
• Verifique o local e o funcionamento dos 
dispositivos de segurança do laboratório, 
tais como: extintores de incêndio, chuvei-
ros de emergência, lavadores de olhos e 
saída de emergências. Crie registros para 
checagem periódica do funcionamento 
desses equipamentos.
• Vista-se com roupas e calçados adequados 
(fechados). Cabelos compridos devem ser 
mantidos presos.
• Todas as substâncias, sem prévio conhe-
cimento, devem ser consideradas nocivas 
e perigosas. Evite o contato direto e nunca 
faça a mistura de reagentes dos quais não 
tenha o devido conhecimento. 
• Não se deve comer ou beber em um labo-
ratório. Os alimentos podem ser contami-
nados, por exemplo, por vapores tóxicos, 
podendo prejudicar a saúde dos trabalha-
dores.
• Mantenha sua bancada de trabalho orga-
nizada e limpa.
• Se algum produto químico for acidental-
mente derramado, deve-se verificar nas fi-
chas de segurança de produtos químicos 
(FISPQ) sobre os procedimentos corretos 
a serem adotados.
• Todos os colaboradores do laboratório de-
vem ter acesso às FISPQ dos produtos quí-
micos manipulados antes de iniciar suas 
atividades, e estas devem ser dispostas em 
locais de fácil acesso para todos.
• Não descarte as substâncias químicas já 
utilizadas, na pia ou esgoto. Consulte a fi-
cha de segurança de produtos químicos, 
sobre a maneira correta de se fazer o des-
carte ou as orientações de conhecedores 
e técnicos da área de segurança, sobre as 
medidas para descarte. Lembre-se que du-
rante o descarte, se houver a mistura de 
reagentes químicos incompatíveis, podem 
ocorrer acidentes, explosões, entre outros.
• Evite o contato de qualquer substância 
com a sua pele. Evite passar os dedos na 
boca, nariz, olhos e ouvidos. Caso alguma 
substância química respingue em sua pele, 
deve ser lavada imediatamente a área afe-
tada com água em abundância. 
17UNIDADE 1
• A manipulação de produtos químicos e tóxicos deve ser cautelosa, preferencialmente, no caso 
de manipulação de ácidos, bases concentrados e produtos tóxicos.
• Tenha cuidado no manuseio e transporte de vidrarias. Peças de vidro quebradas podem causar 
sérios acidentes.
• Nunca tente saber o sabor de um produto químico.
• Quando houver a necessidade de se detectar o desprendimento de gases pelos produtos químicos 
ou reações químicas, nunca coloque seu rosto próximo ao frasco ou recipiente que contém o 
produto. Desloque, com sua mão, os vapores desprendidos em direção ao seu nariz. Só realize 
esta operação de for extremamente necessário e se houver conhecimento das propriedades 
toxicológicas dos gases desprendidos, que podem ser encontradas na FISPQ.
Figura 1 – Odor de compostos químicos
• Não deixe materiais e vidrarias quentes 
sem mensagens de advertência. Outros 
colaboradores podem pegá-los inadver-
tidamente, podendo causar queimaduras, 
quebras e corte de membros.
• Certificar-se de que a válvula de segurança 
do gás metano está fechada quando não 
estiver utilizando esse produto.
• Os reagentes inflamáveis devem ser ma-
nipulados longe de fontes de ignição, tais 
como: tomadas, bico de Bunsen, fogo, en-
tre outros.
• Ao realizar aquecimento de tubos de en-
saio em bico de Bunsen, realizar esse aque-
cimento pela lateral da parede do tubo, e 
não pelo fundo, para promover um aque-
cimento uniforme. Não deixe a boca do 
tubo voltado para seu rosto, pois o des-
prendimento de produtos químicos pode 
causar acidentes.
18 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
• Existem diversos frascos de reagentes 
químicos semelhantes. Certifique-se de 
utilizar o reagente correto pela identifica-
ção do rótulo do frasco. Despeje o líquido 
presente no frasco com a parte oposta do 
rótulo para não inutilizá-lo (escorrer sobre 
o rótulo) e prejudicar na identificação do 
produto químico.
• Todos os procedimentos que envolvam a 
liberação de vapores, sejam eles voláteis, 
corrosivos, tóxicos ou inflamáveis, devem 
ser realizados na capela de exaustão.
Figura 2– Aquecimento de tubo de ensaio
Figura 3 - Capela de Exaustão
19UNIDADE 1
Substâncias corrosi-
vas: em um laboratório, 
podem existir diversas 
substâncias corrosivas, 
sendo mais usados os 
ácidos, as bases e os 
compostos halogenados. 
Quando o efeito corrosivo 
dessas substâncias atinge 
a pele ou os tecidos vivos, 
o processo é chamado 
de queimadura química. 
Neste processo, há a des-
naturação das proteínas e 
a hidratação, que remove 
a água dos tecidos em 
um processo exotérmico, 
contribuindo para a quei-
madura. As queimaduras 
provocadas podem ser 
extremamente danosas à 
saúde das pessoas, in-
cluindo danos aos olhos, 
trato respiratório e gas-
trointestinal, sendo fatais 
em muitos casos. Alguns 
destes compostos, ao se-
rem manuseados, podem 
liberar vapores corrosivos 
e, para estes casos, de-
vem ser usados os equi-
pamentos de proteção 
adequados para evitar os 
riscos associados a estes 
compostos (MEDEIROS, 
2015, on-line)1.
Substâncias inflamáveis: são aquelas que apresentam o 
ponto de fulgor (menor temperatura, na qual o compos-
to libera uma quantidade suficiente de vapor para for-
mar uma mistura inflamável por uma fonte externa de 
calor na presença de oxigênio). Estes compostos devem 
ser manipulados longe de chamas e em local ventilado 
ou aberto. Podemos citar como exemplos de compostos 
inflamáveis o etanol, o éter etílico, hidrogênio, metano, 
propano, entre outros. Na necessidade de aquecimento 
destes compostos, recomenda-se utilizar o banho-maria, 
nunca bico de gás ou de Bunsen e evitar a chapa elétri-
ca (BESSLER; NEDER, 2011; MEDEIROS, 2015, on-line)2.
Compostos tóxicos: os compostos tóxi-
cos, como o próprio nome diz, são tóxicos 
ao ser humano; dependendo da concen-
tração a que se é exposto, pode ser letal. 
Compostos volá-
teis: são compos-
tos que possuem 
uma alta pressão 
de vapor em con-
dições normais de 
pressão e tempera-
tura, podendo va-
porizar-se em uma 
grande quantidade.Em outras palavras, 
são compostos que 
passam facilmente 
do estado líquido 
para a fase vapor na 
temperatura am-
biente, ou seja, sem 
a necessidade de 
aquecimento. Como 
exemplos destes 
compostos, pode-
mos citar o éter, ál-
cool, acetona, entre 
diversos outros. É 
necessário que esses 
compostos sejam 
mantidos em em-
balagens fechadas 
para que não eva-
porem rapidamente 
para o ambiente. Os 
compostos voláteis 
podem ou não ser 
inflamáveis ou tóxi-
cos, ou seja, tratam-
-se de propriedades 
diferentes. Alguns 
desses compostos 
podem produzir 
intoxicação e efei-
tos adversos sobre 
o sistema nervoso 
(QUIMINAC, [2019], 
on-line)3.
20 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
• Sempre que for efetuar a diluição de um 
ácido concentrado, principalmente o áci-
do sulfúrico, adicione lentamente o ácido 
concentrado sobre a água. Nunca faça o 
contrário (BESSLER; NEDER, 2011). O 
processo inverso pode desprender molé-
culas de gás hidrogênio de forma violenta, 
que podem carregar junto partículas de 
ácidos, podendo atingir sua pele, olhos, 
entre outros.
• Atenção na diluição de substâncias. No 
caso da diluição de ácidos concentrados, 
grande parte dos processos são exotér-
micos, ou seja, liberam calor, deixando os 
recipientes quentes, podendo causar quei-
maduras.
• Na manipulação de frascos de reagentes 
químicos, deixe as tampas voltadas para 
cima para evitar contaminações cruzadas.
• Não deixe frascos de reagentes abertos 
quando não estiverem sendo manipu-
lados. Alguns reagentes são voláteis (se 
desprendem para fase gasosa mesmo na 
temperatura ambiente) e podem perder 
as propriedades desejadas.
• Retire do frasco do reagente somente a 
quantidade que for necessária para a práti-
ca química. Não retorne ao frasco original 
restos de reagentes não utilizados, pois es-
tes podem ser contaminados por vidrarias 
mal lavadas, entre outros.
• Não introduza pipetas, conta-gotas, em 
frascos de reagentes químicos. Para correta 
manipulação, retire a alíquota necessária 
em um recipiente, por exemplo, um bé-
quer, e então realize a transferência para o 
equipamento desejado.
• Identifique os extintores de incêndio pre-
sentes no laboratório. Veja em seu rótulo 
quais as indicações de uso, ou seja, para 
quais tipos de incêndios são destinados.
Principais tipos de extintores
• Pó químico – O princípio de funcionamento é 
o abafamento, retirando o oxigênio próximo 
da combustão, que é necessário para a pro-
pagação do fogo. 
• Gás Carbônico - Esse extintor retira o oxigênio 
e também resfria. Cuidado! Ele é asfixiante. 
• Água - Indicado para incêndios com materiais 
de fácil combustão. Ele pode resfriar e, em 
menor proporção, abafar. Não é indicado para 
equipamentos energizados.
• Espuma mecânica – É capaz de abafar e res-
friar ao mesmo tempo. Sua espuma é capaz 
de formar uma fina camada aquosa sobre a 
superfície, cessando a combustão.
Fonte: adaptado de Mikail (2014, on-line)4.
Tenha sua dose extra de conhecimento assistindo ao vídeo. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
21UNIDADE 1
• Use corretamente os instrumentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC). 
Para saber quais são os aparelhos corretos a serem usados, verifique as fichas de segurança de 
produtos químicos e siga as orientações do Engenheiro de Segurança no Trabalho. 
• Atenção para o uso de lentes de contato. Em geral, não é recomendado o uso no laboratório, 
pois o respingo de produtos químicos nos olhos com lentes pode dificultar a sua retirada dos 
olhos. Elas podem ficar aderidas na retina.
• Não utilize roupas de natureza sintética. Dê preferência para roupas de algodão. Roupas sinté-
ticas, em caso de incêndios, podem ficar aderidas na pele.
• Lave as mãos após encerrar as atividades no laboratório.
• Evite trabalhar sozinho no laboratório. Em caso de acidentes, a pessoa pode ficar inconsciente. 
22 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
Os principais acidentes envolvendo laboratórios 
que fazem a utilização e manipulação de produtos 
químicos são devidos a ferimentos causados pela 
quebra de recipientes de vidro, pelo contato com 
substâncias corrosivas e, também, incêndios com 
líquidos inflamáveis. Desta forma, o trabalho em 
um laboratório químico deve ser cauteloso e todas 
as medidas de segurança, com base nas informa-
ções dos produtos utilizados, devem ser adotadas 
antecipadamente (BESSLER; NEDER, 2011).
Na dúvida se determinada substância pode 
causar danos à sua saúde ou, até mesmo, ao meio 
ambiente, considere que a substância é potencial-
mente perigosa, e evite, dessa forma, o contato di-
reto, ou seja, evite a inalação, a ingestão e o contato 
com os membros do corpo.
Neste ponto, você, aluno(a), deve estar se per-
guntando: “como se precaver de todos os compos-
tos químicos existentes na natureza?”. Esta, real-
mente, é uma pergunta difícil de ser respondida. 
Na tabela periódica, temos mais de 110 elementos 
químicos diferentes. Estes são elementos puros, 
presentes na natureza, que efetuam ligações quí-
micas para atingir a estabilidade, formando uma 
Cuidados na Manipulação 
de Produtos Químicos: FISPQ
23UNIDADE 1
infinidade de outros compostos! Pequenas alterações no produto 
químico promovem grandes mudanças em suas propriedades. 
Para exemplificar que pequenas alterações na estrutura química 
do composto podem provocar grandes mudanças em suas proprie-
dades químicas, podemos citar o exemplo do produto Talidomida. 
Foi descoberto, na década de 60, na Europa, que o uso desse compos-
to, por gestantes, possuía o efeito calmante, tranquilizante e sonífero. 
Muitas gestantes que utilizaram esse composto tiveram bebês com 
membros atrofiados (mãos, pernas, pés). Esse resultado foi devido 
ao uso de compostos que continham um isômero da Talidomida. 
Os dois isômeros desse composto são apresentados a seguir:
(S)- Talidomida
Teratogênico
(R)- Talidomida
Sedativo e 
Hipnótico
Figura 4 - Isômeros da Talidomida
Fonte: o autor.
Os isômeros apresentam a mesma fórmula química, mas podem 
apresentar uma pequena alteração na posição de uma das ligações. A 
(R)-Talidomida possui o efeito tranquilizante, mas a (S)-Talidomida, 
o efeito Teratogênico, responsável por atrofiar os membros do fetos 
das gestantes. A partir de então, o processo de produção foi aprimora-
do para produzir produtos com orientações espaciais bem definidas.
Voltando à nossa pergunta inicial, “como conhecer todas as pro-
priedades, de todos os elementos, para que possamos nos proteger 
de possíveis acidentes?” Decorar todas essas informações sobre os 
produtos químicos é difícil e não recomendado. O mais importante 
é sabermos onde conseguir procurar informações confiáveis, que 
nos tragam informações seguras sobre os perigos envolvidos, riscos 
ambientais, riscos de acidentes, entre outros. Neste ponto, caro(a) 
aluno(a), recomendo o uso das Fichas de Segurança de Produtos 
Químicos, que iremos tratar no próximo tópico (ABNT, 2009; SOU-
ZA, 2016, on-line)5.
24 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
Fichas de Segurança de 
Produtos Químicos (FISPQ)
De acordo com o Conselho Regional de Química 
– IV Região (SOUZA, 2016, on-line)5, uma das 
formas de obtermos informações confiáveis sobre 
os produtos químicos é pela utilização da FISPQ. 
Essa ficha fornece informações sobre aspectos di-
versos dos produtos químicos, tratando sobre te-
mas relacionados à segurança, à saúde, à proteção 
individual, coletiva, informações toxicológicas, 
disposições em caso de acidentes, entre outras. 
Esse documento, normatizado pela ABNT NBR 
14725, foi elaborado pelo Comitê Brasileiro de 
Química, pela Comissão de Estudo de Informações 
sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente, relacio-
nados a Produtos Químicos. De acordo com esse 
órgão, a FISPQ fornece informações sobre vários 
aspectos de produtos químicos (substâncias ou 
misturas) quanto à proteção, à segurança, à saúde 
e ao meio ambiente. Fornece, também, conheci-
mentos básicos sobre os produtos químicos, re-comendações sobre medidas de proteção e ações 
em situação de emergência. Entre as informações 
prestadas, inclui informações sobre o transporte, 
manuseio, armazenagem e ações de emergência, 
possibilitando, ao usuário, tomar as medidas ne-
cessárias relativas à segurança, à saúde e ao meio 
ambiente. Essa norma constitui parte do esforço 
para a aplicação do Sistema Globalmente Harmo-
nizado (GHS) de informação de segurança de pro-
dutos químicos perigosos, que busca padronizar as 
informações em níveis mundiais.
Em diversos países, essas fichas são tratadas 
como documentos de grande importância, mas, 
no Brasil, em diversos casos, são preparadas por 
empresas apenas para atender as solicitações de 
clientes ou para atender a legislações específicas. 
Nos EUA, por exemplo, um documento semelhan-
te, conhecido por Hazard Communication Stan-
dard, exige o treinamento e a disseminação das 
informações dos produtos químicos manipulados 
pelas pessoas. A desobediência à legislação especí-
fica acarreta em implicações legais e até criminais. 
Neste ponto, futuro(a) Engenheiro(a), reco-
mendo a mudança de paradigmas! Você, futuro(a) 
gestor(a) de processos industriais, laboratoriais, 
entre outros, terá o conhecimento das informações 
disponibilizadas em tais fichas e poderá dissemi-
nar essas informações nos ambientes de trabalho, a 
fim de torná-los mais seguro! Ainda, a partir deste 
ponto, tem a ciência de que existe um documen-
to que pode esclarecer diversas dúvidas sobre os 
produtos químicos de forma confiável e precisa! 
Quanto aos usos, o fornecedor dos produ-
tos químicos tem o dever de manter as FISPQs 
sempre atualizadas, e deve dispor aos usuários a 
edição mais recente. Já o usuário, seja ele da in-
dústria, de laboratórios, centros de pesquisa, dis-
tribuição, dentre outros, deve agir de acordo com 
as instruções nelas prescritas e manter todas as 
outras pessoas informadas dos perigos relevantes 
do local de trabalho. Trata-se de um documento 
obrigatório para comercialização de produtos 
químicos e deve ser disponibilizado para todas 
as pessoas que manipulam os produtos químicos 
(SOUZA, 2016, on-line)5.
Deve constar na FISPQ, obrigatoriamente, 16 
seções, que serão brevemente descritas nos itens 
a seguir:
1. Identificação do produto e da empresa: 
contém informações comerciais do pro-
duto, da empresa fabricante.
2. Identificação de perigos: traz alguns 
perigos mais importantes, como efeitos 
adversos à saúde humana, efeitos ambien-
tais, perigos físico-químicos, visão geral 
sobre emergências e perigos específicos 
para determinados produtos químicos. 
25UNIDADE 1
Neste item, deve constar o diagrama de Hommel – uma 
classificação das substâncias perigosas em sistemas inter-
nacionais de risco. Trata-se de um diagrama visual, para 
facilitar a visualização dos perigos mais importantes, de-
senvolvido pela NFPA (National Fire Protection Agency). 
É apresentado como a figura a seguir:
Reação
Risco de FogoRisco de Vida
4- Mortal
3- Extremamente perigoso
2- Perigoso
1- Pequeno risco
0- Material normal
(ponto de fulgor) 4 - abaixo de 22°C
3 - abaixo de 38°C
2 - abaixo de 94°
1 - acima de 94°
0 - não é in�amável
4- Pode detonar 
3- Choque e calor 
podem detonar
2- Reação Química 
violenta
1- Instável quando 
aquecido
0- Estável
Risco de Vida
Oxidante 
Ácido 
Álcalis
Corrosivo
Não use água
Radioativo
- 0XX
- ACID
- ALK
- CRO
- W
- 
In�amabilidade
Reatividade
Riscos à
Saúde
Riscos
Especí�cos
Figura 5 - Diagrama de Hommel
Fonte: Brainly ([2019], on-line)6.
A cor azul indica os riscos à saúde; a cor vermelha, os riscos de infla-
mabilidade; amarelo, a reatividade, ou seja, se reage facilmente com 
outros produtos; e a cor branca traz algum risco que é específico 
para o produto químico, como radioatividade, corrosividade. Além 
disso, neste diagrama, há uma escala numérica de zero (sem risco) 
a quatro (risco sério ou grave), ou seja, quanto maior o número, 
maior a periculosidade do produto. 
Nesta seção, quando necessário, deve constar, também, os pic-
togramas do perigo, que são imagens visuais que demonstram os 
principais perigos oferecidos pelo produto. 
Gás sob 
pressão
Cuidado
Explosivo
Poluente
In�amável
Perigo
Tóxico
Oxidante
Corrosivo
Figura 6 - Pictogramas do perigo
26 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
3. Composição e informações sobre os 
ingredientes: contém informações sobre 
os produtos. Deve constar o número CAS 
(Chemical Abstracts Service), quando o pro-
duto é puro, ou cada um dos componentes 
presentes, em caso de misturas. O número 
CAS é um identificador numérico que iden-
tifica uma substância. 
4. Medidas de primeiros socorros: contém, 
de forma detalhada, as medidas de primeiros 
socorros no caso de ocorrência de acidentes, 
como ingestão, contato com a pele, olhos e 
ações que devem ser evitadas para prevenção 
de acidentes.
5. Medidas de combate a incêndios: contém 
os meios de extinção de incêndio, que são 
apropriados para casos em que envolva o 
produto químico e, também, outros que não 
são recomendados.
6. Medidas de controle para derramamento 
e vazamentos: informa cuidados pessoais, 
no caso de vazamentos, procedimentos para 
proteger o meio ambiente, procedimentos de 
emergência e, também, métodos de neutra-
lização e descontaminação.
7. Manuseio e Armazenamento: relatam os 
recipientes que são adequados para arma-
zenar o produto químico (que não sofrem 
interações com o produto químico), as 
condições seguras para o armazenamento 
e transporte (temperatura adequada para 
armazenamento).
8. Controle de exposição e proteção indivi-
dual: traz informações sobre a tolerância do 
organismo à exposição desse produto quími-
co e, também, os equipamentos de proteção 
individuais e coletivos que são necessários 
para evitar riscos ou danos à saúde. Esses limi-
tes podem ser regulados por órgãos interna-
cionais, como a American Conference of Go-
vernmental Industrial Hygienists (ACGIH).
9. Propriedades físicas e químicas: aborda 
algumas informações mais detalhadas do 
produto químico, como densidade, visco-
sidade, ponto de ebulição, ponto de fusão, 
inflamabilidade, pH, odor etc.
10. Estabilidade e reatividade: traz questões 
relacionadas à estabilidade do composto 
químico em determinadas condições am-
bientais (como a temperatura ambiente e 
pressão atmosférica), a reatividade com al-
guns outros compostos, as reações químicas 
que podem ocorrer e que são perigosas, as 
condições que devem ser evitadas e, também, 
materiais que são incompatíveis ao produto.
11. Informações toxicológicas: traz informa-
ções, tais como os riscos à saúde propor-
cionados por longa exposição ao produto 
químico, doenças crônicas, entre outros, 
reguladas, por exemplo, pela International 
Agency of Research on Cancer (IARC) e Na-
tional Toxicology Program (NTP).
12. Informações ecológicas: informa sobre o 
impacto ambiental causado pela presença do 
produto químico no meio ambiente e traz 
medidas de controle para eventuais aciden-
tes ambientais.
13. Considerações sobre tratamento e dis-
posição: contém informações sobre os mé-
todos recomendados para o tratamento e a 
disposição final segura do material, minimi-
zando os danos ao meio ambiente.
14. Informações sobre o transporte: traz os 
detalhes sobre as regulamentações nacio-
nais e internacionais para o transporte da 
substância. 
15. Regulamentações: estabelece a legislação 
que é aplicável ao produto químico.
16. Outras informações: apresenta algumas 
informações complementares ou específicas 
para cada produto, além de siglas e biblio-
grafia.
27UNIDADE 1
Assim, aluno(a), identificamos uma fonte segura que nos fornecem 
importantes informações dos produtos químicos, relacionados às 
suas propriedades físico-químicas, segurança, saúde, meio ambiente, 
entre outras. Dentre as informações prestadas, temos o controle à 
exposição, a proteção individual e a proteção coletiva, conforme 
relatado na seção 8 da FISPQ. Nesta seção,foi informado que exis-
tem equipamentos que reduzem a probabilidade de ocorrência de 
acidentes, que estudaremos no próximo tópico.
Neste ponto, caro(a) aluno(a), para exemplificarmos os conteúdos 
relatados sobre a FISPQ, é muito importante um primeiro contato com 
esse documento! É importante para verificarmos como são dispostas 
as informações e nos familiarizarmos com esse tipo de documento. 
Então, como uma tarefa complementar, deixo aqui a recomendação 
de estudo da FISPQ do ácido clorídrico (HCl). Foque principalmente na 
sessão de 3 a 13, atentando-se nas informações que são dispostas.
28 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
A Norma Regulamentadora (NR) n° 6, do Mi-
nistério do Trabalho e do Emprego (MTE), de-
termina que todo e qualquer tipo de empresa é 
obrigada a fornecer aos seus trabalhadores, de 
forma gratuita, os equipamentos de proteção in-
dividual (EPI) e equipamentos de proteção co-
letiva (EPC) adequadas ao risco e em perfeitas 
condições de uso.
Essa mesma regulamentação considera equi-
pamento de proteção individual todo dispositivo 
ou produto de uso individual, utilizado pelo tra-
balhador, destinado à proteção de riscos suscetí-
veis de ameaçar à segurança e a saúde no trabalho.
Considera, ainda, que o equipamento conjuga-
do de proteção individual é todo aquele composto 
por vários dispositivos, que o fabricante tenha 
associado contra um ou mais riscos que possam 
ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis 
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
Já o equipamento de proteção coletiva (EPC) 
trata-se de todo dispositivo, sistema ou produto 
de uso coletivo que é destinado à proteção e pro-
moção da saúde em um ambiente de trabalho. Em 
Equipamentos de 
Proteção Individual 
e Coletiva
29UNIDADE 1
outras palavras, trata-se de um equipamento que 
pode ser utilizado por mais de um trabalhador 
para promover a segurança no local de trabalho 
ou oferece a proteção a um grupo de pessoas.
Cada equipamento de proteção individual 
possui um CA, que é um certificado de apro-
vação, emitido pelo Ministério do Trabalho e Em-
prego, que tem por finalidade avaliar a manter um 
padrão nos equipamentos de proteção. A NR 6 
regulamenta que todos os EPI, de origem nacional 
ou importada, só poderão ser comercializados 
se possuírem o seu respectivo CA. Desta forma, 
este é um critério importante para indicar se o 
aparelho de proteção está capacitado a fornecer 
a proteção que é devida (BLOG SESMT, [2019], 
on-line)7.
A seguir, são relacionados alguns equipamen-
tos de proteção mais comuns nos laboratórios de 
química:
• Óculos de segurança: é um EPI utilizado 
para a proteção dos olhos, podendo ser fa-
bricado por diversos materiais, dentre eles 
acrílico ou plástico rígido. Recomenda-se 
utilizar óculos com proteção lateral, a fim 
de cobrir uma maior região dos olhos. No 
laboratório de química, protege princi-
palmente contra o respingo de produtos 
químicos.
Figura 7 - Óculos de segurança
• Luvas: utilizada para a proteção das mãos 
de agentes corrosivos, cortantes, térmicos e 
biológicos, ou seja, existe um tipo adequa-
do de luva conforme o risco e a atividade 
exercida. Ela pode ser fabricada por diver-
sos materiais, como couro ou algodão, para 
proteção térmica e mecânica; metal para 
proteção de materiais cortantes; e nitrílicas, 
PVC ou látex para a proteção contra rea-
gentes diversos e riscos microbiológicos. 
Figura 8 - Luvas de segurança
• Jalecos ou guarda-pós: recomendado o 
uso de jalecos compridos e mangas com-
pridas para proteção dos membros supe-
riores e corpo. É aconselhado o uso do ja-
leco de algodão, já que os de fibra sintética 
são altamente inflamáveis. É importante o 
uso desse EPI para proteger o corpo contra 
eventuais produtos químicos que, aciden-
talmente, possam entrar em contato com 
o corpo do trabalhador.
Figura 9 - Jaleco
30 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
• Sapatos de segurança: utilizado para a 
proteção dos pés em atividades diversas. 
Para atividades em que há o risco de objetos 
pesados caírem sobre os pés dos trabalha-
dores, é preciso modelos mais reforçados, 
que contenham bicos de aço. Já para a pro-
teção contra reagentes químicos, pode ser 
utilizado sapatos fechados em geral. Para 
ambientes de trabalho úmido e escorrega-
dios, é indicado o uso das botas de PVC.
Figura 10 - Botas de segurança
• Máscara: o uso de máscaras em labora-
tórios de química é muito comum, prin-
cipalmente para usuários de trabalham 
com produtos químicos que são voláteis, 
como ácidos. Para produtos que são tóxi-
cos, devem ser usadas máscaras com car-
vão ativado, presente no refil, que adsorve 
os compostos tóxicos. Em geral, protegem 
os trabalhadores contra a inalação de con-
taminantes gerados por agentes quími-
cos, como poeiras, névoas, fumos, gases 
e vapores.
Figura 11 - Respirador
• Protetores auditivos: utilizado para am-
bientes que têm uma quantidade de ruídos 
maior que os limites de tolerância estipula-
dos por normas regulamentadoras. Podem 
ser tipo de “concha”, “plug”, dentre outros, 
cujo uso depende do nível de ruído ao qual 
o trabalhador está exposto.
Figura 12 - Protetor auricular do tipo “plug”
Em geral, os equipamentos, listados anteriormen-
te, são de uso individual, ou seja, tratam-se de 
EPI’s. Porém, a classificação em ser EPI ou EPC 
deve ser avaliada cautelosamente. Por exemplo, 
uma luva metálica para proteção contra agentes 
cortantes ou de couro para proteção contra quei-
maduras, quando usadas de forma esporádicas, 
pode ser usada por mais de um trabalhador. 
31UNIDADE 1
Os equipamentos de proteção coletiva tra-
tam-se de todos os dispositivos ou sistemas que 
promovem a proteção coletiva, para assegurar a 
integridade física e da saúde de um grupo de traba-
lhadores. São exemplos de equipamentos de prote-
ção coletiva: sinalizações de segurança, proteção de 
partes móveis de máquinas, corrimão de escadas, 
ventilação de locais de trabalho, extintores de in-
cêndio, kit de primeiros socorros, dentre outros.
Nos laboratórios de química, alguns dos prin-
cipais equipamentos de proteção coletiva são:
• Cabines de exaustão química (capela): 
utilizada para manipulação de compos-
tos químicos que desprendem vapores, 
por exemplo os compostos tóxicos, que 
podem causar danos à saúde. Os vapores 
são exauridos para a parte externa, sendo 
destinadas a equipamentos específicos que 
fazem a recuperação deste produto e, pos-
teriormente, tratamento.
Figura 13 - Capela para exaustão de gases
• Cabines para segurança biológica: uti-
lizada para a proteção contra microrganis-
mos que podem causar danos à saúde. O 
sistema de exaustão é projetado de tal forma 
que a corrente de ar não entre em contato 
com o trabalhador que faz uso da capela.
• Manta ou cobertor: utilizada para abafar 
ou envolver a vítima de incêndio, sendo in-
dicada a confecção em lã ou algodão grosso.
• Mangueira de incêndio: utilizada para 
apagar incêndios.
• Dispositivos de pipetagem: utilizados 
para a sucção de pipetas, como os pipe-
tadores automáticos, pera de borracha.
Figura 14 - a) Pipetador tipo pera 
de borracha, b) Pipetador auto-
mático
• Chuveiros de emer-
gência: utilizados 
para remover pro-
dutos químicos que 
possam entrar em 
contato com o corpo 
dos trabalhadores.
Figura 15 - Chuveiro 
de segurança
32 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório
• Lava-olhos: utilizados para lavar os olhos de pessoas que 
possam ter o contato acidental com produtos químicos.
Figura 16 - Lavador de olhos
• Sprinkler: são chuveiros automáticos para a extinção de 
incêndio.
Figura 17 - Sprinkler
• Detectores de gases: detectam a presença de determinados 
tipos de gases (tóxicos, cáusticos, entre outros) e emite avisos 
sonoros para alertar os usuários do laboratório sobre os perigos.
Até então, aluno(a), obtivemos uma visão geral das regras de se-
gurança em um laboratório, que devem ser conhecidas antes de 
se adentrar a esse ambiente, para evitar acidentes. Regras espe-
cíficassurgem da necessidade 
de cada laboratório, de acordo 
com os produtos que são mani-
pulados, grau de periculosida-
de, entre outros. Por exemplo, 
um laboratório que manipula 
materiais que são radioativos, 
existem outras normas que são 
muito específicas para esse tipo 
de aplicação. 
Vislumbramos onde conse-
guir informações importantes 
sobre produtos químicos, quan-
to a aspectos da saúde, seguran-
ça e meio ambiente. Identifica-
mos importantes equipamentos 
que corroboram na minimiza-
ção dos riscos de acidentes e de 
possíveis danos causados por 
estes, os equipamentos de prote-
ção. A escolha do equipamento 
adequado deve ser pautada no 
conhecimento dos riscos, aos 
quais estamos expostos, e esse 
conhecimento, pode ser adqui-
rido pelo uso da FISPQ, que nos 
indicam equipamentos de pro-
teção adequados para cada pro-
duto químico, além de outras 
informações importantes. O 
nosso próximo passo é adentrar 
em um laboratório. Lá, antes de 
iniciarmos algumas aplicações, 
é necessário conhecermos os 
principais equipamentos exis-
tentes e suas funções primor-
diais, que são objetivos de nossa 
próxima unidade. Até lá!
33
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. Antes de entrar em um local que manipula ou armazena produtos químicos, 
é necessário seguir algumas medidas para a garantia da segurança. Cite cinco 
medidas de conduta comuns a laboratórios químicos.
2. A manipulação de produtos químicos, reagentes, vidrarias e equipamentos em 
laboratórios podem causar diversos acidentes. Quais são os acidentes mais 
comuns em laboratórios de manipulação e transporte de produtos químicos?
3. A ficha de segurança no trabalho (FISPQ) traz importantes informações para os 
manipuladores de produtos químicos. Qual é o papel fundamental da FISPQ? 
Complemente sua resposta com, no mínimo, três partes constituintes desse 
documento, comentando sobre cada uma delas.
4. O ácido clorídrico, cuja fórmula é HCl, trata-se de um produto corrosivo e que 
pode causar diversos acidentes e prejuízos à saúde. Qual documento deve ser 
consultado para estabelecer os principais perigos durante a manipulação desse 
reagente? Quais são os EPI’s e EPC’s mais recomendados para evitar acidentes?
34
5. Produtos químicos voláteis que são explosivos podem gerar grandes acidentes 
em ambientes confinados, tais como em um laboratório de transformação 
química ou uma indústria de transformação. Sobre esses conceitos, análise as 
prerrogativas a seguir.
I) Substâncias inflamáveis são compostos que, nas condições normais de tem-
peratura e pressão, podem pegar fogo instantaneamente, devido a pequenas 
perturbações no sistema, tais como passagem de corrente elétrica e aumento 
da temperatura.
II) Toda substância química volátil é explosiva, portanto, deve ser manuseada 
na capela de exaustão química.
III) Temperatura da ignição é a temperatura na qual o líquido passa para a fase 
vapor.
Sobre as afirmações, é correto o que se afirma em:
a) Apenas II.
b) I e II. 
c) Apenas I.
d) I e III.
e) Apenas III.
6. A rotulagem dos produtos químicos é fundamental para a identificação e a se-
gurança no manuseio dos produtos químicos nos laboratórios. Uma alternativa 
é o uso do Diagrama de Perigo, que é um sistema padrão, de fácil reconheci-
mento e entendimento, utilizado para indicar a toxicidade, a inflamabilidade 
e a reatividade de produtos químicos perigosos. Com base nesse diagrama, 
pode-se afirmar que:
a) Os números de 4 a 0 significam o máximo e mínimo de periculosidade. 
b) A reatividade é representada pela cor vermelha. 
c) O risco à saúde é representado pela cor amarela. 
d) A inflamabilidade é representada pela cor azul.
e) A cor branca, quando indicada com o dizer “radioatividade”, indica que o am-
biente é livre contra esse risco.
35
Mister Bean no Laboratório
Um vídeo do Youtube do famoso “Mister Bean” em contato com um laboratório 
químico, realizando procedimentos desconhecidos e os resultados catastróficos, 
explorados de forma cômica, mas que retratam os riscos existentes no labora-
tório ao se manipular compostos dos quais não se tem conhecimento.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.
WEB
https://apigame.unicesumar.edu.br/getlinkidapp/3/387
36
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-14.725: Produtos químicos: informações sobre segu-
rança, saúde e meio ambiente. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
ABREU, D. G.; SILVA, G. M. Química básica experimental. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016.
BESSLER, K. E.; NEDER, A. V. F. Química em tubos de ensaio: uma abordagem para principiantes. São Paulo: 
Blucher, 2011.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 06 – Equipamento de proteção individual – EPI. Brasília: 
Ministério do Trabalho e Emprego, 2001. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/
NR/NR6.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.
FONSECA, M. G.; BRASILINO, M. G. A. Química básica experimental. Universidade Federal da Paraíba, 
João Pessoa, 2007.
MARTINS, G. A. V. et al. Laboratório de química geral experimental. Universidade de Brasília. Brasília, 2013.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: <https://quiprocura.net/w/2015/10/06/laboratorio-substancias-corrosivas/#inline_content>. Acesso em: 
29 mar. 2019.
2Em: <https://quiprocura.net/w/2015/10/06/laboratorio-compostos-inflamaveis/>. Acesso em: 29 mar. 2019. 
3Em: <https://www.quiminac.com.br/site/compostos-organicos-volateis/>. Acesso em: 29 mar. 2019.
4Em: <https://engenharia360.com/voce-sabe-para-que-serve-cada-tipo-de-extintor/>. Acesso em: 06 mar. 2020.
5Em: <https://www.crq4.org.br/informativomat_354>. Acesso em: 29 mar. 2019. 
6Em: <https://brainly.com.br/tarefa/2566585>. Acesso em: 29 mar. 2019.
7Em: <http://www.sesmt.com.br/ConsultaCA>. Acesso em: 29 mar. 2019.
37
1. Vista-se com roupas e calçados adequados (fechados). Cabelos compridos devem ser mantidos presos. 2. 
Não se deve comer ou beber em um laboratório. Os alimentos podem ser contaminados, por exemplo, por 
vapores tóxicos, podendo prejudicar a saúde dos trabalhadores. 3. Evite o contato de qualquer substância 
com a sua pele. Evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e ouvidos. Caso alguma substância química 
respingue em sua pele, deve ser lavada imediatamente a área afetada com água em abundância. 4. Todos 
os procedimentos que envolvam a liberação de vapores, corrosivos, tóxicos ou inflamáveis devem ser 
realizados na capela de exaustão. 5. Não utilize roupas de natureza sintética. De preferência para roupas 
de algodão. Roupas sintéticas, em caso de incêndios, podem ficar aderidas na pele.
2. Os principais acidentes que são presentes em laboratórios, que fazem a utilização e manipulação de pro-
dutos químicos, são devidos a ferimentos causados pela quebra de recipientes de vidro, pelo contato com 
substâncias corrosivas e, também, incêndios com líquidos inflamáveis.
3. Essa ficha fornece informações sobre aspectos diversos dos produtos químicos, tratando sobre temas 
relacionados à segurança, à saúde, à proteção individual, coletiva, informações toxicológicas, disposições 
em caso de acidentes, entre outras. Entre as informações prestadas, inclui informações sobre o transporte, 
manuseio, armazenagem e ações de emergência, possibilitando ao usuário tomar as medidas necessá-
rias relativas à segurança, saúde e meio ambiente. Entre as seções presentes, pode-se destacar: Seção 2: 
identificação de perigos: traz alguns perigos mais importantes, como efeitos adversos à saúde humana, 
efeitos ambientais, perigos físico-químicos, visão geral sobre emergências e consta perigos específicos para 
determinados produtos químicos. Seção 4: medidas de primeiros socorros: contém, de forma detalhada, 
as medidas de primeiros socorros no caso de ocorrência de acidentes, como ingestão, contato com a pele, 
olhos e ações que devem ser evitadas para prevenção de acidentes. Seção 8: controle de exposição e pro-
teção individual: traz informações sobre a tolerância do organismo à exposição deste produto químico e, 
também, os equipamentosde proteção individuais e coletivos que são necessários para evitar riscos ou 
danos à saúde.
4. Deve ser consultada a Ficha de Segurança de Produto Químico (FISPQ) deste reagente. De acordo com esse 
documento, trata-se de um produto corrosivo. Se ingerido, pode causar queimaduras no trato gastrointes-
tinal. Se inalado, pode causar danos ao sistema respiratório. Em contato com a pele e os olhos, pode causar 
queimaduras graves. Para reduzir os riscos de acidente, de acordo com a FISPQ, para a proteção respirató-
ria, deve ser utilizado máscara (facial inteira ou semi-facial) com filtro contra gases ácidos, máscara facial 
inteira com linha de ar ou conjunto autônomo de ar respirável. Para a proteção das mãos, deve ser usada 
luvas de borracha nitrílica, látex ou PVC impermeáveis e resistentes a rasgos e perfurações, de neoprene 
ou PVC. Para a proteção dos olhos, devem-se usar óculos de segurança tipo ampla visão. Para a proteção 
da pele, deve-se utilizar macacão de mangas compridas, impermeável e botas de PVC. Em relação a pro-
teção coletiva (EPC), deve-se assegurar ventilação adequada no local de trabalho, providenciar ventilação 
exaustora onde os processos exigirem, chuveiros de emergência e lava olhos próximos ao local de trabalho. 
5. C.
6. A.
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