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Química Experimental Me. Thiago Baldasso de Godoi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; GODOI, Thiago. Química Experimental. Thiago Baldasso de Godoi. Maringá-PR.: Unicesumar, 2019. 272 p. “Graduação - EAD”. 1. Química. 2. Experimental. 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1956-8 CDD - 22 ed. 540 CIP - NBR 12899 - AACR/2 NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação CEP 87050-900 - Maringá - Paraná unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Impresso por: DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de Permanência Leonardo S paine; Diretoria de Design Educacional Débora L eite; Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho; Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros; Head de Curadoria e Inovação Ta nia Cristiane Yoshie Fukushima; Gerência de Projetos Especiais Daniel F. Hey; Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria Carolina Abdalla Normann de Freitas; Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo; Supervisão de Projetos Especiais Yasminn Talyta Tavares Zagonel; Projeto Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães Cripaldi; Fotos Shutterstock Coordenador de Conteúdo Crislaine Rodrigues Galan e Fabio Augusto Gentilin. Designer Educacional Janaína de Souza Pontes e Yasminn Talyta Tavares Zagonel. Revisão Textual Érica Fernanda Ortega. Editoração Isabela M. Belido. Ilustração Mateus Calmon. Realidade Aumentada Kleber Ribeiro, Leandro Naldei e Thiago Surmani. PALAVRA DO REITOR Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha- mos com princípios éticos e profissionalismo, não somente para oferecer uma educação de qualida- de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo- -nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo- cional e espiritual. Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Produzimos e revi- samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil. A rapidez do mundo moderno exige dos educadores soluções inteligentes para as ne- cessidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, coragem e compromisso com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância. Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. Vamos juntos! BOAS-VINDAS Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co- munidade do Conhecimento. Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu- nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ- mico, renovável em minutos, atemporal, global, democratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. De fato, as tecnologias de informação e comu- nicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da educação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace- leraram a informação e a produção do conheci- mento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos. A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. Então, prio- rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a so- ciedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe- lecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa- nhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, contribuindo no processo educa- cional, complementando sua formação profis- sional, desenvolvendo competências e habilida- des, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu- deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza- gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren- dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili- dade e segurança sua trajetória acadêmica. APRESENTAÇÃO Este livro foi preparado com o objetivo de apresentar conceitos básicos sobre a Química Experimental para você, aluno(a) de Engenharia. Dian- te de todos os assuntos a serem abordados ao longo das nove unidades, nosso maior objetivo é, além do conhecimento, ajudá-lo(a) a responder um questionamento que se possa fazer a respeito dessa disciplina: por que estudar a Química Experimental? Onde é usada essa ciência? Para respon- der a esses questionamentos, ao longo do livro, buscamos contextualizar os conceitos teóricos com aplicações práticas inerentes à rotina profissional de um Engenheiro. A Química, sem sombra de dúvidas, está presente em nossas vidas. Nos alimentamos de química, produzimosenergia em nosso corpo por meca- nismos químicos, geramos energia com auxílio da química. É impossível nos desvincularmos dessa importante ciência. Em nível atômico, por exemplo, entendemos que as moléculas perdem/ganham elétrons durante a ocorrên- cia de uma reação química, mas isso nos parecia uma realidade um pouco distante. Porém, se imaginarmos que a transferência de elétrons nos permite degustar um bom vinho, perceberemos que não é uma realidade tão obscura. As reações químicas, em que os elétrons são compartilhados em nível mole- cular, nos permitem produzir produtos indispensáveis à manutenção da vida. Para o entendimento da Química Experimental, reunimos conceitos básicos da Química, da Física, da Matemática, até mesmo da Biologia. Os conteúdos aprendidos outrora não são desconexos com esta disciplina. Lembrando, sempre, que na vida, o conhecimento nunca se perde, ele se transforma! Há uma vasta gama de possibilidades, experimentos, reações existentes nesta área e, para descrever todas, precisaríamos de diversos livros destes e, em um curto período de tempo, seria impraticável. Desta forma, não busca- mos formar especialistas neste conteúdo, queremos formar pesquisadores, pessoas que detêm o conhecimento básico e que são capazes de aprofundar o conhecimento na área específica em que irá atuar. E, para isso, iremos estudar algumas aplicações que nos permitirão formar um conhecimento geral de um ambiente laboratorial e industrial. O conteúdo deste livro foi distribuído em função de sua importância no aprendizado de futuros engenheiros. Por esse motivo, iniciamos o estudo que precede qualquer outro assunto dentro de um laboratório ou de uma indústria: a segurança. Este conteúdo, embora seja abordado na Unidade 1, nos acompanhará não apenas em nossa disciplina, mas em toda nossa trajetória profissional. Em seguida, trataremos dos principais utensílios e equipamentos existentes em um laboratório, processo de calibração, obtenção e manipulação de me- didas experimentais. Abordaremos assuntos referentes à padronização de um trabalho realizado em um laboratório, por meio de relatórios técnicos, a disposição dos números, sua precisão e exatidão. Antes de iniciar as dis- cussões sobre as transformações químicas, veremos algumas das principais propriedades físicas atreladas a esses compostos, que auxiliam no processo de separação de misturas. Dentre as transformações físicas e químicas da matéria, entenderemos os conceitos de equações químicas, velocidades de reações, estequiometria, evidências de transformações físicas e químicas, o conceito de soluções e dissoluções, concentrações, entre outros. Por fim, vislumbraremos um tipo especial de reação química, as reações de oxir- redução, importantes na eletroquímica e na produção de energia elétrica. Convido-o(a) a participar desta experiência no conhecimento das opera- ções básicas que ocorrem em um laboratório. CURRÍCULO DOS PROFESSORES Me. Thiago Baldasso de Godoi Possui mestrado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (2016), pós-graduação em Engenharia de Produção pela Unicesumar (2013) e graduação em Enge- nharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (2009). Atualmente, é é supervisor operacional de ensino da Unicesumar (EaD) . Currículo Lattes disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4258694E9>. Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório 13 Principais Equipamentos e Utensílios de um Laboratório 39 Manipulação de Dados e Medidas Experimentais 67 Densidade e Viscosidade Transformações da Matéria 103 135 Misturas e Técnicas de Separação 159 Soluções Velocidade de reações químicas 225 Eletroquímica 247 195 47 Condensador 166 Molécula de água 202 Acerto do menisco do balão volumétrico Utilize o aplicativo Unicesumar Experience para visualizar a Realidade Aumentada. 253 Pilha galvânica PLANO DE ESTUDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Me. Thiago Baldasso de Godoi • Conhecer as normas gerais de conduta e segurança em laboratórios. • Compreender as informações dispostas nas fichas de se- gurança de produtos químicos (FISPQ). • Conhecer os equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs) utilizados em um laboratório. Regras Gerais Cuidados na Manipulação de Produtos Químicos: FISPQ Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório Regras Gerais Olá, caro(a) aluno(a)! Estamos iniciando o nos- so curso de Química Experimental. Gostaria de salientar o que pretendemos com este curso: entender conceitos básicos que nos geram as bases para o trabalho no laboratório. Em la- boratórios de química experimental, há uma infinita variedade de análises laboratoriais. Há análises específicas para o setor farmacêutico, químico, de combustíveis, eletrônico, da cons- trução civil, do ramo alimentício, siderúrgico, ambiental, entre outros! Conhecer na prática todas estas análises é im- possível, em um curto espaço de tempo. Porém, grande parte dessas práticas, além do uso de equi- pamentos específicos, fazem o uso de aparelhos básicos e comuns existentes em laboratórios. As- sim, iremos, a partir de então, verificar algumas práticas simples, comuns em laboratórios, que nos forneça as bases da química experimental, tais como medidas de segurança em laboratórios, 15UNIDADE 1 principais equipamentos existentes, propriedades químicas e físicas dos materiais, transformações físicas e químicas, soluções, entre outras. Assim, proveremo-nos das bases da química experimen- tal e estaremos munidos de informações que nos possibilitam a pesquisa e o aprofundamento dos conceitos quando formos solicitados em áreas específicas de nossa trajetória profissional. Vamos lá? Antes de adentrarmos em um laboratório, é muito importante que conheçamos algumas das principais regras de conduta e segurança comuns, existentes em diversos laboratórios de manipulação de produtos químicos. Assim, o objetivo principal desta unidade é fornecer, para você, as principais regras a serem seguidas no laboratório, algumas medidas de seguran- ça comumente adotadas por grande parte dos laboratórios, conhecer equipamentos que nos auxiliam em nossa proteção, preservando nossa integridade física e saúde. Ao tratarmos da segurança em laboratórios, é necessário ter o conhecimento prévio sobre algu- mas substâncias químicas, conceitos que aprende- mos na disciplina de Química Geral e Inorgânica. Dessa forma, caro(a) aluno(a), os conteúdos não são desconexos. É uma ponte entre as disciplinas! Alguns dos conceitos teóricos aprendidos lá, iremos aplicar aqui. Contudo, antes de qualquer aplicação, a regra número zero, em qualquer laboratório ou am- biente industrial, é a garantia da nossa segurança! Vale lembrar que um laboratório parece ser um ambiente pequeno e limitado; porém, ele é um protótipo da indústria de transformação. As transformações químicas realizadas em grande escala, em uma indústria, são realizadas em pe- quenas escalas em um laboratório, desta forma, os conceitos que iremos aprender serão muito utilizados para quando necessitarmos trabalhar em um ambiente industrial. De acordo com Bessler e Neder (2011), o la- boratório é um dos principais locais de trabalho para profissionais da química que atuam na in- dústria de manipulação, de transformação, de análise, entre outros que manipulam ou estocam produtos químicos. Ao entrar em um laboratório de química, caro(a) aluno(a), você deve considerar que os produtos existentes podem ser inflamá- veis, explosivos, corrosivos e, até mesmo, tóxicos, devendo-se evitar o contato com substâncias das quais não temos o devido conhecimento. Assim, a manipulação de produtos químicos, recipientes frágeis (vidros) e superfícies aquecidas geram os fatores capazes de causar acidentes, com danos leves e graves à nossa saúde e, também, de todas as pessoas que trabalham nesse espaço, podendo afetar,inclusive, ao meio ambiente. O risco existente na manipulação de produtos químicos, em muitos casos, não é visível ou apa- rente. Vidrarias, que se encontram quentes, não apresentam uma característica diferenciada, sen- do que pessoas desavisadas podem sofrer danos, como queimaduras. Contudo, mesmo substâncias que visualmente parecem ser inofensivas, como o caso de substâncias inodoras (sem cheiro) ou in- colores, quando inaladas ou por meio do contato físico, podem ocasionar doenças nos trabalhado- res desprotegidos. 16 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório De acordo com Bessler e Neder (2011), os principais acidentes em laboratórios de quí- mica devem-se a ferimentos que são causados por vidros quebrados, pelo contato direto com substâncias cáusticas, incêndios com líquidos inflamáveis e, até mesmo, explosões. Ainda de acordo com os autores, no caso de acidentes, o responsável pelo laboratório deve proceder ade- quadamente, com o intuito de minimizar suas consequências. Deste modo, antes de adentrar neste tipo de ambiente, deve-se conhecer previamente os riscos a que se estará exposto. Estes riscos estão associa- dos a essa atividade laboral e se deve ao fato dos indivíduos ficarem constantemente expostos a situações potencialmente perigosas. Com o intuito de diminuir a frequência e a gravidade com que esses acidentes ocorrem, é ex- tremamente necessário o atendimento de uma série de normas que podem ser preestabelecidas por Engenheiros de Segurança no Trabalho (para o atendimento da legislação nacional e/ou inter- nacional) ou por conhecedores técnicos desse assunto. Elas são específicas para cada tipo de la- boratório, ou seja, depende do ramo de ativida- de, dos produtos químicos manipulados, das leis trabalhistas, entre outros. De forma geral, desta- cam-se algumas medidas comuns aos laboratórios de química, sendo elas (BESSLER; NEDER, 2011; FONSECA; BRASILINO, 2007; MARTINS et al., 2013; ABREU, 2016): • O laboratório de química envolve diversos riscos, então se deve trabalhar com aten- ção, calma e prudência. • Verifique o local e o funcionamento dos dispositivos de segurança do laboratório, tais como: extintores de incêndio, chuvei- ros de emergência, lavadores de olhos e saída de emergências. Crie registros para checagem periódica do funcionamento desses equipamentos. • Vista-se com roupas e calçados adequados (fechados). Cabelos compridos devem ser mantidos presos. • Todas as substâncias, sem prévio conhe- cimento, devem ser consideradas nocivas e perigosas. Evite o contato direto e nunca faça a mistura de reagentes dos quais não tenha o devido conhecimento. • Não se deve comer ou beber em um labo- ratório. Os alimentos podem ser contami- nados, por exemplo, por vapores tóxicos, podendo prejudicar a saúde dos trabalha- dores. • Mantenha sua bancada de trabalho orga- nizada e limpa. • Se algum produto químico for acidental- mente derramado, deve-se verificar nas fi- chas de segurança de produtos químicos (FISPQ) sobre os procedimentos corretos a serem adotados. • Todos os colaboradores do laboratório de- vem ter acesso às FISPQ dos produtos quí- micos manipulados antes de iniciar suas atividades, e estas devem ser dispostas em locais de fácil acesso para todos. • Não descarte as substâncias químicas já utilizadas, na pia ou esgoto. Consulte a fi- cha de segurança de produtos químicos, sobre a maneira correta de se fazer o des- carte ou as orientações de conhecedores e técnicos da área de segurança, sobre as medidas para descarte. Lembre-se que du- rante o descarte, se houver a mistura de reagentes químicos incompatíveis, podem ocorrer acidentes, explosões, entre outros. • Evite o contato de qualquer substância com a sua pele. Evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e ouvidos. Caso alguma substância química respingue em sua pele, deve ser lavada imediatamente a área afe- tada com água em abundância. 17UNIDADE 1 • A manipulação de produtos químicos e tóxicos deve ser cautelosa, preferencialmente, no caso de manipulação de ácidos, bases concentrados e produtos tóxicos. • Tenha cuidado no manuseio e transporte de vidrarias. Peças de vidro quebradas podem causar sérios acidentes. • Nunca tente saber o sabor de um produto químico. • Quando houver a necessidade de se detectar o desprendimento de gases pelos produtos químicos ou reações químicas, nunca coloque seu rosto próximo ao frasco ou recipiente que contém o produto. Desloque, com sua mão, os vapores desprendidos em direção ao seu nariz. Só realize esta operação de for extremamente necessário e se houver conhecimento das propriedades toxicológicas dos gases desprendidos, que podem ser encontradas na FISPQ. Figura 1 – Odor de compostos químicos • Não deixe materiais e vidrarias quentes sem mensagens de advertência. Outros colaboradores podem pegá-los inadver- tidamente, podendo causar queimaduras, quebras e corte de membros. • Certificar-se de que a válvula de segurança do gás metano está fechada quando não estiver utilizando esse produto. • Os reagentes inflamáveis devem ser ma- nipulados longe de fontes de ignição, tais como: tomadas, bico de Bunsen, fogo, en- tre outros. • Ao realizar aquecimento de tubos de en- saio em bico de Bunsen, realizar esse aque- cimento pela lateral da parede do tubo, e não pelo fundo, para promover um aque- cimento uniforme. Não deixe a boca do tubo voltado para seu rosto, pois o des- prendimento de produtos químicos pode causar acidentes. 18 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório • Existem diversos frascos de reagentes químicos semelhantes. Certifique-se de utilizar o reagente correto pela identifica- ção do rótulo do frasco. Despeje o líquido presente no frasco com a parte oposta do rótulo para não inutilizá-lo (escorrer sobre o rótulo) e prejudicar na identificação do produto químico. • Todos os procedimentos que envolvam a liberação de vapores, sejam eles voláteis, corrosivos, tóxicos ou inflamáveis, devem ser realizados na capela de exaustão. Figura 2– Aquecimento de tubo de ensaio Figura 3 - Capela de Exaustão 19UNIDADE 1 Substâncias corrosi- vas: em um laboratório, podem existir diversas substâncias corrosivas, sendo mais usados os ácidos, as bases e os compostos halogenados. Quando o efeito corrosivo dessas substâncias atinge a pele ou os tecidos vivos, o processo é chamado de queimadura química. Neste processo, há a des- naturação das proteínas e a hidratação, que remove a água dos tecidos em um processo exotérmico, contribuindo para a quei- madura. As queimaduras provocadas podem ser extremamente danosas à saúde das pessoas, in- cluindo danos aos olhos, trato respiratório e gas- trointestinal, sendo fatais em muitos casos. Alguns destes compostos, ao se- rem manuseados, podem liberar vapores corrosivos e, para estes casos, de- vem ser usados os equi- pamentos de proteção adequados para evitar os riscos associados a estes compostos (MEDEIROS, 2015, on-line)1. Substâncias inflamáveis: são aquelas que apresentam o ponto de fulgor (menor temperatura, na qual o compos- to libera uma quantidade suficiente de vapor para for- mar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor na presença de oxigênio). Estes compostos devem ser manipulados longe de chamas e em local ventilado ou aberto. Podemos citar como exemplos de compostos inflamáveis o etanol, o éter etílico, hidrogênio, metano, propano, entre outros. Na necessidade de aquecimento destes compostos, recomenda-se utilizar o banho-maria, nunca bico de gás ou de Bunsen e evitar a chapa elétri- ca (BESSLER; NEDER, 2011; MEDEIROS, 2015, on-line)2. Compostos tóxicos: os compostos tóxi- cos, como o próprio nome diz, são tóxicos ao ser humano; dependendo da concen- tração a que se é exposto, pode ser letal. Compostos volá- teis: são compos- tos que possuem uma alta pressão de vapor em con- dições normais de pressão e tempera- tura, podendo va- porizar-se em uma grande quantidade.Em outras palavras, são compostos que passam facilmente do estado líquido para a fase vapor na temperatura am- biente, ou seja, sem a necessidade de aquecimento. Como exemplos destes compostos, pode- mos citar o éter, ál- cool, acetona, entre diversos outros. É necessário que esses compostos sejam mantidos em em- balagens fechadas para que não eva- porem rapidamente para o ambiente. Os compostos voláteis podem ou não ser inflamáveis ou tóxi- cos, ou seja, tratam- -se de propriedades diferentes. Alguns desses compostos podem produzir intoxicação e efei- tos adversos sobre o sistema nervoso (QUIMINAC, [2019], on-line)3. 20 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório • Sempre que for efetuar a diluição de um ácido concentrado, principalmente o áci- do sulfúrico, adicione lentamente o ácido concentrado sobre a água. Nunca faça o contrário (BESSLER; NEDER, 2011). O processo inverso pode desprender molé- culas de gás hidrogênio de forma violenta, que podem carregar junto partículas de ácidos, podendo atingir sua pele, olhos, entre outros. • Atenção na diluição de substâncias. No caso da diluição de ácidos concentrados, grande parte dos processos são exotér- micos, ou seja, liberam calor, deixando os recipientes quentes, podendo causar quei- maduras. • Na manipulação de frascos de reagentes químicos, deixe as tampas voltadas para cima para evitar contaminações cruzadas. • Não deixe frascos de reagentes abertos quando não estiverem sendo manipu- lados. Alguns reagentes são voláteis (se desprendem para fase gasosa mesmo na temperatura ambiente) e podem perder as propriedades desejadas. • Retire do frasco do reagente somente a quantidade que for necessária para a práti- ca química. Não retorne ao frasco original restos de reagentes não utilizados, pois es- tes podem ser contaminados por vidrarias mal lavadas, entre outros. • Não introduza pipetas, conta-gotas, em frascos de reagentes químicos. Para correta manipulação, retire a alíquota necessária em um recipiente, por exemplo, um bé- quer, e então realize a transferência para o equipamento desejado. • Identifique os extintores de incêndio pre- sentes no laboratório. Veja em seu rótulo quais as indicações de uso, ou seja, para quais tipos de incêndios são destinados. Principais tipos de extintores • Pó químico – O princípio de funcionamento é o abafamento, retirando o oxigênio próximo da combustão, que é necessário para a pro- pagação do fogo. • Gás Carbônico - Esse extintor retira o oxigênio e também resfria. Cuidado! Ele é asfixiante. • Água - Indicado para incêndios com materiais de fácil combustão. Ele pode resfriar e, em menor proporção, abafar. Não é indicado para equipamentos energizados. • Espuma mecânica – É capaz de abafar e res- friar ao mesmo tempo. Sua espuma é capaz de formar uma fina camada aquosa sobre a superfície, cessando a combustão. Fonte: adaptado de Mikail (2014, on-line)4. Tenha sua dose extra de conhecimento assistindo ao vídeo. Para acessar, use seu leitor de QR Code. 21UNIDADE 1 • Use corretamente os instrumentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC). Para saber quais são os aparelhos corretos a serem usados, verifique as fichas de segurança de produtos químicos e siga as orientações do Engenheiro de Segurança no Trabalho. • Atenção para o uso de lentes de contato. Em geral, não é recomendado o uso no laboratório, pois o respingo de produtos químicos nos olhos com lentes pode dificultar a sua retirada dos olhos. Elas podem ficar aderidas na retina. • Não utilize roupas de natureza sintética. Dê preferência para roupas de algodão. Roupas sinté- ticas, em caso de incêndios, podem ficar aderidas na pele. • Lave as mãos após encerrar as atividades no laboratório. • Evite trabalhar sozinho no laboratório. Em caso de acidentes, a pessoa pode ficar inconsciente. 22 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório Os principais acidentes envolvendo laboratórios que fazem a utilização e manipulação de produtos químicos são devidos a ferimentos causados pela quebra de recipientes de vidro, pelo contato com substâncias corrosivas e, também, incêndios com líquidos inflamáveis. Desta forma, o trabalho em um laboratório químico deve ser cauteloso e todas as medidas de segurança, com base nas informa- ções dos produtos utilizados, devem ser adotadas antecipadamente (BESSLER; NEDER, 2011). Na dúvida se determinada substância pode causar danos à sua saúde ou, até mesmo, ao meio ambiente, considere que a substância é potencial- mente perigosa, e evite, dessa forma, o contato di- reto, ou seja, evite a inalação, a ingestão e o contato com os membros do corpo. Neste ponto, você, aluno(a), deve estar se per- guntando: “como se precaver de todos os compos- tos químicos existentes na natureza?”. Esta, real- mente, é uma pergunta difícil de ser respondida. Na tabela periódica, temos mais de 110 elementos químicos diferentes. Estes são elementos puros, presentes na natureza, que efetuam ligações quí- micas para atingir a estabilidade, formando uma Cuidados na Manipulação de Produtos Químicos: FISPQ 23UNIDADE 1 infinidade de outros compostos! Pequenas alterações no produto químico promovem grandes mudanças em suas propriedades. Para exemplificar que pequenas alterações na estrutura química do composto podem provocar grandes mudanças em suas proprie- dades químicas, podemos citar o exemplo do produto Talidomida. Foi descoberto, na década de 60, na Europa, que o uso desse compos- to, por gestantes, possuía o efeito calmante, tranquilizante e sonífero. Muitas gestantes que utilizaram esse composto tiveram bebês com membros atrofiados (mãos, pernas, pés). Esse resultado foi devido ao uso de compostos que continham um isômero da Talidomida. Os dois isômeros desse composto são apresentados a seguir: (S)- Talidomida Teratogênico (R)- Talidomida Sedativo e Hipnótico Figura 4 - Isômeros da Talidomida Fonte: o autor. Os isômeros apresentam a mesma fórmula química, mas podem apresentar uma pequena alteração na posição de uma das ligações. A (R)-Talidomida possui o efeito tranquilizante, mas a (S)-Talidomida, o efeito Teratogênico, responsável por atrofiar os membros do fetos das gestantes. A partir de então, o processo de produção foi aprimora- do para produzir produtos com orientações espaciais bem definidas. Voltando à nossa pergunta inicial, “como conhecer todas as pro- priedades, de todos os elementos, para que possamos nos proteger de possíveis acidentes?” Decorar todas essas informações sobre os produtos químicos é difícil e não recomendado. O mais importante é sabermos onde conseguir procurar informações confiáveis, que nos tragam informações seguras sobre os perigos envolvidos, riscos ambientais, riscos de acidentes, entre outros. Neste ponto, caro(a) aluno(a), recomendo o uso das Fichas de Segurança de Produtos Químicos, que iremos tratar no próximo tópico (ABNT, 2009; SOU- ZA, 2016, on-line)5. 24 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório Fichas de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) De acordo com o Conselho Regional de Química – IV Região (SOUZA, 2016, on-line)5, uma das formas de obtermos informações confiáveis sobre os produtos químicos é pela utilização da FISPQ. Essa ficha fornece informações sobre aspectos di- versos dos produtos químicos, tratando sobre te- mas relacionados à segurança, à saúde, à proteção individual, coletiva, informações toxicológicas, disposições em caso de acidentes, entre outras. Esse documento, normatizado pela ABNT NBR 14725, foi elaborado pelo Comitê Brasileiro de Química, pela Comissão de Estudo de Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente, relacio- nados a Produtos Químicos. De acordo com esse órgão, a FISPQ fornece informações sobre vários aspectos de produtos químicos (substâncias ou misturas) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. Fornece, também, conheci- mentos básicos sobre os produtos químicos, re-comendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. Entre as informações prestadas, inclui informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência, possibilitando, ao usuário, tomar as medidas ne- cessárias relativas à segurança, à saúde e ao meio ambiente. Essa norma constitui parte do esforço para a aplicação do Sistema Globalmente Harmo- nizado (GHS) de informação de segurança de pro- dutos químicos perigosos, que busca padronizar as informações em níveis mundiais. Em diversos países, essas fichas são tratadas como documentos de grande importância, mas, no Brasil, em diversos casos, são preparadas por empresas apenas para atender as solicitações de clientes ou para atender a legislações específicas. Nos EUA, por exemplo, um documento semelhan- te, conhecido por Hazard Communication Stan- dard, exige o treinamento e a disseminação das informações dos produtos químicos manipulados pelas pessoas. A desobediência à legislação especí- fica acarreta em implicações legais e até criminais. Neste ponto, futuro(a) Engenheiro(a), reco- mendo a mudança de paradigmas! Você, futuro(a) gestor(a) de processos industriais, laboratoriais, entre outros, terá o conhecimento das informações disponibilizadas em tais fichas e poderá dissemi- nar essas informações nos ambientes de trabalho, a fim de torná-los mais seguro! Ainda, a partir deste ponto, tem a ciência de que existe um documen- to que pode esclarecer diversas dúvidas sobre os produtos químicos de forma confiável e precisa! Quanto aos usos, o fornecedor dos produ- tos químicos tem o dever de manter as FISPQs sempre atualizadas, e deve dispor aos usuários a edição mais recente. Já o usuário, seja ele da in- dústria, de laboratórios, centros de pesquisa, dis- tribuição, dentre outros, deve agir de acordo com as instruções nelas prescritas e manter todas as outras pessoas informadas dos perigos relevantes do local de trabalho. Trata-se de um documento obrigatório para comercialização de produtos químicos e deve ser disponibilizado para todas as pessoas que manipulam os produtos químicos (SOUZA, 2016, on-line)5. Deve constar na FISPQ, obrigatoriamente, 16 seções, que serão brevemente descritas nos itens a seguir: 1. Identificação do produto e da empresa: contém informações comerciais do pro- duto, da empresa fabricante. 2. Identificação de perigos: traz alguns perigos mais importantes, como efeitos adversos à saúde humana, efeitos ambien- tais, perigos físico-químicos, visão geral sobre emergências e perigos específicos para determinados produtos químicos. 25UNIDADE 1 Neste item, deve constar o diagrama de Hommel – uma classificação das substâncias perigosas em sistemas inter- nacionais de risco. Trata-se de um diagrama visual, para facilitar a visualização dos perigos mais importantes, de- senvolvido pela NFPA (National Fire Protection Agency). É apresentado como a figura a seguir: Reação Risco de FogoRisco de Vida 4- Mortal 3- Extremamente perigoso 2- Perigoso 1- Pequeno risco 0- Material normal (ponto de fulgor) 4 - abaixo de 22°C 3 - abaixo de 38°C 2 - abaixo de 94° 1 - acima de 94° 0 - não é in�amável 4- Pode detonar 3- Choque e calor podem detonar 2- Reação Química violenta 1- Instável quando aquecido 0- Estável Risco de Vida Oxidante Ácido Álcalis Corrosivo Não use água Radioativo - 0XX - ACID - ALK - CRO - W - In�amabilidade Reatividade Riscos à Saúde Riscos Especí�cos Figura 5 - Diagrama de Hommel Fonte: Brainly ([2019], on-line)6. A cor azul indica os riscos à saúde; a cor vermelha, os riscos de infla- mabilidade; amarelo, a reatividade, ou seja, se reage facilmente com outros produtos; e a cor branca traz algum risco que é específico para o produto químico, como radioatividade, corrosividade. Além disso, neste diagrama, há uma escala numérica de zero (sem risco) a quatro (risco sério ou grave), ou seja, quanto maior o número, maior a periculosidade do produto. Nesta seção, quando necessário, deve constar, também, os pic- togramas do perigo, que são imagens visuais que demonstram os principais perigos oferecidos pelo produto. Gás sob pressão Cuidado Explosivo Poluente In�amável Perigo Tóxico Oxidante Corrosivo Figura 6 - Pictogramas do perigo 26 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório 3. Composição e informações sobre os ingredientes: contém informações sobre os produtos. Deve constar o número CAS (Chemical Abstracts Service), quando o pro- duto é puro, ou cada um dos componentes presentes, em caso de misturas. O número CAS é um identificador numérico que iden- tifica uma substância. 4. Medidas de primeiros socorros: contém, de forma detalhada, as medidas de primeiros socorros no caso de ocorrência de acidentes, como ingestão, contato com a pele, olhos e ações que devem ser evitadas para prevenção de acidentes. 5. Medidas de combate a incêndios: contém os meios de extinção de incêndio, que são apropriados para casos em que envolva o produto químico e, também, outros que não são recomendados. 6. Medidas de controle para derramamento e vazamentos: informa cuidados pessoais, no caso de vazamentos, procedimentos para proteger o meio ambiente, procedimentos de emergência e, também, métodos de neutra- lização e descontaminação. 7. Manuseio e Armazenamento: relatam os recipientes que são adequados para arma- zenar o produto químico (que não sofrem interações com o produto químico), as condições seguras para o armazenamento e transporte (temperatura adequada para armazenamento). 8. Controle de exposição e proteção indivi- dual: traz informações sobre a tolerância do organismo à exposição desse produto quími- co e, também, os equipamentos de proteção individuais e coletivos que são necessários para evitar riscos ou danos à saúde. Esses limi- tes podem ser regulados por órgãos interna- cionais, como a American Conference of Go- vernmental Industrial Hygienists (ACGIH). 9. Propriedades físicas e químicas: aborda algumas informações mais detalhadas do produto químico, como densidade, visco- sidade, ponto de ebulição, ponto de fusão, inflamabilidade, pH, odor etc. 10. Estabilidade e reatividade: traz questões relacionadas à estabilidade do composto químico em determinadas condições am- bientais (como a temperatura ambiente e pressão atmosférica), a reatividade com al- guns outros compostos, as reações químicas que podem ocorrer e que são perigosas, as condições que devem ser evitadas e, também, materiais que são incompatíveis ao produto. 11. Informações toxicológicas: traz informa- ções, tais como os riscos à saúde propor- cionados por longa exposição ao produto químico, doenças crônicas, entre outros, reguladas, por exemplo, pela International Agency of Research on Cancer (IARC) e Na- tional Toxicology Program (NTP). 12. Informações ecológicas: informa sobre o impacto ambiental causado pela presença do produto químico no meio ambiente e traz medidas de controle para eventuais aciden- tes ambientais. 13. Considerações sobre tratamento e dis- posição: contém informações sobre os mé- todos recomendados para o tratamento e a disposição final segura do material, minimi- zando os danos ao meio ambiente. 14. Informações sobre o transporte: traz os detalhes sobre as regulamentações nacio- nais e internacionais para o transporte da substância. 15. Regulamentações: estabelece a legislação que é aplicável ao produto químico. 16. Outras informações: apresenta algumas informações complementares ou específicas para cada produto, além de siglas e biblio- grafia. 27UNIDADE 1 Assim, aluno(a), identificamos uma fonte segura que nos fornecem importantes informações dos produtos químicos, relacionados às suas propriedades físico-químicas, segurança, saúde, meio ambiente, entre outras. Dentre as informações prestadas, temos o controle à exposição, a proteção individual e a proteção coletiva, conforme relatado na seção 8 da FISPQ. Nesta seção,foi informado que exis- tem equipamentos que reduzem a probabilidade de ocorrência de acidentes, que estudaremos no próximo tópico. Neste ponto, caro(a) aluno(a), para exemplificarmos os conteúdos relatados sobre a FISPQ, é muito importante um primeiro contato com esse documento! É importante para verificarmos como são dispostas as informações e nos familiarizarmos com esse tipo de documento. Então, como uma tarefa complementar, deixo aqui a recomendação de estudo da FISPQ do ácido clorídrico (HCl). Foque principalmente na sessão de 3 a 13, atentando-se nas informações que são dispostas. 28 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório A Norma Regulamentadora (NR) n° 6, do Mi- nistério do Trabalho e do Emprego (MTE), de- termina que todo e qualquer tipo de empresa é obrigada a fornecer aos seus trabalhadores, de forma gratuita, os equipamentos de proteção in- dividual (EPI) e equipamentos de proteção co- letiva (EPC) adequadas ao risco e em perfeitas condições de uso. Essa mesma regulamentação considera equi- pamento de proteção individual todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo tra- balhador, destinado à proteção de riscos suscetí- veis de ameaçar à segurança e a saúde no trabalho. Considera, ainda, que o equipamento conjuga- do de proteção individual é todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Já o equipamento de proteção coletiva (EPC) trata-se de todo dispositivo, sistema ou produto de uso coletivo que é destinado à proteção e pro- moção da saúde em um ambiente de trabalho. Em Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva 29UNIDADE 1 outras palavras, trata-se de um equipamento que pode ser utilizado por mais de um trabalhador para promover a segurança no local de trabalho ou oferece a proteção a um grupo de pessoas. Cada equipamento de proteção individual possui um CA, que é um certificado de apro- vação, emitido pelo Ministério do Trabalho e Em- prego, que tem por finalidade avaliar a manter um padrão nos equipamentos de proteção. A NR 6 regulamenta que todos os EPI, de origem nacional ou importada, só poderão ser comercializados se possuírem o seu respectivo CA. Desta forma, este é um critério importante para indicar se o aparelho de proteção está capacitado a fornecer a proteção que é devida (BLOG SESMT, [2019], on-line)7. A seguir, são relacionados alguns equipamen- tos de proteção mais comuns nos laboratórios de química: • Óculos de segurança: é um EPI utilizado para a proteção dos olhos, podendo ser fa- bricado por diversos materiais, dentre eles acrílico ou plástico rígido. Recomenda-se utilizar óculos com proteção lateral, a fim de cobrir uma maior região dos olhos. No laboratório de química, protege princi- palmente contra o respingo de produtos químicos. Figura 7 - Óculos de segurança • Luvas: utilizada para a proteção das mãos de agentes corrosivos, cortantes, térmicos e biológicos, ou seja, existe um tipo adequa- do de luva conforme o risco e a atividade exercida. Ela pode ser fabricada por diver- sos materiais, como couro ou algodão, para proteção térmica e mecânica; metal para proteção de materiais cortantes; e nitrílicas, PVC ou látex para a proteção contra rea- gentes diversos e riscos microbiológicos. Figura 8 - Luvas de segurança • Jalecos ou guarda-pós: recomendado o uso de jalecos compridos e mangas com- pridas para proteção dos membros supe- riores e corpo. É aconselhado o uso do ja- leco de algodão, já que os de fibra sintética são altamente inflamáveis. É importante o uso desse EPI para proteger o corpo contra eventuais produtos químicos que, aciden- talmente, possam entrar em contato com o corpo do trabalhador. Figura 9 - Jaleco 30 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório • Sapatos de segurança: utilizado para a proteção dos pés em atividades diversas. Para atividades em que há o risco de objetos pesados caírem sobre os pés dos trabalha- dores, é preciso modelos mais reforçados, que contenham bicos de aço. Já para a pro- teção contra reagentes químicos, pode ser utilizado sapatos fechados em geral. Para ambientes de trabalho úmido e escorrega- dios, é indicado o uso das botas de PVC. Figura 10 - Botas de segurança • Máscara: o uso de máscaras em labora- tórios de química é muito comum, prin- cipalmente para usuários de trabalham com produtos químicos que são voláteis, como ácidos. Para produtos que são tóxi- cos, devem ser usadas máscaras com car- vão ativado, presente no refil, que adsorve os compostos tóxicos. Em geral, protegem os trabalhadores contra a inalação de con- taminantes gerados por agentes quími- cos, como poeiras, névoas, fumos, gases e vapores. Figura 11 - Respirador • Protetores auditivos: utilizado para am- bientes que têm uma quantidade de ruídos maior que os limites de tolerância estipula- dos por normas regulamentadoras. Podem ser tipo de “concha”, “plug”, dentre outros, cujo uso depende do nível de ruído ao qual o trabalhador está exposto. Figura 12 - Protetor auricular do tipo “plug” Em geral, os equipamentos, listados anteriormen- te, são de uso individual, ou seja, tratam-se de EPI’s. Porém, a classificação em ser EPI ou EPC deve ser avaliada cautelosamente. Por exemplo, uma luva metálica para proteção contra agentes cortantes ou de couro para proteção contra quei- maduras, quando usadas de forma esporádicas, pode ser usada por mais de um trabalhador. 31UNIDADE 1 Os equipamentos de proteção coletiva tra- tam-se de todos os dispositivos ou sistemas que promovem a proteção coletiva, para assegurar a integridade física e da saúde de um grupo de traba- lhadores. São exemplos de equipamentos de prote- ção coletiva: sinalizações de segurança, proteção de partes móveis de máquinas, corrimão de escadas, ventilação de locais de trabalho, extintores de in- cêndio, kit de primeiros socorros, dentre outros. Nos laboratórios de química, alguns dos prin- cipais equipamentos de proteção coletiva são: • Cabines de exaustão química (capela): utilizada para manipulação de compos- tos químicos que desprendem vapores, por exemplo os compostos tóxicos, que podem causar danos à saúde. Os vapores são exauridos para a parte externa, sendo destinadas a equipamentos específicos que fazem a recuperação deste produto e, pos- teriormente, tratamento. Figura 13 - Capela para exaustão de gases • Cabines para segurança biológica: uti- lizada para a proteção contra microrganis- mos que podem causar danos à saúde. O sistema de exaustão é projetado de tal forma que a corrente de ar não entre em contato com o trabalhador que faz uso da capela. • Manta ou cobertor: utilizada para abafar ou envolver a vítima de incêndio, sendo in- dicada a confecção em lã ou algodão grosso. • Mangueira de incêndio: utilizada para apagar incêndios. • Dispositivos de pipetagem: utilizados para a sucção de pipetas, como os pipe- tadores automáticos, pera de borracha. Figura 14 - a) Pipetador tipo pera de borracha, b) Pipetador auto- mático • Chuveiros de emer- gência: utilizados para remover pro- dutos químicos que possam entrar em contato com o corpo dos trabalhadores. Figura 15 - Chuveiro de segurança 32 Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório • Lava-olhos: utilizados para lavar os olhos de pessoas que possam ter o contato acidental com produtos químicos. Figura 16 - Lavador de olhos • Sprinkler: são chuveiros automáticos para a extinção de incêndio. Figura 17 - Sprinkler • Detectores de gases: detectam a presença de determinados tipos de gases (tóxicos, cáusticos, entre outros) e emite avisos sonoros para alertar os usuários do laboratório sobre os perigos. Até então, aluno(a), obtivemos uma visão geral das regras de se- gurança em um laboratório, que devem ser conhecidas antes de se adentrar a esse ambiente, para evitar acidentes. Regras espe- cíficassurgem da necessidade de cada laboratório, de acordo com os produtos que são mani- pulados, grau de periculosida- de, entre outros. Por exemplo, um laboratório que manipula materiais que são radioativos, existem outras normas que são muito específicas para esse tipo de aplicação. Vislumbramos onde conse- guir informações importantes sobre produtos químicos, quan- to a aspectos da saúde, seguran- ça e meio ambiente. Identifica- mos importantes equipamentos que corroboram na minimiza- ção dos riscos de acidentes e de possíveis danos causados por estes, os equipamentos de prote- ção. A escolha do equipamento adequado deve ser pautada no conhecimento dos riscos, aos quais estamos expostos, e esse conhecimento, pode ser adqui- rido pelo uso da FISPQ, que nos indicam equipamentos de pro- teção adequados para cada pro- duto químico, além de outras informações importantes. O nosso próximo passo é adentrar em um laboratório. Lá, antes de iniciarmos algumas aplicações, é necessário conhecermos os principais equipamentos exis- tentes e suas funções primor- diais, que são objetivos de nossa próxima unidade. Até lá! 33 Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução. 1. Antes de entrar em um local que manipula ou armazena produtos químicos, é necessário seguir algumas medidas para a garantia da segurança. Cite cinco medidas de conduta comuns a laboratórios químicos. 2. A manipulação de produtos químicos, reagentes, vidrarias e equipamentos em laboratórios podem causar diversos acidentes. Quais são os acidentes mais comuns em laboratórios de manipulação e transporte de produtos químicos? 3. A ficha de segurança no trabalho (FISPQ) traz importantes informações para os manipuladores de produtos químicos. Qual é o papel fundamental da FISPQ? Complemente sua resposta com, no mínimo, três partes constituintes desse documento, comentando sobre cada uma delas. 4. O ácido clorídrico, cuja fórmula é HCl, trata-se de um produto corrosivo e que pode causar diversos acidentes e prejuízos à saúde. Qual documento deve ser consultado para estabelecer os principais perigos durante a manipulação desse reagente? Quais são os EPI’s e EPC’s mais recomendados para evitar acidentes? 34 5. Produtos químicos voláteis que são explosivos podem gerar grandes acidentes em ambientes confinados, tais como em um laboratório de transformação química ou uma indústria de transformação. Sobre esses conceitos, análise as prerrogativas a seguir. I) Substâncias inflamáveis são compostos que, nas condições normais de tem- peratura e pressão, podem pegar fogo instantaneamente, devido a pequenas perturbações no sistema, tais como passagem de corrente elétrica e aumento da temperatura. II) Toda substância química volátil é explosiva, portanto, deve ser manuseada na capela de exaustão química. III) Temperatura da ignição é a temperatura na qual o líquido passa para a fase vapor. Sobre as afirmações, é correto o que se afirma em: a) Apenas II. b) I e II. c) Apenas I. d) I e III. e) Apenas III. 6. A rotulagem dos produtos químicos é fundamental para a identificação e a se- gurança no manuseio dos produtos químicos nos laboratórios. Uma alternativa é o uso do Diagrama de Perigo, que é um sistema padrão, de fácil reconheci- mento e entendimento, utilizado para indicar a toxicidade, a inflamabilidade e a reatividade de produtos químicos perigosos. Com base nesse diagrama, pode-se afirmar que: a) Os números de 4 a 0 significam o máximo e mínimo de periculosidade. b) A reatividade é representada pela cor vermelha. c) O risco à saúde é representado pela cor amarela. d) A inflamabilidade é representada pela cor azul. e) A cor branca, quando indicada com o dizer “radioatividade”, indica que o am- biente é livre contra esse risco. 35 Mister Bean no Laboratório Um vídeo do Youtube do famoso “Mister Bean” em contato com um laboratório químico, realizando procedimentos desconhecidos e os resultados catastróficos, explorados de forma cômica, mas que retratam os riscos existentes no labora- tório ao se manipular compostos dos quais não se tem conhecimento. Para acessar, use seu leitor de QR Code. WEB https://apigame.unicesumar.edu.br/getlinkidapp/3/387 36 ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-14.725: Produtos químicos: informações sobre segu- rança, saúde e meio ambiente. Rio de Janeiro: ABNT, 2009. ABREU, D. G.; SILVA, G. M. Química básica experimental. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016. BESSLER, K. E.; NEDER, A. V. F. Química em tubos de ensaio: uma abordagem para principiantes. São Paulo: Blucher, 2011. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 06 – Equipamento de proteção individual – EPI. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2001. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/ NR/NR6.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018. FONSECA, M. G.; BRASILINO, M. G. A. Química básica experimental. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2007. MARTINS, G. A. V. et al. Laboratório de química geral experimental. Universidade de Brasília. Brasília, 2013. REFERÊNCIAS ON-LINE 1Em: <https://quiprocura.net/w/2015/10/06/laboratorio-substancias-corrosivas/#inline_content>. Acesso em: 29 mar. 2019. 2Em: <https://quiprocura.net/w/2015/10/06/laboratorio-compostos-inflamaveis/>. Acesso em: 29 mar. 2019. 3Em: <https://www.quiminac.com.br/site/compostos-organicos-volateis/>. Acesso em: 29 mar. 2019. 4Em: <https://engenharia360.com/voce-sabe-para-que-serve-cada-tipo-de-extintor/>. Acesso em: 06 mar. 2020. 5Em: <https://www.crq4.org.br/informativomat_354>. Acesso em: 29 mar. 2019. 6Em: <https://brainly.com.br/tarefa/2566585>. Acesso em: 29 mar. 2019. 7Em: <http://www.sesmt.com.br/ConsultaCA>. Acesso em: 29 mar. 2019. 37 1. Vista-se com roupas e calçados adequados (fechados). Cabelos compridos devem ser mantidos presos. 2. Não se deve comer ou beber em um laboratório. Os alimentos podem ser contaminados, por exemplo, por vapores tóxicos, podendo prejudicar a saúde dos trabalhadores. 3. Evite o contato de qualquer substância com a sua pele. Evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e ouvidos. Caso alguma substância química respingue em sua pele, deve ser lavada imediatamente a área afetada com água em abundância. 4. Todos os procedimentos que envolvam a liberação de vapores, corrosivos, tóxicos ou inflamáveis devem ser realizados na capela de exaustão. 5. Não utilize roupas de natureza sintética. De preferência para roupas de algodão. Roupas sintéticas, em caso de incêndios, podem ficar aderidas na pele. 2. Os principais acidentes que são presentes em laboratórios, que fazem a utilização e manipulação de pro- dutos químicos, são devidos a ferimentos causados pela quebra de recipientes de vidro, pelo contato com substâncias corrosivas e, também, incêndios com líquidos inflamáveis. 3. Essa ficha fornece informações sobre aspectos diversos dos produtos químicos, tratando sobre temas relacionados à segurança, à saúde, à proteção individual, coletiva, informações toxicológicas, disposições em caso de acidentes, entre outras. Entre as informações prestadas, inclui informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência, possibilitando ao usuário tomar as medidas necessá- rias relativas à segurança, saúde e meio ambiente. Entre as seções presentes, pode-se destacar: Seção 2: identificação de perigos: traz alguns perigos mais importantes, como efeitos adversos à saúde humana, efeitos ambientais, perigos físico-químicos, visão geral sobre emergências e consta perigos específicos para determinados produtos químicos. Seção 4: medidas de primeiros socorros: contém, de forma detalhada, as medidas de primeiros socorros no caso de ocorrência de acidentes, como ingestão, contato com a pele, olhos e ações que devem ser evitadas para prevenção de acidentes. Seção 8: controle de exposição e pro- teção individual: traz informações sobre a tolerância do organismo à exposição deste produto químico e, também, os equipamentosde proteção individuais e coletivos que são necessários para evitar riscos ou danos à saúde. 4. Deve ser consultada a Ficha de Segurança de Produto Químico (FISPQ) deste reagente. De acordo com esse documento, trata-se de um produto corrosivo. Se ingerido, pode causar queimaduras no trato gastrointes- tinal. Se inalado, pode causar danos ao sistema respiratório. Em contato com a pele e os olhos, pode causar queimaduras graves. Para reduzir os riscos de acidente, de acordo com a FISPQ, para a proteção respirató- ria, deve ser utilizado máscara (facial inteira ou semi-facial) com filtro contra gases ácidos, máscara facial inteira com linha de ar ou conjunto autônomo de ar respirável. Para a proteção das mãos, deve ser usada luvas de borracha nitrílica, látex ou PVC impermeáveis e resistentes a rasgos e perfurações, de neoprene ou PVC. Para a proteção dos olhos, devem-se usar óculos de segurança tipo ampla visão. Para a proteção da pele, deve-se utilizar macacão de mangas compridas, impermeável e botas de PVC. Em relação a pro- teção coletiva (EPC), deve-se assegurar ventilação adequada no local de trabalho, providenciar ventilação exaustora onde os processos exigirem, chuveiros de emergência e lava olhos próximos ao local de trabalho. 5. C. 6. A. 38 _GoBack Noções Básicas sobre Segurança em Laboratório Principais Equipamentos e Utensílios de um Laboratório Manipulação de Dados e Medidas Experimentais Densidade e Viscosidade Transformações da Matéria Misturas e Técnicas de Separação Soluções Velocidade de reações químicas Eletroquímica Condensador Molécula de água Acerto do menisco do balão volumétrico Pilha galvânica Button 2: Button 3:
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