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Poluentes Inorgânicos em Ambientes Hídricos

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POLUENTES INORGÂNICOS EM AMBIENTES HÍDRICOS 
 
A água está distribuída de diversas formas e em diversos locais do planeta 
terra. Grande parte desta água é de difícil acesso aos seres humanos e pode ser 
encontrada nem só no estado liquido mais também no estado solido e gasoso. No total ela está 
distribuída da seguinte forma: 97,5% de água salgada, 2,5% de água doce, 0,514% 
subterrâneas, 0,006% rios e lagos, 1,979% em geleiras e 0,001% na forma de vapor. 
Trata-se de um composto extrema importância que pode ser encontrada nas formas 
sólida, líquida e gasosa caracterizando-se por ser formada de duas moléculas de hidrogênio e 
um átomo de oxigênio por meio de ligações covalentes onde há o compartilhamento de 
elétrons, com uma estrutura angular e tendo como sua fórmula química de característica polar 
H2O. Várias moléculas de H2O podem se ligar por meio de pontes de hidrogênio. A água é 
uma substância que apresenta algumas importantes propriedades como coesão de moléculas, 
moderação de temperatura, flutuação do gelo sobre a água, onde também é tida como um 
solvente universal. 
No corpo humano a água é de extrema importância para a realização de funções no 
organismo além de fazer parte da composição do nosso corpo. O nosso corpo apresenta cerca 
de 70% de água que pode variar de acordo com a idade do indivíduo. Ela serve como 
termorreguladora, transporte de substancias, participação em reações químicas e também a 
proteção do nosso corpo. O corpo humano também perde parte da água através de atividades 
físicas e alguns processos como: respiração, urina, eliminação de fezes e suor. 
A reposição de água doce no mundo e possível devido ao seu ciclo que corresponde 
ao conjunto de transformações que ocorre entre a superfície terrestre e a atmosfera, podendo 
estar em diferentes estados físicos. O ciclo ocorre da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
Professor Luís Henrique E-mail – luishenriquesouza31@gmail.com 
A água além de ser essencial para a sobrevivência dos seres vivos, é utilizada em 
diversas atividades importantes ao desenvolvimento de uma sociedade podendo ser 
classificada em uso consuntivo e não consuntivo. 
 CONSUNTIVO – corresponde ao uso direto da água como no abastecimento 
humano, na irrigação, etc. 
 NÃO CONSUNTIVO – corresponde ao uso indireto da água para o lazer, 
navegação e geração de energia elétrica. 
Apesar de ser um recurso abundante a falta de água torna-se um tema de grande 
debate em todo o mundo devido à escassez e enchentes que provocam inúmeras tragédias. São 
diversos fatores relacionados a falta de água no mundo, como o desperdício, aumento 
populacional, urbanização, mudanças climáticas, poluição, desmatamento e a intensificação 
da industrialização. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2 
bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável. A organização também alerta 
para as desigualdades encontradas nos países, pois cada um deles vive uma realidade diferente 
acerca do consumo e da disponibilidade de água. Apesar de não estar igualmente distribuída, 
a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) apontam 
que há, no mundo, água suficiente para suprir a demanda da população que cresce cada vez 
mais, especialmente nos países em desenvolvimento. Contudo, essa última organização alerta 
para a necessidade de mudar a questão do uso, do gerenciamento e 
do compartilhamento dos recursos hídricos. No que tange ao Brasil, segundo o Ministério do 
Meio Ambiente, entre 20% e 60% da água destinada ao consumo são desperdiçados ao longo 
da distribuição. Os hábitos de grande parte da população brasileira não colaboram para a 
preservação da água. É necessário, portanto, repensar o consumo, evitar o desperdício e 
promover ações que projetam os recursos hídricos em qualquer lugar do mundo, a fim não só 
de evitar falta de água, mas também possíveis conflitos entre as nações. 
O Brasil é considerado uma potência econômica mundial quando o assunto é a 
disponibilidade hídrica, haja vista que o território brasileiro concentra cerca de 12% de todas 
as reservas de água existentes no mundo. Mas isso não significa que o país não passe ou 
nunca tenha passado por crises de falta de água. E a principal razão é a questão da distribuição 
da água no Brasil e sua utilização. 
 
Podemos dizer que as reservas de água se encontram má distribuída no país. A região 
Norte é a que apresenta a maior parte da disponibilidade, enquanto as regiões Nordeste e 
Sudeste apresentam um número menor dessas reservas. 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, a região Norte, que concentra menos de 7% da população, possui cerca de 
68% das reservas hídricas do país, enquanto o Sudeste e o Nordeste, regiões mais populosas, 
apresentam apenas 6% e 3% das reservas, respectivamente. Mas isso não significa, é claro, 
que as regiões mais abastadas de água estejam livres de uma crise de água, haja vista que, 
além da disponibilidade, são necessários planejamento, gestão e infraestrutura para garantir a 
distribuição desse recurso para todos os habitantes, o que nem sempre acontece. 
Um exemplo disso é a própria região Nordeste, pois os problemas históricos 
relacionados com a seca não ocorreram nas áreas mais populosas, que se situam perto do 
litoral, mas sim na área do chamado polígono das secas, onde as densidades demográficas são 
menores. Isso nos revela que o problema da falta de água não necessariamente está 
relacionado com a quantidade de habitantes, e sim com questões políticas e administrativas 
que permeiam as diferentes esferas governamentais. 
 
 POLUIÇÃO HÍDRICA
A qualidade dos ecossistemas aquáticos tem sido alterada em diferentes escalas nas 
últimas décadas. Fator este, desencadeado pela complexidade dos usos múltiplos 
da água pelo homem, os quais acarretaram em degradação ambiental significativa 
 
Gráfico da distribuição de água no Brasil por regiões. 
e diminuição considerável na disponibilidade de água de qualidade, produzindo inúmeros 
problemas ao seu aproveitamento. . A água pode ter sua qualidade afetada pelas mais diversas 
atividades do homem, sejam elas domésticas, comerciais ou industriais. A poluição pode ter 
origem química, física ou biológica, sendo que em geral a adição de um tipo destes poluentes 
altera também as outras características da água. Desta forma, o conhecimento das interações 
entre estas interações é de extrema importância para que se possa lidar da melhor forma 
possível com as fontes de poluição. Em geral, as consequências de um determinado poluente 
dependem das suas concentrações, do tipo de corpo d´água que o recebe e dos usos da água. 
De forma genérica, a poluição das águas decorre da adição de substâncias ou de 
formas de energia que, diretamente ou indiretamente, alteram as características físicas e 
químicas do corpo d’água de uma maneira tal, que prejudique a utilização das suas águas para 
usos benéficos. As fontes de poluição atmosférica são classificadas em fixas (principalmente 
indústrias) e móveis (veículos automotores, trens, aviões, navios, etc.). 
Quanto aos fatores que causam a poluição dividem-se em naturais que são aqueles 
que têm causas nas forças da natureza, como tempestades de areia, queimadas provocadas por 
raios e as atividades vulcânicas; e artificiais que são aqueles causados pela atividade do 
homem, como a emissão de gases de automóveis, queima de combustíveis fósseis em geral, 
materiais radioativos, queimadas, etc. A poluição atmosférica é a que possui efeitos mais 
globais, devido a maior facilidade de dispersão dos poluentes envolvidos neste tipo de 
poluição, já que em geral são emissões de gases e particulados a temperaturas da ordem de 
centenas de ºC e velocidades que podem atingir dezenas de m.s
-1
. 
A segunda, denominada fonte ou poluição pontual, refere-se àquelas onde os 
poluentes são lançados em pontos específicos dos corpos d’águae de forma individualizada, 
as emissões ocorrem de forma controlada, podendo-se identificar um padrão médio de 
lançamento. Geralmente a quantidade e composição dos lançamentos não sofrem grandes 
variações ao longo do tempo. Exemplos típicos de fontes pontuais de poluição são as 
indústrias e estações de tratamento de esgotos. Assim podemos ter diferentes tipos de 
poluição: 
 Poluição Química - Dois tipos de poluentes caracterizam a poluição química: 
 
a) biodegradáveis: são produtos químicos que ao final de um tempo, são decompostos 
pela ação de bactérias. São exemplos de poluentes biodegradáveis os detergentes, 
inseticidas, fertilizantes, petróleo, etc. 
 
b) persistentes: são produtos químicos que se mantém por longo tempo no meio 
ambiente e nos organismos vivos. Estes poluentes podem causar graves problemas 
como a contaminação de alimentos, peixes e crustáceos. São exemplos de poluentes 
persistentes o DDT (diclodifenitricloroetano), o mercúrio, etc. 
 
 POLUIÇÃO FÍSICA - aquela que altera as características físicas da água, as 
principais são: poluição térmica e poluição por resíduos sólidos. 
 
a) Poluição Térmica - decorre do lançamento nos rios da água aquecida usada no 
processo de refrigeração de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas. 
 
b) Poluição por Resíduos Sólidos - podem ser sólidos suspensos, coloidais e 
dissolvidos. Em geral esses sólidos podem ser provenientes de ressuspensão de fundo 
devido à circulação hidrodinâmica intensa, provenientes de esgotos industriais e 
domésticos e da erosão de solos carregados pelas chuvas ou erosão das margens. 
 
 POLUIÇÃO BIOLÓGICA - A água pode ser infectada por organismos 
patogênicos, existentes nos esgotos. Assim, ela pode conter: 
 
a) Bactérias - provocam infecções intestinais epidérmicas e endêmicas (febre 
tifoide, cólera, shigelose, salmonelose, leptospirose); 
 
b) Vírus - provocam hepatites e infecções nos olhos; 
 
c) Protozoários - responsáveis pelas amebíases e giardíases; 
 
d) Vermes - esquistossomose e outras infestações. 
 
Podemos retratar as fontes poluidoras com a seguinte imagem: 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTOS DAS ÁGUAS COM AS BIORREMEDIAÇÕES 
 
A contaminação de áreas ambientais é resultante de ações produzidas pelo homem e 
tais ações são prejudiciais de diversas formas para o meio ambiente e consequentemente para 
os seres humanos. Diante disso, a água sendo um recurso indispensável para os seres vivos e 
para a conservação dos ecossistemas torna-se destaque quando se refere à preservação de 
recursos naturais, ainda mais em decorrência do crescimento populacional, das mudanças 
climáticas e das poluições de águas pelo mundo. Mesmo diante de muitas ações poluidoras do 
homem, muitos compostos ainda não são tratados adequadamente e em determinados casos 
nem passam por um tratamento específico, onde muitos são despejados no meio ambiente de 
forma despreocupada e a partir disso muitos problemas e danos ocasionam um desequilíbrio 
ambiental que afeta completamente os diferentes âmbitos da sociedade. 
Muitas tecnologias são utilizadas para a recuperação de áreas contaminadas, porém 
vários fatores são avaliados para o emprego de um método específico para determinado 
ambiente. A biorremediação é um processo biológico que ocorre naturalmente pela adição e 
ação de agentes específicos que apresentam elevada potencialidade para degradar poluentes 
tóxicos. Existe uma alta variabilidade de poluentes ambientais e a necessidade de tratamento 
de áreas contaminadas está se tornando gradativamente mais corriqueira, em decorrência 
disso a biotecnologia busca exercer um alto desenvolvimento de tecnologias que recuperem e 
tratem recursos ambientais, buscando compreender os organismos biológicos e suas 
funções específicas que removem, reduzem ou transformam determinados contaminantes. 
As vantagens da biorremediação no tratamento de águas focam principalmente no 
poder de degradabilidade dos agentes biológicos que agem no próprio local contaminado, sem 
necessidade de transferência do poluente para outro local de tratamento. Em comparação com 
outros métodos de controle ambiental, a biorremediação apresenta maior potencial devido 
questões como a naturalidade de ocorrência do processo, o baixo custo e a completa remoção 
dos contaminantes em alguns casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Disponível em: <https://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/distribuicao_agua.htm>, acesso 
em 16/06/2019. 
Disponível em: <https://escolakids.uol.com.br/ciencias/a-agua.htm>, acesso em 16/06/2019. 
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-agua-no-brasil.htm>, 
acesso em 16/06/2019. 
PEREIRA, R. S. Identificação e caracterização das fontes de poluição em sistemas hídricos. 
Revista eletrônica de Recursos Hídricos. IPH-UFRGS. V. 1, n. 1. P. 20-36. 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Luís Henrique E-mail – luishenriquesouza31@gmail.com 
https://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/distribuicao_agua.htm
https://escolakids.uol.com.br/ciencias/a-agua.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-agua-no-brasil.htm

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