Buscar

Trauma - Ortop - Consolidação das fraturas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
1 
 
Consolidação das fraturas 
TECIDO ÓSSEO 
Células do tecido ósseo: 
• Osteoblasto: são células jovens, metabolicamente ativas, sintetizam a matriz óssea; 
• Osteócitos: são células maduras, metabolicamente pouco ativas, situadas em lacunas na matriz 
óssea. Dessas lacunas partem canalículos que permitem a comunicação entre os osteócitos. Por esses 
canalículos os osteócitos recebem nutrientes, íon, hormônios. 
• Osteoclastos: são células moveis, gigantes e multinucleadas (formadas pela união de vários 
monócitos), atuam nos processos de reabsorção da matriz óssea. 
 
 
 
Parte interna do osso: medula óssea vermelha; 
Cavidade medular: de onde sai o transplanste de medula e enxerto; 
Osso compacto = osso duro, osso cortical; 
Periósteo: membrana que fica em volta do osso, nutre o osso. Quanto menor a criança mais espesso e forte 
é o periósteo. No adulto, o periósteo vai afinando. 
1- Células 
osteogênicas; 
2- Osteoblastos; 
3- Osteócitos; 
4- Osteoclastos. 
 
Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
2 
 
• Há células osteogênicas que se diferenciam e originam osteoblastos, esses amadurecem e originam 
osteócitos. 
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA 
Processo de reparação tecidual que ocorre à semelhança da cicatrização de outros órgãos e tecidos; 
Ao final do processo de consolidação, no final do processo, o osso fica igual ao original. 
É necessária uma boa vascularização e uma imobilização dos fragmentos ósseos; 
A não consolidação da fratura, chamada pseudartrose, é uma complicação possível; 
Imobilização dos fragmentos: 
• Proporcionada por meio de imobilizadores externos (enfaixamentos, aparelhos gessados) ou por 
imobilizadores internos, que são aplicados direto ao osso, sendo chamado de implante (dentro da 
medula óssea (intramedular) ou placas e parafusos (região articular, porque preciso que a articulação 
se mantenha certa, para não ocasionar alguma consolidação errada e consequentemente uma 
artrose). 
• Ossos longos (com exceção do antebraço): úmero, fêmur, tíbia são tratadas com fixação na diáfise 
(no meio do osso), com fixação de astes intramedulares, porque quanto menos mexer no fragmento 
da fratura, melhor, para não diminuir o periósteo e piorar a vascularização. 
• A forma como ocorre, depende do grau de imobilização entre os fragmentos ósseos; 
• Rígida/ estabilidade absoluta: não há movimento no foco da fratura; 
o As extremidades do osso fraturado não apresentam mobilidade entre si; 
o Somente conseguido por meio de aplicação cirúrgica de implantes (estabilidade absoluta); 
o Não forma calo ósseo mole; 
o Redução: colocar o osso no lugar; 
o Ex. placa e parafuso (porque é fixo no foco da fratura). 
 
• Estabilidade flexível/ relativa: 
o Aquela na qual ocorre movimentação de um fragmento ósseo com relação ao outro; 
o Estabilidade relativa; 
o A consolidação que ocorre na condição de estabilidade relativa é com a formação do chamado 
calo ósseo (é o tecido que envolve os fragmentos fraturados, unindo-os) 
o Pode ser conseguida tanto com o uso de implantes, quanto por meios externos de imobilização 
(gesso, enfaixamento). 
Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
3 
 
 
Método mais usado: 
• Estabilidade relativa. 
O processo de consolidação, ocorre em três fases: 
• Fase inflamatória: 
o Assim que ocorre a fratura; 
o Substâncias mediadoras inflamatórias são liberadas pelas células mortas pelo trauma e pelas 
plaquetas e levam a uma vasodilatação com resultante aumento do fluxo sanguíneo, e 
aumento da permeabilidade vascular com exsudação e migração de células inflamatórias 
(leucócitos, macrófagos e linfócitos); 
o O tecido necrótico é absorvido e novos vasos são formados; 
o Assim que ocorre a fratura, ocorre o aparecimento de um hematoma e após isso, o hematoma 
vai se organizando e é substituído pelo tecido de granulação. 
 
• Fase reparativa: 
o Tem início quando fibroblastos e condrócitos começam a produzir colágeno e cartilagem, 
dando início ao chamado calo mole, o qual, é fibroso; 
o Ocorre por volta da terceira semana de início da consolidação; 
o Os osteoblastos (incialmente na periferia do foco de fratura) produzem um tecido ósseo 
imaturo, cuja matriz é mais celular e tem fibras colágenas não orientadas, formando o calo 
Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
4 
 
duro (este substitui o calo mole, unindo a fratura, dessa forma ocorre o fim do processo 
reparativo). 
 
 
Fase de remodelação: 
• O osso imaturo é progressivamente substituído pelo lamelar, o qual apresenta a matriz óssea com 
fibras colágenas orientadas, sendo muito mais resistente que o osso imaturo. 
 
Tipos de consolidação: 
Consolidação primária: 
• Ocorre quando o osso se consolida sem a formação de calo ósseo; 
• Só é obtida quando não há movimentação no foco de fratura; 
• As bordas ósseas da fratura têm que estar perfeitamente coaptadas, para que fique com uma redução 
anatômica (é quando o formato original do osso é totalmente restabelecido); 
• O contato entre os fragmentos da fratura é máximo, o que aumenta a estabilidade e impede a 
movimentação; 
• A estabilidade absoluta é conseguida através da redução anatômica e da fixação rígida dos 
fragmentos ósseos para manter a posição da redução obtida; 
• Só se consegue neutralizando a ação dos músculos e impedindo qualquer movimento entre os 
fragmentos ósseos; 
• Se faz com implantes fixados diretamente nos fragmentos ósseos; 
Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
5 
 
• Os osteoblastos atravessam o foco da fratura e vao produzindo diretamente o osso que vai unir os 
fragmentos ósseos; 
• Pula-se a fase de calo mole para o calo fibroso; 
• O osso formado para a consolidação está localizado entre os fragmentos da fratura, e não ao redor 
do foco da fratura; 
• Não aparece calo osso nas radiografias 
• Redução: colocar o osso no lugar. 
 
 
 
 
 
Fratura oblíqua curta em diáfise do quinto metacarpo. 
REDUÇÃO DA FRATURA 
Significa diminuir a deformidade causada pelo trauma; 
Essencial nas fraturas com desvio; 
Restabelece a forma do osso, o que é necessária para uma boa função; 
Fratura obliqua longa 
em diáfise do quarto 
metacarpo. 
 
Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
6 
 
Pode ser de dois tipos: 
• Anatômica: 
o Vou fazer da forma como ele realmente era. 
• Funcional: 
o Alguns desvios são aceitos, pois não vão interferir na função dos membros; 
o Os desvios aceitáveis variam com o tipo de osso, idade e grau de atividade do paciente; 
o Ex. Diáfise do úmero aceita desvios maiores que a diáfise da tíbia. O úmero não sustenta o 
peso do corpo, portanto as articulações adjacentes não serão sobrecarregadas em caso de 
consolidação com deformidade (ao contrário do joelho e tornozelo, numa fratura da tíbia 
deformada); 
o Ombro tem grande mobilidade, compensa os desvios. 
TIPOS DE DESVIOS DAS FRATURAS 
Angulares: plano frontal (varo (que se desvia para dentro, em relação ao eixo do corpo) e valgo ( joelhos estão 
voltados para dentro)) e sagital (antecurvato e recurvato); 
 
Antecurvato/ Genorecurvato. 
 
Rotacionais: Em rotação externa ou interna; 
Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
7 
 
 
Translacionais: Plano frontal (lateral e medial) e sagital (anterior e posterior); 
Comprimento: Encurtamento ou alongado 
 
TIPOS DE REDUÇÃO 
Indireta ou incruenta: 
• Feita com tração do membro, manipulação do osso com ambas as mãos ou instrumentos fixados 
diretamente ao osso, preservando o foco da fratura. Não violamos o foco de fratura com incisões 
cirúrgicas, não visualizamos os fragmentos de fratura e assim preservamos sua vascularização; 
• Preferido nas fraturas diafisárias. 
Direta ou cruenta: 
• Feito através do acesso cirúrgico, com visualização direta dos fragmentos fraturados; 
• Permite redução anatômica, com perfeita junção dos fragmentos; 
• Preferido nas fraturas articulares.UMA BOA CONSOLIDAÇÃO DEPENDE DE 
O tempo de consolidação varia entre 6 a 12 semanas; 
Depende de fatores: 
• Locais: 
o Vascularização; 
o Destruição tecidual por trauma de alta energia; 
o Perda óssea; 
o Imobilização inadequada; 
o Exposição da fratura; 
Trauma- Ortopedia – Roberta M Figueiredo 
 
8 
 
o Espaço entre os fragmentos da fratura (diástase); 
o Infecção. 
• Sistêmicos: 
o Doenças que alteram o metabolismo ósseo prejudicam o processo de consolodação; 
o Idade; 
o DM; 
o Vasculopatia aterosclerótica; 
o Doenças de osteometabólicas; 
o Uso de corticoides; 
o Hormônios do crescimento ou tireoideanos; 
o Calcitonina, insulina, esteroides anabólicos; 
o Tabagismo; 
o Desnutrição.

Continue navegando