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SF - Direitos das mulheres

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SFV – Roberta M Figueiredo 
 
Os direitos da mulher ou direitos humanos da mulher são uma ramificação dos direitos humanos e baseiam-se no princípio da 
integridade e dignidade do ser; 
Embora os direitos humanos sejam ditos universalistas, ou sejam aplicáveis a todos indiscriminadamente, as condições históricas, 
econômicas e sociais impedem que a previsão realizada em um plano teórico se concretize; 
Em alguns lugares esses direitos são institucionalizados e garantidos pela legislação e já em outros não. 
SEGUNDO A ONU, QUAIS SÃO OS DIREITOS DAS MULHERES? 
Direito a vida; 
Direito a liberdade e a segurança pessoal; 
Direito a igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação; 
Direito a liberdade de pensamento; 
Direito a informação e a educação; 
Direito a privacidade; 
Direito a saúde e proteção desta; 
Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família; 
 
Direitos das mulheres 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
Direito a decidir ter ou não filhos e quando tê-los; 
Direito aos benefícios do progresso científico; 
Direito a liberdade de reunião e participação política; 
Direito a não ser submetida a torturas e maltrato; 
DIREITOS NO BRASIL 
1927: Direito a frequentar a escola básica; 
1979: Direito a frequentar a universidade; 
Código Civil de 1916: A mulher só pode trabalhar fora de casa se o marido lhe conceder autorização; 
Só o homem é responsável pela família e o casamento poderia ser anulado apenas por ele se caso o homem descobrisse que a mulher 
não era virgem. A família da noiva também poderia deserdá-la. (Essas regras mudaram apenas em 2002); 
1932: Direito ao veto; 
1934: Direito a licença-maternidade; 
1977: O divorcio passou a ser permitido por lei. 
FEMINISMO 
Conjunto de movimento políticos, sociais, ideologias e filosofias que tem como objetivo comum a igualdade entre homens e mulheres, 
além de promover os direitos das mulheres e seus interesses; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
É divido em 3 ondas: 
• Promoção da igualde nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, oposição de casamentos arranjados 
e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos; 
• Igualdade política, direito ao voto, direito ao seu próprio corpo (estupro a aborto); 
• Autocríticas sobre gênero, sexualidade, raça e condição social (minoria das minorias). 
DIREITO A EDUCAÇÃO: DESAFIOS 
As desigualdades persistentes entre as mulheres brasileiras: 
• Avanço nos indicadores de acesso e desempenho é marcado pelas desigualdades entre mulheres de acordo com a renda, raça 
e etnia, local de moradia, com destaque para a situação das mulheres negras e indígenas; 
Manutenção de uma educação sexista, homofóbica, lesbofóbica, transfóbica, racista e discriminatória no ambiente escolar; 
A concentração das mulheres em cursos e carreiras ditas femininas, com menor valorização profissional e limitado reconhecimento 
social; 
O acesso desigual a educação infantil de qualidade; 
A situação de pior desempenho e de maiores obstáculos para permanência na escola por parte das meninas brasileiras, em especial, 
as meninas negras. 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
Violência contra a mulher é qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morto, dano ou sofrimento físico, sexual ou 
psicológico a mulher, tanto na espera publica como na esfera privada; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
Violência física: Uso de força física, arma ou objeto, de forma intencional, causando ou não dano, lesões internas ou externas no corpo. 
Inclui todas as manifestações de agressão que resultam em lesões corporais ou morte da mulher agredida; 
Violência sexual: É qualquer conduta que a constranja a presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante 
intimidação, ameaça, coação ou uso de força, comercializar ou utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade; a impeça de usar 
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimonio, a gravidez, ao aborto ou a prostituição, ou que limite ou anule o exercício 
de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
• Tal prática é considerada crime mesmo se exercida por um familiar, seja ele: pai, padrasto, companheiro, marido. 
Violência psicológica: Consiste na sujeição a agressões verbais constantes, ameaças, chantagem, privação de liberdade, humilhação, 
desvalorização, hostilidade, culpabilização, rejeição, indiferença. Causando danos à autoestima, à identidade e ao desenvolvimento e 
equilíbrio emocional da pessoa; 
Violência patrimonial: é entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total dos objetos 
da mulher, como instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os 
destinados a satisfazer suas necessidades; 
Violência moral: É entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria; 
A incidência da violência doméstica e familiar acomete a mulher, adolescente e criança do sexo feminino, marcada pela relação 
desigual entre homens e mulheres por isso é conhecida como violência de gênero; 
A principal queixa apresentada na Delegacia Especializada da mulher refere-se a agressão física resultando em lesão corporal; 
Os profissionais da saúde devem estar capacitados a detectar riscos, identificar a violência não declarada, assistir e acompanhar as 
mulheres em situação de violência, até que elas possam reorganizar suas vidas. 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
VIOLÊNCIA DE GÊNERO E AS FORMAS DE VIOLÊNCIA 
A violência se manifesta em todas as esferas do convívio social, assumindo contornos diferentes quando se trata de uma questão de 
gênero; 
Para o enfrentamento desse tipo de violência torna-se imprescindível a integração das áreas envolvidas, como policial, social, 
educacional, da justiça e da saúde; 
Ao setor de saúde compete ações de promoção, orientação e assistência às mulheres que sofrem com a violência e a participação nas 
atividades de prevenção da comunidade, visando a melhoria da qualidade de vida das pessoas e das coletividades. 
SINAIS DE ALERTA – AGRESSÃO NÃO DECLARADA 
As mulheres em situação de violência são usuárias assíduas dos serviços de saúde e normalmente são dadas como mulheres 
hipocondríacas, poliqueixosas, apresentando queixas vagas e crônicas, com resultados normais em investigações e exames 
realizados; 
Os profissionais devem estar aptos a identificar as possíveis vítimas de violência, procurando conhecer a historia de vida, sempre estar 
atento para relatos de acidentes frequentes, como também para a compatibilidade deste relato e a lesão observada; 
Ao serem questionadas sobre a violência em casa, as mulheres dizem que não, mas respondem afirmativamente a pergunta do tipo: 
• Você já foi agredida por algum familiar? 
• Já sentiu ou sente medo de alguém? 
Mesmo que em primeiro momento a mulher negue, o profissional diante evidências deve agir de maneira cuidadosa, sempre tentando 
estabelecer um diálogo e possibilitando um canal de ajuda; 
A visita domiciliar permite observar a situação de violência; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
A equipe deve sempre prestar atenção para as lesões em face e pescoço, já que, são os lugares mais comuns de agressões 
Manifestações clínicas de violência: 
• Agudas; 
• Crônicas; 
• Físicas; 
• Mentais; 
• Sociais. 
PROCESSO DE TRABALHO- COMO CUIDAR 
Incluir a violência como um dos critérios para a identificação de população de risco e para o atendimento priorizado na unidade de 
saúde; 
Incluir o tema violência nas ações educativas; 
Acolher a mulher em situação de violência (ouvir, escutar, estar atento para comunicações verbais e não verbais); 
Garantir a privacidade durante o atendimento, estabelecendo um ambiente ético, de confiança e respeito; 
Informar cada etapa do atendimento e a importância das condutas médicas, odontológicas e da equipe de enfermagem, mas 
sempre respeitando a opinião e uma possível recusa de algum procedimento;Prestar os cuidados necessários referentes às queixas da mulher, de forma imparcial e sem julgamentos; 
Informar e encaminhar para atendimento social e jurídico, se necessário; 
Orientar e informar a mulher para o registro da ocorrência na delegacia da mulher; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
Registrar informações colhidas, lesões encontradas, colocando tipo de lesões, quem foi o agressor, quando, onde e como aconteceu; 
Notificar os casos atendidos de violência a mulher acima dos 18 anos; 
Acompanhar o caso por meio da visita domiciliar; 
Quando encaminhar para os serviços especializados/hospitalares: 
• Violência sexual ocorrida a menos de 72 horas, após a administração da anticoncepção de emergência; 
• Se houver lesões graves com risco de vida; 
• Lacerações e hemorragias; 
• Queimaduras de maior gravidade; 
• Traumas cranianos ou fraturas que necessitem de cirurgia; 
• Trauma facial; 
• Lesão de articulação temporo mandibular (ATM); 
• Suspeita de lesão de órgãos internos; 
• Estado de choque emocional. 
POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE LGBTQIA+ 
Sexo biológico: 
• É o aspecto físico do ser humano, está relacionado diretamente com a presença de um pênis ou uma vagina; 
• Os pediatras declaram, no momento do nascimento. 
Gênero: 
• Construção sociocultural sobre o que se entende por masculinidade e feminilidade; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
• Por ser uma leitura social, gênero é mutável; 
• Conceito do que ‘é de menina ou de menino’. 
Orientação sexual: 
• Como uma pessoa compreende e direciona seu desejo sexual; 
• Se é por homem, mulher, ambos ou para outras identidades de gênero; 
• Orientação sexual não tem a ver com o gênero. 
Determinação social no processo saúde-doença da população LGBTQIA+: 
• Compreender esse processo requer admitir que a exclusão social decorrente do desemprego, da falta de acesso à moradia e 
à alimentação digna, bom como da dificuldade de acesso à educação, saúde, lazer, cultura interferem, diretamente, na 
qualidade de vida e de saúde; 
• Reconhecer de que todas as formas de discriminação, devem ser consideradas na determinação social de sofrimento e de 
doença; 
• Os preconceitos contra lésbicas, gays... não ocorrem de maneira isolada das outras formas de discriminação social, 
caminham ao lado e se reforçam pelos preconceitos do machismo, racismo e a misoginia; 
• A discriminação e o preconceito contribuem para a exclusão social das populações que vivem na condição de isolamento 
territorial, como no caso dos que vivem no campo, florestas, quilombos, ruas ou nomadismo; 
• A visibilidade das questões de saúde da população LGBT deu-se a partir da década de 1980, quando o Ministério da Saúde 
adotou estratégias o enfrentamento da epidemia do HIV/AIDS em parceira com movimentos sociais vinculados à defesa de 
grupos gays; 
• O direito à saúde no Brasil: 
o Movimento da reforma sanitária; 
o Constituição de 1988; 
o A saúde é entendida de maneira ampliada e não apenas como uma assistência médico sanitária; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
o A saúde, a previdência e a assistência social integram o sistema de seguridade social e esta conquista representa o 
compromisso e a responsabilidade do Estado com o bem-estar da população; 
o Carta dos direitos dos usuários da saúde (Ministério da Saúde, 2006): 
▪ Perspectiva de difundir os direitos das pessoas e das populações em relação à saúde; 
▪ Explica os direitos e deveres das pessoas em relação à saúde; 
▪ Busca contemplar as especificidades dos diversos grupos sociais, está disponível a toda a população e 
possibilita a discussão qualificada em torno do direito à saúde para todos. 
o Programa mais saúde (direito de todos) (Brasil, 2008): 
▪ Reorientação das políticas de saúde com o objetivo de ampliar o acesso a ações e serviços de qualidade; 
▪ Apresenta metas especificas para promover ações de enfrentamento das iniquidades e desigualdades em 
saúde; 
▪ Destaque para grupos populacionais negros, quilombolas, LGBT, ciganos, profissionais do sexo, população em 
situação de rua... 
o Ministério da saúde: 
▪ O reconhecimento dos efeitos da discriminação e da exclusão no processo de saúde-doença da população 
LGBTQIA+ reafirma o compromisso do SUS com a universalidade, integralidade e com a efetiva participação da 
comunidade. 
Política Nacional de Saúde Integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (Portaria n 2.836, de primeiro de dezembro 
de 2011): 
• Marco histórico de reconhecimento das demandas dessa população; 
• Documento norteador e legitimador das suas necessidades e especificidades, em conformidade aos postulados de equidade 
previstos na Constituição Federal e na Carta dos usuários do SUS; 
• Contempla ações voltadas para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
• Conjunto de ações e programas, que constituem medidas concretas a serem implementadas, em todas as esferas de gestão 
do SUS, particularmente nas secretarias estaduais e municipais de saúde; 
• A sensibilização dos profissionais a respeito dos direitos de LGBT, com inclusão do tema da livre expressão sexual na política 
de educação permanente no SUS; 
• A inclusão dos quesitos de identidade de gênero e de orientação sexual nos formulários, prontuários e sistema de informação 
em saúde; 
• A ampliação da participação dos movimentos sociais LGBT nos conselhos de saúde; 
• Incentivo à produção de pesquisar científicas, inovações tecnológicas e compartilhamento dos avanços terapêuticos; 
• Garantia aos direitos sexuais e reprodutivos e o respeito ao direito à intimidade e à individualidade; 
• Estabelecimento de normas e protocolos de atendimento específicos para lésbicas e travestis; 
• Manutenção e fortalecimento de ações da prevenção das DST/AIDS; 
• Aprimoramento do processo transexualizador; 
• Implementação do protocolo de atenção contra a violência, considerando a identidade de gênero e orientação sexual; 
• Objetivo geral: 
o Promover saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando discriminação e preconceito 
institucional, bem como contribuindo para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como um sistema 
universal, integral e equitativo. 
• Portaria n 2.836, de 1 de dezembro de 2011: 
o Institui no âmbito do SUS, a Política Nacional de Saúde Integral LGBT 
o Objetivos específicos: 
▪ I - Instituir mecanismos de gestão para atingir maior equidade no SUS, com especial atenção às demandas e 
necessidades em saúde da população LGBT, incluídas as especificidades de raça, cor, etnia, territorial e outras 
congêneres; 
▪ II - Ampliar o acesso da população LGBT aos serviços de saúde do SUS, garantindo às pessoas o respeito e a 
prestação de serviços de saúde com qualidade e resolução de suas demandas e necessidades; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
▪ III - Qualificar a rede de serviços do SUS para a atenção e o cuidado integral à saúde da população LGBT; 
▪ IV - Qualificar a informação em saúde no que tange à coleta, ao processamento e à análise dos dados específicos 
sobre a saúde da população LGBT, incluindo os recortes étnico-racial e territorial; 
▪ V - Monitorar, avaliar e difundir os indicadores de saúde e de serviços para a população LGBT, incluindo os 
recortes étnico-racial e territorial; 
▪ VI - Garantir acesso ao processo transexualizador na rede do SUS, nos moldes regulamentados; 
▪ VII - Promover iniciativas voltadas à redução de riscos e oferecer atenção aos problemas decorrentes do uso 
prolongado de hormônios femininos e masculinos para travestis e transexuais; 
▪ VIII - Reduzir danos à saúde da população LGBT no que diz respeito ao uso excessivo de medicamentos, drogas e 
fármacos, especialmente para travestis e transexuais; 
▪ IX - Definir estratégias setoriais e intersetoriais que visem reduzir a morbidade e a mortalidade de travestis; 
▪ X - Oferecer atenção e cuidado à saúde de adolescentese idosos que façam parte da população LGBT; 
▪ XI - Oferecer atenção integral na rede de serviços do SUS para a população LGBT nas Doenças Sexualmente 
Transmissíveis (DSTs), especialmente com relação ao HIV, à AIDS e às hepatites virais; 
▪ XII - Prevenir novos casos de cânceres ginecológicos (cérvico uterino e de mamas) entre lésbicas e mulheres 
bissexuais e ampliar o acesso ao tratamento qualificado; 
▪ XIII - Prevenir novos casos de câncer de próstata entre gays, homens bissexuais, travestis e transexuais e ampliar 
acesso ao tratamento; 
▪ XIV - Garantir os direitos sexuais e reprodutivos da população LGBT no âmbito do SUS; 
▪ XV - Buscar no âmbito da saúde suplementar a garantia da extensão da cobertura dos planos e seguros privados 
de saúde ao cônjuge dependente para casais de lésbicas, gays e bissexuais; 
▪ XVI - Atuar na eliminação do preconceito e da discriminação da população LGBT nos serviços de saúde; 
▪ XVII - Garantir o uso do nome social de travestis e transexuais, de acordo com a Carta dos Direitos dos Usuários 
da Saúde; 
▪ XVIII - Fortalecer a participação de representações da população LGBT nos Conselhos e Conferências de Saúde; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
▪ XIX - Promover o respeito à população LGBT em todos os serviços do SUS; 
▪ XX - Reduzir os problemas relacionados à saúde mental, drogadição, alcoolismo, depressão e suicídio entre 
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, atuando na prevenção, promoção e recuperação da saúde; 
▪ XXI - Incluir ações educativas nas rotinas dos serviços de saúde voltadas à promoção da autoestima entre 
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e à eliminação do preconceito por orientação sexual, identidade 
de gênero, raça, cor e território, para a sociedade em geral; 
▪ XXII - Incluir o tema do enfrentamento às discriminações de gênero, orientação sexual, raça, cor e território nos 
processos de educação permanente dos gestores, trabalhadores da saúde e integrantes dos Conselhos de Saúde; 
▪ XXIII - Promover o aperfeiçoamento das tecnologias usadas no processo transexualizador, para mulheres e 
homens; 
▪ XXIV - Realizar estudos e pesquisas relacionados ao desenvolvimento de serviços e tecnologias voltados às 
necessidades de saúde da população LGBT. 
o Como fazer? 
▪ Direitos reprodutivos da população LGBT; 
▪ Protocolos clínicos acerca do uso de hormônios, implante de próteses de silicone para travestis e transexuais; 
▪ Protocolo clínico para atendimento das demandas por mastectomia e histerectomia em transexuais masculinos, 
como procedimentos a serem oferecidos nos serviços do SUS; 
▪ Incluir os quesitos de orientação sexual e de identidade de gênero, assim como os quesitos de raça-cor, nos 
prontuários clínicos, nos documentos de notificação de violência da Secretaria de Vigilância em Saúde do 
Ministério da Saúde (SVS/MS) e nos demais documentos de identificação e notificação do SUS; 
▪ Promover ações de vigilância, prevenção e atenção à saúde nos casos de violência contra a população LGBT, de 
acordo com o preconizado pelo Sistema Nacional de Notificação Compulsória de Agravos; 
▪ Incluir conteúdos relacionados à saúde da população LGBT no material didático usado nos processos de educação 
permanente para trabalhadores de saúde; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
▪ Implantar práticas educativas na rede de serviço do SUS para melhorar a visibilidade e o respeito a lésbicas, gays, 
bissexuais, travestis e transexuais; 
▪ Estimular a representação da população LGBT nos Conselhos Estadual e Municipal de Saúde e nas Conferências 
de Saúde. 
Coordenação DST/AIDS no Ministério da Saúde (2002): 
• 40% das mulheres que buscam atendimento não revelam sua orientação sexual; 
• Entre as mulheres que revelam, que existe uma maior rapidez do atendimento médico e que estes deixaram de solicitados 
exames considerados por elas como necessários; 
• Travestis e transexuais: 
o A prostituição, o consumo de drogas, silicone industrial, hormônios e outros medicamentos estão presente na vida 
dessas pessoas e com isso existe um maior risco de contrair DST/AIDS e mais violência; 
o A depressão, crises de ansiedade e sensações de pânico também estão mais presentes. 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER 
Por muito tempo a mulher era considera apenas mãe, doméstica, gestante; 
As mulheres passaram a reivindicar melhores condições de saúde em todo o ciclo vital; 
PAISM: 
• Em 1984: 
o Política de saúde das mulheres com novas prioridades: 
▪ Linhas de cuidados específicos: 
• Eixos prioritários: 
o Pré-natal, parto e puerpério; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
o Clínica ginecológica; 
o Planejamento familiar; 
o DST; 
o Câncer de colo de útero e de mama. 
• Ações: 
o Educativas; 
o Preventivas; 
o Diagnósticas; 
o Tratamento; 
o Recuperação. 
• Objetivo principal: 
o Reduzir a morbimortalidade em mulheres por causas preveníveis e evitáveis. 
• Objetivos específicos: 
o Ampliar e qualificar atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras de AIDS/HIV e outras DST; 
o Planejamento familiar, incluindo a assistência à infertilidade e métodos contraceptivos; 
o Atenção obstétrica qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para 
mulheres e adolescentes. 
• O que fazer e como fazer: 
o Entrevista: 
▪ Registrar antecedentes obstétricos e patológicos; 
▪ Abordar sempre que pertinente, as questões referentes às parcerias, identidade de gênero, orientação sexual e 
a satisfação sexual pessoal ou do casal; 
▪ Questionar se há medicação em uso; 
▪ Investigar dispareunia e sangramentos pós-coito ou anormais, principalmente se houver a intenção do uso de 
DIU; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
▪ Questionar sobre o desejo de concepção ou ac por parte da mulher ou do casal; 
▪ Indaga sobre o conhecimento prévio de métodos ac. 
o Educação em saúde: 
▪ Orientar pessoas em idade fértil (10-49anos), considerando os aspectos biopsicossociais relacionados ao livre 
exercício da sexualidade e do prazer, além dos aspectos culturais e transgeracionais relacionados à sexualidade 
e à reprodução; 
▪ Orientar sobre direitos sexuais, direitos reprodutivos, sexo seguro, métodos anticoncepcionais, papeis sociais e 
projeto de vida, reprodução humana assistida, atenção humanizada ao abortamento, riscos implicados em 
certas práticas sexuais. 
o Indicação de preservativos: 
▪ Uso e forma de inserção dos preservativos masc e fem; 
▪ Função e método de barreira e a importância da dupla proteção; 
▪ Ofertar preservativos masculinos e femininos; 
▪ Atentar em especial para aquelas (es) desproporcionalmente afetados pelo HIV/aids: 
• Profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, populações transgênicas e transexual, 
pessoas que usam substâncias psicoativas injetáveis e população em privação de liberdade. 
o Abordagem de casais soro discordantes: 
▪ Orientar sobre cuidados preventivos, prestar esclarecimentos sobre tratamentos disponíveis e sobre medidas 
para o controle da infecção materna e para a redução da transmissão vertical do HIV; 
▪ Acompanhar conjuntamente com o serviço de atenção especializada. 
o Escolha do método anticoncepcional: 
▪ Orientar sobre os métodos existentes e disponíveis na AB; 
▪ Informar a eficácia de cada método, forma de uso e possíveis efeitos adversos e contraindicações; 
▪ Reforçar a importância do retorno para acompanhamento; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
▪ Recomendar métodos de acordo com adequação e escolha informada da usuária, considerando fatores 
individuais e contexto de vida dos usuários no momento da escolha do método. 
o Escolha do método contraceptivo de emergência: 
▪ Informar sobre a forma de uso e indicações (relação sexual sem uso de preservativo ou falha no método em uso 
e também, indicação em casos de violência); 
▪ Ofertar o método sempre que necessário. 
o Abordagem de jovens e adolescentes: 
▪ Respeitaro sigilo profissional; 
▪ Orientar sobre métodos de escolha, reforçando a necessidade da dupla proteção; 
▪ Abordar as necessidades de jovens e adolescentes em educação sexual e planejamento reprodutivo sem que 
haja necessidade do acompanhamento de pais ou responsáveis legais, exceto em caso de incapacidade 
daqueles. 
o Responsabilidade da figura masculina na anticoncepção: 
▪ Estimular a participação do casal no momento da escolha do método; 
▪ Estimular a participação masculina nos demais momentos além da escolha do método, como durante o 
acompanhamento de pré-natal e na saúde da criança; 
▪ Orientar sobre direitos sexuais e reprodutivos para além do controle de natalidade. 
o Abordagem da usuária ou do casal em possibilidade ou confirmação de gravidez indesejada: 
▪ Propor planejamento reprodutivo em caso de exame negativo de gravidez com orientação para inicio de 
método ac. Em caso de confirmação e acompanhamento da gestação, propor métodos para posterior adesão; 
▪ Orientar sobre as consequências e fatores relacionados ao abortamento inseguro. 
▪ Conversar e orientar acerca de métodos que colocam a vida da mulher em maior risco: 
• Inserção de uma substância ou objeto no útero; 
• Dilatação e curetação feitas de forma incorreta por profissional não capacitado; 
• Ingestão de preparados caseiros; 
SFV – Roberta M Figueiredo 
 
• Aplicação de força externa. 
▪ Acolher e acompanhar de forma humanizada a mulher com histórico de abortamento

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