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Pmsus oficina 4 - Violência contra a mulher e feminicídio

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Disciplina: PMSUS 4 (Reflexão)
SÍNTESE OFICINA 4
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E FEMINICÍDIO
INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL: Compreender a situação da violência contra a mulher e o feminicídio no Brasil e o papel da Atenção Básica.
OBJETIVOS
1- Entender orientação sexual e identidade de gênero e suas categorias;
2- Compreender os estigmas da diversidade sexual
3- Elucidar políticas públicas voltadas para orientação sexual e identidade de genero
4- Caracterizar feminicídio e violência doméstica;
5- Identificar os determinantes sociais da violência doméstica
6- Entender o que é o ciclo da violência e os tipos de violências;
7- Compreender de que forma é identificada a violência doméstica no sus e
8- Conhecer os projetos de leis e medidas de amparo e proteção à mulher
9- Estudar a evolução epidemiologica das taxas de homicidio/feminicídio no país.
 (
ORIENTAÇÃO
 
SEXUAL
 
E
 
IDENTIDADE
 
DE
 
GÊNERO
)
 (
1-
ENTENDER
 
ORIENTAÇÃO
 
SEXUAL
 
E
 
IDENTIDADE
 
DE
 
GÊNERO
 
E
 
SUAS
 
CATEGORIAS;
)
ORIENTAÇÃO SEXUAL
Diz respeito a atração sexual, com quem manifesta interesse em se relacionar.
· Homossexual (gay, lésbica)
· Heterosessual
· Bissexual
A orientação sexual diz respeito ao envolvimento durável emocional, amoroso e/ou atração sexual por homens, mulheres ou por ambos os sexos (APA, 2008). Orientação é considerada uma categoria “moderna”, apesar de noutras épocas e noutras culturas terem já sido relatados padrões de desejos e comportamentos não heterossexuais (O’Murray, 2002). A orientação sexual refere -se ao indivíduo como alguém que tem uma identidade pessoal e social com base nas suas atrações, manifestando determinados comportamentos e aderindo a uma comunidade de pessoas que compartilham da mesma orientação sexual (APA, 2008).
Nem sempre a orientação sexual condiz com o comportamento sexual, isso porque indivíduos podem ter uma determinada orientação sexual, mas não quer dizer que a demonstrem em atos.
Globalmente a orientação sexual foi caracterizada em: heterossexualidade, bissexualidade e homossexualidade. Por heterossexualidade entende -se a atração sexual e/ou envolvimento emocional ou amoroso em pessoas de sexo diferente; por bissexualidade a atração sexual e/ou envolvimento emocional ou amoroso por pessoas de ambos os sexos, e a homossexualidade quando dirigida a pessoas do mesmo sexo.
Há um espectro ainda mais amplo de possibilidades: bissexual é aquele que se sente atraído pelos gêneros masculino e feminino, assexual é aquele que não tem desejo puramente sexual, pansexual é aquele que tem atração por todos os tipos de pessoas
IDENTIDADE DE GÊNERO
Era corriqueiro responder sobre identidade de gênero como sendo a pessoa que tem pênis é do gênero masculino, quem tem vagina é do gênero feminino. Mas, atualmente, defende-se que o termo "identidade de gênero" passe a ser utilizado, expressando a ideia de autoidentificação.
Então, por identidade de gênero entende-se todas as normas de comportamento e aparência estereotipadamente ligadas a cada gênero, forma como o indivíduo se vê e se sente.
· Masculino
· Feminino
· Transgênero (TRANS)
· Cisgênero (CIS)
· Agênero
· Gênero fluido
· Crossdresser
· Drag Queen
· Não-binário
A partir daí se utilizam dois termos: transgênero (pessoa que não se identifica com as características do gênero designado a ela no nascimento) e cisgênero (pessoa que se identifica com as características do gênero designado a ela no nascimento).
A transexualidade implica no desejo de viver ou experiência de vida de acordo com o que é convencionalmente atribuído ao gênero oposto. No caso de pessoas cujo sexo biológico de nascimento é masculino e que vivem no gênero feminino fala-se em transexuais MTF (male to female). E no caso de pessoas cujo sexo biológico é feminino e vivem no gênero masculina, fala-se em transexuais FTM (female to male).
As identidades não-binárias, definem quem não se sente confortável em uma divisão entre gênero masculino e gênero feminino. Talvez não se importem com isso, talvez se sintam atraídas por pessoas independentemente de identidade de gênero.
Transexual, homossexual e travesti. Diferenças
Transexual é o indivíduo que possui características físicas sexuais distintas das características psíquicas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a transexualidade é um transtorno de identidade de gênero. A identidade de gênero é o gênero como a pessoa se enxerga (como homem ou mulher). Assim, em simples palavras, o transexual tem uma identidade de gênero (sexo psicológico) diferente do sexo físico, o que lhe causa intenso sofrimento.
Existem algumas formas de acompanhamento médico oferecidas ao transexual, dentre elas a cirurgia de redesignação sexual (transgenitalização), que pode ocorrer tanto para redesignação do sexo masculino em feminino, como o inverso.
A cirurgia para a transformação do sexo masculino em feminino é chamada de “neocolpovulvoplastia” e consiste, na maioria dos casos, na retirada dos testículos e a construção de uma vagina (neovagina), utilizando-se a pele do pênis ou de parte da mucosa do intestino grosso.
Homossexualidade (não se fala homossexualismo) está ligada à orientação sexual, ou seja, a pessoa tem atração emocional, afetiva ou sexual por pessoas do mesmo gênero. O homossexual não possui nenhuma incongruência de identidade de gênero.
A travesti (sempre utiliza-se o artigo no feminino), por sua vez, possui identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, mas, diferentemente dos transexuais, não deseja realizar a cirurgia de redesignação sexual.
REFERÊNCIAS
APA. WASHINGTON, DC. American Psychological Association (2008) Answers to your questions: For a better understanding of sexual orientation and homosexualit. Disponível online https://repositorio- aberto.up.pt/bitstream/10216/64341/2/16034.pdf
NOGUEIRA, Conceição; OLIVEIRA, João Manuel de (organ.). Estudo sobre a discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género. Ed. Comissão para Cidadania e Igualdade de gênero: Lisboa, 2010. ISBN: 978- 972-597-326-4.
ALTMANN, HELENA. Orientação sexual nos parâmetros curriculares nacionais. Rev. Estud. Fem. [online]. 2001, vol.9,	n.2	[cited	2021-05-24],	pp.575-585.	Available	from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2001000200014&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1806-9584. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200014.
 (
2-
DISCUTIR
 
O
 
COMPORTAMENTO
 
SOCIAL
 
TANTO
 
REFORÇADOR
 
QUANTO
 
DESTRUIDOR
 
DE
ESTIGMAS
 
DIANTE
 
A
 
DIVERSIDADE
 
SEXUAL
)
O preconceito sexual se intensifica por meio de "piadinhas", "brincadeiras" e várias maneiras de bullying surge como que automatizado e, muitas vezes, encontra-se estereotipado à luz do comportamento conservador que ainda está presente em diversos "Aparelhos Ideológicos do Estado", como nas Escolas, nas Igrejas, na própria Família, etc. Em relação ao preconceito, a segregação e o estigma é preciso inibir ou reeducar as atitudes que causam violências e inferiorizações na sociedade e congelar, combater, impedir a intolerância de tal forma que possa ser orientada a capacidade cognitiva e formativa do ser humano para que, finalmente, seja um indivíduo eminentemente humano. O ser humano precisa se "humanizar", conhecer direitos, desenvolver aspectos sociais da vida cidadã, manifestar suas inquietudes e conquistar referências de respeito mútuo, especialmente entre as chamadas minorias sociais (Silva, 2013).
Convém detacar que o estigma aos comportamentos sexuais que divergem do padrão heteronormativo, além de ser um determinante de saúde, uma vez que implica em vulnerabilidades específicas e carrega forte potencial para causar sofrimento psíquico, constituem também uma forma de barreira simbólica ao acesso, comprometendo o cumprimento dos princípios de integralidade, universalidade e equidade. Foi na 13ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) em 2008, quando finalmente, pela primeira vez, a orientação sexual e a identidade de gênero são incluídas na análise da determinação social da saúde (GUIMARÃES, 2019).
Os relatos sobresexismo e homofobia institucional no campo da saúde, descritos na literatura são apresentadas diferentes situações que podem envolver as pessoas LGBT. Quando, ao procurar um serviço de saúde suas estéticas pessoais de gesto, fala e figurino, seu estilo propriamente dito, denunciam uma suposta dissidência da norma, as manifestações discriminatórias tendem a ocorrer logo no seu acolhimento. São posicionados como sujeitos “desacreditados”. Outras pessoas cujo estilo pessoal não evidencia a orientação sexual, ou o pertencimento de gênero, as atitudes discriminatórias passam a integrar o repertório de cuidado a partir de sua enunciação, ou seja, o indivíduo, a partir de sua “revelação/descoberta” desloca do lugar de desacreditável, para ser posicionado como desacreditado ((GUIMARÃES, 2019).
REFERÊNCIAS
SILVA, Ariana Kelly Leandra Silva da. Diversidade sexual e de gênero: a construção do sujeito social. Rev. NUFEN,	São	Paulo	,	v.	5, n.	1, p.	12-25,	2013	.	Disponível	em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175- 25912013000100003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 25 maio 2021.
(GUIMARÃES,2019)
2019).https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/34523/1/2018_RitadeC%c3%a1ssiaPassosGuimar%c3
%a3es.pdf.
 (
3-
ELUCIDAR
 
POLÍTICAS
 
PÚBLICAS
 
VOLTADAS
 
PARA
 
ORIENTAÇÃO
 
SEXUAL
 
E
 
IDENTIDADE
DE
 
GÊNERO.
)
DISCUTINDO LEIS E PROJETOS GERAIS
· Constituição Federal de 1988
A Política está embasada nos princípios assegurados na Constituição Federal de 1988 (CF/88), que garantem a cidadania e dignidade da pessoa humana (BRASIL, 1988, art. 1.º, inc. II e III), reforçados no objetivo fundamental da República Federativa do Brasil de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, 1988, art. 3.º, inc. IV).
· Criação do SUS em 1990
Os princípios constitucionais do SUS são: a) a universalidade do acesso, compreendido como o “acesso garantido aos serviços de saúde para toda população, em todos os níveis de assistência, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”; b) a integralidade da atenção, “entendida como um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigido para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema”; c) a participação da comunidade institucionalizada por meio de lei regulamentar nos conselhos e conferências de saúde – Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 (BRASIL, 1990, art. 7.º, inc. I, II, IV IX).
· Discutindo leis e projetos específicos:
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
(POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL LGBT): Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011: Instituida, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a
· Objetivos específicos:
I - instituir mecanismos de gestão para atingir maior equidade no SUS, com especial atenção às demandas e necessidades em saúde da população LGBT, incluídas as especificidades de raça, cor, etnia, territorial e outras congêneres;
II - ampliar o acesso da população LGBT aos serviços de saúde do SUS, garantindo às pessoas o respeito e a prestação de serviços de saúde com qualidade e resolução de suas demandas e necessidades;
III - qualificar a rede de serviços do SUS para a atenção e o cuidado integral à saúde da população LGBT;
IV - qualificar a informação em saúde no que tange à coleta, ao processamento e à análise dos dados específicos sobre a saúde da população LGBT, incluindo os recortes étnico-racial e territorial;
V - monitorar, avaliar e difundir os indicadores de saúde e de serviços para a população LGBT, incluindo os recortes étnico-racial e territorial;
VI - garantir acesso ao processo transexualizador na rede do SUS, nos moldes regulamentados;
VII - promover iniciativas voltadas à redução de riscos e oferecer atenção aos problemas decorrentes do uso prolongado de hormônios femininos e masculinos para travestis e transexuais;
VIII - reduzir danos à saúde da população LGBT no que diz respeito ao uso excessivo de medicamentos, drogas e fármacos, especialmente para travestis e transexuais;
IX - definir estratégias setoriais e intersetoriais que visem reduzir a morbidade e a mortalidade de travestis; X - oferecer atenção e cuidado à saúde de adolescentes e idosos que façam parte da população LGBT;
XI - oferecer atenção integral na rede de serviços do SUS para a população LGBT nas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), especialmente com relação ao HIV, à AIDS e às hepatites virais;
XII - prevenir novos casos de cânceres ginecológicos (cérvico uterino e de mamas) entre lésbicas e mulheres bissexuais e ampliar o acesso ao tratamento qualificado; XIII - prevenir novos casos de câncer de próstata entre gays, homens bissexuais, travestis e transexuais e ampliar acesso ao tratamento;
XIV - garantir os direitos sexuais e reprodutivos da população LGBT no âmbito do SUS;
XV - buscar no âmbito da saúde suplementar a garantia da extensão da cobertura dos planos e seguros privados de saúde ao cônjuge dependente para casais de lésbicas, gays e bissexuais;
XVI - atuar na eliminação do preconceito e da discriminação da população LGBT nos serviços de saúde;
XVII - garantir o uso do nome social de travestis e transexuais, de acordo com a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde;
XVIII - fortalecer a participação de representações da população LGBT nos Conselhos e Conferências de Saúde;
XIX - promover o respeito à população LGBT em todos os serviços do SUS;
XX - reduzir os problemas relacionados à saúde mental, drogadição, alcoolismo, depressão e suicídio entre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, atuando na prevenção, promoção e recuperação da saúde;
XXI - incluir ações educativas nas rotinas dos serviços de saúde voltadas à promoção da autoestima entre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e à eliminação do preconceito por orientação sexual, identidade de gênero, raça, cor e território, para a sociedade em geral
XXII - incluir o tema do enfrentamento às discriminações de gênero, orientação sexual, raça, cor e território nos processos de educação permanente dos gestores, trabalhadores da saúde e integrantes dos Conselhos de Saúde;
XXIII - promover o aperfeiçoamento das tecnologias usadas no processo transexualizador, para mulheres e homens;
XXIV - realizar estudos e pesquisas relacionados ao desenvolvimento de serviços e tecnologias voltados às necessidades de saúde da população LGBT.
RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES RELACIONADAS À POLÍTICA
· É função do Ministério da Saúde:
I - definir estratégias e plano de ação para implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT no âmbito estadual;
II - conduzir os processos de pactuação sobre a temática LGBT na Comissão Intergestores Bipartite (CIB);
III - coordenar, monitorar e avaliar a implementação desta Política Nacional de Saúde Integral LGBT, na esfera estadual, garantindo apoio técnico aos Municípios;
IV - promover a inclusão desta Política Nacional de Saúde Integral LGBT nos Planos Estaduais de Saúde e nos respectivos Planos Plurianuais (PPAs);
V - planejar, implementar e avaliar as iniciativas para a saúde integral da população LGBT, nos moldes desta Política Nacional de Saúde Integral LGBT;
VI - incentivar a criação de espaços de promoção da equidade em saúde nos Estados e Municípios;
VII - promover ações intersetoriais da saúde integral da população LGBT, por meio da inclusão social e da eliminação da discriminação, incluindo os recortes étnico-racial e territorial;
VIII - incluir conteúdos relacionados à saúde da população LGBT, com recortes étnico-racial e territorial, no material didático usado nos processos de educação permanente para trabalhadores de saúde;
IX - promover ações e práticas educativas em saúde nos serviços do SUS, com ênfase na promoção da saúde mental, orientação sexual e identidade de gênero, incluindo recortes étnicoracial e territorial;
X - estimular a representação da populaçãoLGBT nos Conselhos Estadual e Municipal de Saúde e nas Conferências de Saúde.
· É FUNÇÃO DA SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE Art. 6º Compete aos Municípios:
I - implementar a Política Nacional de Saúde Integral LGBT no Município, incluindo metas de acordo com seus objetivos;
II - identificar as necessidades de saúde da população LGBT no Município;
III - promover a inclusão desta Política Nacional de Saúde Integral LGBT no Plano Municipal de Saúde e no PPA setorial, em consonância com as realidades, demandas e necessidades locais;
IV - estabelecer mecanismos de monitoramento e avaliação de gestão e do impacto da implementação desta Política Nacional de Saúde Integral LGBT;
V - articular com outros setores de políticas sociais, incluindo instituições governamentais e nãogovernamentais, com vistas a contribuir no processo de melhoria das condições de vida da população LGBT, em conformidade com esta Política Nacional de Saúde Integral LGBT; VI - incluir conteúdos relacionados à saúde da população LGBT, com recortes étnico-racial e territorial, no material didático usado nos processos de educação permanente para trabalhadores de saúde;
VII - implantar práticas educativas na rede de serviço do SUS para melhorar a visibilidade e o respeito a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais;
VIII - apoiar a participação social de movimentos sociais organizados da população LGBT nos Conselhos Municipais de Saúde, nas Conferências de Saúde e em todos os processos participativos.
PLANO OPERATIVO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL LGBT – 2012–2015
Objetivo
Apresentar estratégias para as gestões federal, estadual e municipal, no processo de enfrentamento das iniquidades e desigualdades em saúde com foco na população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais para a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo.
Trata-se de uma política transversal com gestão e execução compartilhadas entre as três esferas de governo e, na qual a articulação com as demais políticas do Ministério da Saúde se torna imprescindível.
Para considerar o desenvolvimento desse plano é preciso consierar os conceitos:
Região de Saúde: espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde (Decreto nº 7.508/2011).
Mapa da Saúde:Descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema (Decreto nº 7.508/2011).
Ademais, o Plano Operativo encontra-se estruturado em quatro eixos estratégicos: Eixo 1: Acesso da população LGBT à Atenção Integral à Saúde
Eixo 2: Ações de Promoção e Vigilância em Saúde para a população LGBT:
Eixo 3: Educação permanente e educação popular em saúde com foco na população LGBT Eixo 4: Monitoramento e avaliação das ações de saúde para a população LGBT
Fonte: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/DkZJz3V4kfLczm7Qbvpr3Xh/?lang=pt.
REFERÊNCIAS
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf.
 (
VIOLÊNCIA
 
DOMÉSTICA
)
 (
1-
CARACTERIZAR
 
FEMINICÍDIO
 
E
 
VIOLÊNCIA
 
DOMÉSTICA;
)
FEMINICIDIO
Feminicídio é o homicídio doloso praticado contra a mulher por “razões da condição de sexo feminino”, ou seja, desprezando, menosprezando, desconsiderando a dignidade da vítima enquanto mulher, como se as pessoas do sexo feminino tivessem menos direitos do que as do sexo masculino.
Feminicídio X femicídio
· Femicídio significa praticar homicídio contra mulher (homicídio cuja a vítima é a mulher);
· Feminicídio significa praticar homicídio contra mulher por “razões da condição de sexo feminino” (se mata a mulher, por ser mulher).
A partir da Lei n.º 13.104/2015, de 9 de março de 2015 (inciso VI art. 121 CP), o feminicídio, passou a ser considerado homicídio qualificado, pena - reclusão, de 12 a 30 anos .
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a metade se o crime for praticado: I – durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto;
II – contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência; III – na presença de descendente ou de ascendente da vítima.
Crime hediondo: Essa mesma lei, alterou o art. 1º da Lei n.º 8.072/90 e passou a prever que o feminicídio é crime hediondo.
QUANTO AO SUJEITO:
Sujeito ativo: homem ou mulher
Sujeito passivo: qualquer pessoa do sexo feminino (criança, adulta, idosa).
E o Transexual que realizou cirurgia de transgenitalização (neovagina) pode ser vítima de feminicídio se já obteve a alteração do registro civil, passando a ser considerada mulher para todos os fins de direito?
NÃO. A transexual, sob o ponto de vista estritamente genético, continua sendo pessoa do sexo masculino, mesmo após a cirurgia.
A transexual que realizou a cirurgia e passou a ter identidade sexual feminina é equiparada à mulher para todos os fins de direito, menos para agravar a situação do réu.
Tentado ou consumado: Pode ser tentado ou consumado. RAZÕES DE CONDIÇÃO DE SEXO FEMININO:
Considera-se que há “razões de condição de sexo feminino” quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Quando o homicídio for praticado contra a mulher em situação de violência doméstica e familiar: haverá feminicídio??
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
De acordo com o art. 5º da Lei n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), violência doméstica e familiar contra a mulher é:
Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família ou em qualquer relação íntima de afeto
Assim, mesmo que haja caracterização de violência doméstica e familiar, será indispensável que o crime envolva motivação baseada no gênero (“razões de condição de sexo feminino”).
 (
2-
IDENTIFICAR
 
OS
 
DETERMINANTES
 
SOCIAIS
 
DA
 
VIOLÊNCIA
 
DOMÉSTICA
)
Os determinantes sociais da saúde, fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos, comportamentais, influenciam a ocorrência de problemas de saúde, e seus fatores de risco na população têm sido marcados por iniquidades sociais que atingem a periferia urbana e áreas rurais na maioria, no Brasil.
Ações de atenção primária de saúde em violência contra a mulher abarcam episódios, como assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição, feminicídio. Sob diversas formas e intensidades, a violência contra as mulheres é recorrente e presente em muitos países, motivando graves violações de direitos humanos e crimes hediondos.
A alta prevalência da violência doméstica, resultante de agressões físicas, sexuais, emocionais relacionados com determinantes sociais de saúde como baixo nível educacional, tempo de casamento, desemprego, cultura, insegurança habitacional e alimentar.
Fonte: https://www.globalacademicnursing.com/index.php/globacadnurs/article/view/10/62.
Outro determinante social de saúde é peculiar às situações de imigração de refugiados para vários países do mundo. Especificamente no Líbano, encontra-se uma fragilidade de refugiadas sírias, que têmsua saúde sexual e reprodutiva afetadas devido à violência de gênero, casamento precoce, falta de acesso a cuidados obstétricos de emergência e a métodos contraceptivos, cesarianas forçadas, alto custo de serviços de saúde libaneses, resultando uma cobertura desigual da saúde nesse país.
Outro determinantes social de saúde é mulheres com ISTs, como as com a HIV. Muitas são desrespeitadas e vítimas de violência doméstica e familiar.
Determinantes sociais da saúde que impactam e influenciam as várias formas de violência por parceiro íntimo na vida das mulheres podem se relacionar a baixa escolaridade de homens e mulheres, idade dos parceiros, tempo de relacionamento, desorganização estrutural, falta de políticas de
proteção à mulher, vulnerabilidade à doenças, vulnerabilidade alimentar e habitacional, insegurança social, desemprego, insegurança econômica, instabilidade da família, falta de apoio social ou suporte da vizinhança, imigração e patriarcalismo.
REFERÊNCIAS
Determinantes sociais da saúde e sua influência na vida de mulheres vítimas de violência doméstica. Disponível	em:
https://www.globalacademicnursing.com/index.php/globacadnurs/article/view/10/62.
 (
3-
ENTENDER
 
O
 
QUE
 
É
 
O
 
CICLO
 
DA
 
VIOLÊNCIA
 
E
 
OS
 
TIPOS
 
DE
 
VIOLÊNCIAS;
)
CICLO DE VIOLENCIA
O ciclo da violência, descrito por L. Walker (1979), expressa como os diferentes fatores interagem num mesmo relacionamento de violência, através de sucessivas fases. Nem todos os momentos são marcados pela agressão e entendê-lo é importante para sua prevenção e interrupção.
O ciclo da violência possui três fases distintas, as quais variam, tanto em intensidade como no tempo, para o mesmo casal e entre diferentes casais e não aparecem, necessariamente, em todos os relacionamentos.
FASE UM: AUMENTO DA TENSÃO
· Ocorrem pequenos, mas freqüentes, incidentes de violência. É mais fácil a mulher negar a sua raiva, atribuindo cada incidente à uma situação externa.
· Tenta acreditar que tem algum controle sobre o comportamento do agressor. Esta aparente aceitação estimula-o a não controlar a si mesmo, as tentativas de humilhação psicológica tornam-se mais fortes e as ofensas verbais mais longas e hostis.
· A mulher não consegue restaurar o equilíbrio na relação, ficando cada vez menos capaz de se defender. O homem aumenta a opressão, o ciúme e a possessividade quando observa que ela está tentando afastar-se. Os atos da mulher estão sujeitos a interpretações equivocadas.
· Ele vigia todos os seus passos. Qualquer situação externa pode atrapalhar o equilíbrio e a tensão entre os dois torna-se intolerável.
FASE DOIS: O INCIDENTE AGUDO DA VIOLÊNCIA
· É a fase é mais breve que a anterior e a seguinte, caracterizando-se pela incontrolável descarga de tensão acumulada na fase um e pela falta de previsibilidade e controle.
· O que marca a distinção entre as fases é a gravidade com a qual os incidentes da fase dois são vistos pelo casal.
· A raiva do homem é tão grande que o impede de controlar seu comportamento. Inicialmente, tenta dar uma "lição" à mulher, sem a intenção de causar-lhe dano, e termina quando crê que ela aprendeu a "lição".
· O motivo para dar início às agressões raramente é o comportamento da mulher, mas um acontecimento externo ou um estado interno do homem.
· A mulher, ocasionalmente, provoca incidentes na fase dois. A antecipação do que possa ocorrer leva ao estresse psicológico: ela torna-se ansiosa, deprimida e queixa-se de sintomas psicossomáticos.
· Seus sentimentos, nessa fase, são de terror, raiva, ansiedade, sensação de que é inútil tentar escapar. Com frequência, a opção é encontrar um lugar seguro para esconder-se.
FASE TRÊS: O APAZIGUAMENTO/IUA-DE-MEL
· O agressor sabe que o seu comportamento foi inadequado e demasiadamente agressivo, e tenta fazer as pazes.
· É um período de calma incomum. O agressor a trata carinhosamente, pede perdão e promete que os episódios de violência não mais ocorrerão. Ele acredita que não agredirá mais, crendo que poderá controlar a si mesmo, e pensa que a mulher aprendeu a "lição".
· A mulher agredida precisa acreditar que não sofrerá mais violência. O agressor reforça a crença de que realmente pode mudar. Há predominância da imagem idealizada da relação, de acordo com os modelos convencionais de gênero. O casal que vive em uma situação de violência torna-se um par simbiótico, tão dependente um do outro que, quando um tenta separar-se, o outro torna-se drasticamente afetado.
· Esta fase parece ser mais longa que a fase dois, porém mais curta que a fase um.
· Em diferentes combinações de casal para casal, estas fases resumem o que se chama de dinâmica da violência. Sua compreensão é muito importante para uma abordagem adequada, permitindo ao profissional não atuar vitimizando a mulher e culpabilizando o homem, mas compreendendo sua interação e interdependência na relação violenta.
REFERENCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço. Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 96 p.: il. - (Série Cadernos de Atenção Básica; n. 8) - (Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 131). Capítulo 6, pág. 47 a 62 e Capítulo 10, pág. 85 a 88. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_19.pdf
TIPOS DE VIOLENCIA
De acordo a lei 11.340 (Maria da Penha), em seu artigo 7º, são considerados formas de violência contra a mulher:
a) a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
· Espancamento
· Atirar objetos, sacudir e apertar os braços
· Estrangulamento ou sufocamento
· Lesões com objetos cortantes ou perfurantes
· Ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo
· Tortura
b) violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
· Ameaças
· Constrangimento
· Humilhação
· Manipulação
· Isolamento (proibir de estudar e viajar ou de falar com amigos e parentes)
· Vigilância constante
· Perseguição contumaz
· Insultos
· Chantagem
· Exploração
· Limitação do direito de ir e vir
· Ridicularização
· Tirar a liberdade de crença
· Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre a sua memória e sanidade (gaslighting)
c) a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante
coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
· Estupro
· Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa
· Impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar
· Forçar matrimônio, gravidez ou prostituição por meio de coação, chantagem, suborno ou manipulação
· Limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher
d) a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
· Controlar o dinheiro
· Deixar de pagar pensão alimentícia
· Destruição de documentos pessoais
· Furto, extorsão ou dano
· Estelionato
· Privar de bens, valoresou recursos econômicos
· Causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste
e) a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
· Acusar a mulher de traição
· Emitir juízos morais sobre a conduta
· Fazer críticas mentirosas
· Expor a vida íntima
· Rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole
· Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir
REFERENCIAS:
LEI MARIA DA PENHA - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html
 (
4-
COMPREENDER
 
DE
 
QUE
 
FORMA
 
É
 
IDENTIFICADA
 
A
 
VIOLÊNCIA
 
DOMÉSTICA
 
NO
 
SUS
 
E
OS
 
TRÂMITES
 
FRENTE
 
À
 
OCORRÊNCIA;
)
A Rede de Atendimento à Mulher é caracterizada por instituições e serviços do Poder Público para atender mulheres em situação de violência. Os serviços oferecidos contemplam as áreas da justiça, saúde, segurança pública e assistência social. Cada área tem órgãos especializados em atendimentos para esse público e os não especializados, mas que fazem os devidos encaminhamentos quando necessário.
Entre os órgãos que podem ser buscados pelas mulheres em situação de violência estão: as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), as Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Promotorias Especializadas/Núcleos de Gênero do Ministério Público, Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Núcleos Especializados no Acolhimento e Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência das Defensorias Públicas, Patrulhas/Rondas Maria da Penha, Casas-Abrigo e as Casas da Mulher Brasileira, por exemplo.
Através da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. Serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher, funciona 24h, todos os dias da semana. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos. O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelo serviço que tem o objetivo de auxiliar mulheres em situação de violência em todo o país. O Ligue 180 preserva o anonimato dos denunciantes
 Na Saúde	
Frequentemente os profissionais da saúde são os primeiros a serem informados da violência, que ao procurar os serviços apresentam-se mascarando a situação através de outros problemas e sintomas.
Durante o processo de atendimento das situações de violência, a equipe de saúde necessita manter uma preocupação ética com a qualidade da intervenção e suas consequências. Garantir o sigilo e segurança. Nos casos de criança, obrigatoriedade de notificação ao Conselho Tutelar.
O profissional deve estar consciente dos efeitos da sua intervenção e capacitado a desenvolver, acima de tudo, praticando uma atitude compreensiva e não julgadora. Evitar que a pessoa agredida seja interrogada diversas vezes.
Importante respeitar o tempo, o ritmo e as decisões de cada pessoa. Investir e estimulara na capacidade da pessoa de enfrentar os obstáculos.
O contato com situações de sofrimento, risco e insegurança também afeta os profissionais. Por tanto, é indispensável oportunizar a equipe momentos para manifestarem seus sentimentos e reações.
Manifestações Clínicas
Podem ser agudas ou crônicas, físicas ou mentais:
· Lesões físicas agudas – inflamações, contusões, fraturas, hematomas em várias partes do corpo), que podem ser provocadas por uso de armas, socos, pontapés, tentativas de estrangulamento, queimaduras, sacudidelas.
· Agressões sexuais – lesões de mucosa oral, anal e vaginal. A gravidade depende do grau de penetração e do objeto utilizado. As lesões em mucosas envolvem inflamação, irritação, arranhões, edema, perfuração ou ruptura. As DSTs, infecções urinarias, vaginais e gravidez podem se manifestar posteriormente.
· Semanas ou meses depois ainda podem permanecer os sintomas e dor no baixo ventre, infecções, transtornos digestivos (falta de apetite, náuseas, vômitos, cólicas e dores no estomago, perda de peso, dores de cabeça e dores musculares generalizada).
· Sintomas psicossomáticos – insônia, pesadelos, falta de concentração, irritabilidade, em decorrência do estresse pós-traumático. Podem surgir ansiedade, medo, confusão, fobias, pesadelos, auto reprovação, sentimentos de inferioridade, fracasso, insegurança, culpa, baixa auto estima, comportamento auto destrutivo (uso de álcool e drogas), depressão, tentativa de suicídio.
· Socialmente a pessoa tende a se isolar, não se permite ter amizades e muda com frequência de empregos e moradia.
Diagnóstico
· Observação dos sinais clínicos (palpitações, ansiedade, nervosismo, insônia, perturbações digestivas.
· Conhecer história de vida e situações de violência que vivenciam.
· Estimular o diálogo.
· Visita domiciliar (identificar situações de violência).
Abordagem Terapêutica
· Orientar pacientes sobre a natureza e o curso da violência doméstica, fornecendo informações sobre os recursos existentes na comunidade, grupos de autoajuda e como prevenir novos episódios.
· Encaminhar para acompanhamento psicológico para uma mudança nos padrões do relacionamento, em intervenções de longo prazo.
· Manter atitude de acolhimento e apoio. Estabelecer um vínculo de confiança individual e institucional para avaliar o histórico de violência, riscos, motivação para romper a relação, limites e possibilidades pessoais, bem como seus recursos sociais e familiares.
· Ofertar as diferentes opções para lidar com o problema garantindo-lhe o direito de escolha, fortalecendo sua autoestima e autonomia.
· Construir um mapa dos recursos, estabelecendo passos graduais, concretos e realistas, construindo um mapa dos recursos.
· Apoiar a mulher que deseja fazer o registro policial do fato e informa-la sobre o significado do exame de corpo de delito, ressaltando a importância de tomar visível a situação de violência.
· Sugerir encaminhamento aos órgãos competentes: Delegacia Policial, de preferência Delegacia de Proteção à Mulher e Instituto ou Departamento Médico-Legal, serviços jurídicos.
· Orientar a mulher quanto ao seu direito e importância de guardar uma cópia do Boletim de Ocorrência.
· Estimular a construção de vínculos com diversas fontes de assistência, acompanhamento e proteção, reforçando a sistemática de atuação de uma rede de apoio.
· Prestar atendimento clínico na própria unidade ou para serviço de referência, conforme a gravidade e especificidade de danos e lesões.
· Manter visitas domiciliares periódicas, para fins de acompanhamento do caso.
Em casos de VIOLÊNCIA SEXUAL:
· Realizar anticoncepção de emergência.
· Orientação de abortamento por situação de estupro. Nesses casos, a interrupção da gravidez pode ser feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o documento "Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes - Normas Técnicas". Situação prevista no art. 128 do Código Penal Brasileiro.
· Quimioprofilaxia para Doenças sexualmente transmissíveise HIV-Aids.
· Exame físico e coleta de material para análise - examinar genitália externa e região anal, separar os lábios vaginais e visualizar o intróito vaginal. Introduzir o espéculo para examinar a vagina, suas paredes, fundo de saco e colo uterino. Inspecionar períneo e ânus. Colher material para a realização da bacterioscopia, quando houver suporte laboratorial. Havendo possibilidade de realização no local ou em referência, coletar material para cultura de gonococo e para a pesquisa de clamídia. Coleta imediata de sangue para sorologia para sífilis (VDRL) e HIV. Realizar testes rápidos, se disponível. Os exames devem ser repetidos após 30 dias, para sífilis, e três a seis meses para HIV.
· Quimioprofilaxia pós-exposição sexual ao HIV nos casos de violência não pode ser feita como rotina e aplicada a todas as situações. Tem protocolo específico.
· IMUNOPROFILAXIA PARA HEPATITE B
Imunoglobina - Após exposição ao vírus da hepatite B, a maior eficácia profilática é obtida com uso precoce da Gamablobulina Hiperimune (HBIG): 0,06 ml/kg de peso corporal, 1M, dose única, dentro de 24 a 48 horas após a agressão sexual. Se a dose a ser utilizada ultrapassar 5 ml, dividir a aplicação em duas áreas diferentes. Não há benefício comprovado na utilização da HBIG uma semana após o incidente.
Vacina - Se possível, aplicar, ao mesmo tempo, a vacina para hepatite B, administrando 1,0 ml par adultos (na região deltóide) e de 0,5 ml para crianças menores de 12 anos (na região do vasto lateral da coxa), via intramuscu1ar, no esquema de 3 doses. A segunda e a terceira doses devem ser administradas respectivamente após um e seis meses depois da primeira. A gravidez e a lactação não são condições que contraindiquem a vacinação anti-hepatite B.
Portanto, indivíduos vacinados que apresentem sorologia reativa não necessitam doses de reforço, devendo ser realizada somente pós-exposição, conforme o descrito acima.
· IMUNOPROFILAXIA PARA HEPATITE A
Após exposição ao vírus da hepatite A (HAV), a forma mais efetiva de prevenção é a imunização. Essa imunização pode ser promovida também de duas formas:
Imunoglobulina - o uso de imunoglobulina, por via intramuscular, na dose de 0,02 ml/kg, administrada dentro das 2 semanas posteriormente à exposição. Sua eficácia é de 85% e a proteção tem uma duração de 3 a 6 meses.
Vacina - a vacina para hepatite A, feita com vírus inativado, é segura, altamente imunogênica e tem uma eficácia de 94% quando administrada em duas doses.
FLUXOGRAMAS DE ATENDIMENTO
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 96 p.: il. - (Série Cadernos de Atenção Básica; n. 8) - (Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 131). ISBN 85-334-0436-0. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/violencia_intrafamiliar_cab8.pdf
Manual para Atendimento às Vítimas de Violência na Rede de Saúde Pública do Distrito Federal/ Laurez Ferreira Vilela (coordenadora) – Brasília: Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, 2008. 68 páginas. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atendimento_vitimas_violencia_saude_publica_DF.pd f
 (
5-
CONHECER
 
OS
 
PROJETOS
 
DE
 
LEIS
 
E
 
MEDIDAS
 
DE
 
AMPARO
 
E
 
PROTEÇÃO
 
À
 
MULHER
VÍTIMA
 
DE
 
VIOLÊNCIA
 
DOMÉSTICA,
 
INCLUINDO
 
PUNIÇÃO
 
DO
 
PARCEIRO;
)
O art. 226, § 8ºdaConstituição Federal(BRASIL, 1988), é dever do Estado assegurar a assistência
jurídica“à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”.
A partir dos anos 90, com a efetiva participação da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas questões de mortes femininas, o tema violência contra mulher (VCM) adquiriu status internacional, posto que a violência coloca as mulheres numa situação de vulnerabilidade e de perigo, demandando políticas de proteção e apoio;
No Brasil, com vista ao amparo das mulheres em situação de violência, foram criadas, em 1998, as unidades de proteção asseguradas pelo Programa de Prevenção, Assistência e Combate à Violência contra a Mulher, conveniado com estados, municípios e organizações não governamentais.
Mais tarde, no final de 2006, foi promulgada a Lei Maria da Penha (LMP), que qualificou a VCM como uma violação dos direitos humanos e um comportamento criminal no país, prevendo medidas de integração operacional entre o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública com as áreas de assistência social, educação, habitação e saúde;
A LMP tem por intuito aumentar o rigor das punições às agressões contra as mulheres no âmbito doméstico ou familiar, possibilitando a decretação da prisão, além de aumentar as penas e outras medidas protetivas e, com isso, poder contribuir para a redução da VCM no país;
A LMP contribuiu para quebrar a cadeia de violência contra as mulheres dentro de muitas famílias, porém, o que dita a legislação nem sempre se traduz inteiramente na prática cotidiana dos serviços públicos e privados de saúde e de assistência social. Há, ainda, a necessidade de investimento e formação de profissionais que atuem em espaços sociais especiais para essas mulheres, para que os mesmos estejam aptos à estruturação da rede de serviços de proteção a elas, incluindo a linha de cuidados integrais à saúde.
A LMP também garante afastamento e auxílio doença às mulheres que sofreram violência doméstica ou familiar.
“Art. 9º, § 2º, da Lei n. 11.340/2006,a manutenção do vínculo empregatício, bem como determinado ao INSS o pagamento do período em que esteve afastada”
A Convenção de Belém do Pará, conhecida como a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra Mulher, é considerada um marco no enfrentamento à violência contra as mulheres, já que ela exige dos Estados um compromisso efetivo na erradicação da violência de gênero a partir da criação de legislação específica –campo em que o Brasil tornou-se referência com a promulgação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), em 2006.
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.
O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
É possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil e de mais de 50 países no exterior.
PUNIÇÕES AO AGRESSOR
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) tornou mais rigorosa a punição para agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico e familiar.
A Lei Maria da Penha altera o Código Penal e possibilita que agressores de mulheres no âmbito doméstico e familiar sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada. Com essa medida, os agressores não podem mais ser punidos com penas alternativas, como o pagamento de cestas básicas, por exemplo, como era usual. A lei também aumenta o tempo máximo de detenção de um para três anos, estabelecendo ainda medidas como a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua proximidade com a mulher agredida e os filhos.
Há uma proposta nova, O PL 485/2021, que amplia a pena mínima dos atuais três meses para dois anos de reclusão, enquanto a penalidade máxima passa de três para seis anos de prisão.
REFERÊNCIAS
Amaral, Luana Bandeira de Mello et al. Violência doméstica e a Lei Maria da Penha: perfil das agressões sofridas por mulheres abrigadas em unidade social de proteção. Revista Estudos Feministas [online]. 2016, v. 24, n. 2 [Acessado 1 Junho 2021] , pp. 521-540. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1805-9584-2016v24n2p521>. ISSN 1806-9584. https://doi.org/10.1590/1805-9584-2016v24n2p521.
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/03/05/projeto-aumenta-penas-para-crime-de- violencia-domestica.
 (
6-
ESTUDAR
 
A
 
EVOLUÇÃO
 
EPIDEMIOLOGICA
 
DAS
 
TAXAS
 
DE
 
HOMICIDIO/FEMINICÍDIO
 
NO
 
PAÍS.
)
· A taxa de feminicídio no Brasil é registrada como a 5ª mais alta do mundo (2015 – Dados sobre feminicídio no Brasil).
ATLAS DE VIOLENCIA 2019
· Em 2017, houve cerca de 13 homicidios/dia (aumento de 6,3% em relação 2016), correspondendo a 4.936 mulheres mortas, o maior número registrado desde 2007.
· Entre 2007-2017 houve crescimento de 30,7% no número de homicídios de mulheres no país, 4,7 mulheres assassinadas por grupo de 100 mil mulheres.
· Taxa de homicídios de mulheres não negras teve crescimento de 4,5% entre 2007 e 2017, a taxa de homicídios de mulheres negras cresceu 29,9%.
ATLAS DE VIOLENCIA 2020
· Entre 2017 e 2018 a taxa de homicídios contra mulheres houve redução de 9,3%.
· Em 2018, 4.519 mulheres foram assassinadas no Brasil, uma mulher cada duas horas, o que representa uma taxa de 4,3 homicídios para cada 100 mil habitantes do sexo feminino.
· Entre 2008 e 2018, o Brasil teve um aumento de 4,2% nos assassinatos de mulheres: a taxa de homicídios de mulheres não negras caiu 11,7%, a taxa entre as mulheres negras aumentou 12,4%.
· 2013-2018 – Aumento em 25% de homicídio de mulheres por arma de fogo, em suas residências.
ANALISE POR ESTADOS
2008 – 2018 (Ceara: 278,6%; Roraima: 186,8%; Acre: 126,6%)
As maiores reduções ocorreram no Espirito Santo (52,2%), Sao Paulo (36,3%) e Parana (35,1%):
INDICATIVO DO CRESCIMENTO DE FEMINICIDIOS:
	
	TAXA DE HOMICIDIOS OCORRIDOS FORA DA
RESIDENCIA DA VITIMA
	A TAXA DE HOMICIDIOS NA
RESIDÊNCIA
	2013 e 2018
	redução de 11,8%
	Aumento 8,3%
	2017 e 2018
	redução de 11,8%
	Estabilidade
	2008-2018
	Aumento de 3,4%
	-
REFERENCIA
IPEA. Atlas da violência 2019. / Organizadores: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Brasília: Rio de Janeiro: São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 2019. https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/downloads/6537- atlas2019.pdf
IPEA. Atlas da violência 2020. / Organizadores: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Brasília: Rio de Janeiro: São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 2020. https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519- atlasdaviolencia2020completo.pdf

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