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aula 15_BRASIILIA

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Brasília: cidade moderna
DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA - THA
DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
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SUMÁRIO
1. O concurso e seus principais projetos
2. A cidade que Lucio inventou
3. A Brasília de Oscar
4. Referências 
O concurso e seus 
principais projetos1
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
Em campanha eleitoral,
Juscelino Kubitschek é questionado por 
Antonio Carvalho Soares – o Tinoquinho – se 
ele transferiria a capital federal para o interior 
de Goiás, como mencionava a constituição. 
JK compromete-se, pela primeira vez, e num 
discurso público, a transferir a capital federal 
para o Planalto Central
Jataí, Goiás, 4 de abril de 1955
JK e o Israel Pinheiro – futuro presidente 
da NOVACAP e primeiro prefeito de Brasília 
– quando deputados, foram alguns dos 
debatedores políticos que, nas discussões 
da Câmara (entre 1946 e 1948), 
defenderam uma possível transferência da 
capital federal somente se fosse destinada 
ao estado de Minas Gerais (no Triângulo 
Mineiro), origem eleitoral de ambos.
Entretanto...
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1. O concurso e seus principais projetos
• Ao se eleger Presidente da 
República, JK comprometeu-se 
a concretizar a transferência da 
Capital Federal para o planalto 
central, num ponto 
equidistante das capitais 
regionais do país, conforme 
estabelecido na Constituição do 
Brasil. 
• O primeiro passo foi a criação 
em 1956 da Companhia 
Urbanizadora da Nova Capital -
Novacap, cujos objetivos eram:
 o planejamento e construção da Nova Capital; 
 as negociações de posse e empréstimo de imóveis da área; 
 a coordenação de todos os projetos e obras necessárias para a construção da cidade.
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1. O concurso e seus principais projetos
• A intenção inicial era atribuir a Oscar Niemeyer o planejamento de toda a cidade. Este, 
entretanto, sugeriu que se fizesse um concurso para a escolha do projeto urbano, cabendo a ele 
o projeto dos principais edifícios da cidade. 
• Organizado pela Novacap, o concurso para o Plano Piloto da Nova Capital do Brasil – o Concurso 
para Brasília – foi polêmico e controvertido. 
• Seu edital, aprovado em 24 de setembro de 1956, previa elementos: 
a. traçado básico da cidade, indicando a disposição dos principais elementos da estrutura 
urbana, a localização e interligação dos diversos setores, centros, instalações e serviços, 
distribuição dos espaços livres e vias de comunicação (escala 1:25.000); 
b. relatório justificativo.
c. Depois foi definido a população de 500.000hab e a criação do Lago
A exigência de tão poucos elementos não apenas incentivou a inscrição 
de um grande número de equipes – 62 no total –, como possibilitou uma 
flexibilidade na concepção dos projetos, o que se refletiu nos diferentes 
modos de apresentação e detalhamento.
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1. O concurso e seus principais projetos
Edital do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil (publicado em 1956):
4. Os concorrentes poderão apresentar , dentro de suas possibilidades , os elementos que serviram 
de base ou que comprovem razões fundamentais de seus planos, como sejam:
a) esquema cartográfico da utilização prevista para a área do Distrito Federal, com a localização 
aproximada das zonas de produção agrícola, urbana, industrial, de preservação dos recursos 
naturais – inclusive florestas, caça e pesca, controle de erosão e proteção de mananciais – e das redes de 
comunicação (escala 1:50.000)
b) cálculo do abastecimento de energia elétrica, de água e de transporte, necessários à vida da 
população urbana
c) esquema do programa de desenvolvimento da cidade, indicando a progressão por etapas e a 
duração provável de cada uma;
d) elementos técnicos para serem utilizados na elaboração de uma lei reguladora da utilização da terra e 
dos recursos naturais da região;
e) previsão do abastecimento de energia elétrica, de água, de transporte e dos demais elementos essenciais 
à vida da população urbana;
f) equilíbrio e estabilidade econômica da região, sendo previstas oportunidades de trabalho para toda a 
população e remuneração para os investimentos planejados;
g) previsão de um desenvolvimento progressivo equilibrado, assegurando a aplicação dos investimentos no 
mais breve espaço de tempo e a existência dos abastecimentos e serviços necessários à população em cada 
etapa do programa;
h) distribuição conveniente da população nas aglomerações urbanas e nas zonas de 
produção agrícola, de modo a criar condições adequadas de convivência social.
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1. O concurso e seus principais projetos
O júri procurou examinar os projetos; inicialmente, sob o plano funcional e, em seguida, do ponto de 
vista da síntese arquitetônica.
A) Os elementos funcionais são:
1 – a consideração dos dados topográficos;
2 – a extensão da cidade projetada em relação com a densidade da população (escala 
humana);
3 – o grau de integração, ou seja, as relações dos elementos entre si;
4 – a ligação orgânica entre a cidade e os arredores (plano regional).
B) A síntese arquitetônica compreende:
1 – composição geral;
2 – expressão específica da sede do Governo.
Relatório do Júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956:
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1. O concurso e seus principais projetos
Levando em consideração o que vem de ser enunciado, o Júri selecionou quatro projetos, que até 
certo ponto preenchem os critérios enumerados:
– o de número 22 (vinte e dois), de Lucio Costa. 
– o de número 2 (dois), de Boruch Milmann, João Henrique Rocha e Ney Fontes Gonçalves;
– o de número 17 (dezessete) de Rino Levi, Roberto Cerqueira Césare L. R. Carvalho Franco;
– o de número 8 (oito), de M. M. Roberto;
Relatório do Júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956:
- PRIMEIRO LUGAR 
“[...] o projeto que melhor integra os elementos monumentais na vida quotidiana da cidade, como Capital 
Federal, apresentando numa composição coerente, racional, de essência urbana – uma obra de arte”
- SEGUNDO LUGAR 
“[...] apresenta uma densidade conveniente, agrupando de maneira feliz as habitações na beira do lago.”
- TERCEIRO LUGAR 
“[...] por apresentar uma alta qualidade plástica em harmonia com uma grande competência técnica.”
- QUARTO LUGAR 
“[...] por sua ampla pesquisa de desenvolvimento regional e seus estudos aprofundados dos problemas 
econômicos e administrativos.”
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1. O concurso e seus principais projetos
número 24 - Henrique Ephin Midlin Giancarlo Palanti
número 26 - Milton C. Ghiraldini (Construtécnica SA Comercial e Construtora) 
número 1 - Carlos Cascaldi, João Vílanova Artigas, Mário Wagner Vieira da Cunha, Paulo de 
Camargo e Almeida
Relatório do Júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956:
- QUINTO LUGAR
segregação de operários e indústrias e dificuldade com a disposição dos Ministérios. O projeto foi considerado 
bem dimensionado e com boa densidade. 
- QUINTO LUGAR
dificuldades quanto à ligação dos edifícios até as vias principais e ausência de caráter de uma capital 
administrativa. Sugeria mais um "bonito modelo de uma aldeia agrícola" .
- QUINTO LUGAR
dificuldades quanto à ligação dos edifícios até as vias principais e ausência de caráter de uma capital 
administrativa. Sugeria mais um "bonito modelo de uma aldeia agrícola" .
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1. O concurso e seus principais projetos
• Ao final de cinco dias de análises, o júri definiu sete premiados:
1º lugar – Lucio Costa
2º lugar – Arquitetos Associados (Boruch Milmann, J.H. Rocha e Ney Fontes Gonçalves)
3º e 4º lugares – MM Roberto
Rino Levi, Roberto Cerqueira Cesar, Luis Roberto Carvalho Franco
5º lugar – Cascaldi, Vilanova Artigas, M.W.Vieira da Cunha, Paulo de Camargo e Almeida
Henrique E. Mindlin e Giancarlo Palanti
Construtécnica S/A – Milton C. Ghiraldini
• A ata foi assinada por todos os membros, à exceção de Paulo Antunes. Este, discordando do 
processo de escolha, expressou sua opinião em separado, recomendando que o plano 
definitivo fosse elaborado por uma equipe formada pelos 7 finalistas e mais 3 concorrentes por 
ele indicados. Voto vencido, prevaleceu a seleção original. 
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1. O concurso e seus principais projetos
GRANDE INFLUÊNCIA DA CARTA DE ATENAS
A casa deve ocupar 
os melhores
espaços urbanos 
Mínimo de horas 
de luz solar 
Proibida a 
construção de 
casas sobre o 
alinhamento da 
ruas
Mínima distância
entre casa e
trabalho
Setores industriais
independientes 
Centro de negócios
(equipamentos) 
bem comunicado 
com a habitação
Todo bairro com
superfície verde 
necessária para 
jogos e esportes
Demolir áreas
insalubres e 
converte-las em
áreas verdes 
Integrar rios, 
bosques, colinas, 
vales, lagos, mar 
Clasificação de vias
segundo sua
natureza
Cruzamento de 
grande trânsito em
níveis
Separação do 
pedestre e do 
automóvel
Diferenciação das 
vias e isolamento
com áreas verdes
HABITAR TRABALHAR RECREAR CIRCULAR
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1. O concurso e seus principais projetos
Comparecem, também menções a figuras do urbanismo internacional, como:
• Camillo Sitte: “A Construção das Cidades segundo seus Princípios Artísticos”
• Ebenezer Howard: cidade-jardim 
• Soria y Mata: cidade linear 
• Le Corbusier: citté radieuse
• Lewis Munford: Função biológica e social dos espaços livres e a "matriz verde" 
• Patrick Abercrombie: reordenamento de Dublin (1916) e a reconstrução de Londres depois dos 
bombardeios da Segunda Guerra Mundial.
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1. O concurso e seus principais projetos
Do urbanismo nacional são citados, entre outros:
• Saturnino de Britto: engenheiro sanitarista (Santos e o Rio Tietê, além de atuação em diversas 
cidades brasileiras) - influenciado por Camilo Sitte
• Anhaia Mello: crítico do Plano de Avenidas de Prestes Maia, aproximava-se das ideias de Howard 
com seu “O Plano Regional de São Paulo” (1956). 
• Padre Lebret: fundador do Movimento Economia e Humanismo e dirigiu a Sociedade para Análise 
Gráfica e Mecanográfica Aplicada aos Complexos Sociais (SAGMACS) que atuou em várias 
metrópoles e cidades médias do país, incluindo cientistas sociais oriundos de várias disciplinas no 
planejamento urbano e colocando em pauta as questões que viriam conformar o debate sobre a 
re-politização das cidades 
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1. O concurso e seus principais projetos
 Boruch Milman e equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
 Boruch Milman e equipe
• A segunda colocação, obtida 
por uma equipe de jovens 
arquitetos, é quase que uma 
variação do plano vencedor, 
tendo escala e traçado 
urbano similares. 
• Assim como no projeto de 
Costa, há dois eixos 
perpendiculares. Esses, 
porém possibilitam o 
desenvolvimento da cidade a 
partir do seu 
prolongamento, como o 
modelo linear de Soria y 
Mata.
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
 Rino Levi e equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
 Rino Levi e equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
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1. O concurso e seus principais projetos
 Rino Levi e equipe
• Propondo 
edifícios de 
300m de altura 
por 400m de 
comprimento, 
nele é 
potencializado 
o ideal de 
cidade vertical. 
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1. O concurso e seus principais projetos
 Rino Levi e equipe
• Cada edifício é um 
verdadeiro bairro 
vertical, em 
substituição ao 
tecido urbano da 
cidade tradicional. 
• Esta opção se deve, 
talvez, à experiência 
do escritório de Rino 
Levi, um dos 
responsáveis pela 
verticalização do 
centro da cidade 
• de São Paulo 
durante os anos de 
1940 a 1960
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1. O concurso e seus principais projetos
 Rino Levi e equipe
• Para Milton Braga, o projeto é, talvez, o mais inovador 
entre os finalistas
"Embora do ponto de vista conceitual ele ainda estivesse 
defendendo a cidadefuncionalista, ele antecipou a 
formalização dessa arquitetura racionalista funcionalista que 
veio a seguir no mundo inteiro das mega estruturas"
• O júri considerou que o projeto tinha boa aparência, mas 
não tinha um centro de transporte, além de apresentar 
uma altura desnecessária nos edifícios, com uma 
concentração de pessoas desaconselhável.
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1. O concurso e seus principais projetos
 Irmãos Roberto e equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
 Irmãos Roberto e equipe
"[...]No projeto de M.M.M. 
Roberto, porém a articulação 
espacial é descontínua, enquanto 
o sistema circulatório exige, para 
tornar-se fácil, a 
compartimentação. 
E assim as comunicações entre as 
unidades, as ligações de conjunto 
metropolitano, do núcleo central 
aos dos perímetros mais 
afastados, se fariam por adições e 
não por integração." 
WISNIK, 2015. p. 208.
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1. O concurso e seus principais projetos
 Irmãos Roberto e equipe
• As sete células de que 
é constituído foram 
inspiradas, segundo 
os autores, em tribos 
nômades africanas, 
mas também se 
assemelham aos 
esquemas de 
organização da 
cidade-jardim de 
Howard. 
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1. O concurso e seus principais projetos
 Irmãos Roberto e equipe
[..] Embora o plano piloto
apresentado pelos Robertos deva
ser considerado como mais
aprofundado e completo
em matéria de interesse
social do que o de Costa, a
opção final do júri por este,
ressalvando-se os aspectos ainda
obscuros relativos e possíveis
interferências irregulares até a
divulgação do resultado final,
traduziu de forma mais
verdadeira os desejos da
sociedade representada. Foi à
opção politica brasileira por um
modelo econômico liberal, posto
em prática por Kubitschek, que
reduziu os pequenos avanços
sociais experimentados nas
décadas anteriores e que aparece
ter contribuído para a escolha do
projeto de Costa devido à
sua representatividade
monumental.
SOUZA, 2014.
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1. O concurso e seus principais projetos
 Irmãos Roberto e equipe
Na Brasília dos 
Robertos, as unidades 
urbanas distintas 
assumiram em suas 
cores e funções 
técnicas e 
administrativas 
essenciais da 
administração 
federal, substituindo 
a antiga ideia de 
ministérios ligados 
diretamente ao 
centro cívico. 
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1. O concurso e seus principais projetos
 Henrique Mindlin, Giancarlo Palanti e Equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
 Henrique Mindlin, Giancarlo Palanti e Equipe
• Mindlin e Palanti, com 
reconhecido pragmatismo, 
conceberam uma cidade 
com estrutura muito 
parecida àquela do plano 
de Costa. 
• O centro cívico proposto 
aproxima-se dos conceitos 
pregados pelos CIAM’s, 
nos quais Palanti teve 
grande participação. 
• O diferencial está na 
proposição de 
instrumentos legais e 
soluções urbanísticas para 
controlar a ocupação em 
escala regional
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1. O concurso e seus principais projetos
 Henrique Mindlin, Giancarlo Palanti e Equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
 Villanova Artigas e Equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
 Villanova Artigas e Equipe
• Única proposta a 
resolver, de modo 
enfático, a questão 
da habitação social 
para os construtores 
da cidade, a equipe 
de Cascaldi presenta 
um plano urbano 
articulado a um 
plano rural de 
ocupação do Distrito 
Federal. 
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1. O concurso e seus principais projetos
 Milton GhiraIdini e Equipe
• Utilização da Carta de Atenas, 
com todos os seus princípios 
presentes nas configurações 
usuais da zonas urbanas, das 
superquadras, das unidades de 
vizinhanças, entre outras. 
• A organização do plano piloto 
de Ghiraldini foi a mais simples 
de todas as demais concepções 
classificadas: quatro grandes 
zonas residenciais iguais em 
funcionamento e equivalentes 
em tamanho seriam 
desenvolvidas em torno do 
centro urbano, localizado com 
destaque no ponto culminante 
da topografia
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1. O concurso e seus principais projetos
 Milton GhiraIdini e Equipe
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1. O concurso e seus principais projetos
 Milton GhiraIdini e Equipe
A cidade que Lucio 
inventou2
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2. A cidade que Lucio inventou
• Até Brasília, Lucio Costa apenas enfrentara dois projetos de conotação tipicamente urbana: o 
realizado para o concurso da Vila Operária de Monlevade, Minas Gerais (1934) e o da Cidade 
Universitária, Rio de Janeiro (1936-37), ambos não executados.
• Em 1956, juntamente com Christian Dior, fora homenageado em Nova York. Na viagem de 
retorno, doze dias embarcado em um navio, produziu os primeiros esboços de Brasília. 
Percebendo-se isolado – e sozinho, embora sempre acompanhado de suas filhas, Maria Elisa e 
Helena– inventou a Capital, como um gesto individual de resistência.
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2. A cidade que Lucio inventou
• Lucio Costa também partiu de eixos 
viários perpendiculares, com a 
justificativa poética de comparar o 
traçado urbano à cruz colonial. 
• Em relação aos demais, o seu plano é 
uma resposta simples ao edital, 
fundamentando-se na ideia de que uma 
cidade Capital deve ser uma civitas. 
• O resultado é original em seu desenho, 
porém não esconde as filiações de 
muitas das soluções adotadas.
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
“E houve o propósito de 
aplicar princípios francos 
da técnica rodoviária —
inclusive a eliminação dos 
cruzamentos — à técnica 
urbanística, conferindo-se 
ao eixo arqueado, 
correspondente às vias 
naturais de acesso, a 
função circulatória tronco, 
com pistas centrais de 
velocidade e pistas laterais 
para o tráfego local e 
dispondo-se ao longo 
desse eixo o grosso dos 
setores residenciais”
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2. A cidade que Lucio inventou
“Como decorrência dessa concentração 
residencial, os centros cívico e 
administrativo, o setor cultural, o centro de 
diversões, o centro esportivo, o setor 
administrativo municipal, os quartéis, as 
zonas destinadas a armazenagem, ao 
abastecimento e às pequenas indústrias 
locais, e, por fim, a estação ferroviária, 
foram-se naturalmente ordenando e 
dispondo ao longo do eixo transversal que 
passou assim a ser o eixo monumental do 
sistema 
Lateralmente à intersecção dos dois eixos, 
mas participando funcionalmente e em 
termos de composição urbanística do eixo 
monumental, localizaram-se o setor bancário 
e comercial, o setor dos escritórios de 
empresas e profissõesliberais, e ainda os 
amplos setores do varejo comercial.”
Setorização 
Funcional
modernista
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
“O cruzamento desse eixo monumental, de cota inferior, com o eixo rodoviário-residencial impôs a 
criação de uma grande plataforma liberta do tráfego que não se destine ao estacionamento ali, 
remanso onde se concentrou logicamente o centro de diversões da cidade, com os cinemas, os 
teatros, os restaurantes etc.”
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2. A cidade que Lucio inventou
“O tráfego destinado aos demais setores prossegue, ordenado em mão única, na área térrea interior 
coberta pela plataforma e entalada nos dois topos mas aberta nas faces maiores, área utilizada em 
grande parte para o estacionamento de veículos e onde se localizou a estação rodoviária interurbana, 
acessível aos passageiros pelo nível superior da plataforma.
Apenas as pistas de velocidade mergulham, já então subterrâneas, na parte central desse piso inferior 
que se espraia em declive até nivelar-se com a esplanada do setor dos ministérios.”
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2. A cidade que Lucio inventou
“Desse modo e com a introdução de 
três trevos completos em cada ramo 
do eixo rodoviário e outras tantas 
passagens de nível inferior, o tráfego 
de automóveis e ônibus se processa 
tanto na parte central quanto nos 
setores residenciais sem qualquer 
cruzamento. 
Para o tráfego de caminhões 
estabeleceu-se um sistema 
secundário autônomo com 
cruzamentos sinalizados mas sem 
cruzamento ou interferência alguma 
com o sistema anterior, salvo acima 
do setor esportivo e que acede aos 
edifícios do setor comercial ao nível 
do subsolo, contornando o centro 
cívico em cota inferior, com galerias 
de acesso previstas no terrapleno”
Cidade-linear , Soria y Mata
Cidade-jardim, E. Howard
Carta de Atenas, CIAM
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2. A cidade que Lucio inventou
Fixada assim a rede geral do tráfego 
automóvel, estabeleceram-se, tanto nos 
setores centrais como nos residenciais, 
tramas autônomas para o trânsito local 
dos pedestres a fim de garantir-lhes o 
uso livre do chão, sem contudo levar tal 
separação a extremos sistemáticos e 
anti-naturais pois não se deve esquecer 
que o automóvel, hoje em dia, deixou de 
ser o inimigo inconciliável do homem, 
domesticou-se, já faz, por assim dizer, 
parte da família Ele só se "desumaniza", 
readquirindo vis-à-vis do pedestre feição 
ameaçadora e hostil quando 
incorporado à massa anônima do 
tráfego. 
Há então que separá-los, mas sem 
perder de vista que em determinadas 
condições e para comodidade recíproca, 
a coexistência se impõe.
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2. A cidade que Lucio inventou
“Criou-se então um terrapleno triangular, 
com arrimo de pedra à vista, sobrelevado na 
campina circunvizinha a que se tem acesso 
pela própria rampa da auto-estrada que 
conduz à residência e ao aeroporto .
Em cada ângulo dessa praça — PRAÇA DOS 
TRÊS PODERES — localizou-se uma das casas, 
ficando as do Governo e do Supremo Tribunal 
na base e a do Congresso no vértice, com 
frente igualmente para uma ampla esplanada 
disposta num segundo terrapleno, de forma 
retangular e nível mais alto, de acordo com a 
topografia local, igualmente arrimado de 
pedras em todo o seu perímetro. 
A aplicação em termos atuais, dessa técnica 
oriental milenar dos terraplenos, garante a 
coesão do conjunto e lhe confere uma ênfase 
monumental imprevista”
A implantação do projeto definitivo do Congresso 
Nacional implicou na modificação das proporções do 
conjunto monumental e da Praça
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
Um dos primeiros esboços 
para a planta urbana de 
Brasília, elaborado pela 
Comissão para Localização 
da Capital Federal em 1954, 
quando havia a proposta de 
chamá-la de Vera Cruz.
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
Ao longo dessa esplanada — o Mall dos 
ingleses —, extenso gramado destinado a 
pedestres, a paradas e a desfiles, foram 
dispostos os ministérios e autarquias 
[...]
A Catedral ficou igualmente localizada 
nessa esplanada, mas numa praça 
autônoma disposta lateralmente, não só 
por questão de protocolo, uma vez que a 
Igreja é separada do Estado, como por uma 
questão de escala, tendo-se em vista 
valorizar o monumento, e ainda, 
principalmente, por outra razão de ordem 
arquitetônica: a perspectiva de conjunto 
da esplanada deve prosseguir 
desimpedida até além da plataforma, 
onde os dois eixos urbanísticos se cruzam.
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2. A cidade que Lucio inventou
Nesta plataforma onde, como se via anteriormente, o tráfego é apenas local, situou-se então o centro 
de diversões da cidade (mistura em termos adequados de Piccadilly Circus, Times Square e Champs
Elysées).
A face da plataforma debruçada sobre o setor cultural e a esplanada dos ministérios, não foi edificada 
com exceção de uma eventual casa de chá e da ópera, cujo acesso tanto se faz pelo próprio setor de 
diversões, como pelo setor cultural contíguo, em plano inferior. Na face fronteira foram concentrados 
os cinemas e teatros, cujo gabarito se fez baixo e uniforme, constituindo assim o conjunto deles um 
corpo arquitetônico contínuo com galeria, amplas calçadas, terraços e cafés, servindo as respectivas 
fachadas em toda a altura de campo livre para a instalação de painéis luminosos de reclame
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
O pavimento térreo do setor central 
desse conjunto de teatros e cinemas 
manteve-se vazado em toda a sua 
extensão, salvo os núcleos de acesso aos 
pavimentos superiores, a fim de garantir 
continuidade à perspectiva, e os andares 
se previram envidraçados nas duas faces 
para que os restaurantes, clubes, casas 
de chá etc., tenham vista, de um lado 
para a esplanada inferior, e do outro 
para o aclive do parque no 
prolongamento do eixo monumental e 
onde ficaram localizados os hotéis 
comerciais e de turismo e, mais acima, 
para a torre monumental das estações 
radioemissoras e de televisão, tratada 
como elemento plástico integrado na 
composição geral
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2. A cidade que Lucio inventou
Quanto ao problema residencial, ocorreu a soluçãode criar-se uma seqüência contínua de grandes 
quadras dispostas, em ordem dupla ou singela, de 
ambos os lados da faixa rodoviária, e emolduradas 
por uma larga cinta densamente arborizada, 
árvores de porte, prevalecendo em cada quadra 
determinada espécie vegetal, com chão gramado e 
uma cortina suplementar intermitente de arbustos e 
folhagens, a fim de resguardar melhor, qualquer que 
seja a posição do observador, o conteúdo das 
quadras, visto sempre num segundo plano e como 
que amortecido na paisagem (fig. 13). 
Disposição que apresenta a dupla vantagem de 
garantir a ordenação urbanística mesmo quando 
varie a densidade, categoria, padrão ou qualidade 
arquitetônica dos edifícios, e de oferecer aos 
moradores extensas faixas sombreadas para passeio 
e lazer, independentemente das áreas livres previstas 
no interior das próprias quadras
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2. A cidade que Lucio inventou
Dentro destas "super-quadras" os blocos residenciais podem dispor-se da maneira mais variada, 
obedecendo porém a dois princípios gerais: gabarito máximo uniforme, talvez seis pavimentos e 
pilotis, e separação do tráfego de veículos do trânsito de pedestres, mormente o acesso á escola 
primária e às comodidades existentes no interior de cada quadra.
[...] As lojas dispõem-se em renque com vitrinas e passeio coberto na face fronteira às cintas 
arborizadas de enquadramento dos quarteirões e privativas dos pedestres, e o estacionamento na 
face oposta, contígua às vias de acesso motorizado, prevendo-se travessas para ligação de uma parte 
a outra, ficando assim as lojas geminadas duas a duas, embora o seu conjunto constitua um corpo só
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
Na confluência das quatro quadras 
localizou-se a igreja do bairro, e aos fundos 
dela as escolas secundárias, ao passo que na 
parte da faixa de serviço fronteira à rodovia 
se previu o cinema a fim de torná-lo acessível 
a quem proceda de outros bairros, ficando a 
extensa área livre intermediária destinada 
ao clube da juventude, com campo de jogos 
e recreio.
Planta esquemática de Superquadras, croquis de Lucio Costa 
[fonte: Arquivo Público do Distrito Federal]
Unidade de 
vizinhança
Quadra modelo: 
308sul
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2. A cidade que Lucio inventou
[...] A gradação social poderá ser dosada 
facilmente atribuindo-se maior valor a 
determinadas quadras como, por exemplo, 
às quadras singelas contíguas ao setor das 
embaixadas, setor que se estende de ambos 
os lados do eixo principal paralelamente ao 
eixo rodoviário, com alameda de acesso 
autônomo e via de serviço para o tráfego de 
caminhões comum às quadras residenciais.
As superquadras são ocupadas de uma forma bem 
diferente da maneira imaginada por Costa: pessoas 
de distintas classes sociais vivendo porta a porta. 
O urbanismo, assim como as leis, é incapaz de 
eliminar determinados vícios da vida social. 
Sem embargo, os equívocos estéticos são 
tradutores fiéis das doenças que afligem a 
sociedade. 
O arquiteto é, também, um construtor de símbolos, 
transmissores de valores convencionados pela 
sociedade cuja atividade deve ter uma perspectiva 
direcionada para uma crítica comprometida com a 
realidade de sua época. 
A sua relação, conflitante ou não, com o poder, 
como conseqüência, torna-se fundamental tanto 
quanto inevitável.
(LAUANDE, 2007)
Inserção das 400 -
Quadras 
“econômicas” 
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2. A cidade que Lucio inventou
Evitou-se a localização 
dos bairros residenciais 
na orla da lagoa, a fim 
de preservá-la intacta, 
tratada com bosques e 
campos de feição 
naturalista e rústica 
para os passeios e 
amenidades bucólicas 
de toda a população 
urbana. 
Apenas os clubes 
esportivos, os 
restaurantes, os lugares 
de recreio, os 
balneários e núcleos de 
pesca poderão chegar à 
beira d'água. Brasília, capital aérea e rodoviária; cidade 
parque. Sonho arqui-secular do Patriarca.
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2. A cidade que Lucio inventou
As alterações do plano-piloto original ao 
plano-piloto construído foram feitas por 
equipe da NOVACAP coordenada por 
Augusto Guimarães Filho, profissional 
que sempre trabalhara com Lucio Costa 
e que foi por ele indicado para 
coordenar o desenvolvimento do 
projeto, a partir de escritório no Rio de 
Janeiro. 
As alterações feitas no projeto inicial 
da civitas não alteraram a essência 
urbanística e simbólica, mas alteraram a 
condição urbana, o assentamento no 
território, a infraestrutura, a disposição 
funcional ao longo dos eixos viários 
estruturadores e criaram uma bolha 
urbana ao distanciar a Estação 
Ferroviária da Plataforma Rodoviária.
(FRANCISCONI, 2011)
Plano piloto construído – produto da NOVACAP (1957). Fonte: Brasília 57-85. p.29
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2. A cidade que Lucio inventou
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2. A cidade que Lucio inventou
Concepção Urbanística de Brasília. 
Fonte: Brasília : preservando o patrimônio da humanidade 
Porto Alegre: RS Projetos, 2010. p.15
A Brasília de Oscar3
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3. A Brasília de Oscar
“Foi a mesma correria, o mesmo 
idealismo e a preocupação com os prazos 
fixados. 
Em Brasília, realizei meu trabalho de 
arquiteto. 
Brasília foi o sonho de JK: levar o 
progresso para o interior do país”
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3. A Brasília de Oscar
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958
Pintor (afrescos originais)Alfredo Volpi
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3. A Brasília de Oscar
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958
ALFREDO VOLPI
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(Lucca – Itália , 14 deabril de 1896 — São Paulo, 28 de maio de 1988)
• Desde pequeno gostava de misturar tintas e criar novas cores. 
Esse talento o levou a trabalhar como pintor de frisos, florões e 
painéis nas paredes das mansões paulistanas. Estudou na 
Escola Profissional Masculina do Brás.
• Volpi passou por várias fases, recebeu influências de pintores 
impressionistas e clássicos como Cézanne, Giotto, Ucello, 
encontrando seu próprio caminho. 
• Suas obras seriam dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato 
geométrico. Exemplo marcante disso são suas bandeirinhas 
multicoloridas, que se tornaram sua marca registrada.
• É a fase das bandeirinhas, sua maior contribuição para a 
arte brasileira moderna, expressa em seu trabalho 
"Bandeiras e Mastros". 
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3. A Brasília de Oscar
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958
ATHOS BULCÃO
(Rio de Janeiro, 2 de julho de 1918 - Brasília, 31 de julho de 2008)
• Desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes 
visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na 
inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua 
cidade natal.
• Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel 
de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo 
Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.
• Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da 
Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. 
Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.
• Na função de artista plástico, passou a colaborar com Oscar 
Niemeyer em 1955. Integrando o esforço de construção de Brasília 
a partir de 1957. 
• Em 1958, mudou-se definitivamente para a capital brasileira. Nos 
anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Filgueiras
Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por 
Athos.
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3. A Brasília de Oscar
• foi projetada por Oscar 
Niemeyer e construída 
entre 1959 e 1970
• Definida pelos seus 16 
pilares de concreto em 
forma de bumerangue, 
que partem de uma 
planta circular de 60 
metros de diâmetro, 
rodeada por um espelho 
d’água, e sobem 
inclinadamente até tocar 
uns aos outros. 
• O cálculo estrutural foi 
feito por Joaquim 
Cardozo.
Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida
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3. A Brasília de Oscar
Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida
MARIANNE PERETTI
(Paris, 13 de dezembro de 1927 – viva )
• Filha da modelo francesa Antoinette Louise Clotilde Ruffier e do 
historiador pernambucano João de Medeiros Peretti
• Cresceu e foi educada em Paris, estudando na École Nationale 
Supérieure des Arts Décoratifs e depois foi para a Académie de La 
Grande Chaumiére. 
• Veio morar em definitivo no Brasil em 1956, onde passou a 
desenhar e pintar pelo Ceará, Pernambuco e Bahia.
• Participou da 5ª Bienal em São Paulo, onde ganhou o prêmio de 
melhor capa pelo livro, As Palavras, de Jean-Paul Sartre. Realizou 
várias exposições, individuais e coletivas, em Paris, São Paulo, 
Olinda, Rio de Janeiro e outras cidades. Também executou 
esculturas, vitrais e relevos para edifícios públicos e residências 
particulares, em grandes cidades do Brasil e países da Europa, 
principalmente França e Itália.
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Croqui da Cúpula da Câmara dos 
Deputados
Croqui da Circulação para as Galerias. 
Oscar Niemeyer. 1987.
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3. A Brasília de Oscar
Projeto para anexo do 
Congresso (Oscar 
Niemeyer, 1995)
Congresso Nacional (1960)
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3. A Brasília de Oscar
RENÉ BURRI
(Zurique, 9 de abril de 1933 - Zurique, 10 de outubro de 2014)
• Foi um fotógrafo suíço que trabalhou para a Magnum Photos
fotografando figuras e cenas desde 1946. 
• Fez retratos de Che Guevara,Pablo Picasso, Le Corbusier e Oscar 
Niemeyer além de políticos, militares e artísticas, assim como, 
imagens icônicas de São Paulo e Brasília.
• “Minha sorte foi saber desde cedo o que eu queria e o que não 
queria”, dizia René Burri para explicar a linha que norteou sua 
singular vida e magistral obra.
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3. A Brasília de Oscar
Palácio do Itamaraty (1962)
Planta do térreo do Itamaraty 
em que se percebe o controle 
dos espaços baseado na 
modulação 6x6m, com destaque 
para o Vestíbulo principal com 
seus 30m de vão e área de 
1.620m2. 
Nota-se a simetria nos núcleos 
de circulação e serviços e nos 
acessos .
[caderno especial sobre Niemeyer na 
revista L'Architecture d'Aujord'Hui
nº.171, 1974. s/p]
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3. A Brasília de Oscar
Palácio da Justiça
Na sede do Ministério da Justiça e 
Cidadania, inaugurada em 1972, a 
fachada é composta por lajes curvas 
entre arcos com cascatas que correm 
por calhas de concreto.
“Quando estudei esse Palácio, 
me veio a ideia de criar jogos 
d’água sobre o lago previsto e 
os coloquei entre as colunas do 
prédio. Foi a primeira fachada 
de fontes que imaginei, 
surpreendeu e agradou a todos, 
como eu havia pressentido”, 
revelou, na época, Niemeyer.
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3. A Brasília de Oscar
Teatro Nacional Cláudio Santoro (1960)
A construção do Teatro Nacional 
começou em 30 Jul. 1960, poucos 
meses após a inauguração da nova 
capital. A estrutura ficou pronta em 
30 Jan. 1961.
A partir daí, as obras permaneceram 
interrompidas por 5 anos, sendo 
retomadas em 1966 apenas para 
concluir parcialmente a sala Martins 
Penna, inaugurada em 21 Abr.
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dos pilares do Palácio da 
Alvorada 
[VASCONCELOS, 1992]
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3. A Brasília de Oscar
Escala Residencial – SQS 107/108
Niemeyer definiu 11 
prédios de seis 
pavimentos sobre pilotis 
(com duas linhas de 
pilares, que depois 
influenciariam os 
edifícios brutalistas de 
São Paulo), equipados 
com elevadores e áreas 
para estacionamento.
Na SQS 108, os 
apartamentos possuem 
dois ou três dormitórios e 
na SQS 107 há também a 
opção de quatro quartos. 
As metragens das 
unidades variam entre 
82,30 e 224 metros 
quadrados.
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3. A Brasília de Oscar
Escala Residencial – SQS 107/108
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Escala Residencial – SQS 107/108
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Escala Residencial – SQS 107/108
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3. A Brasília de Oscar
Escala Residencial – SQS 107/108
Considerações 4
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4. Considerações 
1967
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4. Considerações 
Quanto custou a 
construção de Brasília ?
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4. Considerações 
Quanto custou a 
construção de Brasília ?
US$ 1,5 bilhão 
Este é o cálculo mais aceito para o custo total da construção de Brasília. Foi feito 
pelo economista Eugênio Gudin, ministro da Fazenda de Café Filho. 
Atualizado esse valor, se Brasília fosse construída hoje, teriam sido gastos cerca de 
US$ 83 bilhões. 
Quase seis vezes o que o Brasil pretende investir nos Jogos Olímpicos de 2016.
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4. Considerações 
• Brasília constitui um projeto desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, 
cujo objetivo era constituir um polo entre o centro industrial da região sudeste e 
as áreas do centro oeste e da Amazônia, ainda pouco incorporadas ao processo 
capitalista
• Esta política econômica voltada para alcançar um crescimento acelerado com o 
apoio ao setor privado internacional e à indústria de bens de capital foi reforçada 
por investimentos públicos nas áreas de infraestrutura e da indústria de base 
(indústria pesada, de material elétrico e automobilística)
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4. Considerações 
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4. Considerações 
“E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos 
os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de 
couro e mãos de pedra, e que, no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus de arara, por 
todas as formas possíveis e imagináveis, começaram a chegar de todos os lados da imensa pátria, 
sobretudo do Norte; foram chegando do Grande Norte, do Meio Norte e do Nordeste, em sua simples e 
áspera doçura; foram chegando em grandes levas do Grande Leste, da Zona da Mata, do Centro-Oeste e 
do Grande Sul; foram chegando em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás 
mulheres e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, 
tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudade aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da 
imensa pátria”.
Sinfonia da alvorada, composta por Tom Jobim e Vinicius de Moraes
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4. Considerações 
Depoimentos operários registram jornadas de trabalho de 14 a 18 horas diárias, num 
ritmo incansável de turmas que se revezavam de dia e de noite
Joffily (1977, p. 49) confirma 
em seu livro o excesso de 
horas trabalhadas: 
“a partir de 1958 esta 
imigração (de trabalhadores 
vindos principalmente do 
nordeste do Brasil) foi se 
transformando em 
verdadeira corrida, pois os 
salários eram duplicados 
pelo acréscimo de horas 
extraordinárias, fornecendo 
ainda alojamento e ‘bóia’ 
(comida)“ .
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4. Considerações 
"As pessoas não tinham onde morar. Então pediam um resto 
de obra, tábuas velhas e, por acaso, eu é que estava incumbido 
disso aí, e pediam material para fazer. Mas onde fazer? Então 
vamos fazer aqui atrás, porque nós estávamos certos de que 
tudo seria desmanchado".
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4. Considerações 
a Novacap abriu, no fim de 1956, as principais 
avenidas do Núcleo Bandeirante, mais tarde 
conhecido como Cidade Livre.
Distante pouco mais de 10km do Plano Piloto, o 
loteamento era destinado a uso exclusivamente 
comercial e por isso não eram fornecidos alvarás 
para residências. Sua existência estaria limitada ao 
período da construção de Brasília (1956-1960).
Os lotes foram cedidos em sistema de comodato. A 
escritura não era definitiva e deveriam ser 
devolvidos à Novacap no final de 1959. Para 
incentivar a vinda de comerciantes para a região a 
localidade também estava livre do pagamento de 
impostos. Daí a origem do nome Cidade Livre.
A Cidade Livre foi oficializada como cidade-satélite em 1961, depois deviol entos confrontos 
entre a polícia e moradores que se recusaram a sair de lá. 
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4. Considerações 
CIDADE LIVRE
De acordo com o Censo do IBGE, 
já em julho de 1957 o Núcleo 
Bandeirante contava com 2.212 
habitantes, dos quais, 1.328 
eram homens e 874 mulheres. As 
342 edificações eram em 
madeira recobertas com chapas 
de alumínio, zinco e até mesmo 
com palha.
Em 1960, antes da inauguração 
de Brasília, a cidade já contava 
com 12 mil moradores, abrigadas 
irregularmente nas próprias 
casas comerciais, hotéis e 
também nas invasões: Morros do 
Urubu e do Querosene, Vilas 
Esperança,Tenório, IAPI, e Sarah 
Kubitschek.
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4. Considerações 
Para resolver o problema das invasões foram criadas 
as cidades satélites do Gama e Taguatinga, para onde 
foi transferida a maioria dos moradores.
Em suas memórias, JK apresenta as cidades-
satélites como “primeiros frutos da política de 
integração nacional” que ele vinha realizando a 
partir de Brasília.
Taguatinga apresenta-se, por ocasião da primeira visita 
de JK em 9 de agosto de 1958, como núcleo previsto 
para ser construído em época mais remota, mas, 
“circunstâncias imprevisíveis de uma calamidade 
nacional obrigaram a surgir como milagre da 
operosidade em 15 dias”.
Num dos últimos números da revista brasília, de 1962-
63, as cidades satélites são apresentadas como 
“núcleos condizentes com a grandiosidade da capital”.
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4. Considerações 
Em fevereiro de 
1960, Jorge Wilhem
criticou as 
“imensas favelas” 
e a “política 
de avestruz” 
que levava a 
escamotear o 
problema da 
habitação por meio 
da criação de 
cidades-satélites
“Uma interpretação: Brasília 1960”. ACRÓPOLE, São Paulo, Acrópole, São Paulo, n. 256-257, fev.mar. 1960.
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4. Considerações 
uma vez terminada a fase inicial, dos 3 anos iniciais 
de trabalho intensivo, um terço da população 
obreira que tinha ido a Brasília para construir a 
cidade, chegado o momento da inauguração, 
voltaria para o seu "país" de origem; outro terço 
seria absorvido pelas próprias atividades locais 
urbanas; para o terceiro terço – como eram quase 
todos operários de tradição rural – a solução seria 
criar um cinturão verde, agrícola, em torno da 
cidade. Esse era o programa, mas não deu certo 
porque todos quiseram continuar em Brasília. 
E a NOVACAP ficou com aquele problema, os 
operários tinham criado verdadeiras favelas 
próximas aos canteiros de obras. Embora eles 
houvessem declarado que não levariam as famílias, 
depois de 15 dias do mês, estavam todos lá, 
precisando morar e criando favela em torno de 
cada grande canteiro [...A criação de cidades-
satélites] Talvez não fosse uma solução civilizada 
em termos europeus, mas [foi] uma solução que 
deu certo
Cf. OLIVEIRA, Giovanna Ortiz de. Lucio Costa. Entrevista, São Paulo, ano 06, n. 023.03, Vitruvius, jul. 2005
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/06.023/3313. Acesso em: 18 fev. 2016.
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4. Considerações 
Os desenhos de cidades-satélites que conhecemos foram realizados desde os anos 1960, portanto 
elaborados assim que se previu a transferência de populações. 
São traçados concebidos segundo os paradigmas modernistas do 
Plano Piloto, mas com grandes diferenças no modo de efetivá-los. 
• predominam as baixas densidades, em superquadras ocupadas por lotes para casas unifamiliares. 
• São planos de arruamento essencialmente, para núcleos que demoraram a contar com serviços de 
água, esgoto ou energia elétrica. 
• Estima-se que até meados da década de 1970, redes de esgoto em larga escala só existiam no 
Plano Piloto e seu entorno imediato
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4. Considerações 
Planta de Taguatinga. 1964. Fonte: CODEPLAN. 
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4. Considerações 
Planta de Sobradinho. 1965. Fonte: CODEPLAN. 
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4. Considerações 
Planta do Gama. 1965. Fonte: CODEPLAN. 
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4. Considerações 
Lucio Costa não deixou de perceber o papel das 
cidades-satélites em relação ao Plano Piloto. 
Em seu Brasília revisitada, de 1985-87, o arquiteto 
condenou o “surgimento precoce e improvisado das 
cidades-satélites” e o “alastramento suburbano extenso 
e rasteiro” , de modo contrário a suas proposições 
originais. 
Porém, também reconheceu que, graças à 
existência dessas cidades-satélites, o Plano 
Piloto manteve as suas feições originais. 
Lucio Costa lembrou ainda os problemas para o 
transporte coletivo decorrentes da situação, já que dois 
terços da população metropolitana viviam então nos 
núcleos periféricos
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4. Considerações 
Referências5
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4. Referências
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FRANCISCONI, J. G. Da insustentabilidade do Plano Piloto. mdc . revista de arquitetura e urbanismo. 
<http://mdc.arq.br/2011/02/17/da-insustentabilidade-do-plano-piloto/>
LAUANDE, Francisco. O projeto para o Plano-piloto e o pensamento de Lucio Costa. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 087.08, 
Vitruvius, ago. 2007 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/223>.
LEITÃO. Francisco. (org.). Brasília 1960 2010 Passado Presente e Futuro. Brasília: SEDUMA/GDF, 2009.
ROSSETTI, Eduardo Pierrotti. Palácio do Itamaraty: questões de história, projeto e documentação (1959-70). Arquitextos, São Paulo, 
ano 09, n. 106.02, Vitruvius, mar. 2009 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.106/65>.
SCHLEE, Andrey Rosenthal A praça do maquis. mdc . revista de arquitetura e urbanismo. <http://mdc.arq.br/2009/02/04/a-praca-
do-maquis/#_ftn7>
SCHVARSBERG, Benny. “O processo de planejamento urbano e territorial de Brasília.” IN DERNTL, Maria Fernanda, SABOIA, Luciana 
(Org.). Brasília 50+50: cidade, história e projeto. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2014, p. 50-65.
SOUZA, Luiz Felipe Machado Coelho de. Irmãos Roberto Arquitetos. Rio de Janeiro : Rio Books, 2014.
TAVARES, Jeferson. 50 anos do concurso para Brasília – um breve histórico. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 086.07, Vitruvius, jul. 
2007 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.086/234>.
WISNIK, Guilherme. Mário Pedrosa: Arquitetura: Ensaios Críticos. São Paulo: Cosac Naify, 2015

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