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Brasília: cidade moderna DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA - THA DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL SUMÁRIO 1. O concurso e seus principais projetos 2. A cidade que Lucio inventou 3. A Brasília de Oscar 4. Referências O concurso e seus principais projetos1 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos http://n.i.uol.com.br/especial/brasilia-50-anos/brasilia_linha_tempo.swf B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Em campanha eleitoral, Juscelino Kubitschek é questionado por Antonio Carvalho Soares – o Tinoquinho – se ele transferiria a capital federal para o interior de Goiás, como mencionava a constituição. JK compromete-se, pela primeira vez, e num discurso público, a transferir a capital federal para o Planalto Central Jataí, Goiás, 4 de abril de 1955 JK e o Israel Pinheiro – futuro presidente da NOVACAP e primeiro prefeito de Brasília – quando deputados, foram alguns dos debatedores políticos que, nas discussões da Câmara (entre 1946 e 1948), defenderam uma possível transferência da capital federal somente se fosse destinada ao estado de Minas Gerais (no Triângulo Mineiro), origem eleitoral de ambos. Entretanto... B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos • Ao se eleger Presidente da República, JK comprometeu-se a concretizar a transferência da Capital Federal para o planalto central, num ponto equidistante das capitais regionais do país, conforme estabelecido na Constituição do Brasil. • O primeiro passo foi a criação em 1956 da Companhia Urbanizadora da Nova Capital - Novacap, cujos objetivos eram: o planejamento e construção da Nova Capital; as negociações de posse e empréstimo de imóveis da área; a coordenação de todos os projetos e obras necessárias para a construção da cidade. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos • A intenção inicial era atribuir a Oscar Niemeyer o planejamento de toda a cidade. Este, entretanto, sugeriu que se fizesse um concurso para a escolha do projeto urbano, cabendo a ele o projeto dos principais edifícios da cidade. • Organizado pela Novacap, o concurso para o Plano Piloto da Nova Capital do Brasil – o Concurso para Brasília – foi polêmico e controvertido. • Seu edital, aprovado em 24 de setembro de 1956, previa elementos: a. traçado básico da cidade, indicando a disposição dos principais elementos da estrutura urbana, a localização e interligação dos diversos setores, centros, instalações e serviços, distribuição dos espaços livres e vias de comunicação (escala 1:25.000); b. relatório justificativo. c. Depois foi definido a população de 500.000hab e a criação do Lago A exigência de tão poucos elementos não apenas incentivou a inscrição de um grande número de equipes – 62 no total –, como possibilitou uma flexibilidade na concepção dos projetos, o que se refletiu nos diferentes modos de apresentação e detalhamento. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Edital do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil (publicado em 1956): 4. Os concorrentes poderão apresentar , dentro de suas possibilidades , os elementos que serviram de base ou que comprovem razões fundamentais de seus planos, como sejam: a) esquema cartográfico da utilização prevista para a área do Distrito Federal, com a localização aproximada das zonas de produção agrícola, urbana, industrial, de preservação dos recursos naturais – inclusive florestas, caça e pesca, controle de erosão e proteção de mananciais – e das redes de comunicação (escala 1:50.000) b) cálculo do abastecimento de energia elétrica, de água e de transporte, necessários à vida da população urbana c) esquema do programa de desenvolvimento da cidade, indicando a progressão por etapas e a duração provável de cada uma; d) elementos técnicos para serem utilizados na elaboração de uma lei reguladora da utilização da terra e dos recursos naturais da região; e) previsão do abastecimento de energia elétrica, de água, de transporte e dos demais elementos essenciais à vida da população urbana; f) equilíbrio e estabilidade econômica da região, sendo previstas oportunidades de trabalho para toda a população e remuneração para os investimentos planejados; g) previsão de um desenvolvimento progressivo equilibrado, assegurando a aplicação dos investimentos no mais breve espaço de tempo e a existência dos abastecimentos e serviços necessários à população em cada etapa do programa; h) distribuição conveniente da população nas aglomerações urbanas e nas zonas de produção agrícola, de modo a criar condições adequadas de convivência social. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos O júri procurou examinar os projetos; inicialmente, sob o plano funcional e, em seguida, do ponto de vista da síntese arquitetônica. A) Os elementos funcionais são: 1 – a consideração dos dados topográficos; 2 – a extensão da cidade projetada em relação com a densidade da população (escala humana); 3 – o grau de integração, ou seja, as relações dos elementos entre si; 4 – a ligação orgânica entre a cidade e os arredores (plano regional). B) A síntese arquitetônica compreende: 1 – composição geral; 2 – expressão específica da sede do Governo. Relatório do Júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956: B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Levando em consideração o que vem de ser enunciado, o Júri selecionou quatro projetos, que até certo ponto preenchem os critérios enumerados: – o de número 22 (vinte e dois), de Lucio Costa. – o de número 2 (dois), de Boruch Milmann, João Henrique Rocha e Ney Fontes Gonçalves; – o de número 17 (dezessete) de Rino Levi, Roberto Cerqueira Césare L. R. Carvalho Franco; – o de número 8 (oito), de M. M. Roberto; Relatório do Júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956: - PRIMEIRO LUGAR “[...] o projeto que melhor integra os elementos monumentais na vida quotidiana da cidade, como Capital Federal, apresentando numa composição coerente, racional, de essência urbana – uma obra de arte” - SEGUNDO LUGAR “[...] apresenta uma densidade conveniente, agrupando de maneira feliz as habitações na beira do lago.” - TERCEIRO LUGAR “[...] por apresentar uma alta qualidade plástica em harmonia com uma grande competência técnica.” - QUARTO LUGAR “[...] por sua ampla pesquisa de desenvolvimento regional e seus estudos aprofundados dos problemas econômicos e administrativos.” B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos número 24 - Henrique Ephin Midlin Giancarlo Palanti número 26 - Milton C. Ghiraldini (Construtécnica SA Comercial e Construtora) número 1 - Carlos Cascaldi, João Vílanova Artigas, Mário Wagner Vieira da Cunha, Paulo de Camargo e Almeida Relatório do Júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956: - QUINTO LUGAR segregação de operários e indústrias e dificuldade com a disposição dos Ministérios. O projeto foi considerado bem dimensionado e com boa densidade. - QUINTO LUGAR dificuldades quanto à ligação dos edifícios até as vias principais e ausência de caráter de uma capital administrativa. Sugeria mais um "bonito modelo de uma aldeia agrícola" . - QUINTO LUGAR dificuldades quanto à ligação dos edifícios até as vias principais e ausência de caráter de uma capital administrativa. Sugeria mais um "bonito modelo de uma aldeia agrícola" . B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos • Ao final de cinco dias de análises, o júri definiu sete premiados: 1º lugar – Lucio Costa 2º lugar – Arquitetos Associados (Boruch Milmann, J.H. Rocha e Ney Fontes Gonçalves) 3º e 4º lugares – MM Roberto Rino Levi, Roberto Cerqueira Cesar, Luis Roberto Carvalho Franco 5º lugar – Cascaldi, Vilanova Artigas, M.W.Vieira da Cunha, Paulo de Camargo e Almeida Henrique E. Mindlin e Giancarlo Palanti Construtécnica S/A – Milton C. Ghiraldini • A ata foi assinada por todos os membros, à exceção de Paulo Antunes. Este, discordando do processo de escolha, expressou sua opinião em separado, recomendando que o plano definitivo fosse elaborado por uma equipe formada pelos 7 finalistas e mais 3 concorrentes por ele indicados. Voto vencido, prevaleceu a seleção original. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos GRANDE INFLUÊNCIA DA CARTA DE ATENAS A casa deve ocupar os melhores espaços urbanos Mínimo de horas de luz solar Proibida a construção de casas sobre o alinhamento da ruas Mínima distância entre casa e trabalho Setores industriais independientes Centro de negócios (equipamentos) bem comunicado com a habitação Todo bairro com superfície verde necessária para jogos e esportes Demolir áreas insalubres e converte-las em áreas verdes Integrar rios, bosques, colinas, vales, lagos, mar Clasificação de vias segundo sua natureza Cruzamento de grande trânsito em níveis Separação do pedestre e do automóvel Diferenciação das vias e isolamento com áreas verdes HABITAR TRABALHAR RECREAR CIRCULAR B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Comparecem, também menções a figuras do urbanismo internacional, como: • Camillo Sitte: “A Construção das Cidades segundo seus Princípios Artísticos” • Ebenezer Howard: cidade-jardim • Soria y Mata: cidade linear • Le Corbusier: citté radieuse • Lewis Munford: Função biológica e social dos espaços livres e a "matriz verde" • Patrick Abercrombie: reordenamento de Dublin (1916) e a reconstrução de Londres depois dos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Do urbanismo nacional são citados, entre outros: • Saturnino de Britto: engenheiro sanitarista (Santos e o Rio Tietê, além de atuação em diversas cidades brasileiras) - influenciado por Camilo Sitte • Anhaia Mello: crítico do Plano de Avenidas de Prestes Maia, aproximava-se das ideias de Howard com seu “O Plano Regional de São Paulo” (1956). • Padre Lebret: fundador do Movimento Economia e Humanismo e dirigiu a Sociedade para Análise Gráfica e Mecanográfica Aplicada aos Complexos Sociais (SAGMACS) que atuou em várias metrópoles e cidades médias do país, incluindo cientistas sociais oriundos de várias disciplinas no planejamento urbano e colocando em pauta as questões que viriam conformar o debate sobre a re-politização das cidades B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Boruch Milman e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Boruch Milman e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Boruch Milman e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Boruch Milman e equipe • A segunda colocação, obtida por uma equipe de jovens arquitetos, é quase que uma variação do plano vencedor, tendo escala e traçado urbano similares. • Assim como no projeto de Costa, há dois eixos perpendiculares. Esses, porém possibilitam o desenvolvimento da cidade a partir do seu prolongamento, como o modelo linear de Soria y Mata. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Boruch Milman e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Boruch Milman e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Rino Levi e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Rino Levi e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Rino Levi e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Rino Levi e equipe • Propondo edifícios de 300m de altura por 400m de comprimento, nele é potencializado o ideal de cidade vertical. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Rino Levi e equipe • Cada edifício é um verdadeiro bairro vertical, em substituição ao tecido urbano da cidade tradicional. • Esta opção se deve, talvez, à experiência do escritório de Rino Levi, um dos responsáveis pela verticalização do centro da cidade • de São Paulo durante os anos de 1940 a 1960 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Rino Levi e equipe • Para Milton Braga, o projeto é, talvez, o mais inovador entre os finalistas "Embora do ponto de vista conceitual ele ainda estivesse defendendo a cidadefuncionalista, ele antecipou a formalização dessa arquitetura racionalista funcionalista que veio a seguir no mundo inteiro das mega estruturas" • O júri considerou que o projeto tinha boa aparência, mas não tinha um centro de transporte, além de apresentar uma altura desnecessária nos edifícios, com uma concentração de pessoas desaconselhável. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Irmãos Roberto e equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Irmãos Roberto e equipe "[...]No projeto de M.M.M. Roberto, porém a articulação espacial é descontínua, enquanto o sistema circulatório exige, para tornar-se fácil, a compartimentação. E assim as comunicações entre as unidades, as ligações de conjunto metropolitano, do núcleo central aos dos perímetros mais afastados, se fariam por adições e não por integração." WISNIK, 2015. p. 208. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Irmãos Roberto e equipe • As sete células de que é constituído foram inspiradas, segundo os autores, em tribos nômades africanas, mas também se assemelham aos esquemas de organização da cidade-jardim de Howard. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Irmãos Roberto e equipe [..] Embora o plano piloto apresentado pelos Robertos deva ser considerado como mais aprofundado e completo em matéria de interesse social do que o de Costa, a opção final do júri por este, ressalvando-se os aspectos ainda obscuros relativos e possíveis interferências irregulares até a divulgação do resultado final, traduziu de forma mais verdadeira os desejos da sociedade representada. Foi à opção politica brasileira por um modelo econômico liberal, posto em prática por Kubitschek, que reduziu os pequenos avanços sociais experimentados nas décadas anteriores e que aparece ter contribuído para a escolha do projeto de Costa devido à sua representatividade monumental. SOUZA, 2014. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Irmãos Roberto e equipe Na Brasília dos Robertos, as unidades urbanas distintas assumiram em suas cores e funções técnicas e administrativas essenciais da administração federal, substituindo a antiga ideia de ministérios ligados diretamente ao centro cívico. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Henrique Mindlin, Giancarlo Palanti e Equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Henrique Mindlin, Giancarlo Palanti e Equipe • Mindlin e Palanti, com reconhecido pragmatismo, conceberam uma cidade com estrutura muito parecida àquela do plano de Costa. • O centro cívico proposto aproxima-se dos conceitos pregados pelos CIAM’s, nos quais Palanti teve grande participação. • O diferencial está na proposição de instrumentos legais e soluções urbanísticas para controlar a ocupação em escala regional B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Henrique Mindlin, Giancarlo Palanti e Equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Villanova Artigas e Equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Villanova Artigas e Equipe • Única proposta a resolver, de modo enfático, a questão da habitação social para os construtores da cidade, a equipe de Cascaldi presenta um plano urbano articulado a um plano rural de ocupação do Distrito Federal. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Milton GhiraIdini e Equipe • Utilização da Carta de Atenas, com todos os seus princípios presentes nas configurações usuais da zonas urbanas, das superquadras, das unidades de vizinhanças, entre outras. • A organização do plano piloto de Ghiraldini foi a mais simples de todas as demais concepções classificadas: quatro grandes zonas residenciais iguais em funcionamento e equivalentes em tamanho seriam desenvolvidas em torno do centro urbano, localizado com destaque no ponto culminante da topografia B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Milton GhiraIdini e Equipe B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 1. O concurso e seus principais projetos Milton GhiraIdini e Equipe A cidade que Lucio inventou2 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou • Até Brasília, Lucio Costa apenas enfrentara dois projetos de conotação tipicamente urbana: o realizado para o concurso da Vila Operária de Monlevade, Minas Gerais (1934) e o da Cidade Universitária, Rio de Janeiro (1936-37), ambos não executados. • Em 1956, juntamente com Christian Dior, fora homenageado em Nova York. Na viagem de retorno, doze dias embarcado em um navio, produziu os primeiros esboços de Brasília. Percebendo-se isolado – e sozinho, embora sempre acompanhado de suas filhas, Maria Elisa e Helena– inventou a Capital, como um gesto individual de resistência. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou • Lucio Costa também partiu de eixos viários perpendiculares, com a justificativa poética de comparar o traçado urbano à cruz colonial. • Em relação aos demais, o seu plano é uma resposta simples ao edital, fundamentando-se na ideia de que uma cidade Capital deve ser uma civitas. • O resultado é original em seu desenho, porém não esconde as filiações de muitas das soluções adotadas. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou “E houve o propósito de aplicar princípios francos da técnica rodoviária — inclusive a eliminação dos cruzamentos — à técnica urbanística, conferindo-se ao eixo arqueado, correspondente às vias naturais de acesso, a função circulatória tronco, com pistas centrais de velocidade e pistas laterais para o tráfego local e dispondo-se ao longo desse eixo o grosso dos setores residenciais” B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou “Como decorrência dessa concentração residencial, os centros cívico e administrativo, o setor cultural, o centro de diversões, o centro esportivo, o setor administrativo municipal, os quartéis, as zonas destinadas a armazenagem, ao abastecimento e às pequenas indústrias locais, e, por fim, a estação ferroviária, foram-se naturalmente ordenando e dispondo ao longo do eixo transversal que passou assim a ser o eixo monumental do sistema Lateralmente à intersecção dos dois eixos, mas participando funcionalmente e em termos de composição urbanística do eixo monumental, localizaram-se o setor bancário e comercial, o setor dos escritórios de empresas e profissõesliberais, e ainda os amplos setores do varejo comercial.” Setorização Funcional modernista B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou “O cruzamento desse eixo monumental, de cota inferior, com o eixo rodoviário-residencial impôs a criação de uma grande plataforma liberta do tráfego que não se destine ao estacionamento ali, remanso onde se concentrou logicamente o centro de diversões da cidade, com os cinemas, os teatros, os restaurantes etc.” B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou “O tráfego destinado aos demais setores prossegue, ordenado em mão única, na área térrea interior coberta pela plataforma e entalada nos dois topos mas aberta nas faces maiores, área utilizada em grande parte para o estacionamento de veículos e onde se localizou a estação rodoviária interurbana, acessível aos passageiros pelo nível superior da plataforma. Apenas as pistas de velocidade mergulham, já então subterrâneas, na parte central desse piso inferior que se espraia em declive até nivelar-se com a esplanada do setor dos ministérios.” B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou “Desse modo e com a introdução de três trevos completos em cada ramo do eixo rodoviário e outras tantas passagens de nível inferior, o tráfego de automóveis e ônibus se processa tanto na parte central quanto nos setores residenciais sem qualquer cruzamento. Para o tráfego de caminhões estabeleceu-se um sistema secundário autônomo com cruzamentos sinalizados mas sem cruzamento ou interferência alguma com o sistema anterior, salvo acima do setor esportivo e que acede aos edifícios do setor comercial ao nível do subsolo, contornando o centro cívico em cota inferior, com galerias de acesso previstas no terrapleno” Cidade-linear , Soria y Mata Cidade-jardim, E. Howard Carta de Atenas, CIAM B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Fixada assim a rede geral do tráfego automóvel, estabeleceram-se, tanto nos setores centrais como nos residenciais, tramas autônomas para o trânsito local dos pedestres a fim de garantir-lhes o uso livre do chão, sem contudo levar tal separação a extremos sistemáticos e anti-naturais pois não se deve esquecer que o automóvel, hoje em dia, deixou de ser o inimigo inconciliável do homem, domesticou-se, já faz, por assim dizer, parte da família Ele só se "desumaniza", readquirindo vis-à-vis do pedestre feição ameaçadora e hostil quando incorporado à massa anônima do tráfego. Há então que separá-los, mas sem perder de vista que em determinadas condições e para comodidade recíproca, a coexistência se impõe. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou “Criou-se então um terrapleno triangular, com arrimo de pedra à vista, sobrelevado na campina circunvizinha a que se tem acesso pela própria rampa da auto-estrada que conduz à residência e ao aeroporto . Em cada ângulo dessa praça — PRAÇA DOS TRÊS PODERES — localizou-se uma das casas, ficando as do Governo e do Supremo Tribunal na base e a do Congresso no vértice, com frente igualmente para uma ampla esplanada disposta num segundo terrapleno, de forma retangular e nível mais alto, de acordo com a topografia local, igualmente arrimado de pedras em todo o seu perímetro. A aplicação em termos atuais, dessa técnica oriental milenar dos terraplenos, garante a coesão do conjunto e lhe confere uma ênfase monumental imprevista” A implantação do projeto definitivo do Congresso Nacional implicou na modificação das proporções do conjunto monumental e da Praça B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Um dos primeiros esboços para a planta urbana de Brasília, elaborado pela Comissão para Localização da Capital Federal em 1954, quando havia a proposta de chamá-la de Vera Cruz. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Ao longo dessa esplanada — o Mall dos ingleses —, extenso gramado destinado a pedestres, a paradas e a desfiles, foram dispostos os ministérios e autarquias [...] A Catedral ficou igualmente localizada nessa esplanada, mas numa praça autônoma disposta lateralmente, não só por questão de protocolo, uma vez que a Igreja é separada do Estado, como por uma questão de escala, tendo-se em vista valorizar o monumento, e ainda, principalmente, por outra razão de ordem arquitetônica: a perspectiva de conjunto da esplanada deve prosseguir desimpedida até além da plataforma, onde os dois eixos urbanísticos se cruzam. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Nesta plataforma onde, como se via anteriormente, o tráfego é apenas local, situou-se então o centro de diversões da cidade (mistura em termos adequados de Piccadilly Circus, Times Square e Champs Elysées). A face da plataforma debruçada sobre o setor cultural e a esplanada dos ministérios, não foi edificada com exceção de uma eventual casa de chá e da ópera, cujo acesso tanto se faz pelo próprio setor de diversões, como pelo setor cultural contíguo, em plano inferior. Na face fronteira foram concentrados os cinemas e teatros, cujo gabarito se fez baixo e uniforme, constituindo assim o conjunto deles um corpo arquitetônico contínuo com galeria, amplas calçadas, terraços e cafés, servindo as respectivas fachadas em toda a altura de campo livre para a instalação de painéis luminosos de reclame B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou O pavimento térreo do setor central desse conjunto de teatros e cinemas manteve-se vazado em toda a sua extensão, salvo os núcleos de acesso aos pavimentos superiores, a fim de garantir continuidade à perspectiva, e os andares se previram envidraçados nas duas faces para que os restaurantes, clubes, casas de chá etc., tenham vista, de um lado para a esplanada inferior, e do outro para o aclive do parque no prolongamento do eixo monumental e onde ficaram localizados os hotéis comerciais e de turismo e, mais acima, para a torre monumental das estações radioemissoras e de televisão, tratada como elemento plástico integrado na composição geral B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Quanto ao problema residencial, ocorreu a soluçãode criar-se uma seqüência contínua de grandes quadras dispostas, em ordem dupla ou singela, de ambos os lados da faixa rodoviária, e emolduradas por uma larga cinta densamente arborizada, árvores de porte, prevalecendo em cada quadra determinada espécie vegetal, com chão gramado e uma cortina suplementar intermitente de arbustos e folhagens, a fim de resguardar melhor, qualquer que seja a posição do observador, o conteúdo das quadras, visto sempre num segundo plano e como que amortecido na paisagem (fig. 13). Disposição que apresenta a dupla vantagem de garantir a ordenação urbanística mesmo quando varie a densidade, categoria, padrão ou qualidade arquitetônica dos edifícios, e de oferecer aos moradores extensas faixas sombreadas para passeio e lazer, independentemente das áreas livres previstas no interior das próprias quadras B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Dentro destas "super-quadras" os blocos residenciais podem dispor-se da maneira mais variada, obedecendo porém a dois princípios gerais: gabarito máximo uniforme, talvez seis pavimentos e pilotis, e separação do tráfego de veículos do trânsito de pedestres, mormente o acesso á escola primária e às comodidades existentes no interior de cada quadra. [...] As lojas dispõem-se em renque com vitrinas e passeio coberto na face fronteira às cintas arborizadas de enquadramento dos quarteirões e privativas dos pedestres, e o estacionamento na face oposta, contígua às vias de acesso motorizado, prevendo-se travessas para ligação de uma parte a outra, ficando assim as lojas geminadas duas a duas, embora o seu conjunto constitua um corpo só B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Na confluência das quatro quadras localizou-se a igreja do bairro, e aos fundos dela as escolas secundárias, ao passo que na parte da faixa de serviço fronteira à rodovia se previu o cinema a fim de torná-lo acessível a quem proceda de outros bairros, ficando a extensa área livre intermediária destinada ao clube da juventude, com campo de jogos e recreio. Planta esquemática de Superquadras, croquis de Lucio Costa [fonte: Arquivo Público do Distrito Federal] Unidade de vizinhança Quadra modelo: 308sul B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou [...] A gradação social poderá ser dosada facilmente atribuindo-se maior valor a determinadas quadras como, por exemplo, às quadras singelas contíguas ao setor das embaixadas, setor que se estende de ambos os lados do eixo principal paralelamente ao eixo rodoviário, com alameda de acesso autônomo e via de serviço para o tráfego de caminhões comum às quadras residenciais. As superquadras são ocupadas de uma forma bem diferente da maneira imaginada por Costa: pessoas de distintas classes sociais vivendo porta a porta. O urbanismo, assim como as leis, é incapaz de eliminar determinados vícios da vida social. Sem embargo, os equívocos estéticos são tradutores fiéis das doenças que afligem a sociedade. O arquiteto é, também, um construtor de símbolos, transmissores de valores convencionados pela sociedade cuja atividade deve ter uma perspectiva direcionada para uma crítica comprometida com a realidade de sua época. A sua relação, conflitante ou não, com o poder, como conseqüência, torna-se fundamental tanto quanto inevitável. (LAUANDE, 2007) Inserção das 400 - Quadras “econômicas” B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Evitou-se a localização dos bairros residenciais na orla da lagoa, a fim de preservá-la intacta, tratada com bosques e campos de feição naturalista e rústica para os passeios e amenidades bucólicas de toda a população urbana. Apenas os clubes esportivos, os restaurantes, os lugares de recreio, os balneários e núcleos de pesca poderão chegar à beira d'água. Brasília, capital aérea e rodoviária; cidade parque. Sonho arqui-secular do Patriarca. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou As alterações do plano-piloto original ao plano-piloto construído foram feitas por equipe da NOVACAP coordenada por Augusto Guimarães Filho, profissional que sempre trabalhara com Lucio Costa e que foi por ele indicado para coordenar o desenvolvimento do projeto, a partir de escritório no Rio de Janeiro. As alterações feitas no projeto inicial da civitas não alteraram a essência urbanística e simbólica, mas alteraram a condição urbana, o assentamento no território, a infraestrutura, a disposição funcional ao longo dos eixos viários estruturadores e criaram uma bolha urbana ao distanciar a Estação Ferroviária da Plataforma Rodoviária. (FRANCISCONI, 2011) Plano piloto construído – produto da NOVACAP (1957). Fonte: Brasília 57-85. p.29 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 2. A cidade que Lucio inventou Concepção Urbanística de Brasília. Fonte: Brasília : preservando o patrimônio da humanidade Porto Alegre: RS Projetos, 2010. p.15 A Brasília de Oscar3 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar “Foi a mesma correria, o mesmo idealismo e a preocupação com os prazos fixados. Em Brasília, realizei meu trabalho de arquiteto. Brasília foi o sonho de JK: levar o progresso para o interior do país” B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catetinho - 1956 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catetinho - 1956 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catetinho - 1956 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catetinho - 1956 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 Pintor (afrescos originais)Alfredo Volpi B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 ALFREDO VOLPI u m p a rê n te si s (Lucca – Itália , 14 deabril de 1896 — São Paulo, 28 de maio de 1988) • Desde pequeno gostava de misturar tintas e criar novas cores. Esse talento o levou a trabalhar como pintor de frisos, florões e painéis nas paredes das mansões paulistanas. Estudou na Escola Profissional Masculina do Brás. • Volpi passou por várias fases, recebeu influências de pintores impressionistas e clássicos como Cézanne, Giotto, Ucello, encontrando seu próprio caminho. • Suas obras seriam dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato geométrico. Exemplo marcante disso são suas bandeirinhas multicoloridas, que se tornaram sua marca registrada. • É a fase das bandeirinhas, sua maior contribuição para a arte brasileira moderna, expressa em seu trabalho "Bandeiras e Mastros". B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 ATHOS BULCÃO (Rio de Janeiro, 2 de julho de 1918 - Brasília, 31 de julho de 2008) • Desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal. • Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949. • Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista. • Na função de artista plástico, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955. Integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. • Em 1958, mudou-se definitivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Filgueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos. u m p a rê n te si s B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Igrejinha Nossa Senhora de Fátima - 1958 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar • foi projetada por Oscar Niemeyer e construída entre 1959 e 1970 • Definida pelos seus 16 pilares de concreto em forma de bumerangue, que partem de uma planta circular de 60 metros de diâmetro, rodeada por um espelho d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns aos outros. • O cálculo estrutural foi feito por Joaquim Cardozo. Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Catedral Metropolitana de Nª Srª. Aparecida MARIANNE PERETTI (Paris, 13 de dezembro de 1927 – viva ) • Filha da modelo francesa Antoinette Louise Clotilde Ruffier e do historiador pernambucano João de Medeiros Peretti • Cresceu e foi educada em Paris, estudando na École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs e depois foi para a Académie de La Grande Chaumiére. • Veio morar em definitivo no Brasil em 1956, onde passou a desenhar e pintar pelo Ceará, Pernambuco e Bahia. • Participou da 5ª Bienal em São Paulo, onde ganhou o prêmio de melhor capa pelo livro, As Palavras, de Jean-Paul Sartre. Realizou várias exposições, individuais e coletivas, em Paris, São Paulo, Olinda, Rio de Janeiro e outras cidades. Também executou esculturas, vitrais e relevos para edifícios públicos e residências particulares, em grandes cidades do Brasil e países da Europa, principalmente França e Itália. u m p a rê n te si s B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) Croqui da Cúpula da Câmara dos Deputados Croqui da Circulação para as Galerias. Oscar Niemeyer. 1987. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO PR O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Projeto para anexo do Congresso (Oscar Niemeyer, 1995) Congresso Nacional (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar RENÉ BURRI (Zurique, 9 de abril de 1933 - Zurique, 10 de outubro de 2014) • Foi um fotógrafo suíço que trabalhou para a Magnum Photos fotografando figuras e cenas desde 1946. • Fez retratos de Che Guevara,Pablo Picasso, Le Corbusier e Oscar Niemeyer além de políticos, militares e artísticas, assim como, imagens icônicas de São Paulo e Brasília. • “Minha sorte foi saber desde cedo o que eu queria e o que não queria”, dizia René Burri para explicar a linha que norteou sua singular vida e magistral obra. u m p a rê n te si s B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Planalto (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Supremo Tribunal Federal (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Supremo Tribunal Federal (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Supremo Tribunal Federal (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Supremo Tribunal Federal (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Supremo Tribunal Federal (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Supremo Tribunal Federal (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Itamaraty (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Itamaraty (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Itamaraty (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Itamaraty (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Itamaraty (1962) Planta do térreo do Itamaraty em que se percebe o controle dos espaços baseado na modulação 6x6m, com destaque para o Vestíbulo principal com seus 30m de vão e área de 1.620m2. Nota-se a simetria nos núcleos de circulação e serviços e nos acessos . [caderno especial sobre Niemeyer na revista L'Architecture d'Aujord'Hui nº.171, 1974. s/p] B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Itamaraty (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio do Itamaraty (1962) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Justiça B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Justiça B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Justiça Na sede do Ministério da Justiça e Cidadania, inaugurada em 1972, a fachada é composta por lajes curvas entre arcos com cascatas que correm por calhas de concreto. “Quando estudei esse Palácio, me veio a ideia de criar jogos d’água sobre o lago previsto e os coloquei entre as colunas do prédio. Foi a primeira fachada de fontes que imaginei, surpreendeu e agradou a todos, como eu havia pressentido”, revelou, na época, Niemeyer. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Justiça B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Justiça B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Justiça B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Justiça B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Teatro Nacional Cláudio Santoro (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Teatro Nacional Cláudio Santoro (1960) A construção do Teatro Nacional começou em 30 Jul. 1960, poucos meses após a inauguração da nova capital. A estrutura ficou pronta em 30 Jan. 1961. A partir daí, as obras permaneceram interrompidas por 5 anos, sendo retomadas em 1966 apenas para concluir parcialmente a sala Martins Penna, inaugurada em 21 Abr. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Teatro Nacional Cláudio Santoro (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Teatro Nacional Cláudio Santoro (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Teatro Nacional Cláudio Santoro (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Teatro Nacional Cláudio Santoro (1960) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO PR O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) Desenho da armadura dos pilares do Palácio da Alvorada [VASCONCELOS, 1992] B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Palácio da Alvorada (1958) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 Niemeyer definiu 11 prédios de seis pavimentos sobre pilotis (com duas linhas de pilares, que depois influenciariam os edifícios brutalistas de São Paulo), equipados com elevadores e áreas para estacionamento. Na SQS 108, os apartamentos possuem dois ou três dormitórios e na SQS 107 há também a opção de quatro quartos. As metragens das unidades variam entre 82,30 e 224 metros quadrados. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 3. A Brasília de Oscar Escala Residencial – SQS 107/108 Considerações 4 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações 1967 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Quanto custou a construção de Brasília ? B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Quanto custou a construção de Brasília ? US$ 1,5 bilhão Este é o cálculo mais aceito para o custo total da construção de Brasília. Foi feito pelo economista Eugênio Gudin, ministro da Fazenda de Café Filho. Atualizado esse valor, se Brasília fosse construída hoje, teriam sido gastos cerca de US$ 83 bilhões. Quase seis vezes o que o Brasil pretende investir nos Jogos Olímpicos de 2016. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações • Brasília constitui um projeto desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, cujo objetivo era constituir um polo entre o centro industrial da região sudeste e as áreas do centro oeste e da Amazônia, ainda pouco incorporadas ao processo capitalista • Esta política econômica voltada para alcançar um crescimento acelerado com o apoio ao setor privado internacional e à indústria de bens de capital foi reforçada por investimentos públicos nas áreas de infraestrutura e da indústria de base (indústria pesada, de material elétrico e automobilística) B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações “E, à grande convocação que conclamava o povo para a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da imensa pátria os trabalhadores: os homens simples e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos de pedra, e que, no calcanho, em carro de boi, em lombo de burro, em paus de arara, por todas as formas possíveis e imagináveis, começaram a chegar de todos os lados da imensa pátria, sobretudo do Norte; foram chegando do Grande Norte, do Meio Norte e do Nordeste, em sua simples e áspera doçura; foram chegando em grandes levas do Grande Leste, da Zona da Mata, do Centro-Oeste e do Grande Sul; foram chegando em sua mudez cheia de esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias; foram chegando de tantos povoados, tantas cidades cujos nomes pareciam cantar saudade aos seus ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria”. Sinfonia da alvorada, composta por Tom Jobim e Vinicius de Moraes B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Depoimentos operários registram jornadas de trabalho de 14 a 18 horas diárias, num ritmo incansável de turmas que se revezavam de dia e de noite Joffily (1977, p. 49) confirma em seu livro o excesso de horas trabalhadas: “a partir de 1958 esta imigração (de trabalhadores vindos principalmente do nordeste do Brasil) foi se transformando em verdadeira corrida, pois os salários eram duplicados pelo acréscimo de horas extraordinárias, fornecendo ainda alojamento e ‘bóia’ (comida)“ . B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações "As pessoas não tinham onde morar. Então pediam um resto de obra, tábuas velhas e, por acaso, eu é que estava incumbido disso aí, e pediam material para fazer. Mas onde fazer? Então vamos fazer aqui atrás, porque nós estávamos certos de que tudo seria desmanchado". B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações a Novacap abriu, no fim de 1956, as principais avenidas do Núcleo Bandeirante, mais tarde conhecido como Cidade Livre. Distante pouco mais de 10km do Plano Piloto, o loteamento era destinado a uso exclusivamente comercial e por isso não eram fornecidos alvarás para residências. Sua existência estaria limitada ao período da construção de Brasília (1956-1960). Os lotes foram cedidos em sistema de comodato. A escritura não era definitiva e deveriam ser devolvidos à Novacap no final de 1959. Para incentivar a vinda de comerciantes para a região a localidade também estava livre do pagamento de impostos. Daí a origem do nome Cidade Livre. A Cidade Livre foi oficializada como cidade-satélite em 1961, depois deviol entos confrontos entre a polícia e moradores que se recusaram a sair de lá. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações CIDADE LIVRE De acordo com o Censo do IBGE, já em julho de 1957 o Núcleo Bandeirante contava com 2.212 habitantes, dos quais, 1.328 eram homens e 874 mulheres. As 342 edificações eram em madeira recobertas com chapas de alumínio, zinco e até mesmo com palha. Em 1960, antes da inauguração de Brasília, a cidade já contava com 12 mil moradores, abrigadas irregularmente nas próprias casas comerciais, hotéis e também nas invasões: Morros do Urubu e do Querosene, Vilas Esperança,Tenório, IAPI, e Sarah Kubitschek. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Para resolver o problema das invasões foram criadas as cidades satélites do Gama e Taguatinga, para onde foi transferida a maioria dos moradores. Em suas memórias, JK apresenta as cidades- satélites como “primeiros frutos da política de integração nacional” que ele vinha realizando a partir de Brasília. Taguatinga apresenta-se, por ocasião da primeira visita de JK em 9 de agosto de 1958, como núcleo previsto para ser construído em época mais remota, mas, “circunstâncias imprevisíveis de uma calamidade nacional obrigaram a surgir como milagre da operosidade em 15 dias”. Num dos últimos números da revista brasília, de 1962- 63, as cidades satélites são apresentadas como “núcleos condizentes com a grandiosidade da capital”. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Em fevereiro de 1960, Jorge Wilhem criticou as “imensas favelas” e a “política de avestruz” que levava a escamotear o problema da habitação por meio da criação de cidades-satélites “Uma interpretação: Brasília 1960”. ACRÓPOLE, São Paulo, Acrópole, São Paulo, n. 256-257, fev.mar. 1960. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações uma vez terminada a fase inicial, dos 3 anos iniciais de trabalho intensivo, um terço da população obreira que tinha ido a Brasília para construir a cidade, chegado o momento da inauguração, voltaria para o seu "país" de origem; outro terço seria absorvido pelas próprias atividades locais urbanas; para o terceiro terço – como eram quase todos operários de tradição rural – a solução seria criar um cinturão verde, agrícola, em torno da cidade. Esse era o programa, mas não deu certo porque todos quiseram continuar em Brasília. E a NOVACAP ficou com aquele problema, os operários tinham criado verdadeiras favelas próximas aos canteiros de obras. Embora eles houvessem declarado que não levariam as famílias, depois de 15 dias do mês, estavam todos lá, precisando morar e criando favela em torno de cada grande canteiro [...A criação de cidades- satélites] Talvez não fosse uma solução civilizada em termos europeus, mas [foi] uma solução que deu certo Cf. OLIVEIRA, Giovanna Ortiz de. Lucio Costa. Entrevista, São Paulo, ano 06, n. 023.03, Vitruvius, jul. 2005 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/06.023/3313. Acesso em: 18 fev. 2016. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Os desenhos de cidades-satélites que conhecemos foram realizados desde os anos 1960, portanto elaborados assim que se previu a transferência de populações. São traçados concebidos segundo os paradigmas modernistas do Plano Piloto, mas com grandes diferenças no modo de efetivá-los. • predominam as baixas densidades, em superquadras ocupadas por lotes para casas unifamiliares. • São planos de arruamento essencialmente, para núcleos que demoraram a contar com serviços de água, esgoto ou energia elétrica. • Estima-se que até meados da década de 1970, redes de esgoto em larga escala só existiam no Plano Piloto e seu entorno imediato B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Planta de Taguatinga. 1964. Fonte: CODEPLAN. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Planta de Sobradinho. 1965. Fonte: CODEPLAN. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Planta do Gama. 1965. Fonte: CODEPLAN. B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Lucio Costa não deixou de perceber o papel das cidades-satélites em relação ao Plano Piloto. Em seu Brasília revisitada, de 1985-87, o arquiteto condenou o “surgimento precoce e improvisado das cidades-satélites” e o “alastramento suburbano extenso e rasteiro” , de modo contrário a suas proposições originais. Porém, também reconheceu que, graças à existência dessas cidades-satélites, o Plano Piloto manteve as suas feições originais. Lucio Costa lembrou ainda os problemas para o transporte coletivo decorrentes da situação, já que dois terços da população metropolitana viviam então nos núcleos periféricos B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Considerações Referências5 B R A SI L C O N TE M P O R Â N EO P R O F. ª D R ª. A N A P A U LA G U R G EL 4. Referências COSTA, Lucio. Lucio Costa : Registro de uma Vivência. São Paulo: Empresa das Artes, Brasília: UnB 1995. FRANCISCONI, J. G. 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