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Neuroanatomia - Resumão

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ResumãoRaissa Fidelis - XLVI
2
Neuroanatomia
Filogênese do Sistema Nervoso 
Receptor: transforma vários tipos de estímulos físicos ou químico em impulsos nervosos, que podem, então, ser transmitidos ao efetuador; músculo ou glândula.
Neurônios aferentes (sensitivo): aqueles que trazem impulsos a uma determinada área do sistema nervoso. 
Neurônios eferentes (motor): aqueles que levam impulsos desta área. 
Neurônio de associação: faz a associação de um segmento com outro.
· Aferente se afere ao que entra e eferente ao que sai de uma determinada área do sistema nervoso. 
Assim, neurônios cujos corpos estão no cérebro e terminam no cerebelo, são eferentes do cérebro e aferentes ao cerebelo. 
Sinapse: conexão do neurônio sensitivo com o neurônio motor.
Arco reflexo: neurônio aferente com seu receptor, um centro (onde ocorre a sinapse) e um neurônio eferente que se liga ao efetuador.
Arco reflexo intrassegmentar: conexão entre o neurônio aferente e o eferente envolve apenas um segmento. 
Arco reflexo intersegmentar: o estímulo se inicia em um segmento e a resposta se faz em outro. 
Reflexo patelar: quando o neurologista bate com o martelo no joelho de um paciente, a perna se projeta para a frente. 
O martelo produz estiramento do tendão que acaba por estimular receptores no músculo quadríceps, dando origem a impulsos nervosos que seguem pelo neurônio sensitivo. O impulso sai pelo axônio do neurônio motor e volta ao membro inferior, onde estimula as fibras do músculo quadríceps, fazendo com que a perna se projete para frente. 
Embriologia 
É do ectoderma que se origina o sistema nervoso. 
O espessamento do ectoderma (acima da notocorda), forma a placa neural por volta do 20º dia da gestação – formação do sistema nervoso. 
A placa neural cresce, torna-se espessa e adquire o sulco neural. 
O sulco neural se aprofunda e forma a goteira neural. 
Os lábios da goteira neural se fundem e formam o tubo neural. 
O ectoderma se fecha dobre o tubo neural, isolando-o do meio externo. 
Onde o ectoderma encontra os lábios da goteira neural, desenvolve-se a crista neural. 
Tubo neural: dá origem a elementos do SNC.
Crista neural: dá origem a elementos do SNP. 
CRISTA NEURAL
Elementos derivados: gânglios sensitivos; gânglios do SNA; medula da glândula suprarrenal; melanócitos; células de Schwann; anficitos; odontoblastos. 
Dura-máter e Aracnoide. 
TUBO NEURAL
O fechamento da goteira neural e, a fusão do ectoderma não diferenciado é um processo que se inicia no meio da goteira neural e é mais lento nas suas extremidades.
2 orifícios: neuróporo rostral e neuróporo caudal. Estas são as últimas partes do sistema nervoso a se fecharem.
- Paredes do tubo neural - 
Separando as lâminas alares das lâminas basais há o chamado sulco limitante.
Das lâminas alares e basais derivam neurônios e grupos de neurônios ligados, respectivamente, à sensibilidade e à motricidade, situados na medula e no tronco encefálico. 
O sulco limitante separa formações motoras de formações sensitivas.
- Dilatações do tubo neural - 
A parte cranial do tubo neural, que dá origem ao encéfalo nos adultos, torna-se dilatada e constitui o ARQUIENCÉFALO. 
A parte caudal, que ´da origem à medula do adulto, constitui a medula primitiva do embrião. 
Arquencéfalo: é nele que distinguem-se as vesículas encefálicas primordiais denominadas – prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. 
1) Prosencéfalo da origem ao telencéfalo e ao diencéfalo (cérebro). 
2) Mesencéfalo não se modifica.
3) Rombencéfalo origina o metencéfalo (ponte e cerebelo) e o mielencéfalo (bulbo). 
- Cavidade do tubo neural - 
Ventrículos encefálicos: líquor. 
Canal central da medula espinal.
- Flexuras - 
Durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecerem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho. 
1ª) Flexura Cefálica – entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. 
2ª) Flexura Cervical – entre a medula primitiva e o arquencéfalo. 
3ª) Flexura Pontina – ponto de união entre o metencéfalo e o mielencéfalo. 
Com o desenvolvimento, a flexura cervical e a flexura pontinha desaparecem e a flexura cefálica permanece, determinando o encéfalo no adulto. 
Telencéfalo 
Compreende os dois hemisférios cerebrais e uma pequena parte mediana situada na porção anterior do III ventrículo. 
Os dois hemisférios cerebrais são separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso.
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. 
SULCOS E GIROS – DIVISÃO EM LOBOS 
Os sulcos delimitam os giros. 
Os dois sulcos mais importantes são:
1) SULCO LATERAL: inicia-se na base do cérebro lateralmente à substância perfurada anterior, como uma fenda profunda que, separando o lobo frontal do lobo temporal, dirige-se para a face supero-lateral do cérebro. 
2) SULCO CENTRAL: sulco profundo e geralmente continuo, que percorre obliquamente a face súpero-lateral do hemisfério, separando o lobo frontal e parietal. 
É ladeado por dois giros paralelos, um anterior: giro pré-central
um posterior: giro pós-central. 
As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a motricidade, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a sensibilidade. 
Os lobos cerebrais recebem sua denominação de acordo com os ossos do crânio, com os quais se relacionam. Assim, temos os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. Além destes, existe um quinto lobo, a ínsula, situado profundamente ao sulco lateral e que não tem, por conseguinte, relação imediata com os ossos do crânio.
FACE SÚPERO-LATERAL 
É a maior das faces cerebrais, relacionando-se com todos os ossos que formam a abóbada craniana. 
1) Lobo Frontal (três sulcos principais):
sulco pré-central;
sulco frontal superior;
sulco frontal inferior
Entre o sulco central e o sulco pré-central está o giro pré-central, onde se localiza a área motora principal do cérebro.
Acima do sulco frontal superior localiza-se o giro frontal superior.
Entre o sulco frontal superior e o frontal inferior está o giro frontal médio, abaixo do sulco frontal inferior, o giro frontal inferior.
2) Lobo Temporal (dois sulcos principais):
sulco temporal superior;
sulco temporal inferior
Entre o sulco lateral e temporal superior está o giro temporal superior; entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior situa-se o giro temporal médio; 
abaixo do sulco temporal inferior localiza-se o giro temporal inferior, que se limita com o sulco occipito-temporal, geralmente situado na face inferior do hemisfério cerebral. 
Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece seu assoalho. 
Na porção posterior deste assoalho há os giros temporais transversos (centro cortical da audição).
3) Lobo Parietal e Occipital (dois sulcos principais):
sulco pós-central;
sulco intraparietal
Entre o sulco central e pós-central fica o giro pós-central, onde se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. 
O sulco intraparietal separa o lóbulo parietal superior do lóbulo parietal inferior.
Neste último descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvado em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.
O lobo occipital ocupa porção relativamente pequena na face súpero-lateral do cérebro.
4) Ínsula
Afastando-se os lábios do sulco lateral, evidencia-se ampla fossa no fundo da qual está situada a ínsula, com o sulco circular da ínsula, sulco central da ínsula, giros curtos e giro longo da ínsula.
FACE MEDIAL
Plano sagital mediano, que expõe o diencéfalo e algumas formações telencefálicas inter-hemisféricas como o corpo caloso, o fórnix e o septo pelúcido.
1) Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido:
O corpo caloso é formado por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas docórtex cerebral de cada hemisfério. 
Em corte sagital vemos o tronco do corpo caloso, posteriormente o esplênio do corpo caloso, anteriormente o joelho do corpo caloso. Este afila-se para formar o rostro do corpo caloso, que continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral, até a comissura anterior. 
Entre a comissura anterior e o quiasma óptico temos a lâmina terminal. Emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura anterior, está o Fórnix, feixe complexo de fibras que, não pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro. 
Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o Septo Pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido.
O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais.
2) Lobo Occipital (dois sulcos importantes):
sulco calcarino (nos lábios deste sulco localiza-se o centro cortical da visão);
sulco parieto-occipital.
Entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino, situa-se o cúneus, de forma triangular.
Adiante do cúneus, por conseguinte já no lobo parietal, temos o pré-cuneus. 
Abaixo do sulco calcarino, situa-se o giro occipito-temporal medial, que continua anteriormente com o giro para-hipocampal, já no lobo temporal.
3) Lobo Frontal e Parietal (dois sulcos que passam do lobo frontal para o parietal):
sulco do corpo caloso;
sulco do cíngulo (curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo).
Destacando-se do sulco do cíngulo em direção à margem superior do hemisfério, existe quase sempre o sulco paracentral, que delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o lóbulo paracentral.
Na parte anterior e posterior do lóbulo paracentral localizam-se, respectivamente, as áreas motoras e sensitivas relacionadas com a perna e o pé.
Acima do corpo caloso temos o giro do cíngulo; mais acima temos, de trás para frente, o précúneus, o lóbulo paracentral e a face medial do giro frontal superior. 
A região situada abaixo do rostro do corpo caloso e adiante da comissura anterior à lâmina terminal é chamada de área septal, um dos centros do prazer do cérebro.
FACE INFERIOR
Dividida em duas partes: uma pertencente ao lobo frontal e repousa sobre a fossa anterior do crânio; a outra, muito maior, pertence quase toda ao lobo temporal e repousa sobre a fossa média do crânio e a tendo do cerebelo.
1) Lobo Temporal (três sulcos principais):
sulco occípito-temporal;
sulco colateral;
sulco do hipocampo.
O sulco occípito-temporal limita com o sulco temporal inferior o giro temporal inferior; medialmente, este sulco limita com o sulco colateral o giro occípito-temporal lateral.
O sulco colateral inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente, delimitando com o sulco calcarino e o sulco do hipocampo, respectivamente, o giro occípito-temporal medial e o giro para-hipocampal, cuja porção anterior se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o Úncus.
O sulco do hipocampo origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde termina separando o giro parahipocampal do úncus.
O giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo.
Assim, úncus, giro para-hipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo constituem um lobo independente, o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo..
2) Lobo Frontal (um único sulco importante):
sulco olfatório.
Medialmente ao sulco olfatório, situa-se o giro reto. 
O resto da face inferior do lobo frontal é ocupado pelos sulcos e giros orbitários.
Formações existentes na face inferior do lobo frontal estão relacionadas com a olfação. 
O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. 
Recebe os filamentos que constituem o nervo olfatório (I par). Estes atravessam pequenos orifícios que existem na lâmina crivosa do osso etmóide.
Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias laterais e mediais, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório.
Morfologia dos ventrículos laterais
Cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto por este forame, cada ventrículo é uma cavidade completamente fechada.
Apresenta sempre uma parte central e três cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério.
As partes que se projetam nos lobos frontal, occipital e temporal são, respectivamente, os cornos anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo lateral têm o teto formado pelo corpo caloso.
O corno anterior se situa adiante do forame interventricular.
Sua parede medial é constituída pelo septo pelúcido. 
O assoalho forma também a parede lateral e é constituído pela cabeça do núcleo caudado. 
O teto e o limite anterior do corno anterior são formados pelo corpo caloso.
A parte central do ventrículo lateral estende-se até o esplênio do corpo caloso, onde a cavidade se bifurca em cornos inferior e posterior na região denominada trígono colateral. 
O teto da parte central é formado pelo corpo caloso e a parede medial, pelo septo pelúcido.
O assoalho apresenta as seguintes formações: 
· Fórnix
· plexo corióide
· tálamo;
· estria terminal;
· veia tálamo-estriada;
· núcleo caudado.
O corno posterior estende-se para dentro do lobo occipital. 
Suas paredes são formadas por fibras do corpo caloso.
O corno inferior é formado pela substância branca do hemisfério e apresenta ao longo de sua margem medial a cauda do núcleo caudado e a estria terminal.
Na extremidade da cauda do núcleo caudado, observa-se uma discreta eminência arredondada formada pelo corpo amigdalóide.
O assoalho apresenta duas eminências alongadas, a eminência colateral, formada pelo sulco colateral, e o hipocampo, elevação curva e muito pronunciada que se dispõe acima do giro para-hipocampal, tendo importantes funções psíquicas relacionadas com o comportamento e a memória. 
O hipocampo liga-se às pernas do fórnix por um feixe de fibras situadas ao longo de sua borda medial, a fímbria do hipocampo.
PLEXOS CORIÓIDES DOS VENTRÍCULOS LATERAIS
A pia-máter penetra entre o fórnix e o tálamo, empurra de cada lado o epêndima que reveste a cavidade ventricular, para constituir com ele o plexo corióide da parte central dos ventrículos laterais. 
Os cornos anterior e posterior não possuem plexos corióides.
ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
Secções horizontais e frontais de cérebro nos mostram que a organização interna dos hemisférios cerebrais em seus aspectos mais gerais se assemelha à do cerebelo. 
Assim, cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro branco medular do cérebro, no interior do qual existem massas de substância cinzenta, os núcleos da base do cérebro.
Córtex Cerebral
ÁREAS DE PROJEÇÃO (ÁREAS PRIMÁRIAS)
Relacionam-se diretamente com a sensibilidade ou com a motricidade. 
Existe uma só área primária motora, situada no lobo frontal, e várias áreas primárias sensitivas nos demais lobos. 
De modo geral, a cada tipo de sensibilidade especial corresponde uma área primária, enquanto todas as formas de sensibilidade geral convergem para uma só área, a área somestésica.
 ÁREAS SENSITIVAS PRIMÁRIAS
ÁREA SOMESTÉSICA.
Localizada no giro pós-central, trazem impulsos nervoso relacionados à temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção consciente da metade oposta do corpo. 
Quando se estimula eletricamente a área somestésica, o indivíduo tem manifestações sensitivas em partes determinadas do corpo, porém mal definidas, do tipo dormência ou formigamento (correspondência entre partes do corpo e partes da área somestésica-somatotopia).A extensão da representação cortical de uma parte do corpo depende da importância funcional dessa parte para a espécie e não de seu tamanho.
Lesões da área somestésica estão relacionadas com a perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto à lesão. 
O paciente acometido perde a capacidade de discriminar dois pontos, perceber movimentos de partes do corpo ou reconhecer diferentes intensidades de estímulo. É incapaz de localizar a parte do corpo tocada ou de distinguir graus de temperatura, peso e textura dos objetos tocados.
ÁREA VISUAL
Localiza-se nos lábios do sulco calcarino. Aí chegam as fibras originadas no corpo geniculado lateral.
A metade superior da retina projeta-se no lábio superior do sulco calcarino e a metade inferior, no lábio inferior deste sulco. Existe, pois, correspondência perfeita entre a retina e córtex visual.
A ablação bilateral desta área causa cegueira completa na espécie humana.
ÁREA AUDITIVA
Situada no giro temporal transverso anterior, nela chegam fibras da radiação auditiva, que se originam no corpo geniculado medial.
Estimulações elétricas da área auditiva causam alucinações auditivas manifestadas como zumbidos. 
Lesões bilaterais do giro temporal transverso anterior causam surdez completa. 
Lesões unilaterais causam déficits auditivos pequenos, pois, a via auditiva não é totalmente cruzada.
Assim, cada cóclea representa-se no córtex dos dois hemisférios. 
Na área auditiva existe tonotopia, ou seja, sons de determinada freqüência projetam-se em partes específicas desta área, o que implica uma correspondência dessas partes com as partes da cóclea.
ÁREA VESTIBULAR
Localiza-se no lobo parietal, em uma pequena região próxima ao território da área somestésica correspondente à face.
Informam sobre a posição e o movimento da cabeça, importante para apreciação consciente da orientação no espaço.
ÁREA OLFATÓRIA
Pequena área situada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal. Certos casos de epilepsia local do úncus causam alucinações olfatórias, nas quais os doentes subitamente se queixam de cheiros, em geral desagradáveis, que na realidade não existem (Crises uncinadas).
ÁREA GUSTATIVA
Localiza-se na porção inferior do giro pós-central, próxima à ínsula, em uma região adjacente à parte da área somestésica correspondente à língua.
Lesões dessa área provocam uma diminuição da gustação na metade oposta da língua.
ÁREA MOTORA PRIMÁRIA
Parte posterior do giro pré-central. 
A extensão da representação cortical de uma parte do corpo nesta área é proporcional não ao seu tamanho, mas à delicadeza dos movimentos realizados pelos grupos musculares aí localizados. 
No homem, dá origem à maior parte das fibras do trato córticoespinhal e corticonuclear, principais responsáveis pela motricidade voluntária.
As principais conexões aferentes da área motora são com o tálamo (através do qual recebe informações do cerebelo), com a área somestésica e com as áreas pré-motora e motora suplementar.
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO DO CÓRTEX
Não se relacionam diretamente com a motricidade ou com a sensibilidade.
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIAS
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIAS SENSITIVAS
1) Área somestésica secundária: no lobo parietal superior.
2) Área visual secundária: no lobo occipital e se estende ao lobo temporal.
3) Área auditiva secundária: lobo temporal
Recebem aferência principalmente das áreas primarias correspondente e repassam as informações recebidas às outras áreas do córtex.
· Processos mentais envolvidos na identificação de um objeto:
Essa identificação se faz em duas etapas:
1) Etapa de sensação: toma-se consciência das características sensoriais do objeto, sua forma, dureza, cor, tamanho
2) Etapa de interpretação tais características sensoriais são comparadas com o conceito do objeto existente na memória do indivíduo, o que permite sua identificação.
Essas duas etapas dependem de áreas corticais diferentes.
A etapa de sensação faz-se em uma área sensitiva de projeção, ou área primaria;
já a etapa de interpretação envolve processos psíquicos muito mais complexos, que dependem da integridade das áreas de associação.
Lesões das áreas primarias causa deficiências sensoriais, como cegueira e surdez, o que não ocorre nas lesões das áreas secundarias.
Nesse caso ocorrem os quadros clínicos denominados agnosias (perda da capacidade de reconhecer objetos).
Distinguem-se agnosias visuais, auditivas e somestésicas. 
Assim um indivíduo com agnosia visual será incapaz de reconhecer objetos pela visão, embora possa reconhecê-los por outra forma de sensibilidade, como pelo tato, olfato, etc...
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIA MOTORAS
Adjacentes à área motora primária.
Lesões dessas áreas causam apraxias (quadros clínicos correspondentes às agnosias). 
Há incapacidade de executar determinados atos voluntários. 
A lesão está nas áreas corticais de associação relacionadas com o “planejamento” dos atos voluntários e não na execução desses atos.
São consideradas áreas de associação motora a área motora suplementar, a área pré-motora e a área de Brocá.
ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR
Situada na face medial do giro frontal superior. Suas principais conexões são com o corpo estriado, via tálamo com a área motora primária. 
Relaciona-se com a concepção ou planejamento de sequências complexas de movimentos.
A área motora suplementar é ativada sozinha quando a pessoa é solicitada a repetir mentalmente a sequência dos movimentos sem, entretanto executá-los.
ÁREA PRÉ-MOTORA
Localiza-se no lobo frontal, adiante da área motora primária. 
É muito menos excitável que a área motora primária e envolvem grupos musculares maiores, como os do tronco ou da base dos membros.
Nas lesões da área pré-motora esses músculos têm sua força diminuída (paresia), o que impede o paciente de elevar completamente o braço ou a perna.
ÁREA DE BROCÁ
Situada nas partes opercular e triangular do giro frontal inferior, é responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem. 
Situada em frente àquela parte da área motora que controla os músculos relacionados com a vocalização.
Lesões da área de Broca resultam em déficits de linguagem denominados afasias.
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS
ÁREA PRÉ-FRONTAL
Compreende a parte anterior não-motora do lobo frontal. 
Através dos fascículos de associação do córtex ela recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex, ligando-se ainda ao sistema límbico. 
Especialmente importantes são as extensas conexões recíprocas que ela mantém com o núcleo dorsomedial do tálamo.
Esta área está envolvida pelo menos nas seguintes funções:
1) Escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-las quando tais situações se modificam;
2) Manutenção da atenção. 
Lesões na área pré-frontal causam distração.
3) Controle do comportamento emocional juntamente com o hipotálamo e o sistema límbico.
ÁREA TEMPOROPARIETAL
Compreende todo o lóbulo parietal inferior (giros supramarginal e angular), estendendo-se também às margens do sulco temporal superior e parte do lóbulo parietal superior. 
Situa-se pois entre as áreas secundarias auditiva, visual e somestésica, funcionando como centro que integra informações recebidas dessas três áreas.
É importante para a percepção espacial, permitindo ao individuo determinar relações entre os objetos no espaço extrapessoal. Permite também que se tenha uma ima das partes componentes do próprio corpo.
Lesões dessa área causam uma desorientação espacial generalizada, que faz com que o paciente não mais consiga deslocar-se de casa para o trabalho e, nos casos mais graves, nem mesmo dirigir-se de uma cadeira para a cama.
Síndrome de negligência ou Síndrome de inatenção são lesões do lado direito, ou seja, no hemisfério mais relacionado com os processos visuo-espaciais. O paciente perde a noção do seu esquema corporal deixa de perceber a metade esquerda de seu corpo como fazendo parte do seu “eu” e passa a negligenciá-la. 
Assim, ele deixa de se lavar, fazer a barba oucalçar os sapatos do lado esquerdo. 
O paciente passa a agir como se do lado esquerdo o mundo deixasse de existir de qualquer forma significativa para ele. 
Assim, ele só escreve na metade direita do papel, só lê a metade direita das sentenças e só come o alimento colocado no lado direito do prato.
ÁREAS LÍMBICAS
Compreende o giro do cíngulo, o giro para-hipocampal e o hipocampo. 
Estão relacionadas principalmente com a memória e o comportamento emocional.
ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM. 
AFASIAS
Duas áreas corticais para a linguagem: uma anterior e outra posterior, ambas de associação.
A área anterior da linguagem corresponde à área de Broca e está relacionada com a expressão da linguagem. 
A área posterior da linguagem é conhecida como área de Wernicke e está relacionada com a percepção da linguagem. 
Lesões das áreas corticais de associação responsáveis pela linguagem causam dois tipos básicos de afasia: 
1) Motora ou de expressão, em que a lesão ocorre na área de Broca;
2) Sensitiva ou de percepção, em que a lesão ocorre na área de Wernicke.
Nas afasias motoras o individuo é capaz de compreender a linguagem falada ou escrita, mas tem dificuldade de se expressar adequadamente, falando ou escrevendo.
Nas afasias sensitivas, a compreensão da linguagem tanto falada como escrita é muito deficiente. 
Há também algum déficit na expressão da linguagem, uma vez que o perfeito funcionamento da área de Broca depende de informações que recebe da área de Wernicke.
ASSIMETRIA DAS FUNÇOES CORTICAIS
As afasias estão quase sempre associadas a lesões no hemisfério esquerdo e lesões do lado direito só excepcionalmente causam distúrbios da linguagem. 
Do ponto de vista funcional, os hemisférios cerebrais não são simétricos e na maioria dos indivíduos as áreas da linguagem estão localizadas apenas do lado esquerdo.
Sabe-se que, se o hemisfério esquerdo é mais importante do ponto de vista da linguagem e do raciocínio matemático, o direito é dominante no que diz respeito ao desempenho de certas habilidades artísticas como música e pintura, à percepção de relações espaciais e ao reconhecimento da fisionomia das pessoas.
Convém assinalar que a assimetria funcional dos hemisférios cerebrais se manifesta apenas nas áreas de associação, uma vez que o funcionamento das áreas de projeção, tanto motoras como sensitivas é igual dos dois lados.
A assimetria funcional entre os dois hemisférios torna mais importante o papel do corpo caloso, de transmitir informações entre eles.
Núcleos da Base 
1) Núcleo Caudado
Massa alongada e bastante volumosa de substância cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua extremidade anterior constitui a cabeça do núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo. Ela continua com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral.
Este se afina pouco a pouco para formar a cauda do núcleo caudado, que é longa, delgada e fortemente arqueada, estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral.
A cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme.
2) Núcleo Lentiforme
Forma e tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. 
Não aparece na superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. 
Medialmente relaciona-se com a cápsula interna que o separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustrum.
É dividido em putâme e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca, a lâmina medular lateral. 
O putâme situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se dispõe medialmente. 
O globo pálido é subdividido por outra lâmina de substância branca, a lâmina medular medial, em partes externa e interna.
3) Claustrum
Delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. 
Separa-se daquele por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema.
Entre o claustrum e o núcleo lentiforme existe outra lâmina branca, a cápsula externa. 
Da face lateral até a superfície ventricular: córtex da Ínsula; cápsula extrema; claustrum; cápsula externa; putâme; lâmina medular lateral; parte externa do globo pálido; lamina medular medial; parte interna do globo pálido; cápsula interna; tálamo; III ventrículo.
4) Corpo Amigdalóide
Massa esferóide de substância cinzenta situada no polo temporal do hemisfério cerebral, em relação com a cauda do núcleo caudado. 
Faz uma discreta saliência no teto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral. 
O corpo amigdalóide faz parte do sistema límbico e é um importante centro regulador do comportamento sexual e da agressividade.
5) Núcleo Accumbens
Massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putamen e a cabeça do núcleo caudado.
6) Núcleo Basal de Meynert
Situa-se na base do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substância inominata. 
Contém neurônios grandes, ricos em acetilcolina.
CORPO ESTRIADO
É constituído pelo núcleo caudado, putamen e globo pálido. 
Pode-se dividir o corpo estriado em uma parte recente, neoestriado, ou simplesmente striatum, que compreende o putâme e o núcleo caudado, e uma parte antiga, paleoestriado, ou pallidum, constituída pelo globo pálido.
De um modo geral, os impulsos aferentes do corpo estriado chegam ao neoestriado, passam ao paleoestriado, de onde sai a maioria das fibras eferentes do corpo estriado.
Corpo estriado ventral: constituído de extensões ventrais do striatum e do pallidum que apresentam características bastante semelhantes a seus correspondentes dorsais.
Uma diferença é que as estruturas do corpo estriado ventral têm conexões com áreas corticais do sistema límbico e
participam da regulação do comportamento emocional enquanto as estruturas dorsais do corpo estriado são fundamentalmente motoras somáticas. 
O striatum ventral tem como principal componente o núcleo accumbens e o pallidum ventral se localiza abaixo das fibras da comissura anterior.
CONEXÕES
1) Circuito Básico
Origina-se no córtex cerebral e, através das fibras córtico-estriatais, liga-se ao striatum, de onde os impulsos nervosos passam ao globo pálido.
Este, por sua vez, através das fibras pálidotalâmicas, liga-se ao núcleo ventral anterior e ventral lateral do tálamo, os quais se projetam para o córtex cerebral. 
Fecha-se assim o circuito em alça córtico-estriado-tálamo-cortical.
Neste circuito, as fibras córtico-estriatais originam-se em todas as áreas do córtex cerebral, enquanto as fibras tálamo-corticais convergem para a área motora, onde tem origem o tracto córticoespinhal.
2) Circuitos Subsidiários
Dois importantes: os circuitos Nigro-estriato-nigral e Pálido-subtálamo-palidal. 
Através do primeiro a substância negra mantém conexões recíprocas com o striatum e exercem ação moduladora sobre o circuito básico, fazendo sinapse com os neurônios espinhosos do neoestriado.
Esses neurônios recebem as fibras córtico-estriatais e seus axônios constituem as fibras estriatopalidais.
Lesões das fibras Nigro-estriatais causam a Síndrome de Parkinson.
Através do circuito pálido-subtálamo-palidal, o núcleo subtalâmico é capaz de modificar aatividade do circuito básico, agindo assim sobre a motricidade somática. 
Uma interrupção desse circuito causa o hemibalismo, doença em que há grave perturbação da atividade motora.
CONSIDERAÇÕES FUNCIONAIS E CLÍNICAS
PARKINSON
Estão associados a lesões dos núcleos da base. 
A função dos núcleos da base, ou melhor, do corpo estriado, é essencialmente motora. 
O corpo estriado agindo sobre as áreas motoras do córtex através do circuito básico exerce influência não só sobre a execução do movimento voluntário já iniciado, mas também sobre o próprio planejamento do ato motor.
A doença aparece geralmente depois dos 50 anos e caracteriza-se por três sintomas básicos: tremor, rigidez e oligocinesia. 
O tremor manifesta-se nas extremidades quando elas estão paradas e desaparece como movimento. 
A rigidez resulta de uma hipertonia de toda a musculatura esquelética.
A oligocinesia manifesta-se por uma lentidão e redução da atividade motora espontânea, na ausência de paralisia.
Há também uma grande dificuldade para se dar início aos movimentos.
Verificou-se que a lesão geralmente está na substância negra, resultando em diminuição de dopamina nas fibras Nigro-estriatais. 
Desse modo, cessa a atividade moduladora que essas fibras exercem sobre o circuito motor básico, ao nível do neoestriado.
A terapêutica visa aumentar o teor de dopamina nas fibras Nigro-estriatais através da L-Dopa (Levodopa).
CORÉIA
Movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude, que lembram uma dança.
ATETOSE
Movimentos involuntários lentos e sinuosos lembrando os movimentos de um verme.
HEMIBALISMO
Movimentos involuntários violentos de uma das extremidades. 
Resulta de uma lesão vascular do núcleo subtalâmico, o que interrompe a atividade moduladora desse núcleo sobre o globo pálido.
NÚCLEO BASAL DE MEYNERT. DOENÇA DE ALZHEIMER
O núcleo basal de Meynert é constituído de um conjunto de neurônios colinérgicos grandes, situados na chamada substância inominata que ocupa o espaço entre o globo pálido e a superfície ventral do hemisfério cerebral.
Na doença de Alzheimer, seus neurônios degeneram, resultando na depleção da acetilcolina no córtex cerebral. 
Ocorre uma perde progressiva da memória e do raciocínio abstrato. 
Nas fases mais avançadas da doença, o paciente se torna incapaz de reconhecer até mesmo as pessoas mais íntimas se há uma deterioração das funções psíquicas. 
O núcleo basal de Meynert, através de suas conexões com o sistema límbico e com o córtex cerebral, parece ter um importante papel relacionado com a memória e com as funções psíquicas superiores.
CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO
Formado por fibras mielínicas. 
Distinguem-se dois grupos de fibras: de projeção e de associação. 
As primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as segundas unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. 
Entre as fibras de associação, temos aquelas que atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios. Constituem as três comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura do fórnix e comissura anterior.
As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna. 
O fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui pouco para a formação do centro branco medular.
A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entra no córtex cerebral.
Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados medialmente.
Distinguem-se na cápsula interna uma perna anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e uma perna posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. 
Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna.
FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTRA-HEMISFÉRICAS
Conforme o seu tamanho classifica-se em curtas e longas.
As curtas associam áreas vizinhas do córtex como, por exemplo, dois giros passando nesse caso pelo fundo do sulco. 
As fibras de associação intra-hemisféricas longas unem-se em fascículos, sendo mais importantes os seguintes:
1) Fascículo do Cíngulo;
2) Fascículo longitudinal superior;
3) Fascículo longitudinal inferior;
4) Fascículo unciforme.
Sabe-se que o fascículo longitudinal superior tem um papel importante na linguagem na medida em que estabelece conexão entre os centros anterior e posterior da linguagem, situados no lobo frontal e na junção dos lobos temporal e parietal. 
Lesões desse fascículo causam graves perturbações da linguagem.
FIBRAS DE ASSICIAÇÃO INTER-HEMISFÉRICAS
Chamadas fibras comissurais, pois fazem a união entre áreas simétricas dos dois hemisférios.
Agrupam-se para formar as três comissuras do telencéfalo: comissura do fórnix, comissura anterior e corpo caloso (este permite a transferência de conhecimentos e informações de um hemisfério para o outro, fazendo com que eles funcionem harmonicamente).
FIBRAS DE PROJEÇÃO
Agrupam-se para formar o fórnix e a cápsula interna. 
O fórnix liga o hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo. 
A cápsula interna é um grande feixe de fibras que separa o tálamo do núcleo lentiforme.
Pela cápsula interna passa a maioria das fibras que saem ou que entram no córtex cerebral.
Lesões da cápsula interna decorrentes de hemorragias ou obstruções de seus vasos ocorrem com bastante freqüência, constituindo os chamados “derrames cerebrais” que geralmente causam hemiplegia e diminuição da sensibilidade na metade oposta do corpo.
Tronco Encefálico - MPB
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na
constituição dos nervos cranianos. 
Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
O tronco encefálico se divide em: 
· bulbo, situado caudalmente; 
· mesencéfalo, situado cranialmente; 
· ponte, situada entre ambos.
BULBO
Tem a forma de um tronco de cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal. 
O limite superior se faz em um sulco, o sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte. 
A superfície do bulbo é percorrida longitudinalmente por sulcos. 
Estes sulcos delimitam as áreas anterior, lateral e posterior do bulbo.
A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depressão denominada forame cego.
De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência alongada, a pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula (trato córtico-espinhal). 
Na parte caudal do bulbo ocorre a decussação das pirâmides.
Entre o sulco lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se observa uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande massa de substância cinzenta, o núcleo olivar inferior.
A metade caudal do bulbo é percorrida por um estreito canal. 
Este canal se abre para formar o IV ventrículo. 
O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento de seus lábios, que contribuem para a formação dos limites laterais do IV ventrículo. 
Entre este sulco e o sulco lateral posterior está situada a área posterior do bulbo, dividida em fascículo grácil e fascículo cuneiforme pelo sulco intermédio posterior. 
Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos respectivos fascículos, onde determinam o aparecimento de duas eminências, o tubérculo do núcleo grácil, medialmente, e o tubérculo do núcleo cuneiforme, lateralmente.
 - FATORES QUE MODIFICAM A ESTRUTURA DO BULBO EM COMPARAÇÃO COM A DA MEDULA -
A organização interna das porções caudais do bulbo é bastante semelhante à da medula.
Entretanto, secções mais altas de bulbo mostram diferenças cada vez maiores, até que ao nível da oliva já não existe aparentemente qualquer semelhança.
Estas modificações da estrutura do bulbo em relação à da medula são devidas aos seguintes fatores:
1) Aparecimento de novos núcleos próprios do bulbo: como o núcleo grácil, o cuneiforme e o núcleo olivar inferior.
2) Decussação das pirâmides ou decussação motora: as fibras do trato córtico-espinhal percorrem as pirâmides bulbares e a maioria delas decussam para formar o trato córtico-espinhal lateral.
3) Decussação dos lemniscos ou decussação sensitiva: as fibras dos fascículos grácil e cuneiforme da medula terminam fazendo sinapse em neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme. 
As fibras que se originam nestes núcleos são denominadas fibras arqueadas internas e cruzam o plano mediano para constituir de cada lado o lemnisco medial. Cada lemnisco medial conduzao tálamo os impulsos nervosos que subiram nos fascículos grácil e cuneiforme da medula do lado oposto e relacionam-se com a propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória.
4) Abertura do IV ventrículo.
- SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DO BULBO -
1) Núcleos grácil e cuneiforme
2) Núcleo olivar inferior: recebe fibras do córtex cerebral da medula e do núcleo rubro. 
Estão envolvidas na aprendizagem motora, fenômeno que nos permite realizar determinada tarefa com velocidade e eficiência cada vez maiores quando ela se repete várias vezes.
- CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS -
Os sintomas mais característicos das lesões bulbares são a disfagia (dificuldade de deglutição) e as alterações da fonação, por lesão do núcleo ambíguo, assim como alterações do movimento da língua por lesão do núcleo hipoglosso. 
Estes quadros podem ser acompanhados de paralisias e perdas de sensibilidade no tronco e nos membros por lesão das vias ascendentes ou descendentes.
PONTE
É a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo. 
Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela turca do esfenóide.
Sua base apresenta estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio.
Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral da ponte existe um sulco, o sulco basilar, que geralmente aloja a artéria basilar.
A parte dorsal da ponte constitui o assoalho do IV ventrículo.
- FIBRAS TRANSVERSAIS E NÚCLEOS PONTINOS -
Os núcleos pontinos são pequenos aglomerados de neurônios dispersos em toda a base da ponte. 
Neles terminam fazendo sinapse as fibras córtico-pontinas.
Os axônios dos neurônios dos núcleos pontinos constituem as fibras transversais da ponte, que cruzam o plano mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio. 
Forma-se assim a via córtico-ponto-cerebelar. 
Recebem informações do córtex (planejamento motor – áreas motoras secundárias) e enviam ao cerebelo.
- CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS -
Comprometimento dos núcleos de nervos cranianos (V, VI, VII e VIII pares cranianos).
Assim podem ocorrer alterações da sensibilidade da face, da motricidade da musculatura mastigadora ou mímica, do músculo reto lateral, além de tontura e alterações do equilíbrio.
A estes sinais podem associar-se paralisias ou perdas da sensibilidade no tronco e membros por lesão das vias descendentes e ascendentes que transitam pela ponte.
IV VENTRÍCULO
Situado entre o bulbo e a ponte ventralmente, e o cerebelo, dorsalmente. 
Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral, cavidade do mesencéfalo, através da qual o IV ventrículo se comunica com o III ventrículo.
ASSOALHO DO IV VENTRICULO
Limita-se ínfero-lateralmente pelos pedúnculos cerebelares inferiores e pelos tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme. 
Súpero-lateralmente limita-se pelos pedúnculos cerebelares superiores.
O assoalho do IV ventrículo é percorrido em toda a sua extensão pelo sulco mediano. 
De cada lado do sulco mediano há uma eminência, a eminência medial.
Medialmente, a eminência medial dilata-se para constituir de cada lado uma elevação arredondada, o colículo facial, formado por fibras do nervo facial. 
Na parte caudal da eminência medial observa-se, de cada lado, uma pequena área triangular de vértice inferior, o trígono do nervo hipoglosso, correspondente ao núcleo do nervo hipoglosso.
Lateralmente ao trígono do nervo hipoglosso existe outra área triangular, o trígono do nervo vago. 
Lateralmente há uma grande área triangular, a área vestibular. 
Cruzando transversalmente a área vestibular existem finas cordas de fibras nervosas que constituem as estrias medulares do IV ventrículo.
TETO DO IV VENTRÍCULO
A metade cranial do teto é constituída por uma fina lâmina de substância branca, o véu medular superior.
MESENCÉFALO
Interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é separado por um plano que liga os corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. 
É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. 
A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o teto do mesencéfalo; ventralmente temos os dois pedúnculos cerebrais, que por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o tegmento, e outra ventral, formada de fibras longitudinais, a base do pedúnculo. 
Em uma secção transversal do mesencéfalo vê-se que o tegmento é separado da base por uma área escura, a substância negra, formada por neurônios que contém melanina.
- TETO DO MESENCÉFALO - 
Em vista dorsal, apresenta quatro eminências arredondadas, os colículos superiores e inferiores (corpos quadrigêmeos), separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz.
Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo geniculado, através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu braço. 
Assim, o colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior, e o colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do colículo superior, o qual tem parte do seu trajeto escondido entre o pulvinar do tálamo e o corpo geniculado medial.
1) COLÍCULO SUPERIOR
É formado por uma série de camadas superpostas constituídas alternadamente por substância branca e cinzenta. 
É importante para certos reflexos que regulam os movimentos dos olhos no sentido vertical.
Lesões podem causar a perda da capacidade de mover os olhos no sentido vertical, voluntária ou reflexamente. 
Isto ocorre, por exemplo, em certos tumores do corpo pineal que comprimem os colículos.
2) COLÍCULO INFERIOR
Difere estruturalmente do superior por ser constituído de uma massa bem delimitada de substância cinzenta, o núcleo do colículo inferior. Este núcleo recebe as fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral.
- PEDÚNCULOS CEREBRAIS -
Ventralmente aparecem como dois grandes feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro. 
Delimitam, assim, uma profunda depressão triangular, a fossa interpeduncular, limitada anteriormente por duas eminências pertencentes ao diencéfalo, os corpos mamilares.
- SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DO MESENCÉFALO - 
Dois núcleos importantes relacionados com a atividade motora somática:
1) Núcleo Rubro: participa do controle da motricidade somática. 
Recebe fibras do cerebelo e das áreas motoras do córtex cerebral e dá origem ao trato rubro-espinhal, através do qual influencia os neurônios motores da medula, responsáveis pela inervação da musculatura distal dos membros.
2) Substância Negra: formado por neurônios que apresentam inclusões de melanina e utilizam como neurotransmissores a dopamina. 
Do ponto de vista funcional, são mais importantes as conexões com o corpo estriado.
Essas se fazem nos dois sentidos, através de fibras Nigroestriatais e estriato-nigrais, sendo as primeiras dopaminérgicas. Degenerações dos neurônios dopaminérgicos da substância negra causam uma diminuição de dopamina no corpo estriado, provocando as graves perturbações motoras que caracterizam a chamada síndrome de Parkinson.
- FORMAÇÃO RETICULAR -
Agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico.
Possui importante papel na ativação do córtex cerebral e influencia quase todos os setores do sistema nervoso central.
· CONTROLE DA ATIVIDADE ELÉTRICA CORTICAL.
SONO E VIGÍLIA
A formação reticular é capaz de ativar o córtex cerebral, a partir do que se criou o conceito de Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA), importante na regulação do sono e da vigília.
· CONTROLE EFERENTE DA SENSIBILIDADE
O sistema nervoso é, até certo ponto, capaz de selecionar as informações sensoriais que lhe chegam, eliminando ou diminuindo algumas e concentrando-se em outras (AtençãoSeletiva).
· CONTROLE DE MOTRICIDADE SOMÁTICA
A formação reticular exerce uma ação controladora sobre a motricidade somática.
Parte das funções motoras relaciona-se com as aferências que recebe das áreas motoras do córtex cerebral e do cerebelo. 
As primeiras controlam a motricidade voluntária dos músculos axiais e apendiculares proximais; as segundas a regulação automática do equilíbrio, do tônus e da postura.
· INTEGRAÇÃO DE REFLEXOS. CENTRO RESPIRATÓRIO E VASOMOTOR
Na formação reticular há uma série de centros que, ao serem estimulados eletricamente, desencadeiam respostas motoras, somáticas ou viscerais, características de fenômenos como vômito, deglutição, locomoção, mastigação, movimentos oculares, além de alterações respiratórias e vasomotoras.
· Destaque para o centro respiratório e o centro vasomotor, que controlam não só o ritmo respiratório, como também o ritmo cardíaco e a pressão arterial. 
Estes centros funcionam como osciladores, ou seja, apresentam atividade rítmica espontânea e sincronizada respectivamente com os ritmos respiratórios e cardíacos.
- CONSIDERAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS -
Os processos patológicos que comprimem o mesencéfalo quase sempre levam a uma perda total da consciência (coma). Isso se deve à lesão da formação reticular ascendente.
Neurônios monoaminérgicos do tronco encefálico
São conhecidas no sistema nervoso central as seguintes monoaminas: dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina e histamina.
Funcionam como neurotransmissores (modificam a condução nervosa dos circuitos já existentes nessas áreas), e os neurônios que as contém são denominados neurônios monoaminérgicos.
VIAS SEROTONINÉRGICAS
Localizam-se na formação reticular. Inibem a entrada de impulsos dolorosos, fazendo parte das vias da analgesia. 
Também estão envolvidos no mecanismo do sono.
Sua lesão ou inibição da síntese de serotonina causam insônia permanente.
VIAS NORADRENÉRGICAS
Localizados na formação reticular do bulbo e da ponte, fazem parte dos mecanismos que desencadeiam o sono paradoxal.
VIAS DOPAMINÉRGICAS
Localizam-se no mesencéfalo, em duas regiões muito próximas; a área tegmentar ventral (via mesolímbica, regulação do comportamento emocional) e a substância negra (controle da atividade motora somática).
Diencéfalo
O diencéfalo permanece em situação ímpar e mediana, podendo ser visto apenas na face inferior do cérebro. 
O diencéfalo compreende as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas em relação com o III ventrículo.
III VENTRÍCULO
A cavidade do diencéfalo é uma estreita fenda ímpar e mediana denominada III ventrículo, que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos forames interventriculares.
Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrículo são expostas amplamente. Verifica-se a existência de uma depressão, o sulco hipotalâmico, que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular. 
As porções da parede situadas acima deste sulco pertencem ao tálamo e as situadas abaixo, ao hipotálamo. Unindo os dois tálamos observa-se uma trave de substância cinzenta, a aderência intertalâmica.
No assoalho do III ventrículo dispõem-se da frente para trás as seguintes formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo.
A parede posterior é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico. 
Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes laterais do ventrículo, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se insere a tela coróide, que forma o teto do III ventrículo.
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, que se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura anterior. A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III ventrículo pertencem ao telencéfalo.
Tálamo
Duas massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovóide, dispostas uma de cada lado, na porção látero-dorsal do diencéfalo. 
A extremidade anterior apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa na delimitação do forame interventricular. 
A extremidade posterior apresenta uma eminência, o pulvinar do tálamo, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial. 
O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva; o lateral, da via óptica.
A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo revestido por epitélio ependimário. 
A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de fibras que liga o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. 
A face inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo.
NÚCLEOS DO TÁLAMO
1) GRUPO ANTERIOR
Recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam fibras para o córtex do giro do cíngulo.
Relacionam-se com o comportamento emocional.
2) GRUPO POSTERIOR
Pulvinar: tem conexões recíprocas com a área de associação têmporo-parietal do córtex cerebral.
Corpo geniculado medial: projeta fibras para a área auditiva do córtex cerebral.
Corpo geniculado lateral: projeta fibras para a área visual do córtex situada nas bordas do sulco calcarino.
3) GRUPO LATERAL
Núcleo ventral anterior: recebe a maioria das fibras que do globo pálido se dirigem para o tálamo. 
Projeta-se para a área motora do córtex cerebral e tem função ligada à motricidade somática.
Núcleo ventral lateral: recebe as fibras do cerebelo e projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral.
Núcleo ventral póstero-lateral: núcleo das vias sensitivas, recebendo fibras dos lemniscos medial e espinhal. 
Transporta impulso de temperatura, dor, pressão e tato protopático.
Núcleo ventral póstero-medial: Projeta fibras para as áreas somestésica e gustativas situadas no giro pós-central.
4) GRUPO MEDIANO
Têm conexões principalmente com o hipotálamo e relacionam-se com funções viscerais.
5) GRUPO MEDIAL
Importante papel ativador sobre o córtex cerebral. 
A lâmina medular interna está relacionada com a dor crônica.
CONSIDERAÇÕES FUNCIONAIS E CLÍNICAS SOBRE O TÁLAMO
As funções mais conhecidas do tálamo relacionam-se: 
· Com a sensibilidade: recebe, integra e modula os impulsos nervosos para o córtex cerebral.
· Com a motricidade: relaciona-se com os núcleos da base e com o cerebelo.
· Com o comportamento emocional: componentes do sistema límbico e área pré-frontal.
· Com a ativação do córtex: através dos núcleos talâmicos inespecíficos e suas conexões com o sistema ativador reticular ascendente.
Lesões resultam na Síndrome Talâmica, que se manifestam sob a forma de dramáticas alterações da sensibilidade. 
Um exemplo é a dor central, dor espontânea e pouco localizada, que frequentemente se irradia por toda metade do corpo situada do lado oposto ao tálamo comprometido.
Hipotálamo
Área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com importantes funções, relacionadas principalmente com o controle da atividade visceral. 
Compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do III ventrículo, visíveis na base do cérebro:
· Corpos mamilares: duas eminências arredondadas de substância cinzenta na parte anterior da fossa interpeduncular.
· Quiasma óptico: na parte anterior do assoalho ventricular.
· Túber cinéreo: área ligeiramente cinzenta, mediana, atrás do quiasma e dos tratos ópticos, entre estes e os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo.
· Infundíbulo: formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo. 
A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular, ou lobo nervoso da neuro-hipófise.
FUNÇÕES
· Controle do SNA (Vísceras);
· Regulação da temperatura corporal;
· Regulação do comportamento emocional;
· Centro da fome, sede, sono e vigília;
· Centroda diurese (vasopressina);
· Controle sobre o sistema endócrino.
Epitálamo
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo.
Glândula pineal é uma glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o teto do mesencéfalo.
A base do corpo pineal prende-se anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas.
A comissura posterior situa-se no ponto em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. 
A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas eminências triangulares, os trígonos das habênulas, situados entre a glândula pineal e o tálamo.
Continua anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do tálamo.
FUNÇÕES
· Secreção de melatonina (pinealócitos)
Durante o dia os níveis de melatonina na pineal e na circulação são muito baixos. 
Entretanto, durante a noite, a inervação simpática da pineal é ativada, liberando noradrenalina, e os níveis de melatonina circulante aumentam (sua concentração no sangue obedece a um ritmo circardiano).
· Regulação sobre o ciclo circardiano (controle do relógio biológico)
Através da liberação cíclica de melatonina, que age sincronizando os vários ritmos circardianos com o ciclo externo de dia/noite.
· Ação antigonadotrópica
A pineal tem ação inibidora sobre as gônadas, inibindo a puberdade precoce.
Subtálamo
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. 
Difícil de visualizar, pois não se relaciona com as paredes do III ventrículo.
Localiza-se abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. 
O elemento mais evidente é o núcleo subtalâmico.
FUNÇÃO
· Regula a motricidade das extremidades
Através de conexões com o globo pálido. 
Lesões do núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades.
Estes movimentos são muito violentos e muitas vezes não desaparecem nem com o sono, podendo levar o doente à exaustão.
Nervos Cranianos
Fazem conexão com o encéfalo.
A maioria deles liga-se ao tronco encefálico, excetuando-se apenas o nervo olfatório (I) e óptico (II), que se ligam, respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo.
NERVO OLFATÓRIO – I PAR
· Formado por fibras sensitivas
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: bulbo olfatório.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: lâmina cribriforme.
Área primária da olfação: Unco
Lesão: anosmia
NERVO ÓPTICO – II PAR
· Fibras sensitivas
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: quiasma óptico.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: canal óptico.
Área primária da visão: lábios do sulco calcarino.
NERVO ÓCULOMOTOR – III PAR
· Fibras motoras.
· Músculos extrínsecos (estriado esquelético):
M. reto superior do olho.
M. reto inferior do olho.
M. reto medial do olho.
M. oblíquo inferior do olho.
· Músculos intrínsecos (músculo liso):
M. esfíncter da pupila (midríase/ miose)
M. ciliar (confere o grau de convergência do cristalino)
Músculo levantador da pálpebra superior (estriado esquelético)
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: fossa interpeduncular.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: fissura orbital superior
Lesão:
Paralisia ipsilateral;
Globo ocular se desloca para baixo e para a lateral;
Ptose da pálpebra superior;
Midríase ipsilateral;
Perde a acomodação do cristalino para a visão perto.
· Obs.: Nervo oculomotor inerva todos os músculos, exceto o reto lateral e o oblíquo superior do olho.
NERVO TROCLEAR – IV PAR
· Fibras motoras
· Inerva o músculo obliquo superior do olho
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: véu medular superior (teto do IV ventrículo, abaixo colículos inferiores)
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: fissura orbital superior
Lesão:
Lesão ipsilateral - são raras
Rotação para fora da parte superior do globo ocular;
Diplopia;
Inclinação da cabeça para o lado oposto
NERVO TRIGÊMEO – V PAR
· Nervo misto da face, onde a maior parte das fibras são sensitivas.
· Possui três ramos.
· Inerva pele da face, da fronte, couro cabeludo, conjuntiva do olho, mucosa da cavidade nasal e oral, mucosa dos seios paranasais, grande parte da dura-máter, a articulação temporomandibular, todos os dentes, os 2/3 anteriores da língua (sensibilidade geral e somestésica).
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: fissura orbital superior (N. oftálmico), forame redondo (N. maxilar) e forame oval (N. mandibular).
· Nervo oftálmico: inerva a conjuntiva, pele da fronte e dura-máter (Sensitiva)
· Nervo maxilar: inerva os dentes da maxila (Sensitiva).
· Mandibular: inerva os músculos da mastigação (Motor).
Lesão: Neuralgia do Trigêmeo.
NERVO ABDUCENTE – VI PAR
· Fibras motoras.
· Inerva o músculo reto lateral do olho
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: sulco bulbo-pontino.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: fissura orbital superior.
Lesão:
Paralisia no músculo reto lateral do olho;
Perde a abdução do olho;
Tem diplopia;
Estrabismo convergente
NERVO FACIAL – VII PAR
· Fibras motoras e sensitivas
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: sulco bulbo-pontino.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: forame estilomastóideo.
· Inerva os músculos mímicos, glândula lacrimal, submandibular e sublingual e recebem os impulsos gustativos originados nos 2/3 anteriores da língua.
Lesão:
Ptose da face (paralisia facial);
Perda de gustação (ageusia);
Secura da córnea;
Excitação auditiva (hiperacusia);
Não consegue fechar o olho;
· Obs.:
Músculo estapédio (na orelha média): controla a amplitude do som;
Meato acústico externo: na membrana timpânica.
Plexo parotídeo não inerva a glândula parótida
NERVO VESTÍBULOCOCLEAR – VIII PAR
· Fibras sensitivas
· PARTE COCLEAR: responsável pela audição.
PARTE VESTIBULAR: responsável pelo equilíbrio.
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: sulco bulbo-pontino.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: poro acústico interno.
Lesões:
Diminuição da audição;
Vertigem, alterações do equilíbrio e enjôo;
Movimento oscilatório dos olhos (nistagno).
NERVO GLOSSOFARÍNGEO – IX PAR
· Nervo misto.
· Inerva a glândula parótida, região posterior da língua, faringe, parte do pavilhão e meato acústico externo.
· Na língua: sensibilidade gustativa e geral no terço posterior.
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: sulco lateral posterior do bulbo.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: forame jugular.
Lesão:
Neuralgia do glossofaríngeo (dor lancinante);
Algumas fibras do nervo glossofaríngeo vão para o seio e corpo carotídeo, na artéria carótida:
· SEIO CAROTÍDEO: receptor da pressão arterial.
· CORPO CAROTÍDEO: receptor do teor de oxigênio circulante no sangue
NERVO VAGO – X PAR
· Nervo misto
· O mais longo dos nervos cranianos – do encéfalo até a região abdominal.
· Grande nervo parassimpático.
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: sulco lateral posterior do bulbo.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: forame jugular.
Inervação sensitiva e motora para parte da faringe, inerva todas as vísceras torácicas e quase todas as abdominais (inervação sensitiva e motora parassimpática), exceto colo descendente, sigmoide e reto, que são inervados pela porção sacral parassimpática.
NERVO ACESSÓRIO – XI PAR
· Nervo motor.
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: sulco lateral posterior do bulbo.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: forame jugular.
· Inerva o músculo estenocleidomastóideo e músculo trapézio.
NERVO HIPOGLOSSO – XII PAR
· Nervo motor da língua.
ORIGEM APARENTE NO ENCÉFALO: sulco lateral anterior do bulbo.
ORIGEM APARENTE NO CRÂNIO: canal do hipoglosso.
· Inerva os músculos da língua.
Lesão: paralisia da musculatura de uma das metades da língua. 
Neste caso, quando o paciente faz a protrusão da língua, ela se desvia para o lado lesado, por ação da musculatura do lado normal não contrabalançada pela musculatura da metade paralisada.
INERVAÇÃO DA LÍNGUA
Trigêmeo, facial, glossofaríngeo e hipoglosso: possuem fibras destinadas à inervação da língua.
TRIGÊMEO: sensibilidade geral nos 2/3 anteriores.
FACIAL: sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores.
GLOSSOFARÍNGEO: sensibilidade geral e gustativa no terço posterior.
HIPOGLOSSO:motricidade.
Apenas três nervos chegam à língua, o hipoglosso, o glossofaríngeo e o lingual (ramo da divisão mandibular do nervo trigêmeo).
As fibras do nervo facial chegam à língua através do nervo lingual, incorporando-se a ele por meio de uma anastomose denominada nervo corda do tímpano.
Vascularização do sistema nervoso
CEREBELO
Apresenta um córtex cerebelar cujas funções não temos consciência.
Apresenta um corpo branco medular do cerebelo.
Apresenta núcleos do cerebelo.
FOLHAS CEREBELARES (corresponde aos giros no encéfalo): separados entre si por SULCOS.
Os sulcos mais proeminentes são denominados FISSURAS, que separam os lóbulos do cerebelo.
Na região mediana: VERME ou VÉRMIS. 
De cada lado do verme temos os hemisférios cerebelares.
No cerebelo, o comando é unilateral, ou seja, uma lesão no hemisfério direito acarreta complicações motoras no lado direito do corpo.
LOCALIZAÇÃO:
Na fossa posterior do crânio, atrás do forame magno = fossa cerebelar do osso occipital.
Tenda do cerebelo: constituída de dura-máter, separa o cerebelo do lobo occipital. 
A protuberância occipital externa corresponde internamente ao local de fixação da tendo do cerebelo (útil aos cirurgiões para determinarem o local de incisão).
FLÓCULO:
Situado abaixo do pedúnculo cerebelar médio. 
Está separada do restante do cerebelo por uma fissura, a FISSURA PÓSTERO LATERAL.
TONSILA DO CEREBELO:
Abaixo do flóculo e lateralmente ao bulbo.
O aumento da tonsila pode gerar uma compressão bulbar e medular. 
Ela pode projetar-se do crânio, através do forame magno, comprimindo a medula espinal (HÉRNIA TONSILAR).
PEDÚNCULOS CEREBELARES:
Constituídos de fibras mielínicas aferentes e eferentes e que conectam:
· INFERIOR: bulbo com o cerebelo.
· MÉDIO: ponte com o cerebelo.
· SUPERIOR: mesencéfalo com o cerebelo
DIVISÃO ANATÔMICA
VERME:
· Pirâmide;
· Úvula;
· Nódulo.
HEMISFÉRIOS CEREBELARES
ETAPAS EVOLUTIVAS DO CEREBELO:
1) 1ª ETAPA: Flóculo Nodular (Flóculo representa partes dos hemisférios e o nódulo parte do verme).
2) 2ª ETAPA: Lobo Anterior (ou LOBULO QUADRANGULAR ANTERIOR).
3) 3ª ETAPA: Lobo Posterior
FISSURAS:
1) Fissura Prima;
2) Fissura pós-clival;
3) Fissura horizontal;
4) Fissura pré-piramidal;
5) Fissura póstero lateral
LÓBULOS:
1) Quadrangular anterior;
2) Quadrangular posterior;
3) Semilunar Superior;
4) Semilunar Inferior;
5) Biventre
NÚCLEOS CENTRAIS DO CEREBELO:
1) Núcleo do fastígio;
2) Núcleo globoso;
3) Núcleo emboliforme;
4) Núcleo denteado;
5) Núcleo globoso + emboliforme = funcionalmente chamado de NÚCLEO INTERPÓSITO;
6) Núcleo denteado: único visível a olho nu.
EVOLUÇÃO:
1º) Núcleo do fastígio (ao mesmo tempo em que surge o lobo floculonodular).
2º) Globoso + emboliforme = Núcleo interpósito.
3º) Núcleo denteado
ARQUICEREBELO (CEREBELO VESTIBULAR)
Cabeça do animal manda informações ao SN que envia os comandos ao restante do corpo.
Nos animais aquáticos, a cabeça comandava os movimentos do corpo.
FUNÇÕES
· Posicionamento da cabeça;
· Equilíbrio
OBS: Labirintite: inflamação da área vestibular. 
A pessoa sente vertigem (perda de equilíbrio).
PALEOCEREBELO (CEREBELO ESPINAL)
Surgem nos peixes as nadadeiras. 
Para movimentá-las surgiram os músculos e através destes os PROPRIOCEPTORES.
· FUSOS NEUROMUSCULARES (controle do comprimento da célula muscular);
· ÓRGÃOS NEUROTENDÍNEOS (controle da força de contração)
Pacientes com hipo ou hipertonia (?)
NEOCEREBELO (CEREBELO CORTICAL)
O Cerebelo teve uma evolução paralela ao córtex motor primário para auxiliá-lo na coordenação motora.
· Área motora primária: execução dos movimentos
· Cerebelo: controle dos movimentos
CITOARQUITETURA DO CÓRTEX CEREBELAR
A) CAMADA MOLECULAR:
Fibras paralelas (+)
Células estreladas ( - )
Células em cesto ( - )
B) CAMADA DE CÉLULAS DE PURKINGE ( - )
Células granulares (+)
Células de Golgi ( - )
- CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS -
A) INCORDENAÇÃO DOS MOVIMENTOS (ATAXIA)
Principalmente nos membros.
Características:
Marcha atáxica.
Fala arrastada.
Sinais de ataxia:
Dismetria (dificuldade para medir o quanto de movimento é preciso fazer);
Decomposição;
Disdiadococinesia (dificuldade de realizar movimentos rápidos alternadamente);
Rechaço (incapacidade de corrigir o movimento);
Tremor;
Nistagmo (tremor nos olhos);
B) PERDA DO EQUILÍBRIO
Marcha atáxica.
C) HIPOTONIA
	ETAPAS
	LOBOS
	NÚCLEOS
	CONEXÕES
	FUNÇÕES
	1ª
	Floculonodular
	Do fastígio
	Vetibulares;
Cerebelo Vestibular = arquicerebelo;
Posicionamento da cabeça.
	Equilíbrio.
	2ª
	Anterior = lóbulo quadrangular anterior
	Interpósito
Globoso + 
Emboliforme
	Medula espinal;
Tratos espinocerebelares;
Proprioceptores musculares;
Cerebelo espinal = paleocerebelo.
	Controle do tônus muscular;
Manutenção da postura básica.
	3ª
	Posterior
	Denteado
	Córtex cerebral;
Área motora primária;
Cerebelo cortical = neocerebelo
	Coordenação dos movimentos finos e delicados, principalmente os movimentos assimétricos.
Medula Espinal
Cerca de 45cm de comprimento.
Localização: dentro do canal vertebral.
Limite superior: limita-se com o bulbo na altura do forame magno.
Limite inferior: disco intervertebral (entre L1 e L2)
CITOMEGALOVÍRUS
Instala-se na coluna anterior do H medular e destrói neurônios motores eferentes, causando paralisia motora.
HERPES
Vírus se aloja em fibras nervosas sensitivas e se instala nos gânglios sensitivos.
LESÃO DO NERVO
Sequela motora e sensitiva
SEGMENTO MEDULAR
Reúne os neurônios motores e sensitivos cujas fibras formam o nervo espinal do segmento.
· 31 pares de nervos espinhais;
8 cervicais;
12 torácicos;
5 lombares;
5 sacrais;
1 coccígeo.
A coluna lateral só é encontrada entre T1 a L2 e entre S2 a S4.
DERMÁTOMO: corresponde a topografia do segmento espinal. 
São áreas cutâneas sensitivas relacionadas aos segmentos espinhais.
1) A SENSIBILIDADE DO POLEGAR entra através do segmento C6.
2) A SENSIBILIDADE DA CICATRIZ UMBILICAL entra através do segmento C10.
MIÓTOMO: segmentos espinhais que inervam músculos.
TAMANHO DA MEDULA
No embrião: do tamanho da coluna vertebral.
Conforme o crescimento, a coluna cresce mais rápido do que a medula espinhal e como consequência, a medula fica menor que a coluna vertebral.
No adulto, o segmento sacral está na altura de L1-L2.
O conjunto de fibras que se alongam para continuar saindo na vértebra correspondente abaixo de L1 e L2 formam a CAUDA EQUINA.
· CORRELAÇÃO: a partir da T1, você soma +2 e terá então o segmento medular correspondente nas torácicas.
As vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares e a vértebra L1 e L2 aos cinco segmentos sacrais.
Fraturas nas vértebras L3, L4 e L5 comprometem a cauda eqüina.
ENVOLTÓRIO (MENINGES)
PIA-MÁTER
· Contato direto com o tecido nervoso.
Confere o formato e consistência ao SN.
· FILAMENTO TERMINAL: continuidade da pia-máter além do cone medular até o cóccix.
ARACNÓIDE
· Intermediária entre a pia-máter e a dura-máter.
DURA-MÁTER
· Sempre unida com a aracnóide.
· SACO DURAL: termina na S2, é perfurado pelo filamento terminal.
· ANESTESIA RÁQUI – PUNÇÃO LCR: espaço subaracnóideo
· ANESTESIA PERIDURAL: não atravessa meninges, espaço peridural
Sistema Nervoso 
Pode-se dividir o SN em SN somático e SN visceral.
· SN somático ou de vida de relação (é voluntário).
Parte aferente do SN somático: conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos.
Parte eferente do SN somático: leva aos músculos esqueléticos os comandos dos centros nervosos.
· SN visceral ou de vida vegetativa (é involuntário).
Importante para a integração da atividade das vísceras no sentido da manutenção da constância do meio interno (homeostase).
Parte aferente conduz impulsos nervosos gerados pelos visceroceptores à áreas específicas do SNC.
Parte eferente traz impulsos de centros nervosos até as vísceras, terminando em glândulas, músculos lisos ou músculo cardíaco. 
É o SNA.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
É dividido em SNA simpático e parassimpático.
É um sistema exclusivamente eferente motor.
As fibras eferentes viscerais especiais não fazem parte do SNA, pois inervam músculos estriados esqueléticos.
Somente asfibras eferentes viscerais gerais integram o SNA.
DIFERENÇAS ENTRE O SN SOMÁTICO EFERENTE E VISCERAL EFERENTE OU AUTÔNOMO
No SN somático eferente há apenas um neurônio ligando o SNC ao órgão efetuador. 
Seu núcleo encontra-se na coluna anterior da medula.
No SNA há dois neurônios ligando o SNC ao órgão efetuador. 
Um deles tem o núcleo dentro do SNC e o outro está no SNP, formando gânglios.
OBS: Neurônio pré-ganglionar: seu corpo está no SNC
Neurônio pós-ganglionar: seu corpo está no SNP, em gânglios
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SNA
Neurônios pré-ganglionares: No tronco encefálico se agrupam formando os núcleos de origem de alguns nervos cranianos. 
Na medula ocorrem de T1 a T2, em L1 e L2 e em S2 a S4.
Coluna lateral: agrupamento dos neurônios pré-ganglionares de T1 até T12 (porção toracolombar).
A fibra pré-ganglionar é mielínica e termina fazendo sinapse com o neurônio pós-ganglionar.
A fibra pós-ganglionar é amielínica e termina nas vísceras em contato com glândulas e músculos liso ou cardíaco.
Há áreas do telencéfalo e diencéfalo que regulam as funções viscerais, sendo as mais importantes o hipotálamo e o sistema límbico. 
Impulsos nervosos aí originados são levados por fibras especiais que terminam fazendo sinapse com neurônios pré-ganglionares do TE e da medula.
Isso ajuda a entender as alterações do funcionamento visceral frente às emoções.
DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE O SN SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO
1) POSIÇÃO DOS NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES
No SN simpático, localizam-se na medula torácica e lombar (entre T1 e L2). 
É toracolombar.
No SN parassimpático, localizam-se no TE e na medula sacral (S2, S3 e S4). 
É crânio sacral.
2) POSIÇÃO DOS NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES
SN simpático: longe das vísceras e próximos a coluna vertebral. Formam os gânglios vertebrais ou para-vertebrais.
SN parassimpático: próximo ou dentro das vísceras.
3) TAMANHO DAS FIBRAS PRÉ E PÓS-GANGLIONARES
SN simpático: pré curta e pós longa.
SN parassimpático: pré longa e pós curta.
4) ULTRA-ESTRUTURA DA FIBRA PÓS-GANGLIONAR
SN simpático: nas fibras pós há vesículas sinápticas pequenas granulares contendo NOR.
SN parassimpático: nas fibras pós há vesículas sinápticas agranulares contendo ACh.
5) DIFERENÇAS FARMACOLÓGICAS ENTRE SN SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO
Drogas simpaticomiméticas: imitam a ação do SN simpático. 
NOR e ADR. 
Fibras adrenérgicas.
Drogas parassimpáticomiméticas: imitam a ação do SN parassimpático. 
ACh. 
Fibras colinérgicas.
Obs.: fibras pré, tanto simpáticas quanto parassimpáticas, e as fibras pós parassimpáticas são adrenérgicas.
6) DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS ENTRE SN SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO
A ação do simpático e do parassimpático em um determinado órgão depende do modo de terminação das fibras pós de cada uma destas divisões do SNA, dentro do órgão.
Na maioria dos órgãos, a inervação autônoma é mista, simpática e parassimpática.
Alguns órgãos têm inervação puramente simpática: glândulas sudoríparas, músculos eretores do pelo. 
O SN parassimpático tem ações localizadas a um órgão ou setor do organismo, enquanto o SN simpático, embora possam ser localizados, tendem a ser difusas, atingindo vários órgãos. 
Os gânglios do parassimpático, estando próximos às vísceras, fazem com que o território de distribuição das fibras pós seja necessariamente restrito. Além disso, uma fibra pré faz sinapse com um número relativamente pequeno de fibras pós-ganglionares. Os gânglios do simpático estão longe das vísceras e uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um número de fibras pós que se distribuem a territórios maiores.
	
ÓRGÃO
	SIMPÁTICO
	PARASSIMPÁTICO
	Íris
	Midríase (dilata)
	Miose
	Glândula Lacrimal
	Vasoconstrição
	Secreção abundante
	Glândulas salivares
	Vasoconstrição, secreção de saliva viscosa e pouco abundante
	Vasodilatação, secreção de saliva fluida e abundante
	Glândulas sudoríparas
	Secreção copiosa
	Inervação ausente
	Mm eretores do pelo
	Ereção
	Inervação ausente
	Coração
	Taquicardia e dilatação das coronárias
	Bradicardia e constrição das coronárias
	Brônquios
	Dilatação
	Constrição
	Tubo digestivo
	Diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres
	Aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres.
	Bexiga urinária
	Pouca ou nenhuma ação
	Contração parede (esvaziamento).
	Genitais masculinos
	Vasoconstrição e ejaculação
	Vasodilatação e ereção.
	Glândula suprarrenal
	Secreção de adrenalina
	Nenhuma ação.
	Vasos sanguíneos
	Vasoconstrição
	Inervação ausente.
DIVISÃO PARASSIMPÁTICA
Sua parte craniana é constituída por alguns núcleos do TE, gânglios e fibras nervosas em relação com alguns nervos cranianos.
Nos núcleos localizam-se os corpos dos neurônios PR-e, cujas fibras pré-ganglionares atingem os gânglios ao invés dos pares de nervos cranianos III, VII, IX e X. 
Dos gânglios saem fibras pós-sinápticas para as glândulas, músculo liso e músculo cardíaco.
	POSIÇÃO DO N. PRÉ-GANGLIONAR
	NERVO (FIBRA PRÉ-GANGLIONAR)
	POSIÇÃO DO NEURÔNIO PÓS-GANGLIONAR
	ÓRGÃO INERVADO
	Núcleo de Edinger – Westphal
	III par – oculomotor
	Gânglio ciliar
	M. esfíncter da pupila e M. Ciliar
	Núcleo salivatório superior
	VII par – facial
	Gânglio submandibular
	Gl. Submandibular e sublingual.
	Núcleo salivatório inferior
	IX par – glossofaríngeo
	Gânglio óptico
	Gl parótida.
	Núcleo lacrimal
	VII par – facial
	Gânglio pterigopalatino
	Gl. Lacrimal.
	Núcleo dorsal do vago
	X par – vago
	Gânglio nas vísceras torácicas e abdominais
	Vísceras torácicas e abdominais.
· GÂNGLIO CILIAR: Na cavidade orbitária, lateralmente ao nervo óptico, recebe fibras préganglionares do III par e envia fibras pós-ganglionares ao bulbo do olho, inervando os mm esfíncteres da pupila e m. ciliar.
· GÂNGLIO SUBMANDIBULAR: recebe fibras pré-ganglionares do VII par e manda fibras pós-ganglionares para as glândulas submandibular e sublingual.
· GÂNGLIO PTERIGOPALATINO: na fossa pterigopalatina, recebe fibras pré-ganglionares do VII par e envia fibras pós-ganglionares para a glândula lacrimal.
· GÂNGLIO ÓPTICO: abaixo do forame oval, recebe fibras pré-ganglionares do IX par e manda fibras pós-ganglionares para a parótida.
Liquor e Meninges
O sistema nervoso central é envolvido por membranas conjuntivas denominadas meninges e que são classicamente três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. 
A aracnóide e a pia-máter podem ser consideradas como uma formação única, a LEPTOMENINGE, ou meninge fina, distinta da PAQUIMENINGE, ou meninge espessa, constituída pela dura-máter.
DURA-MÁTER
A meninge mais superficial é a dura-máter, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo vasos e nervos. 
A dura-máter do encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser formada por dois folhetos, externo e interno, dos quais apenas o interno continua com a dura-máter espinhal.
O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo destes ossos.
O folheto externo da dura-máter não tem capacidade osteogênica, o que dificulta a consolidação de fraturas no crânio.
Esta peculiaridade, entretanto, é vantajosa, pois a formação de um calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio pode constituir grave fator de irritação do tecido nervoso.
Não existe no encéfalo um espaço epidural como na medula. 
A dura-máter, e em particular seu folheto externo, é muito vascularizada. 
No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a ARTÉRIA MENÍNGEA MÉDIA, ramo da artéria maxilar.
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. 
Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou quase toda a sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, responsável, assim, pela maioria das dores de cabeça. (inervada pelo n. trigêmeo).
PREGAS DA DURA-MÁTER DO ENCÉFALO
· FOICE DO CÉREBRO: ocupa a fissura longitudinal do cérebro separando os dois hemisférios cerebrais.
· TENDA DO CEREBELO: separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior (Supratentorial) e outro inferior (Infratentorial).
· FOICE

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