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Apostila de neuroanatomia

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1 
@mobilefisio 
 
Apostila de 
Neuroanatomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
@mobilefisio 
 
 
 
 
 
 
Índice 
1) Vesículas Embrionárias ....................................................................................... 3 
2) Células mais importantes do SN ......................................................................... 5 
3) Desenvolvimento Embrionário ........................................................................... 6 
4) Funções Gerais ................................................................................................... 8 
5) Divisões do Sistema Nervoso ............................................................................. 9 
6) Meninges .......................................................................................................... 11 
7) Liquor ................................................................................................................ 12 
8) Nervos Cranianos .............................................................................................. 13 
9) Tronco Encefálico ............................................................................................. 20 
10) Principais conceitos relacionado ao SN .............................................................. 23 
11) Cerebelo .............................................................................................................. 24 
12) Cérebro................................................................................................................ 26 
13) Sulcos Principais ................................................................................................31 
14) Classificação Funcional do Córtex Cerebral......................................................38 
15) Referências Bibliográficas..................................................................................46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
@mobilefisio 
 
 
 
Vesículas Embrionárias 
 
Para melhor entender a formação do sistema nervoso foi preciso entrar um pouco 
em embriologia. 
Os primeiros estudos tiveram que ser realizados em ratos, devido aos limites éticos e 
sociais da época, pois havia uma similaridade com o desenvolvimento neuro 
anatômico humano. 
A partir de um corte sagital no encéfalo, percebeu – se três partes: 
 
1. Prosencéfalo  parte anterior, forma o Telencéfalo (hemisférios cerebrais) e 
Diencéfalo (Tálamo e Hipotálamo) 
2. Romboncéfalo parte posterior, forma Ponte, Bulbo, Medula 
3. Mesencéfalo liga Diencéfalo e Ponte 
 
Nomes são dados de acordo com as regiões  Grego 
 
 
 
 
 
4 
@mobilefisio 
 
 
 
 
As estruturas se desenvolvem conforme o embrião cresce, ocorrendo uma mudança 
em seus nomes (se tratando de humanos): 
 
 
 
 
 
 
 
 
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@mobilefisio 
 
 
 
 
Evolução (A) filogenética (B) 
e embriológica e fetal do SNC 
do ser humano 
 
 
 
 
 
 
Células mais importantes do Tecido 
Nervoso 
 
Neurônio: Processa e enviar informações. São células altamente excitáveis que se 
comunicam entre si ou com células efetuadoras (células musculares e secretoras), 
usando basicamente uma linguagem elétrica, ou seja, modificação do potencial da 
membrana. 
Portanto, os neurônios são células de condução do estímulo nervoso e é caracterizado 
pelas seguintes estruturas: 
 Corpo: núcleo e citoplasma (centro metabólico);
 Dendritos: prolongamentos pequenos e numerosos (transportam impulsos em 
direção ao corpo celular);
 
 
6 
@mobilefisio 



 Axônio: prolongamento único, longo ou curto, que transporta impulsos para longe 
do corpo celular. O axônio pode ou não ser envolvido pela bainha de mielina.
 
 
 
Neuroglia: Células que ocupam os espaços entre os neurônios, com função de 
sustentação, revestimento ou isolamento e defesa. 
Após a diferenciação, os neurônios dos vertebrados não se dividem, ou seja, após o 
nascimento geralmente não são produzidos novos neurônios. Já a neuroglia conserva a 
capacidade de mitose após completa diferenciação. 
 
 
Endotélio Vascular: É a célula que providencia o fortalecimento de sangue para o 
tecido cerebra 
 
 
 
 
7 
@mobilefisio 
 
Desenvolvimento Embrionário 
 
Fecundação: Espermatozoide se une ao óvulo e forma o zigoto. 
Clivagem: Desenvolvimento de um organismo multicelular através de uma série de 
divisões mitóticas. 
Blastocele: Cavidade de segmentação, é a região central da blástula, resultado de 
várias divisões mitóticas denominadas segmentação ou clivagem. 
 
 
Gastrulação: O disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário 
trilaminar (inicio da morfogênese). Durante a gastrulação ocorrem alguns eventos 
importantes como a formação da linha primitiva, camadas germinativas, placa 
precordal e notocordal. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
@mobilefisio 
 
Neurolação: A neurulação faz parte da organogênese nos embriões vertebrados e é o 
processo de formação do tubo neural, rudimento do Sistema Nervoso Central 
 
Período Embrionário  Período Fetal Nascimento 
 
 No recém-nascido, a medula espinal ocupa toda a extensão do canal vertebral. No 
adulto, detém-se em L2. Essa diferença e ocorre devido à desigualdade entre o 
seu crescimento e o da coluna vertebral. Por isso há um grande desnível entre os 
segmentos medulares e as raízes que dela se originam. A raiz que emerge por 
um forame intervertebral tem origem mais acima, na medula. 
 
Funções gerais 
 Tálamo –Estrutura chave para a transmissão de informações aos hemisférios 
cerebrais.
 Hipotálamo – Funções do Sistema Autônomo (SNA) e controle da liberação 
de hormônios da Hipófise.
 Mesencéfalo/Ponte/Bulbo – Controle de movimento da cabeça e olhos; 
regula atenção; regulação de pressão sanguínea e respiração. Formam o 
Tronco Encefálico.
 Cerebelo – Regula movimentos dos olhos, membros, manutenção da postura e 
equilíbrio.
 
 
9 
@mobilefisio 

 Medula – Controle do movimento corporal, funções vesicais e processamento 
de informações sensoriais, conduzindo o fluxo de informações aferentes e 
eferentes ao Encéfalo.
 
 
Sistema Nervoso 
 Divisão Anatômica: 
 Sistema Nervoso Central (Protegido por um estojo ósseo) 
 Encéfalo, protegido pelo crânio e tem subdivisões
 Medula espinal, protegida pela coluna vertebral

 Sistema Nervoso Periférico (está na periferia) 
 Glânglios (conjunto de corpos de neurônio fora do SNC)


 
 
 
 
 
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@mobilefisio 
 
 

Sistema parassimpático controla os processos do corpo durante situações 
comuns. 
 
 Sistema simpático prepara o organismo para situações de estresse ou de 
emergência: lutar, fugir e se apaixonar. 
Função do SN  Neurofisiologia: 
 Regulação do meio interno 
 Adaptação ao meio externo 
 Sede das funções intelectuais, inclusive sentimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
@mobilefisio 
 
 
Nervo periférico  Permite que parte do axônio chegue até o SNP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meninges 
 
 Lâminas de tecido conjuntivo que envolvem e protegem o encéfalo e a medula 
espinal, também servem de estruturas de sustentação para artérias, veias e seios 
venosos. 
 3 tipos de meninges: 
A. Dura – máter 
 É um cilindro oco formado por uma parede fibrosa e espessa, sólida e pouco 
extensível. Vai do forame magno até S2 ou S3.
 Superfície externa: relaciona-se com as paredes ósseas e ligamentos da coluna 
vertebral;
 Superfície interna: é lisa e polida e relaciona-se com a aracnóide-máter.

B. Aracnóide – máter 
 É uma membrana vascular, celular, situada sobre a superfície da medula 
 
 
12 
@mobilefisio 
espinal.
 Superfície interna: adere á medula espinal penetrando na fissura mediana 
anterior e em seus sulcos e prolonga-se em suas raízes;
 Superfície externa: corresponde ao espaço subaracnóideo.
 
 
C. Pia – máter 
 É um tecido situado entre a dura-máter e a pia-máter. É formada por uma 
lâmina externa homogênea, a aracnóide-máter propriamente dita, e uma 
camada interna, areolar, degrandes malhas, que constitui o espaço 
subaracnóideo, onde circula o líquido cerebrospinal (líquor).
 
Caracterização dos espaços entre as 
meninges 
 
 Espaço extradural (epidural ou peridural): entre o osso, tecido adiposo e a dura- 
máter; 
 Espaço subdural: entre a dura-máter e aracnóide-máter; 
 Espaço subaracnóideo: entre a aracnóide-máter e pia-máter (espaço em que 
circula uma quantidade maior de líquido cerebrospinal). 
 
Liquor 
 
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnoideo e as cavidades 
ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso 
central. 
 
 
Formação, Absorção e Circulação do Liquor: 
 
 
 
13 
@mobilefisio 
O liquor é produzido nos plexos corioides dos ventrículos e uma pequena porção é 
produzida no epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem 
plexos corioides nos ventrículos 
Os ventrículos laterais contribuem com maior contingente liquórico, que passa pelo 
terceiro ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o quarto 
ventrículo através do aqueduto cerebral. 
Através das aberturas medianas e laterais do quarto ventrículo, o liquor passa para o 
espaço subaracnoideo, é reabsorvido pelas granulações aracnoideas que se projetam 
para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital 
superior, a circulação do liquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço 
entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnoideo da medula, o 
liquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica 
ocorre nas pequenas granulações aracnoideas existentes nos prolongamentos da dura-
máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais. 
A circulação do liquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a 
determinam. Sem dúvida, a produção do liquor em uma extremidade e a sua absorção 
em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a 
pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão liquórica, 
possivelmente contribuindo para empurrar o liquor através das 
granulações..aracnoidea. 
 
MENINGES E LIQUOR 
 
O tecido do SNC é muito delicado e é por esse motivo, que ele possui um sistema de 
proteção formado por quatro estruturas: crânio, meninges, líquido cerebrospinal 
(liquor) e barreira hematoencefálica. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
@mobilefisio 
 
Nervos 
 
 Nervos são cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas 
reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos órgãos 
periféricos. Podem ser espinais ou cranianos, conforme esta união se faça com a 
medula espinal ou com o encéfalo. A função dos nervos é conduzir, através de 
suas fibras, impulsos nervosos do sistema nervoso central para a periferia 
(impulsos eferentes) e da periferia para o sistema nervoso central (impulsos 
aferentes). São três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um 
nervo: 
 Epineuro: envolve todo o nervo;
 Perineuro: envolve os feixes de fibras nervosas;
 Endoneuro: envolve cada fibra nervosa.

 As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos e geralmente são 
mais espessas nos nervos superficiais, pois estes, mais do que os profundos, estão 
expostos aos traumatismos. 
 Originam-se na medula espinal e os cranianos no encéfalo. Costuma-se distinguir em 
um nervo uma origem real e uma origem aparente. 
 Origem real: local onde estão localizados os corpos dos neurônios que 
constituem os nervos, como, por exemplo, a coluna anterior da medula e os 
núcleos dos nervos cranianos;
 Origem aparente: corresponde ao ponto de emergência ou entrada do nervo 
na superfície do Sistema Nervoso Central. No caso dos nervos espinais, esta 
origem se encontra nos sulcos ântero-lateral e póstero-lateral da medula 
espinal. Alguns consideram ainda como origem aparente os forames 
intervertebrais na coluna vertebral.
 
 
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@mobilefisio 
Nervos Espinais 
 
 Fazem conexão com a medula espinal e são responsáveis pela inervação do tronco, 
dos membros e parte da cabeça. São 31 pares que correspondem aos 31 segmentos 
medulares existentes: 
 08 pares de nervos cervicais;
 12 pares de nervos torácicos;
 05 pares de nervos lombares;
 05 pares de nervos sacrais;
 01 par de nervos coccígeos (3 ossos presentes naquela região).

 Cada nervo espinal é formado pela união das raízes posterior e anterior, as quais se 
ligam, respectivamente, aos sulcos póstero-lateral e ântero-lateral da medula 
espinal através de suas respectivas radículas. Na raiz posterior localiza-se o gânglio 
espinal, onde estão os corpos dos neurônios sensitivos. A raiz anterior é formada 
por axônios que se originam em neurônios situados nas colunas anterior e lateral da 
medula. Da união da raiz posterior (sensitiva), com a raiz anterior (motora), forma-
se o tronco do nervo espinal, que funcionalmente é misto. O tronco do nervo 
espinal se divide em ramo anterior e posterior. Apenas os ramos anteriores dos 
nervos espinais formarão os plexos cervical, braquial, lombossacral e coccígeo. 
 
Classificação Funcional dos Nervos Espinais 
 
 
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@mobilefisio 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos Cranianos 
 
 Estabelecem conexão direta entre o encéfalo e estruturas periféricas. Existem 12 
pares de nervos cranianos, que saem do encéfalo e que, depois de passar pelos 
forames e fissuras do crânio, distribuem-se para a cabeça (principalmente), 
pescoço e outras partes do corpo. A maioria deles (do III – XII) liga-se ao tronco 
encefálico, excetuando-se apenas os nervos olfatórios (I par) e ópticos (II par), que se 
ligam, respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo. 
 
Abaixo, tem-se uma relação dos 12 pares cranianos e algumas de suas principais 
funções: 
I. Nervo Olfatório: é um nervo totalmente sensitivo que se origina no 
teto da cavidade nasal e leva estímulos olfatórios para o bulbo e trato 
olfatório, os quais são enviados até áreas específicas do telencéfalo. 
II. Nervo Óptico: nervo puramente sensorial que se origina na parte 
posterior do globo ocular (a partir de prolongamentos de células que, 
indiretamente, estabelecem conexões com os cones e bastonetes) e leva 
impulsos luminosos relacionados com a visão até o corpo geniculado 
 
 
17 
@mobilefisio 
lateral e, daí, até o córtex cerebral relacionado com a visão. 
III. Nervo Oculomotor: nervo puramente motor que inerva a maior parte 
dos músculos extrínsecos do olho (Mm. Oblíquo inferior, reto medial, 
reto superior, reto inferior e levantador da pálpebra) e intrínsecos do 
olho (M. ciliar e esfíncter da pupila). Indivíduos com paralisia no III 
par apresentam dificuldade em levantar a pálpebra (que cai sobre o 
olho), além de apresentar outros sintomas relacionados com a 
motricidade do olho, como estrabismo divergente (olho voltado 
lateralmente). 
IV. Nervo Troclear: nervo motor responsável pela inervação do músculo 
oblíquo superior. Suas fibras, ao se originarem no seu núcleo 
(localizado ao nível do colículo inferior do mesencéfalo), cruzam o 
plano mediano (ainda no mesencéfalo) e partem para inervar o 
músculo oblíquo superior do olho localizado no lado oposto com 
relação à sua origem. Além disso, é o único par de nervos cranianos 
que se origina na parte dorsal do tronco encefálico (caudalmente aos 
colículos inferiores). 
V. Nervo Trigêmeo: apresenta função sensitiva (parte oftálmica, maxilar 
e mandibular da face) e motora (o nervo mandibular é responsável 
pela motricidade dos músculos da mastigação: Mm. temporal, 
masseter e os pterigoideos). Além da sensibilidade somática de 
praticamente toda a face, o componente sensorial do trigêmeo é 
responsável ainda pela inervação exteroceptiva da língua (térmica e 
dolorosa). 
VI. Nervo Abducente: nervo motor responsável pela motricidade do 
músculo reto lateral do olho, capaz de abduzir o globo ocular (e, assim,realizar o olhar para o lado), como o próprio nome do nervo sugere. 
 
 
18 
@mobilefisio 
Por essa razão, lesões do nervo abducente podem gerar estrabismo 
convergente (olho voltado medialmente). 
VII. Nervo Facial: é um nervo misto e que pode ser dividido em dois 
componentes: N. facial propriamente dito (raiz motora) e o N. 
intermédio (raiz sensitiva e visceral). Praticamente toda a inervação 
dos músculos da mímica da face é responsabilidade do nervo facial; 
por esta razão, lesões que acometam esse nervo trarão paralisia dos 
músculos da face do mesmo lado (inclusive, incapacidade de fechar o 
olho). O nervo intermédio, componente do próprio nervo facial, é 
responsável, por exemplo, pela inervação das glândulas 
submandibular, sublingual e lacrimal, além de inervar a sensibilidade 
gustativa dos 2/3 anteriores da língua. 
VIII. Nervo Vestíbulo-coclear: é um nervo formado por dois componentes 
distintos (o N. coclear e o N. vestibular); embora ambos sejam 
puramente sensitivos, assim como o nervo olfatório e o óptico. Sua 
porção coclear traz impulsos gerados na cóclea (relacionados com a 
audição) e sua porção vestibular traz impulsos gerados nos canais semi- 
circulares (relacionados com o equilíbrio). 
IX. Nervo Glossofaríngeo: responsável por inervar a glândula parótida, 
além de fornecer sensibilidade gustativa para o 1/3 posterior da 
língua. É responsável, também, pela motricidade dos músculos da 
deglutição. 
X. Nervo Vago: considerado o maior nervo craniano, ele se origina no 
bulbo e se estende até o abdome, sendo o principal representante do 
sistema nervoso autônomo parassimpático. Com isso, está relacionado 
com a inervação parassimpática de quase todos os órgãos torácicos e 
abdominais. Traz ainda fibras aferentes somáticas do pavilhão e do 
 
 
19 
@mobilefisio 
canal auditivo externo. 
XI. Nervo Acessório: inerva os Mm. esternocleidomastoideo e trapézio, 
sendo importante também devido as suas conexões com núcleos dos 
nervos oculomotor e vestíbulo-coclear, por meio do fascículo 
longitudinal medial, o que garante um equilíbrio do movimento dos 
olhos com relação à cabeça. Na verdade, a parte do nervo acessório 
que inerva esses músculos é apenas o seu componente espinhal (5 
primeiros segmentos medulares). O componente bulbar do acessório 
pega apenas uma “carona” para se unir com o vago, formando, em 
seguida, o nervo laríngeo recorrente. 
XII. Nervo Hipoglosso: inerva a musculatura da língua. 
 
 
 
 
 
20 
@mobilefisio 
 
Tronco Encefálico 
 O tronco encefálico interpõe-se entre a medula espinal e o diencéfalo, situado 
anteriormente ao cerebelo. Divide-se em: Bulbo (Medula Oblonga), situado 
inferiormente; Mesencéfalo, situado superiormente; e Ponte, situada entre ambos. 
 
Bulbo 
 
 Tem a forma de um tronco de cone, cuja extremidade menor continua 
inferiormente com a medula espinal. Seu limite com a medula é considerado 
como sendo no mesmo nível do forame magno do osso occipital. A fissura 
mediana anterior termina superiormente em uma depressão denominada forame 
cego. De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência alongada, 
a pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que 
ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula, conhecida 
também como trato corticospinal ou trato piramidal (motricidade voluntária). Na 
parte inferior do bulbo, fibras desse trato cruzam obliquamente o plano mediano 
que acabam por obliterar a fissura mediana anterior e constituem a decussação 
das pirâmides. Entre os sulcos ântero-lateral e póstero-lateral, encontra-se uma 
grande massa de substância cinzenta: a oliva. Na região posterior do bulbo 
encontra-se o sulco mediano posterior, que termina a meia altura em virtude do 
afastamento de seus lábios, que contribuem para a formação dos limites laterais 
do quarto ventrículo. O fascículo grácil e o fascículo cuneiforme, bem como seus 
respectivos núcleos também estão presentes na área posterior do bulbo, 
responsáveis pela propricepção consciente (sentido de posição e movimentos) do 
corpo. 
 
 
 
21 
@mobilefisio 
 
 Possui centros associados ao equilíbrio e audição (área vestibular), deglutição, 
tosse, vômito, salivação, movimentos linguais, respiração e circulação (parte 
inferior do IVº ventrículo, trígonos do vago e do hipoglosso). 
 
Ponte 
 
 Ponte representa a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o 
mesencéfalo. Está situada anteriormente ao cerebelo e repousa sobre a parte 
basilar do osso occipital e o dorso da sela turca do osso esfenóide. Sua base, 
situada anteriormente, apresenta estriação transversal em virtude da presença de 
numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem de 
cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio (“braço 
da ponte”), que penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Percorrendo 
longitudinalmente a superfície anterior da ponte existe um sulco, o sulco basilar, 
que geralmente aloja a artéria basilar. A parte anterior da ponte é separada do 
bulbo pelo sulco bulbopontino, porém na sua superfície posterior não apresenta 
linha de demarcação entre ambos, constituindo a exemplo da parte posterior do 
bulbo, a fossa rombóide. 
 
 Possui centros associados à mastigação, aos movimentos oculares, á expressão 
facial, piscar dos olhos, salivação, equilíbrio e audição (parte superior do IVº 
ventrículo; área vestibular, eminencia medial coliculo facial e formação reticular). 
 
 
 
 
 
 
 
22 
@mobilefisio 
 
Mesencéfalo 
 
 O mesencéfalo interpõe-se entre a ponte e o cérebro. É atravessado por um estreito 
canal, o aqueduto do mesencéfalo, que une o terceiro ao quarto ventrículo. A parte 
do mesencéfalo situada posteriormente ao aqueduto é o teto do mesencéfalo; 
anteriormente encontra-se os dois pedúnculos cerebrais 
 
Teto do mesencéfalo: apresenta quatro eminências arredondadas, os colículos 
superiores, relacionados com os órgãos da visão, e colículos inferiores, relacionados 
com os órgãos da audição. No conjunto, os colículos superiores e inferiores são 
denominados “corpos quadrigêmeos”. Acima e medialmente aos colículos superiores 
está a glândula pineal, que, entretanto será estudada como uma formação pertencente 
ao epitálamo, no diencéfalo. 
 
Tegmento do mesencéfalo: é uma continuação do tegmento da ponte. Apresenta, além 
da formação reticular, substância cinzenta homóloga (onde estão presentes o núcleo 
do nervo troclear e o núcleo do nervo oculomotor), e substância cinzenta própria do 
mesencéfalo (onde estão presentes o núcleo rubro e a substância negra (formação de 
dopamina) que são os principais núcleos responsáveis pela motricidade automática). A 
substância branca do mesencéfalo é representada pelas fibras longitudinais e 
transversais. 
Pedúnculo cerebral: delimitam uma profunda depressão triangular, a fossa 
interpeduncular, limitada anteriormente por duas eminências pertencentes ao 
diencéfalo, os corpos mamilares. 
 
 
 
 
23 
@mobilefisio 
 
CONCEITOS DOS TERMOS RELACIONADOS COM A 
ESTRUTURA DO S.N.C. 
Substância cinzenta: tecido nervoso constituído de neuróglia, corpos de neurônios e 
fibras predominantemente amielínicas; 
 
Substância Branca: tecido nervoso formado de neuróglia e fibras predominantemente 
mielínicas; 
Núcleo: massa de substância cinzenta dentro de substância branca, ou grupo 
delimitado de neurônios com aproximadamente a mesma estrutura e função; 
 
Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do 
cérebro e do cerebelo; 
 
Trato: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma 
função e mesmo destino. As fibras podem ser mielínicas ou amielínicas. Seu nome 
indica a origem e a terminação das fibras que o compõe; 
Fascículo: usualmente o termo se refere a um trato mais compacto; 
 
 
Lemnisco: o termo significa fita. É empregadopara alguns feixes de fibras sensitivas 
que levam impulsos nervosos ao tálamo; 
 
Funículo: o termo significa cordão e é usado para a substância branca da medula 
espinal. Um funículo contém vários tratos ou fascículos; 
 
Decussação: formação anatômica constituída de fibras nervosas que cruzam 
obliquamente o plano mediano e que tem aproximadamente a mesma direção. O 
 
 
24 
@mobilefisio 
exemplo mais conhecido é a decussação das pirâmides; 
 
Comissura: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam 
perpendicularmente o plano mediano. O exemplo mais conhecido é o corpo caloso; 
 
Fibras de projeção: fibras de projeção de uma determinada área ou órgão do sistema 
nervoso central, são fibras que saem fora dos limites desta área ou deste órgão; 
 
Fibras de associação: fibras de associação de uma determinada área ou órgão do 
sistema nervoso central, são fibras que associam pontos mais, ou menos distantes 
desta área ou deste órgão sem, entretanto, abandoná-lo. 
Cerebelo 
 
 Está situado posteriormente ao tronco encefálico (ponte e bulbo), ao qual está 
unido pelos pedúnculos cerebelares. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso 
occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter 
denominada tentório do cerebelo. 
 
 Trata-se de uma massa nervosa volumosa na qual se identifica uma porção ímpar e 
mediana, o verme do cerebelo, ligado a duas massas laterais, os hemisférios 
cerebelares. A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direção 
predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas denominadas folhas 
do cerebelo. As fissuras do cerebelo delimitam os lóbulos, cada um deles podendo 
conter várias folhas. 
 O cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do 
cerebelo, de onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas 
externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O 
corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que dele irradiam, quando 
 
 
25 
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vistas em cortes sagitais, recebem o nome de “árvore da vida”. No interior do 
corpo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os 
núcleos centrais do cerebelo: 
 Denteado;
 Emboliforme;
 Globoso;
 Do Fastígio.
 
 
 Dos núcleos centrais do cerebelo saem as fibras eferentes do cerebelo e neles 
chegam os axônios originados em partes específicas da superfície cerebelar. 
 
 Do ponto de vista funcional o cerebelo difere do cérebro porque funciona sempre de 
forma involuntária e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora. 
Chegam ao cerebelo do homem alguns milhões de fibras nervosas trazendo 
informações dos mais diversos setores do sistema nervoso, as quais são 
processadas pelo órgão, cuja resposta, veiculada através de um complexo sistema de 
vias eferentes, vai influenciar os neurônios motores. 
As lesões do cerebelo podem ser classificadas da seguinte forma: 
 
 lesões que comprometem o verme: provocam perda do equilíbrio com 
conseqüente alargamento da base de sustentação e alterações da marcha;
 lesões que comprometem o hemisfério cerebelar: têm como principal 
sintomatologia a falta de coordenação dos movimentos voluntários nos 
membros do lado lesado.
 

 
 
 
26 
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Cérebro ou Prosencéfalo 
 
 O cérebro representa a parte mais volumosa do encéfalo. As dimensões do cérebro 
variam segundo o indivíduo e sua forma obedece a do crânio. 
 
 No cérebro distinguem-se dois hemisférios separados por uma profunda fissura 
inter-hemisférica (fissura longitudinal do cérebro), que, contudo estão ligadas por 
formações que se estendem de um hemisfério a outro (formações inter- 
hemisféricas). 
 
 Em cada um deles há uma camada de substância cinzenta cortical, ou manto do 
cérebro, onde se situam as áreas motoras, sensitivas e sensoriais. Em seu interior 
encontram-se os núcleos da base, que se estendem entre ambos os hemisférios e 
são interligados por um conjunto de comissuras nervosas: as comissuras inter- 
hemisféricas. No interior dos hemisférios e nas comissuras inter-hemisféricas, 
observam-se cavidades: são os ventrículos cerebrais, que por sua posição 
distinguem-se em ventrículos laterais (um em cada hemisfério) e um ventrículo 
mediano, o terceiro ventrículo. 
 
 Como o restante do sistema nervoso, o cérebro é envolvido pelas meninges. 
Apresenta uma coloração branca rosada, levemente acinzentada em sua superfície que é 
irregular e percorrida por numerosos sulcos e fissuras e pregueada por numerosos 
giros. 
1. DIENCÉFALO 
O diencéfalo contém vários centros funcionais para a integração de toda a 
informação que passa do tronco encefálico e da medula espinal para os 
hemisférios cerebrais, bem como para a integração das atividades motoras e 
 
 
27 
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viscerais. 
É subdividido em cinco partes e nessa região do cérebro podemos encontrar 
um espaço (terceiro ventrículo – cavidade preenchida por líquido 
cerebrospinal). 
 
1.1. TÁLAMO 
 
O tálamo está situado no diencéfalo, acima do sulco hipotalâmico. É 
constituído de duas grandes massas ovóides de tecido nervoso, com uma 
extremidade anterior “pontuda”, o tubérculo anterior do tálamo, e outra, 
bastante proeminente, o pulvinar do tálamo. Os dois ovóides talâmicos estão 
unidos pela aderência intertalâmica. Ambos os tálamos, direito e esquerdo, 
estão separados medialmente pelo terceiro ventrículo, lateralmente, com a 
cápsula interna, superiormente com a fissura cerebral transversa e com os 
ventrículos laterais e inferiormente com o hipotálamo e subtálamo. 
 
É constituído essencialmente de substância cinzenta, na qual se distinguem vários 
núcleos. As funções mais conhecidas do tálamo relacionam-se: 
 Com a sensibilidade: todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex 
cerebral, passam em um núcleo talâmico (com exceção dos impulsos 
olfatórios). Acredita-se que o tálamo integra e modifica os impulsos 
sensitivos ao córtex cerebral; 
 Com o comportamento emocional; 
 Com a motricidade. 
 Sendo a porção anterior (límbica); intermediária
 (sensorial); posterior (motora). 
 
 
 
28 
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1.2. METATÁLAMO 
Formado pelos corpos geniculados laterais e mediais. Os corpos geniculados 
laterais possuem relação funcional com a via reflexa da visão, enquanto 
oscorpos geniculados mediais estão relacionados com a via auditiva. 
1.3. HIPOTÁLAMO 
 
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo 
(sulco hipotalâmico). Suas funções são relacionadas principalmente com o 
controle da atividade visceral, ou seja, com a manutenção do meio interno 
(homeostase), dentro dos limites compatíveis com o funcionamento adequado 
dos diversos órgãos. Para isso o hipotálamo tem o papel regulador sobre o 
sistema nervoso autônomo e o sistema endócrino, além de controlar vários 
processos motivacionais importantes para a sobrevivência do indivíduo e da 
espécie, como a fome, a sede e o sexo. Portanto as principais funções do 
hipotálamo são: 
 Controle do sistema nervoso autônomo; 
 Regulação da temperatura corporal; 
 Regulação do comportamento emocional; 
 Regulação do sono e da vigília; 
 Regulação da ingestão de alimentos; 
 Regulação da ingestão de água; 
 Regulação da diurese; 
 Regulação do sistema endócrino. 
 
Núcleos mamilares: pertencem ao hipotálamo e situam-se nos corpos mamilares. 
Relação funcional com o sistema límbico. 
 
 
 
29 
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1.4. SUBTÁLAMO 
 
É uma pequena área situada na parte posterior do diencéfalo na transição com o 
mesencéfalo, limitando-se superiormente com o tálamo, lateralmente com a 
cápsula interna e medialmente com o hipotálamo. As formações subtalâmicas só 
podem ser observadas em secções do diencéfalo, uma vez que não se 
relacionam com a superfície externa ou com as paredes do terceiro ventrículo. 
 
No subtálamo são encontradas algumas formações cinzentase brancas que lhes 
são próprias, sendo o mais importante o núcleo subtalâmico (importante na 
motricidade somática) 
 
1.5. EPITÁLAMO 
 
Tem essa designação o conjunto formado pelo trígono habenular, a comissura 
habenular, comissura epitalâmica e a glândula pineal. 
Está localizado na parte superior e posterior do diencéfalo e contém formações 
endócrinas e não endócrinas. A formação endócrina mais importante é a 
glândula pineal. 
 
Glândula Pineal 
 
 A glândula pineal não é uma formação inter-hemisférica. Está unida ao cérebro 
através de seus pedúnculos. Essa glândula ocupa a região situada abaixo do 
esplênio do corpo caloso, anteriormente ao tentório do cerebelo da qual está 
separada pela cisterna ambiens. Sintetiza a melatonina. Esta substância tem sido 
usada para diminuir o mal-estar e a insônia observados após vôos prolongados. 
Controla o ritmo circadiano. Sua ausência provoca dessincronização desse ritmo. 
 
 
 
30 
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Circadiano: do latin CIRCA (cerca) e DIES (dia), ou seja, de aproximadamente um 
dia. 
 
2. TELENCÉFALO 
 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e 
uma pequena parte mediana situada na porção anterior do III ventrículo. 
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura 
longitudinal do cérebro, cujo soalho é formado por uma larga faixa de fibras 
comissurais, o corpo caloso, principal união entre os dois hemisférios. Os 
hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e 
esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames 
interventriculares. 
 
2.1. Configuração externa do Cérebro 
 
Sua forma geral é ovóide, com eixo maior ântero-posterior. 
 
Fissura longitudinal do cérebro: separa incompletamente os dois hemisférios 
cerebrais. 
2.2. Faces do Cérebro 
 
o Súpero-lateral: moldada sobre a face côncava da abóbada craniana; 
o Medial: que constitui uma das faces da fissura longitudinal do cérebro; 
o Inferior: repousa sobre as fossas cranianas anterior e média e sobre o tentório 
do cerebelo (base do cérebro). 
 
2.3. Lobos do Cérebro 
 
 
31 
@mobilefisio 
 
Frontal – Parietal – Temporal – Occipital - Insular 
 
O cérebro é liso até o 3º mês de vida, após o que adquire pregas devido ao 
considerável crescimento do córtex (manto ou pálio), que no adulto, apresenta 
sulcos que limitam os giros. 
Certos sulcos ou depressões são mais profundos (fissuras), que permitem isolar 
lobos na superfície dos hemisférios. Nos lobos observam-se sulcos menos 
profundos que delimitam os giros (saliências). 
 
Sulcos Principais 
 Sulco Central 
 Sulco Lateral 
 
 
A - Sulcos e Giros do Lobo Frontal 
Situado na frente do sulco central e acima do sulco lateral. 
 
 Sulco Frontal Superior 
 Sulco Frontal Inferior 
 Sulco Pré-Central 
 
Delimitam os seguintes giros: 
 
 Giro Frontal Superior: localizado entre a fissura longitudinal do cérebro e o sulco 
frontal superior; 
 Giro Frontal Médio: localizado entre o sulco frontal superior e o sulco frontal 
inferior; 
 Giro Frontal Inferior: partes opercular e triangular estão separadas pelo ramo 
 
 
32 
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ascendente do sulco lateral. A parte orbital está separada pelo ramo anterior do 
sulco lateral; 
 Giro Pré-Central: localizado entre o sulco pré-central e o sulco central. 
 
 
B - Sulcos e Giros do Lobo Parietal 
 
Situado atrás do sulco central e acima do sulco lateral. 
 
 Sulco Intraparietal 
 Sulco Pós-Central 
Delimitam os 
seguintes giros: 
 Giro Pós-Central: localizado entre o sulco central e o sulco pós-central; 
 Giro Supramarginal: localizado entre o sulco intraparietal e o sulco lateral; 
 Giro Angular: localizado abaixo do sulco intraparietal, posteriormente ao giro 
supramarginal; 
 
 Lóbulo Parietal Superior: localizado superiormente ao sulco intrapariertal; 
 Lóbulo Parietal Inferior: localizado inferiormente ao sulco intraparietal. 
 
C - Sulcos e Giros do Lobo Temporal 
 
Este lobo situa-se abaixo do sulco lateral. Sua extremidade anterior recebe o 
nome de pólo temporal. Sua parte posterior tem limites poucos nítidos com o 
lobo occipital, havendo continuidade entre os giros de ambos. 
Conseqüentemente, esse lobo situa-se na face lateral e inferior do hemisfério 
cerebral. 
 
 
33 
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 Sulco Temporal Superior: paralelo ao sulco lateral; 
 Sulco Temporal Inferior: pouco profundo e irregular. 
 
 
 
Delimitam os seguintes giros: 
 
o Giro Temporal Superior: localizado entre o sulco lateral e o sulco temporal 
superior; 
o Giro Temporal Médio: localizado entre o sulco temporal superior e o sulco 
temporal inferior; 
o Giro Temporal Inferior: localizado abaixo do sulco temporal inferior. 
 
D - Lobo Insular 
 
É um lobo profundo, situado profundamente ao sulco lateral. Tem forma 
triangular com o vértice ínfero-anterior. Localizado entre o lobo frontal e o 
lobo temporal. 
 
E - Sulcos e Giros do Lobo Occipital 
 
Esse lobo não se distingue nitidamente dos lobos parietal e temporal, aos quais 
está unido por várias pregas de passagem. O lobo occipital forma a parte 
posterior do hemisfério, o pólo occipital, o que permite distingui-lo. 
 
 Incisura pré-occipital 
 
F - Sulcos e Giros da Face Medial dos Hemisférios Cerebrais 
 
A face medial do hemisfério é plana em sentido sagital e dispõe-se em torno 
 
 
34 
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do corpo caloso (que se estende entre ambos os hemisférios). 
 
Sulcos Principais: 
 
o Sulco do Cíngulo: começa abaixo do joelho do corpo caloso dirige-se para a 
margem superior do hemisfério; 
o Sulco do Corpo Caloso: contorna superiormente o corpo caloso; 
o Sulco Paracentral: paralelo e anteriormente ao ramo marginal do sulco do 
cíngulo; 
o Sulco Parietoccipital: pode unir-se ao sulco calcarino, desenhando como um “Y” 
deitado; 
o Sulco Calcarino: é horizontal e vai do pólo occipital à extremidade posterior do 
giro do cíngulo para unir-se ao sulco parietoccipital. 
 
Delimitam os seguintes giros: 
 
 Giro do Cíngulo: compreendido entre o sulco do corpo caloso e o sulco do 
cíngulo, segue exatamente o contorno do corpo caloso. Origina-se abaixo do 
joelho do corpo caloso; 
 Giro Frontal medial: localizado acima e anteriormente ao sulco do cíngulo e 
anteriormente ao sulco para-central; 
 Lóbulo Paracentral: localizado acima do sulco do cíngulo, anteriormente ao ramo 
marginal do sulco do cíngulo, posteriormente ao sulco paracentral e abaixo da 
margem superior do hemisfério; 
 Pré-Cúneo: Está situado na frente do sulco parietoccipital, atrás do ramo 
marginal do sulco do cíngulo e entre o sulco intraparietal e a margem superior 
do hemisfério; 
 Cúneo: tem a forma triangular. Localizado acima do sulco calcarino, abaixo do 
 
 
35 
@mobilefisio 
sulco parietoccipital, à frente da margem posterior do hemisfério cerebral. 
 
G - Sulcos e Giros da Face Inferior 
 
A face inferior ou base do hemisfério cerebral pode ser dividida em duas partes: 
uma pertencente ao lobo frontal e repousa sobre a fossa anterior do crânio; a 
outra, bem maior, pertence quase toda ao lobo temporal e repousa sobre a fossa 
média do crânio e a tenda do cerebelo. 
 
H - Sulcos e Giros do Lobo Temporal 
 
A face inferior do lobo temporal apresenta três sulcos principais: 
 
 Sulco Occipitotemporal: limita-se com o giro temporal inferior, que quase 
sempre forma a margem lateral do hemisfério. 
 Sulco Colateral: estende-se do pólo temporal ao pólo occipital. Curva-se 
formando o únco; 
 Sulco Hipocampal: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde 
continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal. Continua 
separando o únco do giro parahipocampal. 
 
Delimitam os seguintes giros: 
 
 Giro Occipitotemporal Medial: superiormente ao sulco colateral; 
 Giro Occipitotemporal Lateral: inferiormente ao sulco colateral; 
 Giro Parahipocampal: inferiormente ao sulco hipocampal.36 
@mobilefisio 
Lobo Límbico: 
 
 Formado pelo únco, giro parahipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do 
cíngulo. 
 Caracterizado por circundar as estruturas inter-hemisféricas e que muitos 
consideram como lobo independente. Parte importante do sistema límbico, 
relacionado com o comportamento emocional e o controle do Sistema Nervoso 
Autônomo. 
Hipocampo 
 
 Centro da memória primária (recente);
 Centro inibidor da raiva;
Principal estrutura do sistema límbico. 
 
I - Sulcos e Giros do Lobo Frontal 
 
A face inferior do lobo frontal apresenta um único e importante sulco: 
 
 Sulco Olfatório: profundo e de direção ântero-posterior. Medialmente ao sulco 
olfatório, situa-se o giro reto. O resto da face inferior do lobo frontal é ocupado 
por sulcos e giros bastante irregulares: os sulcos e giros orbitários. 
 
Rinencéfalo 
 
Rhinos = nariz 
 
 Área localizada na face inferior do lobo frontal, relacionada com o olfato. Algumas 
formações localizadas nesta área são: o bulbo olfatório que se caracteriza 
 
 
37 
@mobilefisio 
por apresentar uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que 
continua posteriormente com o trato olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. 
 
 O bulbo olfatório recebe os filamentos que constituem o primeiro par craniano 
(nervo olfatório). Estes atravessam pequenos orifícios que existem na lâmina 
cribriforme do osso etmóide. 
 
 
Configuração Interna do Cérebro 
 
 Um corte que atinja a totalidade dos hemisférios cerebrais permite identificar a 
disposição da substância cinzenta, da substância branca e a existência de uma 
cavidade ventricular. 
 
A - SUBSTÂNCIA CINZENTA DO CÓRTEX 
A superfície externa dos hemisférios cerebrais é coberta por uma camada 
contínua de substância cinzenta: o córtex cerebral que reveste os giros, os lobos e 
penetra na profundidade de seus ramos. Reveste a substância branca do cérebro. 
Trata-se de uma das áreas mais importantes do sistema nervoso. No córtex cerebral 
chegam impulsos provenientes de todas as vias da sensibilidade que aí se tornam 
conscientes e são interpretadas. Do córtex saem impulsos nervosos que iniciam e 
comandam os movimentos voluntários e com ele estão relacionados os fenômenos 
psíquicos. Nele também, se realizam as funções mais complexas do cérebro, as 
funções intelectuais. 
No córtex cerebral existem neurônios, células neurogliais e fibras. As células da 
neuróglia não têm nenhuma característica especial. Os neurônios e as fibras 
distribuem-se de vários modos, e em várias camadas, sendo a estrutura do córtex 
muito complexa e heterogênea. 
 
 
38 
@mobilefisio 
As fibras que saem ou que entram no córtex cerebral passam, necessariamente, 
pelo centro branco medular (fibras de projeção e associação). 
 
CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
 
Diversas áreas corticais podem ser classificadas. A divisão mais aceita é a de 
Brodmann, que identificou 52 áreas designadas por números. 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
Este tipo de classificação costuma dividir o córtex cerebral em duas áreas: 
 
 Áreas de Projeção: possuem conexão com os centros subcorticais. Recebem ou 
dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e a motricidade. 
Assim, lesões nas áreas de projeção podem causar paralisias e alterações na 
sensibilidade;
 Áreas de associação: possuem conexão apenas com outras áreas corticais. Estão 
relacionadas com as funções psíquicas complexas. Lesões nas áreas de associação 
podem causar alterações psíquicas.

ÁREAS DE PROJEÇÃO (ÁREAS PRIMÁRIAS) 
 
ÁREAS SENSITIVAS 
 
1. ÁREA SOMESTÉSICA 
 
A área de sensibilidade somática geral está localizada no giro pós-central, que 
corresponde às áreas 3, 2, e 1 do mapa de Brodmann. Chegam a esta área impulsos 
nervosos relacionados à temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção consciente da 
metade oposta do corpo. 
 
 
39 
@mobilefisio 
Lesões na área somestesia podem ocorrer, por exemplo, como consequência de 
acidentes vasculares encefálicos que comprometem as artérias cerebrais média e 
anterior. Há então perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto à lesão. O 
indivíduo perde a capacidade de discriminar dois pontos ou reconhecer a diferença de 
intensidade de estímulo. 
 
 
2. ÁREA VISUAL 
 
Localiza-se nos “lábios” do sulco calcarino e corresponde à área 17 de 
Brodmann. Aí chegam as fibras do trato genículo-calcarino, originadas no corpo 
geniculado lateral. A ablação bilateral da área 17 causa cegueira completa na espécie 
humana 
 
3. ÁREA AUDITIVA 
 
A área auditiva está situada no giro temporal transverso anterior (giro de 
Heschl) - ao lado do lobo insular - e corresponde às áreas 41 e 42 do mapa de 
Brodmann. Nela chegam fibras da radiação auditiva, que se originam no corpo 
geniculado medial. Lesões bilaterais do giro temporal transverso causam surdez 
completa. 
 
4. ÁREA VESTIBULAR 
 
Localiza-se no lobo parietal, em uma pequena região próxima ao território da 
área somestésica. Lesões nesta área causam comprometimento da orientação no 
espaço (equilíbrio). 
 
 
 
40 
@mobilefisio 
 
5. ÁREA OLFATÓRIA 
 
A área olfatória ocupa no homem apenas uma pequena área situada na parte 
posterior do únco e giro parahipocampal. 
 
 
 
 
6. ÁREA GUSTATIVA 
 
Corresponde à área 43 do mapa de Brodmann e se localiza na porção inferior 
do giro pós-central, próxima a insula, em uma região adjacente à área somestésica 
correspondente à língua. Lesões dessa área provocam uma diminuição da gustação na 
metade oposta da língua. 
 
7. ÁREA DA LINGUAGEM 
 
Área de Broca: localizada no giro frontal inferior (porção opercular e 
triangular). Corresponde à área 44 no mapa de Brodmann. Hemisfério esquerdo em 
indivíduos destros e hemisfério direito em 30% dos sinistros. 
Área de Werneck: localizada no giro temporal superior e parte do lobo parietal. 
Corresponde à área 22 do mapa de Brodmann. Situada normalmente nos dois 
hemisférios. 
 
8. ÁREA MOTORA 
Ocupa a parte posterior do giro pré-central, correspondente à área 4 do mapa 
de Brodmann. No homem a área 4 dá origem à maior parte das fibras dos tratos 
córtico-espinais e córtico-nuclear, principais responsáveis pela motricidade 
 
 
41 
@mobilefisio 
voluntária. 
 
B - NÚCLEOS DA BASE 
São formações cinzentas volumosas, situadas entre a base do cérebro e os 
pedúnculos cerebrais, por um lado, e o córtex cerebral do outro. Também conhecidos 
como gânglios da base. 
 
 NÚCLEO CAUDADO: é uma massa alongada e bastante volumosa de 
substância cinzenta, relacionada em toda sua extensão com os ventrículos 
laterais. Dividido em cabeça, corpo e cauda. Regulador da motricidade 
automática. 
 NÚCLEO LENTIFORME: tem a forma e o tamanho aproximado de uma 
castanha-do-pará. Situado profundamente no interior do hemisfério. O núcleo 
lentiforme é dividido em putame, globo pálido lateral e globo pálido medial. 
Regulador da motricidade automática. 
 CLAUSTRO: é uma delgada calota de substância cinzenta, localizada entre o 
córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. Sua função está relacionada com o sistema 
límbico. 
 CORPO AMIGDALÓIDE: é uma massa esferóide de substância cinzenta de 
cerca de 2 cm de diâmetro situada no pólo temporal do hemisfério cerebral, em 
relação com a cauda do núcleo caudado. Também relacionado com o sistema 
límbico. 
 
C - SUBSTÂNCIA BRANCA DO CÉREBRO 
 
Este centro é constituído de fibras mielínicas, que podem ser classificadas em 
dois grupos: 
 
 
42 
@mobilefisio 
 FIBRAS DE PROJEÇÃO: ligam o córtex cerebral a centros subcorticais. Estas 
fibras agrupam-se para formar o fórnice do hipotálamo e a cápsula interna: o 
fórnice do hipotálamo liga o hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo, 
integrando o circuito de Papez, parte do sistema límbico; a cápsula interna é um 
grande feixe de fibras que separa o tálamo do núcleo lentiforme. Trata-se de uma 
formação muitoimportante porque por ela passa a maioria das fibras que saem ou 
que entram no córtex cerebral. Entre as fibras originadas no córtex e, por 
conseguinte, descendentes, temos: 
 Trato córtico-espinal
 Trato córtico-nuclear
 Trato córtico-pontino
 Fibras córtico-reticulares
 Fibras córtico-rubras
 Fibras córtico-estriatais

 Lesões na cápsula interna, decorrentes de hemorragias ou obstruções de seus 
vasos ocorrem com bastante freqüência, constituindo os chamados Acidentes 
Vasculares Cerebrais (“derrames”), que geralmente causam hemiplegia e 
diminuição da sensibilidade na metade oposta do corpo. 
 FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO: ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes 
do cérebro. As fibras de associação podem ser divididas em: 
 
A - Fibras de Associação Intra-Hemisféricas: estas fibras podem ser curtas ou 
longas: 
 
Fibras curtas ou fibras arqueadas ou fibras em “U”: associam as áreas vizinhas 
do córtex cerebral. Ex: a união de dois giros. 
 
 
43 
@mobilefisio 
Fibras longas: unem-se em fascículos, sendo os mais importantes os seguintes: 
 
 Fascículo do cíngulo: une o lobo frontal ao lobo temporal;
 
 Fascículo longitudinal superior ou fascículo arqueado: liga o 
lobo frontal, parietal e occipital pela parte súpero-lateral de 
cada hemisfério;
 Fascículo longitudinal inferior: une o lobo occipital ao lobo 
temporal;
 Fascículo unciforme: liga o lobo frontal ao lobo temporal;

 O significado funcional desses fascículos é pouco conhecido, porém, sabe-se que o 
fascículo longitudinal superior ou fascículo arqueado tem um papel importante na 
linguagem, pois estabelece conexão entre os outros centros anterior e posterior da 
linguagem. Portanto, lesões nesses fascículos causam graves perturbações na 
linguagem. 

B - Fibras de Associação Inter-Hemisféricas: são também conhecidas como 
fibras comissurais, pois fazem a união entre áreas simétricas dos dois hemisférios. 
Estas fibras se agrupam para formar as três comissuras do telencéfalo: 
 Comissura do fórnice: estabelecem a conexão entre os dois 
hipocampos; 
 Comissura anterior: liga os bulbos e tratos olfatórios, além de 
estabelecer a união entre os lobos temporais; 
 Corpo caloso: a maior das comissuras telencefálicas e também o 
maior feixe de fibras do sistema nervoso. Estabelece a conexão 
entre as áreas corticais simétricas dos dois hemisférios 
 
 
 
 
 
44 
@mobilefisio 
 
VENTRÍCULOS DO CÉREBRO 
Os ventrículos do cérebro são cavidades que representam os restos das vesículas 
cerebrais primitivas. Alojam os plexos corióideos que constituem a fonte do líquido 
cerebrospinal nos ventrículos cerebrais. 
Existem três ventrículos no cérebro: dois laterais, um em cada hemisfério, e o 
terceiro ventrículo, que é mediano (entre os tálamos). Cada ventrículo lateral 
comunica-se com o terceiro ventrículo pelo forame interventricular. O terceiro 
ventrículo comunica-se, inferior e posteriormente com o quarto ventrículo, através do 
aqueduto do mesencéfalo (cerebral). 
Cada ventrículo lateral é dividido em: 
 
 Corno Frontal 
 Parte Central 
 Corno Temporal 
 Corno Occipital 
 
COMISSURAS INTER-HEMISFÉRICAS 
 
Os dois hemisférios cerebrais, claramente separados em suas partes superior, 
anterior e posterior pela fissura longitudinal do cérebro, estão unidos nas partes 
medial e inferior pelas comissuras inter-hemisféricas. 
 
A - CORPO CALOSO 
É uma estrutura de substância branca consideravelmente espessa, situada na 
profundidade da fissura longitudinal do cérebro; estende-se de um hemisfério a outro. 
Une a áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério. Constitui uma 
 
 
 
 
 
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ponte entre a análise, própria do hemisfério esquerdo, e a criatividade, localizada no 
hemisfério direito. Tem a forma de arco com concavidade inferior: 
 Tronco do corpo caloso: lâmina arqueada dorsal; 
 Esplênio do corpo caloso: arredondado, largo e espesso; dilatação posterior; 
 Joelho do corpo caloso: curvatura anterior; 
 Rostro: porção afilada adiante e abaixo do joelho do corpo caloso. 
 
Obs: do córtex cerebral partem tratos comissurais que passam pelo corpo caloso, indo 
para o lado oposto (como já foi visto nas fibras de associação inter-hemisféricas). Esses 
tratos são assim classificados: 
 Tratos Anteriores: região frontal (joelho do corpo caloso); 
 Tratos Mediais: região temporal e occipital; 
 Tratos Posteriores: região occipital e parte da região temporal (esplênio do corpo 
caloso). 
B - FÓRNICE 
 
Lâmina de substância branca localizada sob o corpo caloso. 
 
 corpo 
 colunas 
 pernas 
 corpo mamilar (parte final das colunas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 
2.ed., São Paulo: Atheneu, 1998. 
 
YOUNG, P. A.;YOUNG, P. H. Bases de neuroanatomia clínica. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 
 
 
LATARJET M.; LIARD A. R. Anatomia humana. 
2. ed., São Paulo: Panamericana, 1996. 
 
MOORE, K. Fundamentos de Anatomia Clínica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 
 
LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: Fundamentos para Reabilitação, Rio de 
Janeiro, Elsevier, 2008. 
 
RUBIN, M. Neuroanatomia essencial, 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
 
VAN DE GRAAFF, KM. Anatomia Humana, 6 ed. São Paulo: Manole

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