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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIIA Organizador(es): Prof. Esp. David Pereira de Jesus Prof. Ms Luiz Gonzaga Lobo Prof. Ms. Roque Toscano Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo Prof. Dr. Elismar Alves dos Santos Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski Prof. Ms. Mariosan de Sousa Marques Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos Prof. Ms. Marcos Reges Valente Prof. Esp. José Luiz da Silva Prof. Esp. Ricardo Ribeiro Gomes Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza SUMÁRIO QUESTÃO DISCURSIVA Nº 01 Autor(a): site do INEP QUESTÃO DISCURSIVA Nº 02 Autor(a): site do INEP QUESTÃO DISCURSIVA Nº 03 Autor(a): site do INEP QUESTÃO DISCURSIVA Nº 04 Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa QUESTÃO DISCURSIVA Nº 05 Autor(a): Prof. Dr. José Luiz de Castro QUESTOES OBJETIVAS QUESTÃO Nº 01 Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos QUESTÃO Nº 02 Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos QUESTÃO Nº 03 Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos QUESTÃO Nº 04 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 05 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 06 Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano QUESTÃO Nº 07 Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano QUESTÃO Nº 08 Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa QUESTÃO Nº 09 Autor(a): Prof. Ms Luiz Gonzaga Lobo QUESTÃO Nº 10 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 11 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 12 Autor(a): Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos QUESTÃO Nº 13 Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo QUESTÃO Nº 14 Autor(a): Prof. Esp. David Pereira de Jesus QUESTÃO Nº 15 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 16 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 17 Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza QUESTÃO Nº 18 Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo QUESTÃO Nº 19 Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza QUESTÃO Nº 20 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 21 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 22 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro QUESTÃO Nº 23 Autor(a): Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos QUESTÃO Nº 24 Autor(a): Prof. Ms. Marcos Reges Valente QUESTÃO Nº 25 Autor(a): Prof. Esp. José Luiz da Silva QUESTÃO Nº 26 Autor(a): Prof. Ms. Mariosan de Sousa Marques QUESTÃO Nº 27 Autor(a): Prof. Esp. José Luiz da Silva QUESTÃO Nº 28 Autor(a): Prof. Ms. Mariosan de Sousa Marques QUESTÃO Nº 29 Autor(a): Prof. Dr. Elismar Alves dos Santos QUESTÃO Nº 30 Autor(a): Prof. Dr. Elismar Alves dos Santos QUESTÃO Nº 31 Autor(a): Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski QUESTÃO Nº 32 Autor(a): Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski QUESTÃO Nº 33 Autor(a): Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski QUESTÃO Nº 34 Autor(a): Prof. Esp. Ricardo Ribeiro Gomes QUESTÃO Nº 35 Autor(a): Prof. Esp. Ricardo Ribeiro Gomes QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO Nº 01 Gabarito: O estudante deve elaborar um texto dissertativo que contemple alguns dos seguintes argumentos e exemplos possíveis: Item a: Caminhos para condução das respostas a respeito do Direito das meninas/jovens/mulheres: • Todo cidadão tem o direito à educação com base no texto da Constituição Brasileira; • Direito à educação apoiado no Estatuto da Criança e do Adolescente; • Direito à educação apoiado na Declaração dos Direitos Humanos; • Universalização de direitos; • Educação como ponte para o aprimoramento de ideias; • Reflexões críticas a respeito de situações em que se observa obstáculo ao livre acesso à educação; • Vinculação entre educação e paz social. Item b: Caminhos para condução das respostas a respeito das relações de poder entre homens e mulheres: • Violência física e psicológica contra a mulher, incluindo a Lei Maria da Penha, no caso específico do Brasil; • Tolerância/intolerância a vestimentas, trajes, comportamentos socialmente estereotipados; • Aspectos socioculturais que impõem à mulher uma condição de submissão na sociedade, tais como: mutilação, impossibilidade de manifestar seus desejos e posicionamentos em algumas culturas, entre outros; • Igualdade/desigualdade de gênero, por exemplo, no mercado de trabalho, em relação à desigualdade salarial; • Ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade: referência a esses ideais como possibilidade de equilibrar as relações de poder entre homens e mulheres. Tipo de questão: Conteúdo avaliado: Autor(a): site do INEP Comentário: Referências: QUESTÃO Nº 02 Gabarito: O estudante deve elaborar um texto dissertativo que aborde os seguintes aspectos: 1) reconhecer o caráter dinâmico da cultura, trazendo elementos dos textos 1 e 2 (padrão de resposta), e com base nesses textos posicionar-se a respeito do reconhecimento do funk como legítima manifestação artística e cultural da sociedade brasileira (enunciado da questão); 2) situar o funk dentro das reflexões do segundo texto (Laraia, 2008), abordando aspectos como mudança, preconceito, diferença, relações interculturais; 3) clareza na exposição das ideias. Obs.: As notas serão atribuídas de acordo com o preenchimento dos critérios citados acima e considerando três correntes interpretativas que podem estar presentes nas respostas: a favor, contra e intermediária em relação ao reconhecimento do funk como legítima manifestação artística e cultural da sociedade brasileira. Tipo de questão: Conteúdo avaliado: Autor(a): site do INEP Comentário: O aluno deve estar ler atentamente o enunciado e apresentar seu posicionamento. Vê-se aqui a oportunidade de conhecer o grau de cultura do aluno, bem como sua visão de mundo Referências: QUESTÃO Nº 03 Gabarito: O estudante deve redigir um texto dissertativo que a) apresente as respostas que sua própria confissão sugere ao problema do sofrimento humano; b) aborde ao menos dois dos elementos existenciais presentes no texto, a partir da sua confessionalidade: I. sentido da vida; II. sofrimento relativo à vida; III. sofrimento relativo à morte. Tipo de questão: Conteúdo avaliado: Autor(a): site do INEP Comentário: Referências: QUESTÃO DISCURSIVA Nº 04 Texto 1 O Bar Mitzvah ou Bat Mitzvah é uma cerimônia de passagem que acontece entre os judeus. Considerado uma iniciação à vida adulta, é celebrado aos 13 anos para os meninos e aos 12 para as meninas e enfatiza a importância de se viver um estilo de vida judaico. Na maioria das vezes, a educação conduz os adolescentes para o Bar Mitzvah. Literalmente, o Bar Mitzvah significa "filho do mandamento". Na realidade, isso significa que o jovem dessa idade já conseguiu atingir a maturidade religiosa. Os homens usam a Kippa, uma pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento em que são feitas as orações. Os serviços religiosos são realizados por um rabino, ou seja, um sacerdote habilitado a comentar os textos sagrados. No judaísmo, as velas e o candelabro estão presentes no Bar Mitzvah, pois iluminam o ritual. Na tradição judaica, existem dois pontos-base na vida de um homem, que são a iniciação pela circuncisão do recém-nascido e o Bar Mitzvah. O Bar Mitzvah geralmente é celebrado na sinagoga, no sábado, e consiste na leitura de um texto da Torá. Disponível em: http://morasha.com.br . Acesso: 25jul. 2015 (adaptado). Texto 2 Para os Jibaros (povos indígenas panamericanos), a puberdade é a época em que um menino deve adquirir uma alma superior, o arutam. A forma habitual para que um adolescenteadquira uma alma arutam é, na floresta, próximo a uma cachoeira, aguardar a sua visão do espírito ancestral, que geralmente aparece como um jaguar ou como uma anaconda. Pode aparecer, ainda, como um lutando contra o outro. Apesar das amedrontadoras visões, o jovem deve caminhar para a visão e tocá-la, como prova de seu valor, similar às outras provas traumáticas da puberdade. Depois de tocar a visão arutam, durante o sono à noite, arutam voltará e acontecerá um pacto tácito. Então, o jovem receberá instruções e advertências para se tornar um bravo guerreiro. NARANJO, C. Ayahuasca: La enredadera dei rio celestial. Barcelona: Ediciones La Llave, 2012 (adaptado). Gabarito: -- Tipo de questão: Discursiva Conteúdo avaliado: Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa http://morasha.com.br/ Comentário: Nesta questão, o aluno deve ter em conta: 1. O interesse pelo mundo religioso é muito antigo e já no De natura Deorum, de Cícero, ele descreve de maneira bastante fiel a situação dos ritos e crenças no último século da era pagã. Para Sêneca, as múltiplas divindades são os aspectos de um único Deus. 2. No Ocidente, a valorização do fenômeno religioso já está presente em certo sentido, na própria Idade Média, por causa do confronto com o Islã. Em 1411, Pedro, o venerável, mandou que Roberto de Rétines traduzisse o Corão, e em 1250 fundaram-se escolas de ensino do árabe. Averroes (1126-1198), depois de uma profunda influência sobre o pensamento islâmico, estava destinado a provocar uma corrente de pensamento no Ocidente. Na sua interpretação da religião, Averroes utilizou o método simbólico e o alegorismo. Concluiu que todas as religiões monosteístas eram verdadeiras, mas partilhava com Aristóteles a opinião de que, num mundo eterno, as religiões apareciam e desapareciam numerosas vezes. 3. A valorização do paganismo, tal como podemos realizar na comparação que se pede nesta questão, acontece entre nós pelo menos desde a Renascença, sobretudo porque os humanistas supunham a existência de uma tradição comum a todas as religiões, sustentando que o conhecimento desta bastava para a salvação e que, em suma, todas as religiões são equivalentes. 4. Tendo em conta tudo isso, o aluno deve tentar valorizar os elementos positivos nos dois ritos, sabendo que tanto entre os judeus quanto entre os jibaros há uma relação entre vida religiosa e vida social, como se pode ver nos textos a comentar. Os povos antigos, viviam em favor de sua sociedade, que era uma realidade insperável de sua religião. 5. Emile Durkheim (1858-1917) julgava ter encontrado no totemismo a explicação sociológica da religião. Totem designa o animal cujo nome o clã usa e que é considerado o antepassado da raça. Não deixa de ser interessante que na tradição religiosa dos jibaros, o ancestral apareça na forma de animal, jaguar o anaconda. 6. Em ambos os casos, a pessoa é introduzida numa espécie de vida adulta, religiosa e social. Também o cristianismo te um rito semelhante, o sacramento da confirmação ou da crisma. 7. Rudolf Otto (1869-1937), alemão, teólogo luterano e filósofo kantiano em sua obra mais famosa, Das Heilige (1917), fez uma análise teológica utilizando a Ciência das Religiões e encaminhou para a fenomenologia a produção histórico-religiosa do século XX. Para Otto, as características do Sagrado serão inferidas pelo sentimento que o próprio sagrado inspira no “homem religioso”. Através de descrições e comparações, Otto e seus discípulos queriam chegar à essência da religião, identificada com o “sagrado”. Em ambas as tradições religiosas, entre os judeus e entre os jibaros, esses fenômenos também podem ser encontradas. 8. Mircea Eliade (1907-1986), foi um dos estudiosos do século XX que mais influenciou no campo da religião. Toda a operação hermenêutica de Eliade se configura como uma recuperação do pensamento religioso para a sociedade moderna. Segundo nosso autor, o sagrado não pertence ao nosso mundo e só podemos captá-lo através das hierofania (manifestações do sagrado), que representam algo do sagrado que se mostra para nós e constitui, portanto, a mediação em que se dá e se limita o sagrado no mundo. Além disso, para Eliade é o sagrado que se configura como elemento fundante da vida social. Basta ver como isso era assim no mundo antigo e como o homem atual continua tendo uma espécie de ritos secularizados. A dimensão religiosa continuaria representando, portanto, no mundo moderno, o papel fundamental de válvula de escape contra um tempo histórico que se configuraria como tirânico, denotando uma laceração da cosmogonia original. Para Eliade, o homem moderno “sem religião” continua operando segundo os esquemas religiosas presentes no seu inconsciente. Referências: Adone AGNOLIN, Historia das religiões. Perspectiva histórico-comparativa, São Paulo: Paulinas, 2013, 46-49. Mircea ELIADE, O sagrado e o profano. Tradução de Rogério Fernades. São Paulo: Martins Fontes, 3ª ed., 2011, 173. QUESTÃO Nº 05 Gabarito: Tipo de questão: Conteúdo avaliado: Autor(a): Comentário: Referências: FORMAÇÃO GERAL QUESTÃO Nº 01 A alfabetização midiática e informacional tem como proposta desenvolver a capacidade dos cidadãos de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e outros provedores de informação como ferramentas para a liberdade de expressão, o pluralismo, o diálogo e a tolerância intercultural, que contribuem para o debate democrático e a boa governança. Nos últimos anos, uma ferramenta de grande valia para o aprendizado, dentro e fora da sala de aula, têm sido os dispositivos móveis. Como principal meio de acesso à internet e, por conseguinte, às redes sociais, o telefone celular tem sido a ferramenta mais importante de utilização social das diferentes mídias, com apropriação de seu uso e significado, sendo, assim, uma das principais formas para o letramento digital da população. Esse letramento desenvolve-se em vários níveis, desde a simples utilização de um aplicativo de conversação com colegas até a utilização em transações financeiras nacionais e internacionais. WILSON, C. et al. Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores. Brasília: UNESCO, 2013 (adaptado). A partir dessas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Uma pessoa letrada digitalmente tem capacidade para localizar, filtrar e avaliar informação disponibilizada eletronicamente e para se comunicar com outras pessoas por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação. PORQUE II. No letramento digital, desenvolve-se a habilidade de construir sentidos a partir de textos que se conectam a outros textos, por meio de hipertextos, links e elementos imagéticos e sonoros. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I I é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas. Gabarito: A Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: Alfabetização, letramento, liberdade de expressão e outros Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos Comentário: O Processo de alfabetização corre em ritmo diferente quando se fala em alfabetização digital. Por um lado o que chamamos de alfabetização digital ocorre no mundo contemporâneo a uma velocidade muito rápida e por outro lado vemos o surgimento não menos veloz de uma sociedade não alfabetizada. No Processo de educação hodierno a tecnologiaé parte de um processo educacional. Em todos os programas educacionais se procura adaptar o processo de ensino-aprendizagem ao processo tecnológico. A liberdade de expressão para alguns está ao toque do dedo e sua capacidade de envolvimento com a informação não tem barreiras. Mas este mesmo modelo é muitas vezes excludente, pois nem todas as pessoas e sociedades conseguem ter acesso aos mesmos meios tecnológicos. Uma grande disparidade vai surgindo entre instituições educacionais com acesso a informação digital e aquelas que não tem esta mesma facilidade. Tem-se buscado uma sociedade mais inclusiva e um dos desafios desta inclusão ocorre também no mundo digital, onde aquele que não conseguem se incluir rapidamente se vem deslocados e em muitos casos isto reflete no processo de ensino aprendizagem, daí vem o conceito a ser vencido de analfabetismo digital. Referências: GOMEZ. Margarita V. Alfabetização na esfera digital: Uma proposta freireana. In http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/06.pdf Alfabetização digital: domínio do mundo das ideias e não das teclas do computador. In http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/13662 http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/06.pdf http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/13662 QUESTÃO Nº 02 A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno corresponde a um valor moral. O pluralismo político, por exemplo, pressupõe um valor moral: os seres humanos têm o direito de ter suas opiniões, expressá-las e organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto, obrigá-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. Na sociedade brasileira, não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentando e promovendo a desigualdade. Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática: sem esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida como ausência de regras ou como total relativização delas. BRASIL. Ética e Cidadania. Brasília: MEC/SEB, 2007 (adaptado). Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a sociedade moderna e democrática A. Promove a anomia, ao garantir os direitos de minorias étnicas, de raça, de sexo ou de cor. B. Admite o pluralismo político, que pressupõe a promoção de algumas identidades étnicas em detrimento de outras. C. Sustenta-se em um conjunto de valores pautados pela isonomia no tratamento dos cidadãos. D. Apoia-se em preceitos éticos e morais que fundamentam a completa relativização de valores. E. Adota preceitos éticos e morais incompatíveis com o pluralismo político. Gabarito: C Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: Liberdade de Expressão, pluralismo, diversidade de idade, entre outros. Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos Comentário: Sobre o tema da liberdade e direito de expressão na sociedade morderna e democrática não se precisa falar muito, já que de forma comum se tem estes direitos como fundamentais. Agora no momento de responder está questão aparece alguns conceitos que necessitam ser esclarecidos melhor, um trocadinho de palavras complexas podem tornar a questão um pouco mais complicada. O primeiro conceito utilizado não questão de letra A, é o conceito de anomia em referência ao direito de minorias. Recordemos que o conceito de anomia é a ausência de lei ou de regra, desvio das leis naturais; anarquia, desorganização. Neste sentido mesmo aceitando uma certa desordem no brasil atual, onde alguns podem clamar por direitos que violem os direitos dos outros, não é comum as democracias que as leis por si mesmas violem ou façam desaparecer o direito das minorias. Na verdade o comum as leis é proteger a parte da sociedade menos protegida. Da mesma forma se conceitua a noção de pluralismo na letra B de forma equivocada, uma leitura atenta do item mostrará que não se pode aceitar que o pluralismo político proponha a supressão de uma identidade ética em detrimento de outra. Da mesma forma não se pode aceitar que a liberdade de expressão produza uma relativização de valores, nem mesmo que a proposta Assim esta questão se resolve com um pouco de atenção do aluno. Referências: SILVA. Marcos André Ferreira. LUCRO COM DIGNIDADE. Editora Apiris.Curitiba.2015. GALARDO. Hélio. Teoria Crítica. Matriz e Possibilidade dos direitos Humanos. Editora Unesp. São Paulo, 2017. QUESTÃO Nº 03 Gabarito: A Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: Responsabilidade Social, desenvolvimento sustentável dentre outros. Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos Comentário: O estudo da teologia nos tempos atuais não pode desligar-se da antropologia. Assim em cada tempo é necessário interrogar-se qual o homem que busca a Deus e quais são as suas demandas sociais. Da própria relação com Deus nascem diversos compromissos práticos, dentre eles podemos encontrar aqueles ligados a responsabilidade com o próximo. Fazer com que a busca do lucro não despreze o conceito de pessoa e sua dignidade é necessidade primeira da economia. Devemos recordar que a verdade em matéria cientifica é uma descoberta que se vai construindo na inter-relação dos diversos ramos do saber quando juntos buscam compreender a realidade que envolve a humanidade. Nesta busca de verdade a Teologia deve colaborar com a reconstrução de paradigmas como a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. Referências: CALLEJA, J I. Moral social samaritana I: fundamentos e noções da ética econômica cristã. São Paulo: Paulinas, 2006. ________. Moral social samaritana II: fundamentos e noções de ética política cristã. São Paulo: Paulinas, 2009. QUESTÃO Nº 04 Mais de um quarto dos presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros I, na zona oeste da capital paulista, havia morado nas ruas. Há alguns anos, percebe-se progressiva mudança da população carcerária dos CDPs de São Paulo: além da tradicional parcela de acusados e condenados por crimes patrimoniais com emprego de violência ou por tráfico de drogas, passou a integrar o quadro prisional uma parcela da população sem histórico de violência, habitante, majoritariamente, das ruas do centro da cidade. Nos últimos três anos, o número de presos provenientes das ruas da região central da capital paulista aumentou significativamente; a maioria deles é presa pela prática de pequenos furtos e/ou porte de drogas. Os casos são, em geral, similares: pessoas dependentes de crack que vivem nas ruas e são flagradas furtando lojas ou tentando roubar transeuntes, sem o uso de armas. Como são crimes leves, os acusados poderiam aguardar a conclusão do inquérito em liberdade. Disponível em: http://ibccrim.jusbrasil.com.br . Acesso em: 25 jul. 2015 (adaptado). Tendo esse texto como referência e considerando a relação entre políticas públicas de segurança e realidade social nas metrópoles brasileiras, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A presença de policiais nas ruas das grandes cidades brasileiras atende, em geral, à solicitação de lojistas, que constantemente se queixam da presença de moradores de rua dependentes de crack. PORQUE II. O encarceramento de moradores de rua viciados em crack que praticam pequenos delitos não resolve os problemas que afetam a população, como os de segurança, violência, saúde, educação e moradia. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e I I são proposições verdadeiras, e a I I é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e I I são proposições verdadeiras, mas a II nãoé uma justificativa correta da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas. Gabarito: B Tipo de questão: Difícil Conteúdo avaliado: As principais habilidades e competência que se pede são ler e interpretar o texto, analisando a relação causa e efeito, refletindo sobre as políticas públicas de segurança e a realidade social : violência, saúde, educação e moradia. Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro http://ibccrim.jusbrasil.com.br/ Comentário: O texto analisa, a atual situação carcerária do centro de Detenção provisória de pinheiros I, na zona Oeste de são Paulo, que passou a receber uma população sem histórico de violência, sem o uso de armas. são presos por práticas de pequenos furtos, por porte de drogas, crimes leves, que poderiam aguardar em liberdade a conclusão do inquérito. Conforme o que se espera do aluno é que ele estabeleça uma relação do texto com as políticas públicas de segurança e a realidade social no Brasil. A asserção I é verdadeira, haja vista, o Estado estabelecer uma política de segurança pública com a presença de policiais nas ruas, respondendo as solicitações dos lojistas em relação aos moradores de rua dependentes de crack que praticam pequenos furtos. A asserção II também é verdadeira, o texto apresenta que o encarceramento de moradores de rua, dependentes de drogas, com práticas de pequenos delitos não resolvem os problemas sociais como os de segurança, violência, saúde, educação e moradia. Essa asserção não responde a asserção I, pois o texto não faz referência direta aos policiais nas ruas respondendo as queixas dos lojistas. Referências: LOPES, E. Política e Segurança Pública : Uma vontade de sujeição.rio de Janeiro: Contraponto, 2009. QUESTÃO Nº 05 As taxas de emprego para mulheres são afetadas diretamente por ciclos econômicos e por políticas de governo que contemplam a inclusão das mulheres no mercado de trabalho. O gráfico a seguir apresenta variações das taxas percentuais de emprego para mulheres em alguns países, no período de 2000 a 2011. Taxa percentual de emprego para mulheres de 2000 a 2011 Disponível em: http://www.oecd-ilibrary.org . Acesso em: 19 ago. 2015 (adaptado). Com base nesse gráfico, conclui-se que, de 2000 a 2011, a taxa de emprego para mulheres A) manteve-se constante na Itália. B) manteve-se crescente na França e no Japão. C) atingiu, na Grã-Bretanha, seu valor máximo em 2011. D) aumentou mais na Alemanha que nos demais países pesquisados. E) manteve-se superior a 60% no Canadá, na Alemanha e nos Estados Unidos. Gabarito: D Tipo de questão: mediana Conteúdo avaliado: As principais habilidades e competência que se pede é ler e interpretar gráficos , associando dados presentes a uma escala fornecidos em tabela. Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro http://www.oecd-ilibrary.org/ Comentário: Avaliando as taxas de emprego para as mulheres afetadas por ciclos econômicos e por políticas no período de 2000 a 2011, percebe-se que a inclusão de mulheres no mercado de trabalho em países como Alemanha, frança, Itália, Japão, Canadá, Grã- Bretanha, e Estados Unidos foi superior na Alemanha, que apresentou significativo crescimento na incorporação de mulheres na taxa de emprego, onde em 2000 apresentava pontuação de 58% em 2011, representou crescimento significativo para 69%, ou seja 9 pontos percentuais, enquanto Itália 6 pontos percentuais, frança 5, Grã- Bretanha 3, Canadá refluiu 4 pontos percentuais e Estados unidos 4 pontos percentuais de incorporação positiva no mercado de trabalho. Referências: HIRAT, Helena; MARVANI, Margaret. As novas fronteiras da desigualdade. Homens e mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: SENAC, 2013. QUESTÃO Nº 06 Hoje, o conceito de inclusão digital está intimamente ligado ao de inclusão social. Nesse sentido, o computador é uma ferramenta de construção e aprimoramento de conhecimento que permite acesso à educação e ao trabalho, desenvolvimento pessoal e melhor qualidade de vida. FERREIRA, J. R. et al. Inclusão Digital. In: BRASIL. O Futuro da Indústria de Software: a perspectiva do Brasil. Brasília: MDIC/STI, 2004 (adaptado). Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-se necessária para todos. As situações rotineiras geradas pelo avanço tecnológico produzem fascínio, admiração, euforia e curiosidade em alguns, mas, em outros, provocam sentimento de impotência, ansiedade, medo e insegurança. Algumas pessoas ainda olham para a tecnologia como um mundo complicado e desconhecido. No entanto, conhecer as características da tecnologia e sua linguagem digital é importante para a inclusão na sociedade globalizada. Nesse contexto, políticas públicas de inclusão digital devem ser norteadas por objetivos que incluam I. a inserção no mercado de trabalho e a geração de renda. II. o domínio de ferramentas de robótica e de automação. III. a melhoria e a facilitação de tarefas cotidianas das pessoas. IV. a difusão do conhecimento tecnológico. É correto apenas o que se afirma em A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) I, III e IV. E) II, III e IV. Gabarito: D Tipo de questão: Fácil Conteúdo avaliado: Leitura e compreensão de texto Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano Comentário: É uma questão bem elaborada, mas de pouca complexidade, exigindo do aluno capacidade de leitura e compreensão de texto. Os itens I, III e IV praticamente reproduzem segmentos do texto. Apenas o item IV, que requer um pouco mais de atenção do aluno, que deve concentrar e associar o primeiro texto com a parte conclusiva do segundo e deduzir que, se “conhecer as características da tecnologia e sua linguagem digital é importante para a inclusão na sociedade globalizada”, a difusão do conhecimento de tecnologias torna-se um objetivo a ser perseguido. Já o item II, embora guarde uma relação estreita com tecnologia, não aborda diretamente a questão do “domínio de ferramentas de robótica e de automação”. Referências: TRAVAGLIA, Luiz Carlos; KOCH, Ingedore Villaça. A coerência textual. 10.ed. São Paulo: Contexto, 2003. COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. QUESTÃO Nº 07 As projeções da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais vêm indicando, para 2020, produção entre 104 milhões e 105 milhões de toneladas de soja. A área de cultivo da soja deve aumentar cerca de 6,7 milhões de hectares, chegando, em 2023, a 34,4 milhões. Isso representa um acréscimo de 24,3% na área mensurada em 2013. No Paraná, a área de cultivo de soja pode expandir-se para áreas de outras culturas e, no Mato Grosso, para pastagens degradadas e áreas novas. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 19 ago. 2013 (adaptado). Considerando esses dados e os impactos do agronegócio na reconfiguração do campo, avalie as afirmações a seguir. I. A expansão das áreas de monocultura de soja amplia a mecanização no campo e gera a migração de trabalhadores rurais para centros urbanos. II. A intensificação da monocultura de soja acarreta aumento da concentração da estrutura fundiária. III. A expansão da cultura de soja no Paraná e no Mato Grosso promoverá o avanço do plantio de outras culturas. É correto o que se afirma em A) I, apenas. B) III, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. http://www.agricultura.gov.br/ Gabarito: C Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: Leitura e interpretação de texto Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano Comentário: Inicialmente, a questãoapresenta certa complexidade, exigindo do aluno não só uma leitura atenciosa do texto mas também do enunciado da própria questão. Outro fator que pode oferecer certa dificuldade para o aluno é que o texto lida com os termos “números”, “toneladas”, “hectares”, “projeções”, o que implica conhecimento que vai além da simples compreensão de texto. Esse tipo de questão proporciona um grau maior de dificuldade, principalmente para aquele aluno que não navega, com certa frequência, nessas águas pitagóricas. Outra dificuldade para responder à questão é que o aluno precisa trazer conhecimentos que vão além do próprio texto, principalmente sobre os impactos da monocultura na reconfiguração do campo. Esses impactos não estão explícitos, mas implícitos no texto apresentado. Assim, a partir de “gera” (item I) e “acarreta” (item II) ficam subentendidas, logicamente, as informações que se seguem: “migração de trabalhadores rurais para centros urbanos” e “aumento da concentração da estrutura fundiária”, exigindo que se faça correlação de causa e consequência. Já no item III, há uma afirmação que nega, que contraria o que se afirma na última frase do texto. Contudo, o aluno pode fazer certa confusão por causa da expressão “expandir-se para”, podendo achar que outras culturas vão substituir a cultura de soja. Referências: TRAVAGLIA, Luiz Carlos; KOCH, Ingedore Villaça. A coerência textual. 10.ed. São Paulo: Contexto, 2003. COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. QUESTÃO Nº 08 Disponível em: http://www.subsoloart.comAcesso em: 17 jul. 2015. Assim como o break, o grafite é uma forma de apropriação da cidade. Os muros cinzentos e sujos das cidades são cobertos por uma explosão de cores, personagens, linhas, traços, texturas e mensagens diferentes. O sujo e o monótono dão lugar ao colorido, à criatividade e ao protesto. No entanto, a arte de grafitar foi, por muito tempo, duramente combatida, pois era vista como ato de vandalismo e crime contra o patrimônio público ou privado, sofrendo, por causa disso, forte repressão policial. Hoje, essa situação encontra-se bastante amenizada, pois o grafite conseguiu legitimidade como arte e, como tal, tem sido reconhecido tanto por governantes quanto por proprietários de imóveis. SOUZA, M.L.; RODRIGUES, G.B. Planejamento urbano e ativismo social. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). Considerando a figura acima e a temática abordada no texto, avalie as afirmações a seguir. I. O grafite pode ser considerado uma manifestação artística pautada pelo engajamento social, porque promove a sensibilização da população por meio não só de gravuras e grandes imagens, mas também de letras e mensagens de luta e resistência. II. Durante muito tempo, o grafite foi marginalizado como arte, por ser uma manifestação associada a grupos minoritários. III. Cada vez mais reconhecido como ação de mudança social nas cidades, o grafite humaniza a paisagem urbana ao transformá-la. É correto o que se afirma em A. II, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. I e III, apenas. E. I, II e III. Gabarito: E http://www.subsoloart.com/ Tipo de questão: fácil Conteúdo avaliado: Linguagem, grupos minoritários e os movimentos artísticos. Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa Comentário: Nessa questão, o aluno deve ter em conta a abertura que os diversos movimentos artísticos passaram até os tempos atuais. I. Hoje em dia, pode-se afirmar que o grafite pode ser considerado uma arte, no contexto da luta e da resistência. Ainda que o tema possa ser amplamente discutido, é preciso ver também a arte como um movimento que expressa a beleza de diversas maneiras na pintura. Contudo, não somente a pintura e a escultura são artes, mas também a música e a poesia, fotografia, teatro, cinema, literatura. II. Realmente, o grafite esteve mais presente em grupos minoritários, e talvez até agora assim o seja. Sem dúvida, muitos ainda não o consideram como uma arte, mas tendo em conta a mudança pela qual a concepção de arte tem passado nos últimos anos, é nesse contexto que se pode dizer que o grafite seja uma arte. Por outro lado, considerando o artista, já dizia João Paulo II: “um artista consciente, sabe que tem que trabalhar sem deixar-se levar pela busca da glória banal ou da avidez de uma fácil popularidade, e menos ainda pela ambição de possíveis ganâncias pessoas. Existe, pois, uma ética, ou melhor, uma “espiritualidade” do serviço artístico que, de modo próprio, contribui à vida e ao renascimento do povo” (Carta aos artistas, 5). III. Como as mensagens se transmitem, não apenas pelas palavras, mas também pelas imagens, não há dúvida que essas mensagens transformadoras acontecem também pelo grafite. Contudo, não há que perder que é preciso também aprender a fazer um juízo da própria arte, pois “a autêntica intuição artística vai além do que os sentidos percebem e, penetrando a realidade, tenta interpretar o seu mistério escondido. Tal intuição brota do mais íntimo da alma humana, ali onde a aspiração a dar sentido à própria vida se vê acompanhada pela percepção fugaz da beleza e da unidade misteriosa das coisas” (João Paulo II, Carta aos artistas, 6). Referências: JOÃO PAULO II, Carta aos artistas, 1999. Disponível em https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1999/documents/hf_jp- ii_let_23041999_artists.html Consultado em 16/06/2018. LOPES, Joana Gonçalves Vieira. Grafite e Pichação: os dois lados que atuam no meio urbano. Disponível em : .http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3824/1/2011_JoanaGoncalvesVieiraLopes.pdf Consultado em 16/06/2018. https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1999/documents/hf_jp-ii_let_23041999_artists.html https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1999/documents/hf_jp-ii_let_23041999_artists.html http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3824/1/2011_JoanaGoncalvesVieiraLopes.pdf COMPONENTE ESPECÍFICO – OBJETIVAS QUESTÃO Nº 09 A teologia da libertação nos propõe, talvez, não tanto um novo tema para a reflexão quanto uma nova maneira de fazer teologia. A teologia como reflexão crítica da práxis histórica é, assim, uma teologia libertadora, uma teologia da transformação libertadora da história da humanidade e, portanto, libertadora, também, da porção dela — reunida em ecclesia — que confessa abertamente Cristo. Uma teologia que não se limita a pensar o mundo, mas procura situar-se como um momento do processo por meio do qual o mundo é transformado, abrindo-se — no protesto ante a dignidade humana pisoteada, na luta contra a espoliação da imensa maioria da humanidade, no amor que liberta, na construção de nova sociedade, justa e fraterna — ao dom do reino de Deus. GUTIÉRREZ, G. Teologia da Libertação: Perspectivas. São Paulo: Loyola, 2000 [trad. 6§ ed. 1996] (adaptado). No texto, o autor propõe que a teologia da libertação seja A) uma teologia mais vertical, que leve a massa de homens e mulheres massacrados a reatar sua relação com Deus em um processo de libertação. B) uma nova maneira de fazer teologia, que leve a maioria da população a superar a condição de dependência e aumentar seus recursos materiais e financeiros. C) uma teologia crítica, que leve em conta o drama espiritual de tantas pessoas ainda presas ao pecado, que será superado por meio da cura e da libertação. D) um novo modo de fazer teologia na América Latina, que rompa com dogmas e conceitos elaborados em outras épocas e pensados fora do continente latino- americano. E) uma nova maneira de fazer teologia, que reflita a práxis histórica a partir das multidões excluídas, em vista da construção da nova sociedade, aberta ao dom do reino de Deus. Gabarito: E Tipo de questão: Fácil Conteúdo avaliado: Teologia, Teologia da América Latina, Teologia da Libertação, práxis libertadora,opção pelos pobres Autor(a): Prof. Ms. Luiz Gonzaga Lôbo Comentário: O texto de Gustavo Gutiérrez esta falando não de uma nova teologia, mas de uma nova maneira de fazer teologia, de pensar a fé e de vivê-la. Trata-se da reflexão teológica latino-americana que está fundamentada no Concílio Vaticano II e nos documento da Conferência de Medellín (1968) e de Puebla (1979) como também nos movimentos sociais contra toda exploração capitalista e um falso conceito de desenvolvimento na America Latina que privilegiava as minorias ricas e exploravam as maiorias pobres. Junto a isso o regime militar que minou quase todas as democracias do Continente Latino- americano. METODO DA TDL: A TDL vai usar o paradigma da práxis como ponto de partida e de chegada de sua reflexão (FABRI, 42). “As práticas concretas de cristãos ou que se vêem envolvidos no processo de libertação dos pobres levantam uma série de problemas à Fé, a determinadas intelecções da revelação. Portanto, valoriza a práxis como ponto de pergunta, (ver) de partida para pensar (julgar à luz da Fé) toda a teologia. Daí nasce o agir concreto.” A teologia neste paradigma ocupa-se e preocupa-se por iluminar tal ação transformadora, tais relações sociais à luz da revelação, estabelecendo um circulo entre práxis e revelação. (FABRI,43)Em síntese , podemos dizer que a TDL possui três momentos: Momento pré-teologico que é ver criticamente a realidade imediata; Momento teológico que é analisar esta realidade observada à Luz da Revelação divina (Palavra de Deus , Magistério da igreja ). E terceiro momento chamado momento práxico que é o AGIR transformador em busca de uma sociedade do jeito que Deus quer sinal e certeza do Reino definitivo. Por isso a TDL é uma teologia da práxis, teologia para a práxis, teologia na praxis e teologia pela práxis (MURAD, LIBANIO, 183-184) TEMAS PRESENTES NA TDL a. Opção preferencial pelos pobres (Medellín e Puebla) b. Opção pelos pobres no AT e no NT c. Pobre: sacramento de Deus (Paulo VI disse isso no Concílio Vat. II) d. A Igreja dos pobres: Igreja de Todos. Disse o papa João xIII na convocação do Concilio VAT II: “A Igreja é e quer ser a Igreja de todos, mas hoje mais do que nunca a Igreja dos pobres” (PIXLEY, 161) e. Pobreza material e pobreza espiritual f. Os pobres e suas práticas de libertação g. Ecumenismo e diálogo religioso Referências: LIBANIO ET, MURAD. Introdução à Teologia, perfil, enfoques, tarefas, Loyola, São Paulo, 3ª ED, 1996. pp161-197. CELAM. Documento de Puebla, 1979 CELAM. Documento de Medellín, 1968. PIXLEY, Clodovil BOFF. Opção pelos pobres, Vozes, Petrópolis, 1986 DOS ANJOS, Márcio Fabri(org). Teologia e novos paradigmas, Loyola, São Paulo,1996. QUESTÃO Nº 10 Não é possível pensar o processo de construção cultural como ausente de encontros conflituosos. O homem, ser dinâmico e mutável, significa e ressigniflca a realidade dialeficamente, dando-lhe sentido. Uma conseqüência gerada pela secularização foi o pluralismo religioso, conforme denominou Berger (1985). Ou seja, as religiões não possuem mais o monopólio sobre a sociedade e suas esferas; dessa forma, surge o pluralismo, que possibilita às pessoas transitar pelas mais variadas formas de expressão religiosa. Assim, crescem o mercado e a oferta religiosa, o que se pode perceber nitidamente, em nossas cidades, pelo número de igrejas que abrem e fecham todos os dias, na esteira dos novos movimentos religiosos (NMRs). O processo de secularização não afeta simplesmente o espaço das tradições religiosas, mas também a cultura vigente e, mais, a dimensão subjefiva da pessoa. Os NMRs, extremamente diversos, tornaram-se visíveis a parfir da Segunda Guerra Mundial e, como religiosos, oferecem não apenas um posicionamento teológico sobre a existência e sobre as coisas sobrenaturais, mas se propõem a responder, no mínimo, a algumas questões úlfimas que, tradicionalmente, têm sido endereçadas às grandes religiões. GUERREIRO, S. Novos Movimentos Religiosos. O quadro brasileiro. São Paulo: Paulinas, 2006 (adaptado). A partir do texto, assinale a opção correta. A. O processo de secularização favoreceu o predomínio das religiões sobre as sociedades. B. A secularização contribuiu para para o surgimento de novas expressões religiosas. C. As consequências da secularização uniformizaram as religiões tradicionais. D. Os NMRs representam uma realidade que atinge uma cultura específica. E. Os NMRs negam-se a responder questões tradicionais das grandes religiões. Gabarito: B Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: secularização, religião, novas expressões religiosas e outros Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro Comentário: Espera-se do aluno que ele saiba ler e interpretar o texto, distinguindo conceitos e tenha raciocínio lógico. Análise das afirmativas A – Alternativa incorreta, no texto não há referências sobre o processo de secularização favorecendo o predomínio das sociedades sobre as religiões, ao contrário, buscando a fundamentação de Berger afirma, que as religiões não possuem mais o monopólio sobre as sociedades. B – Alternativa correta. O texto argumenta que a secularização contribuiu para o surgimento de novas expressões religiosas, tese que é defendida por Berger. C – Alternativa incorreta. Segundo o texto não há referência do processo de secularização e uniformização das religiões tradicionais. D – Alternativa incorreta. O texto não apresenta os NMRs como um processo que atingiu uma cultura específica E – Alternativa incorreta. Os NMRs não negam responder questões tradicionais das grandes religiões, mas sim responder questões que tem sido tradicionalmente endereçadas as grandes religiões. Referências: BERGER, Peter. O Dossel Sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião. São Paulo: Paulinas, 1985. __________. A dessecularização do mundo: uma visão global. In: Religião e Sociedade, vol. 21, nº. 1, 2001. QUESTÃO Nº 11 Guerra Santa Gilberto Gil 1 Eu até compreendo os salvadores profissionais sua feira de ilusões só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz 4 deixa o outro vender limões Um vende limões, o outro vende o peixe que quer 7 o nome de Deus pode ser Oxalá Jeová, Tupã, Jesus, Maomé Maomé, Jesus, Tupã, Jeová 10 Oxalá e tantos mais sons diferentes, sim, para sonhos iguais A partir da letra da canção de Gilberto Gil, avalie as afirmações a seguir. I. Com as metáforas "barraqueiro" (v.3) e "limões" (v.4), o autor procura situar, respectivamente, religiosos e produtos religiosos, em contexto de pluralidade, tolerância e cidadania. II. Infere-se do trecho "só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz/deixa o outro vender limões" (v.3-4) que a paz entre as religiões depende da não concorrência econômica pela venda de produtos religiosos. III. A despeito do autor da canção utilizar nomes de divindades e personagens divinizadas mais conhecidas, a expressão "e tantos mais" (v.10) evidencia a referência a qualquer representação do divino em qualquer religião. IV. A expressão "sonhos iguais" (v.11) traduz a percepção do autor da canção a respeito da equivalência de todas as representações de seres divinos produzidas pelas diversas religiões. É correto apenas o que se afirma em A) I e III. B) II e III. C) II e IV. D) I, II e IV. Gabarito: Mediana Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: Multiculturalismo, sociodiversidade, intolerância religiosa. Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro Comentário: Habilidades e competências que estão sendo avaliadas: Leitura e interpretação de texto na forma de letra musical. O aluno deverá compreender metáforas, para interpretar os versos. I Afirmativa correta.Os versos de Gilberto Gil expressam a idéia que um bom comerciante vende seus produtos e isso não impede que outro vendedor possa vender produtos diferentes. Na perspectiva religiosa entende-se que é perfeitamente possível professar dada fé sem ferir a liberdade do outro que professa outra fé. II Afirmativa incorreta. A linguagem é figurativa não fazendo alusão a venda de produtos religiosos. III Afirmativa Correta. O verso apresenta a idéia que uma mesma divindade pode ter nomes diferentes, por meio de crenças distintas , buscando o divino em qualquer religião. IV Afirmativa correta. A expressão sonhos iguais apresentado no verso 11 não consta nos versos apresentados no assunto tema, mas encontra o mesmo sentido no verso 10, e confirma a asserção III, da equivalência que a representação do divino são produzidos pelas diversas religiões. Referências: CARDOSO, C. M. Tolerância e seus limites: um olhar latinoamericano sobre diversidade e desigualdade. São Paulo: Editora UNESP,2003. DUSSEL, E. O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes,1993. QUESTÃO Nº 12 Texto 1 No mínimo, existe uma obrigação de tentar colocar juntas as ciências que abordam o ser humano, como a filosofia e a teologia, visando encontrar não só um consenso mínimo que guie nossa compreensão e o processo de tomada de decisão, mas também iluminar o processo de elaboração de normas e diretrizes bioéticas que protejam a vida humana nas fronteiras da tecnociência e do conhecimento humano. PESSINI, L. Bioética: um grito por dignidade de viver. São Paulo: Paulinas, 2008 (adaptado). Texto 2 A Bioética defronta-se com um absoluto formal: a dignidade humana. Ela representa uma referência absoluta para as ciências da vida e da saúde. O respeito a esse absoluto expressa o sentido de qualquer ação referente à vida humana e representa o seu critério de verdade e de bem. Portanto, a relação de transcendência faz parte também da Bioética. JUNGES, J. R. Bioética: perspectivas e desafios. São Leopoldo: Unisinos, 1995 (adaptado). Conforme apresentado nos textos, a postura da Bioética diante do absoluto formal, que é a dignidade humana, coloca-a em diálogo com a Teologia. Nesse contexto, a partir de um diálogo interdisciplinar entre tais ciências, assinale a opção correta. A) A Bioética, assim como a Teologia, visa a valorização da dignidade humana, porém somente a Teologia tem condições de promover a vida no seu sentido pleno, por possuir critérios de verdade mais elevados. B) A Bioética e a Teologia defendem que a transcendência pode ser entendida como todo movimento de abertura do ser humano para realidades que vão além do empírico e do puramente material. C) A Teologia, ao ser incluída no diálogo interdisciplinar da Bioética, pode aumentar o impasse e as divergências entre as ciências, pois a postura das religiões é conflitante com as questões bioéticas que não impedem intervenções cientificas aplicadas à vida e à saúde. D) A Bioética deve se submeter à dimensão religiosa, pois somente a experiência religiosa consegue transcender as ações da atual sociedade secular e superar as transgressões dos avanços científicos que ameaçam a dignidade humana. E) A Teologia privilegia apenas o diálogo inter-religioso, pois ela representa uma compreensão de mundo segundo a qual o sentido da vida se dá por meio da aceitação de um ser transcendente e absoluto, que se opõe ao discurso cientifico-tecnológico. Gabarito: B Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: Teologia, Bioética, Antropologia teológica. Autor(a): Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos Comentário: O enunciado apresenta uma visão personalista do homem, centro da criação e a sua intocável dignidade frente aos avanços da tecnologia que tem o seu limite no bem total do homem. As questões chamam atenção para um senso crítico diante de certas posturas e pensamentos rígidos, alienados e absolutistas do tempo presente que impedem o diálogo e consequentemente a vivência harmônica entre as diversas áreas do conhecimento. Conteúdo estudado quando tratou-se do Modelo Personalista - Manual de Bioética do Sgreccia. Referências: SGRECCIA, E. Manual de bioética: fundamentos e ética biomédica. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2009. QUESTÃO Nº 13 Entre ética e religião, pode-se dizer que há uma estreita vizinhança entre os dois domínios, uma vez que a religião, assim como a ética, é intrinsecamente prescritiva, ambas implicando, mais ou menos diretamente, um padrão de valores que uma vida idealmente vivida deve respeitar. Nos tempos modernos, é inegável a tensão entre ética e religião, pois há casos críticos em que umas e outras convicções podem colidir, como é o caso de discussões acerca do aborto e das uniões homoafetivas, para falar apenas de dois exemplos. A religião é uma dimensão ilimitável da existência humana, assentada na busca do absoluto e na convicção profunda de que o mundo natural não é e não pode ser tudo o que existe. Para o crente, a compatibilização é fácil e natural, pois não surpreende que a razão e a autonomia humana venham a prescrever princípios que, de uma maneira geral, são compatíveis com as crenças religiosas. Segundo a consciência laica contemporânea, a aceitação da legitimidade da fundação religiosa das prescrições de conduta e de vida é mais difícil, mas uma consciência laica suficientemente autocrítica deve poder reconhecer que a crença religiosa continua a ser um modo importante de articular e dar sentido à vida humana. TORRES, J. C. B. Manual de Ética. Questões de ética teórica e aplicada. Petrópolis: Vozes, 2014 (adaptado). De acordo com o exposto no texto, A. a ética e a religião não podem ser consideradas prescritivas, pois, em geral, ambas implicam um padrão de valores. B. os valores éticos e os valores religiosos, nos tempos modernos, tendem sempre mais a harmonizar-se, sem tensões ou conflitos. C. a convicção profunda de que o mundo natural limita-se a tudo o que existe impede a pessoa de buscar o absoluto e os valores éticos e espirituais. D. as convicções religiosas e éticas podem ser facilmente harmonizadas nas religiões, como é o caso das discussões acerca do aborto e das uniões homoafetivas. E. a religião é uma dimensão ilimitável da existência humana, pois mesmo a consciência laica crítica reconhece que a crença religiosa é um modo de dar sentido à vida além das realidades do mundo. Gabarito: E Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: Ética geral e Ciência da religião. Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo Comentário: O texto do enunciado da questão apresenta, de modo extremamente sucinto e redutivo, uma tentativa de descrever a relação entre ética e religião, colocando ênfase em na atual situação de conflito entre valores éticos e religiosos. Certamente a interpretação do texto, em vista da resposta, exige o conhecimento da ética geral, mas, apesar disto, a resposta à esta questão exige maiormente a capacidade de leitura atenta do texto e das alternativas, comparando o que está escrito nestas e naquele, pois a resposta certa, como consta no enunciado da questão, deve ser “de acordo com o exposto no texto”. Entre as alternativas, três são mais facilmente identificadas como erradas: A, B, D, pois o modo como foram escritas é expressamente contrário ao texto de referência. Na alterativa A se afirma que “a ética e a religião não podem ser consideradas prescritivas”, enquanto que no texto se diz que “a religião, assim como a ética, é intrinsecamente prescritiva”, portanto essa alternativa não poderia ser correta. Na alterativa B se afirma que “os valores éticos e os valores religiosos, nos tempos modernos, tendem sempre mais a harmonizar-se, sem tensões ou conflitos”, enquanto que no texto se diz que “nos tempos modernos, é inegável a tensãoentre ética e religião”, portanto essa alternativa não poderia ser correta. Na alterativa D se afirma que “as convicções religiosas e éticas podem ser facilmente harmonizadas nas religiões, como é o caso das discussões acerca do aborto e das uniões homoafetivas”, enquanto que no texto se diz que “há casos críticos em que umas e outras convicções podem colidir, como é o caso de discussões acerca do aborto e das uniões homoafetivas”, portanto essa alternativa não poderia ser correta. Um pouco mais exigente seria encontrar qual resposta certa entre as alternativas C e E. A alternativa C não poderia ser certa, pois afirma algo que não está de acordo com o texto: “a convicção profunda de que o mundo natural limita-se a tudo o que existe impede a pessoa de buscar o absoluto e os valores éticos e espirituais”; mesmo que a consciência laica atual acreditasse que o mundo natural limita-se a tudo o que existe, isso não impede, somente torna difícil a “aceitação da legitimidade da fundação religiosa das prescrições de conduta e de vida”. Sendo assim, a alternativa correta é a E que, mesmo sem muita coerência interna, faz duas afirmações que estão de acordo com o texto. Referências: AZEVEDO, W.O. Ética em diálogo. São Paulo: Paulinas, 2012. VIDAL, M. Ética teológica. Conceitos fundamentais. Petrópolis: Vozes 1999. TORRES, J. C. B. Manual de ética. Questões de ética teórica e aplicada, Petrópolis: Vozes 2014. QUESTÃO Nº 14 O planejamento não é aplicação de uma técnica. Consiste, antes, no exercício de uma metodologia concebida como pedagogia em contexto. Por um lado, levados a sério os requisitos do ponto de vista pedagógico no planejamento, aumentam-se as possibilidades de desencadear um processo de reflexão sobre a ação, que não termina na elaboração de um plano. Evitam-se, com isso, tanto a elaboração de um plano só, sem continuidade, quanto planos que não saem do papel. Na prática, impede-se que um líder religioso, por exemplo, chegue a uma comunidade religiosa e destrua todo o trabalho de seu antecessor; algo muito mais grave em se tratando do resultado da caminhada de toda a comunidade. Por outro lado, levados a sério os requisitos do ponto de vista metodológico, evitam-se processos truncados, que comprometem a concatenação dos passos do método e a efetividade do próprio planejamento. BRIGHENTI, A. Reconstruindo a esperança: como planejar a ação da Igreja em tempos de mudança. 3 ed. São Paulo: Paulus, 2000 (adaptado). Com base no texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A responsabilidade do líder religioso implica a tarefa de ajudar a comunidade no planejamento e em sua gestão, o que desencadeia um processo de reflexão na ação e garante sua continuidade, dando-lhe consistência. PORQUE II. Se a comunidade atuar de forma planejada, dificultará a intervenção de líderes que possam destruir sua caminhada, impondo-lhe as próprias ideias e agindo em sentido contrário à ética profissional, que exige do líder religioso respeito pela história da comunidade. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a l l é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas Gabarito: A Tipo de questão: Fácil Conteúdo avaliado: Teologia Pastoral ou prática, Planejamento pastoral, gestão eclesial. Autor(a): Prof. Esp. Pe. David Pereira de Jesus Comentário: O enunciado é claro e simples, o teórico escolhido é bastante conhecido pelos alunos. O texto remete ao conceito do que é planejar, fazendo a diferenciação entre planejamento, plano e cronograma. As asserções se completam e ajuda a recordar que o planejamento quando é participativo não está preso à vontade do gestor, mas a comunidade tem um papel fundamental para o crescimento e o amadurecimento de todos. Pois, no campo eclesial, para ser verdadeiramente eficaz o planejamento precisa ser pensado de forma participativa, colegiada, comunitária, no espirito de koinonía que funda a Igreja, caso contrário corre-se um grande risco de prestar um desserviço ao Reino de Deus, o que é incompatível com a ação pastoral. Sabe-se que desde o primeiro momento do planejamento não é interessante que dependa apenas de uma equipe ou do gestor (pároco ou administrador paroquial). A ação pastoral planejada é a resposta específica, consciente e intencional, às necessidades da evangelização” (Puebla, 122) Referências: BRIGHENTI, A. Reconstruindo a esperança: como planejar a ação da Igreja em tempos de mudança. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2000. BRIGHENTI, A. A pastoral dá o que pensar: a inteligência da prática transformadora da fé. São Paulo: Paulinas, 2006. PAYÁ, M. O planejamento pastoral a serviço da evangelização. São Paulo: Ave Maria, 2005. PEREIRA, José Carlos. Como fazer um planejamento pastoral, paroquial e diocesano. São Paulo: Paulus, 2015. QUESTÃO Nº 15 O mundo contemporâneo é marcado pelo desafio do equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade planetária. Vários teólogos do século XX se debruçaram sobre o assunto e apontaram pistas para uma renovação da relação entre o ser humano e o restante da Criação, o que pode ser observado nos textos a seguir. Texto 1 A elaboração de uma ecoteologia comum por parte das várias crenças poderia contribuir para transformar a consciência, as atitudes e criar uma nova práxis em relação à Terra. WILFRED, F. Para uma ecoteologia interreligiosa. Concilium, v. 3, n. 331, 2009 (adaptado). Texto 2 Para resistir, hoje, ao cinismo da aniquilação da vida em nosso mundo, precisamos superar a crescente indiferença do coração. A nova mística da vida rompe com essa perplexidade interna, essa frieza de sentimentos ante o sofrimento dos outros e o passar despercebido diante do sofrimento da natureza. Quem começa a amar a vida, a vida em comunhão, certamente resistirá ao assassinato de seres humanos e à exploração da Terra, pondo-se em luta por um futuro comum; orará com olhos abertos e ouvirá os gemidos das criaturas oprimidas. MOLTMANN, J. Há esperança para a criação ameaçada? Petrópolis: Vozes, 2014 (adaptado). Considerando os textos apresentados, avalie as afirmações a seguir. I. As diversas tradições religiosas se esquivam do diálogo quando se aprofundam na busca mística. II. A mística contemporânea amplia seu âmbito ao integrar o cotidiano e ao abrir-se à vitalidade de toda a Criação. III. O processo de globalização afasta cada vez mais as diversas tradições religiosas. IV. O diálogo inter-religioso é propiciado pela busca do bem comum, incluindo- se o bem da própria Terra e de toda a Criação. V. As preocupações dos líderes religiosos devem restringir-se aos anseios espirituais das suas respectivas comunidades locais. É correto apenas o que se afirma em A. I e III. B. I e V. C. II e IV. D. II e V. E. III e IV. Gabarito: C Tipo de questão: Mediana. Conteúdo avaliado: sustentabilidade, economia, ecoteologia. Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro Comentário: As principais habilidades e competências esperadas na questão é leitura e interpretação de texto, análise crítica e raciocínio lógico. I Asserção incorreta. Tanto o texto 1 e 2 não mencionam que as diversas tradições religiosas se esquivam do diálogo quando se aprofundam na busca mística. II Asserção correta. Segundo o texto 2, a mística contemporânea ampliou, integrou o cotidiano, fazendo com que o sofrimentodos outros e da natureza não passa desapercebido ,abrindo –se à vitalidade de toda a Criação. III Asserção incorreta. De acordo com os dois textos, não há referencia ao processo de globalização afastando as diversas tradições religiosas. IV Asserção correta. Os dois textos abordam sobre O diálogo religioso na busca do bem comum, dos homens , da terra e de toda a Criação. V Asserção Incorreta. De acordo com os dois textos não há referências colocando que os líderes religiosos devam restringir-se aos anseios espirituais das suas respectivas comunidades locais, fala da necessidade inclusive de uma ecoteologia. Referências: FRANCISCO, Papa. Carta Encíclica LAUDATO SI’: sobre o cuidado da casa comum. São Paulo: Paulinas, 2015. SOARES, Luiz Eduardo. Religioso por natureza: cultura alternativa e misticismo ecológico no Brasil. In: SOARES, L. E. O rigor da disciplina. Rio de Janeiro: Relume Dumará. 1994 VELHO, Otávio. Pósfacio. In: STEIL, Carlos Alberto; CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Cultura, percepção e ambiente: diálogos com Tim Ingold.. São Paulo: Terceiro Nome, 2012. QUESTÃO Nº 16 A especificidade da teologia como sapientia é a relação do ser humano com Deus. Neste modelo, a teologia é percebida mais do que proposições a respeito de Deus ao apontar para um relacionamento com Deus embasado na confiança pessoal. Durante a Idade Média, com a ascensão da escolásfica, a teologia foi concebida como scientia. Os teólogos medievais compuseram as grandes Sumas. A teologia era a disciplina acadêmica que reinava e exercia a hegemonia sobre todas as outras ciências. Mais recentemente, com o surgimento da teologia da libertação, um novo modelo de teologia emergiu, no qual a orthopraxis torna-se alvo da tarefa teológica. SAWYER, M. J. Uma introdução à teologia: das questões preliminares, da vocação e do labor teológico. São Paulo: Editora Vida, 2009 (adaptado). Considerando o texto apresentado, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Teologia como sabedoria, teologia como saber racional e teologia como crítica na perspectiva da práxis são métodos teológicos, dos quais o(a) teólogo(a) deveria apropriar-se. PORQUE II. Teologia que perde o contato com a dimensão da espiritualidade pessoal torna-se estéril e acadêmica; quando a teologia menospreza a herança dos grandes sistemas escolásticos, corre o risco de perder a precisão de pensamento e o rigor intelectual, e teologia que perde de vista a missão (teologia pública) é desnecessária. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e II é uma justificativa correta da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. Gabarito: A Tipo de questão: Fácil Conteúdo avaliado: teologia escolástica, idade média,.métodos teológicos Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro Comentário: As principais habilidades e competências esperadas na questão são, leitura e interpretação de texto, análise crítica e raciocínio lógico. I asserção correta. Segundo o texto a Teologia deve ser compreendida como sabedoria, como saber racional, como crítica na perspectiva da práxis, onde os métodos teológicos, devem ser apropriados pelos teólogos. II asserção correta. De acordo com o texto, a Teologia que perde o contato com a espiritualidade perde o sentido e torna-se estéril. Se a teologia não valoriza os grandes sistemas escolásticos, pode perder o rigor intelectual, e teologia que se afasta de sua missão acaba se tornando desnecessária. Assim, a I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Alternativa correta : A Referências: LIBANIO, João Batista.; MURAD, Afonso. Introdução à teologia: perfil, enfoques, tarefas. São Paulo: Loyola, 2007. PIERINI, F. A Idade Média: curso de história da igreja. São Paulo: Paulus, 1998. v. 2. QUESTÃO Nº 17 O mito é o relato de um acontecimento originário, no qual os deuses agem e cuja finalidade é dar sentido a uma realidade significativa. Ao relatar um acontecimento, o mito situa-se em um lugar e em um tempo e, consequentemente, apresenta-se como uma história. CROATTO, J. S. As linguagens da experiência religiosa: uma introdução à fenomenologia da religião. 2 ed. São Paulo: Paulinas, 2004 (adaptado). Considerando essa definição de mito, analise os seguintes textos bíblicos. Texto 1 No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. (Gênesis 1,1-3) Texto 2 O reino dos céus é também semelhante a um [homem] que negocia e procura boas pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra. (Mateus 13,45-46) Com base na definição de mito apresentada e nas passagens bíblicas transcritas, avalie as afirmações a seguir. I. O Texto 1 não se enquadra na definição de linguagem mitológica, pois a Bíblia, por ser a palavra de Deus, não emprega essa linguagem. II. O Texto 1 narra a cosmogonia por meio de uma linguagem religiosa significativa, em vista de dar sentido à vida humana. III. O Texto 2 transmite ao ser humano angustiado uma realidade significativa, por meio da expressão mitológica "reino dos céus". É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. II, apenas. C. I e III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II, e III. Gabarito: B Tipo de questão: mediana Conteúdo avaliado: Bíblia, linguagem e gênero literário. Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza Comentário: O conteúdo, evidentemente, é bíblico. Mas, antes de qualquer coisa, a questão chama a atenção para a linguagem religiosa como tal, isto é, o gênero literário por meio do qual a religião se expressa. Isso justifica a resposta correta ser a letra B. A linguagem mitológica é muito comum nos textos fundacionais das diversas experiências religiosas. Isso exige cuidado porque, muitas vezes, podemos confundir “mito” com “mentira”, mas na verdade é um modo de exprimir uma mensagem por meio de uma linguagem característica. Trata-se de um princípio hermenêutico importante para interpretação, sentido e verdade bíblica. Afinal, por meio desta linguagem, as primeiras páginas da Bíblia expressa a fé e as convicções do povo de Israel. Quanto à terceira afirmação (III), referente ao texto 2, do Evangelho de Mateus, a linguagem utilizada para descrever o Reino de Deus usado por Jesus é expressa pelo uso do gênero “parábola” e não “mito”. Referências: ARTOLA, A. M.; Sanchez Caro, J. M. Bíblia e Palavra de Deus. São Paulo: Ave Maria, 1996. ELIADE, M. Aspectos do mito. Lisboa: Edições 70, 1989. REIMER, H. Toda Criação. Ensaios de Bíblia e Ecologia. São Leopoldo: Oikos, 2006. QUESTÃO Nº 18 Os princípios éticos presentes nos universos religiosos moldam comportamentos humanos. As tradições religiosas são fontes de valores éticos, na medida em que fornecem meios e sinalizam para uma conduta íntegra de seus adeptos. Cada religião, a seu modo, constitui, assim, um aparato ético pautado nos próprios textos sagrados ou em normas instituídas por seus fundadores, conforme a tradição de origem. As tradições religiosas assumem um discurso ético que forma a base de suas ações, inseridas em um ambiente social, que dialoga com assuntos prementes da sociedade. As transformações ocorridas no seio da sociedade contemporânea desencadearam muitos desafios, como a urbanizaçãodesordenada, a massificação dos meios de comunicação, as crises de mercado, o fenômeno da globalização e outros. Tais desafios provocam no ser humano um vazio existencial, deixando-o abandonado, sedento, consumista, efêmero, sem consistência. Assim, as religiões tornam-se espaços onde as pessoas buscam um sentido para a vida. A partir dessas ideias, conclui-se que, no ponto de aproximação entre tradições religiosas, no que concerne à ética, está A. a velocidade das transformações ocorridas no seio da sociedade contemporânea, com seus significativos desafios e exigências. B. o fato de as religiões construírem um aparato ético padronizado, tendo como base os textos considerados sagrados ou as normas instituídas pelas divindades que as originaram. C. o fato de que as religiões, assumindo um discurso ético com base nas suas tradições religiosas, inserem-se em um ambiente social e oferecem sentido para a existência humana. D. a busca por proporcionar às pessoas meios para a obtenção da felicidade, cujo sentido está centrado em fazer o bem ao semelhante, desde que este não desrespeite os dogmas de cada crença. E. a busca por proporcionar, às pessoas, modos de realização pessoal, por meio de atos de caridade, da compreensão da importância de fazer o bem a todos, sem distinção de raça, cor, ou credo, o que é solicitado em cada crença religiosa. Gabarito: C Tipo de questão: Difícil Conteúdo avaliado: Ética geral e Ciência da religião. Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo Comentário: O enunciado da questão, estabelece uma ligação entre as tradições religiosas, seus textos sagrados, os princípios éticos que deles promanam e o comportamento que tais princípios geram nos fiéis dessas tradições. A resposta correta à questão deve ser aquela que, segundo as ideias apresentadas e a partir da perspectiva ética, apresente o ponto de aproximação entre as diversas tradições religiosas. Isto exige leitura atenta do texto, capacidade de ver qual alternativa apresenta um ponto de aproximação ética e as incoerências das alternativas. A alternativa A é apenas uma constatação fatual e não diz respeito à ética, por isso não pode ser a correta. A alternativa B fala de “normas instituídas pelas divindades que as originaram”, não podendo ser a correta pois não são as divindades, mas sim os fundadores das religiões que instituem normas. A alternativa D não pode ser correta, pois, do ponto de vista ético, as tradições religiosas se aproximam pois oferecem os valores que moldam o comportamento em vista de uma vida social que tenha sentido e não, como “a busca por proporcionar às pessoas meios para a obtenção da felicidade”. A alternativa E não pode ser correta, pois as tradições religiosas se aproximam pois oferecem aos seus fiéis os valores que moldam o comportamento em vista de uma vida social que tenha sentido e não simplesmente proporcionam às pessoas, modos de realização pessoal. Considerando os elementos típicos da religião e da ética em geral, a resposta correta é a C, pois no mundo atual, que provoca “no ser humano um vazio existencial, deixando-o abandonado, sedento, consumista, efêmero, sem consistência”, “as religiões, assumindo um discurso ético com base nas suas tradições religiosas, inserem-se em um ambiente social e oferecem sentido para a existência humana”. Referências: AZEVEDO, W.O. Ética em diálogo. São Paulo: Paulinas, 2012. VIDAL, M. Ética teológica. Conceitos fundamentais. Petrópolis: Vozes 1999. TORRES, J. C. B. Manual de ética. Questões de ética teórica e aplicada, Petrópolis: Vozes 2014. QUESTÃO Nº 19 Texto 1 A ressurreição supõe o retorno à vida do corpo que morreu, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo estão, desde há muito, dispersos e absorvidos. A reencarnação é o retorno da alma ou Espírito à vida corporal, mas em um outro corpo novamente formado para ela, e que nada tem de comum com o antigo. KARDEC, A. O Evangelho segundo o Espiritismo. Araras: IDE, 2013 (adaptado). Texto 2 A ressurreição dos mortos (não dos corpos!) de que fala a Bíblia refere-se, portanto, à salvação do ser humano uno e indiviso, e não apenas ao destino de uma metade do homem (eventualmente secundária). A ideia de imortalidade, expressa na Bíblia pelo termo "ressurreição", refere-se a uma imortalidade da "pessoa", desse ente uno que é o ser humano. RATZINGER, J. Introdução ao Cristianismo: preleções sobre o Símbolo Apostólico. São Paulo: Loyola, 2005 (adaptado). A partir da leitura dos textos 1 e 2, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A diferença entre as duas concepções doutrinárias a respeito do pós-morte está relacionada à imortalidade da alma. PORQUE II. Enquanto o Texto 1 sustenta a concepção de pessoa ressaltando a alma imortal em detrimento do corpo mortal, o Texto 2 valoriza a unidade indissociável entre corpo e alma, sendo a imortalidade, no pós-morte, considerada em relação à pessoa humana em sua integralidade. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a ll é uma justificativa correta da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas. Gabarito: D Tipo de questão: Mediana Conteúdo avaliado: teologia dogmática: Ressurreição e reencarnação. Relação entre cristianismo e espiritismo. Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza Comentário: Exige um conhecimento teológico que saiba distinguir e dialogar com os temas doutrinais de diferentes expressões de fé. A questão exige uma leitura atenta para não confundir as afirmações colocadas, sobretudo, na primeira asserção que, se não houver atenção, pode induzir ao erro. A resposta correta é alternativa D. Pois, não é verdadeiro que a diferença doutrinária está relacionada à imortalidade da alma, antes, está, sobretudo, relacionada à unidade entre corpo e alma. A questão pede especial atenção à uma noção das diferentes concepções religiosas sobre determinados temas de fé. Ao mesmo tempo, a questão aponta para uma realidade presente entre os que professam a fé cristã, mas um bom número destes, declaram- se adeptos à reencarnação. Referências: BLANK, R. J. Reencarnação ou ressurreição: uma decisão de fé. São Paulo: Paulus, 1995. QUESTÃO Nº 20 Em lugar e em vez da comunidade solidária agregada por representações coletivas (o sonho de Durkheim), surgiu uma rede à maneira de Georg Simmel (1858-1918), difusa e desprovida de centro, conectada por afiliações genéricas, multidirecional e abstrata. A religião não se enfraqueceu como força social. Pelo contrário: parece ter-se reforçado no período recente. Mas mudou — e muda cada vez mais — de forma. GEERTZ, C. O Futuro das religiões. Disponível em: www.folha.uol.com.br.Acesso em: 30 jul. 2015 (adaptado). A partir das informações do texto, avalie as afirmações a seguir. I. A religião não desapareceu com o tempo; mesmo estando sempre presente, assumiu diferentes formas e variações ao longo da história da humanidade. II. Com o surgimento da ciência, o fenômeno religioso desapareceu e transformou-se em representações coletivas coesas e mais fortes. III. A compreensão do fenômeno religioso demonstra que as transformações da sociedade ocasionam reformulações nas religiões. IV. As análises sociológicas da religiosidade confirmam o fim das religiões devido ao desencantamento do mundo pelo processo
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