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Prévia do material em texto

e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS 
 
 
 
 
 
CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIIA 
 
 
 
 
Organizador(es): 
Prof. Esp. David Pereira de Jesus 
Prof. Ms Luiz Gonzaga Lobo 
Prof. Ms. Roque Toscano 
Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa 
Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo 
Prof. Dr. Elismar Alves dos Santos 
Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski 
Prof. Ms. Mariosan de Sousa Marques 
Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos 
Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos 
Prof. Ms. Marcos Reges Valente 
Prof. Esp. José Luiz da Silva 
Prof. Esp. Ricardo Ribeiro Gomes 
Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza 
SUMÁRIO 
 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 01 
Autor(a): site do INEP 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 02 
Autor(a): site do INEP 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 03 
Autor(a): site do INEP 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 04 
Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 05 
Autor(a): Prof. Dr. José Luiz de Castro 
QUESTOES OBJETIVAS 
QUESTÃO Nº 01 
Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos 
 
QUESTÃO Nº 02 
Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos 
 
QUESTÃO Nº 03 
Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos 
 
QUESTÃO Nº 04 
 Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 05 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 06 
 Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano 
QUESTÃO Nº 07 
Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano 
QUESTÃO Nº 08 
 Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa 
QUESTÃO Nº 09 
Autor(a): Prof. Ms Luiz Gonzaga Lobo 
QUESTÃO Nº 10 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 11 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 12 
Autor(a): Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos 
QUESTÃO Nº 13 
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo 
QUESTÃO Nº 14 
Autor(a): Prof. Esp. David Pereira de Jesus 
QUESTÃO Nº 15 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 16 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 17 
Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza 
QUESTÃO Nº 18 
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo 
QUESTÃO Nº 19 
Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza 
QUESTÃO Nº 20 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 21 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 22 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
QUESTÃO Nº 23 
Autor(a): Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos 
QUESTÃO Nº 24 
Autor(a): Prof. Ms. Marcos Reges Valente 
QUESTÃO Nº 25 
Autor(a): Prof. Esp. José Luiz da Silva 
QUESTÃO Nº 26 
Autor(a): Prof. Ms. Mariosan de Sousa Marques 
QUESTÃO Nº 27 
Autor(a): Prof. Esp. José Luiz da Silva 
QUESTÃO Nº 28 
Autor(a): Prof. Ms. Mariosan de Sousa Marques 
QUESTÃO Nº 29 
Autor(a): Prof. Dr. Elismar Alves dos Santos 
QUESTÃO Nº 30 
Autor(a): Prof. Dr. Elismar Alves dos Santos 
QUESTÃO Nº 31 
Autor(a): Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski 
QUESTÃO Nº 32 
Autor(a): Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski 
QUESTÃO Nº 33 
Autor(a): Prof. Ms. Sílvio Rogério Zurawski 
QUESTÃO Nº 34 
Autor(a): Prof. Esp. Ricardo Ribeiro Gomes 
QUESTÃO Nº 35 
Autor(a): Prof. Esp. Ricardo Ribeiro Gomes 
QUESTÕES DISCURSIVAS 
 
 
 
QUESTÃO Nº 01 
 
 
Gabarito: 
 
 O estudante deve elaborar um texto dissertativo que contemple alguns dos 
seguintes argumentos e exemplos possíveis: 
 
Item a: 
Caminhos para condução das respostas a respeito do Direito das 
meninas/jovens/mulheres: 
 
• Todo cidadão tem o direito à educação com base no texto da Constituição 
Brasileira; 
• Direito à educação apoiado no Estatuto da Criança e do Adolescente; 
• Direito à educação apoiado na Declaração dos Direitos Humanos; 
• Universalização de direitos; 
• Educação como ponte para o aprimoramento de ideias; 
• Reflexões críticas a respeito de situações em que se observa obstáculo ao livre 
acesso à educação; 
• Vinculação entre educação e paz social. 
 
Item b: 
Caminhos para condução das respostas a respeito das relações de poder entre 
homens e mulheres: 
 
• Violência física e psicológica contra a mulher, incluindo a Lei Maria da Penha, no 
caso específico do Brasil; 
• Tolerância/intolerância a vestimentas, trajes, comportamentos socialmente 
estereotipados; 
• Aspectos socioculturais que impõem à mulher uma condição de submissão na 
sociedade, tais como: mutilação, impossibilidade de manifestar seus desejos e 
posicionamentos em algumas culturas, entre outros; 
• Igualdade/desigualdade de gênero, por exemplo, no mercado de trabalho, em 
relação à desigualdade salarial; 
• Ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade: referência a esses ideais como 
possibilidade de equilibrar as relações de poder entre homens e mulheres. 
 
 
 
 
Tipo de questão: 
 
 
 
Conteúdo avaliado: 
 
 
 
Autor(a): site do INEP 
Comentário: 
Referências: 
QUESTÃO Nº 02 
 
 
 
Gabarito: 
 
O estudante deve elaborar um texto dissertativo que aborde os seguintes aspectos: 
 
1) reconhecer o caráter dinâmico da cultura, trazendo elementos dos textos 1 e 
2 (padrão de resposta), e com base nesses textos posicionar-se a respeito do 
reconhecimento do funk como legítima manifestação artística e cultural da 
sociedade brasileira (enunciado da questão); 
2) situar o funk dentro das reflexões do segundo texto (Laraia, 2008), abordando 
aspectos como mudança, preconceito, diferença, relações interculturais; 
3) clareza na exposição das ideias. 
 
Obs.: As notas serão atribuídas de acordo com o preenchimento dos critérios 
citados acima e considerando três correntes interpretativas que podem estar 
presentes nas respostas: a favor, contra e intermediária em relação ao 
reconhecimento do funk como legítima manifestação artística e cultural da 
sociedade brasileira. 
 
 
 
Tipo de questão: 
 
 
 
Conteúdo avaliado: 
 
 
 
Autor(a): site do INEP 
Comentário: O aluno deve estar ler atentamente o enunciado e apresentar seu 
posicionamento. Vê-se aqui a oportunidade de conhecer o grau de cultura do aluno, 
bem como sua visão de mundo 
Referências: 
 
 
QUESTÃO Nº 03 
 
 
 
Gabarito: 
 
O estudante deve redigir um texto dissertativo que 
 
a) apresente as respostas que sua própria confissão sugere ao problema do 
sofrimento humano; 
b) aborde ao menos dois dos elementos existenciais presentes no texto, a 
partir da sua confessionalidade: 
 
I. sentido da vida; 
II. sofrimento relativo à vida; 
III. sofrimento relativo à morte. 
 
 
 
 
Tipo de questão: 
 
 
 
Conteúdo avaliado: 
 
 
 
Autor(a): site do INEP 
Comentário: 
Referências: 
 
 
 
QUESTÃO DISCURSIVA Nº 04 
 
 
Texto 1 
O Bar Mitzvah ou Bat Mitzvah é uma cerimônia de passagem que acontece entre 
os judeus. Considerado uma iniciação à vida adulta, é celebrado aos 13 anos para 
os meninos e aos 12 para as meninas e enfatiza a importância de se viver um estilo 
de vida judaico. Na maioria das vezes, a educação conduz os adolescentes para o 
Bar Mitzvah. Literalmente, o Bar Mitzvah significa "filho do mandamento". Na 
realidade, isso significa que o jovem dessa idade já conseguiu atingir a maturidade 
religiosa. Os homens usam a Kippa, uma pequena touca, que representa o respeito 
a Deus no momento em que são feitas as orações. Os serviços religiosos são 
realizados por um rabino, ou seja, um sacerdote habilitado a comentar os textos 
sagrados. No judaísmo, as velas e o candelabro estão presentes no Bar Mitzvah, 
pois iluminam o ritual. Na tradição judaica, existem dois pontos-base na vida de um 
homem, que são a iniciação pela circuncisão do recém-nascido e o Bar Mitzvah. O 
Bar Mitzvah geralmente é celebrado na sinagoga, no sábado, e consiste na leitura 
de um texto da Torá. 
 
Disponível em: http://morasha.com.br . Acesso: 25jul. 2015 (adaptado). 
Texto 2 
Para os Jibaros (povos indígenas panamericanos), a puberdade é a época em que 
um menino deve adquirir uma alma superior, o arutam. A forma habitual para que 
um adolescenteadquira uma alma arutam é, na floresta, próximo a uma cachoeira, 
aguardar a sua visão do espírito ancestral, que geralmente aparece como um 
jaguar ou como uma anaconda. Pode aparecer, ainda, como um lutando contra o 
outro. Apesar das amedrontadoras visões, o jovem deve caminhar para a visão e 
tocá-la, como prova de seu valor, similar às outras provas traumáticas da 
puberdade. Depois de tocar a visão arutam, durante o sono à noite, arutam voltará 
e acontecerá um pacto tácito. Então, o jovem receberá instruções e advertências 
para se tornar um bravo guerreiro. 
 
NARANJO, C. Ayahuasca: La enredadera dei rio celestial. Barcelona: Ediciones La Llave, 2012 
(adaptado). 
 
 
 
Gabarito: -- 
 
 
 
Tipo de questão: Discursiva 
 
 
 
Conteúdo avaliado: 
 
 
 
Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa 
http://morasha.com.br/
Comentário: 
Nesta questão, o aluno deve ter em conta: 
 
1. O interesse pelo mundo religioso é muito antigo e já no De natura 
Deorum, de Cícero, ele descreve de maneira bastante fiel a situação dos 
ritos e crenças no último século da era pagã. Para Sêneca, as múltiplas 
divindades são os aspectos de um único Deus. 
2. No Ocidente, a valorização do fenômeno religioso já está presente em 
certo sentido, na própria Idade Média, por causa do confronto com o Islã. 
Em 1411, Pedro, o venerável, mandou que Roberto de Rétines traduzisse 
o Corão, e em 1250 fundaram-se escolas de ensino do árabe. Averroes 
(1126-1198), depois de uma profunda influência sobre o pensamento 
islâmico, estava destinado a provocar uma corrente de pensamento no 
Ocidente. Na sua interpretação da religião, Averroes utilizou o método 
simbólico e o alegorismo. Concluiu que todas as religiões monosteístas 
eram verdadeiras, mas partilhava com Aristóteles a opinião de que, num 
mundo eterno, as religiões apareciam e desapareciam numerosas vezes. 
3. A valorização do paganismo, tal como podemos realizar na comparação 
que se pede nesta questão, acontece entre nós pelo menos desde a 
Renascença, sobretudo porque os humanistas supunham a existência de 
uma tradição comum a todas as religiões, sustentando que o 
conhecimento desta bastava para a salvação e que, em suma, todas as 
religiões são equivalentes. 
4. Tendo em conta tudo isso, o aluno deve tentar valorizar os elementos 
positivos nos dois ritos, sabendo que tanto entre os judeus quanto entre 
os jibaros há uma relação entre vida religiosa e vida social, como se pode 
ver nos textos a comentar. Os povos antigos, viviam em favor de sua 
sociedade, que era uma realidade insperável de sua religião. 
5. Emile Durkheim (1858-1917) julgava ter encontrado no totemismo a 
explicação sociológica da religião. Totem designa o animal cujo nome o 
clã usa e que é considerado o antepassado da raça. Não deixa de ser 
interessante que na tradição religiosa dos jibaros, o ancestral apareça na 
forma de animal, jaguar o anaconda. 
6. Em ambos os casos, a pessoa é introduzida numa espécie de vida adulta, 
religiosa e social. Também o cristianismo te um rito semelhante, o 
sacramento da confirmação ou da crisma. 
7. Rudolf Otto (1869-1937), alemão, teólogo luterano e filósofo kantiano em 
sua obra mais famosa, Das Heilige (1917), fez uma análise teológica 
utilizando a Ciência das Religiões e encaminhou para a fenomenologia a 
produção histórico-religiosa do século XX. Para Otto, as características do 
Sagrado serão inferidas pelo sentimento que o próprio sagrado inspira no 
“homem religioso”. Através de descrições e comparações, Otto e seus 
discípulos queriam chegar à essência da religião, identificada com o 
“sagrado”. Em ambas as tradições religiosas, entre os judeus e entre os 
jibaros, esses fenômenos também podem ser encontradas. 
8. Mircea Eliade (1907-1986), foi um dos estudiosos do século XX que mais 
influenciou no campo da religião. Toda a operação hermenêutica de 
Eliade se configura como uma recuperação do pensamento religioso para 
a sociedade moderna. Segundo nosso autor, o sagrado não pertence ao 
nosso mundo e só podemos captá-lo através das hierofania 
(manifestações do sagrado), que representam algo do sagrado que se 
mostra para nós e constitui, portanto, a mediação em que se dá e se 
limita o sagrado no mundo. Além disso, para Eliade é o sagrado que se 
configura como elemento fundante da vida social. Basta ver como isso era 
assim no mundo antigo e como o homem atual continua tendo uma 
espécie de ritos secularizados. A dimensão religiosa continuaria 
representando, portanto, no mundo moderno, o papel fundamental de 
válvula de escape contra um tempo histórico que se configuraria como 
tirânico, denotando uma laceração da cosmogonia original. Para Eliade, o 
homem moderno “sem religião” continua operando segundo os esquemas 
religiosas presentes no seu inconsciente. 
 
Referências: 
 
Adone AGNOLIN, Historia das religiões. Perspectiva histórico-comparativa, São 
Paulo: Paulinas, 2013, 46-49. 
 
Mircea ELIADE, O sagrado e o profano. Tradução de Rogério Fernades. São 
Paulo: Martins Fontes, 3ª ed., 2011, 173. 
 
 
 
QUESTÃO Nº 05 
 
 
 
 
 
Gabarito: 
 
 
 
 
Tipo de questão: 
 
 
 
Conteúdo avaliado: 
 
 
 
Autor(a): 
Comentário: 
Referências: 
 
 
FORMAÇÃO GERAL 
 
QUESTÃO Nº 01 
 
 
A alfabetização midiática e informacional tem como proposta desenvolver a 
capacidade dos cidadãos de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e outros 
provedores de informação como ferramentas para a liberdade de expressão, o 
pluralismo, o diálogo e a tolerância intercultural, que contribuem para o debate 
democrático e a boa governança. Nos últimos anos, uma ferramenta de grande 
valia para o aprendizado, dentro e fora da sala de aula, têm sido os dispositivos 
móveis. Como principal meio de acesso à internet e, por conseguinte, às redes 
sociais, o telefone celular tem sido a ferramenta mais importante de utilização social 
das diferentes mídias, com apropriação de seu uso e significado, sendo, assim, 
uma das principais formas para o letramento digital da população. Esse letramento 
desenvolve-se em vários níveis, desde a simples utilização de um aplicativo de 
conversação com colegas até a utilização em transações financeiras nacionais e 
internacionais. 
 
WILSON, C. et al. Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação 
de professores. Brasília: UNESCO, 2013 (adaptado). 
 
A partir dessas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta 
entre elas. 
 
I. Uma pessoa letrada digitalmente tem capacidade para localizar, filtrar e 
avaliar informação disponibilizada eletronicamente e para se comunicar com 
outras pessoas por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação. 
 
PORQUE 
 
II. No letramento digital, desenvolve-se a habilidade de construir sentidos a 
partir de textos que se conectam a outros textos, por meio de hipertextos, 
links e elementos imagéticos e sonoros. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a I I é uma justificativa 
correta da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa correta da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
 
Gabarito: A 
 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: Alfabetização, letramento, liberdade de expressão e outros 
 
 
 
 
Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos 
 
 
 
 
Comentário: 
O Processo de alfabetização corre em ritmo diferente quando se fala em 
alfabetização digital. Por um lado o que chamamos de alfabetização digital ocorre no 
mundo contemporâneo a uma velocidade muito rápida e por outro lado vemos o 
surgimento não menos veloz de uma sociedade não alfabetizada. No Processo de 
educação hodierno a tecnologiaé parte de um processo educacional. Em todos os 
programas educacionais se procura adaptar o processo de ensino-aprendizagem ao 
processo tecnológico. A liberdade de expressão para alguns está ao toque do dedo e 
sua capacidade de envolvimento com a informação não tem barreiras. Mas este 
mesmo modelo é muitas vezes excludente, pois nem todas as pessoas e sociedades 
conseguem ter acesso aos mesmos meios tecnológicos. Uma grande disparidade vai 
surgindo entre instituições educacionais com acesso a informação digital e aquelas 
que não tem esta mesma facilidade. Tem-se buscado uma sociedade mais inclusiva 
e um dos desafios desta inclusão ocorre também no mundo digital, onde aquele que 
não conseguem se incluir rapidamente se vem deslocados e em muitos casos isto 
reflete no processo de ensino aprendizagem, daí vem o conceito a ser vencido de 
analfabetismo digital. 
 
Referências: 
 
GOMEZ. Margarita V. Alfabetização na esfera digital: Uma proposta freireana. In 
http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/06.pdf 
 
Alfabetização digital: domínio do mundo das ideias e não das teclas do computador. In 
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/13662 
 
http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/06.pdf
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/13662
QUESTÃO Nº 02 
 
 
A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno 
corresponde a um valor moral. O pluralismo político, por exemplo, pressupõe um 
valor moral: os seres humanos têm o direito de ter suas opiniões, expressá-las e 
organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto, obrigá-los a silenciar ou a 
esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. Na sociedade brasileira, não é 
permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em 
razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentando e promovendo a desigualdade. 
Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável 
à sociedade democrática: sem esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida 
como ausência de regras ou como total relativização delas. 
BRASIL. Ética e Cidadania. Brasília: MEC/SEB, 2007 (adaptado). 
Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a sociedade moderna e 
democrática 
 
A. Promove a anomia, ao garantir os direitos de minorias étnicas, de raça, de 
sexo ou de cor. 
B. Admite o pluralismo político, que pressupõe a promoção de algumas 
identidades étnicas em detrimento de outras. 
C. Sustenta-se em um conjunto de valores pautados pela isonomia no 
tratamento dos cidadãos. 
D. Apoia-se em preceitos éticos e morais que fundamentam a completa 
relativização de valores. 
E. Adota preceitos éticos e morais incompatíveis com o pluralismo político. 
 
 
Gabarito: C 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
Conteúdo avaliado: Liberdade de Expressão, pluralismo, diversidade de idade, entre 
outros. 
 
Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos 
Comentário: 
 
Sobre o tema da liberdade e direito de expressão na sociedade morderna e 
democrática não se precisa falar muito, já que de forma comum se tem estes 
direitos como fundamentais. Agora no momento de responder está questão 
aparece alguns conceitos que necessitam ser esclarecidos melhor, um trocadinho 
de palavras complexas podem tornar a questão um pouco mais complicada. O 
primeiro conceito utilizado não questão de letra A, é o conceito de anomia em 
referência ao direito de minorias. Recordemos que o conceito de anomia é a 
ausência de lei ou de regra, desvio das leis naturais; anarquia, desorganização. 
Neste sentido mesmo aceitando uma certa desordem no brasil atual, onde alguns 
podem clamar por direitos que violem os direitos dos outros, não é comum as 
democracias que as leis por si mesmas violem ou façam desaparecer o direito das 
minorias. Na verdade o comum as leis é proteger a parte da sociedade menos 
protegida. Da mesma forma se conceitua a noção de pluralismo na letra B de forma 
equivocada, uma leitura atenta do item mostrará que não se pode aceitar que o 
pluralismo político proponha a supressão de uma identidade ética em detrimento de 
outra. Da mesma forma não se pode aceitar que a liberdade de expressão produza 
uma relativização de valores, nem mesmo que a proposta Assim esta questão se 
resolve com um pouco de atenção do aluno. 
 
Referências: 
 
SILVA. Marcos André Ferreira. LUCRO COM DIGNIDADE. Editora Apiris.Curitiba.2015. 
 
GALARDO. Hélio. Teoria Crítica. Matriz e Possibilidade dos direitos Humanos. Editora 
Unesp. São Paulo, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: A 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: Responsabilidade Social, desenvolvimento sustentável dentre 
outros. 
 
 
Autor(a): Prof. Esp. Cristiano Faria dos Santos 
Comentário: 
 
O estudo da teologia nos tempos atuais não pode desligar-se da antropologia. 
Assim em cada tempo é necessário interrogar-se qual o homem que busca a Deus e 
quais são as suas demandas sociais. Da própria relação com Deus nascem diversos 
compromissos práticos, dentre eles podemos encontrar aqueles ligados a 
responsabilidade com o próximo. Fazer com que a busca do lucro não despreze o 
conceito de pessoa e sua dignidade é necessidade primeira da economia. Devemos 
recordar que a verdade em matéria cientifica é uma descoberta que se vai 
construindo na inter-relação dos diversos ramos do saber quando juntos buscam 
compreender a realidade que envolve a humanidade. Nesta busca de verdade a 
Teologia deve colaborar com a reconstrução de paradigmas como a 
responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. 
 
Referências: 
 
CALLEJA, J I. Moral social samaritana I: fundamentos e noções da ética 
econômica cristã. São Paulo: Paulinas, 2006. 
________. Moral social samaritana II: fundamentos e noções de ética política 
cristã. São Paulo: Paulinas, 2009. 
 
QUESTÃO Nº 04 
 
 
Mais de um quarto dos presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de 
Pinheiros I, na zona oeste da capital paulista, havia morado nas ruas. Há alguns 
anos, percebe-se progressiva mudança da população carcerária dos CDPs de São 
Paulo: além da tradicional parcela de acusados e condenados por crimes 
patrimoniais com emprego de violência ou por tráfico de drogas, passou a integrar o 
quadro prisional uma parcela da população sem histórico de violência, habitante, 
majoritariamente, das ruas do centro da cidade. Nos últimos três anos, o número de 
presos provenientes das ruas da região central da capital paulista aumentou 
significativamente; a maioria deles é presa pela prática de pequenos furtos e/ou 
porte de drogas. Os casos são, em geral, similares: pessoas dependentes de crack 
que vivem nas ruas e são flagradas furtando lojas ou tentando roubar transeuntes, 
sem o uso de armas. Como são crimes leves, os acusados poderiam aguardar a 
conclusão do inquérito em liberdade. 
 
Disponível em: http://ibccrim.jusbrasil.com.br . Acesso em: 25 jul. 2015 (adaptado). 
 
Tendo esse texto como referência e considerando a relação entre políticas públicas 
de segurança e realidade social nas metrópoles brasileiras, avalie as seguintes 
asserções e a relação proposta entre elas. 
 
I. A presença de policiais nas ruas das grandes cidades brasileiras atende, em 
geral, à solicitação de lojistas, que constantemente se queixam da presença 
de moradores de rua dependentes de crack. 
PORQUE 
II. O encarceramento de moradores de rua viciados em crack que praticam 
pequenos delitos não resolve os problemas que afetam a população, como 
os de segurança, violência, saúde, educação e moradia. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
A. As asserções I e I I são proposições verdadeiras, e a I I é uma justificativa 
correta da I. 
B. As asserções I e I I são proposições verdadeiras, mas a II nãoé uma 
justificativa correta da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
 
Gabarito: B 
 
 
 
Tipo de questão: Difícil 
 
 
Conteúdo avaliado: As principais habilidades e competência que se pede são ler e 
interpretar o texto, analisando a relação causa e efeito, refletindo sobre as políticas 
públicas de segurança e a realidade social : violência, saúde, educação e moradia. 
 
 
 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
http://ibccrim.jusbrasil.com.br/
Comentário: 
O texto analisa, a atual situação carcerária do centro de Detenção provisória de 
pinheiros I, na zona Oeste de são Paulo, que passou a receber uma população sem 
histórico de violência, sem o uso de armas. são presos por práticas de pequenos 
furtos, por porte de drogas, crimes leves, que poderiam aguardar em liberdade a 
conclusão do inquérito. 
Conforme o que se espera do aluno é que ele estabeleça uma relação do texto com 
as políticas públicas de segurança e a realidade social no Brasil. 
A asserção I é verdadeira, haja vista, o Estado estabelecer uma política de 
segurança pública com a presença de policiais nas ruas, respondendo as 
solicitações dos lojistas em relação aos moradores de rua dependentes de crack 
que praticam pequenos furtos. 
A asserção II também é verdadeira, o texto apresenta que o encarceramento de 
moradores de rua, dependentes de drogas, com práticas de pequenos delitos não 
resolvem os problemas sociais como os de segurança, violência, saúde, educação 
e moradia. Essa asserção não responde a asserção I, pois o texto não faz 
referência direta aos policiais nas ruas respondendo as queixas dos lojistas. 
 
Referências: 
 
LOPES, E. Política e Segurança Pública : Uma vontade de sujeição.rio de 
Janeiro: Contraponto, 2009. 
 
QUESTÃO Nº 05 
 
 
As taxas de emprego para mulheres são afetadas diretamente por ciclos econômicos e 
por políticas de governo que contemplam a inclusão das mulheres no mercado de 
trabalho. O gráfico a seguir apresenta variações das taxas percentuais de emprego 
para mulheres em alguns países, no período de 2000 a 2011. 
Taxa percentual de emprego para mulheres de 2000 a 2011 
 
 
Disponível em: http://www.oecd-ilibrary.org . Acesso em: 19 ago. 2015 (adaptado). 
 
Com base nesse gráfico, conclui-se que, de 2000 a 2011, a taxa de emprego para 
mulheres 
A) manteve-se constante na Itália. 
B) manteve-se crescente na França e no Japão. 
C) atingiu, na Grã-Bretanha, seu valor máximo em 2011. 
D) aumentou mais na Alemanha que nos demais países pesquisados. 
E) manteve-se superior a 60% no Canadá, na Alemanha e nos Estados Unidos. 
 
 
Gabarito: D 
 
 
Tipo de questão: mediana 
 
 
Conteúdo avaliado: As principais habilidades e competência que se pede é ler e 
interpretar gráficos , associando dados presentes a uma escala fornecidos em tabela. 
 
 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
http://www.oecd-ilibrary.org/
 
Comentário: Avaliando as taxas de emprego para as mulheres afetadas por ciclos 
econômicos e por políticas no período de 2000 a 2011, percebe-se que a inclusão 
de mulheres no mercado de trabalho em países como Alemanha, frança, Itália, 
Japão, Canadá, Grã- Bretanha, e Estados Unidos foi superior na Alemanha, que 
apresentou significativo crescimento na incorporação de mulheres na taxa de 
emprego, onde em 2000 apresentava pontuação de 58% em 2011, representou 
crescimento significativo para 69%, ou seja 9 pontos percentuais, enquanto Itália 6 
pontos percentuais, frança 5, Grã- Bretanha 3, Canadá refluiu 4 pontos percentuais e 
Estados unidos 4 pontos percentuais de incorporação positiva no mercado de 
trabalho. 
 
Referências: 
 
HIRAT, Helena; MARVANI, Margaret. As novas fronteiras da desigualdade. 
Homens e mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: SENAC, 2013. 
 
 
QUESTÃO Nº 06 
 
 
Hoje, o conceito de inclusão digital está intimamente ligado ao de inclusão social. 
Nesse sentido, o computador é uma ferramenta de construção e aprimoramento de 
conhecimento que permite acesso à educação e ao trabalho, desenvolvimento 
pessoal e melhor qualidade de vida. 
 
FERREIRA, J. R. et al. Inclusão Digital. In: BRASIL. O Futuro 
da Indústria de Software: a perspectiva do Brasil. 
Brasília: MDIC/STI, 2004 (adaptado). 
Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-se necessária 
para todos. As situações rotineiras geradas pelo avanço tecnológico produzem 
fascínio, admiração, euforia e curiosidade em alguns, mas, em outros, provocam 
sentimento de impotência, ansiedade, medo e insegurança. Algumas pessoas ainda 
olham para a tecnologia como um mundo complicado e desconhecido. No entanto, 
conhecer as características da tecnologia e sua linguagem digital é importante para a 
inclusão na sociedade globalizada. 
Nesse contexto, políticas públicas de inclusão digital devem ser norteadas por 
objetivos que incluam 
 
I. a inserção no mercado de trabalho e a geração de renda. 
II. o domínio de ferramentas de robótica e de automação. 
III. a melhoria e a facilitação de tarefas cotidianas das pessoas. 
IV. a difusão do conhecimento tecnológico. 
É correto apenas o que se afirma em 
A) I e II. 
B) I e IV. 
C) II e III. 
D) I, III e IV. 
E) II, III e IV. 
 
 
 
Gabarito: D 
 
 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
 
Conteúdo avaliado: Leitura e compreensão de texto 
 
 
Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano 
 
Comentário: 
 
É uma questão bem elaborada, mas de pouca complexidade, exigindo do aluno 
capacidade de leitura e compreensão de texto. Os itens I, III e IV praticamente 
reproduzem segmentos do texto. Apenas o item IV, que requer um pouco mais de 
atenção do aluno, que deve concentrar e associar o primeiro texto com a parte 
conclusiva do segundo e deduzir que, se “conhecer as características da tecnologia e 
sua linguagem digital é importante para a inclusão na sociedade globalizada”, a 
difusão do conhecimento de tecnologias torna-se um objetivo a ser perseguido. Já o 
item II, embora guarde uma relação estreita com tecnologia, não aborda diretamente 
a questão do “domínio de ferramentas de robótica e de automação”. 
 
 
Referências: 
 
TRAVAGLIA, Luiz Carlos; KOCH, Ingedore Villaça. A coerência textual. 10.ed. São 
Paulo: Contexto, 2003. 
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 
1999. 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 07 
 
 
As projeções da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais vêm 
indicando, para 2020, produção entre 104 milhões e 105 milhões de toneladas de 
soja. A área de cultivo da soja deve aumentar cerca de 6,7 milhões de hectares, 
chegando, em 2023, a 34,4 milhões. Isso representa um acréscimo de 24,3% na 
área mensurada em 2013. No Paraná, a área de cultivo de soja pode expandir-se 
para áreas de outras culturas e, no Mato Grosso, para pastagens degradadas e 
áreas novas. 
 
Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br>. 
Acesso em: 19 ago. 2013 (adaptado). 
 
Considerando esses dados e os impactos do agronegócio na reconfiguração do 
campo, avalie as afirmações a seguir. 
I. A expansão das áreas de monocultura de soja amplia a mecanização no 
campo e gera a migração de trabalhadores rurais para centros urbanos. 
II. A intensificação da monocultura de soja acarreta aumento da concentração 
da estrutura fundiária. 
III. A expansão da cultura de soja no Paraná e no Mato Grosso promoverá o 
avanço do plantio de outras culturas. 
 É correto o que se afirma em 
A) I, apenas. 
B) III, apenas. 
C) I e II, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
 
 
 
http://www.agricultura.gov.br/
Gabarito: C 
 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: Leitura e interpretação de texto 
 
 
 
Autor(a): Prof. Ms. Roque Toscano 
 
Comentário: 
Inicialmente, a questãoapresenta certa complexidade, exigindo do aluno não 
só uma leitura atenciosa do texto mas também do enunciado da própria 
questão. Outro fator que pode oferecer certa dificuldade para o aluno é que o 
texto lida com os termos “números”, “toneladas”, “hectares”, “projeções”, o 
que implica conhecimento que vai além da simples compreensão de texto. 
Esse tipo de questão proporciona um grau maior de dificuldade, 
principalmente para aquele aluno que não navega, com certa frequência, 
nessas águas pitagóricas. Outra dificuldade para responder à questão é que o 
aluno precisa trazer conhecimentos que vão além do próprio texto, 
principalmente sobre os impactos da monocultura na reconfiguração do 
campo. Esses impactos não estão explícitos, mas implícitos no texto 
apresentado. Assim, a partir de “gera” (item I) e “acarreta” (item II) ficam 
subentendidas, logicamente, as informações que se seguem: “migração de 
trabalhadores rurais para centros urbanos” e “aumento da concentração da 
estrutura fundiária”, exigindo que se faça correlação de causa e 
consequência. Já no item III, há uma afirmação que nega, que contraria o que 
se afirma na última frase do texto. Contudo, o aluno pode fazer certa confusão 
por causa da expressão “expandir-se para”, podendo achar que outras 
culturas vão substituir a cultura de soja. 
 
Referências: 
 
TRAVAGLIA, Luiz Carlos; KOCH, Ingedore Villaça. A coerência textual. 10.ed. São 
Paulo: Contexto, 2003. 
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 
1999. 
 
QUESTÃO Nº 08 
 
 
 
 
Disponível em: http://www.subsoloart.comAcesso em: 17 jul. 2015. 
Assim como o break, o grafite é uma forma de apropriação da cidade. Os muros 
cinzentos e sujos das cidades são cobertos por uma explosão de cores, 
personagens, linhas, traços, texturas e mensagens diferentes. O sujo e o monótono 
dão lugar ao colorido, à criatividade e ao protesto. No entanto, a arte de grafitar foi, 
por muito tempo, duramente combatida, pois era vista como ato de vandalismo e 
crime contra o patrimônio público ou privado, sofrendo, por causa disso, forte 
repressão policial. Hoje, essa situação encontra-se bastante amenizada, pois o 
grafite conseguiu legitimidade como arte e, como tal, tem sido reconhecido tanto 
por governantes quanto por proprietários de imóveis. 
SOUZA, M.L.; RODRIGUES, G.B. Planejamento urbano e ativismo social. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). 
 
Considerando a figura acima e a temática abordada no texto, avalie as afirmações 
a seguir. 
I. O grafite pode ser considerado uma manifestação artística pautada pelo 
engajamento social, porque promove a sensibilização da população por meio 
não só de gravuras e grandes imagens, mas também de letras e mensagens 
de luta e resistência. 
II. Durante muito tempo, o grafite foi marginalizado como arte, por ser uma 
manifestação associada a grupos minoritários. 
III. Cada vez mais reconhecido como ação de mudança social nas cidades, o 
grafite humaniza a paisagem urbana ao transformá-la. 
 
 É correto o que se afirma em 
A. II, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. I e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
 
Gabarito: E 
 
 
 
http://www.subsoloart.com/
 
Tipo de questão: fácil 
 
 
Conteúdo avaliado: Linguagem, grupos minoritários e os movimentos artísticos. 
 
 
Autor(a): Prof. Dr. Françoá Rodrigues F. Costa 
Comentário: 
 
Nessa questão, o aluno deve ter em conta a abertura que os diversos movimentos 
artísticos passaram até os tempos atuais. 
I. Hoje em dia, pode-se afirmar que o grafite pode ser considerado uma arte, no 
contexto da luta e da resistência. Ainda que o tema possa ser amplamente discutido, 
é preciso ver também a arte como um movimento que expressa a beleza de diversas 
maneiras na pintura. Contudo, não somente a pintura e a escultura são artes, mas 
também a música e a poesia, fotografia, teatro, cinema, literatura. 
II. Realmente, o grafite esteve mais presente em grupos minoritários, e talvez até 
agora assim o seja. Sem dúvida, muitos ainda não o consideram como uma arte, 
mas tendo em conta a mudança pela qual a concepção de arte tem passado nos 
últimos anos, é nesse contexto que se pode dizer que o grafite seja uma arte. Por 
outro lado, considerando o artista, já dizia João Paulo II: “um artista consciente, sabe 
que tem que trabalhar sem deixar-se levar pela busca da glória banal ou da avidez 
de uma fácil popularidade, e menos ainda pela ambição de possíveis ganâncias 
pessoas. Existe, pois, uma ética, ou melhor, uma “espiritualidade” do serviço artístico 
que, de modo próprio, contribui à vida e ao renascimento do povo” (Carta aos 
artistas, 5). 
III. Como as mensagens se transmitem, não apenas pelas palavras, mas também 
pelas imagens, não há dúvida que essas mensagens transformadoras acontecem 
também pelo grafite. Contudo, não há que perder que é preciso também aprender a 
fazer um juízo da própria arte, pois “a autêntica intuição artística vai além do que os 
sentidos percebem e, penetrando a realidade, tenta interpretar o seu mistério 
escondido. Tal intuição brota do mais íntimo da alma humana, ali onde a aspiração a 
dar sentido à própria vida se vê acompanhada pela percepção fugaz da beleza e da 
unidade misteriosa das coisas” (João Paulo II, Carta aos artistas, 6). 
 
Referências: 
JOÃO PAULO II, Carta aos artistas, 1999. Disponível em 
https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1999/documents/hf_jp-
ii_let_23041999_artists.html Consultado em 16/06/2018. 
LOPES, Joana Gonçalves Vieira. Grafite e Pichação: os dois lados que atuam no 
meio urbano. Disponível em : 
.http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3824/1/2011_JoanaGoncalvesVieiraLopes.pdf 
Consultado em 16/06/2018. 
 
https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1999/documents/hf_jp-ii_let_23041999_artists.html
https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/1999/documents/hf_jp-ii_let_23041999_artists.html
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3824/1/2011_JoanaGoncalvesVieiraLopes.pdf
COMPONENTE ESPECÍFICO – OBJETIVAS 
 
 
QUESTÃO Nº 09 
 
 
A teologia da libertação nos propõe, talvez, não tanto um novo tema para a reflexão 
quanto uma nova maneira de fazer teologia. A teologia como reflexão crítica da 
práxis histórica é, assim, uma teologia libertadora, uma teologia da transformação 
libertadora da história da humanidade e, portanto, libertadora, também, da porção 
dela — reunida em ecclesia — que confessa abertamente Cristo. Uma teologia que 
não se limita a pensar o mundo, mas procura situar-se como um momento do 
processo por meio do qual o mundo é transformado, abrindo-se — no protesto ante 
a dignidade humana pisoteada, na luta contra a espoliação da imensa maioria da 
humanidade, no amor que liberta, na construção de nova sociedade, justa e 
fraterna — ao dom do reino de Deus. 
GUTIÉRREZ, G. Teologia da Libertação: Perspectivas. São Paulo: 
Loyola, 2000 [trad. 6§ ed. 1996] (adaptado). 
 
No texto, o autor propõe que a teologia da libertação seja 
A) uma teologia mais vertical, que leve a massa de homens e mulheres 
massacrados a reatar sua relação com Deus em um processo de libertação. 
B) uma nova maneira de fazer teologia, que leve a maioria da população a 
superar a condição de dependência e aumentar seus recursos materiais e 
financeiros. 
C) uma teologia crítica, que leve em conta o drama espiritual de tantas pessoas 
ainda presas ao pecado, que será superado por meio da cura e da libertação. 
D) um novo modo de fazer teologia na América Latina, que rompa com dogmas e 
conceitos elaborados em outras épocas e pensados fora do continente latino-
americano. 
E) uma nova maneira de fazer teologia, que reflita a práxis histórica a partir das 
multidões excluídas, em vista da construção da nova sociedade, aberta ao 
dom do reino de Deus. 
 
 
 
Gabarito: E 
 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
 
Conteúdo avaliado: Teologia, Teologia da América Latina, Teologia da Libertação, 
práxis libertadora,opção pelos pobres 
 
 
 
 
 
Autor(a): Prof. Ms. Luiz Gonzaga Lôbo 
Comentário: O texto de Gustavo Gutiérrez esta falando não de uma nova teologia, 
mas de uma nova maneira de fazer teologia, de pensar a fé e de vivê-la. Trata-se 
da reflexão teológica latino-americana que está fundamentada no Concílio Vaticano 
II e nos documento da Conferência de Medellín (1968) e de Puebla (1979) como 
também nos movimentos sociais contra toda exploração capitalista e um falso 
conceito de desenvolvimento na America Latina que privilegiava as minorias ricas e 
exploravam as maiorias pobres. Junto a isso o regime militar que minou quase 
todas as democracias do Continente Latino- americano. 
 
METODO DA TDL: A TDL vai usar o paradigma da práxis como ponto de partida e 
de chegada de sua reflexão (FABRI, 42). “As práticas concretas de cristãos ou que 
se vêem envolvidos no processo de libertação dos pobres levantam uma série de 
problemas à Fé, a determinadas intelecções da revelação. Portanto, valoriza a 
práxis como ponto de pergunta, (ver) de partida para pensar (julgar à luz da Fé) 
toda a teologia. Daí nasce o agir concreto.” A teologia neste paradigma ocupa-se e 
preocupa-se por iluminar tal ação transformadora, tais relações sociais à luz da 
revelação, estabelecendo um circulo entre práxis e revelação. (FABRI,43)Em 
síntese , podemos dizer que a TDL possui três momentos: Momento pré-teologico 
que é ver criticamente a realidade imediata; Momento teológico que é analisar 
esta realidade observada à Luz da Revelação divina (Palavra de Deus , Magistério 
da igreja ). E terceiro momento chamado momento práxico que é o AGIR 
transformador em busca de uma sociedade do jeito que Deus quer sinal e certeza 
do Reino definitivo. Por isso a TDL é uma teologia da práxis, teologia para a práxis, 
teologia na praxis e teologia pela práxis (MURAD, LIBANIO, 183-184) 
 
 TEMAS PRESENTES NA TDL 
a. Opção preferencial pelos pobres (Medellín e Puebla) 
b. Opção pelos pobres no AT e no NT 
c. Pobre: sacramento de Deus (Paulo VI disse isso no Concílio Vat. II) 
d. A Igreja dos pobres: Igreja de Todos. Disse o papa João xIII na convocação do 
Concilio VAT II: “A Igreja é e quer ser a Igreja de todos, mas hoje mais do que 
nunca a Igreja dos pobres” (PIXLEY, 161) 
e. Pobreza material e pobreza espiritual 
f. Os pobres e suas práticas de libertação 
g. Ecumenismo e diálogo religioso 
 
 
Referências: 
 
LIBANIO ET, MURAD. Introdução à Teologia, perfil, enfoques, tarefas, Loyola, 
São Paulo, 3ª ED, 1996. pp161-197. 
CELAM. Documento de Puebla, 1979 
CELAM. Documento de Medellín, 1968. 
PIXLEY, Clodovil BOFF. Opção pelos pobres, Vozes, Petrópolis, 1986 
DOS ANJOS, Márcio Fabri(org). Teologia e novos paradigmas, Loyola, São 
Paulo,1996. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 10 
 
Não é possível pensar o processo de construção cultural como ausente de 
encontros conflituosos. O homem, ser dinâmico e mutável, significa e ressigniflca a 
realidade dialeficamente, dando-lhe sentido. Uma conseqüência gerada pela 
secularização foi o pluralismo religioso, conforme denominou Berger (1985). Ou 
seja, as religiões não possuem mais o monopólio sobre a sociedade e suas 
esferas; dessa forma, surge o pluralismo, que possibilita às pessoas transitar pelas 
mais variadas formas de expressão religiosa. Assim, crescem o mercado e a oferta 
religiosa, o que se pode perceber nitidamente, em nossas cidades, pelo número de 
igrejas que abrem e fecham todos os dias, na esteira dos novos movimentos 
religiosos (NMRs). O processo de secularização não afeta simplesmente o espaço 
das tradições religiosas, mas também a cultura vigente e, mais, a dimensão 
subjefiva da pessoa. Os NMRs, extremamente diversos, tornaram-se visíveis a 
parfir da Segunda Guerra Mundial e, como religiosos, oferecem não apenas um 
posicionamento teológico sobre a existência e sobre as coisas sobrenaturais, mas 
se propõem a responder, no mínimo, a algumas questões úlfimas que, 
tradicionalmente, têm sido endereçadas às grandes religiões. 
 
GUERREIRO, S. Novos Movimentos Religiosos. O quadro brasileiro. 
São Paulo: Paulinas, 2006 (adaptado). 
 
A partir do texto, assinale a opção correta. 
 
A. O processo de secularização favoreceu o predomínio das religiões sobre as 
sociedades. 
B. A secularização contribuiu para para o surgimento de novas expressões 
religiosas. 
C. As consequências da secularização uniformizaram as religiões tradicionais. 
D. Os NMRs representam uma realidade que atinge uma cultura específica. 
E. Os NMRs negam-se a responder questões tradicionais das grandes religiões. 
 
 
 
 
Gabarito: B 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: secularização, religião, novas expressões religiosas e outros 
 
 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentário: 
 Espera-se do aluno que ele saiba ler e interpretar o texto, distinguindo conceitos e 
tenha raciocínio lógico. 
 
Análise das afirmativas 
A – Alternativa incorreta, no texto não há referências sobre o processo de 
secularização favorecendo o predomínio das sociedades sobre as religiões, ao 
contrário, buscando a fundamentação de Berger afirma, que as religiões não 
possuem mais o monopólio sobre as sociedades. 
B – Alternativa correta. O texto argumenta que a secularização contribuiu para o 
surgimento de novas expressões religiosas, tese que é defendida por Berger. 
C – Alternativa incorreta. Segundo o texto não há referência do processo de 
secularização e uniformização das religiões tradicionais. 
D – Alternativa incorreta. O texto não apresenta os NMRs como um processo que 
atingiu uma cultura específica 
E – Alternativa incorreta. Os NMRs não negam responder questões tradicionais das 
grandes religiões, mas sim responder questões que tem sido tradicionalmente 
endereçadas as grandes religiões. 
 
Referências: 
BERGER, Peter. O Dossel Sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião. 
São Paulo: Paulinas, 1985. 
 __________. A dessecularização do mundo: uma visão global. In: Religião e 
Sociedade, vol. 21, nº. 1, 2001. 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 11 
 
 
Guerra Santa 
 
Gilberto Gil 
1 Eu até compreendo os salvadores profissionais 
sua feira de ilusões 
só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz 
4 deixa o outro vender limões 
Um vende limões, o outro 
vende o peixe que quer 
7 o nome de Deus pode ser Oxalá 
Jeová, Tupã, Jesus, Maomé 
Maomé, Jesus, Tupã, Jeová 
10 Oxalá e tantos mais 
sons diferentes, sim, para sonhos iguais 
 
A partir da letra da canção de Gilberto Gil, avalie as afirmações a seguir. 
I. Com as metáforas "barraqueiro" (v.3) e "limões" (v.4), o autor procura situar, 
respectivamente, religiosos e produtos religiosos, em contexto de pluralidade, 
tolerância e cidadania. 
II. Infere-se do trecho "só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em 
paz/deixa o outro vender limões" (v.3-4) que a paz entre as religiões depende 
da não concorrência econômica pela venda de produtos religiosos. 
III. A despeito do autor da canção utilizar nomes de divindades e personagens 
divinizadas mais conhecidas, a expressão "e tantos mais" (v.10) evidencia a 
referência a qualquer representação do divino em qualquer religião. 
IV. A expressão "sonhos iguais" (v.11) traduz a percepção do autor da canção a 
respeito da equivalência de todas as representações de seres divinos 
produzidas pelas diversas religiões. 
É correto apenas o que se afirma em 
A) I e III. 
B) II e III. 
C) II e IV. 
D) I, II e IV. 
 
 
 
Gabarito: Mediana 
 
 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: Multiculturalismo, sociodiversidade, intolerância religiosa. 
 
 
 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
Comentário: 
 
Habilidades e competências que estão sendo avaliadas: Leitura e interpretação de 
texto na forma de letra musical. O aluno deverá compreender metáforas, para 
interpretar os versos. 
I Afirmativa correta.Os versos de Gilberto Gil expressam a idéia que um bom 
comerciante vende seus produtos e isso não impede que outro vendedor possa 
vender produtos diferentes. Na perspectiva religiosa entende-se que é perfeitamente 
possível professar dada fé sem ferir a liberdade do outro que professa outra fé. 
II Afirmativa incorreta. A linguagem é figurativa não fazendo alusão a venda de 
produtos religiosos. 
III Afirmativa Correta. O verso apresenta a idéia que uma mesma divindade pode ter 
nomes diferentes, por meio de crenças distintas , buscando o divino em qualquer 
religião. 
IV Afirmativa correta. A expressão sonhos iguais apresentado no verso 11 não 
consta nos versos apresentados no assunto tema, mas encontra o mesmo sentido no 
verso 10, e confirma a asserção III, da equivalência que a representação do divino 
são produzidos pelas diversas religiões. 
 
Referências: 
 
CARDOSO, C. M. Tolerância e seus limites: um olhar latinoamericano sobre 
diversidade e desigualdade. São Paulo: Editora UNESP,2003. 
DUSSEL, E. O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. 
Petrópolis: Vozes,1993. 
 
QUESTÃO Nº 12 
 
 
Texto 1 
No mínimo, existe uma obrigação de tentar colocar juntas as ciências que abordam 
o ser humano, como a filosofia e a teologia, visando encontrar não só um consenso 
mínimo que guie nossa compreensão e o processo de tomada de decisão, mas 
também iluminar o processo de elaboração de normas e diretrizes bioéticas que 
protejam a vida humana nas fronteiras da tecnociência e do conhecimento humano. 
PESSINI, L. Bioética: um grito por dignidade de viver. São Paulo: Paulinas, 
2008 (adaptado). 
Texto 2 
A Bioética defronta-se com um absoluto formal: a dignidade humana. Ela 
representa uma referência absoluta para as ciências da vida e da saúde. O respeito 
a esse absoluto expressa o sentido de qualquer ação referente à vida humana e 
representa o seu critério de verdade e de bem. Portanto, a relação de 
transcendência faz parte também da Bioética. 
JUNGES, J. R. Bioética: perspectivas e desafios. São Leopoldo: Unisinos, 1995 
(adaptado). 
Conforme apresentado nos textos, a postura da Bioética diante do absoluto formal, 
que é a dignidade humana, coloca-a em diálogo com a Teologia. Nesse contexto, a 
partir de um diálogo interdisciplinar entre tais ciências, assinale a opção correta. 
A) A Bioética, assim como a Teologia, visa a valorização da dignidade humana, 
porém somente a Teologia tem condições de promover a vida no seu sentido 
pleno, por possuir critérios de verdade mais elevados. 
B) A Bioética e a Teologia defendem que a transcendência pode ser entendida 
como todo movimento de abertura do ser humano para realidades que vão 
além do empírico e do puramente material. 
C) A Teologia, ao ser incluída no diálogo interdisciplinar da Bioética, pode 
aumentar o impasse e as divergências entre as ciências, pois a postura das 
religiões é conflitante com as questões bioéticas que não impedem 
intervenções cientificas aplicadas à vida e à saúde. 
D) A Bioética deve se submeter à dimensão religiosa, pois somente a experiência 
religiosa consegue transcender as ações da atual sociedade secular e superar 
as transgressões dos avanços científicos que ameaçam a dignidade humana. 
E) A Teologia privilegia apenas o diálogo inter-religioso, pois ela representa uma 
compreensão de mundo segundo a qual o sentido da vida se dá por meio da 
aceitação de um ser transcendente e absoluto, que se opõe ao discurso 
cientifico-tecnológico. 
 
 
 
Gabarito: B 
 
 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: Teologia, Bioética, Antropologia teológica. 
 
 
 
Autor(a): Prof. Ms. Dilmo Franco de Campos 
Comentário: 
O enunciado apresenta uma visão personalista do homem, centro da criação e a 
sua intocável dignidade frente aos avanços da tecnologia que tem o seu limite no 
bem total do homem. As questões chamam atenção para um senso crítico diante 
de certas posturas e pensamentos rígidos, alienados e absolutistas do tempo 
presente que impedem o diálogo e consequentemente a vivência harmônica entre 
as diversas áreas do conhecimento. 
Conteúdo estudado quando tratou-se do Modelo Personalista - Manual de Bioética 
do Sgreccia. 
 
 
Referências: 
 
SGRECCIA, E. Manual de bioética: fundamentos e ética biomédica. 3. ed. São 
Paulo: Loyola, 2009. 
 
QUESTÃO Nº 13 
 
 
Entre ética e religião, pode-se dizer que há uma estreita vizinhança entre os dois 
domínios, uma vez que a religião, assim como a ética, é intrinsecamente 
prescritiva, ambas implicando, mais ou menos diretamente, um padrão de valores 
que uma vida idealmente vivida deve respeitar. Nos tempos modernos, é inegável a 
tensão entre ética e religião, pois há casos críticos em que umas e outras 
convicções podem colidir, como é o caso de discussões acerca do aborto e das 
uniões homoafetivas, para falar apenas de dois exemplos. A religião é uma 
dimensão ilimitável da existência humana, assentada na busca do absoluto e na 
convicção profunda de que o mundo natural não é e não pode ser tudo o que 
existe. Para o crente, a compatibilização é fácil e natural, pois não surpreende que 
a razão e a autonomia humana venham a prescrever princípios que, de uma 
maneira geral, são compatíveis com as crenças religiosas. Segundo a consciência 
laica contemporânea, a aceitação da legitimidade da fundação religiosa das 
prescrições de conduta e de vida é mais difícil, mas uma consciência laica 
suficientemente autocrítica deve poder reconhecer que a crença religiosa continua 
a ser um modo importante de articular e dar sentido à vida humana. 
 
TORRES, J. C. B. Manual de Ética. Questões de ética teórica e aplicada. Petrópolis: Vozes, 2014 
(adaptado). 
 
De acordo com o exposto no texto, 
 
A. a ética e a religião não podem ser consideradas prescritivas, pois, em geral, 
ambas implicam um padrão de valores. 
B. os valores éticos e os valores religiosos, nos tempos modernos, tendem 
sempre mais a harmonizar-se, sem tensões ou conflitos. 
C. a convicção profunda de que o mundo natural limita-se a tudo o que existe 
impede a pessoa de buscar o absoluto e os valores éticos e espirituais. 
D. as convicções religiosas e éticas podem ser facilmente harmonizadas nas 
religiões, como é o caso das discussões acerca do aborto e das uniões 
homoafetivas. 
E. a religião é uma dimensão ilimitável da existência humana, pois mesmo a 
consciência laica crítica reconhece que a crença religiosa é um modo de dar 
sentido à vida além das realidades do mundo. 
 
 
 
Gabarito: E 
 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
Conteúdo avaliado: Ética geral e Ciência da religião. 
 
 
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo 
 
Comentário: 
 
O texto do enunciado da questão apresenta, de modo extremamente sucinto e 
redutivo, uma tentativa de descrever a relação entre ética e religião, colocando 
ênfase em na atual situação de conflito entre valores éticos e religiosos. Certamente 
a interpretação do texto, em vista da resposta, exige o conhecimento da ética geral, 
mas, apesar disto, a resposta à esta questão exige maiormente a capacidade de 
leitura atenta do texto e das alternativas, comparando o que está escrito nestas e 
naquele, pois a resposta certa, como consta no enunciado da questão, deve ser “de 
acordo com o exposto no texto”. Entre as alternativas, três são mais facilmente 
identificadas como erradas: A, B, D, pois o modo como foram escritas é 
expressamente contrário ao texto de referência. Na alterativa A se afirma que “a 
ética e a religião não podem ser consideradas prescritivas”, enquanto que no texto 
se diz que “a religião, assim como a ética, é intrinsecamente prescritiva”, portanto 
essa alternativa não poderia ser correta. Na alterativa B se afirma que “os valores 
éticos e os valores religiosos, nos tempos modernos, tendem sempre mais a 
harmonizar-se, sem tensões ou conflitos”, enquanto que no texto se diz que “nos 
tempos modernos, é inegável a tensãoentre ética e religião”, portanto essa 
alternativa não poderia ser correta. Na alterativa D se afirma que “as convicções 
religiosas e éticas podem ser facilmente harmonizadas nas religiões, como é o caso 
das discussões acerca do aborto e das uniões homoafetivas”, enquanto que no texto 
se diz que “há casos críticos em que umas e outras convicções podem colidir, como 
é o caso de discussões acerca do aborto e das uniões homoafetivas”, portanto essa 
alternativa não poderia ser correta. Um pouco mais exigente seria encontrar qual 
resposta certa entre as alternativas C e E. A alternativa C não poderia ser certa, pois 
afirma algo que não está de acordo com o texto: “a convicção profunda de que o 
mundo natural limita-se a tudo o que existe impede a pessoa de buscar o absoluto e 
os valores éticos e espirituais”; mesmo que a consciência laica atual acreditasse que 
o mundo natural limita-se a tudo o que existe, isso não impede, somente torna difícil 
a “aceitação da legitimidade da fundação religiosa das prescrições de conduta e de 
vida”. Sendo assim, a alternativa correta é a E que, mesmo sem muita coerência 
interna, faz duas afirmações que estão de acordo com o texto. 
 
Referências: 
 
AZEVEDO, W.O. Ética em diálogo. São Paulo: Paulinas, 2012. 
 
VIDAL, M. Ética teológica. Conceitos fundamentais. Petrópolis: Vozes 1999. 
 
TORRES, J. C. B. Manual de ética. Questões de ética teórica e aplicada, 
Petrópolis: Vozes 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 14 
 
 
O planejamento não é aplicação de uma técnica. Consiste, antes, no exercício de 
uma metodologia concebida como pedagogia em contexto. Por um lado, levados a 
sério os requisitos do ponto de vista pedagógico no planejamento, aumentam-se as 
possibilidades de desencadear um processo de reflexão sobre a ação, que não 
termina na elaboração de um plano. Evitam-se, com isso, tanto a elaboração de um 
plano só, sem continuidade, quanto planos que não saem do papel. Na prática, 
impede-se que um líder religioso, por exemplo, chegue a uma comunidade religiosa 
e destrua todo o trabalho de seu antecessor; algo muito mais grave em se tratando 
do resultado da caminhada de toda a comunidade. Por outro lado, levados a sério 
os requisitos do ponto de vista metodológico, evitam-se processos truncados, que 
comprometem a concatenação dos passos do método e a efetividade do próprio 
planejamento. 
BRIGHENTI, A. Reconstruindo a esperança: como planejar a ação da Igreja em tempos de mudança. 3 ed. São 
Paulo: Paulus, 2000 (adaptado). 
 
Com base no texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
 
I. A responsabilidade do líder religioso implica a tarefa de ajudar a comunidade 
no planejamento e em sua gestão, o que desencadeia um processo de 
reflexão na ação e garante sua continuidade, dando-lhe consistência. 
PORQUE 
II. Se a comunidade atuar de forma planejada, dificultará a intervenção de 
líderes que possam destruir sua caminhada, impondo-lhe as próprias ideias e 
agindo em sentido contrário à ética profissional, que exige do líder religioso 
respeito pela história da comunidade. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a l l é uma justificativa 
correta da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa correta da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas 
 
 
 
Gabarito: A 
 
 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
 
Conteúdo avaliado: Teologia Pastoral ou prática, Planejamento pastoral, gestão 
eclesial. 
 
 
Autor(a): Prof. Esp. Pe. David Pereira de Jesus 
Comentário: 
O enunciado é claro e simples, o teórico escolhido é bastante conhecido pelos 
alunos. 
O texto remete ao conceito do que é planejar, fazendo a diferenciação entre 
planejamento, plano e cronograma. 
As asserções se completam e ajuda a recordar que o planejamento quando é 
participativo não está preso à vontade do gestor, mas a comunidade tem um papel 
fundamental para o crescimento e o amadurecimento de todos. Pois, no campo 
eclesial, para ser verdadeiramente eficaz o planejamento precisa ser pensado de 
forma participativa, colegiada, comunitária, no espirito de koinonía que funda a 
Igreja, caso contrário corre-se um grande risco de prestar um desserviço ao Reino 
de Deus, o que é incompatível com a ação pastoral. 
Sabe-se que desde o primeiro momento do planejamento não é interessante que 
dependa apenas de uma equipe ou do gestor (pároco ou administrador paroquial). 
A ação pastoral planejada é a resposta específica, consciente e intencional, às 
necessidades da evangelização” (Puebla, 122) 
 
Referências: 
 
BRIGHENTI, A. Reconstruindo a esperança: como planejar a ação da Igreja em 
tempos de mudança. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2000. 
BRIGHENTI, A. A pastoral dá o que pensar: a inteligência da prática 
transformadora da fé. São Paulo: Paulinas, 2006. 
PAYÁ, M. O planejamento pastoral a serviço da evangelização. São Paulo: Ave 
Maria, 2005. 
PEREIRA, José Carlos. Como fazer um planejamento pastoral, paroquial e 
diocesano. São Paulo: Paulus, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 15 
 
 
O mundo contemporâneo é marcado pelo desafio do equilíbrio entre 
desenvolvimento econômico e sustentabilidade planetária. Vários teólogos do 
século XX se debruçaram sobre o assunto e apontaram pistas para uma renovação 
da relação entre o ser humano e o restante da Criação, o que pode ser observado 
nos textos a seguir. 
 
Texto 1 
A elaboração de uma ecoteologia comum por parte das várias crenças poderia 
contribuir para transformar a consciência, as atitudes e criar uma nova práxis em 
relação à Terra. 
 
WILFRED, F. Para uma ecoteologia interreligiosa. Concilium, v. 3, n. 331, 2009 (adaptado). 
 
Texto 2 
Para resistir, hoje, ao cinismo da aniquilação da vida em nosso mundo, precisamos 
superar a crescente indiferença do coração. A nova mística da vida rompe com 
essa perplexidade interna, essa frieza de sentimentos ante o sofrimento dos outros 
e o passar despercebido diante do sofrimento da natureza. Quem começa a amar a 
vida, a vida em comunhão, certamente resistirá ao assassinato de seres humanos e 
à exploração da Terra, pondo-se em luta por um futuro comum; orará com olhos 
abertos e ouvirá os gemidos das criaturas oprimidas. 
 
MOLTMANN, J. Há esperança para a criação ameaçada? Petrópolis: Vozes, 2014 (adaptado). 
 
Considerando os textos apresentados, avalie as afirmações a seguir. 
 
I. As diversas tradições religiosas se esquivam do diálogo quando se 
aprofundam na busca mística. 
II. A mística contemporânea amplia seu âmbito ao integrar o cotidiano e ao 
abrir-se à vitalidade de toda a Criação. 
III. O processo de globalização afasta cada vez mais as diversas tradições 
religiosas. 
IV. O diálogo inter-religioso é propiciado pela busca do bem comum, incluindo-
se o bem da própria Terra e de toda a Criação. 
V. As preocupações dos líderes religiosos devem restringir-se aos anseios 
espirituais das suas respectivas comunidades locais. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e III. 
B. I e V. 
C. II e IV. 
D. II e V. 
E. III e IV. 
 
 
Gabarito: C 
 
 
 
Tipo de questão: Mediana. 
 
Conteúdo avaliado: sustentabilidade, economia, ecoteologia. 
 
 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
Comentário: 
As principais habilidades e competências esperadas na questão é leitura e 
interpretação de texto, análise crítica e raciocínio lógico. 
 
I Asserção incorreta. Tanto o texto 1 e 2 não mencionam que as diversas tradições 
religiosas se esquivam do diálogo quando se aprofundam na busca mística. 
II Asserção correta. Segundo o texto 2, a mística contemporânea ampliou, integrou 
o cotidiano, fazendo com que o sofrimentodos outros e da natureza não passa 
desapercebido ,abrindo –se à vitalidade de toda a Criação. 
III Asserção incorreta. De acordo com os dois textos, não há referencia ao processo 
de globalização afastando as diversas tradições religiosas. 
IV Asserção correta. Os dois textos abordam sobre O diálogo religioso na busca do 
bem comum, dos homens , da terra e de toda a Criação. 
V Asserção Incorreta. De acordo com os dois textos não há referências colocando 
que os líderes religiosos devam restringir-se aos anseios espirituais das suas 
respectivas comunidades locais, fala da necessidade inclusive de uma ecoteologia. 
 
Referências: 
 
FRANCISCO, Papa. Carta Encíclica LAUDATO SI’: sobre o cuidado da casa 
comum. São Paulo: Paulinas, 2015. 
 
SOARES, Luiz Eduardo. Religioso por natureza: cultura alternativa e misticismo 
ecológico no Brasil. In: SOARES, L. E. O rigor da disciplina. Rio de Janeiro: Relume 
Dumará. 1994 
 
VELHO, Otávio. Pósfacio. In: STEIL, Carlos Alberto; CARVALHO, Isabel Cristina de 
Moura. Cultura, percepção e ambiente: diálogos com Tim Ingold.. São Paulo: 
Terceiro Nome, 2012. 
 
QUESTÃO Nº 16 
 
 
A especificidade da teologia como sapientia é a relação do ser humano com Deus. 
Neste modelo, a teologia é percebida mais do que proposições a respeito de Deus 
ao apontar para um relacionamento com Deus embasado na confiança pessoal. 
Durante a Idade Média, com a ascensão da escolásfica, a teologia foi concebida 
como scientia. Os teólogos medievais compuseram as grandes Sumas. A teologia 
era a disciplina acadêmica que reinava e exercia a hegemonia sobre todas as 
outras ciências. 
Mais recentemente, com o surgimento da teologia da libertação, um novo modelo 
de teologia emergiu, no qual a orthopraxis torna-se alvo da tarefa teológica. 
SAWYER, M. J. Uma introdução à teologia: das questões preliminares, da vocação e do labor teológico. São 
Paulo: Editora Vida, 2009 (adaptado). 
Considerando o texto apresentado, avalie as asserções a seguir e a relação 
proposta entre elas. 
I. Teologia como sabedoria, teologia como saber racional e teologia como 
crítica na perspectiva da práxis são métodos teológicos, dos quais o(a) 
teólogo(a) deveria apropriar-se. 
PORQUE 
II. Teologia que perde o contato com a dimensão da espiritualidade pessoal 
torna-se estéril e acadêmica; quando a teologia menospreza a herança dos 
grandes sistemas escolásticos, corre o risco de perder a precisão de 
pensamento e o rigor intelectual, e teologia que perde de vista a missão 
(teologia pública) é desnecessária. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e II é uma justificativa correta 
da I. 
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
correta da I. 
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E) As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
 
Gabarito: A 
 
 
 
Tipo de questão: Fácil 
 
 
Conteúdo avaliado: teologia escolástica, idade média,.métodos teológicos 
 
 
Autor(a): Profª Ms. Neusa Maria Branco Barbeiro 
Comentário: 
As principais habilidades e competências esperadas na questão são, leitura e 
interpretação de texto, análise crítica e raciocínio lógico. 
 
I asserção correta. Segundo o texto a Teologia deve ser compreendida como 
sabedoria, como saber racional, como crítica na perspectiva da práxis, onde os 
métodos teológicos, devem ser apropriados pelos teólogos. 
 
II asserção correta. De acordo com o texto, a Teologia que perde o contato com a 
espiritualidade perde o sentido e torna-se estéril. Se a teologia não valoriza os 
grandes sistemas escolásticos, pode perder o rigor intelectual, e teologia que se 
afasta de sua missão acaba se tornando desnecessária. 
 
Assim, a I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
Alternativa correta : A 
 
Referências: 
LIBANIO, João Batista.; MURAD, Afonso. Introdução à teologia: perfil, enfoques, 
tarefas. São Paulo: Loyola, 2007. 
PIERINI, F. A Idade Média: curso de história da igreja. São Paulo: Paulus, 1998. v. 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 17 
 
 
O mito é o relato de um acontecimento originário, no qual os deuses agem e cuja 
finalidade é dar sentido a uma realidade significativa. Ao relatar um acontecimento, 
o mito situa-se em um lugar e em um tempo e, consequentemente, apresenta-se 
como uma história. 
 
CROATTO, J. S. As linguagens da experiência religiosa: 
uma introdução à fenomenologia da religião. 
2 ed. São Paulo: Paulinas, 2004 (adaptado). 
 
Considerando essa definição de mito, analise os seguintes textos bíblicos. 
 
Texto 1 
 
No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e 
vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre 
as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. (Gênesis 1,1-3) 
 
Texto 2 
 
O reino dos céus é também semelhante a um [homem] que negocia e procura boas 
pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a 
compra. (Mateus 13,45-46) 
 
Com base na definição de mito apresentada e nas passagens bíblicas transcritas, 
avalie as afirmações a seguir. 
 
I. O Texto 1 não se enquadra na definição de linguagem mitológica, pois a 
Bíblia, por ser a palavra de Deus, não emprega essa linguagem. 
II. O Texto 1 narra a cosmogonia por meio de uma linguagem religiosa 
significativa, em vista de dar sentido à vida humana. 
III. O Texto 2 transmite ao ser humano angustiado uma realidade 
significativa, por meio da expressão mitológica "reino dos céus". 
 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. II, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II, e III. 
 
 
Gabarito: B 
 
 
 
Tipo de questão: mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: Bíblia, linguagem e gênero literário. 
 
 
 
Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza 
Comentário: 
O conteúdo, evidentemente, é bíblico. Mas, antes de qualquer coisa, a questão 
chama a atenção para a linguagem religiosa como tal, isto é, o gênero literário por 
meio do qual a religião se expressa. Isso justifica a resposta correta ser a letra B. A 
linguagem mitológica é muito comum nos textos fundacionais das diversas 
experiências religiosas. Isso exige cuidado porque, muitas vezes, podemos 
confundir “mito” com “mentira”, mas na verdade é um modo de exprimir uma 
mensagem por meio de uma linguagem característica. Trata-se de um princípio 
hermenêutico importante para interpretação, sentido e verdade bíblica. Afinal, por 
meio desta linguagem, as primeiras páginas da Bíblia expressa a fé e as 
convicções do povo de Israel. Quanto à terceira afirmação (III), referente ao texto 2, 
do Evangelho de Mateus, a linguagem utilizada para descrever o Reino de Deus 
usado por Jesus é expressa pelo uso do gênero “parábola” e não “mito”. 
 
Referências: 
ARTOLA, A. M.; Sanchez Caro, J. M. Bíblia e Palavra de Deus. São Paulo: Ave 
Maria, 1996. 
ELIADE, M. Aspectos do mito. Lisboa: Edições 70, 1989. 
REIMER, H. Toda Criação. Ensaios de Bíblia e Ecologia. São Leopoldo: Oikos, 2006. 
 
QUESTÃO Nº 18 
 
 
Os princípios éticos presentes nos universos religiosos moldam comportamentos 
humanos. As tradições religiosas são fontes de valores éticos, na medida em que 
fornecem meios e sinalizam para uma conduta íntegra de seus adeptos. Cada 
religião, a seu modo, constitui, assim, um aparato ético pautado nos próprios textos 
sagrados ou em normas instituídas por seus fundadores, conforme a tradição de 
origem. As tradições religiosas assumem um discurso ético que forma a base de 
suas ações, inseridas em um ambiente social, que dialoga com assuntos 
prementes da sociedade. 
As transformações ocorridas no seio da sociedade contemporânea desencadearam 
muitos desafios, como a urbanizaçãodesordenada, a massificação dos meios de 
comunicação, as crises de mercado, o fenômeno da globalização e outros. Tais 
desafios provocam no ser humano um vazio existencial, deixando-o abandonado, 
sedento, consumista, efêmero, sem consistência. Assim, as religiões tornam-se 
espaços onde as pessoas buscam um sentido para a vida. 
A partir dessas ideias, conclui-se que, no ponto de aproximação entre tradições 
religiosas, no que concerne à ética, está 
 
A. a velocidade das transformações ocorridas no seio da sociedade 
contemporânea, com seus significativos desafios e exigências. 
B. o fato de as religiões construírem um aparato ético padronizado, tendo como 
base os textos considerados sagrados ou as normas instituídas pelas 
divindades que as originaram. 
C. o fato de que as religiões, assumindo um discurso ético com base nas suas 
tradições religiosas, inserem-se em um ambiente social e oferecem sentido 
para a existência humana. 
D. a busca por proporcionar às pessoas meios para a obtenção da felicidade, 
cujo sentido está centrado em fazer o bem ao semelhante, desde que este 
não desrespeite os dogmas de cada crença. 
E. a busca por proporcionar, às pessoas, modos de realização pessoal, por meio 
de atos de caridade, da compreensão da importância de fazer o bem a todos, 
sem distinção de raça, cor, ou credo, o que é solicitado em cada crença 
religiosa. 
 
 
 
Gabarito: C 
 
 
Tipo de questão: Difícil 
 
 
Conteúdo avaliado: Ética geral e Ciência da religião. 
 
 
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo 
Comentário: 
 
O enunciado da questão, estabelece uma ligação entre as tradições religiosas, 
seus textos sagrados, os princípios éticos que deles promanam e o comportamento 
que tais princípios geram nos fiéis dessas tradições. A resposta correta à questão 
deve ser aquela que, segundo as ideias apresentadas e a partir da perspectiva 
ética, apresente o ponto de aproximação entre as diversas tradições religiosas. Isto 
exige leitura atenta do texto, capacidade de ver qual alternativa apresenta um ponto 
de aproximação ética e as incoerências das alternativas. A alternativa A é apenas 
uma constatação fatual e não diz respeito à ética, por isso não pode ser a correta. 
A alternativa B fala de “normas instituídas pelas divindades que as originaram”, não 
podendo ser a correta pois não são as divindades, mas sim os fundadores das 
religiões que instituem normas. A alternativa D não pode ser correta, pois, do ponto 
de vista ético, as tradições religiosas se aproximam pois oferecem os valores que 
moldam o comportamento em vista de uma vida social que tenha sentido e não, 
como “a busca por proporcionar às pessoas meios para a obtenção da felicidade”. 
A alternativa E não pode ser correta, pois as tradições religiosas se aproximam pois 
oferecem aos seus fiéis os valores que moldam o comportamento em vista de uma 
vida social que tenha sentido e não simplesmente proporcionam às pessoas, 
modos de realização pessoal. Considerando os elementos típicos da religião e da 
ética em geral, a resposta correta é a C, pois no mundo atual, que provoca “no ser 
humano um vazio existencial, deixando-o abandonado, sedento, consumista, 
efêmero, sem consistência”, “as religiões, assumindo um discurso ético com base 
nas suas tradições religiosas, inserem-se em um ambiente social e oferecem 
sentido para a existência humana”. 
 
Referências: 
 
AZEVEDO, W.O. Ética em diálogo. São Paulo: Paulinas, 2012. 
 
VIDAL, M. Ética teológica. Conceitos fundamentais. Petrópolis: Vozes 1999. 
 
TORRES, J. C. B. Manual de ética. Questões de ética teórica e aplicada, 
Petrópolis: Vozes 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 19 
 
 
Texto 1 
A ressurreição supõe o retorno à vida do corpo que morreu, o que a ciência 
demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse 
corpo estão, desde há muito, dispersos e absorvidos. A reencarnação é o retorno 
da alma ou Espírito à vida corporal, mas em um outro corpo novamente formado 
para ela, e que nada tem de comum com o antigo. 
KARDEC, A. O Evangelho segundo o Espiritismo. Araras: IDE, 2013 (adaptado). 
 
Texto 2 
A ressurreição dos mortos (não dos corpos!) de que fala a Bíblia refere-se, 
portanto, à salvação do ser humano uno e indiviso, e não apenas ao destino de 
uma metade do homem (eventualmente secundária). A ideia de imortalidade, 
expressa na Bíblia pelo termo "ressurreição", refere-se a uma imortalidade da 
"pessoa", desse ente uno que é o ser humano. 
RATZINGER, J. Introdução ao Cristianismo: preleções sobre o Símbolo Apostólico. 
São Paulo: Loyola, 2005 (adaptado). 
 
A partir da leitura dos textos 1 e 2, avalie as asserções a seguir e a relação 
proposta entre elas. 
 
I. A diferença entre as duas concepções doutrinárias a respeito do pós-morte 
está relacionada à imortalidade da alma. 
 
PORQUE 
 
II. Enquanto o Texto 1 sustenta a concepção de pessoa ressaltando a alma 
imortal em detrimento do corpo mortal, o Texto 2 valoriza a unidade 
indissociável entre corpo e alma, sendo a imortalidade, no pós-morte, 
considerada em relação à pessoa humana em sua integralidade. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a ll é uma justificativa 
correta da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa correta da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
 
Gabarito: D 
 
 
Tipo de questão: Mediana 
 
 
 
Conteúdo avaliado: teologia dogmática: Ressurreição e reencarnação. Relação entre 
cristianismo e espiritismo. 
 
 
 
Autor(a): Prof. Esp. João Paulo Santos de Souza 
Comentário: 
Exige um conhecimento teológico que saiba distinguir e dialogar com os temas 
doutrinais de diferentes expressões de fé. A questão exige uma leitura atenta para 
não confundir as afirmações colocadas, sobretudo, na primeira asserção que, se 
não houver atenção, pode induzir ao erro. A resposta correta é alternativa D. Pois, 
não é verdadeiro que a diferença doutrinária está relacionada à imortalidade da 
alma, antes, está, sobretudo, relacionada à unidade entre corpo e alma. A questão 
pede especial atenção à uma noção das diferentes concepções religiosas sobre 
determinados temas de fé. Ao mesmo tempo, a questão aponta para uma realidade 
presente entre os que professam a fé cristã, mas um bom número destes, declaram-
se adeptos à reencarnação. 
 
Referências: 
BLANK, R. J. Reencarnação ou ressurreição: uma decisão de fé. São Paulo: 
Paulus, 1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO Nº 20 
 
 
Em lugar e em vez da comunidade solidária agregada por representações coletivas 
(o sonho de Durkheim), surgiu uma rede à maneira de Georg Simmel (1858-1918), 
difusa e desprovida de centro, conectada por afiliações genéricas, multidirecional e 
abstrata. A religião não se enfraqueceu como força social. Pelo contrário: parece 
ter-se reforçado no período recente. Mas mudou — e muda cada vez mais — de 
forma. 
 
GEERTZ, C. O Futuro das religiões. Disponível em: www.folha.uol.com.br.Acesso em: 30 jul. 2015 
(adaptado). 
A partir das informações do texto, avalie as afirmações a seguir. 
I. A religião não desapareceu com o tempo; mesmo estando sempre presente, 
assumiu diferentes formas e variações ao longo da história da humanidade. 
II. Com o surgimento da ciência, o fenômeno religioso desapareceu e 
transformou-se em representações coletivas coesas e mais fortes. 
III. A compreensão do fenômeno religioso demonstra que as transformações da 
sociedade ocasionam reformulações nas religiões. 
IV. As análises sociológicas da religiosidade confirmam o fim das religiões 
devido ao desencantamento do mundo pelo processo

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