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Giovanna Gomes- 105 O que é Bioenergética? *A bioenergética é o estudo quantitativo das relações de energia e conversões energéticas em sistemas biológicos. *As transformações biológicas de energia obedecem às leis da termodinâmica. *As células vivas realizam trabalho constantemente. *As células necessitam de energia para manterem as suas estruturas altamente organizadas, sintetizarem componentes celulares, transportarem moléculas pequenas e íons através de membranas e gerarem correntes elétricas.. Acoplamento das reações: Processos endergônicos ocorrem por acoplamento a processos exergônicos. Além disso, é importante lembrar que para que as reações ocorram, existe uma energia de ativação, que tende a ser menor com a presença de catalisadores. Metabolismo: Definida de duas formas: • Catabolismo + Anabolismo • Conjunto de processos exergônicos e endergônicos Catabolismo: reações que convertem energia para formas assimiláveis; síntese de substâncias em um organismo; A partir de moléculas mais simples, são criadas moléculas mais complexas; Anabolismo: reações que utilizam energia para síntese de compostos completos; vias de degradação (quebra de substâncias); são substâncias ¨quebradas¨ em partes menores, aproveitando a energia desse processo; Reações energéticas ou vias metabólicas: • Anaeróbias (ausência de O2) • Aeróbias (presença de O2) • Proteínas; • Lipídios; • Carboidratos; Bioenergética Substratos para energia: Giovanna Gomes- 105 Características: *Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza *Fórmula geral (CH2O)n -> origem do nome "carboidrato" ou "hidratos de carbono" *São moléculas que desempenham uma ampla variedade de funções, entre elas: • fonte e reserva energética, intermediários metabólicos (amido, glicogênio, ATP) • função estrutural: -nas biomoléculas de DNA e RNA (desoxirribose e ribose) -nas paredes celulares de bactérias e plantas (celulose) -nos exoesqueletos dos artrópodes (quitina) • estão ligados à proteínas e lipídeos (glicocálix) • Os termos “carboidrato”, “glicídeos, “sacarídeos”, “oses”, “holosídeos” são sinônimos. Conversão da energia luminosa em energia química: *Os vegetais são auto-suficientes na produção de carboidratos. *Os animais não são capazes de sintetizar carboidratos a partir de substratos simples não energéticos, precisando obtê-los através da alimentação, produzindo CO2 (excretado para a atmosfera), água e energia (utilizados nas reações intracelulares) Definição: *Os carboidratos são definidos, quimicamente, como: poli- hidróxi-cetonas (cetoses) ou poli-hidróxi-aldeídos (aldoses) *São compostos orgânicos com, pelo menos, três carbonos onde todos os carbonos possuem uma hidroxila, com exceção de um, que possui a carbonila primária (grupamento aldeídico) ou a carbonila secundária (grupamento cetônico) Classificação: 1. Prefixo Número + Ose Os mais importantes: Estruturas: Ligações glicosídicas: *Ligação O-glicosídicas (direcionada ao oxigênio) *Ligação N-glicosídicas (direcionada ao nitrogênio) Duas moléculas de glicose unidas por ligação glicosídica alfa-1,4 formam o dissacarídio maltose. Além disso, as oses são unidas por ligação O-glicosídica. É um açúcar redutor, ou seja, sem carbono anomérico (o alfa e o beta) livre. A sacarose é formada pela união de uma molécula de glicose com outra de frutose. Possui ligação glicosídica alfa- Carboidratos Dissacarídeos Giovanna Gomes- 105 1,2-beta, indicando que a ligação ocorre entre os carbonos anoméricos de cada açúcar (C1 na glicose e C2 na frutose) Dissacarídeos comuns: Sacarose: glicose + frutose Lactose: glicose + galactose Maltose: glicose + glicose Ligações glicosidicas determinam a estrutura do polissacarideo: As ligações -1,4 favorecem cadeias retas, que são ótimas para fins estruturais.- formam a celulose As ligações a-1,4 favorecem cadeias curvas, que são mais adequadas para o propósito de estoque.- formam amido e glicogênio *São polímeros formados por vários monossacarídeos unidos entre si; *Estas macromoléculas podem ser desdobrados em açúcares simples (monossacarideos) por hidrólise; *São insolúveis em água. Sua insolubilidade é vantajosa para os seres vivos, pois, permite que eles participem como componentes estruturais da célula ou que funcionem como armazenadores de energia; GLICOGÈNIO: Ligação alfa-1,6 ou alfa 1,4 entre duas unidades de glicose As ligações a-1,6-glicosídicas se formam a cada 8- 12 unidades de glicose, o que faz do glicogênio uma molécula altamente ramificada. AMIDO: é constituido por uma mistura de dois polímeros de glicose. amilose – sem ramificações amilopectina - molécula ramificada As ligações a-1,6-glicosídicas da amilopectina se formam a cada 24-30 unidades de glicose CELULOSE: ligação -1,4 entre unidades de glicose; estrutura estabilizada por pontes de hidrogênio entre unidades adjacentes de glicose QUITINA: polímero 1,4 de N-acetil-glicosamina exoesqueloto de artrópodes; P.S. Nós somos capazes de digerir amido e glicogênio, mas não celulose e quitina, pois não possuimos enzimas para a quebra de ligação beta, somente para ligaçoes alfa. Enzimas situadas na borda intestinal: Maltase - digere a maltose, convertendo-a em glicose + glicose Sacarase (invertase) - digere a sacarose, convertendo-a em glicose + frutose Lactase - digere a lactose, convertendo-a em glicose + galactose Polissacarídeos Giovanna Gomes- 105 Derivados de monossacarídeos: ácidos urônicos – são formados quando o grupo terminal CH2OH é oxidado Como eu consigo carboidratos? Absorção: Principais locais- duodeno e jejuno proximal Glicose não atravessa a membrana, precisa de uma proteína GLUT- transportadores de glicidios SGLT-sodio, glicose transportador (presente no intestino e nos rins) Metabolismo da glicose: Nucleotídios: base + açúcar + fosfato Vias Metabolicas: RESPIRAÇÃO CELULAR *Processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos vitais. *Pode ser: respiração anaeróbica e respiração aeróbica *É o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos seres vivos. Etapas: I- GLICÓLISE – Quebra da glicose II- CICLO DE KREBS - Conjunto de reações que formam - CO2 - H2O -NADH2 - FADH2 III- CADEIA RESPIRATÓRIA – Produção de moléculas de ATP Funções da via Glicolítica: - Transformar glicose em piruvato. - Sintetizar ATP com ou sem oxigênio. - Preparar a glicose para ser degradada totalmente em CO2 e H2O. - Permitir a degradação parcial da glicose em anaerobiose. - Alguns intermediários são utilizados em diversos processos biossintéticos. Glicose: Proveniente da dieta ou produção endógena é degradada pelo organismo com o principal propósito de liberar energia. Glicólise anaeróbica: Degradação da glicose sem necessidade de O2, produto final Giovanna Gomes- 105 ácido lático. Utilizada quando exercícios rigorosos são realizados. Glicólise aeróbica: Degradação da glicose na presença de O2, produto final o piruvato que é transportado para dentro da mitocôndria para completar sua oxidação até CO2 e H2O, ativando o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória Piruvato desidrogenase: produz acetil-coa