AVALIAÇÃO FUNCIONAL PULMONAR - espirometria

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AVALIAÇÃO FUNCIONAL PULMONAR
● ESPIROMETRIA
A espirometria é um dos exames de prova da função pulmonar. Avalia qual o
padrão do distúrbio (obstrutivo e restritivo ou misto) e sua gravidade.
Os pacientes, normalmente sentados e com as narinas ocluídas para evitar o
extravasamento aéreo nasal, são orientados a fazer uma inspiração profunda,
seguida de exalação máxima (explosiva), por pelo menos seis segundos.
Após alguns segundos de descanso, a manobra é repetida por três vezes ou
mais, a depender da adequação em cada uma das repetições. O teste
completo dura cerca de 10-15min.
Parâmetros avaliados:
- CVF: volume de ar exalado de forma forçada partindo de uma
inspiração máxima;
- VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo - é o principal
parâmetro para o estadiamento da gravidade das doenças pulmonares
obstrutivas.
- Relação VEF1/CVF (índice de Tiffeneau);
- FEF 25-75% (Fluxo expiratório forçado entre 25-75% = “fluxo
mesoexpiratório”): é o mais sensível para doenças pulmonares
obstrutivas pois é o primeira a se alterar. Contudo, devido à sua
pequena reprodutibilidade, não é recomendado como teste de rotina
para detectar doença de pequenas vias aéreas;
- Fluxo Expiratório máximo ou Pico de Fluxo Expiratório (FEF máx., PFE
ou Peak Flow): mede o fluxo expiratório máximo em uma expiração
forçada. É um parâmetro frequentemente utilizado no estadiamento da
gravidade da asma.
ATENÇÃO: Os volumes e fluxos são considerados normais se estiverem
entre 80-120% do valor previsto para o sexo altura e peso.
→ Interpretação da Espirometria:
1. normal
2. inespecífico
3. Distúrbio Ventilatório Obstrutivo (DVO): Asma e DPOC
Pode estar relacionado à redução do calibre de pequenas ou grandes VA.
Caracteriza-se pela redução dos fluxos expiratórios e dos volumes dinâmicos
(especialmente o VEF1), e pelo aumento dos volumes estáticos (VR, CRF e
CPT -> há aumento do ar represado no final de expiração, causando
hiperinsfuflação), devido ao represamento de ar no final da expiração
(hiperinsuflação). Como o VEF1 se reduz muito mais do que a CVF, o índice
VEF1/CVF encontra-se tipicamente baixo (< 70%);
4. Distúrbio Ventilatório Restritivo (DVR): encontrado nas DPI
Também pode ocorrer em gestantes, obesos, afecções da parede torácica e
quando o parênquima pulmonar é deslocado (ex.: neoplasias) ou removido
(ressecção).
O VEF1 se reduz proporcionalmente à CVF ou a CVF se reduz mais que o
VEF1, mantendo índice de VEF1/CVF normal ou elevado;
5. Misto ou combinado
Padrão que pode estar relacionado à doença única (ex.: sarcoidose) ou à
associação de doenças (ex.: sequela de tuberculose e DPOC). A espirometria
mostra relação VEF1/CVF < 70% e uma CVF bastante reduzida.