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Farmacologia 1 Analgésicos Não opioides x opioides Analgésicos não opioides: o Não pertencem a classe da morfina o São fármacos fracos o Também são antitérmicos Analgésicos opioides: o São fármacos potentes o Apenas aliviam as dores Não opioides Dipirona: o INATIVA as COX-1 e COX-2 (SNC e periferia) o A dipirona é indicada como primeira escolha para dores leves e moderadas, pois sua eficácia analgésica é superior em relação ao paracetamol no controle da dor pós- operatória o Banida em alguns países, pois acredita-se que a dipirona (metamizol) seja um pró-fármaco e decompõe-se em outras substâncias que causam agranulocitose, sendo dedicada apenas para uso veterinário o Contraindicado no primeiro e último trimestre da gravidez o Contraindicada para lactantes o Pode ser administrada por via oral, intravenosa, intramuscular e retal o Há suposições que a dipirona e o paracetamol inibam uma COX-2 central, que por ser diferente da COX- 2 da periferia, recebe o nome de COX- 3, e ao inibir essa COX central, ela apresenta efeito analgésico e antitérmico Interações medicamentosas com a dipirona o No caso da ciclosporina, reduz os níveis plasmático porque altera a farmacocinética: acelera a excreção, a biotransformação e a distribuição o A bupropiona é um antidepressivo que atua aumentando a transmissão de dopamina e noradrenalina o Metotrexato diminui a replicação celular e aumenta a toxicidade hematológica o AAS é anti-agregante plaquetário e a dipirona atrapalha o AAS por meio da competição pela ligação as proteínas plasmáticas – distribuição Paracetamol: o INATIVA a COX-3 (SNC) o Pode ser administrada somente pela via oral o Presente em menos formulações para dor, quando comparada a dipirona o Em casos de intoxicação (risco de hepática potencialmente fatal), usa-se a Acetilcisteína que é precursor da glutationa, facilitando sua excreção • Dipirona • Paracetamol • Codeína • Tramadol • Morfina • Fentanila • Buprenorfina • Nalbufina • Metadona • Oxícodona • Petididina (Meperidina, Dolantina) Farmacologia 2 o A glutationa é um metabolito que participa da 2° fase da metabolização, a fase sintética o Em fase aguda, o paracetamol é mais seguro do que a dipirona em casos de gravidez o Analgésicos em crianças Dipirona: o Indicada para crianças acima de 3 meses – uso agudo o Aplasia medular e agranulocitose Paracetamol: o Uso em crianças pequenas o Necrose hepática aguda – em caso de uso crônico o Em caso de intoxicação, usa-se Acetilcisteína e carvão ativado AAS: o Não recomendado para crianças pequenas o Exacerbação da asma o Síndrome de Reye (encefalopatia) O que é a síndrome de Reye (AAS)? É uma doença muito rara, mas potencialmente fatal, que causa inflamação e inchaço do cérebro e degeneração e perda da função hepática A causa da síndrome de Reye é desconhecida, apesar de ela ocorrer geralmente depois de uma infecção por determinados vírus, como os da influenza (gripe) ou catapora, sobretudo em crianças que tomam aspirina Analgésicos e enxaqueca Os analgésicos podem ser usados para tratamento de dor ou para prevenção de dor Quais analgésicos servem para o tratamento da enxaqueca?(dor aguda) o Em casos de enxaqueca, o paracetamol é mais indicado do que o ibuprofeno porque o ibuprofeno pode levar a dor no estomago o Os triptanos são vasoconstritores, agonistas de receptores de serotonina e inibidores da sensibilização dos neurônios do trigêmeo Quais analgésicos servem para a prevenção da enxaqueca? Os medicamentos PREVENTIVOS podem reduzir a frequência, intensidade e duração das crises e podem aumentar a eficácia dos medicamentos usados para tratar a enxaqueca o 4 ou mais crises por mês o Crises em com mais de 12 horas o Em relação aos anti-hipertensivos: o Propanolol e o Timolol são beta bloqueadores que atuam no SNA e Farmacologia 3 assim diminuem a pressão que causa a enxaqueca, enquanto o Verapamil é um bloqueador de canal de cálcio que promove a constrição/contração e o Usinopril é um inibidor da ECA que inibe a síntese da angiotensina 2 no rim o A classe de anticonvulsivo é mais utilizada do que a classe de antidepressivo Analgésicos e dor neuropática Dor neuropática é a dor crônica causada por lesão dos nervos ou neurônios da via nociceptiva Essas dores causam hiperalgesia e alodinia (um estímulo que não seria doloroso passa a causar dor) e estão associados a parestesia (formigamentos e agulhamentos) ou disestesia (queimação) o Neuropatia diabética o Dor de membro fantasma o Neuralgia pós-operatória o Neuralgia do trigêmeo Qual é a melhor opção terapêutica para dor neuropática? Opioides, anticonvulsivantes e antidepressivos Analgésicos opioides (hipnoanalgésicos) Derivados dos ópios (extrato vegetal); hipnoanalgésicos porque induzem a sedação Opioides fracos: o São mais fortes do que dipirona e paracetamol, mas mais fracos que opioides o Possuem baixa afinidade com o receptor Opioides fortes: o bom encaixe no receptor o Opioides fortes apresentam maiores riscos de dependência e depressão do sistema nervoso central o Oxícodona apresenta potência 2x superior do que a morfina o Metadona e Buprenorfina são mais utilizados para o tratamento de dependência de drogas ilícitas e lícitas o Buprenorfina, Nalbufina, Pentazocina, Butorfanol são agonistas/antagonistas mistos Quais são os receptores que os opioides ativam? μ (mu ou mi), κ (kappa) e δ (delta) no SNC o Se a diarreia for infecciosa, não se deve reduzir/bloquear a diarreia o Esses dois medicamentos não causam efeito no SNC o Apresentam efeitos colaterais: redução na motilidade intestinal (constipação) • Codeína • Cloridrato de tramadol • Morfina • Petidina (Meperidina/Dolantina) • Fentanila • Hidromorfona • Oximorfona • Oxícodona • Metadona • Buprenorfina • Nalbufina • Pentazocina • Butorfanol Farmacologia 4 Características dos opioides Fentanil: o Disposto também em adesivo transdérmico o Via endovenosa/epidural o Muito utilizado em coma induzido Oximorfona: o É a que tem menor probabilidade de interação com CYP Difenoxilato + Atropina (Lomotil): o Tratamento sintomático das diarreias agudas e crônicas o Utilizados como terapêutica coadjuvante de reidratação apropriada após colostomia ou ileostomia o Alívio dos sintomas na colite ulcerativa o Efeito sinérgico o Reduzem a motilidade intestinal Uso clínico dos opioides o Sedação em pacientes em coma induzido o Complemento da anestesia cirúrgica (em razão de suas propriedades sedativas, são por vezes usados na preparação antes da inalação de anestésicos gasosos mais potentes) o Analgesia pré e pós-operatória o Analgesia obstétrica durante o parto o Alívio da dor após Infarto Agudo do Miocárdio o Dores agudas intensas: trauma, cefaleia, pós extração dentária, lombalgia o Dores crônicas: câncer, dores neuropáticas o Diarreia aguda (loperamida) Mecanismo de ação dos opioides Ativam receptores do tipo mu, delta e kappa Ao ativar esses receptores, eles promovem a abertura dos canais de potássio, promovem uma hiperpolarização neuronal Aumenta a condutância de potássio, reduzindo o influxo de cálcio Resumindo,... Ocorre a ativação dos receptores kappa, mu e delta, abertura dos canais de potássio, esgota-se o potássio e não entra mais cálcio e sódio, logo não libera mais neurotransmissores. Ao diminuir a transmissão central, a analgesia diminui a transmissão das informações. Analgesia pode ser acompanhada de sedação, euforia, sensação de bem-estarEfeitos colaterais dos opioides o Constipação (mais frequente – necessidade de aumentar a ingestão Farmacologia 5 de agua e alimentos fibrosos durante o tratamento) o Miose (diagnostico por intoxicação) o Alergia (liberação de histamina) o Redução de frequência urinaria o Dependência/tolerância o Confusão (idosos) o Náuseas e vômitos (estimulação do SNC) o Depressão respiratória o Hipotensão postural (vasodilatação – cuidado com hipertensos em terapia) Interações medicamentosas IECA, PAROXETINA, FLUOXETINA, DUPROPIONA, DIFENIDRAMINA, QUINDINA inibem a metabolização de opioides Codeína é convertida pela CYP2DE em morfina IMAO (Tranilcipromina) e Meperidina, aumento do risco de Síndrome de Serotoninérgica (delirium, hipertensão arterial, hipertermia, rigidez, convulsões) o Os IMAO atuam aumentando a transmissão da serotonina, dopamina e noradrenalina ao inibir a sua degradação Antipsicóticos aumentam o risco de depressão central com opioides Os opioides atrasam o esvaziamento gástrico, de modo a reduzir a absorção de outros medicamentos Agonista parcial x Agonista pleno Os agonistas plenos (que são capazes de produzir efeitos máximos) possuem alta eficácia Os agonistas parciais (que são capazes de produzir efeitos submáximos) possuem eficácia intermediaria Agonista pleno: morfina Agonista parcial: Buprenorfina, Pentazocina, Butorfanol, Nalbufina Não é recomendado associação de opioides agonistas plenos e agonistas parciais porque pode haver competição pelo receptor Tratamento da intoxicação e dependência de opioides Intoxicação/overdose: Naloxona – EV Naltrexona – via oral o Esses dois fármacos são antagonistas: bloqueiam receptores de opioides Dependência: Metadona – Via oral Buprenorfina – via oral (agonista parcial) Naltrexona o É mais potente do que o Naloxona e tem sido proposto para o tratamento do vício em heroína o Está indicado também como terapêutico de apoio na manutenção da abstinência (auto rejeição) em doentes dependentes de álcool Farmacologia 6 Relaxantes musculares Associados a outros fármacos: analgésicos, anti-inflamatórios, cafeína Relaxantes musculares induzem ao sono O mecanismo de ação dessas drogas não é completamente compreendido, porém acredita-se que sua atividade depressora do SNC deva contribuir para os efeitos relaxantes musculares A orfenadrina tem dipirona em sua composição, enquanto os outros estão mais relacionados com efeito anti-inflamatório e analgésica Uso clínico dos relaxantes musculares o Espasmos musculares associados com dor aguda (lombalgia, torcicolos) o Disfunções temporomandibulares e nevralgia do trigêmeo o Fibromialgia o Paralisia cerebral o Soluço intratável o Dor crônica não oncológica o Esclerose múltipla o Mielopatia crônica o Doenças degenerativas da medula espinhal o Acidentes cerebrovasculares Associados a outros fármacos: analgésicos, anti-inflamatórios, cafeína
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